60

Revista SaúdePB 4ª edição

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista SaúdePB "Comunicação e Saúde"

Citation preview

Page 1: Revista SaúdePB 4ª edição
Page 2: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

2

Page 3: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

3

Editorial

EditorEmerson [email protected] (83) 9901.3866

Editoria TécnicaDr ª.Alessandra BrazEmerson Caldas

Ed. associados nesta ediçãoDr. Leandro TavaresRaquel Guerra e Samuel Henriques

Projeto gráficoRamon [email protected](83) 9673.2331DiagramaçãoLamark [email protected](83) 9990-3091

ColaboradoresKepler Wanderley Wilza CarlaAdalberto Fulgêncio

JornalistasEmerson CaldasJânio AraújoSimony Bezerril

Contatos comercialEmerson Caldas(83)9901.3866(83)9100.2028 Jânio Araújo(83) 9946.3361

ImpressãoGráfica Moura Ramos ( João Pessoa - PB)Tiragem5.000 exemplaresEditoraAstus Editora, Publicidade e LivrariaDistribuiçãoMazureik e ModestoECTFotografiaSaúdePBGoogle ImagensArquivo Bike Tech Pepe

A Revista SaúdePB “Comunicação e Saúde” nesta 4ª edição completa o seu pri-meiro ciclo, ou seja, fecha o quarto trimestre de existência e se consolida como instrumento de informação, dissemi-nação das ações de saúde, educação e comunicação em saúde no Estado da Paraíba. Estamos todos de Parabéns!!!!

Nesta publicação, mais uma vez teremos diversos artigos e assuntos rela-cionados à saúde que são de fundamental relevância à sociedade, tais como hipertensão, Lupus Eritematoso Sistêmico, o Programa Brasil Carinho-so, informações sobre a Revista Ra-dis (da Fiocruz) e Hospital Metropolita-no de Santa Rita/PB. No quadro sobre alimentos e saúde os leitores poderão “consumir” uma deliciosa matéria sobre pimentas, saber sobre suas variedades, seus benefícios à saúde, além de conhecer dicas de como degustá-las e algumas receitas de como prepará-las. No destaque desta

edição, matéria de capa, um assunto mui-to interessante e atual: “ciclismo e saúde”.

Nosso entrevistado princi-pal deste número é o atual Diretor Nacional do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), o paraiba-no Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior.

Aos leitores, colaboradores, apoia-dores e empresas anunciantes, agra-decemos pelo sucesso alcançado neste primeiro ano de existência, pois apesar das dificuldades que um veículo de comu-nicação dessa natureza apresenta, con-seguimos cumprir o “papel” desejado, e, mais que isso pavimentar a susten-tabilidade do periódico, que vem se consolidando como instrumento de disseminação de ações de saúde e como “ferramenta” de contra-partida e de responsabilidade social, contribuindo para o interesse coletivo.

Emerson Caldas de AndradeEditor Chefe Revista SaúdePB

Out/Nov/Dez de 2012 - Ano 1 - N° 4

Page 4: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

4

05”Nossas Dicas” 08/11Entrevista Exclusiva 30/37Ciclismo

18/21Pimenta 50/52 Brasil Carinhoso 58Humor

18/21 Pimenta08/11Entrevista

24/27 Hipertensão 53/54 RADIS40/43 Lúpus

30/37 EspecialNutriente atua na proteção de alguns tipos de câncer e na redução do colesterol

Com Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior diretor do Denasus

João Pessoa: média de mulhe-res hipertensas é superior a de homens

Revista nacional referência na defesa de uma saúde pública de qualidade

Pacientes diagnosticados com a doença podem e devem ter vida normal

Ciclismo e qualidade de vida: saiba os benefícios da prática de pedalar para sua saúde

CapaRevista SaúdePB 4ª Edição

CriaçãoLamark Martins

Page 5: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

5

Nossas Dicas

Mito. – O chá verde, e também o chá preto, possuem muitos corantes e o ideal é não abusar desses produtos. Tomando de forma controlada e fazendo a escovação adequada, pode-se reduzir o escurecimento dentário. Para manter os dentes brancos é importante que se vá ao dentista regularmente e se faça a limpeza profunda periodicamente. Há também processos de clareamento que mantém o brilho e o branco dos dentes.

Verdade. – Por ser uma substância abra-siva, o bicarbonato de sódio promove a limpeza na superfície do esmalte dos dentes e promove um ligeiro clareamento. Deve--se estar atento porque o bicarbonato de sódio não deve ser utilizado continuamente. Para manter os dentes brancos e saudáveis é importante a consulta a um profissional capacitado como forma de prevenção.

Verdade. – O cigarro possui grande quantidade de subs-tâncias e fumar aumenta a possibilidade de se causar gengivite e até a doença periodontal. É importante frisar que os fumantes devem ter maior cuidado com a saúde bucal para não terem problemas ainda mais graves, fazendo a lim-peza periodicamente.

Mito. – A escovação e o fio dental são os métodos mais eficazes para a limpe-za dental, os enxaguantes são usados apenas como complemento. Sozinhos, sem a escovação e o fio, eles não têm utilidade nenhuma.

Mito. – O clareamento dental em si não causa a sensibilidade, porém alguns dentes são natu-ralmente sensíveis devido à presença de trincas nas superfícies em casos que a raiz está exposta. Nessas situações o procedimento causará maior sensibilidade, por isso, antes de realizar o clare-amento dental o paciente deve passar por uma avaliação para que o processo ocorra da melhor maneira possível.

Chá-verde escurece os dentes?

Bicabornato de Sódio ajuda a clarear os dentes?

Cigarro causa gengivite? Enxagüantes bucais podem substituir uma escovação?

Clareamento dental sensibiliza os dentes?

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

5

DICAS DE SAÚDE – Saúde Bucal

Page 6: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

6

Espaço do leitor

www.saudepb.com.br

Sáud

e | PB

6

“Uma página com o intuito de proporcionar a interatividade entre os leitores e a Revista SaúdePB”

Aqui na Revista SaúdePB você também participa, escrevendo e publicando seus comentários. PARTICIPE!!!!

Mandando e-mail para:Emerson Caldas – Editor [email protected] ou [email protected] Sempre mencionando no ASSUNTO: Revista SaúdePB no “ESPAÇO DO LEITOR”

Ou participe também pelas redes sociais. Seguindo-nos e participandoNo TWITTER - @SaúdePB ou pelo Facebook. Suas sugestões e avaliações são importantes para nós!

Onde vocês poderão enviar: ELOGIOS,COMENTÁRIOS,OPINIÕES,SUGESTÕES,indicações de PAUTAS (sugestões de assuntos, notícias ou reportagens) para nossa equipe;CRÍTICAS; e, demais participações.

Page 7: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

7

Page 8: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

8

Nosso entrevistado desta 4ª edição é o Senhor Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior, atual Diretor do Departamento Nacional da Audito-

ria do Sistema Único de Saúde (Denasus). O Sr. Adalberto Fulgêncio é servidor de carreira do Ministério da Saúde na Paraíba desde 1983, formado em Direito e em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com pós-gradua-ção em Administração Pública, pela Universidade Fortium de Brasília – DF e mestrado em Organizações Aprendentes pela UFPB. Adalberto Fulgêncio dentre as várias atividades que já desenvolveu, destacou-se na direção da GEAP na Paraíba, como Secretário de Articulação Político-institu-cional do município de Cabedelo/PB (grande João Pessoa), e, ainda, como Coordenador Regional da Fundação Nacio-nal de Saúde na Paraíba (Funasa/PB) durante os exercícios de 2003-2006, além de ter sido também o Coordenador Geral de Recursos Humanos da Presidência da Funasa, em Brasília/DF, em 2007-2008.

Nos últimos tempos, foi nomeado Chefe da Ouvidoria Geral do SUS onde atuou por dois anos e mais recentemente em 2011 foi designado para exercer a função de Diretor do Departamento Nacional da Audi-toria do SUS onde está até a presente data desempe-nhando suas atividades funcionais, tendo já representa-do o Ministério da Saúde no México, na Inglaterra e no Canadá, além de ter sido convidado pelo governo norte--americano para tratar de assuntos relacionados à saú-de publica e às organizações de movimentos partidários e sociais.

No Governo Dilma assumiu um dos principais Departamentos do Ministério da Saúde – o Denasus – atividade fundamental para o bom funcionamento do SUS. A revista SaúdePB teve a honra de entrevistá-lo.

Entrevista

Entrevista:Adalberto Fulgêncio dos Santos Júnior

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

8

Page 9: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

9

zação das nossas ações e programas. A tarefa não é fácil. Primeiro, porque a cultura no SUS descola um pouco a elaboração de sua capacidade de ges-tão, de execução; segundo, porque o sistema é complexo, caracterizado por relações federativas sem a cultura cooperativa entre os entes federados e com baixa capacidade de governança da esfera federal, pois quem executa são os municípios e os Estados, en-tre outros aspectos. Por isso, que os serviços de auditoria devem se organi-

zar como espécie do controle interno, de maneira integrada com os demais instrumentos como o monitoramento e a avaliação, mas sem se confundir com os mesmos, principalmente sem se confundir com a regulação do sis-tema. Tais serviços devem ainda se organizar como sistema, integrando os componentes estaduais e munici-pais de auditoria do SUS. Precisamos ter serviços de auditoria organiza-

