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Economia&Negócios Abril 2016 1

Revista Portuária - 20 Abril 2016

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Revista Portuária - 20 Abril 2016

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Sumário

9 Projeção Independente de impeachment,cenário econômico mudará em breve

8 BovinosMercado interno proporciona bom momento para pecuária de corte

12 Feira Saiba quem passou pela Intermodal 2016

30 RecordeAPM embarca mais de 500 contêineres refrigerados em um só navio

34 Movimentação por escalaPortonave opera quase 3 mil movimentos durante 16 horas

6 Setor aquecidoItajaí se prepara para receber o Mega Salão do Imóvel

IntercâmbioRepresentantes de 11 países participam de congresso em Itajaí

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Editora Bittencourt

Rua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí

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ANO 15 EDIÇÃO Nº 194Abril 2016 EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

Éuma grande reunião de empresários e executivos ligados ao comércio exterior e à logística em toda a América Latina. As-sim foi a Intermodal 2016, que ocorreu durante os dias 5, 6 e

7 de abril no Transamérica Expocenter, em São Paulo. O evento reu-niu os principais players do setor e fomentou negócios e parcerias.

Como não poderia ser diferente, Santa Catarina esteve muito bem representada. Executivos dos principais portos do Estado, bem como de empresas de transporte e armazenamento de cargas foram conferir as novidades. Instaladas em estandes, muitas empresas pu-deram expor seus produtos e soluções para este mercado.

Apesar do cenário de retração, entre os catarinenses os dis-cursos eram de inovação e otimismo. Isso fez com que empresários de outros estados e países se inte-ressassem pelo que Santa Catarina tem a oferecer nessa área.

Para impulsionar ainda mais esse crescimento, nós estivemos presentes no evento. Distribuímos o Anuário 2016 da revista Econo-mia & Negócios para os milhares de visitantes da feira. Firmamos parcerias e divulgamos a expertise catarinense para lidar com o cená-rio econômico desfavorável sem sofrer com ele.

Um evento de muita troca de experiências e repleto de excelentes oportunidades. Que venha a Inter-modal 2017!

Marcamos presença na Intermodal 2016

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Agência Brasil

MERCADO IMOBILIÁRIO

Mega Salão do Imóvel promete aquecer o setor

O mercado imobiliário tenta nadar contra a maré da retração econômica para manter a estabilidade dos negó-cios. Estreitar relacionamento entre construtores, corretores e clientes é uma alternativa para aquecer o setor. Como um ce-leiro de negócios, onde o dinamismo dos empreendimentos deve ser evidenciado, surge a terceira edição do Mega Salão do Imóvel, realizado anualmente em Itajaí pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Sinduscon).

O setor da construção civil é um dos pilares de desen-volvimento econômico de Itajaí e região, gerando muitas oportunidades de negócios e milhares de empregos. A re-gião litorânea de Santa Catarina vem sendo uma das mais procuradas no setor imobiliário face às belezas naturais, além da gama de opções de mercado de trabalho e geração de emprego e renda, sem contar as questões como recursos maiores nas áreas de saúde, educação e desenvolvimento socioeconômico e sustentável.

Reunindo todas estas características, o valor do me-tro quadrado residencial dispara em Balneário Camboriú. Na cidade mais verticalizada do Estado, fevereiro fechou com o valor de R$ 9.103 para apartamento na Barra Sul. É justa-mente nessa área nobre do município que está sendo cons-truído o maior edifício residencial da América do Sul: o Infinty Coast com 240 metros de altura e 66 andares. Executado pela construtora FG, que tem Sharon Stone como garota-pro-paganda, a empresa catarinense está entre as 40 maiores

construtoras do Brasil e deve entregar 550 novos apar-tamentos até o início de 2017.

Sobre o eventoO objetivo do Salão, que será realizado de 11 a

14 de agosto no Centreventos Itajaí, é apresentar ao mercado regional e catarinense lançamentos de novos produtos, tecnologias, móveis, decorações e principal-mente o que movimenta toda a cadeia produtiva, os grandes empreendimentos imobiliários, desde a elabo-ração do projeto ao acabamento.

De acordo com o presidente do Sinduscon de Ita-jaí, Charles Kan, a feira será uma grande vitrine de bens e serviços da construção civil, proporcionando assim a oportunidade de gerar grandes negócios e auxiliar o consumidor a tomar a decisão de comprar seu imóvel. Serão realizadas palestras, treinamentos e exposições variadas para atrair público com os mais variados in-teresses.

A edição de 2016 do Mega Salão do Imóvel con-tará com 130 estandes, apresentando os lançamentos e novidades dos segmentos imobiliário, de decoração e da indústria da construção civil. Os estandes estão sen-do comercializados, sendo que aproximadamente 80% já estão reservados para empresas da região. A expec-tativa é que neste ano mais de 40 mil pessoas visitem o Salão.•

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Mercado aquecido, preços em alta e elevado ní-vel de consumo de proteína animal. Por essas razões, o produtor de carne bovina vive um

bom momento de acordo com avaliação do vice-presi-dente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Antônio Marcos Pagani de Souza.

O criador catarinense está recebendo o melhor preço do mercado interno brasileiro. O boi gordo comer-cializado em SC está sendo vendido a R$ 5,50 o quilo do animal vivo, ou R$ 165 a arroba, sendo que no Brasil central o melhor preço é R$ 144 a arroba.

De acordo com o dirigente, no que diz respeito aos preços recebidos pelos pecuaristas catarinenses é o melhor preço praticado do país.

Pagani observa que em todo Estado destacam-se iniciativas de diferenciação de carne bovina advinda de raças europeias, permitindo ao produtor rural receber

mais pela arroba produzida.Um dos segmentos em expansão é o de novilho

precoce (gado com menos de 36 meses de vida) que recebe incentivo fiscal podendo chegar até 3,5% de des-conto na incidência do ICMS e, além disso, os frigoríficos pagam aos criadores até 10% de incremento no preço nas raças Angus e Hereford. O incentivo fiscal decorre de lei proposta pelo presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo quando exercia mandato de deputado estadual.

Santa Catarina produziu, em 2014, mais de 151,3 mil toneladas de carne bovina. Essa produção represen-tou pouco mais da metade da demanda estadual por carne bovina, exigindo que o déficit fosse suprido com a aquisição de carne de outros estados e importação.

O rebanho catarinense totaliza 4,3 milhões de cabeças, com predominância das raças de corte. A for-mação do rebanho é a seguinte: 50% bovino de corte, 35,5% de leite e 14,5% de gado misto.•

Pecuária de corte vive um bom momento em SC

Criador catarinense está recebendo o melhor preço do mercado interno brasileiro

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Apesar do momento político e econômico delica-do do país, o brasileiro pode começar a vislumbrar e se preparar para mudanças positivas a partir de 2018. A mensagem foi defendida pelo economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, que abriu o ciclo de palestras nacionais promovida pela CDL e Universidade Corporativa Unisagres no Clube Ariribá, em Balneário Camboriú.

“Tudo indica que teremos renovação das lideran-ças daqui a dois anos, o que geraria o início de um ime-diato ciclo de mudança e crescimento”, defende Mailson da Nóbrega.

Na avaliação do economista, o Brasil está hoje muito melhor do que estava há três décadas, incluindo conquistas importantes como uma base industrial com-plexa e diversificada, um agronegócio e setor mineral que figuram entre os mais competitivos do mundo, o processo democrático efetivamente instalado, uma im-prensa livre e independente e uma sociedade bem mais reativa à inflação, se comparado à década de 1980.

Segundo Maison da Nóbrega, um dos principais desafios do Brasil ainda é conquistar mais produtivida-de em seus negócios e uma educação pública de quali-dade, base para formar uma sociedade mais preparada para o mercado. Embora o cenário indique que o país ainda deve atravessar períodos difíceis em 2016 e 2017, a “luz no fim do túnel” existe e pode surgir com um novo ciclo político e econômico em aproximadamente dois anos.

