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SescBrasil Publicação biMESTRal Do SERViço Social Do coMÉRcio • DiSTRibuição NacioNal R E V I S TA Por um país sem fome Mesa Brasil Sesc completa dez anos PÁGINA 10 aNo 1 | Nº 5 JuN | Jul | 2013 A cara do Brasil: Pesquisas do Sesc revelam a evolução socioeconômica da população PÁGINA 6 Uma ação

Revista Sesc - Junho/Julho 2013

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Edição nº 5 da Revista do Sesc, que conta com matérias, entrevistas e imagens sobre diversos temas, inclusive sobre o Programa Mesa Brasil.

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Page 1: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

1 O U T | N O V | 2 0 1 2R e v i s ta sescBrasil

sescBrasilP u b l i c a ç ã o b i M E S T R a l D o S E R V i ç o S o c i a l D o c o M É R c i o • D i S T R i b u i ç ã o N a c i o N a l

r e v i s t a

Por um país sem fomeMesa Brasil Sesc completa dez anos

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a cara do Brasil:Pesquisas do Sesc revelam a evolução socioeconômica da populaçãoP á g i n a 6

Uma ação

Page 2: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

O U T | N O V | 2 0 1 2O Sistema CNC Sesc Senac integra a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil

e é parceiro da campanha da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

anuncio_crianca 200x265.pdf 1 26/04/13 10:27

Page 3: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

Pensar, comer, conservar

3Artigo

9Leitor

Premiado

8Gente Sesc

4Entrevista

6ProduçãoSesc

10Capa

32Passatempo

7Destaque

14Panorama

2Aqui

tem Sesc“A compreensão da necessidade de as sociedades reverem

suas relações com o meio ambiente impõe-se, hoje, como

uma urgência.”

Diretrizes para o quinquênio 2011-2015

Em dezembro de 1972, a Assembleia Geral da ONU marcou a

abertura da Conferência de Estocolmo com a criação do Dia

Mundial do Meio Ambiente – 5 de junho. Durante a Conferência,

foi também aprovado o Programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente (PNUMA). Desde então, cabe ao PNUMA “promover a

conservação do meio ambiente e o uso eficiente de recursos no

contexto do desenvolvimento sustentável”.

Nos últimos 40 anos, o PNUMA seleciona, anualmente, um

lema para celebrar o 5 de junho. O de 2013 é o título deste

editorial, complementado pelo apelo “Diga não ao desperdício”.

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a

Alimentação e a Agricultura) a cada ano são desperdiçadas 1,3

bilhão de toneladas de comida – o que equivale a toda a produção

de alimentos da África subsaariana. Em definitivo, conclama o site

do evento (www.thinkeatsave.org), “pense antes de comer e,

assim, conserve e proteja o meio ambiente”.

Nossa matéria de capa celebra os 10 anos do Mesa Brasil Sesc.

Sua missão está em perfeita sintonia com o lema do 5 de junho de

2013: “Contribuir para a Segurança Alimentar e Nutricional dos

indivíduos em situação de maior vulnerabilidade e atuar na

redução do desperdício, mediante a doação de alimentos,

desenvolvimento de ações educativas e promoção de

solidariedade social em todo o país.”

Ações como o Mesa Brasil fazem do Sesc um exemplo e

modelo. Sabemos todos, leitores atentos das Diretrizes 2011-2014,

que “ser modelo para a sociedade é uma forma viável de

contribuir para transformá-la”.

Maron Emile Abi-AbibD i r E t O r - G E r A L D O

D E PA r tA M E N t O N A C i O N A L

D O S E S C

1R e v i s ta sescBrasilJ U N | J U L | 2 0 1 3

Page 4: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

2 J U N | J U L | 2 0 1 3R e v i s ta sescBrasil

Polo de exploração de diamantes nos anos 1930 e 1940, Tepequém, que já abri-gou mais de cinco mil garimpeiros, hoje tem apenas 500 habitantes. Localizada no município de Amajari, a 230 quilôme-tros de Boa Vista, teve seu nome origina-do das palavras indígenas “Tupã queem”, que significa “Deus do fogo”. A região é um dos principais atrativos turísticos do estado de Roraima e é reconhecida por sua natureza exuberante, com vegetação diversificada.

Com 12 mil quilômetros quadrados, a serra surpreende não só por suas pai-sagens. Lugares como as cachoeiras do Paiva, Barata e Funil, o Paraíso das Araras, o Caminho da Pedra-Sabão e o Platô ain-da encantam moradores e turistas, mas são as atividades radicais, como trekking (caminhada), eco-bike, rapel, trilhas de moto e 4x4 que tornam o local mais emocionante.

Foi nesse ambiente recheado de histó-ria e paisagens deslumbrantes que, em 2001, o Sesc em Roraima criou a Estância Ecológica do Tepequém. Composta por quatro casas com total infraestrutura, sendo três delas de madeira e uma em alvenaria, a Estância mistura natureza com conforto e comodidade oferecidos aos hóspedes. Parques infantis, represa e piscina natural, circuito de arvorismo e tirolesa são atrações para todas as idades.

Onze colaboradores da própria comu-nidade atuam na estância, que desde 2006 possui um espaço voltado para seu mais recente tesouro e fonte de renda da população: a pedra-sabão, encontra-da em cinco cores diferentes somente em Roraima. Peças de decoração e joias feitas com a pedra representam o tradi-cional artesanato local e são destaque no Espaço José Roberto Tadros. n

Aqui

tem

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Do diamante à pedra-sabão: preciosidades de tepequém

Diz uma lenda indígena que um vulcão furioso derramava sua lava e destruía tudo ao seu redor. O fogo varria o que havia pela frente: pessoas, casas, árvores, animais. Para acalmá-lo, era preciso sacrificar três belas índias virgens da tribo. E assim foi feito. As três mais bonitas se apresentaram para realizar o sacrifício em benefício do seu povo, e, num gesto de renúncia, atiraram-se à lava. Aceito o sacrifício, viu-se aplacada a fúria do vulcão, que parou de lançar fogo e começou a jorrar diamantes. O vulcão, hoje, é a Serra do Tepequém.

DiV

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AçãO

SES

C RR

Page 5: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

3J U N | J U L | 2 0 1 3 R e v i s ta sescBrasil

Avaliação das características diárias do corredor

Horas de sono (+) 7 horas4 pontos

6 a 7 horas3 pontos

4 a 5 horas2 pontos

(-) 4 horas1 ponto

Alimentação 6 vezes4 pontos

3 a 4 vezes3 pontos

(-) 3 vezes2 pontos

1 vez1 ponto

Emocional calmo/tolerante4 pontos

calmo3 pontos

ansioso2 pontos

irritado1 ponto

Água 1,5L ou (+)4 pontos

(-) de 1,5L3 pontos

500ml2 pontos

(-) 300ml1 ponto

Horas de trabalho 6 a 9 horas4 pontos

9 a 10 horas3 pontos

11 a 12 horas2 pontos

(+) 12 horas1 ponto

Recomendamos:

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11 a 20 pontosexercite-se 100%

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4 a 7 pontosdescanse

Corrida, saúde e vida longa

Art

igo

Para começar a correr e ter bons resultados, a prática deve acontecer depois de uma avaliação do cardiologista. Assim, a corrida ficará mais se-gura, já que será conhecida a intensidade ideal para o seu organismo. Se houver algum proble-ma ortopédico, dores no joelho, nas costas ou nos pés, procure um ortopedista e certifique-se de que a corrida é aconselhável.

No dia a dia, para o bom desempenho, é pre-ciso dormir, preferencialmente, oito horas por noite. Alguns podem se sentir bem dormindo apenas seis ou sete horas, isso depende de cada um. Sem dormir bem, a corrida pode fazer mal e não o bem como se espera.

A alimentação é outro item importante. O alimento é o combustível do corpo. Sem ele, fica difícil ter saúde, principalmente quando se pratica corrida. Você já deve ter visto alguém que passa mal, fica tonto e sua muito após es-forço físico. isso pode indicar que o açúcar no sangue está muito abaixo do necessário para manter os músculos trabalhando. O corpo pre-cisa de harmonia. Diante da falta de açúcar, há sensação de mal-estar, obrigando o corredor a parar de correr.

Por dia, são necessárias cinco refeições, sendo elas café da manhã, almoço, jantar e os lanches dos intervalos. Para as pessoas que têm outra rotina de trabalho (até muito tar-de), podem incluir a ceia, um lanche rápido antes de dormir.

Frutas, legumes, verduras, pães integrais, car-nes brancas, cozidos e assados são os mais reco-mendados, deve-se evitar sucos, refrigerantes e bebidas alcoólicas durante as refeições. Eles re-têm líquido no corpo e, assim, podem inchá-lo.

Com o corpo pesado, a corrida fica mais sofrida e dores surgirão ao longo do exercício.

A caminhada é o passo inicial. Ela trará resis-tência à musculatura e às articulações dos joelhos, evitando lesões. Caminhando, você fica mais pa-ciente e, assim, terá tempo para descobrir o seu ritmo ideal. Caminhando, você prepara o organis-mo para gastar mais gorduras, melhorando a função nos músculos. Se andando ficar ofegante, a caminhada é a mais recomendada para o mo-mento. O emagrecimento é uma consequência, permitindo a melhora da autoconfiança.

A fase seguinte intercalará correr e andar. Como treino, sua rotina pode ser assim: andar 100 metros e correr, lentamente, por 300 metros. Durante 20 minutos, 30 minutos, até que perceba que seu corpo já consegue correr sem parar.

Quando tiver passado pelas etapas de andar, e andar e correr, melhorará a técnica, a coordenação para correr. A previsão mínima de tempo para a prática de cada etapa é: andar por três meses; an-dar e correr por quatro meses. Se houver sobrepe-so, elimine-o para obter bons resultados para sua

saúde e seu desempenho.

Ao observar vários corredores, é fácil per-ceber que cada um corre de um jeito. um corre inclinado para frente; outro inclina o ombro para um lado; outro, com os braços retraídos junto ao peito ou com mãos tensas. isso traz malefícios ao corredor, principal-mente para os iniciantes. Então, é importante começar a correr corretamente para evitar dores. Procure sentir bem-estar. Observe-se antes de andar ou correr.

Diariamente, faça uma análise da sua rotina (veja gráfico abaixo), se você programou andar ou correr durante uma hora, faça antes sua au-toavaliação e confira se andará uma hora, 30

minutos ou descansará. Bons treinos! n

Miguel Sarkis, personal trainer

gRADuADO EM EDuCAçãO FíSiCA, ATuA COMO PERSONAL TRAiNER

DESDE 1978. CORRE DESDE 1975 (ATé 2009, REALizOu 40 MARATO-

NAS, SENDO 15 DELAS EM MENOS DE 2h40). DiRETOR DA MiguEL

SARkiS PERSONAL TRAiNER, TEM ESPECiALizAçãO EM OBESiDADE,

CARDiOPATiA E iDOSOS PARA A QuALiDADE DE ViDA. é RECONhECi-

DO PELA CONFEDERAçãO BRASiLEiRA DE ATLETiSMO COMO TREiNA-

DOR DE ATLETiSMO E CREDENCiADO COMO TéCNiCO DE ATLETiSMO

– NíVEL iNTERNACiONAL PELA iAAF (iNTERNATiONAL ASSOCiATiON

OF AThLETiCS FEDERATiONS). é AuTOR DOS LiVROS ANDAR Ou COR-

RER? (ESgOTADO) E A CONSTRuçãO DO CORREDOR.

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Muito divulgada, a corrida atrai cada vez mais o interesse da população. Seja com a finalidade de nos condicionarmos fisicamente ou como prática esportiva, ela é considerada bastante saudável. Mas será que é fácil correr? Como iniciar?