Revista SaúdePB: Senhor Diretor, como paraibano que és, primeiramente, gostaríamos de pedir que falasse aos nossos conter-râneos um pouco dessa sua trajetória vitoriosa e como aconteceu sua inser-ção neste universo da saúde pública? Adalberto Fulgêncio – Sou funcionário de carreira do Minis-tério da Saúde há 28 anos. Participei perifericamente nos anos de 1980 da reforma sanitária. Sou trabalhador da saúde, fui dirigente sindical, fui conse-lheiro estadual de saúde e agora estou há uns dez anos como gestor do SUS. Já tive experiências diversas relacionadas à saúde no âmbito municipal, estadual e federal. Essa inserção deu-se com a minha vida. Foi sendo moldada no co-tidiano da minha vida, como os versos de Carlos Drummond de Andrade, sem maiores pretensões de considerar a minha vida uma poesia drumoniana.. Revista SaúdePB: Dire-tor, após quase dois anos de gestão no Denasus, qual a avaliação do de-sempenho no enfrentamento des-se grande desafio de garantir o bom funcionamento do SUS, evitar desvios, desperdícios e de certa forma con-trolar um sistema tão complexo? Adalberto Fulgêncio – O mo-mento pelo qual passa o país exige re-sultados da gestão pública em todas as suas esferas de governo. Isso obriga os gestores a desenvolver instrumen-tos de controle interno, de transparência, de responsabilização e de busca de atingimento de metas. Nesse sentido, a auditoria como espécie instrumental de controle interno passa a ter uma importância estratégica para a condução da boa prática das políticas públicas, especialmente a saúde que tem a sua elaboração e parte significa-tiva de seu financiamento pelo governo federal, requerendo o desenvolvimen-to desses instrumentos de controle interno na busca de combater o des-perdício e evitar desvios de condutas e de recursos, ensejando maior otimi-

dos nos estados e nos principais e maiores municípios. Estruturados e financiados pelos entes da federa-ção e com equipes constituídas por servidores de carreira e de perfil multidisciplinar. Isso proporcionaria uma programação de auditoria que cobrisse uma amostra significativa dos nossos serviços, protocolos originários das políticas em exe-cução e relatórios gerenciais que retratassem a situação do objeto auditado – a saúde pública bra-sileira, auxiliando os gestores em sua tomada de decisão. Revista SaúdePB: Como fun-ciona o Departamento Nacional de Auditoria do SUS? Quais suas ati-vidades e competências? Quais seus maiores desafios? Adalberto Fulgêncio – O DENASUS é o componente fede-ral do Sistema Nacional de Audito-ria – SNA. Ele é o coordenador do sistema. É um Departamento do Ministério da Saúde desconcen-trado, ou seja, temos represen-tação em cada uma das capitais brasileiras, dando uma capilaridade muito boa para as nossas inicia-tivas de auditoria e facilitando a nossa pronta resposta. Revista SaúdePB: Quais as principais demandas do De-

nasus atualmen-te e quais os avan-ços que poderíamos destacar neste De-partamento tão importante e fun-damental para o Minis-tério da Saúde? Adalberto Fulgên-

cio – O nosso planejamento está voltado para auditar as marcas de governo e os programas dirigi-dos para o combate à miséria. Os principais programas do Ministé-rio estão sendo auditados, óbvio, por amostragem. Além de outras ações desenvolvidas em conjunto com a CGU, TCU, PF, MPF e MPE. Como resultado, temos o aprimo-ramento das normativas de alguns

Entrevista

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

9

...Auditoria como espécie instrumental de controle interno passa a ter uma im-portância estratégica para a condução da boa prática das políticas públicas, especial-mente a saúde...

“”

Page 10: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

10

Entrevista

programas, como o Farmácia Popular, que ao longo de sua existência tem desenvolvido tecnologias de maior controle a partir dos nossos relató-rios. Igualmente, os responsáveis pe-los programas estão desenvolvendo a mineração de dados para combater desperdícios e desvios, entre outras ferramentas de monitoramento e de avaliação. O Ministro Padilha tem exi-gido o desenvolvimento dessas fer-ramentas. E ele acompanha semanal-mente os principais programas. Revista SaúdePB: O Ministério da Saúde também integra programas do governo federal como o Plano Bra-sil sem Miséria e o Viver Sem Limite. Como o Senhor compreende a impor-tância de tais iniciativas? Adalberto Fulgêncio – Sim. Estamos auditando o programa de combate à hanseníase, que é uma do-ença muito presente no plano de com-bate à miséria. De igual modo, vamos acompanhar as iniciativas do Ministé-rio no Viver sem Limite, pois somente podemos auditar uma política quando ela se encontra madura, ou seja, so-mente podemos auditar algo quando esse algo está elaborado, financiado e executado.

Revista SaúdePB: Além de garan-tir acesso e atendimento de qualidade aos usuários do SUS, o Denasus tam-bém tem se empenhado em combater o desperdício. Como aprimorar os me-canismos de combate à corrupção no SUS?

Adalberto Fulgêncio – O Brasil tem ainda a maior concentra-ção de renda, de terra urbana e rural e de meios de comunicação do mundo, por isso que eu não considero que a corrupção é o nosso maior problema, mas concordo que a percepção da maioria da população é essa, por isso precisamos combatê-la intransigen-temente. De igual modo, estou con-vencido que o nosso sistema de saúde precisa de mais recursos, todavia pre-cisamos melhorar a nossa capacidade de gestão, combatendo o desperdício. Nesse sentido, o Ministério da Saúde tem desenvolvido esforços, tecnolo-gias e iniciativas almejando combater o desperdício e os desvios para dar mais acesso aos serviços de saúde. Para tanto, o Ministro Padilha está dando mais transparência ao repasse

de recursos por meio de um por-tal; disponibilizou todas as infor-mações do Ministério à socie-dade; obrigou saque e depósito eletrônicos nas contas recepto-ras de repasses federais; criou a carta SUS ao usuário que informa o procedimento e o valor pago pelo SUS pelo tratamento dis-pensado ao cidadão; focou uma programação de auditorias em programas estratégicos; desen-volveu tecnologias de rastrea-mento e cruzamento de dados para identificar indícios de des-vios e desperdício e já foi pro-posto o descredenciamento de prestadores de serviço que des-cumpriram as normativas do SUS.

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

10

O Ministério da Saúde tem desenvolvi-do esforços, tecnologias e iniciativas almejando combater o desperdício e os desvios para dar mais acesso aos serviços de saúde...“ ”

Page 11: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

11

Revista SaúdePB: Sr. Adalberto, como o Senhor classificaria a situação atual da saúde no Estado da Paraíba e o que pode ser feito para melhorar as condições da saúde no nos-so Estado?

Adalberto Fulgêncio – O nosso sistema de saúde tem um papel reservado aos esta-dos que é a coordenação das redes, que de-vem estar inseridas no Contrato Organizativo de Ação Pública – COAP, também uma inicia-tiva do Ministério para organizar os serviços de saúde de maneira mais otimizada e a partir das necessidades de cada região de saúde, induzindo a um planejamento que venha de baixo para cima. Portanto, a todo gestor lhe é exigido atributos de conhecimentos, de habili-dades e de atitudes, mas no caso da saúde se um gestor não desenvolver sua capacidade de articulação que gere resultados terá difi-culdades para alcançar o desejado pela popu-lação e pelo seu chefe de governo, que traba-lha com tempo definido de quatro anos com entregas obrigatórias em seu terceiro ano de mandato. Fico nessa fala geral porque não disponho dados e informações para montar um plano de gestão.

Entrevista

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

11

...acredito que o professor Lindemberg Medeiros saberá dar continuidade a esse trabalho e desenvolverá aprimoramentos onde for necessário. Estaremos no Minis-tério à disposição para contribuir com as políticas de saúde para o Município.”

Revista SaúdePB: Sr. Diretor, neste mesmo contexto, qual a sua opinião em relação à saúde de João Pessoa e o que pode e deve ser feito no âmbito municipal, principalmente se considerarmos este início de gestão municipal? O que fazer para melho-rar as condições da saúde da nossa Capital? Adalberto Fulgêncio – O Mu-nicípio é o responsável pela coordenação da execução dos serviços. Uma cidade como João Pessoa precisa abrir diálogo com todos os municípios da região metropolitana. Igual-mente, precisa dialogar com as outras áreas

da Prefeitura, pois a maior causa de morte entre jovens é devida a homicídios e acidentes de trânsi-to, isso já sugere uma política de desenvolvimento de uma cultura da paz que envolva escolas, igrejas, centros comunitários, clubes, sindicatos, opera-dores do transporte público, etc.

Dialogar fortemente com os trabalhadores da saúde, respeitando suas peculiaridades e idiossincrasias. Dialogar com a Câmara Municipal ampla e anteci-padamente. Ter uma estratégia de comunicação

voltada para um conceito amplo de saúde. E dar mais resolutividade à atenção básica. Portanto, muito diálogo, muito diálogo, sem perder de vista que quem faz gestão tem que entregar produtos, pois quem sabe faz e quem não sabe ensina. A se-cretaria municipal de saúde de João Pessoa esteve em boas mãos nos últimos oito anos. A secretária Roseane Meira fez uma boa gestão sob o ponto de vista técnico. Enfrentou muitos desafios e deixou uma saúde melhor do que ela encontrou em 2005, pelo menos esses são os dados disponíveis no Mi-nistério. Ela cumpriu um papel importante na saú-de pública pessoense. E acredito que o professor Lindemberg Medeiros saberá dar continuidade a esse trabalho e desenvolverá aprimoramentos onde for necessário. Estaremos no Ministério à disposição para contribuir com as políticas de

saúde para o Município.

Page 12: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

12

Page 13: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

13www.saudepb.com.brwww.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

13

Artigo

FEBRE REUMÁTICA

Afebre reumática (FR) é forma mais comum de ar-trite da infância na população brasileira. Tem uma prevalência na população geral de mais de 15 mi-

lhões de doentes; 233 a 288.000 novos casos por ano (in-cidência) são descritos em países subdesenvolvidos, com uma mortalidade/ano superior a 230 casos. No Brasil, é a principal causa de cardiopatia crônica (doença valvular com seqüelas) adquirida em menores de 20 anos de idade.

Ao contrário do que muitos afirmam, a febre reumática não é uma doença de origem autoimune nem costuma aparecer em maiores de 25 anos. Trata-se de uma doença inflamatória que acomete principalmente as articulações, além de poder afetar o coração, o sistema nervoso cen-tral, a pele e o tecido subcutâneo, em geral duas a três se-manas após uma infecção da orofaringe causada por uma bactéria do grupo dos estreptococos: estreptococo beta--hemolítico do grupo A de Lancefield - também chamada Streptococcus pyogenes. Portanto, para que uma pessoa desenvolva o primeiro episódio (ou surto) de FR, em geral é necessário que haja predisposição genética (história fami-liar é importante em 30% dos casos) e que alguns tipos de S. pyogenes (sorotipos virulentos e causadores da doença, mas não todos) provoquem uma infecção, seguida após semanas, por sintomas da doença – apenas 1 a 3% das faringoamigdalites provocadas por essa bactéria evoluem para FR.