Maílson da Nóbrega vislumbra mudanças

positivas para o Brasil com novo cenário político

Governo petistaMaílson mantém uma posição declaradamente contrá-

ria ao governo PT. Sobre o imbróglio envolvendo a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil, o estudioso político defende que a nomeação é um grande erro.

“Ele entrando melhora muito o governo. Do ponto de vista da articulação política a ida dele é ganho para a presidente Dilma. No ponto de vista da gestão do ambiente político, não. Porque, na verdade, é como se o governo de Dilma tivesse acabado. Na prática, ela vai ser uma subordi-nada de um de seus ministros. Além do mais, existe um risco percebido já pelos mercados: a presença do presidente Lula no governo pode trazer o risco de uma guinada na política econômica que aprofundaria dramaticamente a crise brasi-leira”, opina.

Maílson ainda defende a saída do governo PT para uma recuperação mais rápida da economia. Ele afirma que o partido não se renovou em termos de ideias, mantendo ideias econômicas bolorentas que já se provaram equivo-cadas.

“Eu torço para que o PT se regenere e se estabeleça como um grande partido. O Brasil precisa de um partido de esquerda com a estrutura e capacidade de mobilização que teve o PT, mas infelizmente ele está declinando o seu prestí-gio na sociedade brasileira”.•

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Agência Brasil

A indústria automobilística deve re-tomar o crescimento a partir do quarto trimestre deste ano, com a

expectativa de melhora da economia, es-tima Luiz Moan Yabiku Júnior, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

“Torço para que as questões políti-cas sejam rapidamente resolvidas e que parem de contaminar a economia, sem partidarismo, sem ideologia. Todos nós temos que pensar no país”, comentou durante o 7º Fórum da Indústria Automo-bilística.

Os resultados de vendas absolu-tas no mês de março ficaram abaixo da expectativa com o agravamento da crise econômica. Segundo Moan, o setor deve-rá fechar com até 25% de aumento em relação a fevereiro, o que na comparação é considerado um desempenho ruim, pois fevereiro tem menos dias úteis e ainda o feriado de Carnaval, fazendo com que as vendas caiam.

A projeção de crescimento de 8,1% nas exportações está mantida. A renego-ciação do acordo comercial com a Argen-tina, que vence em junho, leva expectati-va ao mercado. O mesmo é esperado para o México, cujo acordo vence daqui a um ano e meio.

Quanto ao emprego, Moan ga-rantiu que as indústrias associadas têm buscado a manutenção dos postos de tra-balho. Em fevereiro, 42 mil funcionários foram colocados no regime do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lay off ou férias coletivas. Foram demitidos 15 mil trabalhadores.

Os investimentos por parte das as-sociadas, que se comprometeram a inves-tir R$ 85 bilhões no período de 2012 a 2018, também seguem mantidos. “Não houve recuo. Há preocupação com o ce-nário de médio prazo, mas não há dúvi-das no longo prazo. Quando o mercado retomar, quem cortar investimento estará fora do jogo”, disse Moan.•

Retomada do setor automotivo ocorrerá no quarto trimestre

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Durante três dias de feira, a Intermodal South Ame-rica reuniu em São Paulo os principais players do setor logístico com o objetivo de fomentar negó-

cios e parcerias, além de dar suporte ao desenvolvimento e aprimoramento tecnológico da cadeia logística. O even-to em São Paulo contou com a presença da Revista Eco-nomia & Negócios e com o lançamento do Anuário 2016.

Considerado o melhor ponto de encontro dos pro-fissionais dos setores de transportes de carga, logística e comércio internacional, a Intermodal possibilita ampliação de networking e bons negócios. A feira, realizada entre os dias 5 e 7 de abril, promoveu palestras e debates sobre a

situação econômica do país, sempre apontando ao públi-co um escape para a crise. Representantes da APM Termi-nals, Portonave, Porto de Imbituba, Porto de São Francisco do Sul, além da classe empresarial catarinense, marcaram presença nos três dias de feira. No entanto, o evento con-tou com prestadores de serviços de mais de 30 países.

A Intermodal também serviu de palco para o lan-çamento do Anuário da Revista Economia & Negócios. Com engajamento com o público, foram distribuídas mais de 30 mil exemplares desta edição especial, na qual fo-ram destacados os setores que estão driblando a crise em Santa Catarina.

Intermodal aquece setor logístico

TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES30 anos transportando com agilidade e rapidez

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O primeiro trimestre de 2016 se inicia amargo para os produtores de mel. Santa Catarina teve uma queda de 85% na última safra e não há produto

disponível para exportação. Esta já é considerada a pior crise da história da apicultura catarinense. O prejuízo foi provocado pelo excesso de chuva durante a primavera, deixando estoques baixos até mesmo para o abasteci-mento do mercado interno. Consequentemente, o valor da commodity também sofreu reajuste.

Agosto do ano passado sinalizava mais uma tempo-rada próspera de mel, afinal, havia 6 mil toneladas esto-cadas em Santa Catarina. No entanto, a primavera trouxe consigo longos períodos de chuva. A água danificou a flo-ração e deixou os apicultores sem produção. De acordo com o presidente da Câmara Setorial do Mel do Ministério da Agricultura e presidente da Federação Catarinense de Apicultores (Faasc), Nésio Fernandes de Medeiros, as abe-lhas estavam saudáveis mas sem chance de transformar o néctar em mel.

A safra da primavera é a principal do setor de apicul-tura, quando se abastecem os estoques para o ano seguin-te. Medeiros revela que a produção de primavera sequer alcançou a marca das mil toneladas.

O comércio de mel só não deve estagnar de vez por conta de uma pequena safra que está para iniciar no nor-deste do país. Espera-se a produção de, pelo menos, mil toneladas de mel de eucalipto para ajudar no abasteci-mento do mercado interno.

“Enfrentamos hoje um problema de produção e não de comercialização. Não podemos fugir da lei da oferta e da procura. Infelizmente o preço vai aumentar no comércio varejista”, alerta o presidente da Faasc. Em média, os pro-dutores vendiam o mel por R$ 8 o quilo. Com a escassez, o valor já chega às marcas dos R$ 11, sendo repassado ao consumidor por até R$ 40 o quilo.

Exportação comprometidaSanta Catarina é o maior exportador de mel do Bra-

sil. Pelo Estado foram movimentadas quase 6,2 mil tone-ladas do produto só em 2015. Entretanto, as exportações deste ano não devem atingir nem 20% deste valor. A pre-visão é da maior envasadora de mel e exportadora do pro-duto, a Minamel Produtos Apícolas, de Içara. De acordo com o empresário Agenor Sartori Castagna, a falta de mel prejudica, inclusive, o abastecimento do mercado interno.

O setor já considera a perda de mercado para outros

Exportações comprometidas com queda de 85% na produção de mel

Sem estoque

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países exportadores, apesar de o Brasil ser maior exporta-dor de mel orgânico. “A única coisa que pode melhorar é o tempo. Não temos produto. Aguardamos algumas peque-nas safras ao longo do ano e vamos esperar pela próxima safra da primavera”, comenta Agenor.

O melhor mel é brasileiroHá duas edições do Congresso Internacional de Api-

cultura, o mel brasileiro é eleito o melhor do mundo. Tal reconhecimento abre as portas do mercado externo para apicultores de Santa Catarina, onde se reúnem tanto os melhores produtores quanto os maiores exportadores do produto.

Segundo Nésio da Faasc, o mel brasileiro é classifi-cado como orgânico. Enquanto a nossa vizinha Argentina utiliza agrotóxicos e produtos sintéticos para combater as enfermidades das abelhas, por aqui as pragas são comba-tidas com produtos orgânicos.

Apesar da qualidade do nosso mel, de acordo com a Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel) o maior exportador do commodity é a China, com a média de 620 mil toneladas anuais. Em segundo lugar aparece a Argentina, com quase 130 mil toneladas de mel. O Brasil ocupa a oitava posição. Em tempos de boa safra, exporta-mos cerca de 25 mil toneladas anualmente. Nossos princi-pais mercados são os Estados Unidos (75%), Europa (20%) e outros países com menor representatividade (5%).