Page 6: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

4 J U N | J U L | 2 0 1 3R e v i s ta sescBrasil

Entr

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“O Mesa Brasil sesc é um programa extremamente útil para o desenvolvimento do Brasil”

eNtRevista COM JeffRey KleiN

O programa Mesa Brasil Sesc recebeu, em

abril, a chancela da global FoodBanking

Network (gFN), organização sem fins

lucrativos comprometida com a criação e o

fortalecimento de bancos de alimentos. A

entidade atua em mais de 20 países, com

abrangência de um terço do total de pessoas

que sofrem com a falta de comida em todo o

mundo. Desde janeiro de 2011, a gFN vem

sendo coordenada por Jeffrey klein,

especialista em desperdício e combate à fome.

klein conversou com a Revista Sesc Brasil

sobre esses dez anos do programa e sua

satisfação com a parceria. “Estamos felizes por

trabalhar em conjunto com o Mesa Brasil em

termos de planejamento, apoio, recursos e,

em última análise, oferecendo mais comida

para que o programa seja capaz de expandir-

se”, frisou.

Page 7: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

5J U N | J U L | 2 0 1 3 R e v i s ta sescBrasil

O que é um banco de alimentos? Os bancos de alimentos são uma solução comprovada para os problemas inter-rela-cionados de fome e desperdício de alimen-tos no mundo. A ideia é coletar alimentos que ainda podem ser consumidos, mas que não serão mais utilizados ou vendi-dos, e distribuí-los onde quer que seja necessário.

Conte-nos um pouco mais sobre o tra-balho da GFN.A global FoodBanking Network trabalha para que as atividades dos bancos de ali-mentos sejam eficientes em escala global. Em parceria com empresas, organizações religiosas, organizações não governamen-tais (ONgs) e outros, tentamos encontrar formas socialmente responsáveis e econo-micamente eficazes de utilizar os recursos disponíveis no apoio aos bancos. A gFN tem experiência, contatos e programas pa-ra transformar esses recursos em ativos

poderosos no combate à fome e no forta-lecimento de comunidades ao redor do mundo. Também podemos destacar o Food Bank Leadership institute (FBLi), ini-ciativa da gFN, que é o único fórum global para educação, formação técnica e com-partilhamento de boas práticas para os envolvidos em operações de bancos de alimentos em todo o mundo.

Qual é a importância de um projeto receber a aprovação da GFN?Somente bancos de alimentos ou redes de bancos de alimentos que alcançam o mais alto padrão de governança recebem a chancela. A gFN oferece uma série de benefícios, que contribuem para o desen-volvimento operacional de seus membros, como poder compartilhar das melhores práticas tanto da gFN quanto de institui-ções parceiras e ter acesso a comunidades de doadores e voluntários globais, que tenham interesse em apoiar ou, até mes-mo, financiar ações de combate à fome.O Mesa Brasil Sesc não trabalha somente com solidariedade, mas também com educação.

Por que atuar nessas duas áreas? O objetivo do Mesa Brasil Sesc é contribuir para a promoção da cidadania e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em situação de pobreza, sob a perspectiva da inclusão social. é, essencialmente, um programa de segurança alimentar, com base em atividades de educação nutricio-nal e distribuição de excedentes de ali-mentos.

Há mais exemplos positivos em outras partes do mundo? Podemos citar o caso do Bulgarian Food Bank (BFB), lançado e incorporado à rede gFN em 2012. Em seu primeiro ano, o BFB distribuiu 120 toneladas de alimentos para mais de 5,5 mil pessoas, em dez cidades.

Outra história de sucesso é o Feeding hong kong (Fhk), primeiro banco de ali-mentos daquele país. Nossas parcerias também vêm dando frutos com novos bancos de alimentos no iraque, Chile, Áfri-ca do Sul, Jordânia, Líbano, Arábia Saudita, Tunísia, Bahrein, kuwait, Paquistão e Emi-rados Árabes unidos.

Qual é a mensagem que fica deste programa, em sua opinião? A missão da global FoodBanking Network é amenizar a fome no mundo, colaboran-do para o desenvolvimento de bancos de alimentos em comunidades onde eles são necessários. Também queremos nutrir in-divíduos e fortalecer comunidades. Esta-mos felizes por trabalhar em conjunto com o Mesa Brasil Sesc em termos de planejamento, apoio e recursos para que o programa seja capaz de expandir-se. é um programa extremamente útil para o desenvolvimento do Brasil, que já atingiu resultados fantásticos. n

JEFFREy kLEiN é BAChAREL EM FiNANçAS PELA gEORgE-TOwN uNiVERSiTy. NASCEu NA CiDADE DE CLEVELAND, ES-TADO DE OhiO, E, ATuALMENTE, RESiDE EM ChiCAgO COM SuA ESPOSA E TRêS FiLhOS. DuRANTE SuA ViDA PROFiSSiO-NAL, O TRABALhO DE kLEiN COM A iNDúSTRiA DE ALiMEN-TOS TEM SE DADO DE DiVERSAS MANEiRAS, NO RAMO DA CONSuLTORiA DE NEgóCiOS E DE LEVANTAMENTO DE CAPi-TAL, POR ExEMPLO, PARA gRANDES REDES SuPERMERCA-DiSTAS NOS ESTADOS uNiDOS E NO BRASiL.

“O objetivo do

Mesa Brasil sesc

é contribuir para

a promoção da

cidadania e para

a melhoria da

qualidade de vida

das pessoas em

situação de pobreza,

sob a perspectiva da

inclusão social.”

“a Global

foodBanking

Network trabalha

para que as

atividades dos

bancos de alimentos

sejam eficientes em

escala global.”

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6 J U N | J U L | 2 0 1 3R e v i s ta sescBrasil

Retrato brasileiro sesc promove estudos que servirão como base para planejamento de novas ações

Prod

ução

Ses

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O estudo Retrato Socioeconômico Brasi-

leiro: 2004 a 2011 apresenta o quanto a

população evoluiu no tocante à educação,

saúde, trabalho, habitação, desigualdade e

renda. Os resultados apontaram uma me-

lhora significativa nas suas condições de

vida dos brasileiros ao longo desse período.

um dos pontos que chamam a atenção é

que os comerciários contribuem sensivel-

mente para o aumento dos indicadores.

“Os lares que contam com comerciários

possuem desempenhos superiores à média

da população total nacional, o que ajuda

a potencializar o resultado final. Os dados

apontam, porém, que o Brasil ainda pode

melhorar esses indicadores”, afirma Andrea

de La Reza, assessora técnica da gEP.

O outro estudo “Cenários Econômicos

e Sociais do Brasil 2011-2015” aponta os

desafios a serem superados nos próximos

anos. Muitos deles são resultados dos

novos patamares de desenvolvimento al-

cançados pelo país, como, por exemplo, a

qualificação de mão de obra. um dos en-

traves a isso seria o nível de escolaridade

muito baixo.

Da mesma maneira que o estudo anterior,

este aponta os trabalhadores do comércio

como parte fundamental no cenário so-

cioeconômico. Afinal, segundo a PNAD de

2009, em 22% do total de domicílios no

Brasil há pelo menos um comerciário. isso

quer dizer: mais um motivo para o Sesc

estar à frente de um estudo com tamanha

importância, uma vez que este é o seu

público-alvo.

Todos os Departamentos Regionais podem

ter acesso às pesquisas. Para conferir, basta

acessar www.sesc.com.br/portal/sesc/depar-

tamento_nacional/intranet/pesquisas. n

O Departamento Nacional do Sesc realizou, com apoio do instituto de Estudos do Trabalho

e Sociedade (iETS), dois estudos para ampliar o conhecimento sobre as condições de vida

da população e sua evolução social e econômica. Em um deles, foi traçado um histórico dos

anos entre 2004 e 2011 e, em outro, descritos os cenários da realidade brasileira até 2015.

Desenvolvidos pela gerência de Estudos e Pesquisas (gEP), os estudos foram baseados em

dados de Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNADs) realizadas pelo instituto

Brasileiro de geografia e Estatística (iBgE), e contribuirão para o planejamento do Sesc

quanto à oferta de serviços. “A ideia é difundir os resultados o máximo possível entre

gestores e técnicos, a fim de que sirvam como ferramentas de trabalho”, afirmou o gerente

da gEP, Mauro Rego.

Page 9: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

7J U N | J U L | 2 0 1 3 R e v i s ta sescBrasil

Dest

aque

Celebrado em 5 de junho, o Dia Mundial do

Meio Ambiente surgiu da necessidade de alertar

a população e governos de cada país para os pe-

rigos da negligência em relação às questões am-

bientais. Foi um marco na luta pela preservação

do meio ambiente, que desde então tem sido

vista como uma meta mundial. As conquistas

foram muitas, com a disseminação de informa-

ções que renderam ações como o aumento na

reciclagem do lixo, a criação de equipamentos

para economizar energia e água e até mesmo

o comprometimento das nações em reduzir as

emissões de carbono. No entanto, sabe-se que

ainda há muito a ser feito.

Aos poucos, a campanha em prol de um mun-

do melhor vem contagiando os mais diversos se-

tores da sociedade. Escolas, condomínios, comu-

nidades se unem em iniciativas que demonstram

um maior esclarecimento sobre a questão. uma

responsabilidade que o Departamento Nacional

do Sesc abraçou em 2010, com a criação do Ecos

– Programa de Sustentabilidade CNC-Sesc-Senac.

Lançado com o objetivo de reduzir os impactos

ambientais derivados da rotina de trabalho do

Condomínio de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro,

o Ecos começa a circular pelo país, adotado pelos

Departamentos Regionais.

Alagoas, Sergipe e Roraima já implantaram o

programa, que em breve chegará a mais 20 esta-

dos. Voltado para o público interno, consiste em

um conjunto de ações que visa otimizar os recur-

sos e é aplicado aos procedimentos e atividades

do dia a dia das instituições.

O programa já alcançou resultados considerá-

veis. Somente em 2012, o Departamento Nacional

economizou 1.272.900 copos descartáveis, 9.750

folhas de papel e 8.205 m³ de água. houve redu-

ções também nos gastos com papel toalha, guar-

danapo, sacolas e energia. No entanto, para Mario

Saladini, coordenador do programa, o Ecos busca,

além da economia financeira, inserir o cuidado

com o meio ambiente na principal missão do Sesc:

a busca pelo bem-estar social. “O Ecos aproxima

o Sesc do conceito de sustentabilidade. E, hoje, o

cuidado com o meio ambiente está diretamente

ligado ao social.”

Nos três Departamentos Regionais onde o

Ecos foi implantado, a adesão dos servidores foi

bastante positiva. Eles arregaçaram as mangas e

fizeram da sustentabilidade palavra de ordem. O

trabalho é coordenado por grupos gestores, for-

mados por servidores de diferentes setores, que

promovem ações locais seguindo a metodologia

e indicadores padrão.

Em Roraima, o Ecos marcou pela mudança de

comportamentos. Vivian Roberta de Souza, coor-

denadora do grupo de gestores locais, observou

a redução no uso dos copos plásticos. “Disponibi-

lizamos a caneca do programa e é notória a prefe-

rência de todos pelo uso dela. Essa mudança de

hábito desencadeia outras mudanças. um exem-

plo disso é que a diminuição do uso dos copos

reduziu o uso de sacos de lixo”, explica.

Em Alagoas, a caneca verde com a inscrição

“Não sou descartável” também fez sucesso e

resultou na criação do Espaço Ecos – uma área

construída especificamente para a lavagem des-

ses utensílios com sabão biodegradável. No local,

também há um jornal mural, onde são divulgados

semanalmente dicas e informações úteis sobre

sustentabilidade. “Nós desenvolvemos projetos

ecológicos para o público externo, mas essa é a

primeira vez que implementamos um projeto fo-

cado no ambiente de trabalho. O Ecos confirma o

nosso compromisso ideológico com o meio am-

biente”, destaca Cléa Costa, gestora de Saúde e La-

zer e coordenadora do grupo do Sesc em Maceió.

