Revista Promover 11_01

Universidade Tuiuti do Paraná | Promover 1

Revista da Universidade Tuiuti do Paraná

PROMOVER

E MAIS:PAPO DE ESPECIALISTA

Socorro aos endividados

UTP ComVidaAs armadilhas da vida universitária

CLICK ANIMAL: Professor desenvolve equipamento que capta imagens em infravermelho

ENGEMAKERSVELOZES E ESTUDIOSOS

| DEZEMBRO • 2010 |

2 Promover | Universidade Tuiuti do Paraná

ANÚN

CIO


SONHE

A Revista Promover faz um convite aos leitores: sonhe!

Uma instituição de ensino superior é uma caixa de

sonhos. Uns sonham em colaborar para um mundo

melhor para todos, outros em melhorar seu próprio mundo. Há

ainda os que sonham com as duas coisas. Independente dos

objetivos: o importante é sonhar, desejar, fazer acontecer.

Você vai conhecer o sonho distante de um menino que

desejava muito participar das emocionantes corridas auto-

mobilísticas que assistia nas manhãs de domingo, pela TV. O

menino cresceu e hoje é integrante da EngMakers, equipe de

automobilismo formada por professores e alunos do curso de

Engenharia Mecânica da UTP.

Preservar jovens universitários e estimular a reflexão crítica

sobre o comportamento do consumo de álcool, tabaco e outras

drogas é o sonho de um grupo formado por professores e alu-

nos de Psicologia da UTP. O Programa UTP ComVida, outro

destaque desta edição, chama a atenção para um problema

mundial: jovens que entram na universidade e não sabem lidar

com a liberdade e com os novos papéis sociais e acabam caindo

numa armadilha.

Esta edição também revive o sonho de um jovem jogador de

vôlei, que como treinador transformou-se no maior campeão da

história do voleibol. A trajetória de Bernardinho inspira a vida

de crianças e jovens que participam do Núcleo Tuiuti Curiti-

ba/PR do Programa Esporte Cidadão Unilever, que já atendeu

duas mil crianças como alunos regulares e é resultado da pri-

meira parceria entre uma universidade e o Instituto Compar-

tilhar. Um projeto especial que ajuda crianças e adolescentes

a lidar melhor com suas necessidades, desejos, expectativas e

sonhos.

Também apresentamos a coluna “Só podia ser na Tuiuti”,

um resumo de vários sonhos realizados dentro da Universidade

Tuiuti do Paraná. Uma forma que encontramos de compartilhar e

aplaudir os sonhos de nossos alunos, professores e funcionários.

Boa leitura!

Liliana Sobieray

| editorial |

PROMOVEREXPEDIENTE

Reitor LUIZ GUILHERME RANGEL SANTOS

Pró-Reitor Administrativo CARLOS EDUARDO RANGEL SANTOS

Pró-Reitor de Planejamento e Avaliação AFONSO CELSO RANGEL SANTOS

Pró-Reitora Acadêmica CARMEN LUIZA DA SILVA

Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão ROBERVAL ELOY PEREIRA

Pró-Reitora de Promoção Humana ANA MARGARIDA DE LEÃO TABORDA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADASCampus Professor Sydnei Lima Santos (Barigui)Diretor MARCO AURÉLIO DE FRANÇA

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTESCampus Professor Sydnei Lima Santos (Barigui)Diretora SIDINALVA MARIA DOS SANTOS WAWZYNIAK

FACULDADE CIÊNCIAS AERONÁUTICASCampus BacacheriDiretor MARCO ANTONIO COUTO DO NASCIMENTO

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICASCampus MossunguêCoordenador PHILLIP GIL FRANÇA

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDECampus Professor Sydnei Lima Santos (Barigui)Diretor JOÃO HENRIQUE FARYNIUK

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICASCampus Professor Sydnei Lima Santos (Barigui)Diretor KLAUS DE GEUS

Produzido pelo DEPARTAMENTO DE MARKETING DA UTP • ASSESSORIA DE IMPRENSAGerente de Marketing AFRANIO CUSTODIO JUNIOR

Redação e Edição LILIANA SOBIERAY

Estagiária GISELE BUENO

Atendente EVANDRO VIEIRA FILHO Projeto Gráfico e Diagramação JULIANA CAVALHER e DOUGLAS MENIN

Fotos MAURÍCIO GRABOWSKI e arquivoRevisão SOLANGE MENDES OLIVEIRA e MARIA DE LOURDES MARTINS

Rua Sydnei Antônio Rangel Santos, 238 | Bloco C | Sala 505Fone: (41) 3331.7742 | Curitiba • Paraná • Brasile-mail [email protected]

6 artigoCidadania e engajamento popular para uma boa gestão pública

8 comunidadeAs armadilhas da vida universitária

12 leituraMentes Criativas Projetos Inovadores

15 mito ou realidade?Tomar líquido durante as refeições, engorda?

16 esporteEsporte Cidadão

18 papo de especialistaO preço de um sonho (de consumo)

22 capaVelozes e estudiosos

28 parceriaTRIP E UTP firmam parceria

30 só podia ser na tuiutiFique de olho pois só acontece na Tuiuti

36 stricto sensuProgramas stricto sensu da UTP recebem nota 4

32 estagiáriosCAP: Ensino e extensão

38 arte & culturaDesign no campus

41 pesquisaClick animal

SUMARIO

22

18

8

28

38


O cidadão, mais do que nunca, deve assu-

mir seu dever de participação no Esta-

do em que vive. Afastar-se da postura

passiva não é mera virtude de poucos interessados,

mas, sim, dever de todos que usufruem as benes-

ses de uma sociedade organizada. O engajamento1

popular para contínua construção de um Estado

melhor deve fazer parte do cotidiano de todos os

seus partícipes, com a devida repartição de compe-

tências para o alcance dessa constitucional missão.

Logo, um povo que participa das decisões vetoriais

do seu Estado é um povo comprometido com o seu

próprio futuro, tornando o conjunto, assim, com-

promissado com cada elemento que o transforma

em sociedade inserida em um Estado Democrático

de Direito.

Promover o bem-estar do povo é a proposta

vital do Estado e dos seus governantes, e começa

com a satisfação de suas necessidades materiais2.

Mas não deve o povo esperar de braços cruzados a

salvação pelo Estado. Deve, sim, ter consciência de

que a máquina estatal é um instrumento que, como

outros, depende da boa habilidade de manejo. Sair

da situação passiva, com o fito de autoinvestimento

em bem-estar, é essencial para o amadurecimento

social com vistas ao desenvolvimento de um povo.

Deixar a posição de latência significa voltar os

olhos para si próprio, perceber seus defeitos e virtu-

des, e equalizá-las para que cada indivíduo encon-

tre sua possibilidade de contribuição à sociedade

de que faz parte.

Conforme as idéias de Confúcio3, quando o

povo reforma a si próprio e tem noção de vergo-

nha, a lei e, por conseguinte, a ameaça de punição,

nunca precisam ser evocadas. Continua, afirman-

do a orientação pela virtude, entretanto, esta não

pode ser efetiva, a menos que o governante dê um

exemplo moral para o seu povo. Segundo o mes-

tre chinês que viveu entre 551-479 a. C: “Governar é

corrigir. Se você der exemplo ao ser correto, quem

ousaria continuar sendo incorreto?”

Explica, adiante4, que existe uma perspectiva

negativa e outra positiva dessa ideia de governar é

dar exemplo. O ponto negativo é que se o próprio

governante falha em ser correto, mas insiste em pu-

nir seus administrados por serem incorretos, estará

se colocando acima da lei, e o povo terá consciên-

cia da injustiça. Por outro lado, o ponto positivo é

Cidadania e engajamento popular para uma boa gestão pública

POR PHILLIP GIL FRANcA

| artigo |

`


que o povo sempre olha para os seus melhores ho-

mens, e se aqueles em posição de autoridade dão

exemplo, isso será imitado mesmo se o povo não

receber ordens para assim o fazer. Afirma Confú-

cio: “se um homem é correto, então haverá obediên-

cia sem que ordens sejam dadas; mas se ele não é

correto, não haverá obediência, mesmo que ordens

sejam dadas”.

