12

Click here to load reader

Revista Pulp

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A revista da designer Helena de Barros aka Helenbar. Trabalho acadêmico realizado por André Veronez, no curso de Design Gráfico da Universidade Federal do Espírito Santo.

Citation preview

Page 1: Revista Pulp

NO PAÍS DE ALICEHelenbar e sua recriação digital do País das Maravilhas.

HELENA AKA HELENBARA designer que fez sucesso com trabalhos de fotomontagem digital.

012012/2

Page 2: Revista Pulp
Page 3: Revista Pulp

“ERA UMA VEZ uma terra mágica, não muito longe da-qui. Um lugar onde as fronteiras de espaço e tempo eram rompidas, e onde a imaginação podia voar livremente. Essa terra era chamada Webland.”

Apesar da história não ser exatamente assim, para uma pessoa como Helena de Barros, o mundo virtual chega a parecer até um conto de fadas. Designer, viajante e sonhadora, Helena é criadora de Helenbar, criatura nativa da tal terra mágica. Helenbar é uma personagem mulifacetada, criada numa mistura de fotografia, computação gráfica e ficção.

Helena de Barros é uma mulher de várias épocas. Adora o vestuário do século XVIII, a literatura do sé-culo XIX, a moda dos anos 20, as cores dos anos 60 e a estética dark-punk dos anos 80.

E foi do início do século XX que veio a inspiração para o nome desta revista dedicada ao seu traba-lho. Pulp é uma homenagem ao gênero de revistas que surgiu na década de 1900. Essas revistas eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção, muitas de caráter surreal e nonsense.

Permeada de tantas referências, na arte, na litera-tura, na mitologia e em diferentes épocas históricas, esta primeira edição vem apresentar ao leitor: Hele-na e Helenbar, e seu universo singular, onde criadora se torna criatura, onde a artista se torna sua própria obra de arte.

Editor Heliana Soneghet Pacheco

DesignerAndré Veronez

ColaboradoresHeliana Soneghet Pacheco

Priscilla Cardoso Garone

Imagem de capaHelena de Barros

Impressão e acabamentoCopy Express

André Veronez

Todo o conteúdo de textos e imagens aqui publicados

foi retirado do site helenbar.com.

Editorial

EXPEDIENTE O maravilhoso mundo deHelena de Barros

André VeronezDesigner

Page 4: Revista Pulp

Sumário

pág 3

pág 4 pág 8

pág 7Perfil_ A real identidade de Helenbar

Matéria_ Vargas Girls

Arte digital_ Helenbar em Uma viagem ao País das Maravilhas

Design gráfico_ Os Wajãpi

Page 5: Revista Pulp

Helena de Barros é mestre em design pela ESDI/UERJ [Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro] com a dissertação Em busca da aura: dinâmi-cas de construção da imagem impressa para a simulação do original (2008) e designer formada pela mesma ins-tituição em 1994 com o tema Design Gráfico e Novas Tecnologias de Imagem e o projeto gráfico A Alma Subitamente Entorpecida – ensaio grá-fico sobre a sensibilidade, através de Antonin Artaud, Vaslav Nijinski e Vin-cent Van Gogh (vencedor do prêmio Carmem Portinho de Arte e Cultura).

Nos últimos 15 anos desenvolve projetos autônomos de design gráfi-co, principalmente impressos e pro-jetos de exposição na área cultural.

Helenbar é seu alter-ego virtual, incorporado no trabalho autoral de fotomontagem digital com auto-re-tratos. A série Wonderland, inspirada em Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll, exposta desde 2003 na comunidade virtual Fotolog.com, alcançou reconhecimento do público com mais de 1.200.000 pageviews e foi contemplado com artigos em jornais, revistas e livros nacionais e estrangeiros.

Perfil

A realidentidade

de Helenbar

Pulp 2012/2 3helenbar.com

Page 6: Revista Pulp
Page 7: Revista Pulp

A artista Helena de Barros se tornou enamorada da obra

de Lewis Carroll quando ela ainda era uma adoles-cente, ao ler a excelente tradução em português de Sebastião Uchoa Leite. Seus primeiros experi-mentos ilustrando o País das Maravilhas foram fei-tos em 1992, e continuam até hoje, com resultados verdadeiramente deslumbrantes.

“Eu tinha feito o meu vestido alguns meses an-tes para a festa a fantasia de um amigo, e comecei a fazer algumas fotos no meu tempo livre. De re-pente, se transformou em quase todo o livro. Tento ser o mais próxima do texto original que eu puder, lendo-o muitas vezes antes de começar a traba-lhar. O texto de Carroll é recheado de imagens encantadoras que estão sempre na minha mente, e tentar colocá-lo na forma gráfica é uma grande satisfação.”

