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REVISTA SP Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo SINDLOC Ano XIX – Edição 162 - 2014 Roubos e furtos de veículos caem em SP e preço do seguro poderá baratear até 10% SEGURANÇA EM FOCO Mercado de seminovos prevê fechar 2014 com crescimento de 5% Manter cliente satisfeito custa menos do que conquistar um novo

REVISTA SINDLOC SP · mos voltar ao patamar que levamos anos para conquistar. País de dimensões continentais, de relevante destaque na América Latina e, entre os emergentes, potencial

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REVISTA

SP

Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

SINDLOCAno XIX – Edição 162 - 2014

Roubos e furtos de veículos caem em SP e preço do seguro

poderá baratear até 10%

SEGURANÇAEM FOCO

Mercado de seminovos prevê fechar 2014 com crescimento de 5%

Manter cliente satisfeito custa menos do que conquistar um novo

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REVISTA SINDLOC 3

EDITORIAL

A Revista Sindloc SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.

Presidente: Eladio Paniagua JuniorDiretor Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto LangDiretor Secretário: Paulo Miguel Jr.Consultor de Gestão: Luiz Antonio CabralConselho Fiscal: Flávio Gerdulo, Paulo Gaba Jr. e Paulo Hermas Bonilha JúniorProdução Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação: Leandro LuizeRedação: Bete Hoppe e Kátia SimõesRevisão: Júlio Yamamoto

Diagramação: Graziele Tomé - ECO Soluções em

Conteúdo - www.ecoeditorial.com.br

Jornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 -

[email protected]

Impressão: Gráfica Revelação

Tiragem: 5 mil exemplares

Circulação: distribuição eletrônica para 7 mil

leitores cadastrados

Endereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23 Telefone: (11) 3123-3131

E-mail: [email protected]É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

EXPEDIENTE

Um BRASIL MELHOR é possível,basta vontade política

No momento em que você estiver lendo esta seção, já saberemos quem vai governar o país nos próximos quatro anos. Infelizmente, a revista tem prazos a cumprir e não foi possível espe-rar o resultado das urnas. Mas nós, do Sindloc-SP, como todos os brasileiros, temos esperança de que a escolha tenha sido a melhor possível, diante das restrições. Que ele, ou ela, tenha o comprometimento e, sobretudo, a vontade política para reconduzir o país no caminho de volta ao crescimento.

O brasileiro, ao contrário do que tantos apregoam, trabalha com afinco, e muito. Merece-mos voltar ao patamar que levamos anos para conquistar. País de dimensões continentais, de relevante destaque na América Latina e, entre os emergentes, potencial mercado para investi-dores de todo o mundo: é assim que almejamos ser vistos novamente, como uma economia estável, forte e atraente para quem se dispuser a aplicar aqui seus recursos.

Regras claras, controle da inflação, boa gerência dos gastos públicos, flexibilização do câm-bio, redução das taxas de juro, desburocratização, incentivos à produção, estímulo ao crédito e investimentos em infraestrutura, saúde, transporte e educação são fundamentais para que o Brasil volte aos trilhos do crescimento e para que consumidores e empresários dos mais variados setores da indústria, comércio e serviços passem a ter confiança no país.

Não é preciso reinventar a roda. Depois da era Fernando Henrique Cardoso na Presidência, não há mistério sobre o que é preciso fazer para que o país dê certo. Basta coragem para pôr a teoria em prática.

Somos mais de 2.300 empresas no estado de São Paulo, com uma frota superior a 350 mil veículos, que criaram 200 mil vagas de trabalho, faturam mais de R$ 4 bilhões ao ano e arreca-dam tributos em torno de R$ 1,4 bilhão anuais. Somos relevantes, mas não almejamos regalias. Se o Brasil crescer, todos os setores da sociedade crescem junto, portanto não é necessária nenhuma medida protecionista.

Na condição de grande locadora paulista que somos, independentemente de quem estará ao volante do país até 2018, vamos continuar firmes na busca de mais conquistas para o setor, objetivo de todos os associados. As previsões apontam um ano difícil, de ajustes, mas depo-sitamos esperanças no Brasil em 2015, porque acreditamos no empresariado nacional. Faço minhas as palavras proferidas pelo presidente da Associação Brasileira de Leasing, Osmar Ron-colato, na 1ª Convenção Sindloc-SP: “O empresário brasileiro nunca desistiu do Brasil. Basta deixar a economia de mercado trabalhar por si só”.

Eladio Paniagua JuniorPresidente do Sindloc-SP

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4 REVISTA SINDLOC

SUMÁRIO

08 SEGURANÇAQueda de roubos e furtos de veículos em São Paulo poderá reduzir preço do seguro em 10%

12 ESTRATÉGIASaiba como a Renault alcançou índices de venda favoráveis no cenário econômico desfavorável do Brasil

ARTIGO22 Não cumprir a palavra: a praga que assola o mundo contemporâneo

MERCADO10 Vendas de seminovos continuam em crescimento e o setor espera encerrar o ano com alta de 5%

20“Apropriação indébita” poderá constar no boletim de ocorrência de carros desaparecidos na Bahia

LÍDER SETORIAL

17 GESTÃOUma reclamação resolvida com rapidez multiplica por 2,5 a chance de o cliente voltar à loja

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Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veícu-los Automotores (Anfavea), pela primeira vez no ano a produção de veículos superou as 300 mil unidades. Em setembro, foram fabricados 300,8 mil veículos no país, índice 13,7% superior ao de agosto. Segundo a entidade, o lançamento de modelos como o Ford Ka e o Volkswagen Fox contribuiu para essa reação. Contudo, quando comparada com setembro do ano passado, a produção caiu 6,7%, e, no acumulado de 2014, a queda é de 16,8% (2,38 milhões contra 2,87 milhões em 2013).

