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Revista Portuária - Abril 2015

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Revista Portuária - Abril 2015

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4 • Abril 2015 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

20Eles CHEGARAM

Santa Catarina recebe mais uma edição da Volvo

Ocean Race

Itajaí quer se transformar

no Polo Náutico Brasileiro

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Santa Catarina investe em inovação14

Nova Bacia de Evolução: Da sua conclusão depende o futuro

do Complexo Portuário de Itajaí

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Economia&Negócios • Abril 2015 • 5

Editora BittencourtRua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88303-020 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Jornalista responsável: Anderson Silva DRT SC 2208 JPDepartamento de JornalismoRevista Portuária - Economia e NegóciosFone: 55 47 3344-8609http://www.revistaportuaria.com.br

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected] Comercial (agências)Junior Zaguini - 47 [email protected]

Capa Arte: Leandro Francisca

ImpressãoImpressul Indústria GráficaTiragem: 10 mil exemplares

Elogios, críticas ou sugestõ[email protected] assinar: Valor anual: R$ 240,00

A Revista Portuária não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 182ABRIL 2015 EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

Vocação náutica e logística que só cresce

Claro que a chegada dos ve-leiros da Volvo Ocean Race tornam a vocação náutica

de Itajaí palpável e evidente, com o orgulho tomando conta dos ita-jaienses. Os mastros, avistados ao longe, denotam a grandiosidade do evento e revelam que só uma cidade igualmente grandiosa seria capaz de recebê-lo. Mas essa é apenas uma parcela desse poten-cial que se consolida.

Assim como nos eventos, como a própria Volvo, a Transat Jacques Vabre, a Semana Náutica e a regata Velas Latinoamérica, a indústria náutica também evolui. Estaleiros da região ganham es-paço cada vez maior no mercado nacional e internacional. Apesar do momento de crise econômica, somos constantes em festivais náuticos, inclusive lançando pro-dutos novos.

A marina do Saco da Fazen-da tomando forma destaca o que está por vir nesse segmento e é, sem dúvida, a melhor localização estratégica. Muitos visitantes de-verão escolher aportar por aqui pela facilidade logística e a possi-bilidade de negócios num raio de poucos quilômetros.

Na cadeia logística os avan-ços também seguem o previsto, na contramão do câmbio desfavorá-

vel. Daqui a 18 meses o Complexo Portuário do Itajaí-Açu estará apto a receber navios com até 335 me-tros de comprimento e 48 metros de boca, garantindo o sucesso das operações pelos próximos anos.

A Nova Bacia de Evolução permitirá que terminais consigam operar navios maiores, de acor-do com a demanda do mercado, impedindo que o complexo perca essas operações. Uma obra de extrema importância para manter a competitividade com demais portos e o comércio com os cinco continentes.

Mas não podemos parar e, ao que tudo indica, não vamos. A segunda fase das obras da ba-cia garantirá a possibilidade de operar navios de até 366 metros de comprimento e 51 metros de boca. Com investimentos de mais de R$ 208 milhões, previstos no orçamento de 2015 da União, nessa etapa também está prevista a realocação do molhe norte, pos-sibilitando que o canal de acesso fique com a largura de 220 me-tros.

Ações fruto de investimento e vontade política, que revelam que a união de forças entre em-presariado e poder público são fundamentais para o desenvolvi-mento constante. •

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6 • Abril 2015 • Economia&Negócios

Na última semana de março foi divulgado pela Associa-ção Comercial e Industrial de Itajaí os resultados da 26ª edição do Troféu Empresário do Ano. Foram reve-

lados os nomes das pessoas e das empresas escolhidas pela Diretoria Executiva, bem como pelos associados.

Na responsabilidade social, a empresa destaque foi a Viação Praiana, pelo valoroso trabalho que desenvolve nesse importante segmento da sociedade.

Na prestação de serviços o destaque foi para a Auditar Assessoria Empresarial, empresa sólida com nova sede e um número expressivo de colaboradores.

No comércio a escolha da diretoria foi pelo Grupo Pe-reira (Comper e Fort Atacadista). O grupo possui tempo de mercado, grande número de lojas, gerando com isso forte atuação no mercado e na geração de emprego e renda.

A escolha da empresa vencedora como destaque na indústria recaiu sobre a GDC Alimentos – Gomes da Costa. Indústria que atua no segmento da pesca que é o ponto alto da nossa região, fornecendo produtos de alta qualidade e ex-portando para os quatro cantos do mundo. A empresa possui 2,2 mil colaboradores.

O jovem empresário que vem ganhando cada vez mais destaque no mercado, foi André Paulo Giacomolli, da empre-sa Porto Design. André Paulo, arrojado e líder no que faz, tem visão de futuro. A empresa veio de outro Estado e abraçou Santa Catarina, mais especialmente Itajaí com muito apreço e muita garra.

A mulher empresária foi Denise da Costa Leoni. Denise inovou. Há dez anos, a Armazenabem foi idealizada e hoje serve de referência para muitas outras cidades. O crescimento foi tão salutar que hoje seus proprietários pensam em fran-quear a empresa. Denise comanda os trabalhos, exerce lide-rança e é participativa na nossa entidade.

Alexandre Gomes da Rocha, diretor regional da RICTV Record, foi escolhido com Destaque em Gestão. Alexandre está há mais de 10 anos a frente da TV Vale do Itajaí, devido ao respeito e admiração por parte dos seus colaboradores e seus diretores. Sempre inovando e buscando aliar o nome da empresa em projetos que façam a diferença na vida das pes-soas e dos telespectadores da RICTV Record.

O empresário do ano foi eleito pelo voto dos associa-dos. A votação durou quinze dias, e o vencedor foi Paulo José Ferreira Fonseca com 69,3% dos votos apurados, portanto uma expressiva votação.

Paulo Fonseca é sócio-proprietário do Grupo Open. Suas empresas exercem uma força de mercado muito grande no município, gerando emprego e tendo participação muito grande no crescimento da região. É um empresário de porte e que valoriza Itajaí, cidade que o acolheu.

Também foram citadas as empresas que completam 25, 30,40,50 e 80 anos de fundação neste ano de 2015, que se-rão homenageadas. O evento ocorrerá no dia 29 de maio, no Maria’s Itajaí Convention e certamente será a celebração dos valores, das pessoas e das empresas. •

ACII divulga empresários e empresas que serão homenageadas no aniversário da entidade

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8 • Abril 2015 • Economia&Negócios

Com o slogan “Trabalho que faz da cidade a nova potência do Estado” Itajaí lançou na última semana uma

campanha para se tornar o Polo Náutico do Brasil. Motivos para isso não faltam: o município já sediou duas etapas da Regata Volvo Ocean Race, considerada a Fórmula 1 dos Mares, vai receber pela segunda vez em novembro mais uma etapa da Regata Internacional Transat Jacques Vabre, pro-moveu a Semana de Vela de Itajaí, foi pal-co do evento Velas Latino América e possui a Associação Náutica de Itajaí, uma escola especializada na formação de velejadores.

O prefeito Jandir Bellini diz que com a estrutura que a cidade possui hoje, um píer exclusivo para atracação de navios de turismo, a Vila da Regata, o Centroeventos

e a Marina do Saco da Fazenda, além dos eventos náuticos internacionais, já pode se considerar um polo náutico nacional. “Entretanto, a consolidação dessa posição se dará ao natural, principalmente depois que a Marina for inaugurada no final deste ano, com vagas para mais de 800 barcos, dando uma alavancada real neste segmen-to”, acredita.

O prefeito citou ainda o fato de que Itajaí já é referência nacional em fabrica-ção de embarcações, tanto à vela quanto a motor, além dos grandes estaleiros de na-vios. “Temos hoje os melhores estaleiros para fabricação de barcos até mesmo de forma artesanal, mas que usam tecnologia de última geração para navegar. Por isso, toda essa estrutura agregada, vai fazer de

Itajaí quer se transformar no Polo Náutico Brasileiro

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Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

Economia&Negócios • Abril 2015 • 9

Itajaí naturalmente um polo náuti-co nacional”, salienta.

Jandir falou também que esse conjunto de forças econômicas que o município possui, como o porto, a pesca industrial e artesanal, o setor de serviços, as indústrias, os navios de turismo, as competições à vela, entre outros, fizeram Itajaí ser o município com maior PIB de Santa Catarina. “Essa conquista devemos a todos os empresários e trabalhadores que acreditam na força do município como potência econômica, onde se encontra facili-dades para instalação de empresas e geração de empregos, além de qualidade de vida”, finaliza. •

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10 • Abril 2015 • Economia&Negócios

Fomentando os negócios entre Itália e Brasil, surge uma inédita oportunidade de intercâmbio entre os países, voltado para a indústria náutica. Entidades e organiza-

ções italianas e brasileiras lançaram a 1ª Feira International do Mar de Tecnologia, Inovação e Design Itália-Brasil – Fimar, no Auditório da Secretaria de Estado de Turismo, cultura e Esporte de Santa Catarina.

Durante a solenidade de lançamento o secretário es-tadual de Turismo, Cultura e Esporte, Filipe Mello destacou a feira como uma nova etapa no desenvolvimento do setor náutico do Estado. “Precisamos criar condições para que San-ta Catarina se desenvolva como setor náutico. Neste sentido desejamos que a Fimar marque o início de uma novo ciclo do

estado como Polo Náutico. A feira virá para concretizarmos negócios e para que possamos colher frutos positivos tanto no turismo quando na indústria”, explica o secretário.

Resultado de acordos entre o Ministério Italiano do De-senvolvimento Econômico, Ucina e o Governo de Santa Cata-rina, promovidos e apoiados pela Associação BrazilPlanet em colaboração com Assonautica e a Associação Náutica Catari-nense para o Brasil - Acatmar, a Fimar irá trazer para Santa Catarina o modelo náutico italiano. “Esse resultado concreto das relações bilaterais, nos permitiu navegar juntos para um objetivo comum, que combina o melhor de nossas habilida-des náuticas”, salienta o embaixador da Itália no Brasil, Ra-ffaele Trombetta.

Florianópolis vai sediar a 1ª Feira Náutica Itália-Brasil

Entidades governamentais e empresariais da Itália e do Brasil lançaram a Fimar que será realizada na capital catarinense de 4 a 7 de junho

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Além disso, esta feira vai permitir uma aproximação maior do “Sistema Itália” com o mercado náutico brasileiro, que está em crescente desenvolvimento e possui grandes qualidades, permitindo parcerias de negócios seja para aque-les que querem produzir localmente, seja para as empresas brasileiras que desejam associar seus produtos ao “Made in Italy”. "A feira quer unir dois polos de excelência. O interesse demostrado pelos empresários da indústria náutica italiana nos dá a certeza do sucesso da Fimar, que será a vitrine do que há de melhor em design e tecnologia na Itália e no Brasil para toda a cadeia do setor náutico", declara Domenico Cala-bria, da Brazil Planet, organizadora do evento.

Para a Fimar estão programadas reuniões com as em-presas e operadores locais para prosseguir com as parcerias e oportunidade entre os dois países, por meio de rodada de ne-gócios e seminários. O evento, marcado para 4 a 7 de junho, já confirmou a presença de mais de 15 empresas italianas do setor náutico que atuam nos ramos de automação, tecnolo-gia, design e consórcio. “Já temos confirmadas empresas das

regiões de Toscana, Piemonte, Marche e Liguria”, informa o representante da Agência para a Internacionalização das Em-presas Italianas – ICE, Antonio Monge.

O evento conta também com o apoio da prefeitura de Florianópolis, Santur e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Santa Catarina - Sebrae/SC. Para a coordenadora es-tadual do Sebrae/SC, Soraya Tonelli a Fimar tem importância fundamental para o setor náutico tanto na indústria quanto no turismo. “Nós acreditamos que a realização da feira inter-nacional vem agregar valor ao trabalho de desenvolvimento de Santa Catarina como polo náutico pois propiciará rodadas de negócios aproximando a demanda do mercado italiana com a oferta do nosso estado em tecnologia embarcada e turismo náutico”, comemora.

A participação italiana será assistida pela Agência ICE com um "Ponto italiano", lugar de hospitalidade e de informa-ção para os operadores e visitantes, demonstrando o impor-tante papel desempenhado pela náutica italiana no cenário mundial. •

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12 • Abril 2015 • Economia&Negócios

O Encontro Nacional da Comissão de Meio Ambiente (CMA) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção

(CBIC), que aconteceu em Balneário Cambo-riú nos dias 26 e 27 de março na sede do Sinduscon, encerrou com visitas técnicas, su-cesso de público e elogios dos participantes. O encontro acontece a cada dois meses e esta foi a primeira vez que saiu do eixo São Paulo-Brasíia, sendo realizado em Balneário Cambo-riú. Conforme o presidente do sindicato, Car-los Humberto Metzner Silva, foi um grande prazer receber o grupo de participantes que, inclusive, superou as expectativas de público. “Recepcionamos cerca de 50 representantes de Sinduscons do Brasil, e ficamos felizes por termos superado as expectativas do grupo, pela programação de visitas a canteiros de obras e pelo grande interesse demonstrado pelo perfil de nossas obras”, completa Silva.

Uso racional e reuso da água, eficiên-cia energética nas edificações, tratamento dos resíduos da construção e contribuições da construção civil para os desafios da crise hídrica foram alguns dos temas em debate no primeiro dia do encontro. Após o pronuncia-mento do presidente da entidade anfitriã, do vice-presidente regional da Fiesc, Mauricio César Pereira, e do presidente da Comissão Nacional do Meio Ambiente, Nilson Sarti, foram apresentados cases de empresas as-sociadas ao Sinduscon que, no dia seguinte, seriam visitadas. Cada uma delas se dispôs a apresentar uma obra em estágio diferente das demais para que todos os participantes pudessem conhecer melhor aspectos constru-tivos destes empreendimentos.