O primeiro episódio ocorre em geral na faixa etária entre 5 e 15 anos, raramente antes de 3 anos e após os 25 anos. Caracteristicamente as crianças apresentam dor e incha-ço em várias articulações (mais de cinco), que costuma deixar a criança acamada. Este quadro de artrite costu-ma evoluir para melhora em no máximo 3 semanas, muito raro quem tem FR permanecer com artrite por mais de 30 dias. Também podem apresentar alteração cardíaca, sen-do a principal manifestação o surgimento de sopros aus-cultados pelo médico ao exame clínico; pode-se observar ao exame, nódulos subcutâneos, manchas avermelhadas pelo corpo, além de alterações neurológicas. Febre baixa e que dura poucos dias, além de dor articular sem artrite também são comuns.

O médico deve solicitar exames que avaliem a presença de inflamação no sangue, o comprometimento cardíaco além de investigar a infecção prévia pelo estreptococo. Unindo parâmetros clínicos e/ou de exames complemen-tares, chega-se ao diagnóstico de febre reumática. Uma vez diagnosticada a doença, os pacientes receberão tra-tamento sintomático por cerca de 3 meses, além de anti-bióticos que devem ser usados por no mínimo cinco anos após o último episódio de crise aguda de FR.

O uso crônico de antibióticos, mais especificamente da benzilpenicilina injetável, é obrigatório nesse grupo de pacientes uma vez que episódios recorrentesde infecção pela bactéria podem ocorrer principalmente nos cinco anos subseqüentes ao primeiro surto. Nestes casos, se as válvulas cardíacas não tiverem sido atingi-das anteriormente, pode acontecer de serem afetadas por falta de tratamento. Isto modifica a qualidade de vida e até pode trazer danos valvulares que necessitem de substituição de válvulas do coração ou mesmo provocar a morte de pacientes jovens.

A FR é uma doença prevalente, associada com bai-xas condições sócio-econômicas, pouco diagnos-ticada ou às vezes diagnosticada erroneamente. É fundamental que um profissional qualificado faça o diagnóstico e terapia corretamente, pois o tratamento da febre reumática em tempo hábil muda a história da doença e até a história de vida de muitos jovens. Seu tratamento depende do uso de antibióticos, que admi-nistrados por via oral todos os dias durante anos, pra-ticamente inviabiliza a terapia. Aliado a isso, mitos como os relacionados a alergias à benzilpenicilina retardam e prejudicam o tratamento. Reações alérgicas de qual-quer tipo ocorrem em 3,2% dos casos, reações alérgi-cas graves, em menos de 0,2% da população, e reações que provocam mortes só em aproximadamente 0,001%. Os pacientes devem receber a medicação em ambiente hospitalar, sob prescrição médica adequada em relação à dose e intervalo de dias. Acompanhamento médico no mínimo a cada seis meses é importante no manejo po-sitivo desta doença curável se diagnosticada e tratada adequadamente.

Alessandra Sousa Braz Caldas de AndradeCRM PB: 4653.

Profª. Drª. de Reumatologia da Universidade Federal da Paraíba.

Page 14: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

14www.saudepb.com.br

Artigo

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

14

Basta um olhar com maior sensibilidadee percepção para reconhecer um rosto sofrido e cas-tigado pela vida. Vejo pessoas generosas que o des-tino não agiu da mesma forma com as suas vidas.

Apesar da sabedoria do ditado popular que enfatiza que “cada um faz o seu caminho” e que, em alguns casos, isso é real, não temos o total controle de nossas vidas. São casos assim que lamento assistir a queda física e, muitas vezes, mental das vítimas de uma vida sofrida.

O olhar é perdido e sem expressão, o riso é sem entusiasmo, o físico mostra claramen-te o cansaço da luta diária por uma luz, a pele não tem brilho, a postura é de um perdedor que segue como uma folha arrastada por um vendaval. Enfim, vive esperando um fim seja da sua vida ou dos seus problemas que não cessam nunca.

Alguns justificam razões psicoló-gicas para o comportamento do sofre-dor: fraqueza, covardia, omissão, passividade e tantas outras explicações que nem sempre são as ver-dadeiras razões para a mudança brusca daquele destino.

Às vezes as razões envolvem fatores de diversas ordens camuflados na história de vida . Só quem vivenciou, pode saber, não cabendo a mais ninguém julgar. Escolhas acertadas nem sempre são toma-das por impossibilidades de assim o fazer.

Resta-nos saber compreender e, quando solicitado, estender a mão, ouvindo com paciência a situação, nunca determinando o que tem a ser feito, porque a decisão só cabe a quem pertence o problema.

VIDA INGRATA

Raquel GuerraColunista Associada

Page 15: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

15

Page 16: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

16www.saudepb.com.br

16

Fisioterapia

Page 17: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

17

Page 18: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

18

Notícias

Todos os dias, na hora do almoço, o parai-bano João Silva, 52 anos, não abre mão

da pimenta. Relata que o nutriente deixa sua comida mais saborosa e apetitosa. “Sem pi-menta, a comida fica sem gosto”, disse.

Parece que o sabor proporcionado pelo uso de pimentas não é preferência ape-nas do senhor João, pois, assim como ele, mui-tos brasileiros não dispensam aquele gostinho ardido em suas refeições diárias. As pimen-tas não apresentam apenas função nutri-cional, servindo para incrementar receitas gastronômicas, são importantes alimentos funcionais que trazem vários benefícios à saúde. Embora a eficácia da pimenta no com-bate a algumas doenças tenha sido compro-vada por recentes pesquisas científicas, não é de hoje que se propagam seus benefícios. Há milhares de anos, antigos povos das Amé-ricas já utilizavam o nutriente como analgé-sico e antiflamatório, para aliviar, por exem-plo, sintomas de dores de estômago e dente. As pimentas detêm propriedades que lhes permitem ser utilizadas como medica-mentos naturais. Apresentarem princípios ativos, como capsaicina e piperina, além de serem ricas em ácido fólico, zinco, potássio

Pimenta: nutriente atua na proteção de alguns tipos de câncer e na redução do colesterol Com Simone Bezerrill

Alimentos

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

18

e em vitaminas A, E e C. Devido a esses com-postos, facilitam a digestão dos alimentos, contribuem para reduzir os níveis de coleste-rol (fazem o organismo queimar gorduras) e atuam na proteção contra alguns tipos de câncer.

De acordo com pesquisas científicas rea-lizadas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o consumo da pimenta pode proporcionar a redução de até 45% do co-lesterol total, contribuindo para diminuir os riscos de doenças arterial coronariana ou aterosclerose.

Segundo a especialista em Nutrição Clí-nica Wilza Carla Araújo do Amaral, pelo fato de desempenhar uma atividade antioxidante, a pi-menta combate a produção excessiva de radicais livres, reduzindo, assim, a oxidação e o risco de do-enças cardiovasculares mais graves. A nutricio-nista ressalta que a pimenta contém três vezes a mais vitamina C do que a laranja. Também desta-ca que quanto mais ardida, maior a concentração de capsaicina e maiores os benefícios à saúde.

“A piperina, presente na pimenta do reino, e a capsaicina, na pimenta vermelha, são subs-

Page 19: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

19

tâncias responsáveis pelo sa-bor ardido. Têm grande potencial antioxidante, termogênico, analgésico, expectorante, di-gestivo, energético e vasodi-latador”, disse a profissional.

Variedades

Há mais de 50 tipos de pimentas existentes no mun-do. Dentre as principais cultiva-das no Brasil estão: malagueta, dedo de moça, biquinho, jalapeño, comari, bode e cambuci ado-cicada. Tais variedades podem ser encontradas em in natu-ra, em pó, em flocos e em óleos. A nutricionista salienta que as pimentas vermelhas possuem um potencial antioxidante maior do que as verdes, além de conte-rem bioflavonóides que auxiliam na prevenção do câncer, principal-mente o câncer de próstata. Já as pimentas pretas, ricas em piperina, que também é antioxidante, pro-porcionam uma melhor digestão.

“A pimenta malagueta, a pimenta dedo de moça, assim como outras variedades de cores

diferentes, mas de formato simi-lar, podem variar muito no grau de ardência na boca. Podem ser con-sumidas frescas ou secas e moí-das. Constituem excelentes fontes de vitaminas A e C, além de com-binarem com praticamente tudo”, Wilza Carla ainda adverte que o consumo exagerado de pi-menta pode causar danos à saúde. “A pimenta tem o poder de irritar a mucosa, mas a capsaicina tem o poder de cicatrizar, o que vai de-sempatar essa ação é a quantida-de ingerida, por isso deve ser con-sumida com moderação”, explicou.

Segundo pesquisadores, uma dose de três gramas de pi-menta por dia contribui para ace-lerar o metabolismo e, consequen-temente, para a perda de peso. Mas alertam que o consumo deve ser associado a atividades físi-cas e a alimentação balanceada. “Como coadju-vante, a pimenta ajuda na perda de peso, atu-ando no sistema ner-voso, liberando cate-colaminas, diminuindo o apetite. Também por conta de ser termogê-nica, acelera o metabo-lismo, libera endorfina, diminui a vontade de comer”, explicou Wil-za, que é especialista em Obesidade e Emagrecimento.

Fica a Dica: Segundo a nutricionista, caso queira diminuir a ardência da pimenta utilize só a casca, já que a placenta e a semente são as res-ponsáveis pelo ardor. Também

não se deve tomar água na intenção de diminuir o sabor picante na boca, pois a água acentua essa sensação. A es-pecialista recomenda que é preferível tomar leite ou deri-vados, pois atuam na retirada da capsaicina dos receptores nervosos localizados na boca.