Os licenciamentos no mês de setembro também aumentaram 8,7% (296,3 mil unidades) em relação a agosto (272,5 mil). Mas, quando com-paradas ao mesmo mês do ano passado, as vendas tiveram retração de 4,4%, e, no acumulado de 2014, a queda é de 9,1% em relação a igual período de 2013. A expectativa da Anfavea é que os números positivos

Produção de carros novos cai 16,8% no acumulado até setembro

ÔNUS

INFORMAÇÕES ÚTEIS

Apesar do crescimento das vendas em setembro, as monta-doras e revendas têm 404,5 mil veículos encalhados nos pátios, 103,7 mil a mais do que foi produzido no mês - 300,8 mil unida-des. É o maior volume do ano. O estoque diminuiu um dia de agosto para setembro, mas continua alto: 41 dias.

“A retração do mercado leva ao alto estoque, e o recurso que temos é aumentar as vendas ou reduzir a produção”, analisa o presidente da Anfavea, Luiz Moan. “Hoje, utilizamos o fator pro-dução como ajuste de estoque.”

PÁTIOSEstoque de veículos 0 km diminui, mas continua alto

Alta de 2,82% em 2014

INFLAÇÃO

Thin

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-toInforme, que pesquisa o preço de peças, servi-ços, combustíveis, impostos de circulação e se-guros, a lavagem foi o item que mais encareceu em setembro, contribuindo para a alta de 0,13%, índice menor que o de agosto (0,35%), mas ainda maior no acumulado do ano, de 2,82%.

A lavagem simples e a completa ocupam as duas primeiras posições, com alta de 2,86% e de

em terceiro lugar, com aumento de 1,78% - pre-ço-base por período de duas horas. Já a queda no preço dos combustíveis foi determinante na re-

0,72% mais barata e o etanol, 0,98%.

0,5

1,38

0,43 0,350,1 0,13

-0,34 -0,53

3,5

3

2,5

2

1,5

1

0

-1

-1,5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

0,79

0,79

1,29

2,693,13

2,78

2,23 2,332,69 2,82

Evolução Acumulado

INFLAÇÃO DO CARRO - 2014

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O Art. 96 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) classifica os veículos conforme sua categoria: oficial, particular, aluguel, aprendizagem e consulares/diplomáticos. O Art. 120, § 1º da mesma lei prevê que os Detrans registrarão veículos de proprie-dade da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, de qualquer um dos poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário), com indicação ex-pressa nas portas do nome, da sigla ou do logotipo do órgão ao qual pertencem. Os veículos oficiais, além da identificação ex-terna citada, são reconhecidos pelas placas de fundo branco e com caracteres pretos.

Assim como várias empresas da inicia-tiva privada, os órgãos do poder público têm optado pela terceirização de sua frota com a modalidade de locação de veículos. Entre as vantagens que podemos elencar estão a substituição imediata de veículos danificados, a responsabilização pela ma-nutenção periódica, como revisões, itens de substituição periódica e compulsória, a regularidade da documentação e os equi-pamentos de segurança e obrigatórios, além da renovação constante da frota, o que evita o sucateamento.

É importante lembrar que nessa modalidade os veículos per-manecem registrados na categoria particular (placas de cor cin-za), pois a categoria é correspondente à condição do seu pro-prietário (locadora) e não da forma que serão utilizados.

--

do § 1º do Art. 120 do CTB, mas, por uma questão de conveniência, ou até mesmo quando da existência de legislações locais quanto ao uso de veículos locados, ou ainda quando o próprio edital de licita-

Locação de veículos oficiais

TRÂNSITO

Outros debates podem surgir, como o caso de vagas para ve-ículos oficiais ou a isenção de pedágio ou assemelhados para veículos oficiais — tais automóveis são particulares mas de uso oficial, e para esse caso não há uma resposta no fim do livro. Então, vale o bom senso!

Marcelo José Araújo Advogado e Consultor do SINDLOC/SP. Presidente da Comissão de Trânsito, Transporte e Mobilidade da OAB/PR

COLUNA

“Entre as vantagens que podemoselencar estão a substituição

imediata de veículos danificados, aresponsabilização pela manutenção

periódica, como revisões, itens desubstituição periódica e compulsória,

a regularidade da documentaçãoe os equipamentos de segurança

e obrigatórios, além da renovaçãoconstante da frota”

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SEGURANÇA

Roubos e furtos de veículos vêm caindo em São Paulo

8 REVISTA SINDLOC

Instale alarmes ou bloqueadores de partida, para inibir a ação de ladrões;

Contrate o serviço de rastreamento, para facilitar a recuperação do veículo em casos de roubo e/ou furto ou apropriação indébita;

Oriente o cliente a assumir uma postura defensiva, que mantenha os vidros fechados, evite circular por locais ermos ou perigosos, principalmente à noite, e que deixe o veículo em estacionamentos;

Incentive o condutor a dirigir com segurança e a respeitar as leis de trânsito;

Realize as manutenções periódicas da frota, conforme determinadas no manual do fabricante;

Confira atentamente a documentação do cliente antes da assinatura do contrato de locação e da entrega do veículo, a fim de evitar golpes de estelionatários;

Caso decida-se por transferir os riscos, certifique-se de que a seguradora possua as reservas necessárias para arcar com os compromissos assumidos.

