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Vida agitada muda rotina de pessoas e hospitais Infertilidade pode ser revertida Páginas 18 e 19 Página 15 Página 13 NOVAS TÉCNICAS MÍDIA Pacientes optam por cuidar da saúde à noite Documentários orientam internautas sobre saúde

REVISTA SANTA CASA Nº 4

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Page 1: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Vida agitada muda rotinade pessoas e hospitais

Infertilidade pode ser revertida

Páginas 18 e 19Página 15

Página 13

NOVAS TÉCNICASMÍDIA

Pacientes optam por cuidar da saúde à noite

Documentários orientaminternautas sobre saúde

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4

Dr. Humberto Gomes de MeloProvedor

Dr. Artur Gomes NetoDiretor-médico

Dr. Paulo de LiraDiretor administrativo/financeiro

Duílio Marsiglia

Euclides Ferreira de Lima

Francisco de Assis Gonçalves

Giovani A. C. Albuquerque

Ivone dos Santos

João Augusto Sobrinho

José Peixoto dos Santos

Marcos Davi Lemos de Melo

Milton Hênio de Gouveia

Cônego João José de Santana Neto

Mesa Administrativa

Antonio NoyaAssessor de comunicação 44 MTE/AL

Theodomiro Jr.Jornalista 535 MTE/AL

Sílvio RomeroFotografia e arquivo

Revista produzida pela

Assessoria de Comunicação da

Santa Casa de Misericórdia de Maceió

Tiragem: 10 mil exemplares

Sumário

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

10

RECONHECIMENTOSanta Casa de Maceió recebe o

Prêmio Estadual da Qualidade

12

ALERTANúmeros sobre o câncer

assustam médicos e governos

14

NA INTERNETDocumentários orientam

internautas sobre saúde

É BOM SABERMitos sobre os raios nocivos do sol 16

INFERTILIDADENovas técnicas permitem que casais inférteis

voltem a ter filhos

18

DIAGNÓSTICOS Unidade amplia horário

para atender pacientes

13

28

SUSPacientes da Oncologia contam

com terapia ocupacional

30

15 26

24

SERVIÇO SOCIALIndicadores assistenciais de 2011

focam na segurança do paciente

MULHERESEspecialista orienta como

prevenir celulites e estrias

COMEMORAÇÃOEndoscopia 24 Horas festeja

dez anos salvando vidas

ALERTASepse pode matar se não for

diagnosticada e tratada a tempo

11

23 PREPARATIVOSCurso Casais Grávidos prepara pais,

tias e avós para a gestação

21 DESIDRATAÇÃOÁgua e frutas ajudam a minimizar

os efeitos da ressaca

5

OPERAÇÃO SORRISOCirurgias de lábio-leporino

beneficiam 60 pacientes

8

20 EM TODO O PAÍSPacientes evitam consultórios e

lotam Emergência de hospitais

6 APÓS AS FESTASBancos de sangue tentam

restabelecer estoques

EXPERTISESanta Casa supera a marca

de 1000 vídeohisteroscopias

COMUNIDADE MV AL sedia 1ª reunião de grupo

fora do eixo Rio-SP

Page 5: REVISTA SANTA CASA Nº 4

5

Colegiado negocia pool para unificar compras

ASanta Casa de Maceió sediou o primeiro

encontro do Grupo de Gestores de Suprimen-

tos de hospitais da Comunidade MV fora

do eixo Sul-Sudeste. O grupo reúne instituições de

saúde que utilizam o Sistema MV.

O provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto

Gomes, ao lado do gerente de Suprimentos, Seve-

rino Moura, fez questão de receber os participan-

tes do encontro, que é realizado periodicamente entre

os membros da Comunidade MV.

Dos mais de 500 hospitais que utilizam o sis-

tema, cerca de dez participam deste colegiado que,

entre outros objetivos, busca compartilhar informa-

ções e aprimorar a complexa ferramenta.

Segundo o gerente de Suprimentos da Santa Casa

de Maceió, Severino Moura, o grupo está negocian-

do a formação de um pool para unificar a compra

de materiais e equipamentos hospitalares, o que irá

conferir maior poder de barganha junto aos gran-

des fornecedores.

Ele destacou que é a primeira vez que tal encon-

tro realiza-se no Nordeste,l fora do eixo Rio-São Paulo-

Porto Alegre, o que demonstra a importância da Santa

Casa de Maceió no cenário nacional.

Grupo de gestores da área de

suprimentos realizam encontro

na Santa Casa de Maceió

AL sedia 1ª reunião degrupo fora do eixo Rio-SP

COMUNIDADE MV

Page 6: REVISTA SANTA CASA Nº 4

6Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

Entrevista é criteriosa emseleção de novos doadores

Ohemocentro da Santa Casa

de Maceió possui um dos mais

rígidos controles de quali-

dade de Alagoas, reconhecido inclu-

sive pelo Programa de Controle de

Avaliação de Serviços de Hemoterapia

da Anvisa.

Os números internos do hemocentro

confirmam o cuidado da equipe mul-

tiprofissional com a seleção dos doa-

dores.Na Santa Casa de Maceió,a média

de rejeição a doadores de primeira viagem

gira entre 20% e 30%, sendo a maio-

ria reprovada na avaliação clínica.

“Mesmo com os estoques baixos

de sangue, continuamos criteriosos

com a seleção de doadores”,acrescentou

o hematologista Ivan Marques de Freitas,

, co-gestor do Banco de Sangue da Santa

Casa de Maceió.Ele explica que é comum

jovens procurarem o banco de san-

gue na condição de doadores com o

simples objetivo de checar uma pos-

sível contaminação por HIV ou outra

doença venérea.

“O problema é que o vírus leva

algum tempo para tornar-se detec-

tável, ou seja, pode ser uma doação

de alto risco, que precisa ser muito

bem avaliada. Daí, a importância da

entrevista clínica antes da doação”,

concluiu Ivan Marques de Freitas.

Os bancos de sangue possuem doa-

dores regulares mas quando chegam

feriados ou as férias,muitos viajam,mudam

a rotina, o que acaba derrubando os

estoques de sangue”. O problema é

que nesses períodos aumentam os aci-

dentes e os casos de urgência na rede

hospitalar, elevando a demanda por san-

gue e hemoderivados.

AB Negativo é o sangue mais raro do mundo No mundo dos vinhos existem

algumas raridades que são o supra-

sumo da gastronomia mundial.

São garrafas abertas por poucos e

adquiridas em leilões a preços

proibitivos.

Se comparássemos os vinhos com

o sangue humano, os mais raros se-

riam os do tipo Negativo. Neste uni-

verso de raridades ainda existe um

tipo muito mais raro, o AB Negativo

(AB-).

Para se ter uma ideia do quanto

é difícil encontrar um doador AB Negativo

na população, das 300 mil pessoas ca-

dastradas no Banco de Sangue da Santa

Casa de Maceió, apenas 20 possuem

o tipo sanguíneo. O pior é que deste

seleto grupo, apenas nove estão

aptos a doar.

“É por isso que quando encon-

tramos uma pessoa com o tipo AB

Negativo, não pedimos para fazer

doação imediata, mas para integrar

o nosso cadastro, de forma que pos-

samos convidá-la à doações futuras

em caso de emergência”, finalizou.

Hemocentro inicia campanha para aumentar doações

QUALIDADE

“Na Santa Casa de

Maceió, a média de

rejeição a doadores de

primeira viagem gira

entre 20% e 30%,

sendo a maioria

reprovada na

avaliação clínica.

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7

1 - Você deve ter entre 18 e 60 anos;

2 - Deve estar em boas condições de saúde;

3 - Seu peso deve ser superior a 55 kg;

4 - Não ter ingerido bebida alcoólica 24 horas

antes da doação;

5 - Se estiver alimentado e com intervalo

mínimo de 2 horas do almoço;

6 - Se você dormiu pelo menos 6 horas

nas 24h anteriores à doação;

7 - Não estar amamentando;

8 - Já ter se passado três meses

de parto ou aborto;

9 - Não estar grávida;

10 - Não sofrer de epilepsia;

11 - Não ter ou tiver tido sífilis;

12 - Não ser diabético;

13 - Se você não se expõe

ao risco de contrair o vírus

da AIDS e outras DST.