Em Sergipe, foram realizadas palestras pela

ONg Canto Vivo e montada uma horta vertical

com garrafas PET. Os servidores são tão engajados

que as ações do Ecos já transcendem o ambiente

de trabalho. “Percebemos uma mudança de com-

portamento dos funcionários, introduzindo na sua

família uma consciência crítica em relação ao con-

sumo consciente, preservação do meio ambiente

e responsabilidade socioambiental”, comemora

Clarissa Rocha, designer gráfica e membro do gru-

po gestor em Aracaju. n

ecos leva sustentabilidade aos quatro cantos do Brasil

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Page 10: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

8 R e v i s ta sescBrasil J U N | J U L | 2 0 1 3

Sempre que conseguia um tempinho livre e um pouco de inspiração,

guilhermando Furtado, servente da unidade Sesc Balneário, logo

começava a rabiscar seus poemas. O tempo foi passando e a poesia

sempre ali, presente no seu dia a dia. Quando deu por si, aos 44

anos, guilhermando tinha em mãos páginas e páginas repletas de

versos. Foi então que resolveu reunir todo esse material em um livro.

Em maio de 2012, com o apoio da Editora Travessia, chegava às

livrarias de Manaus e região o livro Palavra de Poeta. “Sempre fui

um amante da leitura, e a poesia me segue desde garoto. Ter meu

livro publicado foi como ver todas aquelas emoções combinadas

com sons, ritmos e cheirinho de página nova”, conta, emociona-

do, o poeta.

O livro é uma mistura de poemas da época de sua adolescência,

com a escrita bem coloquial, e outros recentes, com uma estrutura

mais elaborada. O formato conquistou leitores, que são a inspira-

ção para o poeta, já com uma segunda obra em construção. n

há pouco mais de três anos, a servidora Aliny gleicia Tristão concilia o tempo e o co-ração entre o trabalho, no Suporte de infor-mática do Sesc em goiás, e a paixão pelo

teatro. Aliny ingressou nas artes cênicas por diversão, mas, aos poucos, as oficinas de teatro do Sesc já não eram o bastante: ela queria mais.

Foi quando, assistindo a uma apresenta-ção, soube do processo seletivo de atores para o grupo zaptArteatral. Desde então, Aliny integra a equipe de voluntários que leva o teatro às comunidades carentes. Se-gundo ela, a magia do palco ajuda a todos. “Ele provoca transformações no modo de ver, fazer e sentir as coisas. A melhor parte desse trabalho é ver o sorriso e o brilho no olhar das crianças após uma apresentação. Não tem dinheiro que pague”, conta a ser-vidora. n

Goiás

a magia dos palcos

Amazonas

“a poesia me segue desde garoto”

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Page 11: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

9R e v i s ta sescBrasilJ U N | J U L | 2 0 1 3

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Garanhuns: cidade serrana, cidade jardim

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O RESuLTADO DA ENQuETE E DO SORTEiO

PODEM SER ACESSADOS NA PÁgiNA DO

SESC NA iNTERNET A PARTiR DO DiA 2 DE

AgOSTO: www.SESC.COM.Br/rEviStASESC.

Fica difícil de acreditar que, em meio ao

agreste pernambucano, exista um lugar

florido, de temperaturas amenas e com

construções e gastronomia bem ao estilo

europeu. Conhecida como a Suíça brasileira,

garanhuns chama atenção por ser uma rari-

dade. imortalizada na voz de Luiz gonzaga, a

cidade está localizada na região montanhosa

do Planalto da Borborema, o que garante um

clima frio e ideal para saborear um chocolate

quente. Tais características também surpreen-

deram a servidora do Departamento Na-

cional do Sesc gabriela Pessoa Florião, que

visitou a região em novembro de 2011.

gabriela passou três dias com seu namo-

rado na cidade após ser sorteada na seção

Leitor Premiado e pôde apreciar as paisagens

exóticas da serra nordestina. A carioca de 22

anos elegeu o famoso Relógio das Flores, lo-

calizado na Praça Tavares Correia, como seu

ponto turístico preferido. Construído com cris-

tal de quartzo, o relógio tem quatro metros de

diâmetro e sua estrutura é composta por plan-

tas de diversas espécies. Por causa dele, gara-

nhuns é conhecida como a Cidade das Flores.

Segundo a assistente administrativa, outra

atração imperdível é o Castelo de João Ca-

pão. Fruto do trabalho e sonho de um mora-

dor da cidade, o palácio encanta os visitantes.

Construído há 20 anos, tem duas torres de

ares medievais, um salão, um jardim com

uma fonte e outros ambientes quer servem

como aposentos. “Visitar o castelo é uma

oportunidade única de conhecer de perto

a arquitetura medieval em pleno Nordeste

brasileiro”, relembra.

O casal ficou hospedado no Centro de

Turismo e Lazer Sesc em garanhuns. O

hotel dispõe de 109 apartamentos, todos

equipados com banheiros privativos, frigo-

bar, televisão e telefone. A unidade oferece

ainda piscinas, restaurante, salão de jogos e

de festas e uma sala de cinema. n

Page 12: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

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Dez anos de Mesa Brasil sesc:Combatendo o desperdício de alimentos e a fome

De onde sobra para onde falta. uma fórmula simples que completa dez anos em 2013.

Seu nome: Mesa Brasil Sesc. O projeto, nascido para reduzir o desperdício de comida e

complementar a alimentação da classe menos favorecida, completa uma década já tendo

atendido 10 milhões de brasileiros desde a sua origem. hoje, com a chancela da global

FoodBanking Network, uma instituição mundial criada para fortalecer bancos de alimentos,

o projeto está em todo o país e conta com um braço voltado às ações emergenciais:

o Sesc Solidário.

ChANCELADO PELA gLOBAL

FOODBANkiNg NETwORk

(gFN), O MESA BRASiL SESC

uNE SOLiDARiEDADE E

EDuCAçãO: AS AçõES

TRANSFORMAM A REALiDADE

DAS iNSTiTuiçõES

BENEFiCiADAS E DOS

VOLuNTÁRiOS, QuE

APRENDEM A ORgANizAR

A COMiDA, uTiLizANDO

MELhOR OS ALiMENTOS.

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Os números não mentem: o projeto é um su-

cesso. São 410 mil toneladas de alimentos já

distribuídos para 5,5 mil entidades. O trabalho

é árduo e envolve mais de 500 voluntários em

todos os estados brasileiros. “Temos um país de

dimensões continentais e conseguimos atender

a toda essa diversidade. Chegamos a comunida-

des indígenas no Mato grosso do Sul, distribu-

ímos alimentos no Amazonas utilizando a rede

pluvial, fazemos ações educativas no sertão.

Somos a maior rede de bancos de alimentos

do país e temos uma missão que vem sendo

atingida: levar de onde está sendo desperdiçado

para quem vai usar realmente”, afirma a coorde-

nadora nacional do Mesa Brasil, Cláudia Márcia

Ramos Roseno.

A capilaridade do trabalho é o mais surpre-

endente. Num país em que muitos projetos não

chegam à ponta, o Mesa Brasil Sesc (MBS) é

exemplo. Em Sergipe, a coordenadora Jacqueli-

ne de Cerqueira Lima se emociona ao comentar

que, ali, os alimentos enriquecem a mesa de

pessoas que muitas vezes passavam dificulda-

des. “A rota do sertão é atendida de maneira

sistemática. Essa região é composta por municí-

pios em que anualmente é decretado estado de

calamidade por conta da seca. Temos ido ao en-

contro dessas populações, e o resultado é boni-

to de se ver. isso não tem preço. Dá orgulho tra-

balhar no projeto”, observa Jacqueline, citando

outra iniciativa sergipana dentro do Mesa Brasil

que chama a atenção: o Mesinha Saudável.

Destinado às crianças de 2 a 6 anos, o Me-

sinha é um projeto de educação nutricional

que visa ensinar e alimentar de forma lúdica

crianças de instituições sociais, na maioria cre-

ches locais. Ali, elas conhecem os alimentos e

distinguem aqueles que fazem bem à saúde. As

descobertas são levadas para casa e ajudam a

mudar os hábitos das famílias. Mais um ponto

para o Mesa Brasil.

A realidade também ganhou novos con-

tornos em Manaus, no Amazonas. “Fazemos

parte desse programa há anos. Por meio dele,

atendemos mais de 150 pessoas diariamente.

Temos casos de crianças que chegaram aqui

subnutridas e hoje já frequentam a escola. So-

mos muito gratos pela oportunidade que o Sesc

nos proporciona com o Mesa Brasil”, declara

Claudete Ciarini, gestora do Abrigo Moacyr Al-

ves, instituição beneficiada pelo programa, que

funciona como abrigo permanente e temporário

para crianças e adolescentes.

O Centro dos hemofílicos do estado de São

Paulo é outro exemplo. “Atendemos hemofíli-

cos, pessoas que têm a alimentação como parte

fundamental do tratamento. Também temos ca-

sos de crianças com quadros de desnutrição. Ou

seja, a alimentação é nossa prioridade. O Mesa

Brasil nos fornece frutas, legumes e verduras e,

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NO MARANhãO, O SESC SOLiDÁRiO ENTRA EM AçãO,

ATENDENDO àS VíTiMAS DE CATÁSTROFES NATuRAiS

(AO LADO). EM SANTA CATARiNA (ABAixO), uM ExEMPLO

DO QuE hÁ uMA DéCADA VEM SENDO FEiTO PELO MESA

BRASiL: gARANTiR O PRECEiTO uNiVERSAL QuE Diz QuE

TODO SER huMANO PRECiSA SER ALiMENTADO.

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A v i s ã O d E Q u E M E s t Á N O d i A A d i A

“Diariamente, vemos pessoas que passam

por dificuldades, e o programa ajuda pelo

menos a amenizar a fome delas. É muito

gratificante conhecer os doadores que

fazem diferença na vida dessas pessoas.

O projeto mudou minha realidade em

casa, pois passei a compartilhar tudo

sobre esse assunto com meu filho – um

menino de nove anos. Hoje, por conta

disso, ele já entende que quando

ganha um brinquedo, é o momento

de doar outro.”

Paulo henrique Silveira (foto abaixo), motorista há cinco anos do Mesa Brasil Sesc no Rio grande do Sul

“todo dia acordo e saio não para

trabalhar, mas para ajudar a quem

precisa. É nessas horas que vejo que

dinheiro não paga a satisfação de fazer o

bem. A falta do alimento é uma realidade

que me toca bastante, principalmente

quando faço uma entrega para crianças e

idosos, por serem pessoas mais frágeis e,

muitas vezes, estarem abandonadas. Eles

ficam tão felizes quando chegamos que é

nesse momento que sei que vale a pena

todo o nosso esforço.”

Josenildo Pereira da Silva, há nove anos auxiliar de Operações do Mesa Brasil Sesc

no Rio grande do Norte

“Nesta temporada de seca no Nordeste,

que é uma das piores de todos os tempos,

estamos levando alimentos e água para

as cidades mais atingidas. vejo muita

miséria e tristeza, gado morrendo. A

região de Quixeramobim é de dar pena,

mesmo. Os moradores sabem quando

vamos até lá, e a comemoração é grande

quando chegamos. A gente, que vê a

realidade das pessoas, passa a ver tudo

de maneira diferente.’”

