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News, revista, santa, casa
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Vida agitada muda rotinade pessoas e hospitais
Infertilidade pode ser revertida
Páginas 18 e 19Página 15
Página 13
NOVAS TÉCNICASMÍDIA
Pacientes optam por cuidar da saúde à noite
Documentários orientaminternautas sobre saúde
4
Dr. Humberto Gomes de MeloProvedor
Dr. Artur Gomes NetoDiretor-médico
Dr. Paulo de LiraDiretor administrativo/financeiro
Duílio Marsiglia
Euclides Ferreira de Lima
Francisco de Assis Gonçalves
Giovani A. C. Albuquerque
Ivone dos Santos
João Augusto Sobrinho
José Peixoto dos Santos
Marcos Davi Lemos de Melo
Milton Hênio de Gouveia
Cônego João José de Santana Neto
Mesa Administrativa
Antonio NoyaAssessor de comunicação 44 MTE/AL
Theodomiro Jr.Jornalista 535 MTE/AL
Sílvio RomeroFotografia e arquivo
Revista produzida pela
Assessoria de Comunicação da
Santa Casa de Misericórdia de Maceió
Tiragem: 10 mil exemplares
Sumário
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br
10
RECONHECIMENTOSanta Casa de Maceió recebe o
Prêmio Estadual da Qualidade
12
ALERTANúmeros sobre o câncer
assustam médicos e governos
14
NA INTERNETDocumentários orientam
internautas sobre saúde
É BOM SABERMitos sobre os raios nocivos do sol 16
INFERTILIDADENovas técnicas permitem que casais inférteis
voltem a ter filhos
18
DIAGNÓSTICOS Unidade amplia horário
para atender pacientes
13
28
SUSPacientes da Oncologia contam
com terapia ocupacional
30
15 26
24
SERVIÇO SOCIALIndicadores assistenciais de 2011
focam na segurança do paciente
MULHERESEspecialista orienta como
prevenir celulites e estrias
COMEMORAÇÃOEndoscopia 24 Horas festeja
dez anos salvando vidas
ALERTASepse pode matar se não for
diagnosticada e tratada a tempo
11
23 PREPARATIVOSCurso Casais Grávidos prepara pais,
tias e avós para a gestação
21 DESIDRATAÇÃOÁgua e frutas ajudam a minimizar
os efeitos da ressaca
5
OPERAÇÃO SORRISOCirurgias de lábio-leporino
beneficiam 60 pacientes
8
20 EM TODO O PAÍSPacientes evitam consultórios e
lotam Emergência de hospitais
6 APÓS AS FESTASBancos de sangue tentam
restabelecer estoques
EXPERTISESanta Casa supera a marca
de 1000 vídeohisteroscopias
COMUNIDADE MV AL sedia 1ª reunião de grupo
fora do eixo Rio-SP
5
Colegiado negocia pool para unificar compras
ASanta Casa de Maceió sediou o primeiro
encontro do Grupo de Gestores de Suprimen-
tos de hospitais da Comunidade MV fora
do eixo Sul-Sudeste. O grupo reúne instituições de
saúde que utilizam o Sistema MV.
O provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto
Gomes, ao lado do gerente de Suprimentos, Seve-
rino Moura, fez questão de receber os participan-
tes do encontro, que é realizado periodicamente entre
os membros da Comunidade MV.
Dos mais de 500 hospitais que utilizam o sis-
tema, cerca de dez participam deste colegiado que,
entre outros objetivos, busca compartilhar informa-
ções e aprimorar a complexa ferramenta.
Segundo o gerente de Suprimentos da Santa Casa
de Maceió, Severino Moura, o grupo está negocian-
do a formação de um pool para unificar a compra
de materiais e equipamentos hospitalares, o que irá
conferir maior poder de barganha junto aos gran-
des fornecedores.
Ele destacou que é a primeira vez que tal encon-
tro realiza-se no Nordeste,l fora do eixo Rio-São Paulo-
Porto Alegre, o que demonstra a importância da Santa
Casa de Maceió no cenário nacional.
Grupo de gestores da área de
suprimentos realizam encontro
na Santa Casa de Maceió
AL sedia 1ª reunião degrupo fora do eixo Rio-SP
COMUNIDADE MV
6Revista da Santa Casa de Maceió
www.santacasademaceio.com.br
Entrevista é criteriosa emseleção de novos doadores
Ohemocentro da Santa Casa
de Maceió possui um dos mais
rígidos controles de quali-
dade de Alagoas, reconhecido inclu-
sive pelo Programa de Controle de
Avaliação de Serviços de Hemoterapia
da Anvisa.
Os números internos do hemocentro
confirmam o cuidado da equipe mul-
tiprofissional com a seleção dos doa-
dores.Na Santa Casa de Maceió,a média
de rejeição a doadores de primeira viagem
gira entre 20% e 30%, sendo a maio-
ria reprovada na avaliação clínica.
“Mesmo com os estoques baixos
de sangue, continuamos criteriosos
com a seleção de doadores”,acrescentou
o hematologista Ivan Marques de Freitas,
, co-gestor do Banco de Sangue da Santa
Casa de Maceió.Ele explica que é comum
jovens procurarem o banco de san-
gue na condição de doadores com o
simples objetivo de checar uma pos-
sível contaminação por HIV ou outra
doença venérea.
“O problema é que o vírus leva
algum tempo para tornar-se detec-
tável, ou seja, pode ser uma doação
de alto risco, que precisa ser muito
bem avaliada. Daí, a importância da
entrevista clínica antes da doação”,
concluiu Ivan Marques de Freitas.
Os bancos de sangue possuem doa-
dores regulares mas quando chegam
feriados ou as férias,muitos viajam,mudam
a rotina, o que acaba derrubando os
estoques de sangue”. O problema é
que nesses períodos aumentam os aci-
dentes e os casos de urgência na rede
hospitalar, elevando a demanda por san-
gue e hemoderivados.
AB Negativo é o sangue mais raro do mundo No mundo dos vinhos existem
algumas raridades que são o supra-
sumo da gastronomia mundial.
São garrafas abertas por poucos e
adquiridas em leilões a preços
proibitivos.
Se comparássemos os vinhos com
o sangue humano, os mais raros se-
riam os do tipo Negativo. Neste uni-
verso de raridades ainda existe um
tipo muito mais raro, o AB Negativo
(AB-).
Para se ter uma ideia do quanto
é difícil encontrar um doador AB Negativo
na população, das 300 mil pessoas ca-
dastradas no Banco de Sangue da Santa
Casa de Maceió, apenas 20 possuem
o tipo sanguíneo. O pior é que deste
seleto grupo, apenas nove estão
aptos a doar.
“É por isso que quando encon-
tramos uma pessoa com o tipo AB
Negativo, não pedimos para fazer
doação imediata, mas para integrar
o nosso cadastro, de forma que pos-
samos convidá-la à doações futuras
em caso de emergência”, finalizou.
Hemocentro inicia campanha para aumentar doações
QUALIDADE
“Na Santa Casa de
Maceió, a média de
rejeição a doadores de
primeira viagem gira
entre 20% e 30%,
sendo a maioria
reprovada na
avaliação clínica.
“
7
1 - Você deve ter entre 18 e 60 anos;
2 - Deve estar em boas condições de saúde;
3 - Seu peso deve ser superior a 55 kg;
4 - Não ter ingerido bebida alcoólica 24 horas
antes da doação;
5 - Se estiver alimentado e com intervalo
mínimo de 2 horas do almoço;
6 - Se você dormiu pelo menos 6 horas
nas 24h anteriores à doação;
7 - Não estar amamentando;
8 - Já ter se passado três meses
de parto ou aborto;
9 - Não estar grávida;
10 - Não sofrer de epilepsia;
11 - Não ter ou tiver tido sífilis;
12 - Não ser diabético;
13 - Se você não se expõe
ao risco de contrair o vírus
da AIDS e outras DST.