Prateleiras vaziasOs reflexos da produção desastrosa de mel chegou

às prateleiras de lojas especializadas. Em Itajaí, a oferta neste início de ano já sofreu uma queda e houve aumento de 20% no valor. De acordo com Marco Souza, responsá-vel pelo setor de suprimentos de uma loja de produtos naturais, está muito difícil encontrar produtores com mel disponível. Eventualmente, o estoque fica vazio e a clien-tela volta para casa de mãos vazias. Como não há expec-tativa de se importar o doce natural, o mel pode ser um item em falta nas mesas brasileiras.

“A qualidade do mel catarinense é excelente, o pro-cesso é mais artesanal. Existe muita falsificação de mel e nós precisamos ficar atentos”, comenta Marco.

Mel nas mãos de poucosNa década de 1960, Santa Catarina registrava cerca

de 30 mil apicultores. Famílias inteiras vivendo da produ-ção de mel, com 350 mil colmeias em lugares estratégicos. Hoje, a Faasc está refazendo o levantamento com o apoio da Fundação Banco do Brasil e o Sebrae. Já foram cadas-trados 3 mil apicultores. A expectativa é que este número não ultrapasse os 6 mil.

Já o número de colmeias permanece o mesmo, o que consagra o Estado como o maior produtor de mel. Em Santa Catarina, as principais cidades produtoras de mel são Bom Retiro, Santa Teresinha e Içara, com colmeias nos principais pontos do litoral sul, planalto sul e região serrana. •

Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

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• Abril 2016 • Economia&Negócios20

No ano passado surgiu o primeiro foco do inse-to em São Paulo, cuja existência foi confirmada oficialmente em fevereiro de 2016. O pequeno

besouro das colmeias, que tem o nome científico de ae-thina tumida e é natural da África do Sul, pode destruir favos de mel, pólen e crias, além de provocar a fermen-tação do mel já estocado. As infestações correm o risco de se tornarem agressivas e incontroláveis, levando à destruição das colmeias e desaparecimento das abelhas, especialmente nas colmeias mais fracas.

Levando em consideração o risco que o inseto representa, a Epagri, a Cidasc, o Ministério da Agricul-tura, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e instituições da área apícola iniciaram um trabalho de mobilização e conscientização junto aos produtores. A recomendação inicial é que não se traga de outros es-tados ou países abelhas rainhas e colônias de abelhas, mesmo as nativas. Estudos preliminares mostram que

existe possibilidade deste besouro infestar também es-tas espécies de abelhas.

Mara Rubia Romeu Pinto, veterinária da Epagri, informa que a Cidasc já está estabelecendo o protocolo de controle da doença, mas que é muito importante o produtor não manusear a colmeia com suspeita de in-fecção, já que manuseio incorreto pode disseminar o besouro. Em caso suspeito, o apicultor deve informar imediatamente a Cidasc ou a Epagri. O profissional habi-litado vai até o local e colhe material, que será avaliado para dar o diagnóstico, porque outras pragas podem atacar a colmeia com sintomas semelhantes.

Segundo o coordenador de apicultura da Epagri, Ivanir Cella, a empresa já iniciou uma grande mobiliza-ção para conscientizar os produtores de mel do Estado para os riscos da praga. As informações estão sendo dis-seminadas com seminários regionais, cursos, oficinas e palestras já agendadas para o ano. •

Santa Catarina inicia ações preventivas contra besouro que pode destruir colmeias

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• Abril 2016 • Economia&Negócios22

PortosdoBrasil

Os dois primeiros meses do ano foram positivos para o Porto de São Francisco

do Sul. Em janeiro, o Porto havia registrado uma movimentação to-tal 43% superior ao mesmo perí-odo do ano passado. Seguindo no mesmo ritmo crescente, o mês de fevereiro também foi positivo e no acumulado do ano a movimenta-ção total já é 21% superior ao mes-mo período do ano passado.

Na linha de frente está a im-portação de fertilizantes, que esse mês foi 560% superior ao mês de fevereiro de 2015. A importação de soda a granel também cresceu 63%. “Os resultados dos dois pri-meiros meses do ano já nos per-mite vislumbrar um ano de boas

notícias para o Porto e para a comunidade de São Francisco do Sul”, comenta o Presidente do Por-to de São Francisco do Sul, Paulo César Corsi.

Madeira e azulejos foram as duas cargas que impulsionaram a exportação do Porto no mês de fevereiro. A madeira registrou uma alta de 57% e o azulejo de 161%. “Além dos bons números, o mês de fevereiro entrou para a história do Porto de São Francisco do Sul. Depois de 25 anos, o Porto voltou a fazer operação de celulose. Dois navios, com 5 mil toneladas cada, já partiram com destino aos Esta-dos Unidos. O fato recoloca o Porto na rota da celulose brasileira”, co-memora o Presidente.•

Porto de São Francisco do Sulregistra movimentação positiva

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Economia&Negócios • Abril 2016 • 23

Com cursos superiores nas áreas de Comércio Ex-terior, Logística, Gestão Portuária, Ciências Contábeis, Administração, Marketing, Recursos Humanos, além de diversas Engenharias e Construção Naval, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) é o motor propulsor que gera a qualificação de profissionais para atuar no setor portuário e de negócios internacionais.

A universidade é referência no sul do país, tanto na formação de mão de obra, como no desenvolvimento de inteligência para expansão do segmento. Unindo teoria e prática, o aprendizado acompanha as tendências globais, voltando-se para solução de problemáticas do mercado, em parceria com empresas, corporações e serviços de apoio, como BR Foods, JBS, DC Logistic, APM Terminals, Sebrae e Associações Comerciais, e na projeção de cená-rios futuros, cada vez mais tecnológicos e conectados.

"As parcerias são indicativo de que o ensino está in-terligado a realidade do mercado e gera resultados para as organizações", afirma Luciana Merlin Bervian, diretora do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Gestão.

Parcerias que se dão também por meio de eventos e visitas técnicas. "Os eventos não são por acaso. Sempre buscamos debater temas que estão em alta ou que estão modificando a realidade das nossas áreas, trazendo auto-

ridades no assunto", completa.Laboratórios propõe a prática real, como a Uni Ju-

nior, empresa júnior que presta assessoria e consultoria empresarial para empreendimentos de pequeno e médio porte, e a Trade Junior, que realiza consultoria em comércio exterior, oferecendo todo o suporte para empresas lidarem com a burocracia e lançarem-se no mercado internacional.

A Univali conta ainda, com laboratório de ponta para de simulação gerencial e uma sala patrocinada pela empresa DC Logistic. Antes de concluir a formação, os aca-dêmicos ainda fazem imersão nas empresas em estágios supervisionados.

Os intercâmbios abrem portas para a vivência inter-nacional. A universidade possui convênio com 96 univer-sidades estrangeiras e oferece aos estudantes, em média, 175 bolsas de estudos no exterior, todos os anos. Além disso, os cursos dispõem de disciplinas internacionais vol-tadas para marketing e negócios, ministradas em inglês e espanhol, em toda sua didática e conversação.

A estreita ligação da graduação com os cursos de Mestrado e Doutorado em Administração garante o apro-fundamento na área da pesquisa. A concessão de bolsas de pesquisa aos estudantes permite análise e atuação em cases reais, que se reverte em expertise para o mercado.•

Publieditorial

Qualificação que melhora o mercado

Univali é referência na formação de profissional para o setor portuário e de negócios internacionais

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A arrendatária Fertisanta assinou o contrato de execução da obra de construção de armazém graneleiro no Porto de Imbituba. O local ocupará

uma área total de 12 mil metros quadrados, localizada no terreno que a empresa dispõe como arrendatária do terminal de fertilizantes do porto.

O prazo de execução do projeto é de oito meses e o investimento a ser realizado é de cerca de R$ 40 milhões. A expectativa é que a obra seja iniciada nes-te mês. Depois de concluído, o armazém contará com

uma capacidade total de armazenagem estática de até 40 mil toneladas em cada módulo, totalizando 80 mil toneladas já que a estrutura contará com dois módulos.