As visitas técnicas iniciaram pela ma-nhã do dia 27 e foram feitas no residencial Infinity Coast, da FG Empreendimentos, que está sendo construída a uma quadra do mar; e na Construtora Pasqualotto, a obra visitada foi o Yachthouse, que está sendo edificado dentro da Marina Tedesco e se encontra em fase de fundação. •

Meio ambiente na construção civil em BC: visitas técnicas e sucesso de público marcaram o encontro

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14 • Abril 2015 • Economia&Negócios

Santa Catarina investe em inovação

Representantes de cada um dos 13 centros tecnológicos que estão

sendo construídos no Estado já começam a

receber treinamento do instituto de pesquisa

americano Stanford Research Institute

(SRI)

Há uma profusão de estatísticas e dados que indicam que empresas e organizações que investem ou

se inserem na cadeia de inovação tem resultados melhores e mais duradouros. As maiores e melhores empresas, as que mais crescem, as que são melhores para trabalhar e aquelas com marcas mais valiosas são aquelas organizações co-nhecidas como inovadoras. Esta é razão suficiente para investir em inovação.

No ambiente corporativo, a inova-ção tem a capacidade de agregar valor às empresas, através de novos proce-dimentos, novos produtos e serviços de sucesso no mercado. Empresas não crescem apenas porque diminuem suas

despesas, mas sim pela sua capacidade em inovar. Esta é, por si só, uma razão imperativa para investir em inovação.

Seguindo essa tendência San-ta Catarina vai apostar em polos deste segmento para fomentar a economia no Estado. Os Centros de Inovação se-rão instalados nas cidades de Joaçaba, Lages, Jaraguá do Sul, Chapecó, Itajaí, São Bento do Sul, Tubarão, Blumenau, Brusque, Rio do Sul, Criciúma e Joinville, além de um em Florianópolis. A capital catarinense já é referência como um dos municípios brasileiros que concentram polos de empresas de tecnologia.

Há dois modelos de edifícios, sen-do que o maior, com 3.800 m² custará

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em torno de R$ 7,5 milhões e o menor, com 2,2 mil m², custa-rá R$ 5,2 milhões aproximadamente. Duas parcerias já estão consolidadas para a troca de informações com os 13 centros de inovação que serão instalados em Santa Catarina: com o Stanford Research Institute (SRI), da Califórnia, e a Associação de Parques Tecnológicos da Espanha (XPCAT), na Catalunha.

A iniciativa faz parte do Programa Catarinense de Ino-vação (PCI), um projeto da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) em parceria com universidades,

entidades empresariais e governos locais.O objetivo é que cada um dos Centros de Inovação leve

em conta as potencialidades das regiões em que será cons-truído, e busque resolver problemas ou pensar produtos para as indústrias ali instaladas.

Representantes de cada um dos centros tecnológicos que estão sendo construídos no Estado já começaram a rece-ber treinamento do Stanford Research Institute (SRI), instituto de pesquisas da universidade americana de mesmo nome.

:: Os Polos de Inovação

BlumenauA indústria têxtil e sua

cadeia de fornecimento inclui a inovação nos materiais, de-sign, modelos de negócio e canais como um exemplo da inovação em curso na região. A região tem forte tradição no se-tor de serviços, principalmente software, com produtos e pla-taformas inovadoras. No setor de turismo, Blumenau e região foram capazes de resgatar tra-dições europeias e transformá-las em uma indústria do turismo ampla. Com uma forte estrutura educacional e também apoiada por setores industriais diversos (por exemplo, metal-mecânico), o polo de inovação de Blume-nau é multifacetado.

BrusqueResponsável por

15,49% da produção nacional têxtil, Brusque, localizada no Vale do Itajaí, é considerada especialista na produção de cama, mesa, banho e malha-ria, respondendo por aproxi-madamente 50% da produção brasileira nestes segmentos. Além do setor têxtil, o novo Centro de Inovação também irá contemplar as necessida-des de investimento em tec-nologia e inovação de outros setores fortes da economia da região, como o calçadista, de cerâmica, de turismo religioso e natural, de produção ali-mentícia, entre outros.

ChapecóA capital brasileira do agro-

negócio é também um polo de de-senvolvimento e inovação do setor agropecuário e da indústria de ali-mentos. A região gerou alguns dos maiores grupos de agronegócio do país que, atualmente, agregam valor pelo investimento em pesqui-sa e desenvolvimento e oferta de novos produtos e serviços a merca-dos em todas as partes do mundo. Devido à posição estratégica, pró-xima à fronteira, tem o setor logís-tico como portador de inovação. A sua tradição no setor de turismo de negócios indica o potencial inova-dor na área de serviços.

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16 • Abril 2015 • Economia&Negócios

CriciúmaBaseado na tradição da

indústria cerâmica e carbonífera, Criciúma é um polo de inovação em materiais. O setor de cons-trução acompanha o esforço de inovação na região. Os setores de energia e logístico impul-sionam o desenvolvimento de novos modelos de negócio e in-trodução de tecnologias. Outros setores presentes na economia da região (químico, polímeros, extração mineral) complemen-tam o ambiente econômico da região.

ItajaíA região com a maior

economia de Santa Catarina tem uma gama de serviços e modelos de negócio logísti-cos, a região é a referência do Estado no setor logístico. O desenvolvimento da indústria farmacêutica e setores indus-triais com ênfase exportadora complementam uma das regi-ões com maior taxa de cresci-mento e inovação no Estado.

FlorianópolisConhecida como o “Vale

do Silício brasileiro”, Florianópo-lis hospeda um formidável setor de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) fortemente baseado na inovação tecnológica e interação com universidades. A capacidade empreendedora da re-gião é única e transformou a TIC no setor econômico mais importante, suplantando inclusive a tradicional indústria do turismo. A região de-senvolve somente uma indústria limpa, baseada em tecnologia, aproveitando-se da grande capaci-dade de geração de conhecimento e tecnologia das instituições da região.

Jaraguá do SulUma cidade com um setor

metal-mecânico e têxtil extrema-mente desenvolvido, competindo a nível mundial e fortemente base-ado em tecnologia, posicionam Ja-raguá do Sul como uma região que transforma a economia tradicional através da inovação. A indústria de alimentos é outro portador do futuro, unindo uma indústria sofis-ticada à criação de uma base de conhecimento local.

JoaçabaA cadeia de produção de alimentos

e agronegócio é uma atividade estabeleci-da no Vale do Rio do Peixe. A região hoje investe não apenas na produção, mas principalmente na geração e incorpora-ção de tecnologias das cadeias do leite e manejo e transformação do agronegócio. A agroecologia é setor emergente. Outros setores portadores do futuro como enge-nharia biomédica, florestas e energia re-novável e setor metal-mecânico estão em desenvolvimento, desde a formação de talento, geração de tecnologias e criação e atração de novas empresas.

JoinvilleFoi por muitos anos a maior eco-

nomia do Estado, até ser superada por Itajaí. É conhecida pelo provimento de serviços técnicos especializados em metais e polímeros. O setor metal-me-cânico tem players que competem em nível global e desenvolvem tecnologia localmente. O setor de polímeros e a contribuição de outros setores como o têxtil e automotivo são amparados por uma estrutura educacional local que se desenvolve a passos largos. No setor de serviços, destaque para Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) que tem participação relevante. Um latente setor de biotecnologia está em desen-volvimento, com um ecossistema favo-rável ao setor.

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Economia&Negócios • Março 2015 • 17

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18 • Abril 2015 • Economia&Negócios

O secretário do Desenvolvimen-to Econômico Sustentável (SDS), Carlos Chiodini, esteve reunido com o secretá-rio-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e ex-reitor da Universidade Federal de Santa Cata-rina (UFSC), Alvaro Prata. O encontro foi em Brasília, com objetivo de buscar recur-sos para mobiliar e equipar os Centros de Inovação que estão sendo construídos no Estado.

Prata se comprometeu em analisar o projeto técnico dos Centros de Inovação e estudar a viabilidade para liberação dos recursos junto ao Ministério. “Estamos em um momento de construção orçamen-tária para 2015, mas queremos continu-ar neste importante projeto que pensa em Santa Catarina para os próximos 50 anos”, relatou Prata.

Acompanhado do senador Dário Berger, do deputado federal Mauro Ma-riani e do diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da SDS, Jean Vogel, o secretário Chiodini saiu entusiasmado da reunião. “Estamos fazendo o acompanhamen-to das obras dos Centros de Inovação e queremos dar ainda mais celeridade ao processo, para que este ano os primeiros já estejam funcionando. Porém precisa-mos buscar os recursos necessários que faltam”, explicou Chiodini.

Estas serão as primeiras obras pú-blicas em Santa Catarina projetadas em Building Information Modeling (BIM), mo-delo no qual é possível criar a documenta-ção e as informações digitais coordenadas do empreendimento, acelerando a finali-zação de modo seguro, mais econômico e com impacto ambiental reduzido. •

LagesA região de Lages inovou forte-

mente no setor de turismo e serviços quando uniu o ecoturismo, o turismo de inverno, a incorporação da tradição e cultura gaúcha nos serviços aos tu-ristas. A introdução da indústria viní-cola de altitude, fortemente baseada em tecnologia de produção e distri-buição, renova o espírito empreende-dor da região. No setor industrial, a indústria papeleira e florestal buscam incorporar valor por meio de novas tecnologias e serviços logísticos. Com uma posição logística ímpar, a inova-ção baseada em serviços logísticos é setor emergente. Como setor portador do futuro, Lages tem o ecossistema ideal para desenvolver a biotecnolo-gia, principalmente aplicada ao agro-negócio.

São Bento do SulA região é conhecida como um

dos principais polos moveleiros do país. Reinventando a sua cadeia pro-dutiva, desde a produção de madeira e biomassa até a cadeia de supri-mentos para a fabricação de móveis, incluindo modelos de negócio inova-dores, posiciona São Bento como um centro de inovação no setor movelei-ro e florestal. A inserção da cidade na cadeia automotiva e no setor metal-mecânico fomentam a inovação nes-tes setores. Outro setor emergente é a agricultura especializada (floricul-tura e espécies tropicais), fortemente amparada por tecnologias e novos modelos de negócio e distribuição.

TubarãoCom uma posição estraté-

gica, a cidade desenvolve mode-los de inovação ligados ao setor logístico. Também tem no setor de energia um futuro promissor e ainda hospeda também uma par-cela importante da indústria cerâ-mica do Estado. Outros setores industriais especializados estão presentes (molduras) como fator complementar das competências da região. No setor de serviços, a indústria do turismo hidromineral impulsiona o esforço inovador na região.

Rio do SulO município destaca-se

na área industrial, com foco nos setores metal-mecânico, eletrônico e vestuário (prin-cipalmente na confecção de jeans). No setor agropecuário, destaca-se pela produção de leite, suinocultura e avicultura. Vem apresentando também nos últimos anos forte crescimento na construção civil e no desen-volvimento de software.

Centros de Inovação podem receber recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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20 • Abril 2015 • Economia&Negócios

Eles CHEGARAMSanta Catarina recebe mais uma

edição da Volvo Ocean RaceESTADO É UMA DAS 11 PARADAS DA

CORRIDA MUNDIAL DOS MARES E ITAJAÍ

RECEBE O EVENTO PELA SEGUNDA VEZ

Itajaienses e moradores da região estão tendo con-tato pela segunda vez com a Volvo Ocean Race, considerada a Fórmula 1 dos mares. Em Itajaí (SC) a

Vila da Regata foi aberta em 3 de abril, permanecendo com atrações e aguardando a chegada dos barcos até o dia 19 do mesmo mês quando as embarcações partem em direção à próxima etapa da Volvo, em Newport, nos Estados Unidos.

Os visitantes podem acompanhar de perto a ro-tina dos atletas na preparação dos seis barcos para a etapa seguinte. A expectativa do Comitê Organizador é que mais de 350 mil pessoas circulem pela Vila durante o 17 dias do importante evento internacional.

Neste período o espaço, montado junto ao Cen-treventos de Itajaí, receberá o público das 14h às 23h de segunda a sexta-feira e das 10h às 23h nos sábados e domingos. Assim como na edição anterior, o público poderá entrar e usufruir das atrações gratuitamente.

As culinárias da França, Portugal, Espanha, Bra-

sil, Emirados Árabes, China, Estados Unidos e Nova Ze-lândia poderão ser saboreadas durante o evento. Duas praças de alimentação atenderão ao público, oferecen-do petiscos, lanches, refeições e sobremesas, além do Restaurante Intencional (píer), Cafeteria (interior do Centreventos), Bar (terraço), carrinhos de sorvete, açaí, pipoca e churros.

O evento também contará com um ciclo de pa-lestras. Com o tema "Construindo um mundo melhor", a programação tem entre os destaques o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, os vele-jadores Lars Grael e André Fonseca (Bochecha) — úni-co brasileiro a bordo na regata e padrinho da parada brasileira — e o ídolo do basquete Oscar Schmitd.

Os palestrantes vão falar sobre temas como éti-ca, sustentabilidade, comunicação, cultura e economia. O ciclo integra o Programa Itajaí Stopover Sustentável, voltado para ações de sustentabilidade econômica, so-cial e ambiental.