Requisitos para doar sangue

Page 8: REVISTA SANTA CASA Nº 4

8Revista da Santa Casa de Maceió

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OPERAÇÃO SORRISO

Acriança G.J.S nasceu com um problema

que a torna diferente das outras crian-

ças. Ela é portadora de fenda labial,

uma grande fissura no lábio superior,que deixou

parte da gengiva e de seus dentes expostos.

É impossível para qualquer um esconder

o impacto que a deformidade provoca.A fa-

mília admite que o preconceito nasceu junto

com ela, já que até mesmo parentes próxi-

mos são avessos ao problema.

Sorrir é um luxo que G.J.S. não tem, pelo

menos até agora. Ela é uma das candidatas

à cirurgia plástica para correção de fenda lábio-

palatina, que a Operação Sorriso realizou no

mês de março e que devolveu o sorriso a mais

de 60 crianças, jovens e adultos.

Uma equipe de profissionais de diversos

estados brasileiros, incluindo Alagoas, se reveza-

ram no centro cirúrgico do Hospital Nossa Se-

nhora da Guia para devolver o sorriso a cri-

anças como G.J.S., cujo drama você conheceu

no início da matéria. Todos são portadores

de fenda palatina, fenda labial ou de ambos.

Para alguns pacientes,a cirurgia é o primeiro

passo para ter enfim uma vida normal, já que

nos casos de fenda palatina (céu da boca)

são necessárias várias intervenções cirúrgicas

e sessões de fonoaudiologia. Para outras, é

a chance de poder olhar-se no espelho e ver

o próprio rosto livre da deformidade.

"Após a cirurgia plástica,as crianças param

na frente do espelho e parecem não acre-

ditar no que estão vendo. Esse momento é

um dos mais gratificantes," resumiu Luciana

Garcia, coordenadora da missão em Maceió.

Com mais de 20 missões pela Operação

Sorriso no Brasil e no exterior, o cirurgião

plástico carioca Diego Franco afirma que a

família pode evitar o estigma na criança se

fizer a cirurgia plástica cedo e se tiver o acompa-

nhamento de uma equipe multidisciplinar.

O ideal é realizar o procedimento nos dois

primeiros anos.

Conforme lembrou o cirugião plástico

Joaquim Diegues, a meta é tornar o Hos-

pital Nossa Senhora da Guia um centro espe-

cializado em pacientes com fenda labio-pala-

tina. Falta apenas apoio oficial.

Cirurgias de lábio-leporinobeneficiam 60 pacientes

Cirurgião

Diógenes Rocha

e equipe realizam

cirurgia para

correção de fenda

palatina

Page 9: REVISTA SANTA CASA Nº 4

9Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

AOperação Sorriso recebeu nesta edi-

ção o dobro de candidatos regis-

trado em 2010. Foram 155 pessoas

contra 79 no ano passado. "O trabalho das

emissoras de rádio e da mídia televisiva, vir-

tual e impressa foi decisivo para este resul-

tado", avalia Rejane Paixão.

A seleção dos pacientes ocorreu na últi-

ma quarta-feira (14) na Unidade Docente

Assistencial Professor Rodrigo Ramalho,

localizada na Praia do Sobral.Após a triagem,

metade dos pacientes e acompanhantes

aguardaram o resultado hospedados no

educandário Eunice Weaver

A seleção de pacientes seguiu alguns

critérios básicos. Durante a triagem tive-

ram prioridade as crianças de 0 a 6 anos

que nunca tiveram o lábio operado assim

como os pacientes que realizaram cirurgia

na Operação Sorriso em anos anteriores

e que agora prosseguiriam o tratamento.

Depois foram escolhidos pacientes de qual-

quer idade e portadores de outras deformi-

dades faciais.

"O acompanhamento dos pacientes no

pós-operatório será realizado em parceria

com a Santa Casa de Maceió", confirmou

o cirurgião plástico André de Mendonça.

A iniciativa contou com o apoio das secre-

tarias de Saúde do Estado e do Município

de Maceió, da Marinha do Brasil, Rede Fe-

minina de Combate ao Câncer e da Associação

Brasileira de Cirurgia Crânio-maxilo-facial

e da Associação Acadêmica da Operação Sorriso.

Também estiveram envolvidos na iniciativa

mais de 40 profissionais articulados pela Opera-

ção Sorriso, entre cirurgiões plásticos,

geneticistas, enfermeiros, anestesiologistas,

psicólogos, ortodontistas, fonoaudiólogos,

pediatras entre outros profissionais.

A Operação Sorriso é uma instituição

privada, sem fins lucrativos e de abrangên-

cia mundial. Somente no Brasil, a organi-

zação não governamental já realizou mais

de 3.500 cirurgias.

Edição 2012 recebeu o dobro de candidatos

Page 10: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br10

Aequipe do Serviço de Ginecologia da

Santa Casa de Maceió alcançou a

marca simbólica de 1000 vídeohis-

teroscopias. A técnica é utilizada em proce-

dimentos de diagnóstico e em cirurgias intra-

uterinas não-invasivas visando investigar a

cavidade uterina (interior do útero).

“A vídeohisteroscopia permite a avalia-

ção de patologias que envolvam infertilida-

de, abortos, sangramento uterino anormal,

pólipos, miomas, aderências e espessamen-

to do endométrio”, explicou o ginecologis-

ta Fábio Castanheira.

Realizada em hospitais, o procedimen-

to requer anestesia da cintura para baixo.“Não

se faz cortes, não se dá pontos e a pacien-

te tem alta hospitalar poucas horas após a

intervenção, podendo retornar às atividades

cotidianas em 24 horas”, acrescentou Cas-

tanheira.

Conforme destaca o médico Ronaldo Bernardo,

um dos primeiros a usar esta tecnologia na

Santa Casa de Maceió, a instituição pode rea-

lizar até cinco procedimentos cirúrgicos e de

diagnóstico simultaneamente.

Ao lado dos especialistas e pioneiros

Fábio Castanheira e Ronaldo Gomes Ber-

nardo, realizam a vídeohisteroscopia na

Santa Casa de Maceió os médicos Lizarda

Maria de Carvalho, Vanessa Karla Caval-

cante, Antonio Carlos e Felipe Albuqueque

entre outros.

O EXAME

Durante o exame para diagnósticos é intro-

duzida pela vagina, no canal do útero, uma

fina ótica (fibra ótica) que, acoplada a um

sistema de vídeo, fonte de luz e um expan-

sor com gás, permite a visualização do canal

cervical, cavidade uterina, orifícios tubareos

e as patologias desses locais.

Já a vídeohisteroscopia cirúrgica retira os

miomas, pólipos, trata as hemorragias e reti-

ra as aderências.

HISTÓRIA

A Histeroscopia é uma técnica endos-

cópica bastante antiga praticada há 100

anos por Pantaleoni, que introduziu na cavi-

dade uterina um aparelho tubular de 12mm

de diâmetro. Para tanto, utilizou luz de vela

para iluminar a cavidade, colocando-a sob

um espelho côncavo.

No século atual a primeira histerosco-

pia com aparelho munido de lente surgiu

com David na França em 1908 utilizando

um citoscópio de Nitze, para observar a cavi-

dade uterina.

A nova era da histeroscopia surgiu em

1968 com o alemão Menken, que conseguiu

obter ótimas imagens histeroscópicas inje-

tando líquidos de alto peso molecular na cavi-

dade uterina.

A histeroscopia dos dias atuais deve-se

bastante aos médicos Lindeman, na

Alemanha, e Porto, na França. Em 1971, idea-

lizaram o insuflador de CO2 computadori-

zado.Com o passar dos anos , as lentes endos-

cópicas tornaram-se cada vez mais delgadas

e com alta luminosidade, possibilitando me-

lhor qualidade de imagens.