BOX1: Medidas simples que ajudam a minimizar os riscos das locadoras

A redução de ocorrências nos últimos meses poderá baratear o valor do seguro em 10%

mesmo período de 2013 (141.206), conforme dados da SSP/SP, os casos vêm caindo desde março. Convém registrar que o número de ocorrên-cias vinha aumentando desde junho do ano passado, com crescimento acentuado de janeiro a março deste ano. E desde julho estamos voltan-

Segundo Neival Freitas, diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), esse resultado positivo poderá baratear até 10% o valor do seguro em São Paulo. E, se esse cenário se mantiver em 2015, há boa chance de as seguradoras reajustarem os preços ainda mais para baixo. A Lei dos Desmanches foi importante para essa redu-ção. Pela Lei Estadual nº 15.276/14, apenas empresas cadastradas no Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) podem vender peças usadas, e elas devem conter mecanismos que permitam rastrear sua origem.

FIQUE ATENTOPesquisas apontam que os carros populares são os mais visados

pelos bandidos. O Fiat Palio, líder de vendas nos últimos meses, con-forme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Au-tomotores (Fenabrave), foi também o mais roubado na cidade de São Paulo no primeiro semestre, seguido do Volkswagen Gol e do Fiat Uno. (veja os quadros 1 e 2)

No acumulado até agosto, a capital e a Grande São Paulo registraram, respectivamente, 67.862 e 36.201 roubos e furtos de veículos. No interior e litoral, a região de Campinas ocupa o topo da lista de ocorrências, com

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Roubo é o sinistro que mais preocupa as locadoras, pois põe em risco mais do que o patrimônio da empresa — o carro —, mas a vida do seu cliente. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), em cerca de metade dos latrocínios o alvo é o veículo. Quem roda por são Paulo, seja em automóvel alugado, seja próprio, sabe que o temor tem fundamento, e fechar os vidros, parar em estacionamento e redobrar a atenção ao se aproximar de farol

dos bandidos. Mas os últimos meses trouxeram boas novas para di-minuir a sensação de insegurança dos motoristas.

Apesar de o total de roubos e furtos no acumulado do ano até agosto no estado de São Paulo (151.515) ter sido maior no comparativo com o

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REVISTA SINDLOC 9REVISTA SINDLOC 9

OCORRÊNCIAS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago TOTAL

ROUBO DE VEÍCULO 9.221 8.942 8.977 8.967 8.664 7.877 7.460 7.485 67.593

FURTO DE VEÍCULO 10.265 10.255 10.771 10.932 11.122 9.861 10.068 10.648 83.922

ROUBO DE VEÍCULO 7.633 6.958 8.306 8.024 7.606 8.084 8.405 8.401 63.417

FURTO DE VEÍCULO 9.550 8.468 9.772 9.799 9.453 10.117 10.114 10.516 77.789

ROUBO DE VEÍCULO 6.429 7.117 8.281 7.884 8.386 6.847 6.760 7.243 58.947

FURTO DE VEÍCULO 8.296 8.594 10.237 9.308 9.689 8.547 9.150 9.732 73.553

2014

2013

2012

Média mensal de roubos e furtos deveículos no estado de SP

OCORRÊNCIAS 2012 2013 2014

ROUBO DE VEÍCULO 7.269 7.927 8.449

FURTO DE VEÍCULO 9.038 9.724 10.490

QUADRO 1 QUADRO 2

Veículos mais roubadosem São Paulo no primeiro

semestre

Os 10 veículos maisvendidos no Brasil no

primeiro semestre

Fiat PALIO Fiat PALIO

Volkswagen GOL Fiat STRADA

Fiat UNO Chevrolet ONIX

Volkswagen SAVEIRO Volkswagen GOL

Fiat SIENA Hyundai HB20

Volkswagen FOX Fiat SIENA

Ford CORSA Fiat UNO

Fiat FIORINO Volkswagen FOX/CROSS FOX

Chevrolet CELTA Chevrolet PRISMA

Fiat STRADA Volkswagen SAVEIRO

BOX 2: Roubos e furtos de veículos nas 10 regiões em que se divide o estado de São Paulo,

no acumulado até agosto de 2014

REGIÃO Nº DE CIDADES OCORRÊNCIAS

Campinas 38 11.388

Piracicaba 52 9.538

Ribeirão Preto 92 6.898

Santos 24 5.495

Sorocaba 78 4.923

São José dos Campos 38 4.501

Bauru 89 2.077

São José do Rio Preto 96 805

Araçatuba 43 510

Presidente Prudente 54 317

11.388 casos, enquanto a de Presidente Prudente foi a mais segura para

Os três bairros com maior índice de roubos e furtos de veículos na capital atualmente são Itaquera e São Mateus, na Zona Leste, e Ipiranga, na (Zona Sul. Já o horário mais arriscado para os motoristas é entre 20 e 23 horas — período válido para a maioria das cidades. E o dia da semana com maior registro de ocorrências é quarta-feira — varia conforme as características do lugar: nas cidades turísticas das regiões litorânea e ser-

RETER OU TRANSFERIR O RISCO DE SINISTRO?-

tar a ocorrência de todos os tipos de sinistros, tanto de roubo/furto como de qualquer outra natureza, como multas ou colisões, e os pre-juízos com eles podem ser de pequena monta ou até comprometer a

A decisão em reter ou transferir os riscos não é fácil para os empre-sários do setor. Antes de optar, é preciso fazer uma análise para deter-minar o quanto a frota está exposta e qual o impacto de eventuais sinistros no patrimônio e no caixa da empresa.

Para isso, deve-se considerar quais os tipos e os destinos mais fre-quentes das locações, se elas serão para a terceirização ou o turismo

qual o segmento em que a empresa locatária atua, a região em que o veículo vai circular e a que uso se destina. Somente depois dessa análise minuciosa, o empresário poderá decidir com maior segurança.