Dedicação ao comércio de pimentas:

Consumidor assíduo de pi-mentas, há dois anos, o analista de suporte na área de informática André Carvalho Barbosa de Oliveira se dedica ao comércio deste tipo de especiaria. “Sou louco por pimentas. Com as mais variadas espécies é possível sentir sabo-res e sensações de ardor inigualáveis. Consumo dia-

riamente e, com certeza, minha saúde é ótima devido a esse hábito alimentar”, enfatizou.Segundo André, os

tipos de pimenta mais pro

Alimentos

Page 20: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

20

As principais pimentas cultivadas no Brasil

Malagueta - De cor vermelha ou verde, é muito popular. Usada como tempe-ro no prato arroz com feijão.

Dedo de Moça - De cor vermelha, é a mais consumida no país. Devido apresentar um aroma suave, é bastante utiliza-da em doces cremosos e molhos.

Biquinho – De cor verme-lha, é ideal para proporcionar um gostinho todo especial em molhos de carnes e massas leves.

Jalapeño – Verde ou vermelha, é considerada uma pimenta aromática. É a mais utilizada na culinária mexicana.

Comari – Verde, vermelha ou amarela. Combina com molhos cozidos para carnes brancas

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

20

curados são malagueta, chei-ro, dedo de moça e biquinho. Ele também comercializa outras es-pécies com clientes que gostam de variar os sabores, como as pimentas de origem indiana (Bhut jolokias e naga morich), mexicana (Jalapeno) e caribenha (Hbanero red, orange e chocolate).Além de pimentas, André oferece à sua clientela, cuja faixa etária varia entre 17 e 40 anos, uma diversidade de produtos que tem a pimenta como ingrediente principal, tais como biscoitos, geleias e chocolate.Normalmente, o analista forne-ce suas especiarias para res-taurantes, bares e locais de venda de alimentos naturais. Também expõe seus produtos em eventos, tendo participa-do, por exemplo, das edições do Salão do Artesanato da Paraíba.Segundo ele, a lucrativida-de com as vendas ainda é pequena devido à baixa produ-ção de pimentas no Nordeste.

Bode - Vermelha ou amarela, é indicada para caldos e molhos, especialmen-te aos que acompanham peixes.

Cambuci adocica-da - De cor verde, tem for-mato de sino e se conserva melhor o frescor se acrescenta-da ao final do preparo dos pratos.

Alimentos

Page 21: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

21

Receita de azeite de oliva picante e pimenta dedo de moça:

Porção para quatro pessoas:. 500ml de azeite de oliva extravirgem. 2 dentes de alho. 3 pimentas dedo de moça

Preparo:

Limpe cuidadosamente as pimentas com papel toalha e coloque-as numa garrafa de vidro. Acrescente o alho descascado e fatiado no sen-tido do comprimento, cubra com azeite e tampe a garrafa.Deixe o azeite picante em infusão por pelo menos uma semana antes de consumi-lo sobre brusqu-etas e torradas ou como tempero para massas, pizzas e outras preparações.

Se desejar um sabor mais picante, basta aumentar a quan-tidade de pimentas e colocá-las em infusão picadas, em vez de inteiras. Lembre-se de que o gosto pican-te aumenta com o tempo de infusão. Caso deseje tornar o sabor mais suave, basta adicionar mais azeite.

Confira receitas, abaixo, nas quais a pimenta é o ingrediente principal:

Geléia de Abacaxi com Pimenta

Ingredientes:

01 abacaxi grande;03 unidades de pimenta dedo de moça;1/2 kg de açúcar demerara.

Preparação:

Descasque o abacaxi e retire o miolo. Em seguida, corte-o em pedaços e triture ou passe no liquidi-ficador juntamente com as pimentas. Logo após, coloque tudo num panela, adicione o açúcar e cozinhe por 45 minutos.

Dicas: Caso o fogo seja muito baixo e a ge-leia fique muito mole, ferva mais um pou-co. Mas se o fogo for muito alto e secar rápido, adicione um pouco de água quente e dissolva fervendo um pouquinho mais.

Alimentos

Page 22: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

22www.saudepb.com.br

Artigo

FRATURA DE PÊNIS

Dr. Leandro TavaresUrologista

Membro Titular da Sociedade Brasileira de UrologiaCRM - 4633

O pênis é formado por três estrutu-ras cilíndricas, sendo dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso.

A uretra passa dentro do corpo esponjoso. Estes “cilindros” são revestidos por um tecido semi-elástico chamado ALBUGÍNEA. Quando cheios de sangue, sofrem dilatação e provocam a ereção. Apesar de não ter estru-tura óssea na sua constituição, o pênis pode sofrer fratura, que é definida como a ruptura da albugínea dos corpos cavernosos causada por trauma sobre o pênis em estado de ereção.

Geralmente oco re durante relação sexual intempestiva, estando a mulher sobreo homem. Outros mecanismos de trauma mais raros são a masturbação, queda ou durante o sono, quando o indivíduo vira-se sobre o pênis ereto, dobrando-o e promovendo a sua fratura.

A razão pela qual a fratura ocorre durante

a ereção é que a túnica albugínea fica cerca de cinco vezes mais fina neste momento e, por-tanto, mais vulnerável à ruptura. Os pacientes que procuram o atendimento médico relatam ouvir um “clic”, acompanhado de dor e per-da imediata da ereção, seguida de aumento de tamanho e coloração arroxeada (hema-toma) do pênis, podendo se estender até a região localizada entre o escroto e o ânus (períneo). Cerca de um terço dos casos tem lesãouretral associada, o que pode ser suspeitado pelo sangramento da uretra.

O tratamento ideal da fratura peniana é cirúrgico e, se houver ruptura uretral associada, esta deverá ser reparada. Nestes casos, há necessidade de manter o paciente com sonda vesical por um perío-do prolongado, de no mínimo uma semana, conforme as características da lesão.

Chama-se sonda vesical um conduto de látex ou silicone que é colocado dentro da uretra e vai até a bexiga para drenar a urina produzida, evitando o seu contato com a área comprometida.

As complicações mais comuns são dor prolongada, cu vatura peniana, estreitameto da uretra e, mais raramente, impotência sexual. Quanto mais cedo o paciente procurar o atendimento médi-co e for realizada a cirurgia, menor será aincidência de complicações e mais rápida a recuperação. Os pacientes operados podem retornar às ativi-dades sexuais após cerca de 30 dias.

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

22

Page 23: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

23

Page 24: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

24

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

Notícias

De acordo com os últimos da-dos levantados pela pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Pro-

teção para Doenças Crônicas por Inquéri-to Telefônico (Vigitel), realizada em 2011, a hipertensão arterial sistêmica acomete 22,7% da população adulta do país, sen-do mais frequente o diagnóstico em mu-lheres (25,4%) do que em homens (19,5%).

Na capital paraibana, a média de hi-pertensos chega ao índice de 21%. A pesqui-sa indicou que a cidade de João Pessoa apre-senta um percentual elevado de mulheres diagnosticadas com a doença em comparação à incidência nos homens. O gênero feminino registrou 23,4%, enquanto o masculino 18,1%.

Ainda segundo a pesquisa Vigitel, apenas 5,4% dos indivíduos entre 18 e 24 anos foram diagnosticados hipertensos. Já na faixa etária dos 55 anos, a porcentagem de hipertensos é 10 vezes maior, atingindo mais da metade da população brasileira: 50,5%. Entre os maio-res de 65 anos, a proporção chega a 59,7%. Além da frequência da doença ser elevada entre os idosos, pois avança com o passar

dos anos, observa-se, também, que em todas as faixas etárias o diagnósti-co é mais comum em mulheres.

A pesquisa ainda indicou que o nível de escolaridade influencia no diagnóstico da hipertensão entre a população feminina. Em re-lação às mulheres com até oito anos de estudos, 34,4% declararam ter diagnóstico médico de hipertensão arterial. O índice diminui para 14,2% entre as que têm nível superior de educação.

Entre as capitais brasileiras, Pal-mas é a que apresenta a menor propor-ção de pessoas com hipertensão ar-terial, com 12,9%. O maior índice de hipertensos foi registrado no Rio de Janeiro (29,8%), onde a proporção de idosos é maior.

Saiba mais sobre a doença

Popularmente conhecida como “pressão alta”, a hipertensão acomete todos os gêneros e idades. Como tem re-lação com a força aplicada para que o sangue consiga circular por todo o organismo, a doença prejudica as artérias, cujo estreitamento faz com que o coração bombeie o sangue com mais intensidade.

De acordo com os médicos especialistas, uma pessoa pode ser considerada hipertensa quando a pressão arterial permanece na maior parte do tempo igual ou maior a 140 por 90 (Essa leitura é medida em milíme-tros de mercúrio - mmHg). Ainda exis-te a categoria dos pré-diabéticos, quando a variação fica entre 130 e 80. Uma pes-soa com pressão arterial normal apresen-

www.saudepb.com.br24

João Pessoa: média de mulheres hipertensas é superior a de homens

Page 25: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

25www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

25

Notícias

ta uma constante de 120 por 80 mmHg.

Causada pelo aumento na contra-ção das paredes das artérias, que pos-sibilita a circulação do sangue pelo cor-po, a doença provoca um movimento que sobrecarrega alguns órgãos, como o coração, o cérebro e/ou os rins. Caso não seja tratada, uma pessoa hipertensa pode sofrer infarto, Aciden-te Vascular Cerebral (AVC) ou comprometer a função renal.

Cuidados

Segundo os cardiologistas, os prin-cipais inimigos da pressão arterial estão relacionados às práticas alimentares, como dieta rica em sódio e gorduras, e ao es-tilo de vida sedentário dos indivíduos.

Alguns cuidados devem ser segui-dos pelos pacientes para que haja um controle da hipertensão:

* Praticar atividades físicas;* Ter uma dieta saudável (rica em potássio e fibras);* Ingerir muito líquido;* Parar de fumar;* Reduzir a quantidade de álcool e sal;* Manter o peso equilibrado.

SUS amplia acesso a tratamento da hipertensão

Segundo o Ministério da Saúde, o pro-grama Saúde Não Tem Preço proporcionou avanços no controle e no tratamento da hi-pertensão arterial. Em um ano de distribuição gratuita de medicamentos nas farmácias po-pulares e privadas de todo o país, 6,9 milhões de pacientes foram beneficiados com a am-pliação no acesso ao tratamento da doença.