Santa Casa supera a marca de 1000 vídeohisteroscopias

EXPERTISE

Ginecologistas Ronaldo Bernardo e Fábio Castanheira

Page 11: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 11

Internado na enfermaria de qualquer hos-

pital do País ou mesmo em casa, se recu-

perando de uma forte gripe, determi-

nado cidadão começa apresentar calafrios,

febre alta e dificuldade respiratória. Em segui-

da, a frequência cardíaca e a pressão começam

a cair. O fluxo sanguíneo sofre alteração

e os rins trabalham com dificuldade. O pacien-

te entra em choque, sofre uma parada cardía-

ca e vem a óbito. O cidadão hipotético foi

acometido pela sepse, mal que afeta 500

mil pessoas por ano no Brasil.

Para alertar os profissionais da Santa

Casa de Maceió sobre o tema, a institui-

ção trouxe a Alagoas o diretor médico do

Hospital Unimed Joinville, o intensivista Glauco

Westphal, pioneiro em sepse no País.

Em palestra que superlotou o Centro de

Estudos Professor Lourival de Melo Mota,o es-

pecialista alertou os médicos,enfermeiras, téc-

nicos de enfermagem e demais profissionais

da equipe multidisciplinar para que estejam a-

tentos aos sinais da sepse no organismo.

“O diagnóstico precoce da sepse e o

tratamento iniciado até uma hora após os

primeiros sinais são decisivos para que o

paciente não venha a óbito. A sepse pode

ocorrer em casa e no ambiente hospitalar,

sendo combatida com antibiótico e hidra-

tação por via venosa. O que não pode é a

automedicação e a administração aleatória

de antibiótico”, alertou.

Sepse pode matar se não fordiagnosticada e tratada a tempo

ALERTA

Sepse é a principal causa de mortalida-

de em unidades de terapia intensiva não-

cardiológicas em todo mundo, especialmen-

te em decorrência de disfunção de múltiplos

órgãos. Estima-se uma taxa de mortalida-

de média de 50%.

Do ponto de vista populacional, cerca

de 18 milhões de novos casos de sepse grave

são diagnosticados a cada ano em todo mundo.

Dentre as diversas iniciativas para

combater o problema, a mais ambiciosa é

a Campanha Sobrevivendo à Sepse, do qual

a Santa Casa de Maceió é participante ativa.

A sepse é uma síndrome que acomete

os pacientes com infecções severas.Ao rea-

gir fortemente a ataques externos (geralmen-

te de bactérias), as defesas do organismo

provocam um estado de inflamação que po-

de ser tão intensa a ponto de causar dis-

túrbios, como choque circulatório, alterações

na coagulação e falência múltipla de órgãos.

Segundo o intensivista Glauco Westphal

qualquer infecção mais grave pode levar

à sepse.

Metade dos diagnosticados morre

Profissionais e leigos precisam estar atentos aos primeiros sintomas

Temperatura maior que 38ºC ou menor que 35ºC;

Frequência cardíaca maior que 90 batimentos/minuto;

Frequência respiratória maior que 20 incursões/minuto; e

Alteração no número de leucócitos.

À sepse grave, acrescente-se:Piora da função dos rins;

Queda das plaquetas;

Alteração do estado de consciência;

Dificuldade respiratória;

Alterações da coagulação;

Diminuição da função do coração etc.

O paciente apresenta alguns dos sinais e sintomas abaixo?Fique atento, pode ser sepse!

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Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br12

Pela segunda vez consecutiva, a Santa

Casa de Maceió conquista o Prê-

mio Estadual da Qualidade na cate-

goria Nível 2 - Bronze, promovido pelo Movi-

mento Alagoas Competitiva (MAC).

A premiação estimula organizações ala-

goanas a implementarem o Modelo de Ex-

celência na Gestão, sistema alinhado aos cri-

térios da Fundação Nacional da Qualidade.

"Esse prêmio pertence aos médicos,

colaboradores e parceiros da Santa Casa

de Maceió”, disse o vice-provedor da Santa

Casa de Maceió, João Augusto Sobrinho,

justificando a ausência do provedor

Humberto Gomes de Melo em viagem a

Brasília. A comitiva, formada por diretores,

gerentes, assessores e líderes, comemo-

rou o resultado com apitos e aplausos.

O julgamento é realizado por profissio-

nais voluntários, que analisam os relatórios

das empresas, realizam visitas técnicas e va-

lidação de documentos dos participantes.

As empresas recebem um relatório de avalia-

ção apontando os pontos fortes e as me-

lhorias necessárias.

Santa Casa de Maceió recebe oPrêmio Estadual da Qualidade

RECONHECIMENTO

Vice-provedor João Augusto Sobrinho (D) recebe troféu

ASanta Casa de Maceió foi um dos

centros de excelência brasileiros

homenageados em 2011 no es-

tudo Hospitais Referência.A instituição, úni-

ca do Norte/Nordeste a receber a distin-

ção, foi agraciada junto com os hospitais

Albert Einstein, HCor e Santa Catarina.

O estudo Hospitais Referência rece-

beu uma nova nomenclatura, passando

a chamar-se Referências da Saúde. O bench-

marking anual é realizado pela IT Mídia

e promove uma avaliação de práticas efi-

cientes de gestão em Serviços de Saúde,

com ênfase para os melhores entre os par-

ticipantes que se inscrevem espontanea-

mente.

Com a mudança do nome, tal estu-

do, que já acontece há cinco anos, foi remo-

delado para ampliar o foco, antes com exclu-

sividade para hospitais, agora contemplan-

do instituições prestadoras de serviços e

fontes pagadoras (hospitais em geral, ins-

tituições de homecare, medicina diagnós-

tica e operadoras).

As melhores práticas administrativas

são compiladas em uma revista anual que

proporciona uma visão panorâmica no Setor

Saúde no Brasil, direcionando investimen-

tos e visualizando o crescimento das ins-

tituições. Temas como marketing, gestão

de pessoas, gestão financeira, gestão cor-

porativa e tecnologia são destaques da publi-

cação especial.

Destaque na pesquisa Referências da Saúde

Page 13: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 13

Unidade amplia horáriopara atender pacientes

Omicroempresário Tadeu Carlos Lins

é o típico cidadão que corre de

um lado para outro em busca de

crescimento profissional e aumento na renda.

O problema, segundo ele, é encontrar tempo

para cuidar da saúde, ir ao médico e rea-

lizar exames. “O único horário que sobra

é a noite”, lamenta.

“Clientes com esse perfil são crescen-

tes na sociedade alagoana. Justamente

para atender a essa demanda, que repo-

sicionamos no mercado a marca Diagnósti-

cos Santa Casa e ampliamos o horário de

atendimento até às 22 horas”, explicou

André Carneiro, gerente de Marketing e

de Unidades Ambulatoriais da Santa Casa

de Maceió.

“Esse trabalho contou com o deci-

sivo apoio dos médicos parceiros e coor-

denadores das áreas que integram o Diag-

nósticos Santa Casa”, acrescentou

André Carneiro.

Com a aquisição de novos equipamen-

tos e a expansão no horário de atendimen-

to, exames como ressonância magnética

e cintilografia do miocárdio passaram a

ser realizados no prazo de 24h a 48 horas.

Com tanto investimento, a unidade

Diagnósticos Santa Casa registrou um aumen-

to da ordem de 25% no número de aten-

dimentos em relação ao ano passado.

Entre os investimentos, destaque para

a aquisição de equipamentos de diag-

nóstico, entre eles raio-X digital, mamo-

grafia, ecocardiograma, ressonância

magnética e uma gama câmara. A ins-

tituição também realizou a completa reno-

vação do parque tecnológico da Ultras-

sonografia.

O próximo desafio da Santa Casa de

Maceió será eliminar a necessidade de im-

pressão dos exames. “Até o final de 2012

concluiremos o processo de digitalização,

o que permitirá vencermos mais esse desa-

fio”, concluiu André Carneiro.

DIAGNÓSTICOS SANTA CASA

Recepção da unidade Diagnósticos Santa Casa

Complexo é um dos mais modernos do Nordeste

Page 14: REVISTA SANTA CASA Nº 4

No Dia Mundial do Câncer, celebra-

do no dia 4 de fevereiro, médicos,

especialistas e autoridades gover-

namentais ganham mais uma data para dis-

cutir ações e estratégias para difundir o com-

bate e a prevenção ao câncer.