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10 REVISTA SINDLOC

MERCADO

Em ano de queda nas vendas de veículos 0 km,o mercado de usados vai na contramão esegue em ritmo de crescimento

Seminovos AVANÇAM

Depois de seguidas quedas de dois dígitos no ano, o setor de veículos novos registrou uma leve melhora em setembro. Segundo a Federa-ção Nacional da Distribuição de Veículos Au-tomotores (Fenabrave), no último mês foram vendidos 296 mil veículos, entre carros de pas-seio, utilitários leves, caminhões e ônibus, um crescimento de 8,8% em relação a agosto. Con-tudo, as vendas de 0 km caíram 4,4% no mês, em relação ao mesmo período do ano passado. Executivos do segmento apontam a falta de crédito e a baixa demanda como as principais causas da retração do mercado.

Enquanto o setor de novos amarga perdas, o de seminovos vai muito bem, obrigado. Nos primeiros oito meses do ano, a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) registrou a venda de 8,5 milhões de usados, o que re-presenta um aumento de 4,8% em relação ao mesmo período de 2013. “Estamos crescendo um pouco mês a mês, mas estamos apenas repondo o que perdemos no passado”, analisa

Ilídio Gonçalves dos Santos, presi-dente da Fenauto.

Em 2012, a decisão do go-verno de cortar a zero a tarifa do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veí-culos novos, como forma de so-correr as montadoras, derrubou o preço dos usados e levou muitos lojistas à ruína. Nesse período, cerca de 4.500 lojas fecharam as portas.

Para cada carro 0 km vendido atualmente, são comercializados 3,5 seminovos - já houve um tempo em que essa relação era de um para um. Um carro com um ano de uso custa de 20% a 25% menos que um veículo novo. O carro já sai da concessionária com depre-ciação de aproximadamente 10%. “O consu-midor pesquisa e percebe que, pelo preço de um carro zero, ele compra um seminovo que lhe oferece mais conforto, espaço e equipa-mentos, com pouca quilometragem, ainda na garantia e completo”, explica Ilídio.

O cenário econômico atual deixou o con-sumidor cauteloso em assumir compromis-sos pesados em momento de menor con-

das famílias. E com razão. Segundo a Federa-ção do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve mais uma queda recorde em agos-to, atingindo 107,9 pontos, o menor valor desde 2009. E a categoria na qual se inserem os veículos, a de bens duráveis, teve avaliação de 90,9 pontos, em uma escala de 0 a 200.

O que mais pesa na decisão pelo usado é

dos bancos para esses modelos, foi deter-minante para a preferência do consumidor, atento à saúde do próprio bolso.

Os descontos do IPI, que foram sendo re-tirados gradualmente, e o aumento de preço das montadoras, em razão da obrigatorieda-de de incluir airbag e freios ABS em todos os modelos, pressionaram a elevação de preços. Uma combinação que deu fôlego e contri-buiu para o crescimento paulatino do mer-

cado de seminovos. O governo sinalizou que a re-dução do IPI dura apenas até

dezembro. A volta das tarifas do IPI aos padrões normais vai encarecer o carro novo, o que acaba favorecendo o se-

tor de seminovos. Mas hoje, o que dita o mercado, segundo o presidente da Fenauto, são

os preços das montadoras. Quanto mais subir o preço do zero, mais o consumidor vai se vol-tar para o usado. “Esperamos fechar 2014 com vendas em torno de 13 milhões de seminovos

torno de 5% em relação a 2013”, prevê Ilídio Gonçalves dos Santos.

Fazer previsões para o setor de seminovos em 2015 ninguém arrisca, mas todos con-cordam que será um ano difícil, de ajustes. “Já passamos por tantos momentos difíceis que estamos preparados para nos adaptar-mos à política econômica que vier”, brinca Ilídio. “Mas sou sempre otimista, acredito que as coisas vão melhorar.”

Ilídio Gonçalves dos Santos, presidente da Fenauto

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REVISTA SINDLOC 11REVISTA SINDLOC 111

Mais importante evento do setor automobilístico brasileiro —

e um dos cinco mais relevantes do mundo, depois de Frankfurt

(Alemanha), Paris (França), Genebra (Suíça) e Detroit (Estados

Unidos) —, o 28º Salão Internacional de São Paulo deste ano

traz muitas novidades.

Mais de 40 montadoras, espaço para test drive, shows, com-

petições com pilotos da Stock Car e sorteios — um dos prê-

mios é um passeio de Ferrari. A expectativa é que 750 mil pes-

soas passem pelos 20 mil m² de ruas do Pavilhão de Exposições

do Anhembi até 9 de novembro.

O salão espera contribuir para a retomada da indústria auto-

motiva. Segundo os organizadores, em 2013 cerca de 55% dos

visitantes afirmaram que pretendiam trocar de carro nos seis

meses seguintes, o que mostra a influência da feira na decisão

de compra. “Os números demonstram que a visita ao salão aju-

da a fomentar o desejo de consumo, porque é uma experiência

que mexe com os cinco sentidos das pessoas”, analisa Paulo

Octavio Pereira, vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara

Machado, organizadora do evento. “Mais do que ver o carro

dos sonhos, o visitante se vê nele.”

SALÃO DO Automóvel 2014

MOSTRA

O maior evento privado da cidade de São Paulo traz neste ano 150 lançamentos de 41 marcas. A visita estimula os sentidos e a compra de veículos novos

Eventos paralelosEspecialistas discutem a gestão de frotas e o futuro da indústria automobilística

automotivas, o Congresso da Associação Internacional

de Administradores de Frotas de Automóveis (Aiafa) vai

reunir especialistas para discutir os temas mais atuais e as

-

liza-se no dia 30 de outubro, das 8h30 às 14h, no Auditório

Elis Regina, e as incrições são gratuitas.