Requisitos para doar sangue
8Revista da Santa Casa de Maceió
www.santacasademaceio.com.br
OPERAÇÃO SORRISO
Acriança G.J.S nasceu com um problema
que a torna diferente das outras crian-
ças. Ela é portadora de fenda labial,
uma grande fissura no lábio superior,que deixou
parte da gengiva e de seus dentes expostos.
É impossível para qualquer um esconder
o impacto que a deformidade provoca.A fa-
mília admite que o preconceito nasceu junto
com ela, já que até mesmo parentes próxi-
mos são avessos ao problema.
Sorrir é um luxo que G.J.S. não tem, pelo
menos até agora. Ela é uma das candidatas
à cirurgia plástica para correção de fenda lábio-
palatina, que a Operação Sorriso realizou no
mês de março e que devolveu o sorriso a mais
de 60 crianças, jovens e adultos.
Uma equipe de profissionais de diversos
estados brasileiros, incluindo Alagoas, se reveza-
ram no centro cirúrgico do Hospital Nossa Se-
nhora da Guia para devolver o sorriso a cri-
anças como G.J.S., cujo drama você conheceu
no início da matéria. Todos são portadores
de fenda palatina, fenda labial ou de ambos.
Para alguns pacientes,a cirurgia é o primeiro
passo para ter enfim uma vida normal, já que
nos casos de fenda palatina (céu da boca)
são necessárias várias intervenções cirúrgicas
e sessões de fonoaudiologia. Para outras, é
a chance de poder olhar-se no espelho e ver
o próprio rosto livre da deformidade.
"Após a cirurgia plástica,as crianças param
na frente do espelho e parecem não acre-
ditar no que estão vendo. Esse momento é
um dos mais gratificantes," resumiu Luciana
Garcia, coordenadora da missão em Maceió.
Com mais de 20 missões pela Operação
Sorriso no Brasil e no exterior, o cirurgião
plástico carioca Diego Franco afirma que a
família pode evitar o estigma na criança se
fizer a cirurgia plástica cedo e se tiver o acompa-
nhamento de uma equipe multidisciplinar.
O ideal é realizar o procedimento nos dois
primeiros anos.
Conforme lembrou o cirugião plástico
Joaquim Diegues, a meta é tornar o Hos-
pital Nossa Senhora da Guia um centro espe-
cializado em pacientes com fenda labio-pala-
tina. Falta apenas apoio oficial.
Cirurgias de lábio-leporinobeneficiam 60 pacientes
Cirurgião
Diógenes Rocha
e equipe realizam
cirurgia para
correção de fenda
palatina
9Revista da Santa Casa de Maceió
www.santacasademaceio.com.br
AOperação Sorriso recebeu nesta edi-
ção o dobro de candidatos regis-
trado em 2010. Foram 155 pessoas
contra 79 no ano passado. "O trabalho das
emissoras de rádio e da mídia televisiva, vir-
tual e impressa foi decisivo para este resul-
tado", avalia Rejane Paixão.
A seleção dos pacientes ocorreu na últi-
ma quarta-feira (14) na Unidade Docente
Assistencial Professor Rodrigo Ramalho,
localizada na Praia do Sobral.Após a triagem,
metade dos pacientes e acompanhantes
aguardaram o resultado hospedados no
educandário Eunice Weaver
A seleção de pacientes seguiu alguns
critérios básicos. Durante a triagem tive-
ram prioridade as crianças de 0 a 6 anos
que nunca tiveram o lábio operado assim
como os pacientes que realizaram cirurgia
na Operação Sorriso em anos anteriores
e que agora prosseguiriam o tratamento.
Depois foram escolhidos pacientes de qual-
quer idade e portadores de outras deformi-
dades faciais.
"O acompanhamento dos pacientes no
pós-operatório será realizado em parceria
com a Santa Casa de Maceió", confirmou
o cirurgião plástico André de Mendonça.
A iniciativa contou com o apoio das secre-
tarias de Saúde do Estado e do Município
de Maceió, da Marinha do Brasil, Rede Fe-
minina de Combate ao Câncer e da Associação
Brasileira de Cirurgia Crânio-maxilo-facial
e da Associação Acadêmica da Operação Sorriso.
Também estiveram envolvidos na iniciativa
mais de 40 profissionais articulados pela Opera-
ção Sorriso, entre cirurgiões plásticos,
geneticistas, enfermeiros, anestesiologistas,
psicólogos, ortodontistas, fonoaudiólogos,
pediatras entre outros profissionais.
A Operação Sorriso é uma instituição
privada, sem fins lucrativos e de abrangên-
cia mundial. Somente no Brasil, a organi-
zação não governamental já realizou mais
de 3.500 cirurgias.
Edição 2012 recebeu o dobro de candidatos
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br10
Aequipe do Serviço de Ginecologia da
Santa Casa de Maceió alcançou a
marca simbólica de 1000 vídeohis-
teroscopias. A técnica é utilizada em proce-
dimentos de diagnóstico e em cirurgias intra-
uterinas não-invasivas visando investigar a
cavidade uterina (interior do útero).
“A vídeohisteroscopia permite a avalia-
ção de patologias que envolvam infertilida-
de, abortos, sangramento uterino anormal,
pólipos, miomas, aderências e espessamen-
to do endométrio”, explicou o ginecologis-
ta Fábio Castanheira.
Realizada em hospitais, o procedimen-
to requer anestesia da cintura para baixo.“Não
se faz cortes, não se dá pontos e a pacien-
te tem alta hospitalar poucas horas após a
intervenção, podendo retornar às atividades
cotidianas em 24 horas”, acrescentou Cas-
tanheira.
Conforme destaca o médico Ronaldo Bernardo,
um dos primeiros a usar esta tecnologia na
Santa Casa de Maceió, a instituição pode rea-
lizar até cinco procedimentos cirúrgicos e de
diagnóstico simultaneamente.
Ao lado dos especialistas e pioneiros
Fábio Castanheira e Ronaldo Gomes Ber-
nardo, realizam a vídeohisteroscopia na
Santa Casa de Maceió os médicos Lizarda
Maria de Carvalho, Vanessa Karla Caval-
cante, Antonio Carlos e Felipe Albuqueque
entre outros.
O EXAME
Durante o exame para diagnósticos é intro-
duzida pela vagina, no canal do útero, uma
fina ótica (fibra ótica) que, acoplada a um
sistema de vídeo, fonte de luz e um expan-
sor com gás, permite a visualização do canal
cervical, cavidade uterina, orifícios tubareos
e as patologias desses locais.
Já a vídeohisteroscopia cirúrgica retira os
miomas, pólipos, trata as hemorragias e reti-
ra as aderências.
HISTÓRIA
A Histeroscopia é uma técnica endos-
cópica bastante antiga praticada há 100
anos por Pantaleoni, que introduziu na cavi-
dade uterina um aparelho tubular de 12mm
de diâmetro. Para tanto, utilizou luz de vela
para iluminar a cavidade, colocando-a sob
um espelho côncavo.
No século atual a primeira histerosco-
pia com aparelho munido de lente surgiu
com David na França em 1908 utilizando
um citoscópio de Nitze, para observar a cavi-
dade uterina.
A nova era da histeroscopia surgiu em
1968 com o alemão Menken, que conseguiu
obter ótimas imagens histeroscópicas inje-
tando líquidos de alto peso molecular na cavi-
dade uterina.
A histeroscopia dos dias atuais deve-se
bastante aos médicos Lindeman, na
Alemanha, e Porto, na França. Em 1971, idea-
lizaram o insuflador de CO2 computadori-
zado.Com o passar dos anos , as lentes endos-
cópicas tornaram-se cada vez mais delgadas
e com alta luminosidade, possibilitando me-
lhor qualidade de imagens.
Santa Casa supera a marca de 1000 vídeohisteroscopias
EXPERTISE
Ginecologistas Ronaldo Bernardo e Fábio Castanheira
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 11
Internado na enfermaria de qualquer hos-
pital do País ou mesmo em casa, se recu-
perando de uma forte gripe, determi-
nado cidadão começa apresentar calafrios,
febre alta e dificuldade respiratória. Em segui-
da, a frequência cardíaca e a pressão começam
a cair. O fluxo sanguíneo sofre alteração
e os rins trabalham com dificuldade. O pacien-
te entra em choque, sofre uma parada cardía-
ca e vem a óbito. O cidadão hipotético foi
acometido pela sepse, mal que afeta 500
mil pessoas por ano no Brasil.