Observa-se nessas passagens como a ideia

da boa administração não é algo novo, ou é uma

grande luz advinda de sofisticadas elucubrações

administrativistas contemporâneas, mas, sim, é

uma básica lição proveniente do clássico das ideias

humanas, como representa Confúcio para huma-

nidade. Deve-se, então, olhar primeiro para o bem

consolidado tronco clássico das ideias e usá-lo para

o fim último de trazer o bem ao homem em sua vida

real, não apenas nas promessas sempre futuras,

como alguns pregam, sem compromisso de gestão

pública com necessária doação de si para o que é

de todos. Em outras palavras, os ocupantes de ônus

público precisam finalmente agir em prol dos cida-

dãos com os instrumentos disponíveis para estes e

com o estrito objetivo de melhorar a vida de cada

um deles. Faz-se necessária a vergonha do errado,

o orgulho do correto e a esperança e fé de que o

melhor sempre poderá ser superado.

1 V. GALLIGAN, Denis J. Due Process and Fair Procedures: a Study of Administrative Procedures. Oxford: Clarendon Press, 1996. p. 129 ss. 2 Conforme CONFÚCIO. Os Analectos. Trad. do inglês de Caroline Chang. Trad. do chinês de Dim Cheuk Lau. L&PM, Porto Alegre: 2009. p. 37.3 Introduzidas por D.C Lau na obra citada, pág. 39.4 Id.

“ os ocupantes de ônus público precisam finalmente agir em prol dos cidadãos com os

instrumentos disponíveis para estes e com o estrito objetivo de melhorar a vida de cada um deles ”

PHILLIP GIL FRANÇADoutorando e Mestre em Direito do Estado pela PUC/

RS; professor e coordenador de curso da Faculdade

de Direito-UTP; Professor da Escola da Magistratura

do Paraná e da Escola Superior da Advocacia-OAB/

PR; membro da comissão de Ensino Jurídico da OAB/

PR; membro do Instituto dos Advogados do Paraná; e

autor da obra: “O Controle da Administração Pública”,

2 Edição, RT, 2010. Contato: [email protected]. V.

GALLIGAN, Denis J. Due Process and Fair Procedures: a

Study of Administrative Procedures. Oxford: Clarendon

Press, 1996. p. 129 ss.

| artigo |


A queles que já deixaram os bancos das fa-

culdades lembram-se com carinho dos

bons tempos. Tempos de sonhar, de co-

nhecer gente diferente, de aprender e se divertir. O

que muitos esquecem facilmente é que este perío-

do também esconde algumas armadilhas que po-

dem levar os jovens a um caminho bem diferente

do idealizado.

Segundo a coordenadora do Programa UTP

ComVida e professora do curso de Psicologia, Flá-

via Rocha Campos Bahls, quando chegam à univer-

sidade, os jovens se deparam com mais liberdade

e novos papéis sociais. “A vida universitária não é

vivida somente dentro das salas de aula e das bi-

bliotecas, mas envolve festas, reuniões com os ami-

gos, ou seja, milhões de possibilidades de interação

com um mundo novo. E tem sido neste período da

vida que os jovens iniciam, ou aumentam, o consu-

mo de bebida alcoólica. O álcool acaba funcionan-

do como um lubrificante das relações, colocando o

universitário numa armadilha.”

A ideia do projeto, iniciativa da Pró-Reitoria de

Pós-Graduação Pesquisa e Extensão da Universida-

de Tuiuti do Paraná, surgiu de trabalhos realizados

na extinta disciplina “Álcool e outras drogas”, que

era ministrada por Flávia. “A disciplina deu origem

ao Projeto de Extensão que abre espaço para a re-

flexão e a conscientização do problema. Queremos

atingir toda a comunidade acadêmica (alunos, pro-

fessores, diretores, funcionários e seguranças, além

de pais de alunos).” Participam do projeto junto

com a professora, alunos do 5º ano de Psicologia

da UTP.

O projeto prevê palestras; atividades extras,

como blitz educativa, na qual é oferecida a medi-

ção da porcentagem de álcool no sangue ao aluno

que porventura tenha bebido, e também é entregue

um folder explicando as consequências diretas no

comportamento desse indivíduo; a proposta de

criação do “Dia sem álcool” e a oferta de tratamen-

to na Clínica de Psicologia da UTP. “Nosso traba-

lho tem o objetivo principal de preservar os jovens

nesta fase da vida. Queremos estimular a reflexão

crítica sobre o comportamento do consumo de ál-

cool, tabaco e outras drogas na comunidade UTP;

dialogar e educar para o consumo de álcool com

o mínimo de risco possível e capacitar futuros pro-

fissionais de saúde e outras áreas para o manejo

mínimo de questões relativas ao uso de álcool. A

prevenção e o enfrentamento do problema exigem

esforço e iniciativa de várias partes da sociedade.”

SOCIALMENTE

O aluno de Administração M.P.F., de 23 anos,

conta que bebe ‘socialmente’ quatro vezes por

semana: “não fico bêbado, nem alegre, só bebo para

“Nosso trabalho tem o objetivo principal de preservar os jovens nesta fase da vida. Queremos estimular a reflexão crítica sobre o comportamento do consumo de álcool, tabaco e outras drogas na comunidade UTP.”

| comunidade |

AS ARMADILHAS DA

VIDA UNIVERSITARIA


ÁLCOOL X DIREÇÃO

Conduzir sob efeito de bebida alcoólica, conforme a legislação em vigor, é um ato criminoso. Apesar disso, mais de 50% dos acidentes de trânsito, no Brasil, envolvem alguém alcoolizado.

Os dois maiores perigos do álcool são:

• A maioria das pessoas alcoolizadas acredita que está bem, com reflexos e reações normais. Isso ocorre devido à falsa sensação inicial de leveza e bem-estar que o álcool proporciona.

• O álcool induz as pessoas a fazerem coisas que normalmente não fariam, seja por excesso de confiança, ou pela perda da noção de perigo e respeito à vida.

| comunidade |


Você Sabia....• Que os estudantes universitários são um grande

negócio para a indústria de bebida?

• Que a indústria de bebida sabe que se conquistar

um cliente nesta fase da vida ganhará fidelidade

pelos próximos 30 anos?

• Que os estudantes universitários bebem mais

do que qualquer outro grupo da sociedade, mais

ainda do que as pessoas da mesma idade que não

frequentam a faculdade?

• Que o estudante universitário médio gasta mais

com bebida do que com livros?

Se optar por beber álcool minimize os riscos:• Experimente beber menos ou recusar bebidas;

• Antes de uma ocasião social estabeleça um limite

para sua ingestão;

• Controle o quanto você bebe. Dê um tempo entre

uma bebida e a próxima;

• Alterne bebidas alcoólicas com bebidas sem

álcool;

• Beba qualidade em vez de quantidade;

• Evite “campeonatos” de bebidas;

• Coma antes de beber;

• Beba lentamente;

• E lembre-se: é mais fácil e mais barato voltar de

táxi do que ter o carro destruído, pessoas feridas e

problemas com a justiça.

| comunidade |

me distrair com os amigos”. Segundo ele, depois da

faculdade e na balada são os momentos que mais

consome bebida alcoólica: “mas só depois da aula,

nunca fui para a sala depois de beber”. Em casa, os

pais só cobram para que ele não dirija alcoolizado.

O universitário conta que começou a beber aos 16

anos e não pensa em parar tão cedo. “Não vou parar,

mas também não quero me tornar um alcoólatra.”

PESQUISAOs números da pesquisa “Distribuição do con-

sumo de álcool e problemas em subgrupos da po-

pulação brasileira”, de autoria do psiquiatra Raul

Caetano, em conjunto com os psiquiatras Ronaldo

Laranjeira e Marcos Zaleski e com a psicóloga Ila-

na Pinsky, são alarmantes. Os especialistas analisa-

ram a prática de beber em grupos populacionais

brasileiros. Os resultados indicam que jovens entre

18 e 29 anos, faixa etária dos universitários, são res-

ponsáveis por 40% do consumo total de bebedores.

