16
A dinâmica do contraste Técnicas visuais Gestalt LINGUAGEM VISUAL Junho | 2014.01

Revista sobre as aulas 2

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Revista sobre as aulas 2

A dinâmica do contraste

Técnicas visuais

Gestalt

LINGUAGEM VISUAL

Junh

o | 2

014.

01

Page 2: Revista sobre as aulas 2
Page 3: Revista sobre as aulas 2

Editorial

Criação de uma revista.

A revista foi desenvolvida para o segmento de Design

Gráfico. Seu conteúdo, foi gerado e baseado nas aulas

apresentadas durante o presente período.

(As fotos foram pegas na internet e sendo usadas apenas

para fins acadêmicos.)

Diretoria Heloisa Berenger | Marcos Bolças

Capa “Abstratação“

Fotos Internet

Concepção Sintaxe Da Linguagem Visual - Donis A. Dondis

Diagramação Juliana Furtado e Julia Furtado

________________________________________________________

O presente trabalho foi elaborado únco e exclusivamnte

para obtenção de nota para a segunda avaliação do pri-

meiro semestre de 2014.01.

Page 4: Revista sobre as aulas 2

SUMÁRIO

Anatomia da mensagem visual

Introdução

A dinâmica do contraste

Técnicas visuais

Gestalt

Page 5: Revista sobre as aulas 2
Page 6: Revista sobre as aulas 2

LINGUAGEM VISUAL | 2014.01 | 11

A comunicação é uma necessidade comum a todos os tipos de seres. Independente da forma de linguagem

cada espécie precisou desenvolver seu meio de entendimento para que pudesse ocorrer a convivência entre eles.

Na espécie humana, a capacidade de pensar foi primordial para que a comunicação pudesse evoluir junto com o

pensamento humano. A reflexão, as ideias e as descobertas deram ao homem a possibilidade de aprimorar seu con-

hecimento e explorar de forma criativa a própria inteligência.

Toda forma de linguagem se originou dessa necessidade de se comunicar e estas formas se desenvolveram ao

longo da evolução do pensamento. O campo das artes é o melhor exemplo de linguagem visual, pois abrange uma

área bastante expansiva que vai desde um gesto até o cinema. Enquanto o campo da filosofia seria o responsável

pela linguagem verbal. Estes dois tipos de linguagem possuem uma relação de dependência quando se trata de

definições universais. Uma imagem de um objeto nos é apresentado, só saberemos o que ele significa se soubermos

a sua definição: sabemos que uma cadeira se chama assim porque desde crianças fomos condicionados a acreditar

que este era seu “nome”, este é um exemplo da correlação entre a linguagem visual e a linguagem verbal. Entretan-

to, esses tipos de linguagem não se limitam apenas a definições.

Tanto a linguagem visual quanto a linguagem verbal são formas de expressar o pensamento. A diferença

entre elas deve-se ao fato de que a linguagem visual é mais subjetiva enquanto a linguagem verbal tende a ser

mais objetiva.

A comunicação visual é um conjunto de ideias que podem ser convertidas em imagens através de elementos

como linha, cor, espaço, etc. É uma área individual e abre espaço para diversos pontos de vista, ou seja, é pos-

sível obter mais de um significado de um mesmo elemento. Como por exemplo pessoas contemplando o mesmo

quadro em uma exposição, cada uma delas terá uma ideia diferente sobre o que estão observando, embora algumas

possam ter sensações semelhantes, é quase improvável que sejam exatamente iguais. Isso se deve ao fato de as

pessoas serem diferentes e suas emoções vão depender de suas experiências de vida. A linguagem visual abrange

tudo aquilo que pode ser observado, inclusive um olhar pode ser uma forma de comunicação. A linguagem visual

relaciona o campo das sensações com o campo das ideias e transforma uma mensagem em imagem com o objetivo

de estimular no observador um sentimento ou um pensamento. Desta forma, é estabelecida uma comunicação uti-

lizando símbolos para criar uma linguagem alternativa. Um dos fatores mais importantes da linguagem visual está

diretamente relacionado a facilidade de compreensão entre indivíduos quando a comunicação é falha, como por

exemplo pessoas de diferentes culturas que precisam se comunicar entre si utilizam meios para que seja possível

haver entendimento na mensagem que quer ser passada.

Entretanto, a linguagem visual não se limita apenas em comunicação entre pessoas, ela serve também para a

disseminação de conceitos, para absorver conhecimentos e pode contribuir para a conscientização dos indivíduos.

Linguagem Visual

Page 7: Revista sobre as aulas 2
Page 8: Revista sobre as aulas 2

LINGUAGEM VISUAL | 2014.01 | 15

REpRESENtACIONAL

Reconhecimento de objetos, formas, personalidades do

mundo real. Quando conseguimos nomear o que vemos.

Representando imagens concretas.

SIMbóLICO

Informação prévia do leitor visual que é “chamada” pelo

reconhecimento da representação, conceitos, ideias e

sensações associadas à representação. Quando designa-

das de significados criados pelo homem.

AbStRAtO

Informações de sensações de percepção que vêm da

composição dos elementos visuais: ponto, linha, for-

ma, cor, direção, tonalidae, escala, textura, movimento,

dimensão. Ou seja, o estudo das técnicas visuais co-

mosição com significação. Quando simplificada da reali-

dade, quando a composição de uma imagem estiver com

um mínimo de informação.