Para alertar os profissionais da Santa
Casa de Maceió sobre o tema, a institui-
ção trouxe a Alagoas o diretor médico do
Hospital Unimed Joinville, o intensivista Glauco
Westphal, pioneiro em sepse no País.
Em palestra que superlotou o Centro de
Estudos Professor Lourival de Melo Mota,o es-
pecialista alertou os médicos,enfermeiras, téc-
nicos de enfermagem e demais profissionais
da equipe multidisciplinar para que estejam a-
tentos aos sinais da sepse no organismo.
“O diagnóstico precoce da sepse e o
tratamento iniciado até uma hora após os
primeiros sinais são decisivos para que o
paciente não venha a óbito. A sepse pode
ocorrer em casa e no ambiente hospitalar,
sendo combatida com antibiótico e hidra-
tação por via venosa. O que não pode é a
automedicação e a administração aleatória
de antibiótico”, alertou.
Sepse pode matar se não fordiagnosticada e tratada a tempo
ALERTA
Sepse é a principal causa de mortalida-
de em unidades de terapia intensiva não-
cardiológicas em todo mundo, especialmen-
te em decorrência de disfunção de múltiplos
órgãos. Estima-se uma taxa de mortalida-
de média de 50%.
Do ponto de vista populacional, cerca
de 18 milhões de novos casos de sepse grave
são diagnosticados a cada ano em todo mundo.
Dentre as diversas iniciativas para
combater o problema, a mais ambiciosa é
a Campanha Sobrevivendo à Sepse, do qual
a Santa Casa de Maceió é participante ativa.
A sepse é uma síndrome que acomete
os pacientes com infecções severas.Ao rea-
gir fortemente a ataques externos (geralmen-
te de bactérias), as defesas do organismo
provocam um estado de inflamação que po-
de ser tão intensa a ponto de causar dis-
túrbios, como choque circulatório, alterações
na coagulação e falência múltipla de órgãos.
Segundo o intensivista Glauco Westphal
qualquer infecção mais grave pode levar
à sepse.
Metade dos diagnosticados morre
Profissionais e leigos precisam estar atentos aos primeiros sintomas
Temperatura maior que 38ºC ou menor que 35ºC;
Frequência cardíaca maior que 90 batimentos/minuto;
Frequência respiratória maior que 20 incursões/minuto; e
Alteração no número de leucócitos.
À sepse grave, acrescente-se:Piora da função dos rins;
Queda das plaquetas;
Alteração do estado de consciência;
Dificuldade respiratória;
Alterações da coagulação;
Diminuição da função do coração etc.
O paciente apresenta alguns dos sinais e sintomas abaixo?Fique atento, pode ser sepse!
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br12
Pela segunda vez consecutiva, a Santa
Casa de Maceió conquista o Prê-
mio Estadual da Qualidade na cate-
goria Nível 2 - Bronze, promovido pelo Movi-
mento Alagoas Competitiva (MAC).
A premiação estimula organizações ala-
goanas a implementarem o Modelo de Ex-
celência na Gestão, sistema alinhado aos cri-
térios da Fundação Nacional da Qualidade.
"Esse prêmio pertence aos médicos,
colaboradores e parceiros da Santa Casa
de Maceió”, disse o vice-provedor da Santa
Casa de Maceió, João Augusto Sobrinho,
justificando a ausência do provedor
Humberto Gomes de Melo em viagem a
Brasília. A comitiva, formada por diretores,
gerentes, assessores e líderes, comemo-
rou o resultado com apitos e aplausos.
O julgamento é realizado por profissio-
nais voluntários, que analisam os relatórios
das empresas, realizam visitas técnicas e va-
lidação de documentos dos participantes.
As empresas recebem um relatório de avalia-
ção apontando os pontos fortes e as me-
lhorias necessárias.
Santa Casa de Maceió recebe oPrêmio Estadual da Qualidade
RECONHECIMENTO
Vice-provedor João Augusto Sobrinho (D) recebe troféu
ASanta Casa de Maceió foi um dos
centros de excelência brasileiros
homenageados em 2011 no es-
tudo Hospitais Referência.A instituição, úni-
ca do Norte/Nordeste a receber a distin-
ção, foi agraciada junto com os hospitais
Albert Einstein, HCor e Santa Catarina.
O estudo Hospitais Referência rece-
beu uma nova nomenclatura, passando
a chamar-se Referências da Saúde. O bench-
marking anual é realizado pela IT Mídia
e promove uma avaliação de práticas efi-
cientes de gestão em Serviços de Saúde,
com ênfase para os melhores entre os par-
ticipantes que se inscrevem espontanea-
mente.
Com a mudança do nome, tal estu-
do, que já acontece há cinco anos, foi remo-
delado para ampliar o foco, antes com exclu-
sividade para hospitais, agora contemplan-
do instituições prestadoras de serviços e
fontes pagadoras (hospitais em geral, ins-
tituições de homecare, medicina diagnós-
tica e operadoras).
As melhores práticas administrativas
são compiladas em uma revista anual que
proporciona uma visão panorâmica no Setor
Saúde no Brasil, direcionando investimen-
tos e visualizando o crescimento das ins-
tituições. Temas como marketing, gestão
de pessoas, gestão financeira, gestão cor-
porativa e tecnologia são destaques da publi-
cação especial.
Destaque na pesquisa Referências da Saúde
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 13
Unidade amplia horáriopara atender pacientes
Omicroempresário Tadeu Carlos Lins
é o típico cidadão que corre de
um lado para outro em busca de
crescimento profissional e aumento na renda.
O problema, segundo ele, é encontrar tempo
para cuidar da saúde, ir ao médico e rea-
lizar exames. “O único horário que sobra
é a noite”, lamenta.
“Clientes com esse perfil são crescen-
tes na sociedade alagoana. Justamente
para atender a essa demanda, que repo-
sicionamos no mercado a marca Diagnósti-
cos Santa Casa e ampliamos o horário de
atendimento até às 22 horas”, explicou
André Carneiro, gerente de Marketing e
de Unidades Ambulatoriais da Santa Casa
de Maceió.
“Esse trabalho contou com o deci-
sivo apoio dos médicos parceiros e coor-
denadores das áreas que integram o Diag-
nósticos Santa Casa”, acrescentou
André Carneiro.
Com a aquisição de novos equipamen-
tos e a expansão no horário de atendimen-
to, exames como ressonância magnética
e cintilografia do miocárdio passaram a
ser realizados no prazo de 24h a 48 horas.
Com tanto investimento, a unidade
Diagnósticos Santa Casa registrou um aumen-
to da ordem de 25% no número de aten-
dimentos em relação ao ano passado.
Entre os investimentos, destaque para
a aquisição de equipamentos de diag-
nóstico, entre eles raio-X digital, mamo-
grafia, ecocardiograma, ressonância
magnética e uma gama câmara. A ins-
tituição também realizou a completa reno-
vação do parque tecnológico da Ultras-
sonografia.
O próximo desafio da Santa Casa de
Maceió será eliminar a necessidade de im-
pressão dos exames. “Até o final de 2012
concluiremos o processo de digitalização,
o que permitirá vencermos mais esse desa-
fio”, concluiu André Carneiro.
DIAGNÓSTICOS SANTA CASA
Recepção da unidade Diagnósticos Santa Casa
Complexo é um dos mais modernos do Nordeste
No Dia Mundial do Câncer, celebra-
do no dia 4 de fevereiro, médicos,
especialistas e autoridades gover-
namentais ganham mais uma data para dis-
cutir ações e estratégias para difundir o com-
bate e a prevenção ao câncer.