Segundo o IBGE, o grupo representa 22% (1/5) da

população brasileira. Já a população de 30 a 39 e

a de 40 a 49 anos bebe cada uma 20% do total con-

sumido no Brasil. Foram entrevistadas cerca de três

mil pessoas em todo o território nacional.

LOCAIS ONDE PROCURAR AJUDA:

Clínica de Psicologia TuiutiRua Sydnei Antônio Rangel Santos, 238Santo InácioFone: (41) 3331-7846

AA e NA - Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos Rua 24 de Maio, 95 | salas 13 e 21Centro (anexo à Igreja Bom Jesus)Fone: (41) 3323-9100


ANÚNCIO


O livro “Mentes Criativas Projetos Inova-

dores”, do diretor da Faculdade de Ci-

ências Exatas e de Tecnologia, Klaus

de Geus, sugere mudanças no ambiente empresa-

rial brasileiro, baseadas na criatividade e em con-

traposição à mentalidade industrial ainda vigente

no mecanismo de gestão empresarial nacional. O

trabalho investiga a natureza de empreendimentos

de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e de inova-

ção, procurando deixar claro que atravessar o des-

conhecido é um trabalho que exige uma nova men-

talidade na indústria e uma nova ordem no que diz

respeito à criatividade. O livro foi lançado durante

a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

O professor procura demonstrar por que a difi-

culdade de integração entre a academia e a indús-

tria continua resistindo. “A intenção é demonstrar

que o modelo de gestão empresarial, baseado nos

preceitos da revolução industrial, não é adequado a

atividades de inovação e de P&D, uma vez que esse

tipo de trabalho se assemelha ao trabalho artístico

e de experimentação.” O autor realizou inúmeras

atividades em pesquisa e desenvolvimento e ini-

ciativas voltadas à inovação, trazendo consigo, em

sua trajetória, os aspectos aparentemente antagôni-

cos do trabalho empresarial e do trabalho artístico.

“Não há lugar para pessoas criativas em empresas

geridas de acordo com a postura industrial. Parece

que no Brasil a lógica é inversa: os menos capacita-

dos governam os mais capacitados.”

| leitura |

MENTES CRIATIVAS

PROJETOS INOVADORES


O estudo que deu origem ao livro foi desen-

volvido com base na experiência empresarial e

acadêmica que o professor obteve ao longo de sua

carreira. “Procurei, primeiramente, desmistificar a

personalidade das pessoas criativas, na tentativa de

inserir a criatividade no contexto empresarial, que

até agora tem sido regido pela mentalidade opera-

cional e pelo pensamento que prioriza a organiza-

ção estrutural como forma de alcançar diferencial

competitivo.”

Ainda segundo Klaus, o livro pode atrair o in-

teresse de profissionais que atuam nos setores em-

presarial, acadêmico e artístico. “O livro é uma mes-

cla entre conceitos e estudos retirados da literatura

científica, experiências práticas, ensaios e crônicas.

Cada capítulo é concluído com uma crônica que

relata experiências ou conceitos pertinentes ao

trabalho criativo. Trata-se, acima de tudo, de uma

crítica ao mecanismo de gestão atualmente usado

pelos gestores empresariais no país.” O autor expe-

rimenta, instiga, estimula o processo de reflexão e

questiona os procedimentos cristalizados de gerir

ou agir.

O autor ainda faz um paralelo com as artes. Se-

gundo ele, a questão não é fazer alguém técnico

gostar de artes. A questão é estratégica e consiste

em unir o mundo técnico ao mundo artístico e fazer

com que se mesclem. “As pessoas certamente irão

começar a olhar as coisas com outros olhos. Quan-

to mais a sociedade evoluir e o trabalho se tornar

mais mental, mais criativo e menos processual,

com menos linha de produção, mais o trabalho se

parecerá com a arte. No futuro, aqueles que soube-

rem mesclar trabalho e arte, ou seja, trabalhar como

um artista, serão aqueles que alcançarão sucesso.

O exercício das artes, sejam artes plásticas, música,

teatro ou qualquer outro tipo, tem o poder de abrir

a mente do indivíduo para a criatividade, para a ex-

perimentação e, enfim, num último estágio, para a

inovação.”

ONDE COMPRAR:• Buscapé: www.buscape.com.br

• Livraria Cultura: www.livrariacultura.com.br

• Musa Editora: http://loja.musaeditora.com.br/

“ No futuro, aqueles

que souberem mesclar trabalho e arte, ou seja, trabalhar como um artista, serão aqueles que alcançarão sucesso. ”

“ Não há lugar para

pessoas criativas em empresas geridas de acordo com a postura industrial. Parece que no Brasil a lógica é inversa: os menos capacitados governam os mais capacitados. ”

| leitura |


ANÚN

CIO


C onsumir líquidos durante as refeições pode ser um problema, mas tudo de-pende da quantidade e do tipo de líqui-

do. Os refrigerantes convencionais, por exemplo, além de pouco nutritivos, são calóricos. Já os do tipo light são pouco calóricos, ou sem nenhuma caloria, mas têm baixíssimo valor nutricional. Por outro lado, os sucos de fruta são muito saudáveis, mas podem ser calóricos, como o suco de laranja natural sem adição de água.

Sendo assim, dizer que um copo de água junto com a refeição, engorda: É MITO!

Dica da professora: o melhor mesmo é con-sumir uma fruta rica em água, como melancia ou

laranja, após a refeição ou consumir apenas um copo de água, que pode ser antes, durante ou logo após a refeição.

Em algumas situações, um copo de água antes ou durante as refeições pode ajudar no emagreci-mento, já que desta forma é possível diminuir o consumo de alimentos.

* Adriana Pallone Berger é nutricionista, mestre em Ciências Nutricionais pela UNESP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara - SP e professora adjunta do curso de Nutrição da Universidade Tuiuti do Paraná.

TOMAR LÍQUIDO DURANTE AS REFEIÇÕES, ENGORDA? Quem responde é a professora adjunta do curso de Nutrição da Universidade Tuiuti do Paraná Adriana Pallone Berger*

| mito ou realidade? |

Se você tem alguma dúvida, daquelas do tempo da vovó, escreva pra gente. Iremos atrás da resposta.Contato: [email protected]


A prática esportiva ajuda crianças e ado-

lescentes a lidar melhor com suas ne-

cessidades, desejos e expectativas. Isso

faz com que desenvolvam competências técnicas,

sociais e comunicativas, essenciais para o desen-

volvimento individual e social do ser humano. Esta

é a missão do Núcleo Tuiuti do Programa Esporte

Cidadão Unilever, que já atendeu duas mil crianças

como alunos regulares e é resultado da primeira

parceria entre uma universidade e o Instituto Com-

partilhar, ONG que administra o Programa Esporte

Cidadão Unilever, antigo Centro Rexona AdeS de

Voleibol.

O Núcleo da Universidade Tuiuti do Paraná,

criado em 2005, situado no campus Schaffer, traba-

lha com professores formados em Educação Física

e estagiários do curso da Tuiuti. Em 2009, foi ava-

liado como o que apresentou melhor desempenho

de todos os núcleos do Programa.

A parceira funciona da seguinte maneira: a ins-

tituição cede o espaço físico e o Instituto Compar-

tilhar entra com o material utilizado nas aulas de

voleibol e outras despesas. Segundo o coordenador

do Núcleo Tuiuti, Everson Pereira, este trabalho

conjunto é muito importante, principalmente pela

viabilidade em desenvolver projetos que podem

trazer benefícios para a formação das crianças.

“Nós trabalhamos com a formação deles enquanto

cidadãos. O Programa trabalha com valores como

cooperação, respeito, responsabilidade e autono-

mia, para que eles façam escolhas positivas para

suas vidas.”

Segundo Pereira, a participação em um espor-

te coletivo é frequentemente encarada como uma

| esporte |


ótima alternativa para o desenvolvimento das

crianças. É o caso de Leoni da Silva Cordeiro, que

acompanha as duas netas nos treinos há três meses

e conta que já percebeu algumas mudanças duran-

te este período. “Antes elas chegavam da escola, fa-

ziam as tarefas e iam dormir. Agora, elas estão com

mais ânimo para tudo. Até mesmo o desempenho

escolar melhorou.” A avó fala com alegria do pro-

jeto, que proporcionou às netas uma mudança no

estilo de vida: “Elas se sentem valorizadas partici-

pando do grupo. Vestem o uniforme do treino com

orgulho”, diz Leoni.