No Brasil, o Dia Nacional de Combate

ao Câncer (27 de novembro) já está consa-

grado como uma data de mobilização nacio-

nal contra a doença. "Com essa data inter-

nacional, instituída pela Organização

Mundial da Saúde (OMS), a entidade busca

sensibilizar governantes e líderes de todo o

mundo para que enfrentem a questão", expli-

ca o mastologista e oncologista da Santa Casa

de Maceió, João Aderbal.

Segundo a OMS, o câncer é a doença

que mais preocupa médicos e governantes

atualmente, já que em 2015 será a princi-

pal causa de morte por doença no mundo,

superando até mesmo as doenças cardiovas-

culares.

Em 2011 foram diagnosticados 12 mi-

lhões de casos novos de câncer em todo o

mundo, dos quais 500 mil casos somente no

Brasil e algo entre 3,5 mil e 4 mil em Alagoas.

O que mais preocupa os médicos é que

o futuro não traz nenhuma luz no fim do túnel.

Em 2020 o mundo deverá ter cerca de 20

milhões de pacientes com câncer, ou seja,

quase o dobro da atualidade.

NA SANTA CASA DE MACEIÓ

Entre 2000 e 2009, o Registro de Câncer

da Santa Casa de Maceió trouxe dados que

confirmam o forte vínculo do câncer com o

hábito de fumar e o consumo frequente de

bebidas alcoólicas. A banco de dados, cria-

do pelo Serviço de Radioterapia, registrou as

principais neoplasias ligadas ao tabagismo

e às bebidas alcoólicas.

O câncer do pulmão é um dos principais

tumores provocados pelo hábito de fumar.

Segundo o Registro de Câncer da Santa Casa

de Maceió foram 519 casos novos por ano,

dos quais 58% verificados em homens e 42%

em mulheres.

O câncer de boca é outro inimigo que

atinge, em sua grande maioria, os fuman-

tes. Foram 547 casos novos no período de

10 anos, sendo que 62% de diagnósticos em

homens e 38% em mulheres.

O câncer de laringe - aquele que afe-

tou o ex-presidente Lula - tem grande pre-

valência sobre o público masculino, che-

gando a 83% dos 300 casos registrados

no período contra os 17% do estrato femi-

nino.

Outro câncer que atinge os homens é o

câncer de esôfago, com 70% dos 323 pacien-

tes com diagnóstico confirmado. A mulhe-

res representam 30% do total.

ALERTA

Números sobre o câncerassustam médicos e governosMastologista João Aderbal alerta para a adoção de hábitos saudáveis

Mastologista João Aderbal

14

Revista da Santa Casa de Maceiówww.santacasademaceio.com.br

Page 15: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Os documentários do projeto Mo-

mento Saúde trazem reportagens

especiais com orientações e dicas

para os internautas que acessarem o por-

tal da Santa Casa de Maceió.

Exposição da pele ao sol, hiper e hipoti-

roidismo, reprodução humana, medicina nu-

clear, oncologia clínica, radioterapia, diver-

ticulite e câncer da laringe são alguns dos

temas abordados pelos documentários.

De iniciativa da Assessoria de Comuni-

cação da Santa Casa de Maceió, as repor-

tagens seguem o mesmo padrão adotado

em matérias veiculadas na mídia televisi-

va, intercalando depoimentos da população

e de profissionais de saúde com ampla atua-

ção na Santa Casa de Maceió e na medicina

alagoana.

Um dos documentários mais acessados

no portal da Santa Casa de Maceió foi o

que abordou o hipo e o hipertireoidismo com

a endocrinologista Thais Alencar. Os dois

problemas afetam cerca de 15% da pop-

ulação, o que coloca as duas doenças entre

as que mais atingem os brasileiros, princi-

palmente do sexo feminino, segundo o IBGE.

“O detalhe é que,por falta de conhecimento

dos sintomas, cerca de cinco milhões de mulhe-

res não sabem que têm algum tipo de dis-

função na tireoide”, disse Thaís Alencar.

Outro tema que atraiu o interesse dos

internautas foi câncer de pele, com a dermato-

logista Samya Diegues. O vídeo trouxe ori-

entações médicas intercaladas por depoi-

mentos de banhistas na Ponta Verde. Um

detalhe curioso é que os entrevistados mos-

traram ter conhecimento sobre as precauções

relativas ao sol, o que, num primeiro momen-

to, revela que as campanhas de prevenção

junto à população têm surtido efeito.

O projeto Momento Saúde traz ainda

uma série de outros documentários, como

o que apresenta a alta tecnologia usada

pelo Serviço de Radioterapia no tratamento

do câncer.

Com duração de oito minutos, a repor-

tagem traz diversas entrevistas, entre elas

o depoimento do oncologista Marcos

Davi, explicando o salto tecnológico que

a radioterapia vivenciou na última década

e que foi acompanhado pela Santa Casa

de Maceió.

No portal é possível conferir ainda a

entrevista com o médico Mário Jucá sobre

diverticulite; com o especialista em repro-

dução humana Felipe Oliveira; e com a equipe

multidisciplinar do Hospital Nossa Senhora

da Guia sobre o curso para pais e gestantes

com a assistente social Ray Gomes Lima,

a nutricionista Tammy Medeiros, o psicó-

logo Glauco Rocha, a fisioterapeuta Sarah

Alencar, a enfermeira Lidiane Alves e o obste-

tra Rogério Rocha.

Documentários orientaminternautas sobre saúde

NA INTERNET

Vídeos podem ser acessados no portal da Santa Casa de Maceió

Revista da Santa Casa de Maceiówww.santacasademaceio.com.br 15

Page 16: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br16

É BOM SABER

Mitos sobre os raios nocivos do sol

É BOM SABER

Mitos sobre os raios nocivos do sol

Verão, praia, bronzeado e muito sol.

A alta estação traz consigo um ini-

migo onipresente, sorrateiro e invi-

sível: os raios ultravioletas oriundos do sol.

Altamente nocivas à pele humana no longo

prazo, essas irradiações penetram aos pou-

cos nas camadas mais internas da pele, che-

gando a atingir até mesmo a massa muscu-

lar do indivíduo.

O problema é que os efeitos mais visí-

veis sobre a pele são as tradicionais quei-

maduras, ressecamento e escamação.Ame-

nizados os sintomas, o banhista esquece os

riscos e volta à rotina de exposição ao sol.

“Ao longo da vida os reflexos sobre a pele

vão se acumulando, podendo gerar doenças

como o câncer de pele após os 40 ou 50 anos”,

alerta o dermatologista da Santa Casa de Ma-

ceió, Zireli Valença.

É sabido que uma pequena quantidade

de sol é necessária para organismo humano

produzir a vitamina D. Porém, esta quanti-

dade é menor do que aquela que produz o

bronzeamento.

Além do envelhecimento da pele, o exces-

so à exposição solar causa cerca de 60 mil

mortes por ano em todo o mundo, segundo

a Organização Mundial de Saúde. Estima-se

que mais de 90% da carga global de doen-

ças como melanoma e outros cânceres de pele

sejam causados pela exposição à radiação ultra-

violeta (UV).

Ainda segundo Zareli Valença, esses ris-

cos podem ser evitados com a adoção de medi-

das preventivas simples como evitar a expo-

sição à luz solar nas horas em que o sol é mais

intenso (entre 9h e 15h) e usar roupas claras,

chapéu ou boné, óculos escuros com prote-

ção e filtro solar com no mínimo fator 30 (ou

mais alto, caso a pele seja clara ou sensível).

Os raios ultravioletas são invisíveis, por

isso, os filtros solares devem ser usados até

nos dias nublados, pois cerca de 40% a 60%

da radiação atravessa as nuvens.

Pacientes com manchas escuras na pele

devem ter cuidado redobrado com o sol e usar

filtros com FPS de 45 a 60, pois são sensí-

veis a quantidades mínimas de ultravioleta.