No Brasil, o Dia Nacional de Combate
ao Câncer (27 de novembro) já está consa-
grado como uma data de mobilização nacio-
nal contra a doença. "Com essa data inter-
nacional, instituída pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), a entidade busca
sensibilizar governantes e líderes de todo o
mundo para que enfrentem a questão", expli-
ca o mastologista e oncologista da Santa Casa
de Maceió, João Aderbal.
Segundo a OMS, o câncer é a doença
que mais preocupa médicos e governantes
atualmente, já que em 2015 será a princi-
pal causa de morte por doença no mundo,
superando até mesmo as doenças cardiovas-
culares.
Em 2011 foram diagnosticados 12 mi-
lhões de casos novos de câncer em todo o
mundo, dos quais 500 mil casos somente no
Brasil e algo entre 3,5 mil e 4 mil em Alagoas.
O que mais preocupa os médicos é que
o futuro não traz nenhuma luz no fim do túnel.
Em 2020 o mundo deverá ter cerca de 20
milhões de pacientes com câncer, ou seja,
quase o dobro da atualidade.
NA SANTA CASA DE MACEIÓ
Entre 2000 e 2009, o Registro de Câncer
da Santa Casa de Maceió trouxe dados que
confirmam o forte vínculo do câncer com o
hábito de fumar e o consumo frequente de
bebidas alcoólicas. A banco de dados, cria-
do pelo Serviço de Radioterapia, registrou as
principais neoplasias ligadas ao tabagismo
e às bebidas alcoólicas.
O câncer do pulmão é um dos principais
tumores provocados pelo hábito de fumar.
Segundo o Registro de Câncer da Santa Casa
de Maceió foram 519 casos novos por ano,
dos quais 58% verificados em homens e 42%
em mulheres.
O câncer de boca é outro inimigo que
atinge, em sua grande maioria, os fuman-
tes. Foram 547 casos novos no período de
10 anos, sendo que 62% de diagnósticos em
homens e 38% em mulheres.
O câncer de laringe - aquele que afe-
tou o ex-presidente Lula - tem grande pre-
valência sobre o público masculino, che-
gando a 83% dos 300 casos registrados
no período contra os 17% do estrato femi-
nino.
Outro câncer que atinge os homens é o
câncer de esôfago, com 70% dos 323 pacien-
tes com diagnóstico confirmado. A mulhe-
res representam 30% do total.
ALERTA
Números sobre o câncerassustam médicos e governosMastologista João Aderbal alerta para a adoção de hábitos saudáveis
Mastologista João Aderbal
14
Revista da Santa Casa de Maceiówww.santacasademaceio.com.br
Os documentários do projeto Mo-
mento Saúde trazem reportagens
especiais com orientações e dicas
para os internautas que acessarem o por-
tal da Santa Casa de Maceió.
Exposição da pele ao sol, hiper e hipoti-
roidismo, reprodução humana, medicina nu-
clear, oncologia clínica, radioterapia, diver-
ticulite e câncer da laringe são alguns dos
temas abordados pelos documentários.
De iniciativa da Assessoria de Comuni-
cação da Santa Casa de Maceió, as repor-
tagens seguem o mesmo padrão adotado
em matérias veiculadas na mídia televisi-
va, intercalando depoimentos da população
e de profissionais de saúde com ampla atua-
ção na Santa Casa de Maceió e na medicina
alagoana.
Um dos documentários mais acessados
no portal da Santa Casa de Maceió foi o
que abordou o hipo e o hipertireoidismo com
a endocrinologista Thais Alencar. Os dois
problemas afetam cerca de 15% da pop-
ulação, o que coloca as duas doenças entre
as que mais atingem os brasileiros, princi-
palmente do sexo feminino, segundo o IBGE.
“O detalhe é que,por falta de conhecimento
dos sintomas, cerca de cinco milhões de mulhe-
res não sabem que têm algum tipo de dis-
função na tireoide”, disse Thaís Alencar.
Outro tema que atraiu o interesse dos
internautas foi câncer de pele, com a dermato-
logista Samya Diegues. O vídeo trouxe ori-
entações médicas intercaladas por depoi-
mentos de banhistas na Ponta Verde. Um
detalhe curioso é que os entrevistados mos-
traram ter conhecimento sobre as precauções
relativas ao sol, o que, num primeiro momen-
to, revela que as campanhas de prevenção
junto à população têm surtido efeito.
O projeto Momento Saúde traz ainda
uma série de outros documentários, como
o que apresenta a alta tecnologia usada
pelo Serviço de Radioterapia no tratamento
do câncer.
Com duração de oito minutos, a repor-
tagem traz diversas entrevistas, entre elas
o depoimento do oncologista Marcos
Davi, explicando o salto tecnológico que
a radioterapia vivenciou na última década
e que foi acompanhado pela Santa Casa
de Maceió.
No portal é possível conferir ainda a
entrevista com o médico Mário Jucá sobre
diverticulite; com o especialista em repro-
dução humana Felipe Oliveira; e com a equipe
multidisciplinar do Hospital Nossa Senhora
da Guia sobre o curso para pais e gestantes
com a assistente social Ray Gomes Lima,
a nutricionista Tammy Medeiros, o psicó-
logo Glauco Rocha, a fisioterapeuta Sarah
Alencar, a enfermeira Lidiane Alves e o obste-
tra Rogério Rocha.
Documentários orientaminternautas sobre saúde
NA INTERNET
Vídeos podem ser acessados no portal da Santa Casa de Maceió
Revista da Santa Casa de Maceiówww.santacasademaceio.com.br 15
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br16
É BOM SABER
Mitos sobre os raios nocivos do sol
É BOM SABER
Mitos sobre os raios nocivos do sol
Verão, praia, bronzeado e muito sol.
A alta estação traz consigo um ini-
migo onipresente, sorrateiro e invi-
sível: os raios ultravioletas oriundos do sol.
Altamente nocivas à pele humana no longo
prazo, essas irradiações penetram aos pou-
cos nas camadas mais internas da pele, che-
gando a atingir até mesmo a massa muscu-
lar do indivíduo.
O problema é que os efeitos mais visí-
veis sobre a pele são as tradicionais quei-
maduras, ressecamento e escamação.Ame-
nizados os sintomas, o banhista esquece os
riscos e volta à rotina de exposição ao sol.
“Ao longo da vida os reflexos sobre a pele
vão se acumulando, podendo gerar doenças
como o câncer de pele após os 40 ou 50 anos”,
alerta o dermatologista da Santa Casa de Ma-
ceió, Zireli Valença.
É sabido que uma pequena quantidade
de sol é necessária para organismo humano
produzir a vitamina D. Porém, esta quanti-
dade é menor do que aquela que produz o
bronzeamento.
Além do envelhecimento da pele, o exces-
so à exposição solar causa cerca de 60 mil
mortes por ano em todo o mundo, segundo
a Organização Mundial de Saúde. Estima-se
que mais de 90% da carga global de doen-
ças como melanoma e outros cânceres de pele
sejam causados pela exposição à radiação ultra-
violeta (UV).
Ainda segundo Zareli Valença, esses ris-
cos podem ser evitados com a adoção de medi-
das preventivas simples como evitar a expo-
sição à luz solar nas horas em que o sol é mais
intenso (entre 9h e 15h) e usar roupas claras,
chapéu ou boné, óculos escuros com prote-
ção e filtro solar com no mínimo fator 30 (ou
mais alto, caso a pele seja clara ou sensível).
Os raios ultravioletas são invisíveis, por
isso, os filtros solares devem ser usados até
nos dias nublados, pois cerca de 40% a 60%
da radiação atravessa as nuvens.
Pacientes com manchas escuras na pele
devem ter cuidado redobrado com o sol e usar
filtros com FPS de 45 a 60, pois são sensí-
veis a quantidades mínimas de ultravioleta.
A belíssima campanha da Sundown lembra que a"A vida gira em torno do sol", mas desde que devidamente protegida
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 17
O médico dermatologista Zireli de Oli-
veira Valença responde as principais dúvi-
das sobre o impacto dos raios ultravioletas
na pele.