Ana Carolina Ornaghi, de 13 anos, participa das

atividades do Núcleo Tuiuti há dois anos e conta

que entrou no projeto por incentivo de uma amiga

e que depois das primeiras aulas não quis mais lar-

gar. “Aqui, os professores são bem compreensíveis

e sempre nos ajudam. Ao participar das aulas, me

sinto mais disposta para tudo”, diz a atleta.

HISTÓRIA O Instituto Compartilhar foi fundado em março de

2003 pelo seu diretor-presidente Bernardo Rocha

FIQUE LIGADO

As aulas acontecem das 8h às 11h e das 14h às

17h, às terças e quintas-feiras, com três turmas

simultaneamente. O Núcleo atende crianças de 9 a

15 anos. Mais informações, ligar para 3235-5278.

de Rezende - o técnico Bernardinho - que buscava

uma maneira de retribuir o sucesso que o esporte

lhe proporcionou. Na visão de Bernardinho, o es-

porte apresenta exemplos positivos para a socie-

dade, e é cada dia mais percebido como elemento

importante no processo educacional e de inclusão

social pela sua capacidade de motivar e inspirar po-

sitivamente. Com sede administrativa em Curitiba,

além de coordenar o Programa Esporte Cidadão

Unilever no Paraná, o Compartilhar desenvolveu

um Programa Socioesportivo com outros três pro-

jetos que atendem cerca de 5.800 crianças e adoles-

centes por todo país.

“ Nós trabalhamos com a formação deles enquanto cidadãos. O Programa trabalha com valores como cooperação, respeito, responsabilidade e autonomia, para que eles façam escolhas positivas para suas vidas. ”

| exporte |


| papo de especialista |



Q uerer um carro novo, uma casa nova,

ter móveis e eletrodomésticos de pri-

meira linha, viajar e fazer tudo o que

o dinheiro pode comprar, são sonhos de consumo.

Porém, o que as pessoas precisam ter em mente é

que a vida não funciona no ritmo do “eu quero”,

mas, sim, do “eu posso”. Esta falta de controle no or-

çamento é o primeiro passo para o endividamento.

Segundo a coordenadora dos cursos de Rela-

ções Internacionais e Economia da UTP, Vanessa

Angely Tagliari, teoricamente, quando uma pes-

soa tem parcelas que ultrapassam 1/3 da renda,

ou quando o montante da dívida é superior a dois

anos do total de seus rendimentos, ela pode se

considerar endividada. “O modo mais simples de

O preco de um sonho

(de consumo)

detectar a situação no início é quando os recursos

disponíveis são insuficientes para o pagamento em

dia dos compromissos”, explica. Mas por que é tão

difícil gastar menos que se ganha? Por que é tão

difícil resistir às tentações de uma roupa ou de um

sapato novo, mesmo quando se está com o armário

cheio deles?

Na grande maioria dos casos, a ansiedade é a

grande vilã. Mas segundo a professora, a neces-

sidade (doença, trabalho, acidentes, imprevistos)

também pode levar uma pessoa ao descontrole de

suas finanças. “É preciso atenção com o uso do car-

tão de crédito, cheque pré-datado, carnês e finan-

ciamentos, pois estas facilidades passam a ideia

de que o bem adquirido em pequenas parcelas é

Fazer dívida é fácil, mas pagar pode virar um pesadelo! Se você está com dificuldade para administrar seu dinheiro e não sabe como identificar se está ou não endividado, preste atenção nas dicas da coordenadora dos cursos de Relações Internacionais e Economia da Universidade Tuiuti do Paraná, a economista Vanessa Angely Tagliari.



uma oportunidade. Muitas vezes não precisamos

do produto naquele momento, mas a facilidade de

pagamento aumenta a ansiedade e também o con-

sumo. Na maioria das vezes, as pessoas perdem o

controle e o acúmulo de muitas parcelas acaba sen-

do inevitável, levando ao endividamento.”

A aluna de Jornalismo C.L., de 29 anos, adora

comprar e não quer mudar. Segundo ela, 99% do

seu salário são destinados a gastos com roupas,

sapatos, bolsas e salões de beleza. “Eu só separo

a mensalidade da faculdade. Muitas vezes pago a

mensalidade antes do prazo para ficar mais tran-

quila e poder gastar o resto. Ela conta que tem uma

tática para momentos em que está sem dinheiro e

quer muito uma coisa. “Aconteceu na semana pas-

sada, eu queria muito uma calça ‘maravilhosa’ com

estampa de onça, e não sosseguei até sair da loja

com ela. Faço empréstimo, cobro dívidas e deixo de

sair e até mesmo de comer, mas sempre consigo o

que eu quero.” Remorso em comprar ela afirma não

ter, “apenas quando não consigo o que eu quero.”

SAÚDE FINANCEIRAA primeira medida a ser tomada por uma pessoa

em dificuldades financeiras é colocar todas as re-

ceitas e despesas no papel. “Para tentar manter a

saúde financeira é importante começar com pe-

quenas atitudes. Comprar somente o estritamente

necessário, mesmo que apareça uma oportunidade

única com parcela irresistível, pode ser um bom co-

meço para a mudança de atitude.” Segundo a espe-

cialista, é importante ter sempre em mente que as

‘boas oportunidades’ aparecem a todo momento.

“Procurar cortar itens que não são prioritários

por determinado tempo; renegociar o pagamento

do cartão de crédito e o limite do banco para tentar

taxas menores são outras medidas essenciais para

quem está tentando equilibrar as finanças. Nessas

horas, a família pode ser uma grande aliada, por

isso, uma conversa franca é sempre bem vinda, afi-

nal, “todos devem estar envolvidos e cientes de que

o esforço nesse momento levará a um futuro mais

tranquilo”. Segundo a professora, os cinco passos

principais para sair de uma crise são: dimensionar

o tamanho da crise; planejar os meses seguintes;

listar as prioridades; cortar gastos extras e renego-

ciar as dívidas.


“ Para tentar manter a saúde financeira é importante

começar com pequenas atitudes. Comprar somente o estritamente necessário, mesmo que apareça uma

oportunidade única com parcela irresistível, pode ser um bom começo para a mudança de atitude. ”


Fonte de consulta: www.sosconsumidor.com.br


PESQUISAUma pesquisa publicada no Jornal Gazeta do Povo

mostrou que o brasileiro ainda não adquiriu o há-

bito de poupar. Segundo o levantamento, 61% dos

moradores de Curitiba não economizam nada do

salário. Desse total, 89% terão que recorrer a fami-

liares e fazer bicos se perderem o emprego e fica-

rem sem rendimento algum.

O coordenador do curso de Psicologia, Raphael Di Lascio, deu algumas dicas de como tentar solucionar problemas com o impulso pela compra. Segundo o especialista, a compra está ligada à satisfação, ao prazer e ao poder, “por isso, algumas pessoas dizem que quando não estão se sentindo bem, fazem compras e isso as distrai e as ajuda a superar problemas, pois mexe com a autoestima”.

DICAS:Pergunte sempre a você mesmo antes de comprar:1. Por que estou comprando?2. Preciso realmente disso?3. Tenho condições financeiras de comprar agora?4. Estou comprando porque preciso ou simples-mente porque quero comprar?

• Quando for comprar algo, pense e pese (planeje) sempre qual é a utilidade do produto e do serviço para você.

• Pese seu orçamento para não se endividar e pesquise sempre produtos e preços. Pechinche.

• Você pode e consegue sempre que quiser controlar sua vontade, quando não conseguir, como precaução, consulte um especialista (Psicólogo ou Médico Psiquiatra), pois pode ser compulsão patológica, que precisa de tratamento e ajuda.