A responsável pela construção civil da obra é a Stein Construtora. Já a parte de equipamentos do novo armazém ficará sob responsabilidade da Industrial Pagé. Ambas empresas contratadas são catarinenses, demonstrando o comprometimento dos envolvidos com o desenvolvimento do Estado, em especial da re-gião sul.•

Fertisanta realizará investimento de R$ 40 milhões no Porto de Imbituba

PortosdoBrasil

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Economia&Negócios • Abril 2016 • 25

PortosdoBrasil

Tecon Rio Grande movimenta mais cargas em 2016

O Tecon Rio Grande – um dos principais termi-nais de contêineres da América Latina e que é ope-rado pelo Grupo Wilson Sons – registrou crescimento nas movimentações de carga no acumulado do ano. Os 110,7 mil TEUs representaram um incremento de 11,3% em relação aos dois primeiros meses de 2015.

Os destaques do período foram, novamente, a exportação e a cabotagem – movimentação de car-gas entre portos de um mesmo país. Foram enviados 34,2 mil TEUs para destinos como extremo Oriente, América do Norte e Europa. As principais cargas fo-ram resina, tabaco, celulose e frango congelado. Já

na cabotagem, que cresceu 19,6% no período, o arroz segue como responsável por quase 80% das operações e o nordeste foi mais uma vez o destino preferencial.

O Tecon Rio Grande, no Rio Grande do Sul, é hoje um dos mais importantes terminais de contêi-neres da América Latina. O Tecon está em atividade no Porto do Rio Grande desde 1997. Neste período, vem operando as principais linhas de navegação que escalam o país. Tem cerca de 3 mil importadores e exportadores, tendo se tornado fundamental para o desenvolvimento econômico do estado.•

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• Abril 2016 • Economia&Negócios26

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Economia&Negócios • Abril 2016 • 27

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• Abril 2016 • Economia&Negócios28

PortosdoBrasil

Preocupada com a eficiência alinhada ao desen-volvimento sustentável, a Portonave está na fase final da eletrificação dos RTGs. O projeto consiste

na substituição do óleo diesel por energia elétrica na operação dos guindastes, que fazem o movimento do contêiner do caminhão para o pátio de armazenagem e vice-versa. Com a implantação do sistema Busbar System [barramento de transporte de energia], os 18 equipamentos do terminal praticamente vão zerar a

Portonave opera RTGs com energia elétrica

e reduz em 98% a emissão de CO2

Sistema tem baixo custo de manutenção e sua operação é

totalmente automatizada

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Economia&Negócios • Abril 2016 • 29

PortosdoBrasil

emissão de CO² – que será reduzida em 98%. A eletrificação começou em agosto de 2015, na área

de expansão do pátio de contêineres. A ideia foi iniciar as atividades operacionais na área nova do terminal – o pátio de contêineres foi duplicado de 15 para 30 mil TEUs de ca-pacidade estática – já com a tecnologia em funcionamento. Segundo o gerente de manutenção da Portonave, Marcelo Diniz, a eletrificação traz vários benefícios. Além da redu-ção do consumo de diesel, o sistema tem baixo custo de manutenção, gera aumento de produtividade nos RTGs, melhoria na confiabilidade dos equipamentos e a significa-tiva redução de gases poluentes.

A Portonave investiu R$ 25 milhões para a implanta-ção do projeto. O Busbar System é um sistema de tecnolo-gia alemã e consiste no mais moderno do mundo, sendo

muito utilizado em portos da Europa e da Ásia. Seu funcionamento exige a instalação de um conjunto de barras condutoras com suportes de aço em toda a extensão de cada área de empilhamento do terminal.

Cabos de baixa tensão conduzem a ener-gia das subestações até os barramentos e para o RTG através de um braço coletor automático conectado ao barramento. Esse processo é todo automatizado e não necessita de intervenção humana. O equipamento possui um sistema de segurança que evita possíveis choques elétri-cos ao contato com o equipamento.•

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PortosdoBrasilJoão Souza/Divulgação

A APM Terminals Itajaí, operadora de contêineres e cargas do principal por-to catarinense, registrou recorde de

embarques de contêineres para um só cliente em um só navio na primeira semana de abril. A bordo do Maersk Lamanai, 561 contêineres refrigerados da BRF partiram para diversos destinos por meio do serviço Samba, que conecta o Brasil com Algeciras, na Espanha, onde a maior parte da carga será trans-bordada para a Ásia.

Contêineres refrigerados representam cerca de 15% do volume de exportação anual da APM Ter-minals Itajaí. Deste montante, 90% são carregados com frango produzido em Santa Catarina. “Temos

especialidade nestas operações. A movimentação de cargas refrigeradas é uma das razões de existir da APM Terminals Itajaí, uma vez que é extrema-mente significativa não só para a atividade portu-ária, mas também para a produção industrial cata-rinense. Nosso objetivo é tornar a cadeia logística mais eficiente para que os nossos serviços gerem valor e confiança aos nossos clientes”, destaca o ge-rente Comercial da APM Terminals no Brasil, Felipe Fioravanti.

O frango é uma das cargas catarinenses mais tradicionais para a exportação. De acordo com in-formações da Federação das Indústrias de Santa Ca-tarina (Fiesc), a participação do Estado nas vendas

APM Terminals Itajaí opera volume histórico de contêineres refrigerados

Empresa embarcou mais de 500 contêineres da BRF em um só navio da rota entre Brasil e Europa

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da produção brasileira ao mercado externo é de 11%. A BRF, uma das gigantes do setor em todo o mundo, opera 35 fá-bricas em todas as regiões do Brasil, dentre elas as unidades de Videira, Capinzal e Campos Novos, que se conectam com o Porto de Itajaí através da BR-470.

Sobre a APM TerminalsA APM Terminals é referência na operação portuária

de contêineres em todo o mundo. No Brasil, a empresa é arrendatária do Porto de Itajaí, opera um terminal em Pe-cém (CE) e tem sociedade na Brasil Terminal Portuário, em Santos (SP). Além disso, conta com uma rede de serviços retroportuários em Rio Grande (RS), Itajaí (SC), Itapoá (SC) e Paranaguá (PR).

No mundo, as operações estão espalhadas por 69 países, totalizando 72 portos e terminais, com oito novos projetos em desenvolvimento e 140 instalações de serviços retroportuários. Ao todo são 20.6 mil funcionários distribu-ídos nos cinco continentes, disponibilizando aos importa-dores e exportadores todas as principais rotas do comércio internacional com uma presença verdadeiramente global. •

PortosdoBrasil

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PortosdoBrasil

Exportação de grãos por contêiner cresce 90% na TCP

A movimentação de commodities por contê-ineres pela TPC, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, é

uma realidade crescente. Nos últimos quatro anos, o crescimento da conteinerização de grãos foi de 90%, gerando qualidade e agilidade para os exportado-res, além de aumentar a vantagem comercial com-petitivas dos embarcadores.

O transporte de grãos como milho e soja pela TCP dá ao cliente a garantia da entrega no destino final com transit time otimizado. Enquanto o embar-que do produto em navios graneleiros está sujeito às condições climáticas como a chuva, em contêineres isso não ocorre. “A demora no embarque dos grãos causada pelo tempo nesse tipo de veículo, além de atrasar o período da carga em trânsito e entrega nos seus destinos, ainda gera o aumento nos custos ope-racionais para o cliente”, comenta o diretor Superin-tendente Comercial da TCP, Juarez Moraes e Silva.

A vazão de produtos segregados como aque-les com maior índice proteico é outro problema re-solvido pela conteinerização dos grãos. “O volume muito grande de grãos transgênicos (com menor

teor proteico), e cada vez maior, não permite que os navios graneleiros trabalhem com linhas de produ-tos segregados. Essa demanda também é resolvida pelos contêineres”, enfatiza.