Queimaduras solares frequentes duran-
te a vida podem causar câncer de pele?
Sim. O sol em excesso pode alterar o
DNA das células, aumentando o risco de desen-
volver câncer.
Mesmo não estando na praia, devo
usar protetor solar?
Sim. Ele deve ser usado diariamente. O
sol acelera o envelhecimento, pois causa deses-
truturação no colágeno da pele, substân-
cia responsável por manter a pele jovem.
Manchas e pintas na pele sempre
têm relação com o sol?
Em parte. É preciso fazer uma investi-
gação em cada paciente. Depende da pre-
disposição genética da pessoa ou de altera-
ções hormonais, como o uso de anticon-
cepcionais e a gravidez. O sol tem uma con-
tribuição importante para o surgimento de
manchas. Os raios solares ativam a melani-
na da pele, o que acaba causando man-
chas e sardas.
Pessoas negras precisam usar
protetor solar?
Sim. Apesar de a pele negra ser mais
resistente – por ter uma quantidade maior
de melanina – ninguém está livre do câncer
de pele. Por isso o protetor deve ser usado
sempre. O fator mínimo de proteção é o 30.
O número do protetor solar tem
relação com a cor da pele?
Não. Independente do tipo de pele de-
ve-se usar sempre protetor solar de no mí-
nimo FPS 30 ou maior. FPS é a abreviação
de fator de proteção solar. O protetor deve
ser passado em quantidade generosa por
todo o corpo 30 minutos antes da expo-
sição solar.
Lâmpadas fluorescentes fazem
mal a pele?
Sim. Esse tipo de luz também emite raios
ultravioletas. Por isso, se a pessoa fica muito
tempo em um ambiente com essa luz ou
muito próxima, é recomendável usar o pro-
tetor solar.
Protetores físicos como boné e guar-
da-sol substituem o protetor?
Não. Eles devem ser usados, mas como
um complemento ao protetor solar. É ideal
que o guarda-sol seja grosso para bloquear
bem a passagem do sol. O problema é que
a radiação refletida na areia e na água do
mar ou do rio também é nociva.
Camisas ajudam a bloquear os raios
do sol? Ajudam, em parte, mas o prote-
tor ainda é indispensável.
O protetor solar protege o dia inteiro?
Não. É preciso renovar o filtro na pele
a cada duas ou três horas. Ao sair da praia
é preciso passar o creme novamente.
Dermatologista Zireli de Oliveira Valença
Conheça os principais perigos da exposição ao sol
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br18
Em 1978,o mundo presenciou um marco
na área da reprodução humana: nas-
cia na Inglaterra o primeiro bebê de
proveta. Casais inférteis, antes sem a pos-
sibilidade de obter a gravidez tão deseja-
da, tiveram, a partir dessa data, esperan-
ças renovadas.
“A infertilidade, que atinge cerca de 15%
dos casais no período reprodutivo, ou seja,
entre os 15 e 45 anos - passou a ter uma
ampla gama de tratamentos cada vez mais
bem sucedidos a medida que as pesquisas
evoluem”, considera o especialista em repro-
dução humana Felipe Oliveira de Albuquerque.
A literatura médica diz que a pesquisa do casal
infértil visa atingir identificar e corrigir as cau-
sas de infertilidade, informar detalhadamen-
te cada passo do tratamento, proporcionar
apoio emocional durante a pesquisa e tra-
tamento do casal e oferecer as formas de tra-
tamentos convencionais, bem como técnicas
de fertilização assistida, se necessárias.
Conforme explica Felipe Oliveira, o pri-
meiro passo é a avaliação da infertilidade
através da análise do fator masculino, com
o estudo do sêmen por meio da coleta e
do exame conhecido como espermograma.
“Vale salientar que em 35% a 40% dos casos
de infertilidade a causa é masculina. Já quan-
do analisamos o fator feminino é fundamen-
tal, a princípio, afastar a possibilidade da
existência de doenças sistêmicas que inter-
ferem no processo reprodutivo, tais como:
diabetes, doenças da tireóide, obesidade e
outras”, acrescentou.
De acordo com o histórico da pacien-
te e considerando outros fatores clínicos,
o médico pode lançar mão de um extenso
arsenal de métodos de diagnóstico para iden-
tificar a origem da infertilidade, como por
exemplo videohisteroscopia, videolaparos-
copia, ultrasonografia, dosagens hormonais
entre outros.
Após esse estudo é possível identificar
a origem da infertilidade. No homem, a vari-
cocele (varize na bolsa escrotal) é a prin-
cipal causa. Na mulher, lista-se a falta de
ovulação, a endometriose e alguns proces-
sos infecciosos.
Os avanços na terapêutica do casal infér-
til tem sido constantes e incluem desde a
descoberta de substâncias mais eficientes
Novas técnicas permitem que casaisinférteis voltem a ter filhos
INFERTILIDADE
Médico Felipe de Oliveira
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 19
no tratamento de indução da ovulação até
as técnicas mais avançadas de fertilização
“in vitro”.
Não foram poucas as mães beneficia-
das por cirurgias videohisteroscópicas, que
permitem a retirada de pólipos, miomas, sep-
tos e aderências no útero sem a necessi-
dade de cortes. Sãor técnicas minimamen-
te invasivas como a videolaparoscopia, que
possibilitam o tratamento de endometrio-
se, cistos de ovários e aderências pélvicas
utilizando microcâmeras e pinças e descar-
tando incisões de grande porte.
Conforme destaca o médico Antonio Carlos
Albuquerque, um dos principais nomes da
reprodução humana em Alagoas, no campo
da fertilização “in vitro” os resultados alcan-
çam até 65% de chances de se alcançar a
gravidez, dependendo o sucesso, basicamen-
te, da idade da mulher.
Ele cita ainda a injeção intracitoplasmá-
tica de espermatozóide (ou ICSI, por sua sigla
em inglês), técnica iniciada na década de
90 que tornou possível a fertilidade em home-
ns vasectomizados e em mulheres que reti-
raram as trompas.
A ICSI favoreceu o desenvolvimento de
novos exames a serem realizados antes do
implante do embrião no útero, oferecendo
aos pais a tranqüilidade de iniciar uma gra-
videz com um embrião sem alteração gené-
tica ou cromossomial.
“Toda essa evolução no campo da repro-
dução humana propiciou a casais antes infér-
teis, a possibilidade de alcançar a gestação
desejada.A tecnologia avança a cada segun-
do, novas técnicas deverão surgir nos próxi-
mos anos e, consequentemente melhores resul-
tados deverão ser obtidos.O importante é que,
antes de mais nada, sejam resultados con-
quistados dentro de princípios éticos”, fina-
lizou Felipe Albuquerque.
A reconhecida técnica de fertilização “in vitro”, que revolucionou a medicina
As Unidades de Emergência e de Ur-
gência em todo o País, sejam elas
privadas ou estatais, enfrentam um
inimigo comum: o excesso de pacientes que
recorrem ao atendimento emergencial
quando, pelo seu quadro clínico, deveriam
procurar ajuda médica em consultórios, pos-
tos de saúde, unidades de pronto atendi-
mento ou mini-pronto socorros.
“É certo que toda febre é um sinal de
alerta emitida pelo organismo, mas nem toda
febre deve ser motivo para que o pacien-
te procure a Emergência de um hospital”,
alertou a médica Sandra Omena Bastos, con-
ceituando os termos “emergência” (aten-
dimento que não pode esperar, sob risco
de óbito do paciente) e urgência (atendi-
mento que permite um tempo de espera maior
sem danos à saúde do paciente).
“Muitos não entendem que os pacien-
tes mais graves têm prioridade”, enfatiza
Sandra Bastos. A lógica no ambiente hos-
pitalar é diferente do que se pratica em ban-
cos ou em consultórios, onde o que vale é
a ordem de chegada.É por isso que a Emergên-
cia 24 Horas da Santa Casa de Maceió ado-
tou a Escala de Manchester, visando estra-
tificar o nível de gravidade de cada pacien-
te, permitindo avaliar-se os casos com base
em referencial científico, definindo tempo
de espera e o atendimento imediato.