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Economia&Negócios • Abril 2015 • 21

A regata: PercursoOs barcos partiram de Alicante para Cidade do Cabo,

na África do Sul. O percurso total é de 38.739 milhas náuticas ou 71.745 quilômetros. Antes de chegar a Itajaí os velejado-res passaram por Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), Sanya (China) e Auckland (Nova Zelândia). Da cidade catarinense eles partem para Newport (EUA), Lisboa (Portugal), Lorient (França), Haia (Holanda) – pit stop apenas para manutenção dos barcos - e Gotemburgo (Suécia), onde a competição será encerrada com a prova final no dia 27 de junho de 2015.

ParticipantesSete equipes iniciaram a competição 2014-15: Team

SCA (Suécia), Abu Dhabi Ocean Racing (Emirados Árabes Unidos), Dongfeng Race Team (China), Brunel Team (Holan-da), Team Alvimedica (EUA/Turquia), Team Mapfre (Espanha) e Team Vestas Wind (Dinamarca). No entanto, um incidente com o barco dinamarquês o tirou da disputa. A embarcação foi muito danificada após encalhar em uma ilhota no Oceano Índico durante a segunda etapa da Volta ao Mundo. O inci-dente ocorreu no final de novembro do ano passado em Car-gados Carajos Shoals (Saint Brandon), 240 milhas a nordeste das Ilhas Maurício. A tripulação deixou o barco sem nenhum arranhão, mas foi obrigada a abandonar a regata.

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Na primeira edição em que Itajaí foi sede, entre 2011/2012 mais de 282 mil pessoas mil pessoas visita-ram o espaço e deram as boas-vindas aos atletas. E o público impressionou a organização e os patrocinadores. O retorno de mídia, por exemplo, foi de mais de 4 mil re-portagens veiculando o nome de Itajaí, quase 130 horas de conteúdo televisivo e 445 imagens da cidade exibidas em jornais e revistas no Brasil e no exterior.

Além do clima de festa e de superação, afinal são dias e mais dias a bordo de barcos cruzando os mares, a Volvo Ocean Race também reflete na economia de Itajaí e região. Dados da consultoria Price Waterhouse Coopers (PwC), apresentam sucesso em dois importantes aspec-tos: o impacto gerado pelos investimentos dos envolvidos com o evento (organização, equipes, patrocinadores, etc) e o impacto gerado por gastos privados, individuais, rea-lizados por pessoas que visitaram a cidade e o evento.

O estudo aponta que a primeira edição atraiu um grande número de visitantes de fora do Estado e do país,

com permanência média dos visitantes de 3,4 noites para brasileiros e 7,2 para estrangeiros. “O gasto direto esti-mado destes visitantes foi de R$ 8,58 milhões no Estado, com a contrapartida da organização e equipes na casa dos R$ 7,65 milhões”, revela o diretor da Secretaria de Turismo de Itajaí, Darlan Haussen Martins Júnior. “Con-siderando todos os gastos, temos um impacto direto e indireto total de R$ 43,75 milhões na economia catari-nense”, reforça.

Martins Júnior comenta que um exemplo claro do reflexo positivo está na ocupação hoteleira e no gasto com transporte local, como serviços de viagem e turismo. Isso gera ISS ao município. Se levada em conta a taxa de ocupação de abril de 2012, que chegou a 74% das 1.066 unidades habitacionais, com média diária é de R$ 93, fo-ram arrecadados R$ 44 mil de imposto somente com essa movimentação. “Fora da temporada ou deste período de eventos, a taxa média de ocupação é de 42%, o que gera o equivalente a R$ 25 mil mensais de ISS”, considera.

22 • Abril 2015 • Economia&Negócios

Números da primeira edição

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Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

Natural que um evento conhecido como a Fórmula 1 dos mares chame a atenção e desperte o interesse de várias cidades em sediá-lo. Assim aconteceu com esta edição

da parada latino-americana da Volvo Ocean Race e, ao que tudo indica, deve ocorrer novamente. Já é esperado que na próxima edição da competição várias cidades do Brasil e outros países pleiteiem a stopover. Por outro lado, ela tem tudo para permanecer em Itajaí, basta querer.

Economia&Negócios • Abril 2014 • 23

Entrevista

Itajaí tem tudo para ser a capital de eventos náuticos no BrasilPresidente do Comitê

Central da Volvo em Itajaí, Alexandre dos Santos fala também sobre os

investimentos e expectativas para esta edição da stopover

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O presidente do Comitê Central da Volvo em Itajaí, Alexandre dos San-tos não nega que cidades mais ricas e até com uma melhor infraestrutura manifestaram interesse em sediar a etapa. A disputa tende a ficar mais acirrada, porém Itajaí tem plenas chances de manter a stopover, acredi-ta o presidente.

Para Alexandre Santos, pou-cas cidades contam com a estrutura de uma Vila da Rega-ta voltada para o rio, vento constante, além de uma Marina construída ao lado. O que conta como diferencial para que o município permaneça como parada da Volvo nas próximas edições, segundo ele, é que população e poder público façam sua parte. Se isto acontecer, acredita ele, o município pode tornar-se “a capital de eventos náuticos no Brasil”.

Em termos de organização o que mudou para esta edição da stopover?

Alexandre - No primeiro evento era uma empresa con-tratada que fazia tudo. Nesta edição só o pessoal local está fa-zendo o evento, maior parte voluntários. Um diferencial gran-de é que já temos now how. A Volvo, por acreditar em Itajaí, foi bem mais flexível em todas as mudanças que o comitê apresentou. Num primeiro momento, como não conheciam, tinham dificuldade em acreditar, tanto que a Vila da Regata 30 dias antes do evento em 2012 estava em obras e para a chegada estava pronta.

Isso nos deu a possibilidade de apresentar eventos para o evento deles. É o caso do planetário em operação, a Mare-jópolis que foi sucesso na Jacques Vabre e está aqui também, teatro para crianças no auditório principal. Além disso, 5 mil crianças de escolas públicas de Itajaí estão fazendo visitas guiadas. São mais cerca de 5 mil de escolas particulares e de Navegantes, tudo no período da tarde. Também temos a feira de negócios com 18 expositores náuticos de Santa Catarina.

Independente de governo é possível que a stopover se mantenha em Itajaí?

Alexandre - Tem que ser um trabalho muito bem feito. Primeiro é necessário o Estado querer, porque é o governo estadual que compra esse evento. Politicamente, quem for o gestor municipal, precisa se comprometer durante o plano de governo em continuar, com Itajaí focada na náutica. A Volvo tem necessidade de um apoio no sul e nós temos a logística perfeita. Nenhuma cidade se compara à nossa nessa parte. Temos porto próximo e vento sempre. Quando levaram para o Rio de Janeiro perceberam que o vento para na chegada e os barcos ficam boiando, isso para televisão é muito ruim. A Volvo pensa muito nisso. Então, penso que a comunidade

querendo acho que os governantes vão fazer.

Pelo fato de outras cidades com melhores condições financeiras e infraestrutura estarem pleiteando a parada, não se corre o risco de ter uma espécie leilão?

Alexandre - O leilão já aconteceu nesta última edição, Itajaí foi leiloada com Recife e no último momento Recife não conseguiu viabilizar o projeto deles. Eu acho que cada vez vai ser mais competitivo, o Brasil vai entrar num momento eco-nômico cada vez mais complicado e para esse tipo de evento esportivo, por ter só uma marca, é mais difícil de vender pa-trocínios. A Volvo tem muitas restrições nesse sentido. Mas acredito que Itajaí estará sempre concorrendo à altura.

A proposta da Volvo é cara, mas existe um valor fixo que ela oferece para a cidade, se elas têm competência de-pois se inscrevem na parte técnica. Eu acho difícil a Volvo sair daqui para ir para uma grande capital, eles já tiveram essa experiência e não foi bom para o evento. Pelo que receberam aqui na região em estrutura de hotéis, por exemplo, com ofer-tas para todos os preços e todos os gostos, acreditamos que o evento possa ser mantido na região desde que as pessoas queiram executar.

Você acredita que a cultura de regatas na cidade também se manterá sendo ampliada?

Alexandre - Eu estou coordenando esse projeto desde 2009. A gente começou com o Festival Náutico para envolver o rio num primeiro momento, depois a gente foi a fundo na Volvo, Jacques Vabre, Velas Latino América, estamos desen-volvendo a cada ano a Semana de Vela de Itajaí. Ano passado conseguimos colocar 100 embarcações na cidade e neste ano continua o movimento, vai ter a segunda Semana de Vela. O que nós temos que tentar em Itajaí é criar velejadores para ter uma cultura mais náutica. Hoje temos uma cultura de even-tos.

Falta essa mudança ainda. Eventos têm de todos os tipos, tem regata do mundo todo que quer vir pra cá, mas todas elas têm um custo. Se a cidade quer ser o foco na área náutica, como estamos fazendo esse trabalho lançando uma campanha de Itajaí como polo náutico no Brasil, acho que a gente consegue se firmar. Não é todo lugar que tem uma estrutura dessa com uma Vila da Regata voltada para o rio. Acho que temos tudo para ser, no futuro, com a inauguração da marina, a capital de eventos náuticos no Brasil.

Como a classe empresarial tem apoiado essas ini-ciativas?

Alexandre - O empresariado começou a acreditar, tanto que 40% do nosso investimento é todo privado. A gente con-seguiu com esse evento criar uma fórmula em que o governo do Estado compra o direito, o município entra com a estrutura

Entrevista

"É perceptível que Itajaí tem muito ainda a crescer, mas a Volvo foi o que abriu a cidade para o mundo."

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Economia&Negócios • Abril 2015 • 25

e o comitê com a parte toda da divulgação e atrações. É perceptível que Itajaí tem muito ainda a crescer, mas a Volvo foi o que abriu a cidade para o mundo.

A partir da estrutura montada para a primeira sto-pover em Itajaí, o público passou a ficar mais exigente?

Alexandre - Tudo que tiver de gastronomia aqui nun-ca teve em Itajaí a um preço justo. A pessoa com R$ 10 con-segue se alimentar na Vila da Regata. Aquele que quer se alimentar com comida internacional também tem. O nosso povo está ficando mal acostumado no bom sentido.

Uma coisa é você fazer uma Marejada com uma regata internacional, outra é fazer apresentando a sardinha e pro-dutos locais como foi feita no ano passado. O povo não quer mais festa de igreja e sim algo a mais. É esse algo a mais que nós temos sempre que tentar trazer para agregar ao evento.

Os custos para esta edição foram muito diferentes de 2012?

Alexandre - Em 2012 o orçamento inicial era em torno

de R$ 8 milhões. Neste ano estamos trabalhando em torno de R$ 10 milhões, a principal alteração foi em função do câmbio. Desse montante o maior investimento é com os di-reitos da Volvo, que fica em 2 milhões de Euros. Em janeiro teve uma correção muito grande, já tínhamos pago mais de 70%, mas o saldo que ficou comeu nosso dinheiro todo. A gente fez algumas alterações em plano comercial também. Na anterior pegamos menos empresas com uma parcela maior de investimento. Neste ano pegamos mais empresas com parcelas mais flexíveis.

O plano anterior também teve muitas permutas. O que aconteceu neste ano é que diminuímos as permutas e fize-mos mais captações financeiras. O nosso plano de captação que era de R$ 3,5 milhões, conseguimos captar 80% dele, tudo privado. Do investimento estadual a única variação foi cambial. O município investe R$ 1,5 milhão em estrutura, parte de limpeza, segurança e entretenimento. Para esse úl-tima área foi feito um concurso pela Fundação Cultural. As divulgações internacionais são todas pagas pela iniciativa privada. •

Entrevista

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26 • Abril 2015 • Economia&Negócios

A previsão do Complexo Portuário do Itajaí receber navios de maior porte ainda no ano passado não se confirmou, pois o início as obras da nova bacia de

evolução foram adiadas para 2016 devido a um equívoco na destinação dos recursos por parte do governo estadual. Com isso, ainda não é possível a entrada de navios maiores e mais carregados nos terminais de Itajaí e Navegantes, que juntos correspondem a segunda maior movimentação de cargas con-teinerizadas no país, e a maior no Estado.

Mas a tendência é que as obras de fundamental impor-tância para a economia local e de Santa Catarina comecem em breve. No mês passado foi assinada a autorização para dar início a uma obra que vai trazer modernidade e garantir o dinamismo das operações no Complexo Portuário. O governa-dor Raimundo Colombo entregou a ordem de serviço para o alargamento do canal de navegação e da bacia de evolução. O projeto contempla ainda a adequação das estruturas de

proteção do rio Itajaí-Açu.O conjunto de obras, nesta primeira etapa, vai permitir

que o porto receba navios com até 335 metros de comprimen-to. “A navegação mundial está operando com navios maiores, é uma realidade que se impõe em razão da eficiência e da competitividade e sem as obras aqui, eles certamente migra-riam para outros portos”, avalia o governador.

O investimento está orçado em R$ 103 milhões, com recursos do programa Pacto por Santa Catarina e a obra deve ser concluída em 2016. O secretário de Estado da Infraestru-tura, João Carlos Ecker, destaca a "agilidade e o empenho da equipe de trabalho em tratar de uma demanda fundamental para o bom desempenho da economia de Santa Catarina".

A ampliação demanda a retirada das guias correntes do molhe Sul, junto ao Saco da Fazenda, para que sejam exe-cutadas as obras da nova bacia de evolução (480 metros de diâmetro), retirada de parte dos espigões transversais do mo-

Nova Bacia de Evolução: Da sua conclusão depende

o futuro do Complexo Portuário de Itajaí

CONTRATO PARA O INÍCIO DAS OBRAS DE AMPLIAÇÃO DA BACIA DE EVOLUÇÃO DO COMPLEXO PORTUÁRIO NAVEGANTES-ITAJAÍ FOI ASSINADO E O INVESTIMENTO ESTÁ ORÇADO EM R$ 103 MILHÕES

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Economia&Negócios • Abril 2015 • 27

lhe norte (groins) e dragagens da área da nova bacia e para o alargamento do canal de acesso.