“O Presente e o Futuro da Indústria Automobilística -

-

-

cias em debate estarão a popularização do carro elétrico,

as demandas digitais (driveless car) e a crescente restrição

da circulação de automóveis em grandes centros urbanos.

Até o fechamento desta edição, as Quatro Grandes brasileiras

o Classic, da Chevrolet, é quase certo, pois a marca costuma expor

toda sua linha no Salão do Automóvel. A chance de conferir o

seu lançamento, superaram as previsões da Ford. Fica a expectativa

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12 REVISTA SINDLOC

ESTRATÉGIA

A VIRADA da RenaultDesign global e oferta de serviços levam a marca francesa a ganhar mais espaço no Brasil

Entre 2003 e 2008, venderam-se mais carros no Brasil do que em toda a década de 1990. O setor representava na época 6,5% do Pro-duto Interno Bruto (PIB) do país e empregava mais de 1,5 milhão de pessoas. Mas, apesar de anos e anos de franco crescimento, co-

-ses, as montadoras no Brasil viram o faturamento cair 15%, com a diminuição da oferta de crédito. Foi justamente nesse cenário que a francesa Renault começou a decolar no país, pouco mais de uma década após a inauguração de sua primeira fábrica em solo brasilei-ro, em São José dos Pinhais, no Paraná.

A partir de então, a participação da marca nas vendas do mer-cado brasileiro saltou de 4,8% para 7%, índice que pula para 9% no segmento frotista, com mais de 65 mil veículos comercializados. No ano passado, a montadora vendeu mais de 236 mil carros, com destaque para os modelos Master, Sandero e Clio. “Hoje, o Brasil é

-do maior mercado em vendas para a montadora, atrás somente da

desempenho continua bastante positivo. Devemos fechar com 7% de share, um incremento de 0,5% em relação a 2013.”

Em setembro de 2014, a Renault manteve seu ritmo de cresci-mento e registrou um aumento de 1,2% no volume de emplaca-mentos em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o mercado como um todo caiu 4%. No acumulado do ano, a mon-tadora francesa manteve uma participação de 7%, o que representa Alexandre Oliveira, diretor de vendas Renault

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Rena

ult

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REVISTA SINDLOC 13

um avanço de 0,6% em relação a 2013. No total, a marca emplacou 168.135 veículos entre janeiro e setembro, período em que o merca-do registrou uma queda de 9%.

Entre os destaques para o bom desempenho da montadora fran-cesa estão o novo Logan, que dobrou o volume de emplacamento, e o comercial leve Master, que segue líder do segmento, além da evolução do novo Sandero.

A primeira fábrica, que iniciou a produção em 1998 e exigiu inves-timentos de US$ 1,3 bilhão, integra atualmente o chamado Com-plexo Ayrton Senna. Trata-se de uma área de 2,5 milhões de metros quadrados que reúne a fábrica de veículos de passeio, a de moto-res e a de veículos utilitários. De lá saem, entre outros modelos, o Renault Sandero, que responde por 40% das vendas gerais e para frotistas. “É um carro superespaçoso, que conta com o maior por-ta-malas da categoria e pode ser adquirido com central multimídia

Na visão do executivo, além do grande espaço interno oferecido pelos carros da Renault, a oferta de garantia total por três anos, o atendimento personalizado e o design global são alguns dos fatores responsáveis pelo bom desempenho da montadora no Brasil. Vale destacar também que o país sedia o primeiro estúdio de design da marca na América Latina (RDAL) e o Renault Tecnologia Américas (RTA), responsável pelo de-

consumidor latino-americano, com 600 engenheiros.Soma-se a esses ingredientes, ainda, o pioneirismo. A Renault abriu

o segmento de minivans no país, com o lançamento do Scénic, que

do Duster, o SUV com o maior espaço interno da categoria, e o Clio, o carro com a menor emissão de gás carbônico na atmosfera.

De acordo com o executivo, 2013 foi um ano importante para a montadora. A fábrica aumentou sua capacidade de produção de 220 mil para 320 mil veículos por ano. Paralelamente, inaugurou o novo Centro de Preparação Logística, com movimento diário de 200 caminhões e 25 contêineres, além do início das vendas dos carros elétricos Renaut no Brasil.

SINTONIA AFINADAVender bem para vender sempre. Essa é a filosofia da Renault

ao redor do mundo para o universo dos chamados clientes corporativos, categoria em que se enquadram as locadoras de automóveis. “Treinamos nossas equipes para que entendam as necessidades do frotista, para, então, desenhar uma boa parce-ria, que inclui a oferta do carro ideal com um bom custo-be-nefício, além de um design atual”, afirma o diretor de vendas. “Hoje, as locadoras representam 20% das vendas, com cresci-mento mais robusto dessa parceria nos últimos três anos. Saí-mos de um market share de 5,7% em 2010 para 8.9% em 2013.”

Entre os fatores que impulsionaram esse grande crescimen-to figuram a inclusão de tecnologia midianave nos veículos de saída, melhoria no desempenho do modelo Clio, considerado hoje o carro mais econômico do Brasil, segundo o Instituto Na-cional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), e o baixo gasto com manutenção. Mas, sem dúvida, foi o lança-mento do Renaut Pro+, em 2012, que colaborou muito para essa mudança. Trata-se de uma rede de atendimento exclusiva para clientes profissionais.