“ Procurar cortar itens

que não são prioritários por determinado tempo; renegociar o pagamento do cartão de crédito e o limite do banco para tentar taxas menores são outras medidas essenciais para quem está tentando equilibrar as finanças. Nessas horas, a família pode ser uma grande aliada, por isso, uma conversa franca é sempre bem vinda, afinal, “todos devem estar envolvidos e cientes de que o esforço nesse momento levará a um futuro mais tranquilo ”


VELOZES E ESTUDIOSOS

Q uando criança, Osmar parava em

frente à TV e não saia de lá enquanto

não visse a bandeirada final das emo-

cionantes corridas automobilísticas de domingo. O

sonho distante do menino, de estar do outro lado

da telinha, contribuindo para que aquele espetácu-

lo acontecesse, virou realidade. Hoje, aos 28 anos,

Osmar Olavo Kober Filho é um dos seis integran-

tes da EngMakers, equipe formada por professores

e alunos do curso de Engenharia Mecânica da Uni-

versidade Tuiuti do Paraná.

A EQUIPE

Fundada em 2005 pelo engenheiro de competição

e coordenador do curso de Engenharia Mecânica

da UTP, Rodolfo Enrique Perdomo, o “Lolo”, a Eng-

Makers iniciou suas atividades profissionais como

participante do campeonato brasileiro de Fórmula

Renault, durante a temporada de 2006. Osmar foi o

primeiro aluno a integrar o grupo e conta que tra-

balhar com o que sonhou é muito diferente do que

sempre assistiu pela TV. “É muito interessante ter

uma equipe de corrida dentro da universidade, mas

é preciso dedicação.” Segundo ele, isso significa

trabalhar finais de semana, feriados e abrir mão das

saídas com os amigos. “É uma coisa que eu sempre

quis e hoje que tenho essa possibilidade me entre-

go totalmente.” Osmar lembra que podem fazer

parte da equipe alunos matriculados em diversos

cursos da UTP.

O diferencial da EngMakers é o exercício diário

e a experiência profissional. “A preparação de um

carro de corrida é como um jogo de adivinhação.

Sempre que montamos um componente, temos

que pensar no resultado daquela ação. E é por isso

que primamos pelo conhecimento”, explica Osmar.

Já o coordenador enfatiza que muitas equipes pro-

fissionais gostariam de contar com uma estrutura e

um ambiente de trabalho similares aos que a Eng-

Makers tem hoje, “uma equipe unida que se dedica

para conquistar bons resultados”.

| capa |

Universidade Tuiuti do Paraná | Promover 23Universidade Tuiuti do Paraná | Promover 23

| capa |


intermédio do empresário Augusto Negrão e seu

sócio Ricardo Tedeschi. Ambos formaram uma

equipe para participar da categoria e escolheram

a EngMakers para compor a administração técni-

ca”, explica Lolo. A equipe é responsável pela apre-

sentação dos carros representados pelos pilotos

Cesare Marrucci e Thiago Camilo. Para Osmar,

participar do Línea significa uma experiência dife-

renciada, já que a equipe teve que estudar muito

o funcionamento dos componentes do carro para

chegar a algumas conclusões. “O legal é ver a cada

corrida a evolução do carro em função do nosso

trabalho.”

ORGULHO

Ser a única equipe de competição profissional no

Brasil composta por estudantes tem seu preço.

André Luiz Egêa conta que há certo preconceito e

também dúvida por parte das outras equipes com

relação à eficácia do trabalho do grupo. “Mas prova-

mos nas pistas que temos qualidade e competência

para realizar os serviços de competição como todas

as outras.” André, que está no 2o. período do cur-

so, tem orgulho de participar da EngMakers e ser o

COMPETIÇÕES

A EngMakers está conquistando cada vez mais es-

paço no cenário nacional, com participações rega-

das a muitas emoções e adrenalina. A equipe presta

serviços para várias categorias do automobilismo:

a GT3 ATW com automóveis Ferrari e Maserati e

também com pilotos no exterior, como é o caso do

piloto Caio Lara e Rick Rosin, na categoria de Star

Mazda, nos Estados Unidos. “A EngMakers tem

algumas participações interessantes no automobi-

lismo desportivo, como a vitória e segundo lugar

na Fórmula Renault e participações em diferentes

categorias em níveis nacional e internacional. Esta,

sem dúvida, é mais uma grande experiência para

o curso e para os estudantes que compõem a equi-

pe”, diz Lolo.

TROFEO LÍNEA

A categoria de turismo se apresenta como uma

nova opção no cenário das competições com o Fiat

Linea e faz parte do Racing Festival. Fazer parte da

categoria significa um grande avanço para a equi-

pe da UTP, já que este é o primeiro contrato com

verba fechada da EngMakers. “O convite veio por

| capa |


| capa |

responsável por uma das áreas mais complexas nas

pistas: cuidar dos pneus e temperaturas. “Em dois

meses de aula, eu já era um integrante da equipe.

Hoje eu vejo que trabalhar com isso é algo muito

complexo, mas quero continuar porque aqui eu te-

nho a oportunidade de estudar e ainda aperfeiçoar

meus conhecimentos junto à equipe”, afirma. Wag-

ner Marques Carneiro, que entrou junto com André

na equipe e sempre gostou da parte automobilís-

tica da Engenharia Mecânica, ressalta a qualidade

do curso: “aqui não fazemos nada no ‘achismo’. É

sempre na certeza.”

O coordenador enfatiza que a Engmakers é uma

equipe que se autoalimenta em função dos alunos

do curso, e que não há outro no Brasil que tenha


| capa |

esta vocação. “Os alunos do curso de Engenharia

Mecânica da UTP vivem a realidade do campo de

trabalho durante a graduação, com situações reais

de como será a vida de um engenheiro.” Lolo conta

que, atualmente, além das competições, a equipe

se dedica à conceituação de um veículo 4 X 4, pro-

duzido a partir de elementos de série encontrados

no mercado, dedicado às classes de menor poder

aquisitivo e a desenvolver um programa de restau-

rações de motores de combustão interna, especiali-

zando-se em motores europeus e V-8.

A ideia de que um engenheiro mecânico mexe ape-

nas com motores é contraditória. Segundo Carlos

Eduardo Carraro Cruz, que está na equipe desde

2006, falar isso é o mesmo que “dizer que um en-

genheiro elétrico vai cuidar de postes de luz.” O

trabalho é muito mais amplo, já que o engenheiro

mecânico atua no planejamento e no acompanha-

mento de projetos que envolvem a produção de

equipamentos mecânicos, como motores, máqui-

nas, veículos e peças para equipamentos.

MÃO NA GRAXA

Por ter crescido num mundo pouco frequentado

por mulheres, seu padrasto era pintor e funileiro, e

gostava de ‘quebrar a cabeça’ consertando objetos,

a aluna do 6º período do curso, July Anne Nichetti

Fierka deixou o sonho de ser médica veterinária de

lado e optou por ficar perto do ronco dos motores.

“Considerando a época em que vivemos, acho ig-

norância da parte daquelas pessoas que acreditam

que esta seja uma área masculina. O curso não é

só colocar a mão na graxa”, diz July. A futura en-

genheira assume achar divertido se sujar, e, sendo

necessário, não encara isso como um problema.

“ provamos nas pistas que temos qualidade

e competência para realizar os serviços de competição como todas as outras. ”


| engmakers |

LÍDER

Lolo começou a trabalhar com corridas em 1987,

na Fórmula 3 Sul-americana. No início dos anos

90, atuou na fábrica da Reynard, ao lado do piloto

Gil de Ferran, no desenvolvimento dos chassis, na

Inglaterra. De volta ao Brasil, esteve ao lado de fe-

ras como Tony Kanaan e Felipe Massa. Na Fórmula

1, trabalhou na equipe Jordan ao lado de Rubens

Barrichello. Além disso, também esteve na Fórmu-

la Atlantic, nos EUA e recentemente foi contrata-

do pelo Corinthians Motorsport, equipe do Corin-

thians na Stock Car. E é por ser quem é, e como é,

que os integrantes de sua equipe se orgulham de

ter um líder como ele. “É o Lolo que nos dá a refe-

rência do caminho que vamos seguir. Ele não tenta

impor nada, mas, sim, sempre nos mostra o porquê

das coisas”, diz Osmar.