Pacientes evitam consultórios elotam Emergência de hospitais
EM TODO O PAÍS
20Revista da Santa Casa de Maceió
www.santacasademaceio.com.br
Casos eletivos ocupam vaga de pacientes em situação grave
Para que a família decida levar o pacien-
te a um atendimento de “Emergência” é
preciso averiguar antes alguns fatores. Um
deles é a febre acompanhada de sintomas
como aumento no batimento cardíaco ou
na respiração, redução na diurese (urina),
prostração (estado em que a pessoa per-
manece acamada e sem ânimo para desen-
volver atividades); alteração do estado de
consciência, entre outros. O ideal seria que
antes de recorrer a uma emergência, o pacien-
te fosse visto (triado) em uma unidade ambu-
latorial, consultórios, mini-pronto socorros
mais próximos à sua residência. Na maio-
ria das vezes isso não acontece, vivendo a
saúde do indivíduo, por uma questão por
vezes cultural, de informação, em uma “corda-
bamba”. Se por um lado, o paciente pro-
cura uma unidade de Urgência e Emergência
por sintomas mínimos, por outro, alguns só
recorrem a mesma em risco iminente de morte.
É importante salientar que todos esses sinais
- ou apenas alguns deles - presentes podem
indicar deterioração do estado clínico por
agravamento de uma infecção, que pode
levar o paciente ao óbito em questão de
horas. Estamos falando da temida Sepse,
que a Santa Casa de Maceió adotou o seu
Tratamento em Protocolo Institucinal,
dada a sua gravidade.
Quando recorrer à Emergência?
Médica Sandra Omena Bastos atua na Santa Casa de Maceió
21Revista da Santa Casa de Maceió
www.santacasademaceio.com.br
Amaior causa da ressaca é a gas-
trite aguda provocada pelo con-
sumo excessivo de álcool, que causa
náuseas, dor de estômago e vontade de
vomitar. Outro sintoma que atinge a maio-
ria dos beberrões é a tradicional dor de
cabeça frontal ou, como dizem os médi-
cos, a cefaléia.
Para minimizar os efeitos da ressaca,orien-
ta o médico clínico da Santa Casa de Maceió,
Helvio Ferro, é preciso evitar a desidratação
que atinge os foliões que se excedem na bebi-
da. “É importante que junto com a ingesta
da bebida o indivíduo também ingira água.
Não é a toa que é comum tomar vinho com
um copo de água ao lado ou uísque com gelo
ou água.Para cada duas doses de uísque puro
beba um copo de água”, orienta Hélvio.
Alimentação também é importante
para hidratar e diminuir os efeitos da res-
saca. Helvio Ferro orienta dar preferência para
alimentos de fácil digestão, como saladas,
água de coco e frutas (com destaque para
o melão, melancia, mamão e laranja etc.).
São alimentos com maio teor de água e que
ajudam na reposição dos sais minerais per-
didos na urina. “Ao beber o indivíduo urina
com maior freqüência, eleva o nível de álcool
no sangue e se desidrata”, detalhou. “Por
isso, ter na geladeira uma bacia grande com
salada de fruta e muita água de coco é fun-
damental”, sugeriu.
Evitar alimentos com gordura é outra
decisão importante, já que alimentos
pesados favorecem a gastrite do estôma-
go citada no início da reportagem. Comer
tira-gosto junto com a bebida pode ajudar
a reduzir os efeitos do álcool, o único pro-
blema é evitar alimentos gordurosos.
Vale destacar, ainda que, a tendência
de quem bebe é diminuir o apetite.“O álcool
se transforma em glicose, por isso o orga-
nismo não sente necessidade de comer. Quem
é alcoólatra, por exemplo, pode ganhar uma
cirrose hepática pela falta de ingestão de
proteínas. E pior, isso afeta pernas, braços
e rosto, que se afinam com o tempo devi-
do à perda continua de massa muscular.
Em contrapartida, o abdomem segue cres-
cendo. Amanhã o remédio certo para dor
de cabeça oriunda da ressaca.
Água e frutas ajudam aminimizar os efeitos da ressaca
Água e frutas ajudam aminimizar os efeitos da ressaca
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br22
Participação em curso é gratuita e aberta à comunidade alagoana
Curso Casais Grávidos preparapais, tias e avós para a gestação
Imagine sua esposa,acamada, recuperando-
se de uma cesariana e você, lá pelas duas
da madrugada, segurando o seu filho,
recém-nascido, que não para de chorar. Não
dá para chamar seus pais.A sogra e as tias
também não.A babá, pior ainda (ela adoe-
ceu e faltou ao trabalho!). E agora?
Para ajudar os pais de primeira viagem
ou quem deseja apenas atualizar seus conhe-
cimentos sobre gavidez, a equipe multidis-
ciplinar do Instituto da Mulher realiza todos
os meses o curso Casais Gravidos.
O curso é gratuito e tem como públi-
co-alvo também sogras, tias, avós e cuida-
dores, já que muitos mitos são transmiti-
dos de geração em geração por parentes
próximos. "No curso, tais mitos são escla-
recidos à luz das mais recentes pesquisas
médicas", disse a pediatra Dilma Carvalho,
articuladora do projeto.
"A ideia do curso surgiu ao observar-
mos a insegurança dos pais de primeiro filho
ao chegarem na maternidade. Muitos se mos-
tram ansiosos e cheios de dúvidas se são
capazes de dar conta desta nova tarefa",
acrescentou Dilma.
A equipe multidisciplinar do curso Casais
Grávidos é formada pela pediatra Dilma Carvalho
e a enfermeira Magdala Lyra, responsáveis
pelo tema "Cuidados com o recém-nasci-
do"; a nutricionista Vanessa Freitas e a psi-
cóloga Thaysa Alencar, com o tema
"Necessidades nutricionais e Alterações psi-
cológicas na gestação"; as obstetras
Cledna Bezerra Melo e Gilmary Cabral ("Pré-
natal e parto"), a anestesista Janaina Die-
gues e a fisioterapeuta Alessandra Tenório
Fontes ("Alívio da dor"); as fonoaudiólo-
gas Érica e Adriana Melo, acompanhadas
da pediatra Sirmani Torres, com o tema “Aleita-
mento materno".
O curso possui aulas práticas e teóri-
cas sobre higienização do recém-nascido,
alimentação, cuidados com a gestante (antes
e após o parto), mitos sobre a gravidez, ques-
tões afetivas e emocionais, presença do pai
na sala de cirurgia entre outros. As pales-
tras ocorrem sempre às terças, às 19 horas,
no Centro de Estudos da Santa Casa de Mace-
ió, e são divididas em cinco módulos, por
isso não há data específica para início ou
término do curso. Os pais podem ingres-
sar no grupo a partir de qualquer módulo.
ESPERANDO O BEBÊ
A equipe de profisisonais do Instituto da Mulher Dilma Carvalho,
Alessandra Tenório, Gilmary Cabral, Vanessa Freitas e Thaysa Alencar
“A ideia do cursosurgiu ao observar-mos a insegurança
dos pais de primeirofilho ao chegaremna maternidade.
“
“Explicamos às mães como ocorre a pro-
dução do leite materno, o que pode preju-
dicar esta produção, a técnica correta de ama-
mentação e como solucionar as principais
dificuldades do aleitamento, como fissura
de mamilos, ingurgitamento mamário e mas-
tite mamário”, listou a pediatra Sirmani Torres.
Um dos momentos mais aguardados e
divertidos é a aula prática sobre cuidados
com a higiene do bebê com a enfermeira
Magdala Lyra. É a oportunidade dos pais
mostrarem seus dotes tendo nas mãos um
bebê-boneco, que simula à perfeição uma
criança de verdade.
Magdala Lyra apresenta técnicas sim-
ples e seguras de como realizar procedimen-
tos como banho, troca de fraldas, vestuá-
rio e cuidados com o coto umbilical.