Com o conceito One Stop Shop, o Renault Pro+ reúne em um único ponto todos os produtos e serviços. São 52 unidades instaladas nas capitais e cidades de grande porte, cobrindo 86% das áreas em que as frotas mais atuam. As unidades contam com atendimento prioritário a táxis e frotas, equipe de vendas e pós-vendas dedicada aos clientes profissionais, resposta co-mercial de veículos transformados em até 48 horas, gama com-pleta de produtos disponíveis, inclusive acessórios, reparação e revisão de veículos de até 5 toneladas ou veículos carregados e test drive de todos os produtos.

“A última novidade para esse público é o lançamento do Pro-grama de Manutenção, com preço único em todo o país, que pode ser programado e pago antecipadamente”, revela Olivei-ra. “A proposta é facilitar ainda mais a vida das locadoras que têm carro operando em várias regiões do Brasil.”

CRITÉRIOS 2010 2011 2012 2013 2014 (até setembro)

Mercado total 3.328.598 3.425.468 3.635.030 3.576.116 2.404.189

Venda Renault Total 160.297 194.295 241.608 236.346 168.162

Market share Renaut Total 4,82% 5,67% 6,65% 6,61% 7%

Volume do mercado frotista 745.526 902.441 888.921 885.524 672.064

Volume do mercado Renaut frotista 42.714 57.425 66.367 78.819 65.199

Market share Renaut frotista 5,73% 6,36% 7,47 8,90% 9,70%

Volume VU 66.773 85.049 70.017 70.652 51.228

Market share Master 18,2% 18,4% 24,4% 26% 35,6%

% vendas locadas nas vendas a empresas (DVE) 5,7% 7,3% 15,2% 20,1% 30,1%

Fonte: Renault do Brasil

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TECNOLOGIAO novo Ka traz opcionais exclusivos no

segmento, como controle eletrônico de esta-bilidade e tração (AdvanceTrac), assistente de partida em rampas (HLA) e sistema de conec-tividade SYNC Media System, com comando

-sistência de Emergência e o sistema AppLink para acesso a aplicativos do celular.

Desenvolvido em parceria com a Micro-soft, o SYNC permite que o motorista se conecte mantendo sempre as mãos no vo-lante e os olhos na pista. Em caso de acidente com acionamento dos airbags ou o corte de combustível, o sistema liga automaticamen-te para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192 (Samu). “Os novos Ka e Ka+ trazem tudo o que o consumidor do seg-mento realmente valoriza e quer, com uma

-

diretor de vendas e marketing da Ford.Segundo a Ford, a linha novo Ka tem a ces-

ta de peças mais barata, um custo de revisão atraente e é a única com três anos de garantia e três anos de Ford Assistance, serviço de as-sistência 24 horas em caso de pane do veículo.

POTÊNCIA E ECONOMIAO novo modelo tem motor Ford 1.0 Ti-

VCT, de 3 cilindros, e gera, com etanol, 85

giros, e seu consumo é de 8,9 km/l na cida-de e 10,4 km/l na estrada; e, com gasolina,

Ford Ka chega para SER LÍDER

Com apenas um mês de vida, o novo Ka mostrou que veio para brigar pela lide-rança no segmento. O modelo emplacou

mais vendidos em setembro, segundo da-dos da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No primeiro semestre, as vendas diretas de todos os modelos da Ford representaram 24%, e a participação das locadoras nessas vendas foi de 30%.

-rou o ritmo de produção do modelo, nas versões hatch e sedã (Ka+), na expectativa de conquistar ainda mais espaço entre os compactos. Agora, toda a linha Ford no

com o objetivo de alçar a marca a um novo patamar de mercado.

Direção, vidros dianteiros e travas elé-tricas com controle remoto; ar-condicio-

My Connection Gen.3 com My Ford Dock; airbagdistribuição eletrônica de frenagem e con-

do Ka 1.0 parte de R$ 35.390 e o do Ka+, R$ 37.890.

Div

ulga

ção/

Ford

LANÇAMENTO

Totalmente reformulado,o novo modelotraz tecnologia inédita no Brasil, que vai pedirsocorro em caso de acidente

a 3.500 giros, e o consumo é de 13 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada. O duplo co-

-

por cilindro, e o sistema de arrefecimento -

O câmbio de escalonamento amplo (wide ratio), que permite o aproveitamento da curva de torque otimizada do motor e garante bom desempenho em todas as fai-xas de rotação, a direção elétrica, que não utiliza bomba de óleo, os pneus de baixa re-sistência ao rolamento, o ventilador do mo-tor com baixas perdas, o ar-condicionado e o alternador de alto rendimento ajudam a economizar combustível.

BELEZA E CONFORTO

trilhos longos, acomodam motoristas de diversas estaturas. Os 21 porta-objetos in-cluem compartimento para celular, porta-copos e latas, tomada de força e entrada

bancos dianteiros, espaço para garrafas nas

para pequenos objetos na lateral do painel, que só pode ser acessado com a porta do motorista aberta. O porta-malas, com aber-tura elétrica de série, é acionado pelo con-trole remoto da chave ou botão no painel, acomoda 257 litros (no sedã, 445 litros) e possui ganchos laterais para sacolas.

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REVISTA SINDLOC 17

Manter o bom relacionamento custa menos do que conquistar um novo cliente Th

inks

tock

ximadamente 10 amigos. E em cada 100 clientes insatisfeitos, somente 4 vão comunicar o problema ao fornecedor. O alemão

a ausência de queixas é um dos sinais mais claros de que o rela--

apenas 37% dos consumidores que não reclamam dispõem-se a usar o serviço de novo.

Para reconquistar o cliente, é preciso coragem para encarar o mo-

reconquista é apenas uma questão de tempo.”