ENGENHARIA MECÂNICA

O curso de Engenharia Mecânica da Universidade Tuiuti

do Paraná forma profissionais capazes de se adequar às

mudanças tecnológicas, sociais e do perfil do mercado

de trabalho. Para isso, conta com uma equipe qualificada

de professores, uma grade curricular moderna e

constantemente atualizada, laboratórios adequados

ao ensino prático e convênios de cooperação técnica

com várias indústrias do setor. Por formar engenheiros

operacionais e ser focado no mercado de trabalho,

tem 100% dos alunos empregados. O curso oferece a

formação de engenharia plena. Através de disciplinas

optativas, o aluno complementa estudos focados em

Produção ou na área Automotiva


A “TRIP LINHAS AÉREAS” e a Faculda-

de de Ciências Aeronáuticas - Facae-

ro (curso superior de Tecnologia em

Manutenção de Aeronaves) firmaram uma parce-

ria para compor o quadro técnico da empresa de

aviação. Segundo o Supervisor de Manutenção de

Aeronaves da TRIP, base Curitiba, Emerson Perei-

ra de Mello, a primeira ação desta parceria foi um

processo seletivo que ocorreu nas dependências da

universidade, “tornando mais estreito o relaciona-

mento entre as duas instituições”. Neste processo,

foram selecionados 17 candidatos para suprir as ne-

cessidades de várias cidades em que a TRIP opera

como Belo Horizonte, Porto Alegre e Cuiabá. “Com

esta iniciativa, a empresa espera poder contribuir

com a formação de mão de obra especializada e re-

crutar profissionais qualificados para trabalhar na

companhia”, explica Mello.

Segundo o diretor da Facaero, Marco Antônio

Couto do Nascimento, a primeira ação marcou a

largada de uma parceria que irá prover várias me-

lhorias no processo de formação de tecnólogos em

manutenção de aeronaves. “O mercado está caren-

te de bons profissionais, dentre as necessidades da

TRIP e UTP firmam parceria


TRIP, a que merece principal destaque é que os pro-

fissionais selecionados deverão ter disponibilidade

de residir em outros estados brasileiros e futuramen-

te até em países que fazem parte do MERCOSUL”,

diz Couto. Alguns ex-alunos da UTP, aprovados no

processo seletivo, já estão atuando na gerência de

Manutenção de Linhas, espalhados pelas bases da

empresa.

Ozéias Blitzkow, que terminou o curso no ano

passado e em seguida participou do processo seleti-

vo, depois de passar por uma série de testes, fará um

curso para entender o funcionamento das aeronaves

e então começar a trabalhar em Manaus. “Acredito

que o mercado de trabalho na área da aviação está

aquecido. E o conhecimento e a formação adquiri-

dos no curso ajudaram ainda mais nas contratações.”

A EMPRESA • Atualmente, a TRIP é a maior

companhia aérea regional da América do Sul. É tam-

bém a empresa brasileira com o maior número de

destinos, 82 no total, distribuído pelas cinco regiões

do país. É a terceira maior frota de aviões comerciais

do Brasil.

Fundada em 1998, a TRIP Linhas Aéreas é con-

trolada de forma igualitária pelos Grupos Caprioli e

Águia Branca, cujas tradições e histórias fazem parte

do transporte de passageiros no Brasil. Em setembro

de 2008, estabeleceu sociedade com a norte-ameri-

cana SkyWest Inc. – holding detentora das compa-

nhias SkyWest Airlines e Atlantic Southeast Airlines

(ASA) - que juntas são a maior operadora da aviação

regional do mundo.

“ O mercado de trabalho na área da aviação está aquecido.

E o conhecimento e a formação adquiridos no curso ajudaram ainda mais nas contratações. ”

| parceria |

Laboratório de motores curso bla no campus Barigui


SÓ PODIA SER NATUIUTI

| só podia ser na tuiuti |

Trabalho em Cannes

O curta-metragem Carnaval, do di-

retor chileno e aluno do curso de

Tecnologia em Fotografia Isaac Be-

navides, foi selecionado para parti-

cipar do Short Film Corner, do 63.º

Festival de Cannes, na França. O

evento é um dos mais prestigiados

festivais de cinema do mundo. O

Short Film Corner é dedicado aos

filmes de curta-metragem.

ENADE 2010

A professora do curso de Fonoau-

diologia e dos Programas de Mes-

trado e Doutorado em Distúrbios da

Comunicação Ana Paula Berberian

e o professor Léo Kriger, do curso de

Odontologia da UTP, foram convo-

cados para integrar as Comissões,

de seus respectivos cursos, do Exa-

me Nacional de Desempenho dos

Estudantes (ENADE) 2010.

Sangue Novo UTP

Os alunos Guilherme Artigas e

Marc Souza, formados pelo curso de

Jornalismo, venceram a categoria

Vídeodocumentário do 15º Prêmio

Sangue Novo no Jornalismo Para-

naense, que premiou os melhores

trabalhos acadêmicos realizados

durante o ano de 2009. O videodo-

cumentário “Agosto” concorreu com

outros 24 trabalhos.

“Botando Banca”

A Apresentação dos trabalhos das

agências experimentais AP2, AJO e

NPRTV, que compõem o Núcleo de

Comunicação e Marketing da Tuiu-

ti, foi considerada uma das melhores

dentre as universidades que já parti-

ciparam do “Botando Banca”, evento

do Clube de Criação do Paraná.

Trialuno

O triatleta e aluno do curso de Di-

reito Mauro Cavanha conquistou o

título do Campeonato Brasileiro de

Triathlon. Para Cavanha, a conquista

é resultado de um árduo programa

de treinos e o primeiro passo alcan-

çado rumo aos Jogos Olímpicos de

2012, em Londres.

Professora premiada

A professora do curso de Jornalismo

Mirian Gasparin recebeu o Prêmio

Economista Paranaense do Ano, ca-

tegoria Jornalista Econômico, con-

ferido pelo Conselho Regional de

Economia do Paraná (Corecon/PR).

Mirian se dedica à área econômica

há 34 anos.

Sal Grosso

O roteiro ‘Retrato Invisível’, da aluna

de pós-graduação em Cinema da UTP

Denise Soares, foi selecionado para o

Projeto Sal Grosso do Festival Brasilei-

ro de Cinema Universitário. Denise foi

a única selecionada da região Sul do

Brasil e já realizou oito curtas.

OAB

O coordenador do curso de Direito,

Phillip Gil França, e os professores

Thais Pascoaloto Venturi e Sérgio

Said Staut Júnior foram convidados

para integrar a Comissão de Ensino

Jurídico da OAB.

Instituto Rio Branco

O ex-aluno do curso de Relações

Internacionais Cassiano Bühler da

Silva foi aprovado no concurso do

Instituto Rio Branco para ingresso

na carreira diplomática do Ministé-

rio das Relações Exteriores.


| só podia ser na tuiuti |

Política no campus

Gilberto Araújo, Gleisi Hoffmann,

Gustavo Fruet, Professor Piva, Ro-

berto Requião e Rubens Hering

participaram do “Encontro da UTP

com os Candidatos ao Senado”. A

iniciativa que reuniu 800 pessoas,

entre alunos, professores e público

externo, surgiu no curso de Relações

Internacionais e foi estendida aos

demais da Faculdade de Ciências

Sociais Aplicadas (FACSA).

Bom Design

As alunas do curso de Design de

Moda Huana Corrêa e Lais Petrin

venceram o prêmio Bom Design,

categoria Moda, organizado pela

Associação de Designers do Paraná.

O projeto “Nova Joia: Adornos para

usar e vestir”, de Lais, ficou em pri-

meiro lugar e o trabalho de Huana,

“Coleção de bolsas inspiradas nos

oito símbolos budistas”, recebeu

Menção Honrosa.

Menção Honrosa ABMES

O projeto “Integração das licenciatu-

ras: saberes e filosofias compartilha-

das como alternativa para a forma-

ção profissional docente” recebeu

Menção Honrosa do Prêmio Top

Educacional “Mário Palmério” - 17ª

edição, da Associação Brasileira de

Mantenedoras de Ensino Superior.

A ABMES premiou instituições de

ensino superior que apresentaram

propostas de pesquisas inovadoras,

com resultados comprovados.