O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro An-tonio Ayres dos Santos Júnior, explica que desde quando foi constatada a necessidade do mercado até a assinatura da ordem de serviço para as obras, houve um estudo embasado em modelagens e simulações de navegação por equipamen-tos de alta tecnologia e por empresas das mais bem con-ceituadas no segmento. “Técnicos da Autoridade Portuária, Terminais e Praticagem também acompanharam os estudos, que hoje, após todo os licenciamentos necessários, resulta-ram nesse importante ato para nosso Complexo”, diz Ayres.

Ele ressalta também que o empenho da APM Terminals Itajaí e da Portonave foram fundamentais para que o proces-so tivesse andamento, uma vez que os custos de todos os projetos e estudos foram bancados pelos dois terminais e tiveram o apoio técnico da Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí e da praticagem.

“A execução de qualquer obra pelo poder público no Brasil enfrenta uma série de entraves legais e burocráticos, o que faz com que nunca elas sejam concluídas dentro dos prazos estipulados. E com nossa bacia de evolução não foi diferente. Porém, as obras finalmente serão iniciadas” fina-liza.

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O projeto, desde sua concepção, teve várias alterações devido à escolha do melhor ponto para se fazer a nova bacia de evolução, levando em consideração a solução mais viável, mais econômica, menos impactante à comunidade e mais segura para as manobras. Isso levou um tempo. Somos questionados semanalmente - pelos armadores - sobre a evolução do projeto, uma vez que os navios estão crescendo vertiginosamente e o nosso porto já se encontra com restrições de calado e LOA. É vital para o Porto de Itajaí que a primeira fase da nova bacia de evolução esteja pronta.

Ricardo Arten, diretor-superintendente da APM Terminals Brasil

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Economia&Negócios • Abril 2015 • 29

Como é comum aos grandes projetos de

infraestrutura, foi preciso avaliar detalhadamente

todas os componentes socioambientais, técnicos e de

viabilidade econômica, além de compatibilizar o projeto

para execução em duas etapas. Tendo sido cumpridos todos estes procedimentos.O

crescimento econômico de Santa Catarina impõe que

ocorra uma ampliação da sua infraestrutura para que não se

limite o crescimento e esteja preparada para o futuro. Neste

contexto, os armadores se planejam para operar maiores

volumes e precisam contar com ganhos de escala que

tornem a atividade rentável. Sendo assim, os armadores

e toda a cadeia logística precisam de um cronograma

de implantação da nova bacia de evolução que lhes

dê tranquilidade para investir e adequar as suas rotas. A

sustentabilidade econômica do Complexo Portuário de Itajaí

está diretamente relacionada à implantação desta obra.

Osmari de Castilho Ribas - diretor-superintendente administrativo da Portonave.

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O Complexo é composto pelo Porto público, os terminais APM Terminals em Itajaí e a Portonave em Navegantes, além de outros quatro terminais privados. A estrutura

corresponde à segunda maior movimentação de containeres do país e as empresas relacionadas a 70% da arrecadação do ISS, Imposto sobre Serviço, de Itajaí, cerca de R$ 14 milhões.

Estudos do setor apontam que a cada 500 mil containe-res movimentados em um ano, são gerados R$ 825 milhões. Ao mês, são cerca de R$ 69 milhões circulando entre as duas cidades.

A movimentação do ComplexoPortuário em 2014No acumulado de onze meses em 2014, o Complexo

Portuário de Itajaí embarcou e desembarcou um milhão de containeres. Do total de cargas movimentadas no ano, 48% são importações e 52% exportações.

A pauta de importações é liderada pelos produtos me-cânicos e eletrônicos (US$ 274,98 milhões), seguidos pelos

produtos químicos (US$ 157,63 milhões) e pelos têxteis (US$ 143,04 milhões). Nas exportações, o item mais embarcado é o frango congelado (US$ 226,10 milhões), ficando em segun-da posição as carnes (US$ 127,49 milhões) e, em terceira, a madeira e derivados (US$ 69,66 milhões).

Importância histórica e atualA origem do Porto do Itajaí remete ao ano de 1906,

quando Lauro Muller, um Itajaiense, na época Ministro de Viação e Obras Públicas, iniciou a construção de molhes para fixar a Barra do Itajaí, que se movia com a força das marés e do rio. Foram utilizadas pedras que eram cortadas do morro Atalaia e de uma pedreira de Navegantes.

O trabalho é reconhecido como notável obra de enge-nharia, levando em consideração a tecnologia do início do século 20. Graças aos molhes, foi constituído o Porto Organi-zado de Itajaí. Por quase um século, a estrutura serviu para as exportações que marcaram os ciclos da madeira e do açúcar e depois entrou em declínio causando enormes prejuízos eco-

Complexo Portuário de Itajaí

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nômicos para a região.O porto ressurgiu na década de 90 quando foi munici-

palizado e parcialmente arrendado pela iniciativa privada e hoje é um dos 120 maiores do mundo – segundo o World Top Containers Ports 2014, e movimenta mais de 80% da corrente de comércio de Santa Catarina.

É o 2º maior complexo portuário do Brasil e movimenta por ano mais de 1,08 milhão de TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés) e é o porto brasileiro que opera cargas de maior valor agregado. O Porto de Itajaí também é reconhecido pela Agên-

cia Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), modelo em gestão ambiental.

A sequência das obrasA segunda fase das obras, com recursos de mais

R$ 208 milhões, previstos no orçamento de 2015 da União, vai garantir ao Complexo Portuário uma bacia de 530 metros de diâmetro, com capacidade para operar navios de até 366 metros de comprimento e 51 de boca. A segunda etapa tam-bém prevê a realocação do molhe norte, possibilitando que o canal de acesso fique com a largura de 220 metros. •

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ArtigoArtigo

O agronegócio e a economia brasileira em 2015

Por Mário Lanznaster

Presidente da Coopercentral

Aurora Alimentos

A sociedade brasileira não conhece a importân-cia do agronegócio para a economia e para a vida cotidiana do cidadão, assegurando

alimento farto e barato. A ignorância da realidade do universo do agronegócio em geral e, do mundo rural, em particular, está na base da incompreensão das comunidades urbanas em relação às comunida-des rurais.

A questão da sustentabilidade – não só am-biental, mas também social e econômica – é funda-mental. A produção deve, sempre, atender as impe-riosas exigências da sustentabilidade, condição que se reflete na imagem do Brasil no exterior. O Brasil está numa posição à frente de países europeus e norte-americanos, na chamada economia verde, tendo 20% da água potável do mundo, milhares de hectares de florestas, além das fontes de energias renováveis, que representam 50% do consumo na-cional. Além disso, a tendência da valorização da água e do ar puro, através de mecanismos como créditos de carbono, retenção de gás metano, en-tre outros, cria outra vantagem competitiva para o Brasil.

Apesar das dificuldades que marcarão o ce-nário econômico de 2015, o setor primário da eco-nomia terá um ano relativamente bom para as ca-deias produtivas de suínos, aves e leite. Esperamos que o governo intervenha menos na economia e dê autonomia para a equipe econômica recolocar nos eixos os fundamentos macroeconômicos do País. No atual estágio não resta outro caminho, senão os remédios de hortodoxia econômica. Por outro lado, a presidente Dilma Rousseff não poderá permane-cer indiferente ao avanço da corrupção que choca o Brasil e o mundo. Deverá apoiar rigorosas investiga-ções e a punição exemplar que a lei prescreve.

Teremos boas safras no Brasil e nos Estados Unidos, o que assegurará o suprimento de milho, soja e farelo de soja para a transformação em pro-teína animal. Os custos de produção aumentarão - especialmente em face do encarecimento da ener-gia elétrica, do diesel e de outros insumos - e as operações financeiras terão encargos mais pesados, com juros mais altos e menor oferta de crédito. Pena que as políticas governamentais não contemplam a proteção do agronegócio como faz com o setor au-tomotivo ou de eletrodomésticos, por exemplo...

O consumo cairá acentuadamente em 2015, pois o consumidor endividou-se com a compra de supérfluos. Os setores mais afetados serão o au-tomotivo, construção civil, vestuário e recreação & lazer. As viagens ao exterior serão reduzidas, as im-portações cairão e as exportações crescerão.

Mais uma vez os empresários aguardarão reformas na anacrônica legislação trabalhista brasi-leira. E elas não chegarão.

O segmento de carnes viverá um bom ano com crescentes exportações de carnes bovina, suína e de aves. A eclosão de epizootias e em alguns paí-ses continuará favorecendo o Brasil, que aproveitará os resultados da conjugação de vários fatores: qua-lidade reconhecida, preço competitivo potencializa-do pelo câmbio favorável, capacidade de produção e relativa escassez de carne no mercado mundial. Novos mercados surgirão no continente asiático; a China voltará a crescer acima de 7% e a Índia cami-nha para se tornar grande parceiro comercial.

Apesar desse quadro de otimismo, a pro-dução de carnes no Brasil não aumentará e a base produtiva continuará no mesmo nível. Os produ-tores e as indústrias atingiram um saudável ponto de equilíbrio, resultado da aprendizagem –depois de décadas de erros – sobre os efeitos perversos da gangorra (picos de alta e de baixa produção na proporção inversa de altos e baixos ganhos). Essa situação levou a metade dos frigoríficos brasileiros a pedir recuperação judicial.

Obstáculos à exportação continuarão sendo as nossas deficiências logísticas. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, entre 148 países pes-quisados, o Brasil está em 71º lugar em termos de infraestrutura, na educação e treinamento de mão de obra, em 72ª posição e em eficiência de mão de obra, 92º lugar.

Por isso, é um fato extraordinário a agrope-cuária nacional exportar mais de R$ 100 bilhões por ano e, assim, literalmente salvar a balança comercial brasileira. Esse desempenho ocorre apesar da falta de incentivo, da péssima infraestrutura, dos garga-los logísticos e da restritiva legislação. O Brasil é o único país do mundo onde a legislação ambiental exige reserva legal. É o segundo País do mundo em cobertura florestal original nativa que está em 56%, enquanto a Europa mantém apenas 0,1% de cober-tura florestal.

Sou otimista com o Brasil e com o futuro. Acredito na força transformadora do trabalho, da ciência e da fé. As tendências para os próximos anos incluem um amálgama desses componentes. Haverá predomínio da agricultura de alta tecnologia e al-tíssima precisão capaz de gerar alimentos, rações, combustíveis e fibras. A dieta humana migrará para um maior consumo de proteínas animais, principal-mente carnes. Alimentos mais baratos serão a exce-ção e não a regra. A demanda nos próximos 40 anos terá como vetor os países em desenvolvimento. •

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O Centro Logístico Integrado Fastcargo (CLIF) de Itapoá, litoral Norte de San-ta Catarina, inicia 2015 garantindo um

novo ritmo ao processo de exportação de car-gas em Santa Catarina. Localizado a 7,2 km do Porto Itapoá - um dos mais modernos e ágeis do país - o CLIF foi homologado pela Recei-ta Federal para operar como Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação. Com a autorização, Santa Catarina passa a contar com seis empresas atuando como terminal Redex.

O momento de implantação do serviço não poderia ser mais propício. Segundo o Sin-dicato das Agências de Navegação Marítima e Comissárias de Despacho do Estado de Santa Catarina (Sindasc), em 2014, o Porto Itapoá registrou um aumento de 41% na movimenta-ção de cargas de importação e exportação em relação ao ano anterior, superando a marca de 200 mil TEUS no ano.

A operação Redex vem em uma linha crescente. Em 60 dias de operação, o CLIF mo-vimentou de 150 a 200 contêineres por mês, principalmente cargas de madeira compensa-da. "No ritmo acelerado das exportações, a expectativa é dobrar essa movimentação nos próximos dois meses", comenta a diretora

operacional do CLIF, Raquel Benche dos Santos Izauro.

O Recinto Especial de Despacho Adua-neiro de Exportação tem como principal obje-tivo melhorar o desempenho logístico dando agilidade ao processo de exportação e redu-zindo custos operacionais. Isso acontece por-que a liberação das mercadorias é feita pela Receita Federal dentro do próprio CLIF.

"Em números representa aproximada-mente uma redução de 30% nos custos logísti-cos, principalmente em processos com caracte-rísticas especiais ou parametrizados em canal vermelho. Enquanto algumas empresas resis-tem em aderir a esta ferramenta, outros come-moram a redução nos custos de exportação. Essa redução é essencial para que as empresas exportadoras tornem-se mais competitivas no mercado internacional", resume Raquel.

As empresas exportadoras ainda contam com uma vantagem adicional, a possibilidade de embarcar pequenos lotes. Caso o exporta-dor não consiga completar com carga de um contêiner, as mercadorias podem seguir para o Redex, onde serão adicionadas cargas de outras empresas para completar o contêiner. Esta atividade é desenvolvida comercialmente pelos Freight Forwarders (agentes de carga).

mercadomercadocoluna coluna Divulgação

Santa Catarina conta com mais um terminal Redex para exportação

Nova estrutura

permite

reduzir custos

logísticos,

garantindo

vantagem

competitiva

para os

exportadores.