Além de hipertensos, diabéticos e asmáticos também são favorecidos pelo programa. Atualmente, são 14 medica-mentos distribuídos nas 554 farmácias populares da rede própria e 20.374 da rede privada. Na Paraíba, existem 192 far-mácias administradas pelo governo fe-deral e 215 drogarias privadas creden-ciadas ao “Aqui Tem Farmácia Popular”. Para ter acesso aos medica-mentos é necessário apresentar CPF, documento com foto e receita médica válida. O objetivo do MS é dar mais transparên-cia e fortalecer o controle dos repasses rea-lizados pelo ministério às farmácias privadas. Além disso, o cadastro evita a automedicação.

Ações para promover a saúde

Acordo com indústria alimentícia - Uma das ações que visam à diminuição dos fato-res de risco para a hipertensão arterial diz repeito ao acordo firmado en-tre o Ministério da Saúde e a indústria alimentícia brasileira. Desde 2011, a inicia-tiva vem proporcionando a redução dos níveis de sal em alimentos como o macar-rão instantâneo, as bisnaguinhas e os sal-gadinhos prontos. Para se ter uma ideia, apenas com a redução prevista no pão francês, estima-se, até 2014, a retirada de 3.957 toneladas de sódio do mercado.

Page 26: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

26

Notícias

Segundo o MS, o objetivo da par-ceria é reduzir, gradualmente, o uso do sódio em 16 categorias de alimentos (entre outros, batatas fritas e batata palha, pão, bolos prontos, salgadinhos de milho, maionese e biscoitos recheados) até 2014. Além de causar a hipertensão arterial, o consumo excessivo de sódio pode desencadear uma série de outras doenças crônicas, tais como complicações cardio-vasculares, distúrbios renais e cânceres.

Programa Academia da Saúde - O se-dentarismo, que também é um dosfatores de risco para a doença, é comba-tido pelo programa Academias da Saúde, que prevê a criação de espaços equipa-dos para a realização de atividades físicas, com acompanhamento profissional e em sintonia com as unidades básicas de saúde. Já são mais de sete mil propostas inscritas

em todos os estados e no Distrito Federal. Pesquisas do Ministério da Saúde indicam que a disponibilidade de espa-ços públicos para a prática de exercí-cios eleva em até 30% a frequência de atividades físicas nestas comunidades.

A finalidade do programa é reduzir em 2% ao ano o índice de mortes prematuras causadas por doenças Crôni-cas Não Transmissíveis (DCNT), cujas ocor-rências são favorecidas pelo sedentarismo. Segundo o Ministério da Saúde, outra medida a ser atingida diz respei-to à melhoria de indicadores relaciona-dos ao consumo de álcool e tabagismo.

Na Paraíba, 78 municípios devem ser beneficiados pelo programa. Ao todo, serão 82 academias construídas ao ar livre no estado.

Page 27: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

27

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

27

Page 28: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

28www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

28

Page 29: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

29www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

29

Especial

Page 30: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

30www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

30

Page 31: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

31

Page 32: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

32

Especial

www.saudepb.com.br32

Dizer que se exercitar diariamente traz vários benefícios à saúde não é novidade para ninguém. Mas modificar o estilo

de vida, deixando para trás hábitos sedentários, não é uma tarefa fácil para muita gente que não consegue se adaptar à rotina das acade-mias de ginástica. O que a maioria das pessoas deseja é associar uma atividade física ao lazer. Por isso, é cada vez maior o número de adep-tos à prática de pedalar.

Ciclismo e qualidade de vida: saiba os benefícios da prática de pedalar para sua saúde

Modalidade esportiva contribui para a prevenção de doenças e possibilita lazer. Por Simone Bezerrill

Page 33: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

33www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

33

Especial

É o caso da funcionária pública Pollyana Fernandes de Melo, 29 anos. Pre-ocupada com a saúde e o bem estar físi-co, há um ano ela vem se dedicando ao ciclismo, embora sem a frequência que gostaria. Pedala duas vezes por semana e, esporadicamente, se reúne com ami-gos para realizar passeios mais longos.

“O interesse surgiu porque eu queria e precisava deixar minha vida sedentária e começar alguma ativida-de física, mas não apenas como obri-gação, queria algo que me desse algum prazer. Como nunca gostei de acade-mia, optei pelo pedal, que considero não apenas uma atividade física, mas uma opção de lazer também”, relatou.

O uso regular da bicicleta está possibilitando uma melhora na qualida-de de vida de Pollyana. Segundo ela, os resultados são notados até no traba-lho, onde apresenta mais disposição e, consequentemente, mais rendimento. “Meu condicionamento físico melhorou bastante, e ainda perdi uns quilinhos. Aliás, tudo melhorou: o sono, o humor e o cansaço mental, pois percebo que quando surge (na-queles períodos nos quais tenho que estu-

dar e trabalhar com mais intensidade) é em grau bem mais moderado”, disse Pollyana.

Depois de ter participado de várias competições e conquistado alguns prêmios, o ex-atleta paranaense Maykon Fischer pratica, hoje, o ciclismo apenas por lazer e diversão. Destaca que a modalida-de tem grande importância para a saúde física e mental. “São várias as vantagens proporcionadas pela prática de pedalar. Além de expandir nosso ciclo de amizade, é inegável a contribuição do esporte na melhora da qualidade de vida: alívio do estresse do dia a dia, maior po-

der de concentração, equilíbrio, paci-ência e coordenação motora”, disse. De acordo com cardiologistas, além de fortalecer a musculatura, peda-lar contribui para melhorar o sistema imunológico, evitar doenças cardiovas-

culares, controlar a glicemia no sangue (reduzindo o risco da diabetes), reduzir problemas respiratórios e conter a obesidade.

Page 34: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

34

Especial

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

34

Os cardiologis-tas ainda ressaltam que o ciclismo é uma modalidade indi-cada para qualquer pessoa e ida-de, por não apresentar sobre-carga nas articulações. Também alertam que não é preciso horas de atividade ou treinamento pesado para obter bons resultados à saúde. É importante apenas fazer da práti-ca uma rotina agradável no cotidiano.

Alguns médicos salientam que as pessoas que têm o hábito de andar de bicicleta regularmente são menos frequentes nos consultórios, pois dificilmente apresentam dores lom-

bares e doenças cardiovasculares. Além disso, pedalar contribui para re-duzir o risco de infarto em até 50%.

O ciclismo tam-bém é considerado um importante antidepressivo natural. Pesquisas comprovaram que pes-soas que incorporaram o uso da bicicleta no seu dia a dia têm menos probabilidade de sofrerem problemas psicológicos, como a depressão, por exemplo. Segundo os especialistas, a prática do esporte favorece a liberação de endorfinas, também conhecidas como hormônios que geram a sensação de prazer

Page 35: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

35www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

35

Especial

Outros benefícios à saúde devido ao uso da bicicleta • Diminuiapressãoarterial;• Baixaocolesterol;• Melhoraoalinhamentodacoluna vertebral; • Previneoaparecimento de hérnias de disco;• Evitaodesgastearticular e protege as rótulas;• Previneinfecções. Bike Fit: técnica importante para uma boa pedalada

Técnica desenvolvida por norte-americanos, que faz uso dos conhecimentos da Biomecânica (Ciência que estuda o movimen-to esportivo), o bike fit busca adequar a bicicleta ao corpo do esportista. Embo-ra poucos saibam, o interessante é que tal técnica não é restrita a bicicletas de atle-tas. É essencial a qualquer um que adote a prática de pedalar, pois, além de pro-piciar um melhor desempenho do prati-cante, evita uma série de lesões no corpo. Deixar o ciclista ou iniciante corre-tamente posicionado sobre a bicicleta é o que objetiva o profissional em bike fit.

Para isso, são seguidas algumas etapas, como conversas com o praticante para a montagem de um perfil e medições do seu corpo e da bicicleta a ser utilizada.Para cada tipo de bicicleta, exigem--se diferentes posicionamentos. Entre outros fatores a serem levados em consideração pelo bike fitter, como tipo físico do praticante e flexibilidade, o

objetivo sempre será regular a bicicleta adequadamente ao ciclista. Na Paraíba, encontra-se um dos melhores profissionais em bike fit do Bra-sil. Com mais de três décadas de experi-ência na modalidade esportiva, o pesso-ense Kepler W. Cruz Marques, de 47 anos, mais conhecido como Pepe, é especialista na área, com curso realizado em uma das escolas pioneiras na técnica, a Fit Kit Sys-tems, além de ter vasta experiência pe-dalando e em equipamentos de ciclismo. Pepe é proprietário de uma loja espe-cializada no serviço, a Bike Tech Pepe, situada em João Pessoa. Segundo ele, a Fit Kit Sys-tems desenvolveu um método próprio que permite ao profissional em bike fit estabelecer medidas ideais da bicicleta para o ciclista ao avaliar a proporcionali-dade e a função corporal. De acordo com especialistas, um profissional respeitável na técnica deve ter bastante experiência com bike, entendimento de biomecânica e fisiolo-gia, além de anos de atuação como bike fitter.

Page 36: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

36www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

36

Especial

Mural de Fotografias

Page 37: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

37

Especial

Fotos: Bike Tech Pepe

Page 38: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

38

Especial

Confira, abaixo, uma entrevista exclusiva com Pepe, e saiba mais sobre a atuação desse profissional e a técnica do bike fit.

1. Há quanto se dedica profissio-nalmente ao ciclismo?

Há 30 anos. Mas comecei a atuar como profissional em bike fit a partir de 2007. Tra-balho com agendamento. Ao todo, são mais de 2.000 avaliações de bike fit realizadas.