Outra questão é que, ao ser embarcada em na-vios graneleiros, a carga sofre perdas ocasionadas pela movimentação. No caso dos grãos transporta-dos pela TCP, a movimentação é menor e a perda tende a ser zero. Uma vez embarcado em um con-têiner, o grão não será mais descarregado até chegar ao destino final, o que garante maior rastreabilidade do produto e menor índice de quebra.

Em relação aos custos operacionais e logís-ticos, o transporte por contêiner é também mais atrativo, ficando, em média,15% mais barato que o granel. “Esse valor pode ficar até 25% mais competi-tivo se o contêiner for levado até o porto por modal ferroviário”, enfatiza o diretor.

O Terminal de Contêineres de Paranaguá ex-porta grãos de produtores do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, que têm seus negócios, principalmente, com países de toda a Ásia e Euro-pa.•

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Mais um investimento foi autorizado em março para o setor portuário brasileiro. Dessa vez no Paraná. O ministro Helder Barbalho, da Secre-

taria de Portos da Presidência da República (SEP), assinou permissão para a renovação antecipada do contrato em que a empresa Terminais Portuários da Ponta do Félix (TPPF) se compromete a realizar novos investimentos no valor de R$ 114,18 milhões em suas instalações no Porto de Antonina. Esses recursos fazem parte do total de R$ 51,28 bilhões previstos para serem aportados no setor portuário brasileiro até 2042.

“Estamos aqui para garantir os investimentos. É isso que o Brasil almeja, deseja e precisa”, afirmou o ministro na cerimônia de assinatura.

A TPPF construirá armazém especializado para ferti-

lizantes, com capacidade mínima de armazenagem de 120 mil toneladas. Essa obra também prevê a implementação de correias interligando esse novo armazém ao berço 2. Além disso, a empresa vai ampliar o cais 3 em 170 metros, bem como promoverá o reforço para a profundidade de 12,5 metros.

Outra obra programada pela empresa é a dragagem do berço de 170 metros. Por fim, será feita a construção da pera ferroviária no trecho interno da área do arrendamen-to, compreendendo a extensão total de 2,68 km.

O novo contrato terá vigência até 30 de dezembro de 2037. Com os novos investimentos, o terminal terá ca-pacidade mínima de movimentar 2,94 milhões de tonela-das/ano, somando todos os tipos de cargas transportadas pelo Terminal.•

Secretaria de Portos autoriza investimentos no PR

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A Portonave realizou a maior movimentação por escala da história no início de abril. O re-corde foi alcançado durante a operação do

navio CMA CGM CONGO, do Serviço Ásia, com 2.908 movimentos.

Nesta operação foram utilizados cinco guin-dastes ao longo de 16 horas de operação. Além do número de contêineres, outro destaque foi a alta produtividade: 176,2 mph (movimentos por hora). O MPH é o indicador utilizado pelos terminais portuá-rios e armadores para medirem a eficiência operacio-nal de um terminal de contêineres, e com esses bons números, a Portonave se compara com os melhores terminais do mundo.

O recorde anterior de movimentação por esca-

la, no terminal, foi registrado em operação do servi-ço Ipanema, em dezembro de 2014, quando foram feitos 2.656 movimentos.

A Portonave vem se destacando nos últimos anos na movimentação por escala. Além de deter o recorde sul-americano, com 270,4 mph, desde outu-bro de 2014, o terminal fechou 2015 com média de 103,5 mph por navio e 35,7 mph por equipamento.

Essa eficiência operacional proporciona aos clientes e armadores menor custo de navio atracado e maior agilidade no embarque e descarga de contê-ineres. Para o gerente de operações Emanuel Silveira Jorge esses indicadores são resultado da dedicação e comprometimento das equipes, que sempre buscam o melhor.•

Portonave realiza maior movimentação por escala da história

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O novo marco regulatório sob a Lei nº 12.815/2013 impôs novas diretrizes ao sistema

portuário brasileiro, sendo uma delas a definição das poligonais, área de abrangência dos portos públicos, cuja delimitação é fundamental para deter-minar o futuro do setor que precisa ser eficiente e produtivo.

Com a vigência de dois regimes de exploração: portos organizados (públicos) e terminais de uso privado (TUPs), o Governo Federal decidiu se-parar estes sistemas de maneira a que tudo o que está dentro da poligonal é autarquia dos portos públicos e tudo que está fora é regime dos portos pri-vados. Esta divisão tem preocupado o mercado, que espera uma definição justa do traçado para que nenhum dos lados saia em desvantagem.

O tema é estratégico para o sistema. Para o pre-sidente da Federação Nacional dos Operadores Portu-ários (Fenop), Sergio Aquino, é importante que sejam criados regramentos que garantam a competitividade, a expansão dos dois sistemas, isonomia e a convivência harmônica entre eles.

“Se você beneficiar um, prejudica o outro. Por isso as definições das poligonais é o ponto mais importante para sinalizar qual é a vontade do governo federal para o futuro. Se restringir demais as áreas dos portos sig-nifica que não se pretende garantir a viabilidade futura dos portos organizados. Porém, se o governo expandir demais as poligonais, pode sinalizar à iniciativa privada

Definições das poligonais preocupa setor portuário

que planeja investir em portos públicos e não facilitar para quem deseja investir em TUPs”, alerta Aquino.

Para o presidente da Fenop, a solução está no equilí-brio do método para que não haja tendência para nenhum dos lados. “O ideal é que estes dois regimes sejam normais em termos de convivência e utilização. Acredito que não seria muito bom para o país que os regramentos desequilibrassem a competitividade. É fundamental que o governo converse com os dois lados”.•

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PortosdoBrasil

Itajaí recebeu nos dias 11 e 12 de abril o 9º Congresso de Portos de Língua Portuguesa, evento realizado pela Associação dos Portos de Língua Portuguesa (Aplop),

tendo a Autoridade Portuária de Itajaí como anfitriã do evento. O congresso reuniu representantes de portos se-diados na Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mo-çambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial, além dos países observadores Macau e Marrocos.

O evento proporcionou a discussão de assuntos que visam contribuir com o desenvolvimento do trans-porte marítimo no espaço lusófono, bem como ajustar procedimentos relacionados à atividade portuária em pa-íses que tenham como idioma oficial a língua portuguesa.

Segundo o fundador da Aplop, ex-presidente e atu-al conselheiro da associação, José Luis Cacho, o objetivo é ajudar no crescimento da economia dos países lusófo-nos e possibilitar a comercialização facilitada, dinamizan-do processos, entre os portos.

O coordenador do grupo de trabalho sobre trans-porte marítimo e administrador dos Portos de Setúbal (Portugal), Carlos Seixas da Fonseca, revela que já há diálogo com diferentes armadores para viabilizar a cria-ção de novas linhas, conectando os países membros da Aplop.

De acordo com o prefeito Jandir Bellini (PP), o ce-nário vivido por Itajaí, com a baixa movimentação por-tuária, principalmente em decorrência da perda de algu-

Itajaí sedia 9º Congresso de Portos de Língua Portuguesa

Evento reuniu representantes de 11 países e promoveu debates

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mas linhas de operações, é ideal para estabelecer novos vínculos e prospectar novos mercados. “Esse congresso é uma forma de levarmos lá fora o nosso poten-cial, a nossa estrutura e tudo de bom que nós temos para levar ao mundo todo”, comenta.

A programação do Con-gresso contou com discussões acerca de inovações tecnológi-cas, apresentação de propostas de reformulação para os portos associados à APLOP, troca de in-formações e experiências entre profissionais do setor portuário e abordagem de assuntos diversos ligados às atividades portuária e comercial.

Entre os palestrantes es-tavam Luiz Stanley da Silva, da Secretaria de Portos da Presi-dência da República (SEP); José Luiz Moreira da Silva (Faculdade de Direito de Lisboa); Fernando Fonseca da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq) e Nadia Laraki da Agência Nacio-nal dos Portos de Marrocos, entre outros nomes nacionais e interna-cionais.