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Economia&Negócios • Abril 2015 • 39

Para operar como Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação, o CLIF conta com estrutura pró-pria e equipamentos modernos para oferecer soluções cus-tomizadas para as operações logísticas de armazenamento de cargas destinadas ao Porto Itapoá.

A empresa possui ainda certificações indispensáveis para seu funcionamento, além de certificações do Exército Brasileiro, Ministério da Agricultura e Pecuária, Polícia Fe-deral e Polícia Civil. Os certificados garantem que o termi-nal atende todos os requisitos necessários para o correto armazenamento de cargas controladas como armamento e produtos químicos.

mercadomercadocoluna coluna

Estrutura O CLIF é uma empresa especializada em multisserviços para

logística integrada de importação e exportação. Inaugurado em maio de 2014, o terminal movimentou 7.162 contêineres em 10 meses de atividade. Entre os principais produtos movimentados estão peças automotivas, polímeros, pneus, compensados, cobre, alumínio, produtos da linha branca, contêineres refrigerados, in-sumos para indústria siderúrgica, entre outros.

Ocupa uma área total de 127 mil m², sendo 20 mil m² de armazéns e 70 mil m² de pátio com capacidade estática para 4.300 contêineres e carga solta e 550 tomadas reefer (para con-têineres refrigerados). A construção do empreendimento contou com investimentos de R$ 110 milhões, incluindo a aquisição de um terreno de 3,2 milhões de m², onde 1,2 milhão de m² são des-

tinados à preservação ambiental. A empresa oferece uma

grande variedade de serviços que inclui desde o recebimento e ar-mazenagem de mercadorias, até o monitoramento de temperatura de contêineres, etiquetagem de mercadorias, controle de estoque e transporte rodoviário. •

Estabelecimentos Redexem Santa Catarina Itapoá CLIF - Centro Logístico Integrado Fastcargo S/A Joinville Coopercargo - Cooperativa dos Transportadores de Joinville ItajaíItazem Logística Portuária S/ALocalfrio S/A Armazéns Gerais Frigoríficos São Francisco do Sul WRC Operadores portuários S/A Florianópolis Criciúma Terminal Intermodal Ltda

Vantagens da operação REDEX A mercadoria já desembaraçada tem preferência na ordem de embarque As autoridades aduaneiras estão próximas do exportador, agilizando a solução de possíveis problemas e minimizando o prazo de espera A carga sai internacionalizada e lacrada por uma autoridade Aduaneira da Delegacia da Receita Federal, seguindo em trânsito até o porto de Itapoá

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40 • Abril 2015 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

O setor pesqueiro da região sul do país celebrou uma conquista importante para quem vive da pesca. De-pois de quase quatro anos de muitas negociações,

reuniões e debates foram assinadas em Brasília as altera-ções da INI nº 10/2011. A Instrução Normativa Interminis-terial entre Ministério da Pesca e Aquicultura e Ministério do Meio Ambiente regulamenta o sistema de permissiona-mento de embarcações de pesca, define modalidades e as espécies e áreas onde podem ser capturadas.

Segundo o documento assinado pelo Ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, e a Ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, o artigo 5º da INI nº10 passa a vigorar a partir de agora acrescido de dois novos parágrafos. O parágrafo terceiro trata da fauna acompa-nhante previsível e o parágrafo quarto, das espécies de captura incidental.

Quando a Instrução Normativa Interministerial foi publicada em 2011, o setor pesqueiro constatou muitas falhas na relação da fauna acompanhante em todas as modalidades de pesca. Neste período, inclusive a Co-ordenadoria Técnica do Sindicato das Indústrias de Pes-ca de Itajaí e Região (Sindipi) fez um levantamento da abrangência da relação de espécies arroladas como fauna acompanhante previsível e captura incidental nessas mo-dalidades, sugerindo o aumento no número de espécies, ou a alteração da INI para a eliminação da lista das espé-

cies de fauna acompanhante que foi encaminhado para o Ministério da Pesca e Aquicultura.

O relatório técnico foi produzido e encaminhado ao Governo Federal em maio de 2012. Mas somente no final de março deste ano foi possível garantir algumas altera-ções no documento que vinha prejudicando o setor. Isso porque, segundo as regras da INI 10, a captura de espé-cies que não estavam na lista configurava pesca ilegal.

Outra conquista do setor foi a criação de um Grupo de Trabalho Interministerial, composto por integrantes do Ministério da Pesca e do Meio Ambiente, mas coordenado pelo MPA, que será o responsável por revisar e aprimorar o sistema de pemissionamento de pesca para acesso e uso sustentável dos recursos pesqueiros no nosso país.

Para o presidente do Sindipi, Giovani Monteiro as conquistas representam a nova fase vivida pelo Ministé-rio da Pesca e Aquicultura, liderado pelo Ministro Helder Barbalho. Isso dá garantia de que as embarcações po-dem continuar trabalhando de forma legal e auxiliando na geração de empregos na cadeia produtiva do pescado principalmente no Sul do Brasil que tem a maior frota pes-queira do país. "Frente a tantos impasses e dificuldades enfrentadas nos últimos anos, hoje podemos celebrar", destaca Giovani. A assinatura do documento que garantiu as alterações na INI nº 10/2011 foi acompanhada pelo presidente do Sindipi, Giovani Monteiro. •

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Setor pesqueiro comemora modificaçõesRegras que estabelecem espécies que podem ser

capturadas e comercializadas foram revistas

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China e Santa Catarina buscam ampliar o intercâmbio comercial

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) recebeu uma comitiva da província chinesa Shanxi (norte do país) que busca aumentar o intercâmbio

comercial com Santa Catarina. Segundo o vice-governador da província, Yixin Wang, as principais áreas de interesse são energia, saneamento, educação e cultura. No encontro, o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, defendeu o equilí-brio na balança comercial e destacou que há oportunidades nos segmentos de transporte e energia.

A China é o segundo destino das exportações cata-rinenses. Em 2014, os embarques do Estado ao país so-maram US$ 978,7 milhões. A China também é o principal país de quem Santa Catarina mais importa. No mesmo pe-ríodo, as compras do Estado totalizaram US$ 5,21 bilhões. “Já exportamos para China itens como carne de frango, soja e motores, mas precisamos incrementar. Recebemos com muito otimismo a visita e a possibilidade de estabe-lecer parceria”, disse Côrte, lembrando que a FIESC realiza anualmente três missões empresariais ao país.

O vice-governador Wang, por sua vez, também de-fendeu a ampliação do comércio bilateral e novos inves-timentos. No caso do setor de energia, ele disse que há grande interesse em tecnologia para geração a partir do carvão. O PIB da província é de US$ 197 bilhões (dado de 2012).

À comitiva, o presidente da Fiesc disse que o carvão ficou esquecido por um período em função de questões

ambientais, mas voltou à matriz energética. “Certamente a energia térmica será muito importante daqui para frente no Brasil”, disse, salientando que há possibilidade de investi-mentos com a gaseificação do carvão. “Todo gás que o Sul consome é importado da Bolívia, mas não podemos ficar nessa dependência”, afirmou. Na área de infraestrutura de transportes, Côrte falou que o Brasil está retomando os in-vestimentos em ferrovia, que passou a ser essencial para a redução dos custos de transporte.

Em sua apresentação, o presidente da Fiesc disse ainda que Santa Catarina é a sexta economia brasileira e o quarto Estado mais industrializado do Brasil, com mais de 50 mil indústrias e 800 mil trabalhadores no setor. Ele tam-bém chamou a atenção para a diversificação do segmento industrial, formado por setores como alimentos, móveis, ce-râmico, metalmecânico, aviões de pequeno porte e carros. “Temos diversificação e desconcentração, com indústrias em todas as regiões catarinenses. Isso nos dá um bom equi-líbrio, mesmo quando o país ou algum setor está em crise”, afirmou, lembrando que há muita sinergia com Shanxi.

Além de integrantes do governo de Shanxi, na dele-gação também estavam representantes das indústrias Tisco e TYHI. A Tisco é um complexo siderúrgico que fatura US$ 1 bilhão de dólares e emprega 43 mil trabalhadores. A TYHI, fabricante de máquinas pesadas, fatura em torno de US$ 730 milhões e fornece para os segmentos químico, trans-porte, energia e petróleo. •

O pais asiático é o

segundo destino

das exportações

catarinenses. Em

2014, os embarques

do Estado ao país

somaram US$ 978,7

milhões

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TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES28 anos transportando com agilidade e rapidez

A inauguração da nova linha de produção de refrigerado-res da Whirlpool Latin America, em Joinville (SC), contou com a participação do governador Raimundo Colombo. A

expansão trata-se da segunda etapa de ampliação da unidade, que teve início em novembro de 2013. Com os investimentos, a empresa aumentou em 10% a capacidade de produção dos mo-delos de refrigeradores frost free e gerou 850 novos empregos. A Whirlpool conta hoje com 13 mil funcionários.

O Governo do Estado, pelo Pró-Emprego, concedeu à fá-brica joinvilense tratamento tributário diferenciado do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunici-pal e de Comunicação (ICMS).

“A ampliação da empresa significa empregos, manutenção e desenvolvimento. O mercado é desafiador, e o Estado contri-buiu com uma política de incentivos fiscais em uma parceria im-portante. A empresa teve coragem, ousadia e muita tecnologia. Precisamos de exemplos como esse no dia a dia”, disse o gover-nador.

A Whirlpool é detentora das marcas Brastemp, Consul, KitchenAid e Embraco e investe constantemente no desenvol-vimento de inovações, novas tecnologias e aperfeiçoamento de processos que contribuem para a manutenção da produtividade da companhia. Anualmente, o grupo destina de 3% a 4% do fa-turamento para pesquisa e desenvolvimento, o que a torna pio-neira em inovações. Além de Santa Catarina, possui unidades nos estados de São Paulo e Amazonas.

De acordo o presidente da Whirlpool Latin America, João Carlos Brega, a produção de refrigeradores aumentou em 100 mil produtos e 40% dos fornecedores da empresa são de Santa Catarina. “A expansão materializa a parceria muito bem sucedida

que temos com o Estado. O Governo tem nos apoiado. É mui-to importante e gratificante mostrar o resultado do esforço de todos. Para nós, a ampliação também representa o reforço da confiança da Whirlpool no Estado. Acreditamos nesse potencial e continuaremos investindo”, destacou.

Os investimentos na empresa também estiveram focados no desenvolvimento e fabricação de produtos diferenciados e inovadores, como a B.blend, a primeira plataforma de bebidas all-in-one da Brastemp no Brasil, que faz bebidas a partir de cápsulas, além de entregar água purificada natural, fria, gelada, quente e com gás. “Desenvolver e produzir um eletrodoméstico tão inovador como a B.blend é motivo de orgulho para Joinville, que é vista como um polo de inovação e, com isso, reforça a re-levância da região para a companhia”, explicou o vice-presidente de Relações Institucionais e Manufaturas, Armando E. Valle Jr.

Pró-EmpregoO programa Pró-Emprego, oferecido pelo Governo do Esta-

do para atração de empreendimentos, teve 50 processos autori-zados de janeiro de 2014 a março de 2015. Os investimentos são distribuídos em municípios de diferentes regiões e em segmentos variados, como agroindústria, energia, metal-mecânico, trans-portes e logística. As empresas beneficiadas se comprometeram a investir mais de R$ 800 milhões em suas instalações no Estado e estimam a geração de mais de 2,5 mil postos de trabalho.

Criado em 2007, o Pró-Emprego é administrado pela Se-cretaria de Estado da Fazenda que dá tratamento tributário dife-renciado para atrair investimentos que gerem emprego e renda. Ao longo de quase sete anos, cerca de 450 empresas receberam o benefício, gerando mais de 90 mil empregos. Os investimentos realizados superam R$ 20 bilhões. •

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Julio Cavalheiro/Secom

Nova linha de produção de refrigeradores da Whirlpool é inaugurada em Joinville

A empresa é detentora das marcas Brastemp, Consul, KitchenAid e Embraco e investe constantemente no desenvolvimento de inovações,

novas tecnologias e aperfeiçoamento de processos

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Um dos maiores eventos náuticos do Brasil, o Rio Boat Show teve uma das apresentações mais aguardadas pelo segmento, o lançamento da

F400 Gran Coupé produzida pelo maior estaleiro em quantidade produzida da América do Sul, a Fibrafort com sede em Itajaí (SC). No final de março, visitantes, empre-sários e curiosos tiveram a oportunidade de conferir de perto os detalhes do barco de 40 pés que marca a expan-são de mercado do estaleiro catarinense e a entrada na linha de produção de embarcações de grande porte.

A F400 Gran Coupé é fabricada em parceria com a Porsche Consulting. Possui mais de 12 metros de com-primento, cockpit coberto por hard top com teto solar de abertura elétrica e 1,80m de pé direito. A plataforma de popa tem espaço gourmet e a cabine tem camarote fechado na proa e popa, duas camas de solteiro à meia-nau, que podem ser convertidas em uma de casal. As opções de motorização variam entre dois motores de 300 a 400 hp, gasolina ou diesel. A primeira unidade da lancha foi entregue em janeiro de 2015, sendo que mais de 20 já estão em fabricação. Os investimentos no projeto, infraestrutura e desenvolvimento em produtos, somam quase R$ 4 milhões, para levar a Fibrafort a ex-pandir o mercado.

O estaleiro catarinense promoveu o pré-lançamen-to da embarcação durante o São Paulo Boat Show 2014, mas reservou detalhes para a apresentação oficial na 18ª edição do Rio Boat Show. “Um barco exuberante, que esbanja charme, requinte e muito conforto. Além disso, sua navegabilidade se destaca, sendo totalmente pos-sível navegar dentro de sua cabine, sem nenhum incô-modo com balanços e impactos”, afirma o gerente de marketing e negócios, Rafael Ferreira.