A belíssima campanha da Sundown lembra que a"A vida gira em torno do sol", mas desde que devidamente protegida

Page 17: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 17

O médico dermatologista Zireli de Oli-

veira Valença responde as principais dúvi-

das sobre o impacto dos raios ultravioletas

na pele.

Queimaduras solares frequentes duran-

te a vida podem causar câncer de pele?

Sim. O sol em excesso pode alterar o

DNA das células, aumentando o risco de desen-

volver câncer.

Mesmo não estando na praia, devo

usar protetor solar?

Sim. Ele deve ser usado diariamente. O

sol acelera o envelhecimento, pois causa deses-

truturação no colágeno da pele, substân-

cia responsável por manter a pele jovem.

Manchas e pintas na pele sempre

têm relação com o sol?

Em parte. É preciso fazer uma investi-

gação em cada paciente. Depende da pre-

disposição genética da pessoa ou de altera-

ções hormonais, como o uso de anticon-

cepcionais e a gravidez. O sol tem uma con-

tribuição importante para o surgimento de

manchas. Os raios solares ativam a melani-

na da pele, o que acaba causando man-

chas e sardas.

Pessoas negras precisam usar

protetor solar?

Sim. Apesar de a pele negra ser mais

resistente – por ter uma quantidade maior

de melanina – ninguém está livre do câncer

de pele. Por isso o protetor deve ser usado

sempre. O fator mínimo de proteção é o 30.

O número do protetor solar tem

relação com a cor da pele?

Não. Independente do tipo de pele de-

ve-se usar sempre protetor solar de no mí-

nimo FPS 30 ou maior. FPS é a abreviação

de fator de proteção solar. O protetor deve

ser passado em quantidade generosa por

todo o corpo 30 minutos antes da expo-

sição solar.

Lâmpadas fluorescentes fazem

mal a pele?

Sim. Esse tipo de luz também emite raios

ultravioletas. Por isso, se a pessoa fica muito

tempo em um ambiente com essa luz ou

muito próxima, é recomendável usar o pro-

tetor solar.

Protetores físicos como boné e guar-

da-sol substituem o protetor?

Não. Eles devem ser usados, mas como

um complemento ao protetor solar. É ideal

que o guarda-sol seja grosso para bloquear

bem a passagem do sol. O problema é que

a radiação refletida na areia e na água do

mar ou do rio também é nociva.

Camisas ajudam a bloquear os raios

do sol? Ajudam, em parte, mas o prote-

tor ainda é indispensável.

O protetor solar protege o dia inteiro?

Não. É preciso renovar o filtro na pele

a cada duas ou três horas. Ao sair da praia

é preciso passar o creme novamente.

Dermatologista Zireli de Oliveira Valença

Conheça os principais perigos da exposição ao sol

Page 18: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br18

Em 1978,o mundo presenciou um marco

na área da reprodução humana: nas-

cia na Inglaterra o primeiro bebê de

proveta. Casais inférteis, antes sem a pos-

sibilidade de obter a gravidez tão deseja-

da, tiveram, a partir dessa data, esperan-

ças renovadas.

“A infertilidade, que atinge cerca de 15%

dos casais no período reprodutivo, ou seja,

entre os 15 e 45 anos - passou a ter uma

ampla gama de tratamentos cada vez mais

bem sucedidos a medida que as pesquisas

evoluem”, considera o especialista em repro-

dução humana Felipe Oliveira de Albuquerque.

A literatura médica diz que a pesquisa do casal

infértil visa atingir identificar e corrigir as cau-

sas de infertilidade, informar detalhadamen-

te cada passo do tratamento, proporcionar

apoio emocional durante a pesquisa e tra-

tamento do casal e oferecer as formas de tra-

tamentos convencionais, bem como técnicas

de fertilização assistida, se necessárias.

Conforme explica Felipe Oliveira, o pri-

meiro passo é a avaliação da infertilidade

através da análise do fator masculino, com

o estudo do sêmen por meio da coleta e

do exame conhecido como espermograma.

“Vale salientar que em 35% a 40% dos casos

de infertilidade a causa é masculina. Já quan-

do analisamos o fator feminino é fundamen-

tal, a princípio, afastar a possibilidade da

existência de doenças sistêmicas que inter-

ferem no processo reprodutivo, tais como:

diabetes, doenças da tireóide, obesidade e

outras”, acrescentou.

De acordo com o histórico da pacien-

te e considerando outros fatores clínicos,

o médico pode lançar mão de um extenso

arsenal de métodos de diagnóstico para iden-

tificar a origem da infertilidade, como por

exemplo videohisteroscopia, videolaparos-

copia, ultrasonografia, dosagens hormonais

entre outros.

Após esse estudo é possível identificar

a origem da infertilidade. No homem, a vari-

cocele (varize na bolsa escrotal) é a prin-

cipal causa. Na mulher, lista-se a falta de

ovulação, a endometriose e alguns proces-

sos infecciosos.

Os avanços na terapêutica do casal infér-

til tem sido constantes e incluem desde a

descoberta de substâncias mais eficientes

Novas técnicas permitem que casaisinférteis voltem a ter filhos

INFERTILIDADE

Médico Felipe de Oliveira

Page 19: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 19

no tratamento de indução da ovulação até

as técnicas mais avançadas de fertilização

“in vitro”.

Não foram poucas as mães beneficia-

das por cirurgias videohisteroscópicas, que

permitem a retirada de pólipos, miomas, sep-

tos e aderências no útero sem a necessi-

dade de cortes. Sãor técnicas minimamen-

te invasivas como a videolaparoscopia, que

possibilitam o tratamento de endometrio-

se, cistos de ovários e aderências pélvicas

utilizando microcâmeras e pinças e descar-

tando incisões de grande porte.

Conforme destaca o médico Antonio Carlos

Albuquerque, um dos principais nomes da

reprodução humana em Alagoas, no campo

da fertilização “in vitro” os resultados alcan-

çam até 65% de chances de se alcançar a

gravidez, dependendo o sucesso, basicamen-

te, da idade da mulher.

Ele cita ainda a injeção intracitoplasmá-

tica de espermatozóide (ou ICSI, por sua sigla

em inglês), técnica iniciada na década de

90 que tornou possível a fertilidade em home-

ns vasectomizados e em mulheres que reti-

raram as trompas.

A ICSI favoreceu o desenvolvimento de

novos exames a serem realizados antes do

implante do embrião no útero, oferecendo

aos pais a tranqüilidade de iniciar uma gra-

videz com um embrião sem alteração gené-

tica ou cromossomial.

“Toda essa evolução no campo da repro-

dução humana propiciou a casais antes infér-

teis, a possibilidade de alcançar a gestação

desejada.A tecnologia avança a cada segun-

do, novas técnicas deverão surgir nos próxi-

mos anos e, consequentemente melhores resul-

tados deverão ser obtidos.O importante é que,

antes de mais nada, sejam resultados con-

quistados dentro de princípios éticos”, fina-

lizou Felipe Albuquerque.

A reconhecida técnica de fertilização “in vitro”, que revolucionou a medicina

Page 20: REVISTA SANTA CASA Nº 4

As Unidades de Emergência e de Ur-

gência em todo o País, sejam elas

privadas ou estatais, enfrentam um

inimigo comum: o excesso de pacientes que

recorrem ao atendimento emergencial

quando, pelo seu quadro clínico, deveriam

procurar ajuda médica em consultórios, pos-

tos de saúde, unidades de pronto atendi-

mento ou mini-pronto socorros.

“É certo que toda febre é um sinal de

alerta emitida pelo organismo, mas nem toda

febre deve ser motivo para que o pacien-

te procure a Emergência de um hospital”,

alertou a médica Sandra Omena Bastos, con-

ceituando os termos “emergência” (aten-

dimento que não pode esperar, sob risco

de óbito do paciente) e urgência (atendi-

mento que permite um tempo de espera maior

sem danos à saúde do paciente).

“Muitos não entendem que os pacien-

tes mais graves têm prioridade”, enfatiza

Sandra Bastos. A lógica no ambiente hos-

pitalar é diferente do que se pratica em ban-

cos ou em consultórios, onde o que vale é

a ordem de chegada.É por isso que a Emergên-

cia 24 Horas da Santa Casa de Maceió ado-

tou a Escala de Manchester, visando estra-

tificar o nível de gravidade de cada pacien-

te, permitindo avaliar-se os casos com base

em referencial científico, definindo tempo

de espera e o atendimento imediato.