Janio Moreira, motorista há sete anos do Mesa Brasil Sesc no Ceará

“No meu trabalho, vejo os dois lados da

moeda: como o doador desperdiça e

como tem gente que precisa. É o grande

contraste da fome e do desperdício no

Brasil. Por conta disso, passei a ter mais

consciência na hora das compras de

mercado. Na hora de escolher tomates,

por exemplo, procuro não apertá-los, pois

sei que ninguém vai comprar um tomate

amassado. A mesma coisa é com as

cenouras que têm a ponta quebradinha e

os sacos de cereais furados. Acho que as

pessoas não têm consciência disso.”

Fernanda hardt, nutricionista (foto acima), trabalha no Mesa Brasil Sesc no Paraná há cinco anos

também, a possibilidade de capacitação para

os nossos funcionários, o que é muito impor-

tante para nós. Por isso, costumo dizer que não

somos parceiros do Mesa Brasil; nós somos

fãs!”, afirma a presidente da instituição, Maria

Cecília Magalhães Pinto.

Parceiro do Fome zero, programa de com-

bate à fome do governo Federal, o MBS tem

um viés social forte. E não procura fugir desse

princípio. “é fato que as pessoas têm fome. E,

consequentemente, também têm deficiência

de nutrientes. Por isso a importância desse tra-

balho”, diz a assistente social da coordenação

nacional do Mesa Brasil, Ana Cristina Barros.

No entanto, o programa vai além e investe

numa linha estruturante, com base na pro-

moção de ações educativas. “Além de levar o

alimento, ensinamos como aproveitá-lo. Essa

ação transforma a realidade da instituição e os

voluntários envolvidos naquele trabalho, que

aprendem a organizar a comida, utilizando

melhor os alimentos”, frisa.

Voluntários, aliás, não faltam. Eles são a for-

ça motriz do programa. “O trabalho é realiza-

do para que se possa cultivar cada vez mais

essa cultura de solidariedade, como sinônimo

de parceria e de comprometimento mútuo,

contribuindo para uma sociedade menos de-

sigual”, afirma a coordenadora estadual do

Mesa Brasil Sesc em Santa Catarina, Luciana

do Nascimento.

Para estar entre os beneficiados pelo Mesa

Brasil, é preciso que a instituição esteja cadas-

trada e regularizada de acordo com a lei. Ou

seja, o programa também aposta no fortaleci-

mento institucional. “Não existe a possibilida-

de de receber alimento sem que a instituição

passe pela ação educativa. E isso é interessante

não só porque eles aprendem a lidar com a

matéria-prima, mas também porque é uma

forma de elevar a autoestima por saber que

passaram a ser parceiros do Sesc”, explica

Claudia Roseno.

A ideia de sucesso que desaguou no Mesa

Brasil nasceu em São Paulo. O projeto que

hoje contempla duas modalidades de doação,

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A iDEiA DO PROgRAMA é BuSCAR A SAúDE iNTEgRAL

DO SER huMANO. POR iSSO, SãO ACEiTAS DOAçõES

DE ALiMENTOS E DE MATERiAL DE LiMPEzA, uTENSíLiOS

CuLiNÁRiOS, COMBuSTíVEL E EMBALAgENS PRóPRiAS,

ENTRE OuTROS PRODuTOS.

“somos a maior rede de

bancos de alimentos do país

e temos uma missão que vem

sendo atingida: levar de onde

está sendo desperdiçado para

quem vai usar realmente.”

Claudia Roseno, coordenadora nacional do MBs

CLAu

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DAN

TAS/

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a colheita urbana e o banco de alimentos, sur-

giu apenas com a primeira opção. “Ainda hoje

preservamos o formato inicial, pois acreditamos

que isso nos aproxima da comunidade. O pro-

grama começou como uma novidade no Brasil,

pois não havia a cultura de doação de alimen-

tos. inclusive foi preciso buscar experiências

fora do país. hoje, a rede está espalhada por

todo o território nacional e faz a diferença na

vida das pessoas. Só aqui são 120 mil atendi-

dos”, observa Luciana Curvello, coordenadora

do Mesa Brasil em São Paulo.

Para que a logística do trabalho dê certo, é

preciso muito esforço. O mesmo serve para a

questão da infraestrutura, que é avaliada cons-

tantemente. Em goiás, por exemplo, come-

mora-se a aquisição do atual imóvel onde está

situada a unidade do Mesa Brasil: localização

privilegiada, área ampla, equipamentos novos.

“Desde a adesão ao programa, em 2004, ado-

tamos inúmeras medidas visando maior abran-

gência e o aperfeiçoamento do programa. Essa

aquisição foi a mais importante delas”, informa

Maria Auxiliadora Santos Maranhão Soares, co-

ordenadora do Mesa Brasil em goiás.

A estrutura em torno do MBS e a serie-

dade do programa são reconhecidas pelos

parceiros doadores. “O trabalho realizado

pelo Mesa Brasil Sesc é muito sério. há cinco

anos, participamos do programa e acompa-

nhamos de perto todo o processo. Doamos

por semana cerca de 15 toneladas de iogurtes

para asilos e creches. Sabemos que ajudamos

a fazer pessoas mais felizes. Já tivemos opor-

tunidade de levar o produto a crianças que

nunca tinham experimentado um iogurte na

vida. Esse retorno é muito gratificante”, obser-

va Rinaldo Rodrigues, analista de Estoque da

Danone, em Pernambuco.

Segundo Claudia Roseno, a segurança ali-

mentar – pilar do programa desde o seu nas-

cimento – é mais ampla do que apenas saciar

a fome. “Pensamos na saúde integral do ser

humano”, afirma. Por isso, são aceitos material

de limpeza, utensílios culinários, combustível e

embalagens próprias, entre outros produtos.

Ação emergencial

Em 2004, uma parceria do MBS com a Petro-bras garantiu a montagem de cestas básicas para serem doadas às populações vítimas das chuvas nos estados de Alagoas, Bahia, Piauí e Sergipe. Foi uma ação pontual, po-rém, quatro anos depois, uma nova catástro-fe natural mostrou a necessidade de criação

de um braço de ação emergencial do Mesa Brasil Sesc. As vítimas das enchentes ocorri-das em Santa Catarina em 2008 agradece-ram. E assim surgiu o Sesc Solidário.

há pelo menos cinco anos o Mesa Bra-sil tornou-se uma referência no setor. Em 2008, em Brasília, o seminário Segurança Alimentar e Nutricional: Desafios e Estra-tégias reuniu 20 dos maiores especialistas no tema para debater a crise alimentar no mundo. Foi a oportunidade de o Mesa Brasil e seus resultados serem apresentados. A ini-ciativa do Sesc tornou-se uma unanimidade entre os conferencistas. Quem não conhecia o trabalho passou a admirá-lo após o encon-tro considerado histórico.

Em 2013, mais um reconhecimento – desta vez, da comunidade internacional engajada na causa. O Mesa Brasil foi chancelado pela global FoodBanking Network (gFN), organi-zação mundial sem fins lucrativos compro-metida com a criação e o fortalecimento de bancos de alimentos em todo o mundo. O certificado de garantia certamente abrirá no-vas portas para o programa. uma chancela para um trabalho que há uma década ajuda a fazer valer o preceito universal que diz que todo ser humano tem direito a alimentação. n

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A C R E

Um estímulo a mais para entrar em forma

A M A P Á

Braços abertos para a cultura

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há oito anos, o Sesc no Amapá abre suas portas para promover artistas locais, regionais e nacionais. Assim é o Projeto Aldeia de Artes Sesc Povos da Floresta, que apresenta para o público local espetáculos de dança, teatro, artes plásticas e debates sobre a dra-maturgia nacional e internacional. Para genário Dunas, coordenador do projeto no es-tado, as apresentações garantem visibilidade aos grupos artísticos.

O projeto, que promove a troca de experiência, técnica e conhecimento no âmbito cultural, tem como objetivo contribuir para o processo de criação e difusão da cultura do amapaense. “O Aldeia surgiu como ramificação do Palco giratório para atender a um número maior de artistas, aumentando assim esse intercâmbio cultural”, explicou Dunas. n

O projeto Aldeia das Artes

apresenta para o público

local espetáculos de dança,

teatro, artes plásticas e

debates sobre dramaturgia.

Bloco de Saúde. Foi como a equipe do Sesc no Acre decidiu batizar as instala-ções da academia do Departamento Re-gional em Rio Branco. A estrutura, mon-tada num prédio de três andares, é uma

das mais modernas da região e tornou-se um estímulo a mais para o usuário do Sesc entrar em forma. Entre os comerciá-rios da capital acreana, já são 3.200 ins-critos para a prática de esporte no espa-ço multidisciplinar, cuja capacidade total é para quatro mil pessoas. “hoje temos uma academia que atende todas as exi-gências do público, desde as aulas tradi-cionais, como musculação, até as novas tendências do mercado, como a ginástica funcional”, afirma o gerente de Esporte e Lazer do Sesc no Acre, Joy Braga.

O Bloco de Saúde foi inaugurado em 2011. hoje, o comerciário acreano dis-põe de aulas de artes marciais, ioga,

dança e ginástica. A mega-academia conta ainda com um andar inteiro dedi-cado à musculação – são 32 profissio-nais acompanhando a atividade dos usuários. n

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Desde abril, alunos de 15 escolas munici-pais e uma estadual em Maceió participam do Projeto Comunidade Futsal. Sob a batu-ta das coordenações de Esporte e Recrea-ção e de Saúde do Sesc em Alagoas, a ini-ciativa pretende unir uma paixão nacional, o futebol, ao Projeto Saúde Escola. Para tanto, durante seis meses, os alunos das escolas selecionadas se reunirão todos os sábados nas instalações do Sesc Poço para a disputa de um torneio de futsal.

Paralelamente à competição, são reali-zadas atividades educativas em que são abordados temas como a importância da atividade física, a alimentação saudável, a saúde bucal e a prevenção ao álcool e ou-tras drogas, além de sexualidade e preven-ção de DST e Aids. O projeto é ainda uma via de mão dupla, pois uma vez por mês acontece o processo inverso: as equipes do Sesc vão até as escolas para desenvolver as intervenções educativas.

Em 2013, os alagoanos poderão conhecer um pouco mais do trabalho desenvolvido pelo Sesc em Alagoas. Em homenagem aos 65 anos da instituição no estado, em agosto, será montada uma exposição foto-gráfica para contar essas seis décadas e meia de história na região.

Esta é apenas uma das ações programa-das para acontecer ao longo do ano. A co-memoração começou em março, quando

foi realizada uma pequena amostra dos projetos já desenvolvidos pelo Sesc no esta-do, nas áreas de Educação, Saúde, Cultura e Lazer. No evento aberto ao público no Sesc Poço, constaram atividades como Circuito Saúde, Oficinas Literárias e as apresenta-ções dos grupos Ciranda da 3ª idade Sesc e das Raspadeiras de Mandioca do Sesc Ler Arapiraca, além dos alunos do curso de mú-sica do Sesc Centro, em Maceió. n

A L A G O A S

futsal, saúde e educação

15R e v i s ta sescBrasil

Paralelamente à competição,

são realizadas atividades

educativas em que são

abordados temas como a

importância da atividade física

e a alimentação saudável.

Em homenagem aos 65 anos

da instituição no estado, em

agosto, será montada uma

exposição fotográfica para

contar essas seis décadas e

meia de história.

sessenta e cinco anos de história

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Os shows de calouros são um sucesso há anos

na TV brasileira. A fórmula para descobrir novos

talentos é garantia de público e, de quebra, ofe-

rece à música popular a possibilidade de reno-

vação. Foi assim com alguns grandes nomes,

como Ângela Maria, Elis Regina e Raul Seixas.