Já a fisioterapeuta Alessandra Tenório
orienta as "futuras mães" sobre o papel
preventivo, educativo e terapêutico da fisio-
terapia, buscando aliviar a dor e prepará-
las antes, durante e após o parto.As fonoau-
diólogas Érica e Adriana Melo, por sua
vez, focam nos prejuízos provocados pelo
uso de chupetas e mamadeiras. A nutri-
ção esclarece dúvidas sobre alimentação,
azia, enjôos e a Thaysa Alencar as alte-
rações psicológicas porque passam os pais
grávidos.
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 23
Casal treina com boneco que simula à perceição uma criança recém-nascida
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br24
AEndoscopia 24 Horas da Santa Casa
de Maceió comemora 10 anos de
fundação contabilizando mais de
17 mil endoscopias digestivas, 7 mil co-
lonoscopias, centenas de procedimentos
avançados.
Com a certificação da Santa Casa de
Maceió como Hospital Acreditado, após audi-
toria chancelada pela Organização Nacional
de Acreditação, a Endoscopia 24 Horas teve
reconhecida a eficácia de suas rotinas de
segurança na assistência ao paciente.
"A Endoscopia 24 Horas tornou-se refe-
rência em Alagoas.Atualmente, diversas clí-
nicas especializadas encaminham pacientes
com lesões complexas na área digestiva",
disse o colo-proctologista da Santa Casa de
Maceió, Ricardo Tavares.
"São procedimentos que necessitam de
uma completa estrutura hospitalar, de roti-
nas de segurança, de pessoal altamente quali-
ficado, enfim, tudo para garantir a segurança
do paciente antes, durante a após o pro-
cedimento", acrescentou Carlos Amaral, espe-
cialista em endoscopia digestiva.
Além dos médicos Ricardo Tavares e Carlos
Amaral, integram a equipe da Endoscopia
24 Horas os especialistas Carlos Cabus, Daniel
Veras, Josemilton Rodrigues, Carla Lessa, Ma-
ria Celina Marques e Rosemeri Bernardi.
Endoscopia 24 Horas festeja dez anos salvando vidasUnidade já realizou mais de 17 mil endoscopias digestivas
A equipe da Endoscopia 24 Horas reunindo os médicos Daniel Veras, Carlos Cabús, Ricardo Tavares,
Carlos Amaral, Vitória Gonzaga (anestesista), Ricardo Pires (anestesista) e Larissa Lopes (anestesista)
COMEMORAÇÃO
25Revista da Santa Casa de Maceió
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A qualificação da equipe, as rotinas de
segurança para o paciente e a tecnologia
disponível na Santa Casa de Maceió são
os principais diferenciais da Endoscopia 24
Horas.A afirmação é do colo-proctologista
e cirurgião do aparelho digestivo Ricardo
Tavares.
"Uma das tecnologias oferecidas,
destaca o endoscopista Carlos Amaral, é
o bisturi de plasma de argônio, aplicado
em procedimentos endoscópicos ter-
apêuticos." O equipamento é utilizado em
casos de hemorragia digestiva e outras enfer-
midades coloretais.
No bisturi de plasma de argônio, o gás
ionizado gerado pelo equipamento serve
de meio condutor pra o campo elétrico
formado entre a ponta do eletrodo e o
tecido.
O bisturi provoca um processo de coag-
ulação e dissecção do tecido, sem causar
carbonização ou vapotrização do tecido
e sem o contato direto, como faz o bis-
turi elétrico.
Unidade usa o bisturi de plasma de argônio
Quando o assunto é Sistema único de
Saúde (SUS) é comum surgirem críticas à
qualidade do atendimento prestado aos pa-
cientes. Diferente do que sugerem as man-
chetes dos jornais, na Santa Casa de Maceió
os pacientes do SUS recebem o mesmo aten-
dimento prestado aos pacientes de convênios
e particulares. Na Endoscopia 24 Horas não
poderia ser diferente, não há diferença entre
os pacientes, já que todos utilizam os mes-
mos equipamentos e profissionais.
Entre os procedimentos mais procura-
dos da Endoscopia 24 Horas a endoscopia
digestiva básica lidera a lista, seguida da
videoendoscopia digestiva alta, videocolonos-
copia, além de biópsias. ligadura elástica
de varizes, obliteração de varizes com hys-
toacril, esclerose de varizes, mucosectomia,
dilatações endoscópicas, polipectomia,
gastrostomia endoscópica, retirada de cor-
po estranho, colocação de próteses etc.
Conheça os principais serviços endoscópicos
Bisturi de plasma argônio disseca o tecido, sem carbonizá-lo e sem o contato direto, como faz o bisturi elétrico
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br26
Existem duas amigas que são inimi-
gas "número um" das mulheres. A
primeira deixa a pele parecida com
uma casca de laranja.A segunda deixa mar-
cas lineares, algo semelhante a um teci-
do se resgando. Estamos falando das celu-
lites e estrias, respectivamente.
Conforme ressalta a dermatologista
Samya Diegues Cedrim, da Santa Casa
de Maceió, ainda não existe cura para
os dois problemas, o que há são trata-
mentos que buscam minimizar os efei-
tos sobre a pele.
"O melhor tratamento continua
sendo a prevenção, porque depois que as
marcas aparecem não é possível eliminá-
las tão facilmente. A tecnologia disponí-
vel ainda não elimina totalmente celuli-
tes ou estrias", reiterou Sâmya.
A estria é uma cicatriz provocada pela
ruptura nas fibras elásticas da pele em
virtude do esticamento provocado por diver-
sos fatores, entre eles o crescimento do
indivíduo (puberdade), gestação, ganho
de massa muscular ou de gordura no corpo.
Já a celulite é uma irregularidade na
pele provocada por um processo inflama-
tório nas células adiposas cuja causa é
hormonal, por isso 90% dos casos é veri-
ficado em mulheres.
Contra a celulite a melhor forma de
prevenção e tratamento é a dieta e o exer-
cício físico. "Até seis meses após o sur-
gimento das estrias em adolescentes ou
gestantes é possível reverter o processo
com o uso da tecnologia. Há também casos
cirúrgicos em que a retirada da pele pode
eliminar o problema, mas depende de cada
caso", enfatizou.
Questionada sobre a tese de que cer-
tos alimentos estimulam o surgimento de
estrias, Sâmya Cedrim é enfática: "É um
mito dizer que comidas provoquem es-
trias ou celulites. O consumo freqüente
de alimentos com alto teor de gordura,
açúcar, fritura e carboidrato pode elevar
o peso e, aí sim, levar ao surgimento de
estrias ou celulites", concluiu.
INIMIGAS DAS MULHERES
Especialista orienta comoprevenir celulites e estrias
ASanta Casa de Maceió ingressou no sele-
to grupo de hospitais brasileiros aptos
a realizar a moderna técnica conheci-
da como implante coclear. Um paciente de 63
anos de idade - selecionado e operado pelos
otorrinolaringologistas Marcos Melo e Daniel
Buarque - foi o primeiro alagoano a receber o
popular ouvido biônico. Em poucos meses, a equipe
já realizou a terceira cirurgia e se prepara agora
para as próximas.
Realizada no centro
cirúrgico da Santa Casa de
Maceió, a intervenção con-
tou com a presença do otor-
rinolaringologista da Unicamp,
Artur Castillo, que compar-
tilhou toda sua experiência
na área.Também participa-
ram da iniciativa especialis-
tas do Serviço de Otorrino-
laringologia da Santa Casa
de Maceió.
O implante coclear é um
aparelho eletrônico de alta complexidade tec-
nológica, cujo objetivo é restaurar a audição
em pacientes portadores de surdez profunda,
que não se beneficiam do uso de próteses audi-
tivas conven-
cionais.“Trata-
se de um
dispositivo eletrônico computadorizado que subs-
titui o ouvido em pacientes com surdez total
ou quase total”, explicou Marcos Melo.