Além de conferir de perto um dos mais esperados lançamentos náuticos do ano, quem passou pela 18ª edição do Rio Boat Show também pode conhecer a lan-cha Focker 305, vencedora do prêmio Náutica 2014, no quesito evolução. A embarcação possui 30,5 pés, cockpit espaçoso, cabine com pé direito de 1,80m e acomoda-ções para casais. A lancha esteve na feira com o troféu vencedor.

O empresário relembra que o setor náutico está em expansão e o mercado brasileiro apresenta poten-cial para crescer ainda mais. “A popularização do mundo náutico não é tão acelerada, mas existe. Linhas de crédi-to disponíveis e o aumento da capacidade financeira da população possibilitam uma maior abertura de merca-do”, finaliza Ferreria. •

Rio Boat Show contou com a apresentação de um doslançamentos mais aguardados pelo mercado náutico

Maior estaleiro em quantidade produzida da América do Sul, a Fibrafort com sede em Itajaí (SC), entra no mercado de barcos de grande porte com a F400 Gran Coupé

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Empresas catarinenses e brasileiras que produzam itens de consumo têm no Panamá uma boa oportunidade para exportar seus produtos. Esta é a avaliação da mis-

são empresarial liderada pelo industrial Michel Miguel, vice-presidente para o Litoral Sul da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). O grupo participou da 33ª Expocomer, realizada no Panamá.

Segundo Cid Erwin Lang, diretor 2º secretário da Fiesc e integrante da missão, o país da América Central tem um par-que industrial reduzido e oferece burocracia mínima e baixos custos de logística.

A feira contou com a participação de 35 países e foi focado nos setores de alimentos e bebidas, construção civil, tecnologia, têxtil, calçados, serviços e higiene e limpeza, entre outros. Entre os principais expositores estiveram a Argentina, Brasil, Coréia do Sul, China e Taiwan.

Nos dias anteriores ao evento, a missão brasileira se reuniu com o embaixador brasileiro no país, Adalnio Senna. Para o diplomata, o Panamá é um grande polo logístico, com-

parado em importância a Cingapura, na Ásia, e pode servir como porta de entrada para toda a América Central.

Os integrantes conheceram também as obras de am-pliação do Canal do Panamá, que no ano passado completou 100 anos de operação. Iniciada em 2007, a reforma tem or-çamento total de US$ 5,2 bilhões e, quando concluída, vai dobrar a capacidade do canal.

Visitaram ainda o Porto de Manzanillo, que é fruto de uma parceria de empresas americana e panamenha e está estruturado em antiga base naval americana. Em 2014, o por-to movimentou o equivalente a 2 milhões de contêineres de 20 metros, sendo 50% de cargas locais e 50% de cargas de transbordo.

A visita à Zona Livre de Cólon fechou a programação pré-evento. Com quase 2 mil empresas instaladas, a zona li-vre está em operação há 67 anos. Lá, os visitantes receberam informações sobre aspectos tributários e aduaneiros, interna-lização de produtos estrangeiros e canais de vendas, entre outros temas. •

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Grupo participou de evento que teve, entre os principais expositores, representações de Argentina, Brasil, Coréia do Sul, China e Taiwan.

Panamá oferece oportunidades para indústria de bens de consumoMissão liderada pela Fiesc viu oportunidades de exportação para o mercado da América Central

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A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) abre mais uma porta para intercâmbio de alunos e pro-

fessores no exterior, desta vez, na Suécia. A Univali e a Universidade de Halmstad aprovaram projeto de cooperação junto ao governo sueco, por meio do Progra-ma Linnaeus-Palme, com possibilidade de renovações por até oito anos.

A colaboração começa neste pri-meiro semestre, com a ida de dois pro-fessores da Univali à Suécia e a vinda de dois professores da Universidade de Hal-mstad ao Brasil, para avaliação das con-dições acadêmicas, econômicas e sociais da vida estudantil, assim como, verifica-ção do potencial para um intercâmbio produtivo para professores e acadêmicos da graduação e da pós-graduação.

Inicialmente, a parceria benefi-ciará acadêmicos e professores ligados ao Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão (Ceciesa-Gestão) da Univali, e da Escola de Negócios e Engenharia da Universidade de Halmstad. As bolsas do Programa Linnaeus-Palme custearão via-gens, estudos, entre outros benefícios, aos universitários e docentes de ambos os países.

O ProgramaO Programa Linnaeus-Palme visa

incentivar colaborações baseadas no benefício mútuo entre universidades suecas e universidades de países em desenvolvimento, para desenvolvimento da educação superior com perspectivas globais, que vão além do intercâmbio vivencial, individual, mas que impactam diretamente nas atividades de pesquisa e projetos conjuntos que vão beneficiar, inclusive, quem não participa do inter-câmbio. •

Univali firma parceria com universidade da SuéciaPrograma financiado pelo governo sueco concederá

bolsas a estudantes e professores

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Em média, o consumidor brasileiro inadimplen-te está com o nome sujo há aproximadamente dois anos, deve para 3,7 diferentes empresas,

adquiriu essas dívidas por meio do cartão de crédito e de lojas e tem um débito total de R$ 21.676,00 jun-to às empresas credoras - já embutidas as multas e as taxas cobradas pelo atraso. Esse valor corresponde a 768% da renda familiar mensal de um consumidor entrevistado na pesquisa, de R$ 2.822,00. Os dados são de uma pesquisa sobre A Recuperação de Crédi-to no Brasil, encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo Portal de Educação Fi-nanceira Meu Bolso Feliz, realizada nas 27 capitais brasileiras.

A pesquisa também detectou um aumento mé-dio de 70% entre o valor inicial da dívida e o valor final dela - depois de dois anos, após a cobrança de multas e juros pelos credores. Os atuais inadimplen-tes declaram que, em média, a dívida inicialmente custava R$ 12.776,00 (comprometimento de 453% da renda média de R$ 2.822) e que depois das co-branças monetárias passou a custar R$ 21.676,00 (comprometimento de 768% da renda). "Por isso o consumidor inadimplente deve negociar e pagar o que deve o mais rápido possível para que a dívida

não se transforme em uma bola de neve", explica a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Motivo que originou a dívidaQuase a metade dos consumidores entre

inadimplentes e ex-inadimplentes (48%) ouvidos na pesquisa afirmam que a falta de planejamento no or-çamento pessoal é principal a razão apontada para não pagar as contas. Em seguida, entre as justificati-vas citadas, vem a perda do emprego (28%), a dimi-nuição da renda (21%), o atraso de salário (17%) e as compras acima do que lhes permitia o orçamento (16%). "A tendência do consumidor, quando decide cortar gastos é diminuir as despesas com vestuário e calçados [39%], lazer [38%], alimentação fora de casa [34%], salão de beleza [21%] e telefonia celular [21%]", enumera Kawauti.

O presidente do Serviço de Proteção (SPC Bra-sil), Roque Pellizaro, explica que o brasileiro inadim-plente demora muito (dois anos, em média) para quitar uma dívida. "Negociar a dívida rapidamente é muito mais vantajoso do que deixar os juros rolarem. A taxa média de desconto para negociação é de 22% e chega a 69% para quem propõe o pagamento a vista", explica Pellizzaro.

Brasileiros inadimplentes comprometem mais de sete vezessua renda mensal com dívidas atrasadas, diz pesquisa

Por conta de juros, valor final da dívida é, em média, 70% maior do que o valor inicial. 89% dos consumidores procuram ou são procurados pelos credores para acordo

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Cartões de crédito e de lojas lideram os atrasosDeixar de pagar a fatura do cartão de crédito é a principal razão apontada por

três em cada cinco entrevistados inadimplentes (61%) para ter ficado com o nome sujo, ao lado de atrasos nas parcelas de cartões de loja (51%), no pagamento de emprésti-mos (31%) e de boletos bancários (37%). Outras razões mencionadas foram os cheques sem fundo (20%), deixar de pagar o cheque especial (18%) e o atraso com parcelas de financiamentos (15%).

A pesquisa indica que a quantidade de parcelas não pagas representam algo entre 53% e 72% do total de parcelas acordadas no momento da compra. No que diz respeito especificamente ao cartão de crédito, os atuais inadimplentes dividiram as compras numa média de 6,1 vezes e deixaram de pagar 3,6 prestações, o que repre-senta um atraso de 59% das parcelas inicialmente acordadas.

48% dos consumidores inadimplentes

ouvidos na pesquisa afirmam que a falta de planejamento no orçamento pessoal é principal a razão apontada para não

pagar as contas.

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Celso Peixoto/Divulgação.

Cursos de MBAs da Tear Escola de Negócios tem certificação internacional

Entre os cursos com matriculas abertas estão o Master em Marketing e Gestão de Negócio e o Master em Direção de Comércio Internacional

A tradição e o reconhecimento da ESIC Bussiness and Marketing School, da Espanha, considerada a 16ª me-lhor escola de negócios do mundo por sua excelência

no ensino, agora está ao alcance de empresários, executivos e profissionais liberais de Itajaí, Balneário Camboriú e região, através dos cursos de MBA da Tear Escola de Negócios. As duas instituições têm a mesma filosofia: foco no saber-fazer, trazendo para a sala de aula exemplos do dia a dia, além de buscar professores com ampla experiência de mercado.

Com essa parceria, os alunos da Tear Escola de Negó-cios passam a ter um certificado com reconhecimento interna-cional. “Ao cursar um MBA na Tear, o aluno tem a garantia de um programa acadêmico com padrão internacional, desenvol-vido para a formação de gestores de alta eficiência”, pontua o diretor da Tear, empresário Álvaro Zambom dos Santos. O aluno do MBA também tem a oportunidade de continuar seus estudos no exterior, em módulos ou missões internacionais para países da Europa e China.

Entre os cursos com matriculas aber-tas estão o Master em Marketing e Gestão de Negócios (Gesco), e o Master em Direção de Comércio Internacional (MDCI). O ob-jetivo do Gesco, com aulas previstas para iniciar no próximo dia 27 de abril, é propor-cionar uma especialização prática em estra-tégias de marketing e no planejamento de

operações focadas nos critérios de rentabilidade e liquidez nas empresas. Segundo Álvaro, este Master permite que os participantes se relacionem com profissionais e diretores de diferentes ramos de atividade, proporcionando troca de expe-riências e a geração de networking, além da prática exercida em planos de marketing e simulações baseadas em situações reais.

Como todos os programas oferecidos pela ESIC, o Master em Direção de Comércio Internacional está baseado na realidade da gestão empresarial. O programa transmite ao aluno a visão, o conhecimento e habilidades necessárias para que possa liderar e dirigir negócios em mercados glo-bais, através de uma metodologia eminentemente prática. O principal objetivo é preparar seus participantes para atuarem na área de comércio internacional, oferecendo as ferramentas necessárias para operar nos mercados externos e as normas reguladoras nacionais e internacionais.

Você sabe a importância de um MBA?Aumentar o salário, atualizar-se, mudar de profissão, fazer contatos. Várias ra-

zões podem levar alguém a cursar uma pós-graduação. Os MBAs têm como principais alvos os executivos que visam ampliar seus conhecimentos em técnicas de adminis-tração. Com o próprio nome diz, o Master in Business Administration é uma escola de gestão empresarial voltada para o aluno que tem experiência profissional suficiente para viver em sala de aula as temáticas referentes ao trabalho do executivo. •

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O Sindicato da Indústria da Construção Civil dos Municípios da Foz do Rio Itajaí – Sinduscon Itajaí, tem novo presidente. O jovem empresário Charles Kan é conhecido por administrar a CK Cons-

truções e Empreendimentos, com escritórios em Itajaí e Navegantes. Ele assume o lugar deixado pelo ex-presidente do sindicato, José Carlos Santos Leal.

Charles Kan assume a presidência no momento em que a eco-nomia brasileira enfrenta dificuldades para crescer. Para ele, a maior responsabilidade do Sinduscon é não deixar a confiança no setor ser abalada.

“A construção civil hoje está num momento de maior seleção. Isso não quer dizer que o mercado está ruim. Quer dizer, que o mercado está mais seleto, não é qualquer produto que se lança e qualquer produto que se vende. Mas, a exemplo de educação e alimentação, habitação é também um necessidade básica, nunca acaba. Vai continuar existindo uma forte demanda”, conclui o presidente. •

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Sindicato da Construção Civil de Itajaí e Região tem novo presidente

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O CREA-SC promoveu a solenidade da Medalha do Mé-rito Catarinense na ACE - Associação Catarinense de Engenheiros, em Coqueiros, Florianópolis. O evento

presta homenagem aos profissionais, entidades de classe, instituições de ensino, empresas públicas e privadas que, de alguma forma, contribuíram com o aprimoramento técnico das profissões, promoveram o desenvolvimento tecnológico e melhoria da qualidade de vida dos catarinenses.

Em seu discurso, o presidente do CREA-SC Carlos Alber-to Kita Xavier disse que pela natureza do ofício, os engenheiros levam uma vida profissional num caminho sem alardes, pautados pela ética e responsabilidade, com muito cálculo e técni-ca que resultam em obras e serviços prestados. “Aos poucos vamos mudando o mundo com nossas habilidades e conhecimentos. Somos sim agentes transformadores da sociedade. Tal-vez por isso seja um desafio cada vez maior e motivador trabalhar pela valorização de nossa categoria.”