2. Como funciona o bike fit? O procedimento começa com a explicação da metodologia, da sua impor-tância, do material e do software a ser utiliza-do. Após essa fase, inicia-se uma entrevista com o cliente, buscando informações sobre suas características morfológicas, objetivos futuros e histórico de lesão. Em seguida, é fei-ta a medição da bicicleta, com bastante cuida-do, conferindo os resultados com a geometria informada pelo fabricante. Logo após, os dados coletados são passados para o softwa-re. Concluída a etapa anterior, é explicado ao cliente como a geometria do quadro da bi-cicleta interfere no ato de pedalar. Vale salien-tar que cada fabricante possui uma geometria específica. Também é importante que se en-tenda, embora muita gente desconheça, que a geometria é a alma da bicicleta. Após medir detalhadamente a bike, o passo seguinte refere-se à medição do corpo e ao teste de flexibilidade voltado para o posicionamento na bicicleta. Em seguida, é confrontada a geometria da bike, com as medidas, o teste de flexibilidade e o objetivo do ciclista. Todos os dados são transferidos para o computador. Dessa maneira, é criada uma bicicleta virtual pelo software, permitindo ao especialista em bike fit avaliar tanto a propor-cionalidade e função corporal quanto estabe-lecer medidas ideais da bike para o ciclista.

Page 39: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

39

O procedimento chega ao fim com a re-alização de um teste no simulador com o ciclista em ação na sua própria bicicleta, depois de feitas as modificações. O ob-jetivo dessa especialidade é prevenir le-sões, melhorar o conforto e aumentar o desempenho do ciclista por maior tempo possível.

3. Quais os benefícios do ci-clismo para a saúde?

Além de ser a maneira mais eficien-te de locomoção humana, andar de bici-cleta é um dos melhores exercícios físicos que possibilitam benefícios a nossa saú-de. Pode-se apontar as seguintes vanta-gens aos que aderem à prática de pedalar: diminuição de doença cardíaca, fortaleci-mento dos músculos, queima de calorias, cintura mais fina, habilidade e coordenação motora, saúde mental, cura de depressão, fortalecimento do sistema imunológico e, lógico, aumento do ciclo de amizade.

4. Muita gente pensa que o bike fit é realizado apenas em bi-cicleta de competição e de atle-tas, o que não é verdade. Então, pergunta-se: qual a importância da técnica para quem quer ini-ciar a prática do ciclismo?

Além de todos os benefícios aci-ma citados, o iniciante bem orientado não sofrerá consequências negativas, pois não memorizará os vícios adquiridos pelo mal posicionamento de movimento e postura.

5. Já avaliou atletas?

Sim. Já trabalhei com ciclistas, triatletas, bikers amadores, enfim, com profissionais de níveis regional, nacional e internacional. A exemplos: o ciclista olím-pico Márcio May e o triatleta Cid Florence.

6. Quais são os requisitos bási-cos para quem iniciar no ciclismo?

Primeiramente, é preciso dispor de uma bicicleta que ofereça praticidade ao ciclista: com quadro e garfo com medidas e componentes tecnicamente sem restri-ções. Depois, é necessário ter os itens que garantam conforto e segurança, tais como: capacete, luvas, bermuda com acolchoa-do, camisa de tecido seco, caramanhola, tênis (de preferência rígido) ou sapatilha de ciclismo. Outra dica indispensável é sempre praticar o ciclismo em locais específicos: ciclovia ou ciclofaixa, respeitando as regras do trânsito.

Especial

Page 40: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

40

Notícias

D epois da repercussão, entre os leitores, do artigo publicado pela médica Alessandra Sousa

Braz Caldas de Andrade, professo-ra de Reumatologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sobre o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), a doença inflamatória au-toimune volta a ser debatida nesta edição da SaúdePB.

A retomada do assunto deve-se ao fato de que as pesso-as ainda têm pouca ou nenhuma informação sobre a doença. Com isso, muitos pacientes diagnos-ticados com LES têm problemas no trabalho e acabam se isolando, pois são alvos de discriminação. É

Lúpus vem do latim e significa “lobo”, Eritematoso, do grego, significa “vermelho”. A doença recebeu este nome devido à observação da presença de uma erupção cutânea na face de pacientes doentes, semelhante às marcas brancas no focinho de um lobo, sendo que vermelhas – também chamado de lesão em

asa de borboleta - característico do Lúpus Eritematoso.

Fonte: imunovet5.blogspot.com

necessário saber que embora se trate de uma doença grave, so-bretudo se ocorrerem lesões re-nal e cerebral, uma pessoa diag-nosticada com o distúrbio pode e deve levar uma vida normal, des-de que tenha acompanhamento médico e hábitos saudáveis de vida.

De acordo com os es-pecialistas, o início da doença é mais comum em mulheres na faixa etária entre 15 e 30 anos. Dificilmente acomete adolescen-tes que ainda não menstruaram. Segundo a reumatologista Alessandra, o LES costuma se apresentar em formas de do-res nas articulações e man-

LÚPUS: Pacientes diagnosticados com a doença podem e devem ter vida normal

Com Simone Bezerrill

Page 41: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

41

Notícias

chas na pele. Ainda ressalta que o lúpus pode atingir outros órgãos, como rins e cérebro.

“As manifestações mais comuns do lúpus são as do aparelho locomotor, ou os-teomioarticulares, como dores articulares (artralgias) com ou sem artrite (presença de dor, inchaço, calor e limitação dos movimen-tos articulares); e as de pele, como o surgi-mento de manchas relacionadas à exposição solar ou contato com radiação ultravioleta sem fotoproteção ou ainda manchas que deixam cicatrizes. Também podem apare-cer sintomas relacionados com o processo inflamatório generalizado nos órgãos, como

os rins, derrame no pulmão e/ou coração, convulsões, distúrbios psiquiátricos, anemia entre outros”, explicou a médica.

Em relação ao diagnóstico do Lúpus Eritematoso Sistêmico, havia muita confusão na identificação dos sintomas até que a Sociedade Americana de Reuma-tologia estabeleceu, em 1971, 11 critérios, revistos em 1982 e 1997. A reumatologista destaca alguns deles ao explicar que o LES pode ser diagnosticado, entre outras situa-ções clínicas, mediante à presença de sinais e sintomas sistêmicos em pacientes jovens, principalmente mulheres, com dores articula-

ACOMETIMENTO ESPECÍFICO DE ÓRGÃOS E SISTEMAS.Fonte:www.nlm.nih.gov/esp_imagepages

Page 42: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

42

res, febre, perda de peso, alterações de pele supracitadas, alteração da função renal, queda considerável de cabelo.

“Existem critérios que classificam uma pessoa como portadora da doen-ça. No Brasil seguem-se os critérios do Colégio Americano de Reumatologia (1997). Destes, dois incluem a pesquisa de autoanticorpos. Os autoanticorpos (prote-ínas) são produzidas pelo organismo e di-rigidos contra suas próprias células. Agem contra estruturas encontradas no interior das células, especialmente no seu núcleo, e são chamados de anticorpo anti-nuclear (AAN) ou fator anti-nuclear (FAN) presen-tes em 95% a 98% dos pacientes doentes. Apesar de importantes para o diagnóstico da doença, não são específicos para LES. Além do FAN, outros anticorpos específi-cos são solicitados. Recentemente (2012), foram sugeridas modificações nos crité-rios do ACR, porém ainda precisam de mais estudos para verificar se vão substituir os critérios utilizados há 15 anos”, esclareceu.

No que concerne ao tratamento, inicialmente, pacientes com LES devem receber medicações que controlem os eventos principais da doença: inflamação e alteração da imunidade. De acordo com o tipo de envolvimento orgânico, alguns ne-cessitam de internação para receber medi-cação por via endovenosa e podem precisar tomar medicações durante longos perío-dos. “Utiliza-se de rotina em todo paciente com diagnóstico recente de LES anti-infla-matórios hormonais – os glicocorticóides, além de imunomoduladores e/ou imunos-supressores”, disse a reumatologista.

Embora não tenha cura, o LES pode ser controlado, o que possibilita ao paciente ter uma vida normal. Para isso, os médicos ressaltam que, aliados aos medicamentos,

Notícias

uma pessoa diagnosticada com a doença deve adotar práticas saudáveis de vida, pois tão importante quanto o tratamento medi-camentoso, são os cuidados terapêuticos não farmacológicos: buscar apoio psicoló-gico, usar protetor solar, aderir a uma dieta balanceada, evitar o tabagismo, controlar o peso, entre outras situações que possam interferir direta ou indiretamente na res-posta do distúrbio ao tratamento e na sua evolução a longo prazo.

“Os pacientes podem e devem realizar atividades físicas de baixo a mo-derado impacto, desde que não se expo-nham excessivamente ao sol ou que so-brecarreguem seus órgãos. Devem evitar o uso de anticoncepcionais à base de es-trógeno e frequentar regularmente seu reumatologista para monitoramento tanto da terapia quanto do quadro clínico”, salien-tou a doutora Alessandra.

ALOPECIA: QUEDA IMPORTANTE E REVERSÍVEL DE CABELOSEM PACIENTES COM LES

Page 43: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

43

Notícias

Page 44: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

44

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

44

Page 45: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

45

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

45

Page 46: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

46

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

46

Em breve, os cidadãos de Santa Rita serão beneficiados com a cons-trução de um importante com-

plexo hospitalar. Trata-se do Hospital Metropolitano que será construído pelo governador Ricardo Coutinho. O anúncio da abertura do processo de licitação para a edificação da unidade foi publicado em novembro de 2012.

Em março do ano passado, o go-vernador e o superintendente regional da Caixa Econômica Federal (CEF), Elan Mi-randa, assinaram o convênio de R$ 43,95 milhões para a construção do Hospital Metropolitano. Segundo a Assessoria de Comunicação do Estado, serão investidos R$ 100 milhões na saúde do município. A verba será destinada à construção de uma unidade voltada para o atendimen-to ambulatorial, urgência e trauma. Além disso, a população contará com o apoio ao diagnóstico e terapia.

De acordo com o projeto, a instala-ção contará com consultórios de gineco-logia, obstetrícia, pediatria e enfermagem. Os santaritenses também terão acesso a uma farmácia popular, a serviços de nu-trição e dietética. Em relação ao setor de atendimento ambulatorial, está previsto a construção de salas de curativos, inalação, aplicação de medicamentos e de espera, destinados a pacientes e acompanhantes.

Acesso à saúde deverá ser ampliado com construção de Hospital Metropolitano

de Santa Rita

Page 47: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

47

Notícias

Os serviços disponibilizados se estendem ao setor de emergência. Pacientes contarão com salas de triagem, exames, suturas, raio-x. Ainda serão feitos dois ambientes de observação materna e um de observação pediátrica.