Pacientes evitam consultórios elotam Emergência de hospitais

EM TODO O PAÍS

20Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

Casos eletivos ocupam vaga de pacientes em situação grave

Para que a família decida levar o pacien-

te a um atendimento de “Emergência” é

preciso averiguar antes alguns fatores. Um

deles é a febre acompanhada de sintomas

como aumento no batimento cardíaco ou

na respiração, redução na diurese (urina),

prostração (estado em que a pessoa per-

manece acamada e sem ânimo para desen-

volver atividades); alteração do estado de

consciência, entre outros. O ideal seria que

antes de recorrer a uma emergência, o pacien-

te fosse visto (triado) em uma unidade ambu-

latorial, consultórios, mini-pronto socorros

mais próximos à sua residência. Na maio-

ria das vezes isso não acontece, vivendo a

saúde do indivíduo, por uma questão por

vezes cultural, de informação, em uma “corda-

bamba”. Se por um lado, o paciente pro-

cura uma unidade de Urgência e Emergência

por sintomas mínimos, por outro, alguns só

recorrem a mesma em risco iminente de morte.

É importante salientar que todos esses sinais

- ou apenas alguns deles - presentes podem

indicar deterioração do estado clínico por

agravamento de uma infecção, que pode

levar o paciente ao óbito em questão de

horas. Estamos falando da temida Sepse,

que a Santa Casa de Maceió adotou o seu

Tratamento em Protocolo Institucinal,

dada a sua gravidade.

Quando recorrer à Emergência?

Médica Sandra Omena Bastos atua na Santa Casa de Maceió

Page 21: REVISTA SANTA CASA Nº 4

21Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

Amaior causa da ressaca é a gas-

trite aguda provocada pelo con-

sumo excessivo de álcool, que causa

náuseas, dor de estômago e vontade de

vomitar. Outro sintoma que atinge a maio-

ria dos beberrões é a tradicional dor de

cabeça frontal ou, como dizem os médi-

cos, a cefaléia.

Para minimizar os efeitos da ressaca,orien-

ta o médico clínico da Santa Casa de Maceió,

Helvio Ferro, é preciso evitar a desidratação

que atinge os foliões que se excedem na bebi-

da. “É importante que junto com a ingesta

da bebida o indivíduo também ingira água.

Não é a toa que é comum tomar vinho com

um copo de água ao lado ou uísque com gelo

ou água.Para cada duas doses de uísque puro

beba um copo de água”, orienta Hélvio.

Alimentação também é importante

para hidratar e diminuir os efeitos da res-

saca. Helvio Ferro orienta dar preferência para

alimentos de fácil digestão, como saladas,

água de coco e frutas (com destaque para

o melão, melancia, mamão e laranja etc.).

São alimentos com maio teor de água e que

ajudam na reposição dos sais minerais per-

didos na urina. “Ao beber o indivíduo urina

com maior freqüência, eleva o nível de álcool

no sangue e se desidrata”, detalhou. “Por

isso, ter na geladeira uma bacia grande com

salada de fruta e muita água de coco é fun-

damental”, sugeriu.

Evitar alimentos com gordura é outra

decisão importante, já que alimentos

pesados favorecem a gastrite do estôma-

go citada no início da reportagem. Comer

tira-gosto junto com a bebida pode ajudar

a reduzir os efeitos do álcool, o único pro-

blema é evitar alimentos gordurosos.

Vale destacar, ainda que, a tendência

de quem bebe é diminuir o apetite.“O álcool

se transforma em glicose, por isso o orga-

nismo não sente necessidade de comer. Quem

é alcoólatra, por exemplo, pode ganhar uma

cirrose hepática pela falta de ingestão de

proteínas. E pior, isso afeta pernas, braços

e rosto, que se afinam com o tempo devi-

do à perda continua de massa muscular.

Em contrapartida, o abdomem segue cres-

cendo. Amanhã o remédio certo para dor

de cabeça oriunda da ressaca.

Água e frutas ajudam aminimizar os efeitos da ressaca

Água e frutas ajudam aminimizar os efeitos da ressaca

Page 22: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br22

Participação em curso é gratuita e aberta à comunidade alagoana

Curso Casais Grávidos preparapais, tias e avós para a gestação

Imagine sua esposa,acamada, recuperando-

se de uma cesariana e você, lá pelas duas

da madrugada, segurando o seu filho,

recém-nascido, que não para de chorar. Não

dá para chamar seus pais.A sogra e as tias

também não.A babá, pior ainda (ela adoe-

ceu e faltou ao trabalho!). E agora?

Para ajudar os pais de primeira viagem

ou quem deseja apenas atualizar seus conhe-

cimentos sobre gavidez, a equipe multidis-

ciplinar do Instituto da Mulher realiza todos

os meses o curso Casais Gravidos.

O curso é gratuito e tem como públi-

co-alvo também sogras, tias, avós e cuida-

dores, já que muitos mitos são transmiti-

dos de geração em geração por parentes

próximos. "No curso, tais mitos são escla-

recidos à luz das mais recentes pesquisas

médicas", disse a pediatra Dilma Carvalho,

articuladora do projeto.

"A ideia do curso surgiu ao observar-

mos a insegurança dos pais de primeiro filho

ao chegarem na maternidade. Muitos se mos-

tram ansiosos e cheios de dúvidas se são

capazes de dar conta desta nova tarefa",

acrescentou Dilma.

A equipe multidisciplinar do curso Casais

Grávidos é formada pela pediatra Dilma Carvalho

e a enfermeira Magdala Lyra, responsáveis

pelo tema "Cuidados com o recém-nasci-

do"; a nutricionista Vanessa Freitas e a psi-

cóloga Thaysa Alencar, com o tema

"Necessidades nutricionais e Alterações psi-

cológicas na gestação"; as obstetras

Cledna Bezerra Melo e Gilmary Cabral ("Pré-

natal e parto"), a anestesista Janaina Die-

gues e a fisioterapeuta Alessandra Tenório

Fontes ("Alívio da dor"); as fonoaudiólo-

gas Érica e Adriana Melo, acompanhadas

da pediatra Sirmani Torres, com o tema “Aleita-

mento materno".

O curso possui aulas práticas e teóri-

cas sobre higienização do recém-nascido,

alimentação, cuidados com a gestante (antes

e após o parto), mitos sobre a gravidez, ques-

tões afetivas e emocionais, presença do pai

na sala de cirurgia entre outros. As pales-

tras ocorrem sempre às terças, às 19 horas,

no Centro de Estudos da Santa Casa de Mace-

ió, e são divididas em cinco módulos, por

isso não há data específica para início ou

término do curso. Os pais podem ingres-

sar no grupo a partir de qualquer módulo.

ESPERANDO O BEBÊ

A equipe de profisisonais do Instituto da Mulher Dilma Carvalho,

Alessandra Tenório, Gilmary Cabral, Vanessa Freitas e Thaysa Alencar

“A ideia do cursosurgiu ao observar-mos a insegurança

dos pais de primeirofilho ao chegaremna maternidade.

Page 23: REVISTA SANTA CASA Nº 4

“Explicamos às mães como ocorre a pro-

dução do leite materno, o que pode preju-

dicar esta produção, a técnica correta de ama-

mentação e como solucionar as principais

dificuldades do aleitamento, como fissura

de mamilos, ingurgitamento mamário e mas-

tite mamário”, listou a pediatra Sirmani Torres.

Um dos momentos mais aguardados e

divertidos é a aula prática sobre cuidados

com a higiene do bebê com a enfermeira

Magdala Lyra. É a oportunidade dos pais

mostrarem seus dotes tendo nas mãos um

bebê-boneco, que simula à perfeição uma

criança de verdade.

Magdala Lyra apresenta técnicas sim-

ples e seguras de como realizar procedimen-

tos como banho, troca de fraldas, vestuá-

rio e cuidados com o coto umbilical.