Uma História Cabeluda

A diretora Fernanda Morini, alu-

na da pós-graduação em Gestão e

Produção de Rádio e TV, ganhou o

prêmio de melhor diretora do troféu

Melhores em Cena, que reconhece

os melhores trabalhos apresentados

durante o ano no quadro Casos e

Causos da RPCTV. Fernanda, que

concorreu com outros 11 diretores,

venceu com o episódio “Uma Histó-

ria Cabeluda”.

Por dentro do MinistérioPúblico As alunas de Jornalismo Gisele Bue-

no da Luz e Layra Diandra Olsen

conquistaram o primeiro lugar da

Região Sul na 2ª Edição do Prêmio

ESMPU de Jornalismo Universitá-

rio com a matéria “Internet é nova

ferramenta política”. Foram premia-

das as melhores reportagens sobre

a atuação do Ministério Público da

União, produzidas por estudantes de

Jornalismo.

Carreira acadêmica

O ex-aluno do curso de Odontolo-

gia Luis Ricardo Prevedello ganhou

uma bolsa de estudos na área de Fi-

siologia e Biofísica da Fundação de

Apoio à Pesquisa do Estado de São

Paulo - FAPESP. Prevedello concluiu

os créditos da Especialização em

Dor Orofacial e Disfunção Tempo-

romandibular na UTP.

Único brasileiro

O aluno do curso de Design Gráfi-

co Marcelo Ribeiro teve o seu cartaz

selecionado para a galeria do con-

curso “good 50x70”, que divulga

anualmente briefings de assuntos

pré-estabelecidos. O tema deste ano

foi A POBREZA. O aluno da UTP foi

o único brasileiro selecionado neste

tema no concurso mundial.

Conquista

O curso em Métodos de Diagnósti-

co e Controle da Brucelose concluiu

a 50ª turma. Realizado desde 2005, o

curso já habilitou cerca de mil vete-

rinários da Região Sul do Brasil para

atuarem no Programa Nacional de

Controle e Erradicação da Brucelose

e Tuberculose Animal, do Governo

Federal.


A avaliação da pós-graduação stricto sen-

su da Coordenação de Aperfeiçoamen-

to de Pessoal de Nível Superior (Ca-

pes), realizada a cada três anos, visando atribuição

de notas, deu nota 4 aos Programas de Mestrado

em Educação e Comunicação e Linguagens e aos

Programas de Mestrado e Doutorado em Distúr-

bios da Comunicação da Universidade Tuiuti do

Paraná. Foram avaliados 2.718 programas, que cor-

respondem a 4.099 cursos.

Segundo o pró-reitor de Pós-Graduação, Pes-

quisa e Extensão, professor Roberval Eloy Pereira,

a nota 4 significa, antes de tudo, que a Universida-

de Tuiuti do Paraná está acima da média nacional.

“Nossa meta é a nota 7, que indica desempenho

equivalente ao alto padrão internacional. Estamos

trabalhando para isto.”

O Ministério da Educação, por meio do Conse-

lho Nacional de Educação, reconhece os resultados

da Avaliação Trienal da Capes. É importante res-

saltar que os cursos que não possuem a recomen-

dação da Capes, não são autorizados pelo MEC e,

por este motivo, não podem conceder certificados

válidos de mestre e doutor.

PROGRAMAS STRICTO SENSU DA UTP RECEBEM NOTA

| stricto sensu |

4


CENTROS DE EXCELÊNCIA

Os Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da

Universidade Tuiuti do Paraná, organizados pela

Pró-Reitoria de Pós-Graduação Pesquisa e Exten-

são (PROPPE), trabalham para se consolidar como

centros de excelência em pesquisas e produções

científicas. A meta principal é democratizar ao

máximo o acesso a informações e inovações cien-

tíficas, assim como estimular o potencial de criati-

vidade e de produção de futuros profissionais que

atuarão como pesquisadores e docentes em diver-

sas regiões do país e em diferentes áreas do conhe-

cimento.

| stricto sensu |

Notas > Os programas recebem notas na seguinte escala: 1 e 2, descredenciam o programa; 3, significa desempenho regular, atendendo ao padrão mínimo de qualidade; 4, considerado um programa com bom desempenho; e 5, nota atribuída ao programa que atinge muito bom nível. As notas 6 e 7 indicam de-sempenho equivalente ao alto padrão internacional.

DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO

O Programa forma pesquisadores e

docentes com domínio dos processos de

investigação científica. Com base nas suas

Linhas de Pesquisa, organiza sua Estrutura

Curricular, seus Núcleos de Trabalho e

seus Laboratórios de Pesquisa, visando a

produção do conhecimento em parcerias

com instituições de repercussão nacional na

área dos Distúrbios da Comunicação.

COMUNICAÇÃO E LINGUAGENS

O Programa de Mestrado em Comunicação

e Linguagens foi aprovado em agosto de

1999. O curso foi pioneiro no Paraná e Santa

Catarina. Já o doutorado começou em 2010.

Entre 38 programas de Comunicação, o Dou-

torado da UTP foi o 15° a ser credenciado

pela CAPES e o 1° de uma universidade par-

ticular, excluindo as confessionais.

EDUCAÇÃO

O Programa é constituído por duas Linhas

de Pesquisa: “Práticas Pedagógicas: Elemen-

tos Articuladores” e “Políticas Públicas e

Gestão da Educação”. As linhas de pesquisa,

construídas e alicerçadas no desenvolvimen-

to de estudos e investigações, produzem o

conhecimento - fonte do ensino, pesquisa e

extensão - expresso em publicações.


H á 22 anos, a “CAP – Coordenadoria

de Atendimento Psicopedagógico”

oferece apoio e reforço escolar para

funcionários, alunos e membros da comunidade.

São dois tipos de atendimento: o clínico e o insti-

tucional. Na área clínica, o direcionamento dado é

para indivíduos com dificuldade de aprendizagem

ou que apresentem algum tipo de deficiência. “Rea-

lizamos atendimentos individuais para pessoas de

diversas faixas etárias e perfis”, explica a coordena-

dora, Maria Letizia Marchese.

Fora da universidade, os atendimentos são feitos

de forma coletiva com indivíduos que apresentam

dificuldades de aprendizagem ou relacionamento.

“Neste caso, nós estruturamos os atendimentos

com o objetivo de melhorar as relações desses in-

divíduos que trabalham em grupo. Atuamos em

empresas, hospitais e instituições de ensino.” Além

destas ações permanentes, a CAP também ofere-

ce projetos sazonais como o “Mutirão de Avaliação

Psicopedagógica”.

MUTIRÕES • Há 10 anos, a CAP iniciou o aten-

dimento para crianças de escolas particulares,

públicas e especiais. A iniciativa surgiu depois de

um pedido da Associação dos Pais e Amigos dos

Excepcionais (APAE) de Colombo. “Eles possuíam

alunos com bastante dificuldade de aprendizagem

e, como alguns tinham severas deficiências e não

podiam realizar o deslocamento até a UTP, organi-

zamos um grupo com estagiários, fomos até o local

e iniciamos as atividades.” Em média, 20 crianças

são atendidas por escola, em dois mutirões anuais.

O projeto, em parceria com o Departamento de

Educação Especial da Secretaria de Educação do

Paraná, já beneficiou em torno de 300 crianças de

escolas particulares, públicas e especiais.

ATENDIMENTOS • As escolas são atendidas por

ordem de inscrição da seguinte forma: os alunos

do curso de Pós-Graduação de Psicopedagogia

aplicam uma bateria de testes específicos para cin-

co crianças de forma concomitante. Os testes pos-

suem abrangência intelectual, emocional, cogniti-

CAP: Ensino e extensao com responsabilidade social A Coordenadoria de Atendimento Psicopedagógico realiza avaliação e atendimento psicopedagógicos a indivíduos com dificuldades ou distúrbios de aprendizagem e auxilia nos processos inclusivos de pessoas com deficiências, desde 1988.

| educação |


| estagiários |


lita que os nossos professores saibam exatamente

onde está a dificuldade do aluno que foi avaliado,

o que ajuda na hora de trabalhar um problema de-

tectado.”