No que se refere ao setor de apoio ao diagnóstico e terapia, os cidadãos se-rão contemplados com laboratórios de hematologia, parasitologia e urinálise, assim como salas de lavagem, preparo e esterilização de material.

De acordo com matérias publi-cadas no site do Governo do Estado, o complexo hospitalar terá cinco salas de cirurgias, ficando o centro cirúrgico equipado com posto de enfermagem, sala de recuperação pós-anestésica, espaços para funcionários e armazenamento de equipamentos e materiais especializados.

A assessoria ainda destacou a atuação do hospital metropolita-no na oferta dos serviços de diálise. A agência transfuncional da unidade

hospitalar contemplará uma área para estocagem de hemocomponentes, com refrigerador para hemácias e freezer para plasma.

Em 2011, a rede de hospitais da Paraíba, formada por 31 unidades, reali-zou 1,9 milhão de atendimentos. Deste to-tal, 1,2 milhão se referem a procedimen-tos clínicos e 282 a realização de cirurgias, conforme indicou o Datasus. De acordo com o governo, a meta é aumentar o número de atendimentos e facilitar o acesso à saúde através do investimento em novas instalações médicas no Estado.

Imagem meramente ilustrativa

Page 48: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

48

Page 49: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

49

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

49

Page 50: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

50

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

50

Brasil Carinhoso: MS amplia distribuição desuplementos nutricionais à população infantil

Histórico preocupante em relação à saúde na infância levou o Governo Federal a tomar providências importantes em prol do bem estar da população infantil. Através do Ministério da Saúde (MS), ampliou-se o pro-grama de distribuição de suplementos nutri-cionais para os menores de seis anos de idade, pois 20,9% das crianças na faixa etária de 0 a 6 anos possuem deficiência de ferro e 17,4% apresentam carência de vitamina A, segundo apontou a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), realizada pela última vez em 2006.

A iniciativa faz parte das ações pro-movidas pelo programa que visa elevar, de imediato, a qualidade de vida de 62% de um total de 2,7 milhões de crianças que vivem em condições precárias e têm até seis anos de idade. Lançado em maio do ano passado, o “Brasil Carinhoso” atenderá cerca de 40% dos 16,2 milhões de pessoas, ou seja, dois mi-lhões de famílias, que se encontram em ex-trema pobreza (com renda mensal inferior a R$ 50,00), segundo indicou o Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O programa foi criado para atuar, prin-cipalmente, em três vertentes: educação, saúde e vida social. Para isso, o MS promo-veu a ampliação do Bolsa Família, o aumento do número de creches no país e intensificou a distribuição de medicamentos para as crianças nas redes hospitalares.

De acordo com o MS, R$ 30 milhões se-rão investidos para combater a anemianutricional infantil. A verba será aplicada em campanhas de vacinação para distribuir a dose de vitamina A para crianças de seis meses a cinco anos de idade, em 2.755 municípios. A meta do governo é promover a ação em todas as cidades brasileiras até 2014.

A iniciativa também prevê a garantia de acesso ao sulfato ferroso em todas as Unida-des Básicas de Saúde (UBS) do país para crian-ças de seis a 18 meses. Com essas ações, o Ministério da Saúde pretende reduzir em 10%, o índice de casos de anemia na primeira infân-cia e, em 5%, o percentual de deficiência de vi-tamina A. Em entrevista ao portal da Agência Saúde, o ministro Alexandre Padilha, ressaltou que a medida vai proporcionar a redução da mortalidade infan-til. “Vamos fazer por meio das campanhas de vacinação a busca ativa dascrianças que não receberam a dose devitamina A. Temos que enfrentar esse problema crônico da anemia e a falta de vita-

mina A, que pode ter um impacto muito grande na mortalidade infantil”, avaliou o ministro.

Segundo os médicos, a principal causa da anemia na infância está relacionada a uma alimentação deficiente em ferro. Uma criança

Page 51: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

51www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

51

Notíciasanêmica tem seu desenvolvimento cognitivo prejudicado, problema que não pode ser revertido com tratamento. A incidência da doença acontece até os 24 meses de vida.

A carência de vitamina A ocasiona acegueira e reduz a imunidade nas crianças. De acor-do com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a suplementação adequada do nutriente reduz em

24% o risco de morte infantil e em 28% a mortalidade por diarreia.

Saúde na Escola ampliaatendimento

Outra ação que integra o “Brasil Carinho-so” diz respeito à expansão do Programa Saúde na Escola (PSE). Voltado para creches e pré-escolas, tal projeto visa ampliar o acesso à saúde na primei-ra infância e reduzir a vulnerabilidade de crianças, adolescentes e jovens. O PSE, que anteriormente atendia alunos de 5 a 19 anos, passa, agora, a prio-rizar também os menores de cinco anos de idade.

Para a ampliação do PSE, o Ministério da Saúde aplicará o recurso de R$ 68 milhões. Até 2014, o governo tem como meta atingir em 100% o número de atendimento nas creches e nas pré--escolas dos municípios que já aderiram às ações e que tenham mais de 50% de crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF). Segundo o MS, o investimento será repassado pelo governo federal aos municípios para a realização de algumas medi-das, tais como: possibilitar a redução e o controle da obesidade, levar às crianças uma alimentação saudável e promover a prevenção do risco de aci-dentes.

Todos os estudantes atendidos pelo Programa Saúde na Escola passam por avaliações clínicas. São beneficiados com consultas antropométrica, oftalmológica, auditiva, nutricional e odontológica. Além disso, recebem outros cuidados, como: ca-lendário vacinal atualizado, detecção precoce de hipertensão e de agravos de saúde negligenciados (prevalentes na região: hanseníase, tuberculose, malária etc.). O PSE ainda realiza capacitações de profissionais de saúde e educação.

Medidas de prevenção nasescolas

As escolas devem adotar medidas de prevenção para assegurar o desenvolvimento saudável dos alunos. Dentre as ações estão:-Possibilitar uma alimentação saudável;-Disponibilizar atividades de educação física e práticas corporais;-Traçar orientações de uma educação voltada para a saúde sexual, saúde reprodutiva e preven-ção das DST/Aids; -Fazer campanhas de prevenção contra o consu-mo de álcool, tabaco e outras drogas;- Promover a cultura de paz;-Inibir a violência;-Orientar sobre a importância da saúde ambiental e do desenvolvimento sustentável.

Em 2012, ano em que foi trabalhado o tema obesidade com mais de cinco milhões de alunos durante a realização da primeira edição da Sema-na de Mobilização Saúde na Escola, o Ministério da Saúde também estabeleceu uma parceria com a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) para disseminação de orientações sobre a oferta de alimentos mais saudáveis nas cantinas das escolas particulares.

Mais ações do Brasil Carinhoso: medicamentos gratuitos para a asma

Mais uma ação do “Brasil Carinhoso” traz bené-ficos para a saúde infantil. Através do programa, o Ministério da Saúde disponibiliza, à população, três medicamentos para a asma. Os remédios fo-

Page 52: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

52

Notícias

ram incluídos, desde maio de 2012, no programa “Saúde Não Tem Preço”, que também facilita o acesso a outros 11 medicamentos para hiper-tensão e diabetes nas 554 farmácias populares da rede própria e nas 20.374 da rede privada de todo o país.

Segundo o MS, a asma está entre as princi-pais causas de internação entre crianças de até 6 anos. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças de 0 a 6 anos. Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por conta da doença.

Os medicamentos para a asma faziam parte do programa “Farmácia Popular”, por meio do qual eram comercializados nas drogarias com até 90% de desconto. Agora, com a incorpora-ção deles no “Saúde Não Tem Preço”, o valor de referência, que é fixado pelos laboratórios pro-dutores, será mantido, mas o governo assumirá a contrapartida que antes era paga pelo cidadão.

O MS estima que com a gratuidade do trêsremédios para a asma, disponibilizados em dez apresentações, expandirá o atendimento do número de pacientes. Eram 200 mil beneficiados pelo programa “Farmácia Popular”. Hoje, acredita-se que se chegará a 800 mil pacientes contemplados.

Elevada procura pelos medicamentos

Chegando a um índice de 322% de aumento, a venda de medicamentos para a asma apresen-tou o maior crescimento nas farmácias populares após a gratuidade dos remédios para hipertensão e diabetes. Mediante o caso, o MS decidiu promo-ver a inclusão dos remédios no “Saúde Não Tem Preço”.

Outro fator que possibilitou a implantação da medida de inclusão refere-se ao fato de que a asma está entre as doenças crônicas não trans-missíveis com ações previstas no “Plano de Ações Estratégicas Para o Enfrentamento das

Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022”.

Quem pode ser beneficiado pelo Brasil Carinhoso?

As famílias enquadradas na categoria de pobreza extrema receberão uma quantia de R$ 70,00 para complementarem a renda do mês. Para saber se tem direito ao benefício, divida a renda total da família (incluindo o Bol-sa-Família) pelo número de integrantes que residem na mesma residência. Caso o valor atingido seja menor que R$ 70,00, você terá direito a receber a complementação do Brasil Carinhoso.

Para receber o benefício é necessário estar cadastrado no Programa Bolsa Família. O valor será sacado no mesmo cartão e no calendário de pagamento já estabelecido. Pro-cure a Secretaria de Ação Social do seu muni-cípio.

Page 53: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

53

Notícias

N esta edição, a SaúdePB homenageia umas das mais premiadas revistas na

área de saúde pública no Brasil. É notório que a Radis não é uma simples revista especializada na divulgação de conteúdos jornalísticos. Sua peculiaridade está no fato de que é portadora de uma consciência cidadã, pois entende que

Trata-se de um programa nacional e permanente de jornalismo crítico e indepen-dente em saúde pública. Criado em 1982, na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), o projeto inicial dava primazia aos objetivos que se revelavam nas iniciais da própria denominação: reunião, análise e difusão de informação sobre saúde. Além disso, o programa inovava por adotar um conceito ampliado de saúde, incluindo os termos qualidade e condições de vida.

o direito à saúde, previsto na Constituição Brasileira, não se dá sem o direito à comuni-cação.