O evento foi realizado na Estação de Passageiros Guilher-me Asseburg, em frente à praça Vidal Ramos, e contou também com visitas técnicas na Portonave e empresas da região.•

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Em tempos de crise econômica e redução na oferta de emprego, empreender pode ser uma alternativa para assegurar uma renda. Nesse cenário, as micro-

franquias têm despontado como um caminho para quem não dispõe de tanto capital para aplicar. A característica desse modelo de negócio é exigir investimento inicial pe-queno, de até R$ 80 mil. Números da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostram um aumento do interesse pelo sistema nos últimos anos.

De acordo com a ABF, em 2011 havia 336 redes clas-sificadas como microfranquias no país. Em 2012, o núme-ro passou a 368, uma alta de 9,5%. No ano de 2013, o total de microfranquias atingiu 384, crescendo 4,3% e, por fim, em 2014, chegou a 433, com crescimento de 12,8% ante o ano anterior. A entidade ainda não fechou os dados de 2015. O diretor de Relacionamento e Mercado da ABF, Cláudio Tieghi, diz que o segmento de franquias cresce em momentos de crise.

“Historicamente o franchising se beneficia nesses momentos, no sentido de aumentar o fluxo de pessoas interessadas em empreender, ter o próprio negócio”, afir-

ma Tieghi. Segundo ele, o fenômeno das microfranquias, intensificado nos últimos dez anos, ganha apelo especial com a queda do emprego. De acordo com o Cadastro Ge-ral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministé-rio do Trabalho e Emprego, em 2015 o Brasil fechou 1,54 milhão de vagas formais.

“A microfranquia é uma opção para pessoas com perfil técnico ou de gerente. Ela se equipara a uma opor-tunidade de substituição do emprego. Em vez de estar em uma empresa trabalhando, [o franqueado] pode desem-penhar essas funções em casa. Ele pode também projetar e sair da realidade de microfranquia. Pode ter várias uni-dades no país ou migrar para uma franquia tradicional”, afirma.

No entanto, segundo ele, dedicação e disposição para trabalhar são quesitos fundamentais para quem de-seja se aventurar com o modelo. “O que é mandatório na microfranquia é o total envolvimento da pessoa. Ela vai passar a fazer o trabalho em modalidade empreendedora. Muitas vezes nem tem funcionários ou tem poucos. A mi-crofranquia é um negócio enxuto”, explica.

Em meio à crise, microfranquias crescem 12,8% no Brasil

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EmpreendedorismoO aumento do interesse dos brasileiros

por empreender não se restringe às franquias. A edição mais recente da pesquisa Global En-trepreneurship Monitor (GEM), divulgada no Brasil pelo Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Sebrae), mostra que, em 2015, a taxa de empreendedorismo no país foi 39,3%, a maior registrada nos últimos 14 anos. Segundo o gerente de Gestão Estraté-gica do Sebrae, Marcos Bedê, a elevação da taxa tem sido um fenômeno constante.

Segundo Bedê, a taxa de empreende-dorismo cresce ano a ano, evidenciando uma tendência de aumento da propensão do bra-sileiro para se tornar empreendedor. Segundo ele, o modelo franquia tem vantagens e des-vantagens. “A principal vantagem é que você recebe um negócio praticamente pronto. O risco tende a ser um pouco menor”, comenta.

O especialista em estratégia empre-sarial, marketing e recursos humanos Jorge

Pinho, professor do Departamento de Admi-nistração da Universidade de Brasília (UnB), considera natural o interesse dos brasileiros por tocar o próprio negócio em tempos de emprego em baixa. “A recessão que estamos vivendo leva à diminuição de oportunidades e até do salário nas ofertas que por acaso apareçam. Isso faz com que as pessoas ten-tem arriscar sua competência, sua sorte, no empreendedorismo”.

Na avaliação dele, “tentar girar o capi-tal de maneira sustentável” pode ser a única alternativa no período de crise. Pinho aconse-lha, no entanto, cautela e pesquisa antes de investir em um negócio, justamente em fun-ção da retração econômica. Para ele, é preciso buscar as áreas menos afetadas. “Eu acredito que existam possibilidades. Por exemplo, a questão da lavanderia. É uma aposta, pois a empregada doméstica agora está custando em torno de 25% a mais do que você paga a ela”, alerta.•

Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio MalburgCep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD

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Por Milton Lourenço Presidente da Fiorde

Logística Internacional e diretor do Sindicato dos

Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e

Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da

Associação Nacional dos Comissários de Despachos,

Agentes de Cargas e Logística (ACTC)

O futuro dos supercargueiros em xeque

Por Milton Lourenço, presidente

da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de

Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos,

Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail:

[email protected]. Site: www.fiorde.com.br.

ArtigoArtigo

Até a crise de 2008, dizia-se, como verdade definitiva, que o futuro dos mares seria

dos meganavios carregadores de contêineres. Afinal, quanto maior fosse o cargueiro mais contêineres carregaria, o que, obviamente, diminuiria os custos de transporte e aumentaria os lucros dos grandes armadores. Com isso, os portos de pouca profundidade seriam obrigados a aplicar muitos recursos em obras de dragagem e construir infraestrutura mais adequada ou seriam excluídos das linhas.

Hoje, porém, essa verdade já tem sido relativizada. Depois da crise, enquanto a demanda não cresce, não são poucas as mudanças anunciadas: os armadores não parecem tão dispostos a fazer novos investimentos, preferindo consolidar os serviços atuais e reduzir as frequências das linhas, especialmente no eixo Ásia-Europa. Sem contar que todos os armadores estão na expectativa dos efeitos que produzirá a investigação que a Comissão Europeia começa a fazer sobre os acordos de preços de fretes promovidos pelas empresas-líderes do mercado.

O que os analistas entendem é que a estratégia desses armadores de implantar linhas com cargueiros de maior capacidade, se pôde baixar os fretes e demais despesas com transporte intercontinental, complicou o custo de toda a cadeia. Basta lembrar que,

desde outubro, 115 barcos que estão em serviço nas rotas Ásia- Costa Leste dos Estados Unidos e Ásia-Norte da Europa refizeram suas rotas, deixando de fazê-las pelos grandes canais, ainda que o trajeto seja mais longo.

Em outras palavras: com a redução do preço do combustível e o espaço ocioso nos megacargueiros em função de baixa demanda dos últimos tempos, muitas rotas foram alteradas, em função da necessidade de se buscar maior rentabilidade. Por isso, muitos supercargueiros deixaram os trajetos-troncos estabelecidos anteriormente, tomando a rota do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul.

Essa alternativa fez baixar o tráfego pelos canais de Suez e do Panamá. Tanto que a administração do Canal de Suez reduziu em 30% as tarifas cobradas, depois de registrar quedas significativas no tráfego de 2015. Aquela alternativa aumenta em uma semana a viagem, mas absorve maior quantidade de navios – na maioria, supercargueiros. Com isso, evitar-se-ia um excesso de capacidade, ou seja, que os navios trafegassem com muito espaço ocioso.

Se essa opção conseguirá manter os fretes a preços baixos é a dúvida que fica. Se a demanda voltar aos bons tempos, é provável que a tendência de se construir cargueiros cada vez maiores siga em frente. Por enquanto, só resta esperar.•

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Mercado Coluna

A Cervejaria Zehn Bier, sediada em Brusque, está completando 13 anos de existência com novida-des e uma nova gestão. Há um ano o negócio foi

vendido para novos investidores deixando de ter uma administração familiar, passando a ter uma gestão pro-fissional focada no sucesso e ampliação da atuação da marca.

Durante os últimos 12 meses, a empresa passou por reestruturações e investimentos com o objetivo de aumentar a participação no mercado de cervejas artesa-nais. Uma dessas mudanças foi concretizada na primei-ra semana de abril, quando a tradicional empresa de alimentos Hemmer, de Blumenau, deixou de ser a única distribuidora da bebida em território nacional.

A partir de agora, a distribuição da bebida será feita diretamente pela Cervejaria Zehn Bier. “Depois de avaliar muito bem a situação da cervejaria, chegamos à conclusão de que para crescer no mercado é necessário que todo o processo esteja concentrado na empresa. Por isso, rompemos o nosso acordo de cavalheiros”, infor-ma o diretor, Fernando José de Oliveira.