O implante estimula diretamente o nervo audi-
tivo através de pequenos eletrodos colocados den-
tro da cóclea e o nervo leva estes sinais para o
cérebro. É um aparelho muito sofisticado e caro,
cujo valor gira entre R$ 50 mil e R$ 60 mil.“Hoje,
apenas operadoras de saúde custeiam o proce-
dimento, mas nós já iniciamos o processo para
que o SUS passe a cobrir tam-
bém o implante coclear”,ante-
cipou-se Daniel Buarque.
No caso do paciente ope-
rado, foi preciso recorrer ao
plano de saúde, já que há
cinco anos uma infecção na
região do ouvido o fez per-
der totalmente a audição.
O funcionamento do im-
plante coclear difere do Apa-
relho de Amplificação So-
nora Individual (AASI). En-
quanto o AASI apenas amplifica o som, o implan-
te coclear fornece impulsos elétricos para esti-
mulação das fibras neurais remanescentes em
diferentes regiões da cóclea, retornando ao usuá-
rio a capacidade de perceber o som.
Daniel Buarque lembra que quanto mais cedo
for realizado o diagnóstico e o implante, melhores
serão os resultados, já que tais pacientes estão
iniciando o processo natural de
desenvolvimento da fala.
EM ALAGOAS
27
Médicos realizam implantepioneiro de ‘ouvido biônico’
“Já iniciamos o proces-
so para que o SUS
passe a cobrir também
o implante coclear, já
que aparelho é muito
sofisticado e caro, cujo
valor gira entre R$ 50
mil e R$ 60 mil
“
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br
Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br28
Oserviço Social da Santa Casa de Misericórdia de Maceió vem
ao longo dos anos exercendo um papel de fundamental impor-
tância para a sua filantropia: a intervenção constante foca-
da nas demandas que, usuários do SUS, vivem numa situação de vul-
nerabilidade ocasionada pela precariedade da saúde em nosso Estado.
Como hospital de referência a Santa Casa de Misericórdia de Maceió
tem seus braços abertos para o atendimento a toda a população do
nosso Estado bem como de estado circunvizinhos.
A atuação do Serviço Social vem tomando formas diferencia-
das no decorrer dos anos à medida que a nossa instituição vai
avançando e percorrendo novos caminhos em busca da excelên-
cia em seu atendimento à população e na prestação de seus ser-
viços. Neste sentido, o ano de 2011 foi um marco para nós que
fazemos o Serviço Social da Santa Casa de Misericórdia de Maceió
ao nos ermos convocadas para uma atuação de caráter multipro-
fissional onde o usuário tenha uma importância fundamental deste
o momento que chega ao hospital até o término dos procedimen-
tos nele realizados.
As profissionais de Serviço Social têm um papel relevante a
executar como membros das equipes multiprofissionais existen-
tes no cotidiano hospitalar onde o nosso cliente é cuidado a par-
tir da abordagem das questões sociais, econômicas e culturais numa
visão ampla de sua inserção na vida social que interfere de forma
contundente na sua condição de saúde. Uma das atuações espe-
cifica do Serviço Social é o esclarecimento dado ao usuário em
tratamento de alta complexidade com relação ao acesso, por direi-
to, ao transporte gratuito para o tratamento concedido pelo TFD
(Tratamento Fora de Domicílio). É direito concedido a todo usuá-
rio do SUS de alta complexidade que, residindo no interior do Estado,
precisa se deslocar de sua cidade para a capital na realização de
seu tratamento.
ARTIGO
Serviço Social, uma presença eficaz
Equipe de assistentes sociais da
Santa Casa de Maceió: dedicação à
garantia de direitos dos pacientes
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Nos últimos tempos o número de cidadãos que não
contribuiu com a Previdência Social é avassalador geran-
do uma parcela da sociedade desprovida de todo e qual-
quer acesso aos direitos concedidos ao cidadão a partir
de sua contribuição trabalhista. São pessoas que, mer-
gulhas numa condição de pobreza, não tem acesso a con-
dição mínima de subsistência através de um amparo social.
Mesmo com a criação do Benefício de Prestação
Continuada (LOAS) concedido pelo governo federal à popu-
lação carente, se faz necessário que o cidadão esteja enqua-
drado nos critérios exigidos. É também esse cidadão, des-
provido de saúde no mais amplo sentido da palavra, que
o Serviço Social tem como objeto de sua atuação na Santa
Casa de Misericórdia de Maceió.
Em nossas visitas diárias às enfermarias, no discer-
nimento criterioso daqueles que são contemplados por
lei ao acompanhamento de seus familiares durante o perío-
do de internação (nessa ótica atuamos sobre o direito
ao acompanhante nos casos previstos por lei: idosos, crian-
ças, e portadores de necessidades especiais), no acesso
dos acompanhantes à alimentação e na orientação incan-
sável a esses mesmos acompanhantes do quanto eles devem
participar e construir no processo de cura daqueles a quem
acompanham, a equipe de Assistentes Sociais da Santa
Casa de Misericórdia de Maceió vai pautando sua atua-
ção profissional tendo como objetivo maior despertar no
cidadão sua capacidade de ir em busca de seus direitos
e a eles ter acesso na dinâmica de construção de sua vida
enquanto ser que faz história, sua própria história.
Não há saúde se não há respeito ao direito do outro.
Não há atendimento humanizado se o outro não for visto
e acolhido como ser que deve ter sua dignidade respei-
tada, não há excelência no atendimento se não levar-
mos em conta que o cidadão que precisa se submeter
a um tratamento de alta complexidade precisa das con-
dições materiais mínimas (higiene, moradia, alimenta-
ção, medicamentos, transporte) hoje tão usurpadas do
seu cotidiano. É nessa teia de contradições e necessi-
dades emergenciais que o Serviço Social da Santa Casa
de Misericórdia de Maceió atua cotidianamente.
SUS
Quem já precisou internar-se num
hospital ou recebe aplicações de
quimioterapia, como os pacien-
tes do Centro de Oncologia da Santa Casa
de Maceió, conhece de perto o trabalho
e a importância do terapeuta ocupacio-
nal no processo de recuperação e de con-
vivência com as limitações impostas pela
doença.
Segundo a terapeuta ocupacional do
Centro de Oncologia, Analice Brandão, os
problemas relacionados à saúde em seu
campo de atuação podem ser de origem
social, psicológica, biofísica ou cultural. “A
doença afeta o desempenho ocupacional
de várias maneiras, incluindo a redução da
energia, ruptura dos padrões e mudanças
na capacidade da pessoa desempenhar ocu-
pações”, explica.
Para entender o que faz profissionais
como Analice Brandão é preciso conhecer
o conceito de Terapia Ocupacional. “É a
arte e a ciência de ajudar pessoas a rea-
lizarem as atividades diárias que são impor-
tantes para elas, apesar de debilidades, inca-
pacidades ou deficiências”, conceituou. Entre
as atividades rotineiras estão alimentar-se,
vestir-se, higiene pessoal, além de ativida-
des produtivas e de lazer.
Atuando junto aos adultos e crianças
em tratamento no Centro de Oncologia,
a terapeuta ocupacional Analice Brandão
destaca que a terapia ocupacional busca
diminuir o impacto da hospitalização, pro-
mover a independência nas atividades diá-
rias, estimular autonomia, humanizar o ambien-
te hospitalar, estimular o potencial saudá-
vel do paciente e conseqüentemente pro-
mover a qualidade de vida e diminuição
do tempo de internação. Além disso, obje-
tiva-se orientar os pacientes no processo
de pós-alta e encaminhá-los, quando indi-
cado, para serviços de reabilitação.
Com sua equipe de estagiárias,Analice
Brandão estruturou o Serviço de Terapia
Ocupacional no Centro de Oncologia, aten-
dendo pelo Sistema Único de Saúde, con-
vênios e particulares. O grupo atua ainda
em áreas como cardiologia, pediatria e radio-
terapia.
Pacientes da Oncologia contamcom terapia ocupacional
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Terapeuta ocupacional Analice Brandão
Espaço pediátrico do Centro de Oncologia da Santa Casa de Maceió
Profissionais atuam junto aos pacientes adultos e infantis