Para Denise, a participação dos pais tem sido

muito positiva. “Quando terminamos as avaliações,

chamamos estes pais para conversar sobre o resul-

tado das avaliações. Muitas vezes, eles acompa-

nham os filhos dentro da sala de aula para observar

a evolução no desempenho das crianças.”

Para a coordenadora da Integração das Licen-

ciaturas, Marlei Gomes da Silva Malinoski, a impor-

tância deste projeto está em resolver uma questão

essencial para o bom desenvolvimento da educa-

ção, que é a dificuldade de aprendizagem do aluno.

“O projeto traz uma aproximação com as escolas,

o que permite a identificação exata do que ocorre

com o aluno. Esta iniciativa só vem a fortalecer o

processo de formação de professores.”

va, motora, sensorial e acadêmica. Os resultados

permitem que as crianças sejam encaminhadas

para tratamentos nas áreas comprometidas. Os

atendimentos podem ser feitos, tanto nas clínicas

da UTP, como nos consultórios ou clínicas particu-

lares dos estagiários.

Para a professora da Coordenadoria Pedagógi-

ca do Colégio Brasílio Vicente de Castro, Denise

Serenato, o projeto em parceria com a UTP teve

uma aceitação excelente por parte dos alunos e dos

professores. “Nós começamos o trabalho há pouco

tempo e já estamos percebendo uma melhora sig-

nificativa no rendimento dos estudantes.” Segundo

Denise, a direção percebeu que os alunos que che-

gavam de outras escolas, apresentavam problemas

comportamentais. Esse fato chamou a atenção da

coordenação que selecionou 20 alunos, com o qua-

dro de aprendizagem comprometido, para as ava-

liações psicopedagógicas. “Este trabalho possibi-

“ Este trabalho possibilita que os nossos professores saibam

exatamente onde está a dificuldade do aluno que foi avaliado, o que ajuda na hora de trabalhar um problema detectado ”

| educação |


ANÚNCIO


A UTP participou da III Bienal Brasileira de Design “De-

sign, Inovação e Sustentabilidade”. O evento, de repercus-

são internacional, tinha como objetivo refletir sobre como

projetar, produzir e consumir bens, satisfazendo as deman-

das do mundo atual, sem comprometer o futuro do planeta.

A edição de 2010 inovou ao acontecer simultaneamente

em vários lugares de Curitiba. O evento promoveu mostras,

seminários, fóruns, workshops e ações educativas, inte-

rativas e culturais paralelas. Os cursos de Design da UTP

(Moda, Produto e Gráfico), além de Arquitetura e Urbanis-

mo e Tecnologia em Design de Interiores, participaram

das ações paralelas com três exposições e um workshop no

campus Barigui. Além das ações, dois trabalhos foram ex-

postos na Mostra Novíssimos.

Os Trabalhos de Conclusão de Curso “Mobiliário Inte-

rativo para Cães”, da ex-aluna de Design de Produto Julia-

na Fujitani, e a coleção “Nova Joia”, da ex-aluna de Design

de Moda Lais Petrin, foram selecionados para participar da

Mostra Novíssimos. Uma das nove exposições organizadas

pela III Bienal Brasileira de Design 2010. Os dois trabalhos

demonstram preocupação com questões relacionadas ao

comportamento de consumo e valorização da cultura, alia-

dos aos eixos da sustentabilidade.

Os cursos de Design da UTP participaram das ações pa-

ralelas da Bienal Brasileira de Design 2010 com a proposta

“UTP DESIGN - Visões de Futuro”. Conheça um pouco dos

trabalhos:

| arte & cultura |

DESIGN NO CAMPUS


JOIAS DE CURITIBA

Foram apresentados 15 painéis fotográficos com Trabalhos

de Conclusão de Curso na área de Design de Joias e ador-

nos, em Curitiba. Segundo o responsável pela exposição,

Hélcio Fabri, “há alguns anos a joalheria vem se deparan-

do com uma revalorização de seu estatuto enquanto objeto

simbólico”. Nos últimos anos, foram desenvolvidos mais

de 10 trabalhos de conclusão de curso dentro desta área na

UTP.

DESIGN DE CATÁSTROFE

Acadêmicos dos cursos de Design, Arquitetura e Urbanis-

mo e Tecnologia em Design de Interiores criaram objetos

que podem melhorar as condições de sobrevivência du-

rante e após uma catástrofe natural. Segundo a professora

Fernanda Marochi, o projeto foi pensado e desenvolvido “a

partir de um levantamento de catástrofes ambientais que

acontecem no Brasil”.

APOCALYPTICUS

A mostra apresentou 10 painéis fotográficos sobre o desfi-

le Apocalypticus, promovido por alunos em dezembro de

2009, que teve como inspiração os Cavaleiros do Apocalip-

se. Segundo o professor Rodrigo Ribeiro, o tema foi escolhi-

do pelos próprios alunos e o objetivo foi mostrar que é pos-

sível extrair beleza, atitude e força através da moda, “mesmo

com toda a carga negativa que um tema possa transmitir”

WORKSHOP MODASHIK

Alunos de Design de Moda divulgaram o estudo do Fu-

roshiki, técnica japonesa de embrulhar objetos com tecidos.

Com a técnica, é possível embrulhar objetos, como garrafas,

vasos de flor, cabides e caixas de lenço de papel com teci-

dos que podem ser de algodão, seda ou nylon.

| arte & cultura |


ANÚN

CIO


O biólogo e professor da UTP Eduardo

Ramires pesquisa os hábitos e alter-

nativas para evitar acidentes com a

aranha-marrom (Loxosceles intermedia), junto com

pesquisadores de várias universidades do Brasil e

do exterior, desde 2004. O projeto já utilizou méto-

dos inéditos no mundo, como o uso das casas-teste,

que permitem realizar em campo os testes das me-

todologias vistas em laboratório, além de pesqui-

sas com lagartixas (Hemidactylus mabouia) e a

utilização de ar quente para acabar com as aranhas.

Três patentes de invenções nacionais, e uma inter-

nacional, já foram submetidas com a participação

do professor.

A novidade agora é um equipamento fotográ-

fico. Ramires adaptou um sistema de foto (Nikon

D70) e de filmagem (câmera CCD compacta) aco-

plados a uma lupa capaz de captar imagens extra-

ordinárias. O aparato pode ser utilizado também

em microscópios trinoculares. A adaptação regis-

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tra imagens, para posterior medição, de quelíceras

de aranhas-marrons. “Estamos tentando entender a

biomecânica da picada, e saber a partir de qual ta-

manho corporal as aranhas-marrons podem causar

acidentes com seres humanos”, explica Ramires.

Vale lembrar que podem ser fotografados todos os

animais ou organismos que possam ser visualiza-

dos no microscópio estereoscópico*, além de peças

de eletrônica, mecânica e partes de objetos ou seres

maiores.

Outra novidade é que o professor também dis-

põe, para uso na UTP, de um equipamento de alta

tecnologia (câmera termográfica FLIR A20), que

capta imagens e registra vídeos em infravermelho,

permitindo observações muito precisas e instantâ-

neas de temperatura de seres vivos e objetos, com

possibilidade de aplicação em muitos campos de

pesquisa.

Se alguém quiser usar os aparelhos é só agendar um horário com o professor Eduardo Ramires no

e-mail: [email protected]

* O microscópio estereoscópico é um aparelho usado para aumentar obje-tos para exame, sem a necessidade de lâminas preparadas como microscó-pios, mas com capacidade de aumento menor, geralmente até 100X.

CAPITAL DA ARANHA-MARROM

Curitiba é a capital brasileira onde há maior

número de acidentes com a aranha-marrom.

Em 1986, foram notificados 92 casos e o au-

mento foi progressivo, até que, em 2000, fo-

ram notificados 2102 casos, com algumas mor-

tes também registradas. Em 2004, foram cerca

de 3000 acidentes e em 2007, 5000 casos. Só

para fazer uma rápida comparação, em Cam-

pinas (SP), são registrados cinco acidentes por

ano. Em São Paulo, dificilmente passam de 100.

Mais informações sobre as pesquisas sobre aranha-marrom de Eduardo Ramires em: www.aranhamarrom.net


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