Já a fisioterapeuta Alessandra Tenório

orienta as "futuras mães" sobre o papel

preventivo, educativo e terapêutico da fisio-

terapia, buscando aliviar a dor e prepará-

las antes, durante e após o parto.As fonoau-

diólogas Érica e Adriana Melo, por sua

vez, focam nos prejuízos provocados pelo

uso de chupetas e mamadeiras. A nutri-

ção esclarece dúvidas sobre alimentação,

azia, enjôos e a Thaysa Alencar as alte-

rações psicológicas porque passam os pais

grávidos.

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 23

Casal treina com boneco que simula à perceição uma criança recém-nascida

Page 24: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br24

AEndoscopia 24 Horas da Santa Casa

de Maceió comemora 10 anos de

fundação contabilizando mais de

17 mil endoscopias digestivas, 7 mil co-

lonoscopias, centenas de procedimentos

avançados.

Com a certificação da Santa Casa de

Maceió como Hospital Acreditado, após audi-

toria chancelada pela Organização Nacional

de Acreditação, a Endoscopia 24 Horas teve

reconhecida a eficácia de suas rotinas de

segurança na assistência ao paciente.

"A Endoscopia 24 Horas tornou-se refe-

rência em Alagoas.Atualmente, diversas clí-

nicas especializadas encaminham pacientes

com lesões complexas na área digestiva",

disse o colo-proctologista da Santa Casa de

Maceió, Ricardo Tavares.

"São procedimentos que necessitam de

uma completa estrutura hospitalar, de roti-

nas de segurança, de pessoal altamente quali-

ficado, enfim, tudo para garantir a segurança

do paciente antes, durante a após o pro-

cedimento", acrescentou Carlos Amaral, espe-

cialista em endoscopia digestiva.

Além dos médicos Ricardo Tavares e Carlos

Amaral, integram a equipe da Endoscopia

24 Horas os especialistas Carlos Cabus, Daniel

Veras, Josemilton Rodrigues, Carla Lessa, Ma-

ria Celina Marques e Rosemeri Bernardi.

Endoscopia 24 Horas festeja dez anos salvando vidasUnidade já realizou mais de 17 mil endoscopias digestivas

A equipe da Endoscopia 24 Horas reunindo os médicos Daniel Veras, Carlos Cabús, Ricardo Tavares,

Carlos Amaral, Vitória Gonzaga (anestesista), Ricardo Pires (anestesista) e Larissa Lopes (anestesista)

COMEMORAÇÃO

Page 25: REVISTA SANTA CASA Nº 4

25Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

A qualificação da equipe, as rotinas de

segurança para o paciente e a tecnologia

disponível na Santa Casa de Maceió são

os principais diferenciais da Endoscopia 24

Horas.A afirmação é do colo-proctologista

e cirurgião do aparelho digestivo Ricardo

Tavares.

"Uma das tecnologias oferecidas,

destaca o endoscopista Carlos Amaral, é

o bisturi de plasma de argônio, aplicado

em procedimentos endoscópicos ter-

apêuticos." O equipamento é utilizado em

casos de hemorragia digestiva e outras enfer-

midades coloretais.

No bisturi de plasma de argônio, o gás

ionizado gerado pelo equipamento serve

de meio condutor pra o campo elétrico

formado entre a ponta do eletrodo e o

tecido.

O bisturi provoca um processo de coag-

ulação e dissecção do tecido, sem causar

carbonização ou vapotrização do tecido

e sem o contato direto, como faz o bis-

turi elétrico.

Unidade usa o bisturi de plasma de argônio

Quando o assunto é Sistema único de

Saúde (SUS) é comum surgirem críticas à

qualidade do atendimento prestado aos pa-

cientes. Diferente do que sugerem as man-

chetes dos jornais, na Santa Casa de Maceió

os pacientes do SUS recebem o mesmo aten-

dimento prestado aos pacientes de convênios

e particulares. Na Endoscopia 24 Horas não

poderia ser diferente, não há diferença entre

os pacientes, já que todos utilizam os mes-

mos equipamentos e profissionais.

Entre os procedimentos mais procura-

dos da Endoscopia 24 Horas a endoscopia

digestiva básica lidera a lista, seguida da

videoendoscopia digestiva alta, videocolonos-

copia, além de biópsias. ligadura elástica

de varizes, obliteração de varizes com hys-

toacril, esclerose de varizes, mucosectomia,

dilatações endoscópicas, polipectomia,

gastrostomia endoscópica, retirada de cor-

po estranho, colocação de próteses etc.

Conheça os principais serviços endoscópicos

Bisturi de plasma argônio disseca o tecido, sem carbonizá-lo e sem o contato direto, como faz o bisturi elétrico

Page 26: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br26

Existem duas amigas que são inimi-

gas "número um" das mulheres. A

primeira deixa a pele parecida com

uma casca de laranja.A segunda deixa mar-

cas lineares, algo semelhante a um teci-

do se resgando. Estamos falando das celu-

lites e estrias, respectivamente.

Conforme ressalta a dermatologista

Samya Diegues Cedrim, da Santa Casa

de Maceió, ainda não existe cura para

os dois problemas, o que há são trata-

mentos que buscam minimizar os efei-

tos sobre a pele.

"O melhor tratamento continua

sendo a prevenção, porque depois que as

marcas aparecem não é possível eliminá-

las tão facilmente. A tecnologia disponí-

vel ainda não elimina totalmente celuli-

tes ou estrias", reiterou Sâmya.

A estria é uma cicatriz provocada pela

ruptura nas fibras elásticas da pele em

virtude do esticamento provocado por diver-

sos fatores, entre eles o crescimento do

indivíduo (puberdade), gestação, ganho

de massa muscular ou de gordura no corpo.

Já a celulite é uma irregularidade na

pele provocada por um processo inflama-

tório nas células adiposas cuja causa é

hormonal, por isso 90% dos casos é veri-

ficado em mulheres.

Contra a celulite a melhor forma de

prevenção e tratamento é a dieta e o exer-

cício físico. "Até seis meses após o sur-

gimento das estrias em adolescentes ou

gestantes é possível reverter o processo

com o uso da tecnologia. Há também casos

cirúrgicos em que a retirada da pele pode

eliminar o problema, mas depende de cada

caso", enfatizou.

Questionada sobre a tese de que cer-

tos alimentos estimulam o surgimento de

estrias, Sâmya Cedrim é enfática: "É um

mito dizer que comidas provoquem es-

trias ou celulites. O consumo freqüente

de alimentos com alto teor de gordura,

açúcar, fritura e carboidrato pode elevar

o peso e, aí sim, levar ao surgimento de

estrias ou celulites", concluiu.

INIMIGAS DAS MULHERES

Especialista orienta comoprevenir celulites e estrias

Page 27: REVISTA SANTA CASA Nº 4

ASanta Casa de Maceió ingressou no sele-

to grupo de hospitais brasileiros aptos

a realizar a moderna técnica conheci-

da como implante coclear. Um paciente de 63

anos de idade - selecionado e operado pelos

otorrinolaringologistas Marcos Melo e Daniel

Buarque - foi o primeiro alagoano a receber o

popular ouvido biônico. Em poucos meses, a equipe

já realizou a terceira cirurgia e se prepara agora

para as próximas.

Realizada no centro

cirúrgico da Santa Casa de

Maceió, a intervenção con-

tou com a presença do otor-

rinolaringologista da Unicamp,

Artur Castillo, que compar-

tilhou toda sua experiência

na área.Também participa-

ram da iniciativa especialis-

tas do Serviço de Otorrino-

laringologia da Santa Casa

de Maceió.

O implante coclear é um

aparelho eletrônico de alta complexidade tec-

nológica, cujo objetivo é restaurar a audição

em pacientes portadores de surdez profunda,

que não se beneficiam do uso de próteses audi-

tivas conven-

cionais.“Trata-

se de um

dispositivo eletrônico computadorizado que subs-

titui o ouvido em pacientes com surdez total

ou quase total”, explicou Marcos Melo.