Com essa ideia, chega à sua 33ª edição o Festi-

val de Calouros do Sesc. Criado em 1980, o

projeto visa a revelação de novos intérpretes no

cenário musical do Amazonas. No início, era

voltado apenas aos comerciários. hoje, é reco-

nhecido como um dos maiores destaques cul-

turais no estado, tendo revelado os cantores

Arlindo Junior, Serginho Queiroz, Liz Araújo e

Salomão Rossy, entre outros.

As primeiras audições deste ano ocorreram

em março. Os candidatos passaram por elimina-

tórias para seguir até a final, realizada em abril. A

disputa é aberta a comerciários e seus depen-

dentes e usuários do sistema com idade supe-

rior a 13 anos e que tenham a carteira do Sesc

atualizada. A participação é individual, não po-

dendo se inscrever duplas, grupos ou bandas. n

A nova unidade do Sesc em Barreiras, na Bahia, está pronta. O módulo de Educa-ção foi o primeiro a ser inaugurado, em fevereiro deste ano, por conta do início do ano letivo. O restante da obra foi con-cluído no final do primeiro semestre e o empreendimento já está disponível para a população. A unidade tem oito mil metros quadrados de área construída e infraestrutura completa para o atendi-mento aos trabalhadores nas atividades

de Educação, Saúde, Cultura, Lazer e As-sistência.

O espaço dispõe de teatro com 300 lugares, academia, parque aquático, sa-lão de jogos, quadras poliesportivas, campo de futebol soçaite, consultórios odontológicos, biblioteca e dez salas de aula. Nas salas são atendidos, desde o início do ano, 170 alunos, distribuídos em seis turmas de Educação infantil e duas de Educação Fundamental.

um pouco mais sobre Barreiras

A 850 quilômetros de Salvador, Barreiras é o segundo município mais populoso da Bahia, contando com 141 mil habitantes. A cidade fica na região oeste do estado e é um importante polo agropecuário, corta-do pelo Rio grande, principal afluente da margem esquerda do Rio São Francisco. n

A M A Z O N A S

soltando a voz

B A H I A

sesc chega a Barreiras

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C E A R Á

Quadrilha aquática chega a 18ª edição

encenação em praça pública

“Caminho da roça! Olha a chuva!” Para os ido-

sos que frequentam as aulas de hidroginástica

da unidade do Sesc em Fortaleza, quadrilha é

dança boa até debaixo d’água. O que começou

como brincadeira, em 1996, nas aulas de hidro-

ginástica do professor Eduardo Mamede, hoje

faz parte do dia a dia do Sesc no Ceará, onde a

típica dança junina acontece dentro da piscina.

Aos poucos, o ritmo conquistou mais adeptos e

ganhou proporção de evento. A quadrilha

aquática neste ano chega à sua 18ª edição.

Engana-se quem pensa que, por ser na

água, a dança foge às suas origens. Todos os

passos da quadrilha tradicional são mantidos,

e a festa, realizada sempre em junho, conta

ainda com banda pé de serra e os alunos ves-

tidos a caráter.

uma das manifestações mais antigas da cultura popular, o teatro de rua é atra-ção nas praças e nos calçadões das ci-dades da Região do Cariri. No mês de junho, o Sesc em Juazeiro do Norte promove a Mostra de Teatro de Rua. A proposta é preservar e incentivar a en-cenação itinerante.

Em sua terceira edição, o evento reú-ne diversas manifestações artísticas, nas quais grupos teatrais caririenses ocu-pam a via pública com seus trabalhos, interagindo com quem passa por ali. Na última edição, a mostra reuniu cerca de nove mil espectadores, e este ano pre-tende repetir a dose. n

Cuidado e prevenção Todos nascem, crescem, amadurecem e en-velhecem. A qualidade de cada uma dessas etapas depende dos cuidados que temos por toda a vida. geralmente, pessoas ido-sas, saudáveis ou frágeis, estão mais expos-tas a situações de risco de quedas. Por isso, pelo terceiro ano consecutivo, é realizada pelo Sesc em Fortaleza; a Semana de Pre-venção de Quedas de Pessoas idosas.

Durante a semana, são promovidas pa-lestras sobre prevenção de quedas, mobili-dade e equilíbrio e fortalecimento. Desti-nada principalmente ao público da terceira idade, a ação também é uma oportunida-de de esclarecer e orientar os familiares e demais interessados sobre o tema. O even-to é gratuito.

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17R e v i s ta sescBrasil

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agrupos teatrais caririenses

ocupam a via pública com

seus trabalhos.

Todos os

passos da

quadrilha são

elaborados

debaixo

d´água.

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Com o objetivo de incentivar a produção artística na cidade e

ainda revelar e divulgar novos talentos, o Sesc no Distrito Federal

há anos investe na realização de premiações. Anualmente, são

distribuídos sete prêmios na área cultural, com ênfase em músi-

ca, pintura, literatura, fotografia e poesia. São eles: os prêmios

Sesc de Música Tom Jobim; de Pintura em Tela Cândido Portina-

ri; de Fotografia Marc Ferrez (foto); de Contos Machado de Assis;

de Contos infantis Monteiro Lobato; de Poesia Carlos Drum-

mond de Andrade; e de Crônicas Rubem Braga.

Em virtude do sucesso da iniciativa, cada vez mais cresce o

número de inscritos. Em 2012, foram mais de mil interessados.

Segundo a coordenadora de Cultura do Sesc no local, Juliana Va-

ladares, as premiações estão entre as mais importantes iniciativas

de promoção e valorização dos trabalhos de artistas independen-

tes. “Esse projeto promove, além da divulgação das obras, o inter-

câmbio entre artistas e produtores”, enfatiza.

O Sesc no Espírito Santo tem uma nova data comemorativa no seu calendário de atividades anual: o Dia da Alegria. Trata-se de um evento marcado por soli-dariedade e, é claro, alegria, que beneficia crianças atendidas pela Associação Capi-xaba Contra o Câncer infantil (Acacci).

A ideia de criar a data surgiu do suces-so do evento realizado em março, no Centro de Turismo Social e Lazer de gua-rapari, que reuniu mais de duas mil pes-soas. Foi um dia repleto de atividades de recreação, que teve como objetivo divul-gar o trabalho da Acacci. “Buscamos em-presários para doações de alimentos e serviços de entretenimento e ainda con-

tamos com vários voluntários”, contou um dos idealizadores do evento, Paulo Roberto Lago, da gerência do Centro de Turismo de guarapari.

A receita obtida com os ingressos foi revertida para as ações da instituição, que atende crianças, adolescentes e suas famí-lias no tratamento do câncer e com supor-te econômico, social e psicológico. O Dia da Alegria vai se repetir anualmente, sem-pre na terceira semana após o carnaval. n

D I S T R I T O F E D E R A L

apostando em cultura

E S P Í R I T O S A N T O

a alegria de ser solidário

As inscrições são abertas para todo o Brasil,

com exceção do Prêmio de Pintura em Tela

Cândido Portinari, que é restrito ao Distrito

Federal. Os regulamentos de cada premiação

estão disponíveis em www.sescdf.com.br. n

FOTO

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G O I Á S

aprendendo inglês na terceira idade

M A R A N H Ã O

Cultura e integração social

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O Sesc idiomas em goiás resolveu inovar neste ano e abriu uma turma para ensinar inglês a alunos da terceira idade. O curso habilita o estudante a desenvolver a leitura, a escrita, a compreensão auditiva e a comu-nicação oral em 24 meses, o dobro do prazo normalmente indicado para um curso básico. “utilizamos a mesma metodologia com o di-ferencial da velocidade. Nosso público tem consciência da necessidade de que o conte-údo seja passado de forma mais cuidadosa”, afirma o coordenador pedagógico do centro de línguas do Sesc, João Ovídio.

As aulas acontecem duas vezes por sema-na, e a turma é formada por alunos com mais de 50 anos. “O aumento da expectativa de vida e o desejo dessa população mais velha

de conhecer outros países foram os fatores que mais contribuíram para a abertura do cur-so. é uma realidade cada vez mais presente no nosso dia a dia”, observa Ovídio. n

Quem canta, seus males espanta. Com base nessa máxima, nasceu o Coral Vo-zes da Sabedoria, um projeto criado pelo Sesc no Maranhão tendo o idoso como público-alvo. Composto por 57 pessoas, o coral exige participantes afinados. Para isso, são realizados ensaios sistemáticos, quando são aprendidas não só técnicas vocais, mas também práticas que exerci-tam a concentração, a memorização e a criatividade.

O coral é uma das iniciativas do Traba-lho Social com idosos (TSi), projeto que já existe há 24 anos no estado e que consiste em promover atividades culturais que me-lhorem a qualidade de vida e a autoesti-ma dos participantes. A ideia é criar um

ambiente saudável de integração social. Para iracema Silva Lopes, 77 anos, parti-cipante do coral, o TSi representa a sua segunda família. “Eu chego de manhã e geralmente saio no final da tarde. Adoro

as atividades e participo de todas. Aqui é a minha segunda casa, minha segunda família”, declara.

O TSi atualmente conta com 405 inte-grantes com idades entre 60 e 100 anos, que participam de diversas atividades e cursos da área cultural, como oficinas de dança, mú-sica e teatro. Além do coral, o projeto ain-da inclui outras iniciativas: o Boi Brilho do Sesc, a Percussiva idade, a Banda Sesc Re-tratos e Canções e o grupo teatral Pastor do Menino Jesus. Segundo a coordenado-ra do TSi, Adalgisa Drumond, “o trabalho possibilita a elevação da autoestima e o envelhecimento mais saudável, o que tor-na possível a melhora na vida de muitos idosos na capital maranhense”. n

“utilizamos a mesma

metodologia com o diferencial

da velocidade.”

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A audição é uma ferramenta essencial para a fala. Por isso, a pessoa que apresenta limi-tação da surdez acaba sendo prejudicada em seu desenvolvimento social. Nesse mo-mento, é imprescindível o apoio da família, que precisa saber lidar com essa realidade. Pensando nisso, o Sesc horto oferece desde 2009 o curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Com os módulos básico, interme-diário e avançado, o curso é aberto para to-dos que se interessem pelo tema.

No curso, os alunos têm a oportunidade de aprender a linguagem e estabelecer uma melhor comunicação e relação com a comunidade surda. “Vale lembrar que esta também é uma oportunidade de estabele-cer o compromisso com a igualdade e com o processo de inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais na so-ciedade”, conclui Juliana de Alencar Nico-lau, analista do Sesc horto e idealizadora do curso.

Para muitas pessoas, os domingos costu-mam ser sonolentos, tranquilos ao extre-mo. Mas, em Dourados, pelo menos uma vez ao mês, esse dia é sinônimo de muita diversão e alegria. Com jogos, au-lões e oficinas, o Sesc promove, gratuita-mente, no Parque dos ipês, o projeto Nesta Praça Tem.

Durante toda a tarde, crianças, jovens e adultos têm à disposição aulões de ginás-tica, artes marciais, oficina de desenho, jogos educativos e gincanas recreativas de futsal, basquete e vôlei, entre outros. iniciado em 2012, com o nome Sesc Mo-vimento, o projeto estimula práticas es-portivas e hábitos de vida saudáveis. n

A rede de teatros do Sesc, com mais de cem

unidades, contabiliza mais uma desde maio.

Trata-se do Espaço Cultural Sesc Rondonópo-

lis, no Mato grosso. O empreendimento su-

priu uma carência comum a várias cidades

brasileiras de médio porte. Com 200 mil habi-

tantes e localizada a 215 quilômetros da capital

Cuiabá, Rondonópolis passou a ser conhecida

na década de 1990 como a capital nacional do

agronegócio. Apesar da próspera situação eco-

nômica, o município convivia com a falta de

uma casa dedicada às artes cênicas.