APRENDER COM OS ERROSGustavo Paulilo, especialista em CRM (Customer Relationship

Management), diz que é preciso descobrir por que o cliente desistiu

da empresa, aprender com o erro e garantir que o problema não

volte a se repetir.

Segundo ele, toda empresa tende a alegar que perdeu o cliente por

causa de preço. Existem outros

fatores anteriores ao preço e

mais importantes que fazem

com que ele busque outro for-

necedor, como descaso, falta de

atenção, não entregar o prome-

tido. Os passos seguintes são

aprender com o erro e garantir

que ele jamais volte a ocorrer.

de um cliente que foi embora se

GESTÃO

Como recuperar clientes

cerca de cinco vezes mais do que mantê-lo, pois exige investir em ações e esforços para lidar com a concorrência. Um consumidor

-pacta positivamente cinco.

Grande ou pequeno, em todo negócio que depende do contato

é possível agradar 100% os clientes, e os motivos são diversos, o que inclui um assunto sério ou simplesmente mau humor.

-

-

Segundo Maria Luisa Zülzke, consultora e diretora da M.L. Zül-zke Interação Empresa/Cliente, uma reclamação resolvida com ra-pidez multiplica por 2,5 a chance de o cliente voltar a usar o servi-ço ou comprar o produto. Pesquisa do Instituto Tarp, dos Estados Unidos, aponta que 70% dos consumidores dispõem-se a voltar à loja quando a reclamação é resolvida, e sobe para 95% quando é resolvida rapidamente. Se o problema for solucionado no primei-ro contato, 50% vão recomendar o serviço; se for na segunda vez, cai para 30%, e com três contatos, o índice despenca para 15%.

Raul Corrêa da Silva aponta quatro pontos que devem nortear o

transparência e ousadia. A conversa é a base para resolver qualquer -

ções imediatas e comprometer-se a sanar o problema e tomar todas as medidas para que nunca mais volte a ocorrer”, analisa.

Outra pesquisa americana, da consultoria Quest Quality, esti-ma que apenas um em cada dez clientes que tiveram problemas

-Raul Corrêa da Silva, presidente da consultoria BDO

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-

pleiteando esse direito.

A decisão pode ser vista como o primeiro passo na consolida-

ção do entendimento de que o ICMS não deve ser considerado

parte do faturamento das empresas. Contudo, como a composi-

ção do STF mudou consideravelmente desde o início desse julga-

adotado na Ação Declaratória de Constitucionalidade e no Recur-

so Extraordinário com repercussão geral citados anteriormente,

recursos cujas decisões serão extensíveis a todos os contribuintes.

Em 8 de outubro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF)

O julgamento desse recurso iniciou-se em 1999, sendo que o

processo estava parado desde a proposição, pela Advocacia-Geral

da União (AGU), em 2007, da Ação Declaratória de Constituciona-

lidade nº 18. Anteriormente à proposição dessa ação, o julgamen-

to do RE n° 240.785 era amplamente favorável à tese do

contribuinte de que o ICMS não deve ser incluído na base

A AGU tentou, mais uma vez, adiar o julgamento des-

se caso, sob o argumento de que os autos deveriam ser

julgados junto com dois outros processos que discorrem

sobre o mesmo tema, a Ação Declaratória de Constitu-

cionalidade citada anteriormente e o Recurso Extraordi-

nário n° 574.706, cuja repercussão geral foi reconhecida.

Entretanto, os ministros do STF consideraram que,

como sete ministros já se haviam pronunciado sobre a

questão nos autos do RE n° 240.785, este caso deveria ter

preferência sobre os demais, ainda que ele produza efeitos

apenas entre as partes envolvidas.

O ministro Gilmar Mendes, o primeiro a votar na sessão, posi-

cionou-se pela validade da inclusão do ICMS na base de cálculo

inclusão e eventual decisão favorável aos contribuintes poderia

-

nistro Celso de Mello seguiu a maioria e decidiu pela inconstitu-

Dessa forma, o tribunal, por maioria, deu provimento ao recurso

interposto pela empresa Auto Americano Distribuidor de Peças e

determinou que o ICMS não compõe o faturamento da empresa,

Cabe ressaltar que, como esse processo não teve a repercussão

geral reconhecida, motivo pelo qual produz efeitos apenas entre

O Supremo decide pela não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS/Cofins

JURÍDICA

COLUNA

Fernando Souza de ManDoutor em Direito Tributário pela Universidade de Maastricht, na Holanda, e Coordenador da Área Tributária do Escritório Queiroz e Lautenschläger Advogados

provimento ao recurso interposto pela empresa Auto Americano

Distribuidor de Peças e determinou que o ICMS não compõe o

faturamento da empresa, não devendo, portanto, ser incluído na

base de cálculo da Cofins”

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20 REVISTA SINDLOC

LÍDER SETORIAL

Efeito dominóA Bahia deverá ser o primeiro estado a permitir que se registre a denominação “apropriação indébita” no boletim de ocorrência de carros desaparecidos, o que facilita a vida das locadoras de automóveis

Qual é o perfil do mercado de locação na Bahia e região?Com certeza bem diferente do Sul e do Sudeste. A diferença

está no poder aquisitivo das regiões. O Brasil é pobre e o Nordes-te, miserável. A Bahia está nesse contexto. Trabalhamos em um mercado menor, que vive mais do turismo na alta temporada e, em poucos dias do ano, usufrui da parcela do turismo de negó-cios. Hoje, a Bahia conta com 230 locadoras de veículos, a frota supera os 18.500 carros e o faturamento anual alcançou mais de R$ 180 milhões, em 2013, com mais de 9 mil empregos gerados.