Segundo o administrador da Zehn Bier, Edson Bruning, quando a nova gestão comprou a empresa, a cervejaria fabricava em torno de 6 mil litros. A partir deste processo de mudanças ao longo de 12 meses, a empresa já alcançou a média de 25 mil litros mensais, tendo a capacidade de triplicar esse volume.

A nova diretoria está com muitos planos com o objetivo de ampliar a participação da Zehn Bier no mer-cado. Entre eles, está de oferecer a cerveja nas regiões norte e nordeste, locais em que ainda não está presen-te, e aumentar a participação no sudeste.

Outra medida que está sendo tomada é de am-

Cervejaria Zehn Bier quer expandir sua presença no mercado nacional

pliar o número de estabelecimentos que oferecem a cerveja artesanal.

A partir de hoje, qualquer supermercado, lojas de con-veniência ou outros estabelecimentos que trabalham com bebidas que queiram ofertar também as cervejas Zehn Bier, pode entrar em contato diretamente com a sede da empresa, em Brusque.

CervejasA fabricação do chope e das cervejas Zehn Bier segue

as tradições germânicas, utilizando como matéria-prima quatro ingredientes: o malte, o fermento, o lúpulo e a água, que não são filtrados e não possuem conservantes. Tudo é feito de forma artesanal e cuidadosa por um mestre cerve-jeiro experiente. Atualmente, a empresa oferece, além dos chopes tipo Pilsen e Porter, as cervejas Pilsen Extra, Weizen, Porter, Heller Boc e IPA.•

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Mercado Coluna

Programa Visite Balneário Camboriú e região pretende divulgar o litoral em seis países

Programa de Divulgação Visite Balneário Camboriú e Região conta com o apoio do Convention Bureau de Balneário Camboriú, envolve empresas privadas,

atrativos turísticos e poder público e propõe 22 ações pro-mocionais, em seis países e 14 cidades.

A expectativa é que aproximadamente 30 empresas participem do projeto e, de acordo com Margot Rosen-brock Libório, vice-presidente do Bureau, essa união é ex-tremamente positiva, já que pode viabilizar algo de maior proporção. “Acredito hoje que cada ator entende a sua po-sição dentro do turismo e essa parceria surge como algo natural para a gente”. Para Ademar Schneider, Secretário de Turismo de Balneário Camboriú, a intenção é reviver este tipo de projeto, fortalecendo e unindo a classe.

Entre as ações previstas no projeto, que conta com oito etapas, estão a participação em diversas feiras e workshops nacionais e internacionais, cafés da manhã, almoços e jantares, em seis países, onde a cidade de Bal-neário Camboriú e região serão apresentados a estes des-tinos emissores, entre outras ações.

Alex Bonareti, gerente comercial e de marketing do Beto Carrero, acredita que essa união público/privado é de extrema importância, pois dá mais força para a causa do turismo, além de trazer um maior aproveitamento das ações. Alfredo Kuhn, gerente-geral do Unipraias, também compartilha desta opinião e complementa que seria muito difícil só o público ou privado desenvolver a economia da região sozinho.•

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• Abril 2016 • Economia&Negócios46

Por Milton Lourenço Presidente da Fiorde

Logística Internacional e diretor do Sindicato dos

Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e

Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da

Associação Nacional dos Comissários de Despachos,

Agentes de Cargas e Logística (ACTC)

Vazamento dos Panamá Papers levanta questionamento a respeito

do limite da legalidade nas empresas offshore

ArtigoArtigo

Considerado o maior vazamento sobre corrupção da história, o Panamá Papers é baseado em

11,5 milhões de arquivos secretos ob-tidos a partir de um escritório de ad-vocacia no Panamá. O caso, que veio à tona no dia 3 de abril, através da reportagem do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ na versão inglesa), está repercutindo com força no meio jurídico e empresarial da região.

Mas é preciso, antes de conde-nar as pessoas mencionadas nos arqui-vos, filtrar a informação divulgada.

Muitas das pessoas citadas são artistas e esportistas, tais como Jackie Chan e o jogador Messi, a respeito dos quais não há, em um primeiro momen-to, qualquer suspeita de prática ilícita. Há outros casos de líderes mundiais e chefes de Estado. Em qualquer hipóte-se, é preciso muita responsabilidade para lidar com um caso dessa enverga-dura e proporção.

Ter uma empresa offshore não é de nenhuma forma um ato ilícito e, para muitos negócios é, inclusive, uma estrutura recomendada. O problema está em quando essas estruturas são utilizadas para ocultar dinheiro oriun-do de tráfico de drogas e desvio de ver-bas públicas, aí sim existe ilícito.

Outro exemplo em que se reali-zou um julgamento antecipado na di-vulgação dos fatos, cita ele, é o caso do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

Nesse caso, vazou a informação de que ele seria devedor de uma taxa de US$ 2 mil devido na compra de um aparta-mento de um quarto em Miami.

De modo geral, há muito sensa-cionalismo envolvendo esse fato que, provavelmente não é nem responsabi-lidade do ministro, já que é bastante comum nesse tipo de operação que as compras sejam feitas através de uma empresa intermediária. Nos Estados Unidos, normalmente, é uma empresa que presta o serviço conhecido como escrow, que recebe os pagamentos do Brasil e se responsabiliza pelo paga-mento de todas as taxas.

Panamá Papers - O escândaloA rede de jornalismo investigou

durante um ano um esquema global de ocultação de patrimônio e dinheiro por parte de líderes mundiais, chefes de Estado e figuras públicas. Os docu-mentos, reunidos como Panamá Papers (panamapapers.icij.org) expõem as participações no exterior em esque-mas montados em paraísos fiscais de 12 líderes mundiais atuais e passados, além de dados sobre as atividades fi-nanceiras de outros 128 políticos e funcionários públicos de diferentes países.

As informações contidas no va-zamento contemplam as atividades da empresa Mossack Fonseca de 1970 e até 2016. Reunidas, formam um vaza-mento maciço de enorme proporção mundial.•

Por Celso Almeida da Silva, advogado e

sócio da Siva & Silva Advogados Associados

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Economia&Negócios • Abril 2016 • 47

O grupo Tacla Shopping, da mesma rede do Itajaí Shopping, anuncia a inauguração de um novo empreendimento: o Porto Belo Outlet Premium. A

entrega do novo shopping está prevista ainda para 2016, às margens da BR-101. O Porto Belo Outlet Premium será o primeiro do gênero em território catarinense. Serão 35 mil metros quadrados de área construída e mais de 100 lojas. O projeto arquitetônico foi desenvolvido em Miami, berço dos mais reconhecidos outlets do mundo.

A inauguração do empreendimento será feita pelo recém-empoçado superintendente da unidade de Ita-jaí, Michael Domingues. O gestor carrega no currículo 12 anos de experiência em shopping centers em Santa Catarina e chega para aliar sua experiência no setor à administração do principal espaço de compras e lazer da cidade.

O desafio em Itajaí será o desenvolvimento do per-fil gastronômico, com a qualificação do mix de produtos e serviços por meio do terraço panorâmico com área gas-

tronômica, grande diferencial do Itajaí Shopping. Caberá a ele também a conclusão da obra do Outlet Premium de Porto Belo, prevista ainda para 2016.

“O foco é melhorar o desempenho do equipamento e dos lojistas, além de trazer a ampliação e dar mais qua-lidade ao mix do shopping da cidade, empreendimento que vem acompanhando o potencial de Itajaí, em cons-tante crescimento, com um desenvolvimento consolida-do”, pontua.