Destacou que o reconhecimento dos serviços prestados pelos profissionais e instituições das áreas que integram o sistema Confea/Creas é fundamental para evidenciar e valo-rizar a atuação em prol do desenvolvimento sustentável do estado e país. “Cada um dos homenageados, ao longo de sua vida profissional, desempenhou funções relevantes, assumiu compromissos e responsabilidades, empreendeu projetos e superou desafios.”

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Medalha do Mérito Catarinense do CREA-SCpresta homenagem a profissionais e empresas

Confira os homenageados:Diploma e Medalha do MéritoEngenheiro Civil: Roberto de OliveiraEngenheiro Mecânico: José Carlos Cauduro MinuzzoEngenheiro Agrônomo: João Carlos de Souza PalmaEngenheiro Elétrico: Arno Ruberto WerleFederação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc)Inscrição no Livro do Mérito CatarinenseEngenheiro Civil: Ayezo Campos.

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Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio MalburgCep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD

O governo adiou o próximo leilão de blocos exploratórios de petróleo e gás, sob regime de concessão, para o

segundo semestre deste ano, de acordo com informação do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. O governo havia prometido ao mercado que a 13ª rodada de licitações seria realizada no primeiro semestre de 2015. "Creio que a gente pode ter em breve uma definição das áreas que serão coloca-das à disposição para estudo, para que pos-samos fazer no segundo semestre o leilão", declarou Braga, a jornalistas.

Assim que o governo definir quais blocos serão ofertados, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) precisará de ao menos quatro meses para realizar a rodada.

A forte queda do preço do barril de

petróleo nos últimos meses e o impacto disso sobre a capacidade de investimento das petroleiras levou a ANP a recomendar ao governo que a licitação ocorresse apenas entre o fim deste ano e o início do próximo ano. Um leilão agora, num momento de bai-xa nas cotações da commodity, poderia não atrair tantos interessados.

Além disso, a Petrobras já avisara que seria seletiva em novos leilões de blo-cos, que só entraria se fosse ofertado algo muito interessante. Com restrições para re-alizar captações no mercado internacional, em meio às investigações da Operação Lava Jato sobre um esquema de corrupção, a es-tatal está preservando seus recursos para investimentos prioritários e já tem grandes áreas de exploração para serem desenvolvi-das.•

Brasil adia oferta de blocos exploratórios de petróleo para 2º semestre

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ArtigoArtigo

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Recentes decisões do Tribunal Superior do Trabalho, proferidas em ações individuais ajuizadas por ex-em-pregados de empresas dos mais diversos segmentos

da economia, soaram como uma trombeta a despertar de um descanso tranquilo no mundo das relações entre capi-tal e trabalho. Os acórdãos revelaram uma grave situação: a assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta, no Brasil, não garante a segurança jurídica na relação entre patrões e empregados.

Como se sabe, Termos de Ajustamento de Conduta, conhecidos como TACs, são mecanismos extrajudiciais de que se vale o Ministério Público do Trabalho para que as empresas "corrijam" determinados comportamentos que, à luz da instituição, seriam contrários à ordem jurídica e aos interesses difusos e coletivos da classe trabalhadora. As-sim, uma empresa que conte com câmaras frias, por exem-plo, poderia se obrigar, através do compromisso firmado com o MPT, a conceder pausas regulares aos trabalhado-

Divergência entre TST e Ministério Público confundeempresas e pode provocar avalanches no Judiciário

PorDanilo Pieri Pereira*

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Escritório de Itapema está no ranking dos 500 maiores do Brasil

Conhecida pelas suas belezas naturais, a região do Vale do Itajaí tem recebido atenção no cenário nacional pelo vulto dos negócios e pelo trânsito de celebridades, al-

cançando destaque na mídia nacional neste início de ano na área do Direito. A cidade de Itapema conquistou o primeiro lu-gar em Santa Catarina no ranking dos 500 maiores escritórios de advocacia do país, galgando a posição através do escritório Silva e Silva Advogados Associados.

A renomada revista Análise Advocacia 500 divulga anu-almente os escolhidos a partir de uma criteriosa pesquisa rea-lizada com os diretores jurídicos das 1.500 maiores empresas do país, levando-se em conta ainda a análise do número e vulto de processos e clientes, áreas de atuação, estrutura fí-sica, currículo dos sócios e qualidade da publicação científica dos advogados.

O escritório conquistou o primeiro lugar na área de atuação “Abrangente”, categoria ocupada por escritórios que prestam serviços especializados nas principais áreas do Direi-to. Atualmente, a banca possui sedes nas cidades de Itapema (SC), Florianópolis (SC), Itajaí (SC), Sinop (MT) e Miami (FL), contando com sete sócios e aproximadamente 30 profissio-nais, atendendo em âmbito nacional à demanda crescente do polo empresarial da região.

Somente em 2014, foram atendidos cerca de 3 mil pro-cessos, dentre os quais figuram o maior acordo da história do Judiciário catarinense, que encerrou de uma só vez 1.971 pro-cessos originados do naufrágio de uma embarcação na Baía da Babitonga, em 2008. O escritório Silva e Silva Advogados Associados, com origem no Mato Grosso há 21 anos, está se-diado em Itapema há três anos, e em Santa Catarina há sete.

Mais informações sobre o ranking da revista Análise Ad-vocacia 500 podem ser encontradas na página http://www.analise.com/site/maisadmirados •

res, de forma a não mantê-los expostos continuamente a baixas temperaturas.

A partir daí - e, claro, desde que cumprido à ris-ca o compromisso firmado - a segurança jurídica estaria estabelecida para todos os atores sociais envolvidos: os funcionários, porque o Ministério Público do Trabalho, instituição cuja atribuição máxima é justamente zelar por seu bem estar, teria atuado em seu benefício e a empresa, porquanto estaria garantida - pelos termos do TAC firma-do - que a sua conduta não seria colocada em discussão, caso sobreviesse eventual disputa judicial sobre o assun-to. Ganharia também o Poder Judiciário, na medida em que, resolvida a questão extrajudicialmente, não seria necessária a existência de mais e mais processos sobre o tema, nas instâncias da Justiça do Trabalho.

Ocorre, todavia, e para a surpresa geral, que deci-sões atuais do Tribunal Superior do Trabalho revelam que a corte máxima da Justiça do Trabalho vem se posicionan-do de forma justamente contrária: que o Ministério Pú-blico do Trabalho não tem autonomia e nem autorização legal para transacionar direitos e obrigações em matéria trabalhista em nome dos empregados de uma empresa.

Em consequência, tais empregados podem sim ajuizar ações e mais ações sobre o mesmo tema e - mes-mo tendo um TAC assinado - nada garante que a empresa não virá a ser condenada a pagar, fazer ou deixar de fazer alguma coisa que já havia sido previamente acordada e chancelada pelo acordo com o MPT, na esmagadora maio-ria das vezes, inclusive acompanhado de pesadas multas por descumprimento.

Além de reduzir ainda mais a segurança jurídica para qualquer empresa que intencione investir no Brasil, o que já é um grande impacto para os níveis de emprego e para a economia em tempos de crise, tais entendimen-tos acabam por esvaziar a atuação do Ministério Público, desestimular a composição extrajudicial e - o que é pior - atravancar ainda mais a Justiça do Trabalho brasileira, que já conta com número de juízes, funcionários e volume de processos sem comparação com qualquer outro país ao redor do globo terrestre.

Indaga-se, então, qual seria o melhor caminho para descongestionamento dos fóruns trabalhistas? De um lado se prega que a multiplicidade de recursos seja a grande vilã da agilidade processual. De outro, a resistência de parte da comunidade jurídica à composição extrajudicial, obriga mais empregados e empregadores a baterem às portas do Poder Judiciário, todos os dias.

Em meio a essa situação, uma conclusão é certa: sendo os recursos processuais a única garantia da ampla defesa e do contraditório para empresas e trabalhadores, em momentos de forte insegurança jurídica como a vivida hoje, o destino continuará sendo as estantes da Justiça do Trabalho.

*Danilo Pieri Pereira é advogado, especialista em Direito e Processo do Trabalho, e sócio do escritório Baraldi

Mélega Advogados. – [email protected]

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56 • Abril 2015 • Economia&Negócios

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O prefeito de Imbituba em exercício, Elísio Sgrott, participou de reunião na Associação Empresarial da cidade, através do Núcleo ACIM Porto, juntamen-

te com empresários do setor portuário, para montar um documento para encaminhamento da cobrança da obra do Acesso Norte, Via Arterial Principal (VAP) do Porto de Imbituba. O objetivo é convidar o governador Raimundo Colombo para visitar Imbituba e demonstrar a urgência do lançamento do edital da obra.

Elísio Sgrott frisou que o projeto já tem mais de três anos e que a prefeitura está disposta a ser parceira na reali-zação da obra. “Precisamos saber se há a intenção de lançar o edital da obra em breve, pois se não houver teremos que fazer um bom recapeamento na via. O que não podemos é fazer um eventual recapeamento e logo em seguida a via ser licitada pelo Estado, pois seria um desperdício do di-nheiro público municipal. Mas de qualquer forma, ou uma ou outra alternativa deve ser urgentemente viabilizada”, destaca.

O coordenador do núcleo, Lito Guimarães, explicou que o projeto original da VAP, doado pela Santos Brasil, teria passado por alterações técnicas pelos setores respon-

sáveis do Estado e que é urgente que algo seja feito em ter-mos de uma definição da alternativa, principalmente pela a aproximação da safra da soja e pelos riscos que a rodovia têm. “Vamos ter uma plenária da regional Sul da Facisc e estamos trabalhando no sentido de colocar este tema na pauta e contar com o apoio da Federação e das outras ACIs do Sul. Precisamos nos unir fortemente para cobrar a reali-zação deste compromisso que o governo do Estado firmou com o munícipio”, afirma o empresário.

CompromissoEm junho de 2014 a ACIM promoveu o seminário “O

Porto do Sul Catarinense e o Desenvolvimento Regional”, em parceria com a Associação Empresarial de Criciúma e as ACIs do Sul, SC Par Porto de Imbituba, Facisc e CACB, e que dentre outros assuntos tratados, contou com o compromis-so do governador de que a obra seria realizada, principal-mente se a concessão do porto fosse mantida com o Gover-no do Estado. Esta situação posteriormente se concretizou, garantindo a permanência da administração pelo Estado de Santa Catarina, via SCPar Porto de Imbituba até 2039, com possibilidade adicional de renovação por mais 25 anos. •

Comissão vai cobrar Estado por obra

de acesso ao Porto de ImbitubaAdministração municipal apoia o Núcleo ACIM Porto e se

organiza para formalizar o pedido urgente de lançamento do edital

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Porto paranaense vai licitar área para instalação de indústria

O Porto de Antonina vai licitar uma área para arrenda-mento a uma empresa privada. O porto paranaense é o primeiro do Brasil a receber, da Secretaria de Por-

tos (SEP), a autorização para licitar uma área portuária, em conformidade com a nova Lei dos Portos (12.815/2013).

Na área a ser licitada está prevista a instalação de uma indústria metal-mecânica, com arrendamento por um período de 25 anos. O projeto de viabilidade técnico e econômica, elaborado pelo Porto, mostra que deverá ser investido no mínimo R$ 20 milhões no empreendimento, criando pelo menos 100 novos postos de trabalho.

A solicitação para conduzir a licitação da área foi feita pela Administração dos Portos de Paranaguá e Anto-nina (Appa), em 2013, para a Secretaria de Portos, que é responsável pela concessão de áreas portuárias no país. De acordo com a nova legislação todas as novas áreas portuá-rias devem ser licitadas pela SEP. No entanto, neste caso, a nova Lei permite que a autoridade portuária local conduza a licitação. Esta é a primeira delegação que a SEP faz desde a aprovação da nova lei.

A área de 32 mil metros quadrados, sem uso, está situado atrás no novo centro administrativo do terminal Barão do Tefé. O documento assinado pelo ministro da Se-cretaria de Portos, Edinho Araújo, também repassa à Appa a competência para a condução dos estudos que subsidia-rão a proposta de edital, a realização do procedimento lici-tatório, a celebração e a gestão do contrato.

Para o diretor-presidente da Administração dos Por-tos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Divi-dino, a delegação é muito importante para diversificar a atuação econômica do Porto de Antonina. “Há dois anos estamos trabalhando para atrair investimentos da indús-tria pesada para áreas como esta de Antonina. Queremos

impulsionar a região”, afirma Dividino.Com a aprovação do mérito da exploração da área, a

Appa poderá constituir uma comissão para iniciar o processo licitatório de arrendamento do espaço. A previsão é para que o empreendimento seja concluído ainda este ano.

“Este tipo de atividade vai envolver a massa de trabalho local, além de gerar postos de trabalho que demandam mão de obra qualificada”, afirma o diretor do Porto de Antonina, Luis Carlos de Souza.

A nova Lei dos Portos dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias, além das atividades desempenhadas pelos operadores portuários.

De acordo com o artigo 19 da nova Lei dos portos, a Appa poderá, a critério do poder concedente, explorar direta ou indi-retamente áreas não afetas às operações portuárias, observan-do o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto. •

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O presidente da BMW no Brasil, Gerald Degen foi ho-menageado no município de Araquari (SC), pela As-sembleia Legislativa de Santa Catarina, que concedeu

ao executivo o título de cidadão honorário do Estado. A ho-menagem partiu de um requerimento do deputado Kennedy Nunes, que reconheceu a importância da indústria para o desenvolvimento do Estado de Santa Catarina, especialmen-te a região Nordeste do Estado.