Lançado em 2002, o periódico confere es-paço à sociedade, tratando de temas rele-vantes a partir da interlocução estabelecida com os leitores. Também investe na discus-são e veiculação de registros históricos que refletem os avanços das políticas de saúde e na capacitação crítica de profissionais para atuar neste campo interdisciplinar. A revista integra o Programa Radis de Comunicação e Saúde, iniciado em 1982, na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fio-cruz). Segundo a editora da Radis, a jornalista Eliane Bardanachvili, o periódico tem como objetivo o desenvolvimento de um jornalismo crítico e independente, cuja prática se pauta não só pela transmissão de informações, mas, prin-cipalmente, pela construção de um espaço de diálogos e co-produção de sentido em con-sonância com os princípios da Reforma Sani-tária e o Sistema Único de Saúde (SUS). Com tal dinâmica, busca desempenhar um papel significante no processo de efetivação da ci-dadania, defendendo o direito a uma saúde de boa qualidade para todos os brasileiros.

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

53

RADIS: revista nacional referência na defesa de uma saúde pública de qualidade

Programa RADIS de Comunicação e Saúde

Com Simone Bezerrill

Page 54: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

54

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

54

“São observados critérios rigorosos desde a de-finição das matérias até a produção e a edição, isto é, a inserção dos conteúdos nas páginas, aí incluídos não só os textos, mas as fotos e de-mais elementos visuais. O trabalho se orienta por uma apuração que é cuidadosa, redação clara e percepção crítica do campo da saúde, com suas políticas e forças em disputa. Ao mesmo tem-po, somos parciais na defesa da Saúde universal, integral e equânime, e na consolidação do SUS”, enfocou a editora.

A revista mantém contato direto com os leitores pelo site do Programa Radis (www.ensp.fiocruz.br/radis). A página eletrônica permite o envio de sugestões de pauta, a solicitação de assinatu-ras e a postagem de comentários. Através desse canal, a Radis estimula o protagonismo do leitor, que é responsável por boa parte das pautas do periódico.

Ainda de acordo com Bardanachvili, a produ-ção da revista procura estimular o diálogo entre as mais diversas vozes (usuários, trabalhado-res, profissionais, gestores e pesquisadores), buscando equilíbrio na divulgação de cada uma delas. “Pelo teor das mensagens recebidas, o corpo de leitores da Radis recebe com grande satisfação a revista e cria com ela uma relação afetiva, o que nos deixa muito satisfeitos”, disse.

Design dinâmico

Em comemoração aos 30 anos do programa Radis, festejado em agosto de 2012, a revista recebeu um novo projeto gráfico. A ideia era tornar o periódico mais dinâmico. A nova capa permitiu valorizar o nome da revista e o número de cada edição, além de conferir novos espaços para as chamadas, fotos e informações adicio-nais.

Desde 2002, ano em que foi lançada, a Radis pas-sou por pequenas mudanças. Em 2005, com a aquisição de máquinas fotográficas, foi possí-vel a confecção de fotos direcionadas especial-mente para as matérias produzidas. Já a partir da

edição de número 35, a revista ganhou cor, deixan-do de ser confeccionada em preto e branco. Outras modificações foram realizadas ao decorrer do tempo.

De acordo com os organizadores da revista, as transformações gráficas não poderiam mudar a essência do periódico. Assim ressaltam que embora esteja de cara nova, a Radis continua a priorizar a prática de um jorna-lismo crítico em prol dos interesses coletivos, se consolidando como um suporte de comunicação mobilizadora.

“Desempenhar um jornalismo crítico e indepen-dente é uma conquista histórica do Programa Radis que precisa ser cuidadosamente garanti-da a cada dia. E isso se faz atuando-se de forma construtiva e mantendo-se um foco: a defesa do Estado, do SUS e da saúde coletiva. A revista atua com base na garantia desses direitos. Assim, com voz e informação à sociedade age na definição dos próprios caminhos”, ressaltou a editora.

Atualmente, a revista é composta por uma equipe de cinco jornalistas (editora, subeditor e repórte-res), dois profissionais de arte e dois estagiários — um de reportagem e outro de design. O periódi-co é coordenado pelo jornalista Rogério Lannes. A produção conta, ainda, com o suporte dos setores de Administração e de Documentação, que com-pletam o Programa Radis.

Page 55: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

55

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

55

Page 56: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

56www.saudepb.com.br

Artigo

Samuel [email protected] que é o Turismo de Bem-Estar?

O Turismo de bem-estar constitui-se por atividades turísticas motivadas pela promoção e manutenção da saúde, ligando isso a atividades de lazer e recreação, parte integrante da vida humana.

O momento de lazer que nos direcionaao relaxamento e recuperação física tam-bém é o momento de novas descober-tas e de novas experiências, momento que pode representar um crescimento pessoal.Nessa busca que o sujeito é capaz de transformar seu tempo de lazer na busca de algo que possa garantir o retorno de prazer e excitação, da vi-vência de emoções diferentes daquelas impos-tas pelo trabalho e que transmita a sensação do uso diferenciado desse tempo, mas acres-cido de algo extraordinário, capaz de mudar sua realidade pessoal e melhorar a sua saúde.

São realizados tratamentos acompanhados por equipes de profissionais de saúde especializa-dos, que visam a diminuição dos níveis de estresse, e fomentam a aprendizagem e manuten-ção de uma vida saudável e equilibrada e até mesmo a prevenção de algumas doenças.

Geralmente este tipo de turismo tem início numa clínica ou hospital, para que um médico possa passar um atestado ao paciente, autorizando a realização de determinado tratamento. Este proce-dimento é muito usado na busca de tratamentos para doenças ósseas (muitas vezes fei-tos em termas) ou mesmo doen-

Estimados leitores, É com enorme prazer que iniciamos esta série de artigos falando sobre um tema

muito especial: Turismo de Saúde.Todos nós temos um gosto especial pelo turismo, todos nós gostamos de viajar, conhecer o mundo, explorar novos horizontes.Ao mesmo tempo, todas as pessoas se preocupam com o seu bem estar físico e emocional.O Turismo de Saúde reúne estes dois temas em um só, o que torna tudo muito mais interessante!

ças respiratórias, cutâneas, entre outras.

Estes tipos de tratamen-tos de Bem-Estar, encontram-se dispo-níveis em diversos sítios, geralmente em hotéis encontramos excelentes SPA (palavra abre-viada de Sanus Per Aquam - saúde pela água), ou em Centros Termais, que muitas vezes são especializadas na prevenção de doenças específicas associadas ao tipo de água existente nessa região. Os centros ter-mais são reconhecidos no mundo não só pelas pro-priedades das suas águas, mas também pela beleza das paisagens onde estão localizadas, entre o mar e as montanhas, em ambientes naturais privilegiados que convidam ao descanso e ao relaxamento, atra-vés dos diversos tratamentos com águas termais.Mais recentemente, começamos a assistir ao cres-cimento a nível mundial dos chamados Resorts, onde encontramos tudo em um só lugar, tratamentos de relaxamento, seja nos seus SPA, seja através dos diversos tratamentos de relaxamento Orientais, ou ou-tros, os Resorts aliam a isso uma excelente unidade Ho-teleira, normalmente em lugares que privilegiam outras atividades ao ar-livre (praia ou campo) comple-mentando assim esses tratamentos de Bem-Estar.

Aliado a isso, ainda podemos falar sobre os tra-tamentos estéticos. Falaremos destes em outra edição. Não percam na próxima edição, a apresenta-ção de alguns dos melhores locais no Brasil para fazerTurismo de Bem-Estar.

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

56

Turismo de Saúde

Page 57: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

57

Page 58: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

58www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

58

Saude PerfeitaOs três velhinhos contando vanta-gem num banco da pracinha.Dizia o pri-meiro:- Apesar dos meus setenta e cinco anos, a minha saúde está ótima. Só o estôma-go já não é mais o mesmo, ontem comi uma feijoada no almoço e passei a tarde toda me sentindo meio pesado...E o segundo:- Eu também estou ótimo, apesar dos meus setenta e oito anos. Só as minhas pernas não andam grande coisa. Ontem passei a tarde jogando futebol e hoje elas estão um pouco doloridas...E o terceiro:- Eu só tenho uma reclamação a fazer dos meus oitenta e cinco anos: a mi-nha memória já não é mais a mesma! Ainda ontem, em plena madrugada, eu bati na porta do quarto da empregada, ela acordou assustada e me disse: “Mas o que é isso, seu Juvenal? Outra vez?”.

Jesus no SUSPenalizado com a insatisfação dos bra-sileiros com o sistema de saúde pública no país, Jesus resolveu vir à Terra como médico do SUS.Escolheu um hospital público bem fulei-ro e desceu, de avental e tudo. Passando pela imensa fila no corredor e chegando

na sala do médico de plantão, Ele lhe dis-se:— Pode ir, amigo! Deixa comigo!O outro médico foi pra casa feliz da vida, dando graças a Deus por seu plantão ter terminado duas horas antes.Os pacientes ficaram esperançosos com a chegada do novo médico. (Eles es-tavam há três dias na fila e nunca tinham visto um médico!)Então o primeiro paciente entrou na sala. Um homem paraplégico em sua cadeira de rodas.Quando o viu, Jesus falou:— Levanta-te e anda!E o paraplégico, quer dizer, ex-paraplégi-co saiu da sala empurrando sua cadeira.Rapidamente os seus colegas da fila (ou melhor, em três dias de fila, eles já fica-ram amigos íntimos!) perguntaram:— E aí? Como foi? Esse médico é bom?— Mais ou menos! — respondeu o ex-alei-jado. — Ele é que nem os outros... Nem examina a gente!

Sono pesadoUm homem foi ao médico acompanhado da esposa. - Doutor. Estou com um problema mui-to sério! Todos os dias eu urino as 6 da manhã, religiosamente, e faço coco às 7 horas, pontualmente! - Eu não vejo problema nenhum - diz o médico - Aliás, isto significa que o seu organismo está muito bem regulado. - O problema doutor - intervém a espo-sa, com uma expressão constrangida - é que ele só acorda às 8!

Humor

Page 59: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

59

Page 60: Revista SaúdePB 4ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

60