E em relação à terceirização de frotas?Diferentemente das demais regiões do país, também essa

operação fica por conta das grandes locadoras. As de peque-no porte ficam com uma parcela muito pequena desse merca-do. Falta ainda aculturar as empresas locais sobre os benefícios da terceirização de frotas. A maioria divide a operação entre 1/3 turismo, 1/3 terceirização e 1/3 pessoa jurídica.

De maneira geral, como o senhor vê o mercado de locação de veículos no Brasil?

A cultura do aluguel de carro ainda não está enraizada no dia a dia do brasileiro. O mercado tem muito a crescer, sobretudo fora do eixo Sul-Sudeste. O carro reserva, por exemplo, é pouco utilizado. Falta cultura de locação de frota e cultura ao turista para aproveitar as possibilidades que o aluguel de um carro podem lhe oferecer em um destino turístico. Além da falta de cultura, enfrentamos o aumento da inflação. Hoje, a economia está descendo a ladeira, o que impacta diretamente no setor.

Qual o impacto da Copa do Mundo no mercado de loca-doras da Bahia e região?

A expectativa foi maior do que a realidade. A maioria das 190 locadoras locais preparou sua mão de obra para atender

ao fluxo de turistas, mas o número de locações ficou abaixo das expectativas.

E as eleições?Política sem carro é difícil, não acontece, principalmente

aqui no Nordeste. Se um não trabalha com esse filão, o outro trabalha. Não é um ramo confiável, mas anos de eleições são sempre positivos.

Quais são os principais diferenciais do mercado baiano de locação?

Quem não é o maior, tem de ser o melhor. Se a nossa ma-téria-prima de trabalho vem das mesmas fontes das demais regiões do país, nosso diferencial se concentra no serviço, no atendimento, na oferta ao cliente de favores e mimos que os demais não oferecem, como entregar o carro no destino que o cliente deseja. Trata-se de um mercado muito competitivo, se não for assim, não anda.

Com relação à questão da apropriação indébita, a Bahia deve ditar as regras para o resto do Brasil?

Em reunião no Departamento de Crimes Contra o Patrimô-nio (DCCP), com a delegada Emilia Blanco, entregamos um documento com sugestões sobre os sistemas hoje existentes para o controle de roubos e furtos de automóveis, que são administrados pelo Detran (Departamento Estadual de Trân-sito) de cada estado, com apoio do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). As sugestões foram muito bem rece-bidas pela polícia civil baiana. Creio que serão extremamente úteis para as autoridades responsáveis avaliarem a publicação de uma nova portaria a respeito. A Bahia tem, agora, a respon-sabilidade real de sair na frente em relação ao combate mais incisivo da apropriação indébita.

Em entrevista à Revista do Sindloc-SP, Alberto Faria, empresário do setor de locação de automóveis da Bahia,

neste ano. Na avaliação dele, a medida facilitará muito a detenção do veículo tomado na locadora, que hoje não consegue sequer receber o seguro em situações como essa.

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ARTIGO

Tenho recebido dezenas de mensagens de pessoas que re-

clamam do desaparecimento da virtude de cumprir a palavra.

O que mais me chama a atenção nessas mensagens é que a

maioria delas é de jovens, com menos de

35 anos. Digo isso porque dissemina-se a

ideia de que cumprir a palavra é coisa do

passado ou de pessoas mais velhas.

É realmente incrível como muitos não

cumprem a palavra. Dizer ou não dizer, pro-

meter ou não prometer parece ser a mesma

coisa. E a consequência do desaparecimen-

to dessa pequena virtude é que todos per-

dem. Perde quem deu a palavra e não cum-

priu, pois sua credibilidade foi para o ralo.

Ninguém mais em sã consciência acreditará

em qualquer coisa que essa pessoa diga ou

prometa. Perde, obviamente, a vítima do

não cumprimento, que foi enganada, acre-

ditando na palavra de alguém.

Não se cumpre mais horário nem prazo,

nem mesmo pequenas coisas de pouco

valor. Dar retorno é quase um milagre. As

pessoas prometem retornar uma ligação ou uma solicitação de

informação e simplesmente desaparecem.

Sem falar nos negócios. As mensagens que recebo contam his-

torias incríveis de vendedores que prometeram e não cumpriram,

enganaram; e até de clientes que prometeram um determinado

pagamento e depois disseram não ter prometido. Pequenos gol-

pes parecem ser absolutamente a regra. Comprometer-se a de-

positar seu dinheiro amanhã, e não depositar; mudar cláusulas

de uma negociação; fazer medições fraudulentas etc.

Um respeitado advogado me disse que, hoje, nem mesmo

contratos assinados são cumpridos totalmente, o que sobre-

carrega a Justiça. Parece que ninguém mais cumpre a palavra,

disse-me um juiz de direito com inúmeras causas com esse teor.

Cumprir a palavra

Luiz Marins (www.marins.com.br)Antropólogo e escritor

Conversei sobre os possíveis motivos dessa praga que está

assolando o mundo atual com vários profissionais do compor-

tamento humano, e poucos conseguiram me responder.

Será que realmente cumprir a palavra caiu de moda? Como

viver em um mundo onde a desconfiança é a regra? Como convi-

ver com uma realidade em que o que as pessoas falam e prome-

tem nem sempre será a verdade? Será que não estamos dando

um tiro nos próprios pés e, assim, todos nós estamos perdendo?

Pense nisso!

“Como conviver com uma realidade em que o que as pessoas falam eprometem nem sempre

será a verdade? Será quenão estamos dando um

tiro nos próprios pés e, assim, todos nós estamos

perdendo?”

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