O Porto Itapoá foi um dos convidados para o even-to, representado pelo presidente Patrício Junior. Na ocasião, Patrício teve a oportunidade de parabenizar o presidente da multinacional, e agradecer pela parceria firmada entre a BMW e o terminal, que movimenta 100% das cargas de importação da montadora, sendo um dos principais clientes do porto.

Durante o evento, prestigiado pelas principais auto-ridades políticas do Estado, Patrício Junior teve a oportuni-dade de conversar com o governador Raimundo Colombo, apresentando os números positivos que o Porto Itapoá tem alcançado em 2014 e neste início de 2015. Informou ainda a necessidade de agilizar o processo de dragagem de ma-nutenção do canal de acesso da Baia da Babitonga que está ainda em trâmite burocrático, desde 2012 sob a responsa-bilidade da Autoridade Portuária de São Francisco do Sul,

autarquia estadual subordinada ao Governo do Estado.O governador se comprometeu a agilizar o processo,

principalmente ao ser informado que uma série de investi-mentos na Baia da Babitonga, tanto em Itapoá como em São Francisco estão dependendo desta ação para iniciarem seus empreendimentos, que juntos se aproximam de 2 bilhões de reais, a maioria na ampliação e criação de novos terminais portuários.

A BMW em Santa Catarina Com uma área construída de aproximadamente 500

mil metros quadrados e investimentos de R$ 600 milhões, a fábrica da BMW em Santa Catarina é a única do grupo na América Latina e a 29ª unidade fabril da empresa no mundo. A infraestrutura da unidade produtiva contempla as ativida-des de montagem, soldagem, sistemas de pintura e logística, além de prédios administrativos e auxiliares. Da fábrica cata-rinense, poderão sair até 32 mil carros por ano, quantidade que pode ser aumentada no futuro, conforme a evolução do mercado.

O projeto prevê a contratação de 1,3 mil profissionais até o fim de 2015 e a geração de cerca de 2,5 mil vagas indi-retas, incluindo fornecedores, parceiros de negócios e novos concessionários. •

Porto Itapoá participa de homenagem

ao presidente da BMW Brasil

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Os ministros Edinho Araújo (Portos) e Kátia Abreu (Agricultura) reuniram-se e consideraram positivo o balanço preliminar do sistema de agendamento dos

Ministros fazem balanço do escoamento

da safra por portos brasileiroscaminhões que transportam a safra agrícola para os portos brasilei-ros. O sistema foi implantado em fevereiro, numa parceria entre os ministérios de Portos, Transportes, Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento, com apoio de prefeituras e governos estaduais. “Até o mo-mento, 97% dos caminhões estão chegando aos portos no horário combinado, o que atesta o bom funcionamento do sistema neste início de safra”, afirmou o ministro Edinho Araújo.

Segundo dados da sala de situação, responsável por monito-rar o agendamento, o tempo médio de espera dos caminhões em pátios autorizados é de oito a nove horas. “Para se ter uma ideia da evolução do processo, em 2013 o tempo médio de espera era de dois a três dias”, explicou o ministro. Os bons resultados iniciais do sistema de agendamento deixaram o ministro Edinho Araújo otimis-ta em relação ao pico da safra, que ocorre a partir do mês de abril. “Estamos sem filas, nem incidentes, e isso deve-se à colaboração de todos os atores envolvidos na operação”, destacou. •

Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Antaq iniciará pesquisa de satisfação

dos usuários dos portos organizados

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) iniciará sua primeira pesquisa para aferir o grau de satisfação dos usuários dos principais

portos organizados. O levantamento é de abrangência nacional e foi elaborado com rígidos critérios estatísticos. A pesquisa tem como objetivo conhecer a percepção das empresas sobre os serviços que lhes são prestados nos portos.

Neste primeiro ano, serão realizadas mais de cinco mil entrevistas com as empresas exportadoras e impor-tadoras, armadores e agentes marítimos selecionados aleatoriamente. Os entrevistados responderão a ques-tões relacionadas ao acesso portuário, disponibilidade de equipamentos, burocracia, tarifas portuárias, entre outros.

ObjetivoOs resultados da pesquisa permitirão a construção

de diversos indicadores que nortearão a prática regula-tória e a adequação dos serviços prestados, em especial no que se refere ao cumprimento dos compromissos e padrões com o serviço adequado.

As empresas que foram selecionadas pela amostra já estão sendo contatadas para o agendamento da en-trevista. A diretoria da Antaq ressalta que as empresas devem atender a esse chamamento, indicando um repre-sentante com conhecimento dos serviços portuários para responder ao questionário.

Essa pesquisa será reproduzida em 2016 e 2017, objetivando o acompanhamento sistemático da visão dos usuários sobre o mercado regulado pela Agência.

“A opinião daqueles que efetivamente se utilizam das instalações portuárias é indispensável para a melho-ria contínua dos nossos serviços e de todo o setor portuá-rio”, ressaltou o diretor-geral da Agência, Mário Povia. •

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A Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes oficializou sua adesão ao Programa Nacional de Pre-venção de Acidentes de Trabalho, criado pelo Tribunal

Superior do Trabalho e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho com o objetivo de fazer parcerias com diversas insti-tuições públicas e privadas visando à execução de projetos e ações voltados à prevenção de acidentes de trabalho. A Por-tonave é o primeiro Terminal Portuário de Santa Catarina a aderir ao Programa.

Para o desembargador do Tribunal Regional do Traba-lho da 12ª Região, Amarildo Carlos de Lima, responsável pela implantação do Programa em Santa Catarina, o principal obje-tivo do Programa é contribuir para a diminuição do número de acidentes de trabalho. “Uma vida que consigamos preservar já terá valido a pena”, justifica o magistrado. “São registrados cerca de 700 mil acidentes de trabalho por ano no Brasil. Te-mos que investir em prevenção”, completou Dr. Amarildo.

O Programa, de abrangência nacional, está sendo im-

plantado no Estado há seis meses. Para Leandro Fisher, juiz da 2ª Vara do Trabalho de Itajaí, a participação de empresas da área portuária é fundamental, uma vez que os acidentes que podem ocorrer geralmente são graves. “Este Programa estabelece um trabalho de comunicação entre as empresas e estimula melhorias na segurança”, comenta. De acordo com o magistrado, a Portonave foi o primeiro terminal catarinense a aderir ao Programa.

As empresas que aderem ao Programa se comprome-tem a adotar e divulgar boas práticas de trabalho, buscando contribuir diretamente para a redução de acidentes de traba-lho e desenvolvimento de uma cultura de prevenção de aci-dentes e valorização da saúde e da vida dos trabalhadores. “Trabalhamos forte na prevenção. Para nós, é importante este contato, fazer parte de programas como este, que visam me-lhorar as nossas atividades de prevenção”, comenta Osmari de Castilho Ribas, diretor-superintendente administrativo da Portonave. •

Portonave adere ao Programa Trabalho SeguroTerminal portuário é o primeiro de Santa Catarina a aderir

ao programa que previne os acidentes de trabalho

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Divu

lgaç

ão O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, foi eleito pre-sidente da Associação Brasileira das Entidades

Portuárias e Hidroviárias (Abeph) pelo biênio 2014-15, tendo como vice Mário Jorge Cavalcanti, presidente da Cia Docas do Ceará. A instituição é uma sociedade ci-vil, sem fins lucrativos, com sede na cidade do Rio de Janeiro, fundada em 1958. Ayres substitui José Munis Rebouças, presidente da Cia Docas da Bahia.

“É com grande satisfação que assumo a presidên-cia dessa importante instituição e espero dar continui-dade ao trabalho desenvolvido pelo presidente anterior, congregando e buscando cada vez mais o melhor para nossos portos associados”, diz Ayres. A Associação agrega 13 portos brasileiros e tem a função de defen-der e coordenar os interesses de seus associados, bem como o intercâmbio de informações sobre assuntos de natureza portuária.

As ações da instituição englobam estudos e pes-quisas sobre aspectos técnicos, econômicos e jurídicos que possam concorrer para o aprimoramento dos méto-dos de construção, de operação, de administração das instalações e serviços portuários, bem como a solução de questões portuárias brasileiras através do estudo e o debate em congressos ou reuniões específicas. •

Antônio Ayres é eleito presidente da Abeph

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O Tecon Rio Grande, em parceria com a Gomes Mar-ques e com a Serra Morena, iniciou um projeto para exportação de farelo de soja em contêineres. Os pro-

dutos, cerca de 2.000 toneladas divididas em 100 contêine-res, estão sendo enviados para a Alemanha em embarques semanais. Além do farelo de soja, o acordo pode ser estendi-do para atender mais cargas do setor agrícola, como milho, trigo, soja, entre outras.

A Gomes e Marques Comércio de Cereais e Exportação é a empresa responsável pelo recebimento, armazenagem, estufagem e transporte dos grãos. O processo para liberação do contêiner dura, em média, 15 minutos. A empresa conta com infraestrutura para entregar de 20 a 30 contêineres do produto por dia. Com isso, o processo, que é todo automa-tizado, ganha em produtividade e qualidade – visto que os grãos vão direto para o contêiner.

Após estufado, o contêiner é levado até o Tecon Rio Grande, que realiza a movimentação e embarque da carga. Já a Serra Morena, empresa localizada em Porto Alegre, é a responsável pela comercialização com os clientes finais na Europa.

Para o diretor comercial do Tecon Rio Grande, Thier-ry Rios, a parceria demonstra a capacidade do terminal em atender diferentes setores da economia gaúcha. “Iniciamos o trabalho com a Gomes e Marques em 2014 para movi-mentação de soja. Neste mês enviaremos os primeiros con-têineres com farelo para a Europa. Essas soluções logísticas

que estamos propondo reforçam a nossa constante busca de alternativas acessíveis para nossos clientes e para a econo-mia do Estado”, comenta.

Entre as vantagens da estufagem de grãos e exporta-ção por contêiner, está o acesso a mercados que trabalham com volumes menores das commodities; redução de custo com despesas extras; facilidade na distribuição, além do me-lhor aproveitamento dos grãos - que não sofrem alterações por condições climáticas.

Dragagem de manutençãoA Secretaria Especial de Portos (SEP) anunciou em reu-

nião com o superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, o resultado do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que foi realizado de forma eletrônica pela SEP, autori-zando um investimento aproximado de R$ 370 milhões em dragagem para o Porto do Rio Grande.

As ações visam à contratação da elaboração dos pro-jetos básico e executivo e execução das obras de dragagem por resultado para readequação da geometria do canal de acesso aquaviário e dos berços do complexo portuário do Rio Grande.

Segundo a direção do terminal, a dragagem de manu-tenção é essencial para garantir a operacionalidade do Porto do Rio Grande tornando o Estado competitivo na atração de carga e de navios de grande porte. No entanto, ainda não há previsão para a liberação do começo das obras.•

Tecon Rio Grande inicia exportação de farelo de soja para Europa

Terminal de contêineres gaúcho, em parceria com a Gomes e Marques e Serra Morena, viabilizará o embarque de cerca de 2.000 toneladas para a Alemanha

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A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vai investir R$ 394 milhões em novas obras de dragagem de aprofundamento no Porto de Paranaguá.

O investimento inclui na elaboração de projetos básico e exe-cutivo, sinalização e balizamento.

O secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Fi-lho, disse que a obra integra um conjunto de melhorias feitas nos portos paranaenses e voltadas para a segurança nas ope-rações portuárias, redução de custos e agilidade nas expor-tações e importações. “Estes investimentos farão com que o Porto de Paranaguá passe a integrar definitivamente o cenário dos grandes portos do mundo”, declarou o secretário.

Com a nova dragagem o canal de acesso ao Porto de Paranaguá, chamado canal da Galheta, passará a ter 16 me-tros de profundidade. Hoje, o canal tem 15 metros.

A Bacia de Evolução do canal – área utilizada pelos na-vios para manobra e atracação – ganhará mais dois metros de profundidade com a nova dragagem, passando de 12 para 14 metros.

Já as áreas intermediárias, localizadas entre o canal da Galheta e a Bacia de Evolução, passarão a ter 15 metros de profundidade. Como exemplo de áreas intermediárias estão o canal situado entre Pontal do Sul e a Ilha do Mel, bem como o canal localizado entre a Ilha das Cobras e Ilha da Cotinga.

O diretor presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, explica que as obras de aprofundamento do canal de acesso

(intermediário), da bacia de evolução e do berço público do complexo fazem parte de um programa de dragagem esta-belecido pela APPA e demonstram que o Porto de Paranaguá está atento à evolução das embarcações.

“A dragagem permitirá que navios graneleiros de gran-de porte frequentem o Porto, assim como navios porta-contê-ineres de alta capacidade, o que contribuirá para a redução dos fretes e, consequentemente, maior competitividade dos grãos exportados”, declarou Dividino.

O diretor-presidente da Appa conta que, nos próximos meses, o Porto de Paranaguá receberá o maior navio porta-contêiner que já atracou no Brasil, com 368 metros. “O tráfe-go marítimo internacional quadruplicou nas últimas duas dé-cadas, e os navios de carga comerciais ficaram ainda maiores para atender a demanda”, menciona Dividino.

Licitação A Secretaria Especial de Portos – responsável pela

licitação da dragagem de aprofundamento, em Paranaguá – realizou a sessão de abertura do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), SEP/PR número 02/2014.

A empresa DTA Engenharia foi a vencedora da licita-ção, como lance de R$394.291.082,29. O próximo passo do processo licitatório é a fase de habilitação. A empresa terá um prazo de seis meses para fazer o projeto básico e executivo e 11 meses para executar a obra. •

Porto de Paranaguá vai investir R$ 394 milhões em novas obras de dragagem

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