A

Arte digital

Encarnação virtual da Alice de Lewis Carroll, Helenbar produz sozinha todas as imagens que compõem a recriação digital do País das Maravilhas.

Pulp 2012/2 5helenbar.com

Page 8: Revista Pulp

“Depois de conceber as imagens, eu me fotografo como Alice usando uma câmera digital com um tripé e timer, e faço toda a manipulação de imagens usan-do o Photoshop, gastando quase 30 horas de traba-lho em cada uma delas. A imagem A Falsa Tartaruga e o Grifo me levou um mês e meio. Eu fiquei total-mente surpreendida pela resposta do público: o site atingiu mais de 300 mil espectadores, um número que eu nunca poderia ter esperado”.

“O que era apenas um hobby, de repente se tor-nou uma grande motivação pessoal. Fiquei de queixo caído, desde a primeira matéria que foi a capa do ca-derno de informática do Globo, e depois, tantas ou-tras em jornais e revistas nacionais até a “coroação” com a publicação no Knight Letter da Lewis Carroll

Society Americana e a inclusão do link no site da Lewis Carroll Society do Reino Unido. Pra mim foi uma surpresa e uma grande honra, como re-ceber um prêmio, ser re-conhecida pelo público e até internacionalmente pelas maiores autorida-

des no assunto. Estou muito orgulhosa de levar a obra de Carroll para tantas pessoas. Muitas delas fi-cam surpresas ao saber detalhes da história a partir do texto original”.

“Estou muito orgulhosa de levar a obra de Carroll para tantas pessoas. Muitas ficam surpresas ao saber detalhes da história.”

6 2012/2 Pulp

Page 9: Revista Pulp

Da pintura rupestre às ilumin-uras medievais, da fotografia às técnicas modernas de ilus-

tração, a arte de seduzir chegou ao topo tecnológico através da digitali-zação de imagens. Como as criadas por Helenbar, a pin-up da vez.

A designer especializou-se no tratamento de imagens, utilizando o próprio corpo como matéria prima. Auto fotografa-se numa temática ampla e aleatória, causando frisson na comunidade on-line. Divulga suas

foto-ilustrações retrô associadas à sensualidade e estilos da época. “As pin-ups representam o que amamos, queremos amar, ou possuir”, resume Mark Gabor em Pin-up – A Modest History (Pan Books, Londres, 1973)

O termo pin-up veio à tona quando, em 1915, o repórter fotográfico George Miller pediu a uma artista russa que posasse para sua objetiva le-vantando um pouco a saia. Quando o editor viu a foto, exclamou: “Ora, isso é de pendurar na parede (pin-up)!”. Verdade ou não, foi o começo de um modo de ilustração provocativa, embora não de-vem ser confundidas com a arte erótica em geral.

Os colecionadores são ávidos por elas. Vargas é o grande ídolo. Peruano, Joaquim Alberto Vargas y Chaves (1896-1982) viu a fama atingir o auge entre 1960 e 1976, ao imprimir seus desenhos na revista Playboy norte-americana. Antes disso, retratou por 12 anos as coristas da Broadway, um dos primeiros a utilizar o aerógrafo. Seus originais tornaram-se verdadeiras obras-primas.

Matéria

Elas estão de volta. Desde o tempo das cavernas, o

homo sapiens sente-se cada

vez mais atraído pela beleza,

sensualidade e magia das

pin-ups.

VargasGirls

Pulp 2012/2 7helenbar.com

Page 10: Revista Pulp

Design gráfico

A exposição Tempo e Espaço na Amazônia: os Wajãpi, exposta no Museu do Índio, RJ, reúne

uma coleção de 400 objetos, além de um acervo de sons e de ima-gens da vida cultural de 40 aldeias Wajãpi, do Amapá, onde vivem 550 pessoas. Eles são o primeiro grupo indígena brasileiro a ter sua arte reconhecida como Patrimônio Ima-terial da Humanidade pela Unesco.

Inspirando-se nos padrões gráficos de couros de animais, como cobras, jabutis e peixes, eles desenvolveram um sofisticado traço, o kusiwa, que é usado na pintura corporal e na decoração. A designer Helena de Barros desenvolveu o design gráfico da exposição, painéis, legendas, cartaz, convite e folders.

A visita oferece a chance de vivenciar a vida dos índios. Se não, vale pela experiência de conhecer um povo alegre, que adora música e festas, tem um profundo respeito pela natureza e valores humanos intactos, como a solidariedade e o amor ao trabalho e à arte.

Os Wajãpi

8 2012/2 Pulp helenbar.com

Page 11: Revista Pulp

A imagem de capa desta edição foi retirada da Gale-ria Helenbar, onde a designer Helena de Barros expõe seu trabalho autoral de auto-retratos manipulados digitalmente.

Confira mais imagens da galeria em helenbar.com:

Capa

Page 12: Revista Pulp

helenbar.com