O implante estimula diretamente o nervo audi-

tivo através de pequenos eletrodos colocados den-

tro da cóclea e o nervo leva estes sinais para o

cérebro. É um aparelho muito sofisticado e caro,

cujo valor gira entre R$ 50 mil e R$ 60 mil.“Hoje,

apenas operadoras de saúde custeiam o proce-

dimento, mas nós já iniciamos o processo para

que o SUS passe a cobrir tam-

bém o implante coclear”,ante-

cipou-se Daniel Buarque.

No caso do paciente ope-

rado, foi preciso recorrer ao

plano de saúde, já que há

cinco anos uma infecção na

região do ouvido o fez per-

der totalmente a audição.

O funcionamento do im-

plante coclear difere do Apa-

relho de Amplificação So-

nora Individual (AASI). En-

quanto o AASI apenas amplifica o som, o implan-

te coclear fornece impulsos elétricos para esti-

mulação das fibras neurais remanescentes em

diferentes regiões da cóclea, retornando ao usuá-

rio a capacidade de perceber o som.

Daniel Buarque lembra que quanto mais cedo

for realizado o diagnóstico e o implante, melhores

serão os resultados, já que tais pacientes estão

iniciando o processo natural de

desenvolvimento da fala.

EM ALAGOAS

27

Médicos realizam implantepioneiro de ‘ouvido biônico’

“Já iniciamos o proces-

so para que o SUS

passe a cobrir também

o implante coclear, já

que aparelho é muito

sofisticado e caro, cujo

valor gira entre R$ 50

mil e R$ 60 mil

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

Page 28: REVISTA SANTA CASA Nº 4

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br28

Oserviço Social da Santa Casa de Misericórdia de Maceió vem

ao longo dos anos exercendo um papel de fundamental impor-

tância para a sua filantropia: a intervenção constante foca-

da nas demandas que, usuários do SUS, vivem numa situação de vul-

nerabilidade ocasionada pela precariedade da saúde em nosso Estado.

Como hospital de referência a Santa Casa de Misericórdia de Maceió

tem seus braços abertos para o atendimento a toda a população do

nosso Estado bem como de estado circunvizinhos.

A atuação do Serviço Social vem tomando formas diferencia-

das no decorrer dos anos à medida que a nossa instituição vai

avançando e percorrendo novos caminhos em busca da excelên-

cia em seu atendimento à população e na prestação de seus ser-

viços. Neste sentido, o ano de 2011 foi um marco para nós que

fazemos o Serviço Social da Santa Casa de Misericórdia de Maceió

ao nos ermos convocadas para uma atuação de caráter multipro-

fissional onde o usuário tenha uma importância fundamental deste

o momento que chega ao hospital até o término dos procedimen-

tos nele realizados.

As profissionais de Serviço Social têm um papel relevante a

executar como membros das equipes multiprofissionais existen-

tes no cotidiano hospitalar onde o nosso cliente é cuidado a par-

tir da abordagem das questões sociais, econômicas e culturais numa

visão ampla de sua inserção na vida social que interfere de forma

contundente na sua condição de saúde. Uma das atuações espe-

cifica do Serviço Social é o esclarecimento dado ao usuário em

tratamento de alta complexidade com relação ao acesso, por direi-

to, ao transporte gratuito para o tratamento concedido pelo TFD

(Tratamento Fora de Domicílio). É direito concedido a todo usuá-

rio do SUS de alta complexidade que, residindo no interior do Estado,

precisa se deslocar de sua cidade para a capital na realização de

seu tratamento.

ARTIGO

Serviço Social, uma presença eficaz

Equipe de assistentes sociais da

Santa Casa de Maceió: dedicação à

garantia de direitos dos pacientes

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Nos últimos tempos o número de cidadãos que não

contribuiu com a Previdência Social é avassalador geran-

do uma parcela da sociedade desprovida de todo e qual-

quer acesso aos direitos concedidos ao cidadão a partir

de sua contribuição trabalhista. São pessoas que, mer-

gulhas numa condição de pobreza, não tem acesso a con-

dição mínima de subsistência através de um amparo social.

Mesmo com a criação do Benefício de Prestação

Continuada (LOAS) concedido pelo governo federal à popu-

lação carente, se faz necessário que o cidadão esteja enqua-

drado nos critérios exigidos. É também esse cidadão, des-

provido de saúde no mais amplo sentido da palavra, que

o Serviço Social tem como objeto de sua atuação na Santa

Casa de Misericórdia de Maceió.

Em nossas visitas diárias às enfermarias, no discer-

nimento criterioso daqueles que são contemplados por

lei ao acompanhamento de seus familiares durante o perío-

do de internação (nessa ótica atuamos sobre o direito

ao acompanhante nos casos previstos por lei: idosos, crian-

ças, e portadores de necessidades especiais), no acesso

dos acompanhantes à alimentação e na orientação incan-

sável a esses mesmos acompanhantes do quanto eles devem

participar e construir no processo de cura daqueles a quem

acompanham, a equipe de Assistentes Sociais da Santa

Casa de Misericórdia de Maceió vai pautando sua atua-

ção profissional tendo como objetivo maior despertar no

cidadão sua capacidade de ir em busca de seus direitos

e a eles ter acesso na dinâmica de construção de sua vida

enquanto ser que faz história, sua própria história.

Não há saúde se não há respeito ao direito do outro.

Não há atendimento humanizado se o outro não for visto

e acolhido como ser que deve ter sua dignidade respei-

tada, não há excelência no atendimento se não levar-

mos em conta que o cidadão que precisa se submeter

a um tratamento de alta complexidade precisa das con-

dições materiais mínimas (higiene, moradia, alimenta-

ção, medicamentos, transporte) hoje tão usurpadas do

seu cotidiano. É nessa teia de contradições e necessi-

dades emergenciais que o Serviço Social da Santa Casa

de Misericórdia de Maceió atua cotidianamente.

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SUS

Quem já precisou internar-se num

hospital ou recebe aplicações de

quimioterapia, como os pacien-

tes do Centro de Oncologia da Santa Casa

de Maceió, conhece de perto o trabalho

e a importância do terapeuta ocupacio-

nal no processo de recuperação e de con-

vivência com as limitações impostas pela

doença.

Segundo a terapeuta ocupacional do

Centro de Oncologia, Analice Brandão, os

problemas relacionados à saúde em seu

campo de atuação podem ser de origem

social, psicológica, biofísica ou cultural. “A

doença afeta o desempenho ocupacional

de várias maneiras, incluindo a redução da

energia, ruptura dos padrões e mudanças

na capacidade da pessoa desempenhar ocu-

pações”, explica.

Para entender o que faz profissionais

como Analice Brandão é preciso conhecer

o conceito de Terapia Ocupacional. “É a

arte e a ciência de ajudar pessoas a rea-

lizarem as atividades diárias que são impor-

tantes para elas, apesar de debilidades, inca-

pacidades ou deficiências”, conceituou. Entre

as atividades rotineiras estão alimentar-se,

vestir-se, higiene pessoal, além de ativida-

des produtivas e de lazer.

Atuando junto aos adultos e crianças

em tratamento no Centro de Oncologia,

a terapeuta ocupacional Analice Brandão

destaca que a terapia ocupacional busca

diminuir o impacto da hospitalização, pro-

mover a independência nas atividades diá-

rias, estimular autonomia, humanizar o ambien-

te hospitalar, estimular o potencial saudá-

vel do paciente e conseqüentemente pro-

mover a qualidade de vida e diminuição

do tempo de internação. Além disso, obje-

tiva-se orientar os pacientes no processo

de pós-alta e encaminhá-los, quando indi-

cado, para serviços de reabilitação.

Com sua equipe de estagiárias,Analice

Brandão estruturou o Serviço de Terapia

Ocupacional no Centro de Oncologia, aten-

dendo pelo Sistema Único de Saúde, con-

vênios e particulares. O grupo atua ainda

em áreas como cardiologia, pediatria e radio-

terapia.

Pacientes da Oncologia contamcom terapia ocupacional

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Terapeuta ocupacional Analice Brandão

Espaço pediátrico do Centro de Oncologia da Santa Casa de Maceió

Profissionais atuam junto aos pacientes adultos e infantis

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