O novo espaço já garantiu à população o

acesso a uma série de atividades e espetá-

culos. Foi formada uma turma para o curso

infantil de artes cênicas, e dois importantes

eventos já aconteceram: o Sesc Partituras e o

Mostra Sesc Cena Mato grosso, que contou

com 12 espetáculos nas modalidades de tea-

tro, dança e circo. n

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Mais um teatro do sesc

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educação e inclusão

alegria e diversão: nessa praça tem

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21R e v i s ta sescBrasilJ U N | J U L | 2 0 1 3

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aCampina grande se orgulha de ostentar o tí-

tulo de maior São João do mundo. Todo mês

de junho a cidade do agreste paraibano rece-

be 2 milhões de pessoas para participar da-

quela que é apontada por muitos como a

mais genuína das festas brasileiras. Porém,

segundo o coordenador de Cultura da unida-

de do Sesc em Campina grande, Álvaro Fer-

nandes, o gigantismo do evento ganhou

proporções que comprometem a originalida-

de da tradicional festa junina. Atentos à per-

da de espaço de elementos típicos do univer-

so junino para inovações com maior apelo

comercial, a unidade do Sesc, há cinco anos,

resolveu manter acessa a chama do que há

de mais tradicional no São João da Paraíba e

criou o Arraiá do Sesc.

“O trabalho vai desde comidas típicas, co-

mo milho verde, quentão, pé de moleque,

pamonha e canjica, passando pelas brinca-

deiras, como derrubar latas e pescaria, até as

quadrilhas, com grupos folclóricos de xaxado,

baião, ciranda e coco. há espaço ainda para a

exposição de artistas que trabalham o artesa-

nato típico da festa”, conta Fernandes.

O público já aprovou e tem aumentado a

cada ano. Em 2012, por exemplo, os cinco

dias de festa receberam, em média, 400 pes-

soas por noite. Este ano, a expectativa não é

diferente. De 10 a 15 de junho, a unidade está

pronta para apresentar aos visitantes dezenas

de quadrilhas, grupos folclóricos, trios de for-

ró e artistas paraibanos. n

M I N A S G E R A I S

todo artista tem que ir aonde o povo está

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arraiá do sesc: onde o são João é mais são João

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O verso mais famoso da música Nos bailes da

vida, dos mineiros Milton Nascimento e Fer-

nando Brant, poderia perfeitamente batizar

três projetos distintos do Sesc em Minas ge-

rais. Apesar da diferença de estilos, a alma de

cada uma das iniciativas tem a mesma essên-

cia: ultrapassar os portões da instituição e

colocar o artista no meio do povo.

Exatamente com esse propósito, há 19

anos nasceu o Minas ao Luar para levar se-

restas e serenatas para ruas, praças e core-

tos do estado. Desde o primeiro evento em

Diamantina, são 200 cidades, 530 apresen-

tações, dois milhões de espectadores, dois

discos e um livro. Com o mesmo DNA, em

2003, surgiu o Causos e Violas das gerais.

Neste caso, o foco é o contador de causos e

o violeiro. O projeto contabiliza mais de 200

edições. Já o caçula entre os projetos itine-

rantes mineiros é o Sesc Chorinho e Samba

na Praça. Na estrada há um ano, os chorões

e sambistas tiveram 30 oportunidades de

estar onde o povo está.

Para o superintendente de Cultu-

ra do Sesc em Minas, gustavo

guimarães henrique, des-

centralizar as produções

culturais para o interior

implica democratizar o acesso

à arte e promover o desenvolvi-

mento cultural em todas as regiões

do estado. n

Page 24: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

22 R e v i s ta sescBrasil J U N | J U L | 2 0 1 3

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Enquanto o circo do Circuito Nacional do Sesc Triathlon não foi montado no Pará, o Sesc Do-ca encontrou um bom motivo para manter os adeptos da modalidade em atividade. No dia 15 de junho, a unidade sedia o i Sesc Triathlon indoor. Diferentemente do modelo nacional promovido pela instituição, e como o próprio nome em inglês sugere, neste caso, as provas acontecem em local fechado.

O circuito conta com a piscina do parque aquático do Sesc Doca para a prova de nata-

ção (400 m). Já no ginásio de esportes, bici-cletas ergométricas serão utilizadas na segun-da etapa da competição (oito quilômetros). Enquanto a corrida em esteiras ergométricas (três quilômetros) fecha o evento.

O Circuito Nacional Sesc Triathlon 2013 desembarca no Pará nos dias 6 (simpósio técnico para os atletas) e 7 (prova) de julho. O número de competidores paraenses em 2012 foi o segundo maior entre as oito eta-pas da disputa – 1.038 atletas. A competição

será realizada no Distrito de Mosqueiro, na Praia do Chapéu Virado. A novidade da edi-ção 2013 fica por conta do i Sesc Duathlon infantil, para crianças e adolescentes de 8 a 14 anos.n

há três décadas, o Sesc no Pará pesquisa in

loco tudo o que diz respeito ao folclore pa-

raense. Mitos, lendas, crendices, provér-

bios, contos, danças, instrumentos, canti-

gas e festas tradicionais, nada foge ao olhar

atento do grupo Parafolclórico do Sesc,

criado no dia 14 de maio de 1983. Desde

então, são milhares de apresentações feitas

para mostrar um pouco desse trabalho,

que está completando 30 anos de estrada.

A renovação do grupo é constante: seja

por meio dos estudos; seja por meio de

novos alunos. Para constatar sua vitalidade,

basta citar a constante procura do público

para ingressar nas turmas que formam

dançarinos e músicos especialistas nos rit-

mos folclóricos do Pará. Todo início de ano

há uma audição: este ano, foram aprova-

dos 40 novos alunos.

“O Parafolclórico atua em duas pontas.

uma é a pesquisa, sobre o material resga-

tado junto às comunidades nos mais dis-

tintos recantos do estado. Realizamos lei-

turas e colocamos em prática nas aulas do

Sesc Docas. Ao longo desses 30 anos, são

milhares de apresentações, inclusive em

festivais fora do estado. Formamos cente-

nas de músicos e dançarinos”, comenta

Cléber Costa de Melo, que foi aluno há 20

anos e hoje é técnico de instrução do gru-

po. “Entrei como aluno em 1992 e hoje

sou professor. Este projeto é parte da mi-

nha vida”, acrescenta.

O Carimbó, a Marujada, o Lundu, o Maçariqui-

nho são ritmos que estão entre as mais conheci-

das manifestações folclóricas da vasta e rica cul-

tura popular paraense. O melhor é que a beleza

desse encontro, produto da mais genuína fusão

cultural brasileira – de índios, caboclos e negros

–, não se limita à música e à dança. Os trajes

desses grupos fazem parte da memória viva da

história brasileira. Boa parte desse universo esta-

rá em exposição no Folclore em Festa, de 22 a

30 de agosto, na unidade do Sesc Doca, no Pará.

O projeto tem a assinatura do artista plástico

e folclorista Alexandre Costa. Além da indumen-

tária típica, a mostra garante uma boa dose de

nostalgia para os mais velhos com a exibição

de brinquedos populares da época, como pião,

peteca e carrinho de madeira, entre outros.

P A R Á

Parafolclórico: 30 anos de estrada

a festa do folclore paraense

Unidade aposta em triathlon indoor

“O número de competidores paraenses em 2012 foi o segundo maior entre as etapas do Circuito Nacional.”

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P A R A N Á

Uma nova opção de turismo e lazer em Cascavel

O Sesc no Paraná se prepara para começar as

obras de um novo empreendimento: o com-

plexo turístico de Cascavel. O espaço de 109

hectares, rodeado de nascentes e muito verde,

abrigará uma estrutura com o que há de me-

lhor em termos de turismo e lazer. Além do

prédio principal (segundo hotel da instituição

naquele estado), serão construídos dez chalés,

um centro de convenções para 540 pessoas,

restaurante, café e um piano-bar com acesso a

um deque com vista, onde haverá vista pano-

râmica das piscinas. A previsão é de que esteja

pronto em 2016.

O complexo turístico será construído na

zona rural de Cascavel. O prédio principal

terá 8.800 metros quadrados e contará com

59 apartamentos. O projeto será ecologica-

mente correto e sustentável: utilizará sistema

de aquecimento solar, reutilizará a água da

chuva para limpar calçadas e irrigar a horta de

orgânicos e o pomar e fará o gerenciamento

de resíduos sólidos. O Sesc Caiobá serviu co-

mo inspiração para os arquitetos Ângela Cristi-

na kawka, Maurício D’Elia e Fernanda Foltran,

que também visitaram hotéis de outros depar-

tamentos regionais pelo país. “Alguns detalhes

do prédio principal, como os arcos das facha-

das e as molduras das janelas, remetem ao

estilo neoclássico”, explica Ângela.

A área externa do complexo oferecerá vá-

rias opções de lazer para os visitantes. Qua-

dras de tênis, vôlei e futebol soçaite, churras-

queiras, oficina de arte, trapiche para pesca,

lago com pedalinho e caiaque, minifazenda,

horta de orgânicos, viveiro e haras são algu-

mas delas. Para chegar ao local, um diferen-

cial: os trilhos da Ferroeste cortam parte do

terreno e, para aproveitá-los, será construída

uma estação de trem, com design semelhan-

te ao das antigas estações ferroviárias do sé-

culo 19. Ali, será possível receber os trens que

transportam turistas, entre eles o trem de lu-

xo. Os interessados podem ficar hospedados

no complexo do Sesc ou seguir viagem rumo

às Cataratas.

O Sesc no Paraná inaugurou uma unidade em ivaiporã, em maio. O empreendimento integrado juntou o Sesc e o Senac num ter-reno, doado pela prefeitura local, com área total de mais de 4 mil metros quadrados.

A unidade do Sesc conta com mais de 3,3 mil metros quadrados de área edifica-da, e as instalações incluem um ginásio, academia de esportes, vestiários, espaço para Educação infantil, três salas para cur-sos, sala de vídeo e biblioteca, além de clí-

nica odontológica. O Senac, por sua vez, ocupa 1,2 mil metros quadrados e tem três salas de aula, cozinha e lanchonete peda-gógicas, dois laboratórios de informática e um auditório. n

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ivaiporã ganha primeiraunidade integrada

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Quem disse que fevereiro é o único mês da fo-

lia no Brasil? Para os pernambucanos, pelo me-

nos, junho e julho não ficam para trás no quesi-

to “animação”, porque tradicionalmente nessa

época do ano acontece o Festival Sesc de Qua-

drilhas. Difundir e incentivar essa manifestação

artística típica da região são os principais objeti-

vos da iniciativa, que chega à 20ª edição e se

consolida como importante evento do calendá-

rio cultural de Recife.

A principal atração do festival é a competi-

ção de quadrilhas, com duas categorias – adul-

to e infantil. Nesse ano, as eliminatórias acon-

tecem nos dias 15, 16 e 28 de junho, nas

unidade Casa Amarela, Piedade e Santo Ama-

ro. Esta última, aliás, será palco também da

grande final, em 29 de julho. Serão premiados

os quatro melhores grupos adultos e os três

melhores infantis. Os finalistas receberão um

prêmio em dinheiro, e a melhor torcida ga-

nhará um troféu. Paralelamente às atividades

na capital, municípios do interior do estado

receberão mostras itinerantes, com apresenta-

ções das quadrilhas.

A literatura está em alta em Pernambuco durante

este ano de 2013. Em meio à movimentação da

Bienal do Livro, do festival A Letra e a Voz e a

Fliporto, o Sesc também dá a sua contribuição.

Realizada pelo quarto ano, a Mostra Sesc de Lite-

ratura reúne grandes nomes da literatura con-

temporânea na capital pernambucana, em julho.