O novo superintendente considera importante em sua carreira voltada à administração de shopping centers integrar o Grupo Tacla Shopping, com sede no Paraná, e criadora de marcas como Palladium Shopping Center, em Curitiba (PR), Palladium Ponta Grossa, Itajaí Shopping, Shopping Cidade, em Sorocaba (SP). E dos empreendi-mentos a serem inaugurados como Catuaí Palladium, em Foz do Iguaçu (PR), Porto Belo Outlet Premium, Jockey Plaza Shopping, em Curitiba (PR) e o City Center Outlet & Shopping, em Campo Largo (PR).•

Mercado ColunaGrupo Tacla Shopping anuncia

novo empreendimento

Unidade será em Porto Belo com foco no mercado outlet

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• Abril 2016 • Economia&Negócios48

Mercado Coluna

A Almeida Júnior recebeu o “Prêmio Grupo de Líderes Em-presariais (Lide)” na categoria Arquitetura e Design, com o projeto de ampliação do Balneário Shopping. O objetivo

do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresa-riais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários.

O Prêmio Lide é o terceiro reconhecimento que o Balneário Shopping recebe desde a inauguração de sua expansão em no-vembro de 2014, que lhe confere o prestígio nacional de ser um dos mais importantes e modernos shopping centers do Brasil.

Inaugurado em outubro de 2007, o Balneário Shopping pas-sou por uma ampla modernização e expansão, iniciada em 2013 e finalizada em 2014, dobrando então o tamanho do shopping, além de trazer inovações que fazem sua estrutura ser destaque no mercado brasileiro de shopping centers. Um exemplo é a altura das vitrines dos lojistas com 6,5 metros, espaço inédito no Brasil. •

O empresário João Francisco Barão, que comanda o Guaca-mole Cocina Mexicana e o Didge Steakhouse Pub, é o novo pre-sidente do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau. A entidade sem fins lucrativos, formada por meio da iniciativa priva-da, é composta pelo empresariado a fim de impulsionar o desen-volvimento do turismo e eventos no município.

João Francisco é membro da diretoria do Observatório Social e exercia o cargo de vice-presidente no Convention Bureau. Na ocasião, o empresário destacou os quatro anos da gestão da pre-sidente Margot e ressaltou o desafio de continuar o bom trabalho desenvolvido.

Em 2016, o novo presidente completa 10 anos como em-presário em Balneário Camboriú e revela que a cidade o ensinou muito, assim como a entidade, que acolheu a causa da gastrono-mia e tornou o projeto de Balneário Saboroso uma realidade e um sucesso na baixa temporada.

Margot Rosenbrock Libório aproveitou a oportunidade para agradecer a confiança durante as duas gestões em que esteve à frente da entidade. “Assim como a minha gestão me deu muita alegria, eu continuo com esse sentimento em poder passar isso para o Chico e para essa diretoria. Eu dei o melhor de mim durante estes quatro anos e saio do cargo sem nenhum arrependimento”, diz.

A posse festiva da nova diretoria para gestão 2016/2018 ocorreu no dia 12 de abril, no Infinity Blue, para convidados. O evento contou com a 2ª edição da medalha BC Convention, que é um reconhecimento do trabalho e da importância dos embaixado-res, que auxiliam no processo de captação de eventos.•

Balneário Shopping recebe prêmio de design

Convention Bureau de Balneário Camboriú elege

novo presidente

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Balneário Camboriú tem a primeira unidade de Santa Catarina da renomada rede de academias Unique. A novidade foi inaugurada hoje ao públi-

co no Balneário Shopping, em uma das mais modernas estruturas do mercado fitness do Sul do Brasil. A primeira Unique Family Fitness Club do Estado chega com a pro-posta de lançar um novo padrão de serviço na região.

Instalada em uma área de mil metros quadrados, a Unique do Balneário Shopping conta com equipamen-tos da Technogym – marca italiana presente em algumas das melhores academias do mundo - bem como outros diferenciais para o mercado local, a exemplo do sistema de toalheiro, secador de cabelos nos vestiários feminino e masculino e bancada para maquiagem.

A academia oferece ainda um sistema inédito de passar roupas gratuito, em que os alunos poderão dei-xar suas roupas para serem passadas antes do treino e pegá-las quando terminar. Alguns mimos também esta-rão disponíveis para os alunos, como absorventes e kits com agulha e linha de costura.

Todas as bikes e esteiras são equipadas com TV a cabo e jogos e os espaços de aula coletiva terão siste-ma acústico especial, iluminação dinâmica com cores e espelhos direcionados que ampliam a visão do profes-sor. A grade de aulas coletivas inclui opções como Bike Indoor, Alongamento, Ginástica Localizada, Treinamento Funcional, Zumba, Pilates, Muay Thai, Abdominal, Aero Box.

Uma das novidades é a aula de Ginástica Postural, que trabalha o alongamento e a reeducação postural do aluno. A estrutura física conta ainda com uma área de musculação setorizada com profissionais específicos para cada uma delas.

Um convênio entre a Unique e o Balneário Sho-pping oferece duas horas gratuitas por dia de estacio-namento para o aluno da Unique. O mesmo vale para uma parceria firmada com o Planet Park (brinquedoteca), operação de entretenimento infantil localizada próximo à academia, onde o aluno poderá deixar os filhos gratui-tamente por até duas horas por dia. •

Unique Family Fitness Club inaugura no Balneário Shopping

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A parceria da Mercoplan Planos de Saúde com a SOS Salvar Ambulâncias veio trazer soluções em saúde mais completas aos catarinenses. São cinco opções

de planos que garantem atendimento 24 horas, incluindo domingos e feriados, em casos de urgência e emergência, transporte para a realização de consultas, exames e alta hospitalar, entre outros benefícios. A contratação pode ser feita na modalidade individual, com a inclusão de de-pendentes, e empresarial, custando a partir de R$ 29, 90 mensais.

Se o atendimento for voltado para você e sua famí-lia, há quatro planos: SOS Básico, SOS Prata, SOS Ouro e SOS Prime, elaborados para atender diversas necessi-dades e condições financeiras. Adquirindo um desses produtos, a Mercoplan e a SOS Salvar prestarão socorro em situações de urgência e emergência, e transporte para consultas, exames e saída do hospital mediante agenda-mento. Os planos oferecem ainda de duas a cinco visitas mensais da equipe de enfermagem, coleta de um a dois exames laboratoriais e 50% de desconto em remoção de UTI móvel, fora da área de abrangência e nos atendimen-tos em domicílio. Os serviços abrangem as cidades de Ita-jaí, Balneário Camboriú, Navegantes e até 700 quilôme-tros fora da área de cobertura conforme as especificações de cada plano.

A Mercoplan e a SOS Salvar criaram ainda um plano especialmente para as empresas que desejam oferecer o benefício aos seus colaboradores. O Plano SOS Empre-

sa cobre Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes, tam-bém garantindo atendimento de urgência e emergência, transporte para consultas, exames e alta hospitalar, além de uma visita mensal da equipe de enfermagem e 50% de desconto em remoção de UTI móvel, fora da área de abrangência e nos atendimentos a domicílio.

A coordenadora de vendas da Mercoplan Planos de Saúde, Cristiane Rosa, afirma que os planos em parceria com a SOS Salvar objetivam atender uma demanda do mercado e são mais um diferencial para a Mercoplan. Se-gundo ela, os novos produtos podem ser adquiridos pelos clientes da operadora como também pelas pessoas que ainda não possuem o serviço. “Os novos planos com ser-viços de ambulância vieram para oferecer mais conforto e tranquilidade aos beneficiários e empresários”, destaca Jesse Mella, diretor-executivo da Mercoplan.

Sobre a Mercoplan Planos de SaúdeA Mercoplan atua há mais de 20 anos em todo o

Vale do Itajaí contando com uma rede credenciada com-posta por mais de 300 médicos especializados, 15 hospi-tais e 65 clínicas e laboratórios. Além disso, a Mercoplan têm Centros Médicos Próprios, que reúnem diversos ser-viços de saúde com o intuito de garantir mais conforto e comodidade aos seus clientes e beneficiários, localizados nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes. A sede da Mercoplan fica em Itajaí, na rua Samuel Heusi, 178, 10° andar. Mais informações: (47) 3247-4900.•

Mercoplan Planos de Saúde e SOS Salvar fecham parceria pelo conforto e tranquilidade

PUBLIEDITORIAL

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