O evento oferece oficinas, leituras e conver-

sas entre escritores locais e nacionais, e ainda

debates com a plateia. Entre os convidados

dessa edição estão o escritor pernambucano

Raimundo Carrero, a escritora e jornalista Ma-

rina Colasanti, o escritor e jornalista xico Sá e o

poeta Antônio Cícero. A mostra faz parte do

projeto de Dinamização da Literatura e do Pro-

grama Estético Literário do Departamento Na-

cional do Sesc. n

Petrolina será palco de uma maratona de

manifestações culturais, entre os dias 2 e 17

de agosto. O evento, batizado de Festival de

Artes do Vale do São Francisco – Aldeia do

Velho Chico, promete levar à cidade o me-

lhor do teatro, música, dança, literatura, ci-

nema, artes plásticas e fotografia. Em sua

nona edição, o festival é um desdobramento

do projeto Palco giratório, na Região do Vale

do São Francisco.

“Durante os últimos anos, vimos crescer

a produção e o público na região e perce-

bemos que os artistas locais tornaram-se

mais críticos, já que trazemos espetáculos

que dificilmente passariam por aqui”, afir-

ma Jailson Lima, coordenador do festival.

Nesta edição, a Aldeia do Velho Chico am-

pliou o número de ações gratuitas nas ruas

e bairros da cidade, democratizando ainda

mais o acesso à cultura.

O festival tem palcos em lugares como as

praças do Bambuzinho e Dom Malan, ilha de

Massangano e no centro comercial do muni-

cípio. Também recebem atividades as cidades

e distritos vizinhos, como Juazeiro (BA) e La-

goa grande (PE). n

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P E R N A M B U C O

folia em julho

Recife: a capital da leitura

O velho Chico e sua aldeia

Petrolina será palco de uma maratona de manifestações culturais em agosto.

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R I O D E J A N E I R O

e o Giramundo voltou

O Sesc inaugurou mais uma unidade no es-tado do Piauí. Batizado de Centro Educacio-nal Professor Marcílio Rangel de Farias, o novo empreendimento oferecerá assistência educacional, cursos de valorização social e ações culturais aos moradores da região do bairro Marquês, em Teresina. A nova unida-de visa atender às mais diversas faixas etá-rias, desde crianças a partir de 2 anos e 8 meses de idade até adultos. O local dispõe

de bibliotecas; laboratório de informática, pátio com palco para eventos e auditório.

A formação de empreendedores será uma das prioridades do Sesc, por isso, contará com espaço exclusivo para atendi-mento do Sebrae. Na área de saúde, um diferencial da unidade será a assistência oftalmológica gratuita. No local, o Lions Clube atenderá a população em parceria com grandes clínicas de Teresina. n

Após cinco anos sem apresentar um espetáculo

inédito, o giramundo desembarcou por um fim

de semana no Rio de Janeiro. O tradicional teatro

de bonecos girou o mundo, fazendo jus ao nome

do grupo mineiro, e voltou em grande estilo aos

palcos cariocas. O texto, que ficou em cartaz no

Sesc ginástico, no centro da cidade, não poderia

ser mais lúdico: Aventuras de Alice no País das

Maravilhas, o clássico da literatura escrito por

Lewis Carroll. No total, 55 bonecos dividiram os

holofotes com um ator, Beto Militani, que inter-

pretou o autor, atuando como narrador.

“Trazer o giramundo para o Rio foi uma

oportunidade ímpar, não só para o público, co-

mo também para o cenário artístico cultural da

cidade, um momento para conhecer melhor o

processo de trabalho do grupo. Por isso, a pro-

gramação incluiu o programa Diálogos com o

Teatro”, informou Christine Braga, gestora de

Artes Cênicas do Sesc no Rio, citando o bate-

-papo realizado no Sesc Engenho de Dentro

entre a diretora do grupo, Beatriz Apocalipse, e

os espectadores.

Aventuras de Alice no País das Maravilhas é

o 34o espetáculo da história do giramundo. Em

cena, o teatro de bonecos dialoga com as artes

plásticas e a música. isso porque alguns dos

bonecos são digitais, manipulados em tempo

real com a tecnologia motion-capture, já utiliza-

da no cinema.

A história do Giramundo

Criado em 1970, o giramundo é um dos gru-

pos de teatro de bonecos mais atuantes e pre-

miados em todo o mundo. Sua notável atuação

não se limita às produções teatrais, estenden-

do-se ainda ao cinema, vídeo, televisão, escola

de marionetes, oficinas de construção de mario-

netes, exposições e cursos. O grupo é conheci-

do por inserir elementos da cultura brasileira

nos espetáculos, adaptando clássicos da litera-

tura universal ou criando os próprios textos. O

giramundo já se apresentou em praticamente

todo o Brasil e em mais de dez países da Euro-

pa e das Américas. n

P I A U Í

Nova unidade em teresina

Page 28: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

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R I O G R A N D E D O S U L

sorrindo para o futuro

O objetivo é a melhoria da saúde

das crianças a partir da formação

de hábitos saudáveis. Para isso,

distribui kits gratuitos (escova,

creme e fio dental) aos pequenos

e capacita professores e dentistas

para desenvolver o programa.

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uma pesquisa realizada ao longo de 2010 pelo Sesc no Rio grande do Sul, em parceria com o Sistema Fecomércio, avaliou dados relativos à saúde bucal de 53.859 alunos de 754 escolas em 133 municípios. O estudo constatou que 83% das crianças atendidas pelo projeto Sorrindo para o Futuro, que há dez anos vem sendo realizado pelo Sesc, registra-ram melhora ou mantiveram boas con-dições de saúde bucal. Enquanto 97,2% dos professores das escolas participan-tes do projeto afirmaram perceber a me-lhora nos hábitos saudáveis desses mes-mos alunos.

“Estes indicadores mostram a impor-tância de focarmos na promoção da saú-de. Mas, além da saúde bucal, também trabalhamos os hábitos alimentares, a importância da atividade física, a questão da respiração saudável e da restauração atraumática, entre outros fatores que in-

fluenciam a saúde do indivíduo”, comen-tou a coordenadora estadual do projeto, Larissa Brouwers.

O projeto do Sesc é pioneiro e hoje atende 257 mil alunos de 2.878 escolas em 389 municípios gaúchos. O objetivo é a melhoria da saúde das crianças a par-tir da formação de hábitos saudáveis. Para isso, distribui kits gratuitos (escova, creme e fio dental) aos pequenos e ca-pacita professores e dentistas.

A atuação também é focada na pre-venção de fatores de risco comuns às doenças crônicas (como alimentação, atividade física e higiene), no estímulo à formação de escolas promotoras de saú-de e ao envolvimento das escolas por meio de gincana estadual, que acontece todos os anos. Em constante inovação, o programa ainda tem estimulado maior acesso ao tratamento odontológico por meio da prática do tratamento restaura-dor atraumático (forma simplificada de atendimento que prevê a mínima inter-venção dentária, baseando-se na remo-ção parcial da cárie com instrumentos manuais, sem anestesia, e restauração

com cimento de ionômero de vidro). n

Page 29: Revista Sesc - Junho/Julho 2013

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As cidades potiguares

de São Paulo do Potengi,

Caicó, Mossoró e Nova

Cruz foram as

contempladas com o

projeto Circuito Saúde.

R O N D Ô N I A

amazônia das artes

R I O G R A N D E D O N O R T E

saúde em dia

O Sesc organizou, no Rio grande do Nor-te, o projeto Circuito Saúde, conhecido por promover eventos para orientar e oferecer serviços gratuitos na área de saúde. As cidades potiguares de São Pau-lo do Potengi, Caicó, Mossoró e Nova Cruz foram as contempladas.

Cerca de 5 mil norte-rio-grandenses puderam aferir pressão, fazer testes de glicemia e hiV e exames de tracoma (do-

ença oftálmica), além de terem acesso a vacinação e palestras sobre saúde bucal e sexual. As crianças aproveitaram o espa-ço recreativo, que contou como minibi-bliotecas, pula-pula e oficinas de pintura no rosto.

O Circuito Saúde já existe há dois anos e é fruto de uma parceria do Sesc com as secretarias municipais e estaduais de Saú-de do Rio grande do Norte. n

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Foi dada a largada para mais uma edição do projeto Sesc Amazônia das Artes. O evento, lançado em maio em Rondônia, visa promover a circulação e o intercâmbio de espetáculos de dança, teatro, shows e exposição entre os estados que integram a Amazônia Legal: Rondônia, Roraima, Acre, Amazonas, Piauí, Pará, Maranhão, Tocan-tins e Mato grosso.

O representante de Rondônia é o grupo Raízes do Porto, que apresentou o musical

Avoar. O espetáculo infantil busca resgatar an-tigas cantigas de roda e brincadeiras de crian-ça. Na história, crianças cansadas de brincar dentro de casa com videogames e compu-tadores resolvem sair para brincar na rua. “Avoar foi um jeito urbano que encontrei para trazer de volta as velhas noites de luar, quando as crianças brincavam nas calçadas ao som de cantigas de roda”, re-sumiu o diretor do espetáculo, Vladimir Capella. n

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Os estudantes do Ensino Médio integral do Sesc em Roraima ganharam um aliado para as tarefas escolares diárias. Desde abril, os 239 alu-nos da unidade de Boa Vista trocaram a dupla caderno e caneta por tablets. Segundo a direção da unidade, a ferramenta é considerada funda-mental para a instituição utilizar a linguagem do jovem do século 21, visto que manter a atenção dos adolescentes dentro de sala de aula é um desafio cada vez maior para os professores.

“Vemos como uma possibilidade no avanço da educação. hoje, o aluno precisa de tecnolo-gia. Dessa forma, adaptamos esse recurso ao ensino como incentivo de pesquisa e didática, para que alcancemos melhores resultados na sua formação”, afirma a gerente de Educação do Sesc, Lourdes Picão.

Mais tecnologia

Não é a primeira vez que o Sesc inova nesse sentido. Quando ainda sequer era cogitado o uso de ferramentas tecnológicas em sala de aula em Roraima, a instituição implantou a lousa interativa. A entrega de tablets a alunos do Ensino Médio é mais um passo para apro-ximar cada vez mais os alunos do conheci-mento digital.

“isso representa um avanço e também a quebra de alguns paradigmas, pois este novo investimento vem sendo acompanhado tam-bém pelo Departamento Nacional do Sesc, para que, dependendo de nosso resultado, eles possam implantá-lo nos demais Departa-

mentos Regionais do país”, explica Lourdes. n

De olho no bem-estar e na melhoria da qua-

lidade de vida dos clientes, o Sesc em Santa

Catarina resolveu ampliar a oferta dos serviços

na área de Saúde. A ideia é oferecer não só

atendimento médico especializado e diferen-

ciado, mas também acesso mais fácil e valores

acessíveis. Tratamentos estéticos e alternativos

estão incluídos entre os novos serviços dispo-

níveis nas unidades de Blumenau, Chapecó,

Florianópolis (Estreito e Prainha), Jaraguá do

Sul, Joinville, Rio do Sul e xanxerê.

Psicologia Clínica é uma das especialida-

des oferecidas. O atendimento pode ser in-

dividual, em grupo, família e/ou casal. Ou-

tra novidade é a Nutrição Clínica, que faz

uma avaliação nutricional do paciente e um

planejamento alimentar individualizado. A

Medicina de Família é mais abrangente, co-

mo o próprio nome já diz, e é voltada ao

acompanhamento de bebês, crianças, ado-

lescentes, homens e mulheres, incluindo

gestantes e idosos.

As unidades também passaram a oferecer

massoterapia desportiva, relaxante e terapêutica,

além de drenagem linfática. Para o tratamento de

enfermidades crônicas musculares ou articulares,

também é possível ter sessões de acupuntura. n

R O R A I M A

Caderno e caneta x tablets

S A N T A C A T A R I N A

Novos serviços de assistência médica

A ferramenta é fundamental para

a instituição utilizar a linguagem

do jovem do século 21, visto que

manter a atenção dos

adolescentes dentro de sala de

aula é um desafio cada vez maior

para os professores.

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O Sesc em Sergipe ganhou a sua primeira

brinquedoteca. O espaço, inaugurado no pri-

meiro trimestre do ano, é dedicado a crianças

entre 3 e 12 anos e fica na unidade Nossa Se-

nhora do Socorro, em Aracaju. A coordenado-

ra de Recreação, Mônica D’Arruda, enfatizou a

importância do espaço para o universo infan-

til: “uma brinquedoteca tem influência peda-

gógica, social e comunitária, pois possibilita às

crianças o acesso aos brinquedos e jogos

educativos que ensinam a conviver em gru-

po, respeitando e cooperando com os de-

mais. ”A ideia central da brinquedoteca é

resgatar o brincar como uma atividade que

contribua para o desenvolvimento integral

da criança em sua aprendizagem, criativida-

de e socialização, tanto na escola quanto na

comunidade. Para isso, oficinas e dinâmicas

de grupos farão parte da rotina daqueles que

frequentarem o ambiente. Além disso, serão

oferecidos cursos de formação para os estu-

dantes de pedagogia. uma preocupação do

Sesc é o desenvolvimento desses acadêmi-

cos, que poderão utilizar o espaço para exer-

citar e perceber como brincar pode auxiliar

na resolução de problemas infantis. n

Entre adultos, quem nunca ouviu a expres-são “Não sabe brincar, não brinca”? Porém, quando o bordão é levado ao pé da letra no universo infantil, a frase perde a graça. Por-que é engano pensar que empinar pipa, pular corda e jogar queimado estão entre as brincadeiras que fazem parte de qualquer infância. Professoras do Sesc Siqueira Cam-pos, em Aracaju, perceberam que os alunos da Educação infantil não conhecem essa fa-ceta do universo infantil.

Segundo a coordenadora da Educação infantil, Rosangela Soares, são crianças ex-tremamente condicionadas ao entreteni-mento eletrônico, independentemente de faixa social. Computador, tevê e videogame, entre outros aparatos eletrônicos, fazem parte das horas de lazer deles. Sabendo da importância lúdica das brincadeiras de ou-trora, as professoras criaram o projeto Res-gate dos Jogos e Brincadeiras de Cultura Popular Sergipana.

hoje, 350 crianças da instituição estão aprendendo a brincar. um grupo de sete professoras coordenadas por Rosangela identificou cerca de 20 brincadeiras e ini-ciou o processo de resgate na escola. “O que mais impressiona é a identificação deles com os jogos. Porém, o mais impor-tante é o aprendizado. Eles começam a compreender que ganhar e perder faz parte do jogo. E, principalmente, da vida”,

explica Rosangela. n

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SES

C SE

S E R G I P E

a garotada agradece

Uma escola que ensina a brincar

Gibiteca

Outro projeto com foco no público in-

fantil foi lançado em Sergipe. A unidade

Siqueira Campos inaugurou a primeira

gibiteca da instituição no estado. Além

de atender aos alunos da Escola Sesc, o

espaço é mais uma opção socioeducati-

va para as comunidades vizinhas. O

acervo disponibilizado ao público é am-

plo, já contando, por exemplo, com o

material do projeto Bauzinho do Pintor,

pelo qual a obra e a história do artista

Cândido Portinari estão acessíveis em

CDs e lâminas impressas.

Oficinas e dinâmicas de grupos farão parte da rotina daqueles que frequentarem o ambiente.

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T O C A N T I N S

Unidos pelo rolimã

há quatro anos, a unidade do Sesc Palmas,

em Tocantins, transformou em competição

uma brincadeira popular em todo o Brasil.

Para a diversão começar, bastam uma ladei-

ra com asfalto liso e um veículo de estrutura

simples, na maioria das vezes, construído

apenas com ripas, sobre um eixo improvisa-

do com quatro rodinhas de ferro fixadas nas

pontas. Pronto, temos um campeonato de

rolimã. A brincadeira de criança, em Palmas,

virou o gP Sesc de Rolimã.

Em 2010, 40 inscritos e centenas de tor-

cedores participaram da primeira corrida

realizada na comunidade Auremy, vizinha à

unidade do Sesc. Este ano, no dia 1º de

maio, a quarta edição do torneio contou

com o dobro de inscritos para descer os

200 metros de pista, e o público chegou a 3

mil pessoas.

“Mais do que resgatar uma brincadeira,

queremos aproximar pais e filhos de forma

lúdica. O momento mais importante deste

trabalho acontece quando as crianças co-

meçam a construir os carrinhos de rolimã

com a ajuda dos pais. Essa integração repre-

senta um resgate. Nosso ritmo de vida aca-

ba nos privando de mais tempo com os fi-

lhos que, por sua vez, passam muito tempo

isolados, envolvidos com brinquedos tecno-

lógicos”, explica o idealizador do projeto, o

gestor da área de Lazer do Sesc no Tocan-

tins, Ângelo Fernna.

Além da questão lúdica, o projeto agrega

outros valores. A solidariedade é um deles.

Por conta da parceria com o projeto Mesa

Brasil, participantes e torcedores foram con-

vocados a levar ao evento um quilo de ali-

mento não perecível. Ao todo, foi arrecada-

da cerca de uma tonelada de mantimentos.

Crianças a partir dos dois anos de idade

puderam participar do evento. Este foi com-

posto por quatro categorias: velocípede (2 a

6 anos), alegoria/junina (idade livre), veloci-

dade (7 a 14 anos) e velocidade/comerciário

(a partir dos 15 anos). n

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T O C A N T I N S

Unidos pelo rolimã

Promover a cultura brasileira, facilitar o acesso da

população a novas produções, incentivar talentos.

Com estes objetivos, foi criado, em 1974, o Festival

Sesc Melhores Filmes, que chega nesse ano à sua

39ª edição. Realizado entre os dias 3 e 25 de abril,

o evento é conhecido por oferecer ao público a

oportunidade de ver ou rever o que passou de

mais significativo pelas telas da cidade de São Pau-

lo no ano anterior. No evento, que é realizado no

CineSesc, ainda são entregues prêmios aos vence-

dores nas categorias Melhor Filme, Documentá-

rio, Ator, Atriz, Direção, Roteiro e Fotografia para

os filmes brasileiros; Melhor Filme, Direção, Ator e

Atriz para os filmes estrangeiros. A eleição é feita

pela crítica e pelo público via cédulas ou internet.

uma característica desse festival é ser itine-

rante. Em 2009, parte de sua programação foi

estendida a cinco cidades do estado. Neste ano,

foram 18 as cidades beneficiadas com a progra-

mação simultânea: Araraquara, Bauru, Campi-

nas, Catanduva, Diadema, ilha Solteira, Osasco,

Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto,

Rio Preto, Santo André, Santos, São Caetano,

São Carlos, São José dos Campos, Sorocaba e

Taubaté. Vale lembrar que, há dois anos, a mos-

tra inovou ao ser o primeiro evento do gênero

a disponibilizar sua programação com serviços

de audiodescrição, o que possibilita o acesso

aos deficientes visuais e auditivos, com legen-

dagem open caption, recursos oferecidos em

todos os filmes da grade. n

O Prêmio Sesc de Literatura – edição 2012-

2013 já tem vencedores: na categoria Roman-

ce, foi escolhido o livro O Evangelho segun-

do Hitler, do advogado paranaense Marcos

gomes Filho. Na categoria Conto, o redator

carioca João Paulo Vereza, morador de São

Paulo, foi o vencedor, com a coletânea Nove-

leletas. O concurso concedeu ainda três

menções honrosas na primeira categoria:

Glicério atravessa (RJ), de Fernando dos

Santos; Ausentes (SP), de Thiago Cavalcante;

e Rebeca (CE), de Lia Lira Sanders. Mais de

mil pessoas se inscreveram para essa edição

da premiação. A seleção final contou com 73

obras divididas entre as duas categorias.

O Prêmio Sesc de Literatura cumpre um

importante papel no panorama editorial bra-

sileiro: o da renovação. O concurso identifica

escritores inéditos, cujas obras possuam qua-

lidade literária para edição e circulação nacio-

nal. Além da divulgação das obras, a premia-

ção abre uma porta do mercado editorial aos

estreantes: os livros vencedores são publica-

dos e distribuídos pela editora Record em

todo o país. n

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a sétima arte em pauta

D E P A R T A M E N T O N A C I O N A L

Prêmio sesc de literatura: porque renovar é preciso

O concurso identifica escritores

inéditos, cujas obras possuam

qualidade literária.

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CONsELHO NACiONAL Antonio Oliveira Santos

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O resultado deste passatempo pode ser encontrado no site

www.sesc.com.br/revistasescbrasil

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COLABORARAM PARA ESTA EDiçãO: Francisco Reis da Silva Leite (AC), Patrícia Castro (AL), Tayana Martins (AM), Carlos Malheiros (AP), ivson Vi-vas (BA), Caio Quinderé, giselle Norões e Ma-ria Rozalina galvão (CE), Marcus César (DF), Luciana Balarini (ES), Sandra Stefan e Daniela Cabral (gO), Viviane Franco e Thais Verena (MA), Sueli Batista (MT), Núbia Cunha (MS), Camila Lobo (Mg), Thiago Bazzi (Pantanal) Lourdinha Bezerra e Thais Pimenta (PA), Deni-se Vasconcelos (PB), Maíra Rosas (PE), Ana Cláudia Coelho e André Ribeiro (Pi), Silvia de

Lima (PR), Paulo gramado (RJ), kelly Maia e Lorena gurgel (RN), Adalberto Lopes (RO), Catiucia Ruas (RS), gilvan Costa (RR), Denise Ferreira e Adriana Cadore (SC), Aparecida Onias (SE), Fernando Fialho (SP), Renato klein e Ana Caroline (TO)

iMPRESSãO: Gráfica Walprint • Tiragem: 31 mil exemplares

COOrdENAçãO EditOriAL SESC-DN/ASSESSORiA DE DiVuLgAçãO E PROMOçãO:

Christiane Caetano, Marcella Marins, Denise Oliveira e Fernanda Silveira CONSuLTORiA EDiTORiAL: Elysio Pires e Juvenal Fortes

revista sesc Brasil é editada e produzida pela Print ComunicaçãoFOTOgR AF iA: Banco de imagem dos Departamentos Regionais e do Departamen-to Nacional e Alaor Filho FOTOS DE C APA: DiVuLgAçãO SESC SC

JORNALiSTA RESPONSÁVEL: Janice Caetano (MTb 14.573)COORDENAçãO E EDiçãO: Cláudia MoreiraSuBEDiTOR A: karla Rúbia

REPóRTERES: Clarice godinho, Eduardo Aveiro, Mariana Pupo e Milene Ponce de Leon

ESTAgiÁR iA: Adriana Aguiar

REViSãO: Ronald FucsPROJETO gRÁF iCO E EDiTOR AçãO: Traço DesignPRODuçãO gRÁFiCA E ARTE FiNALizAçãO: Celso Mendonça

ERR ATAS: Na edição 3 da revista Sesc Brasil, na matéria “Turismo Social: uma viagem rumo ao bem-estar e à qualidade de vida” (páginas 10 e 11), o crédito das fotos é de Clóvis Tadeu (Arquivo Turismo Social do Sesc em Salvador). Na mesma matéria, no quadro “Meios de hospedagem”, o e-mail de contato para as unidades em goiás mudou para [email protected]. Também na edição 3, a competição do Circuito Sesc Corra pro hexa que servirá como homenagem à Copa das Confederações será em junho deste ano. Quando a edição foi impressa, a data ainda não estava definida.