Anatomia da mensagem visual Na comunicação visual a imagem é representada em três níveis de linguagem.

Page 9: Revista sobre as aulas 2
Page 10: Revista sobre as aulas 2

LINGUAGEM VISUAL | 2014.01 | 19

Ao se projetar a mensagem visual definimos a organização dos elementos visuais básicos na composição da peça gráfica. É nesta organização que se incorpora, na própria visualidade, o conteúdo que se quer transmitir. É na OPOSIÇÃO que compreendemos melhor certas informações.

Como classificar e compreender o sabor doce sem a oposição do salgado? O liso sem se contrapor ao áspero? O Frio ao quente?

Ao trazermos para uma mesma composição antagonismos usamos uma técnica que explicita significações pelo uso do CONtRAStE.

O CONTRASTE é o aguçador de todo significado; É o definidor básico das ideias.

DIREÇÃO - Sensaçõe de verticalidade

pelo contraste de direção.LINHA - Sinuosidade e transição de

grosso-fino

tONALIDADE - Atração trazida pelo

contraste tonal da parede laranja com

o quadro ao centro.

DIMENSÃO - Conseguimos enxergar

detalhes em um objeto pequeno.

ESCALA - Quase que uma compração

de tamanho entre dois objetos.FORMA - A geometria e organização

da composição.

COR - Na composição , a diferença de

tons de pele, se contrastam quando

uma se encontra com a outra.

A dinamica do contrasteDentre todas as técnicas visuais, essa é a mais importante para uma mensagem visual.

Page 11: Revista sobre as aulas 2
Page 12: Revista sobre as aulas 2

LINGUAGEM VISUAL | 2014.01 | 23

As técnicas visuais são variedades de elementos que irão ser utilizados para exprimir um pensamento, ou seja, são estratégias para a comunicação visual. Neste campo, o conteúdo da mensagem está diretamente associado à forma como ela será apresentada. Quando um pensa-mento é convertido em um elemento visual, o objetivo é fazer com que o observador atinja o significado que o criador o pretendia passar. O entendimento se encontra tanto no observador quanto na criação.

Os elementos que compõem as técnicas de expressão visual são essenciais para organizar o modo como uma ideia será expressa.

Entretanto, em composições que utilizam mais de uma técnica, é necessário estabelecer um ponto definido e destacado senão a informação poderá se tornar ambígua e ineficiente ao seu objetivo.

EQUILÍbRIO INStAbILIDADE

Pode ser simétrico: A presença de um

eixo que divide o elemento ao meio,

ou seja, em partes iguais.

A instabilidade é uma forma visual in-

quietante e provocadora. Foco maior

em uma determinada área, causando

o desequilíbrio.

Também pode ser assimétrico: Pos-

suir um ponto de equilíbrio, mas as

suas demais composições podem sof-

rer variações de posições.

Técnicas VisuaisUm dos exemplos das mais variadas e principais técnicas antagônicas que caracterizam esse processo, é o equilíbrio x instabilidade.

Page 13: Revista sobre as aulas 2
Page 14: Revista sobre as aulas 2

LINGUAGEM VISUAL | 2014.01 | 27 26 | LINGUAGEM VISUAL | 2014.01

Na ilusão de ótica, percebemos que o que vemos é

convertido de forma diferente em nosso cérebro, des-

ta forma percebemos a imagem de forma diferente da

realidade. Além disso, essa teoria mostra como as per-

cepções visuais humanas ocorrem de forma completa

e não isolada, o olho humano enxerga elementos in-

teiros antes de perceber as suas partes.

“No exemplo da imagem, “ilusão de ótica”, constat-

amos facilmente que o que se processa no cérebro é

diferente do que se processa na retina. Esta “exitação

cerebral” toma o todo com muito mais importância do

que as partes isoladas. A hipótese da gestalt para ex-

plicar esta orígem integradora é a de que “o sistema

nervoso central deve possuir um dinamismo auto re-

gula- dor que, a procura de estabilidade, organiza as

formas em todos coerentes e unificados.””

Ou seja, ao observarmos imagens incompletas nos-

sa mente tende a preencher as informações que estão

faltando e isso ocorre pelo fato de o nosso cérebro es-

tar acostumado a procurar soluções para problemas, é

um processo natural proporcionado pelo nosso siste-

ma nervoso que nos faz procurar a estabilidade em

cada imagem que observamos.

Portanto, são inúmeros os fatores que podem in-

fluenciar a visão humana, as condições da luz, a for-

ma como o cérebro se organiza, entre outros. Para que

seja possível obter percepção da imagem no Gestalt,

é necessário que haja o destaque entre as unidades

que deverão ser feitas através do contrastes que lhe

serão atribuídos, tais como as forças de segregação

que serão responsáveis por promover a desigualdade e

as forças de unificação, que farão o oposto, igualando

elementos. Desta forma, a Gestalt possui leis básicas

para que o entendimento da imagem a ser criada não

tenha obstáculos e não haja confusão no campo visual.

A palavra Gestalt se originou na Alemanha, entre 1910 e 1912, e sua tradução se aproxima de “forma total”. A palavra foi escolhida para explicar o pensamento que esta teoria defende: “O todo é mais do que a simples soma de suas partes”, ou seja, a psicologia Gestalt afirma que o objeto criado a partir da união de outros elementos é um objeto novo, não simplesmente a soma de tais elementos. A teoria foi fundada por Marx Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler e eles basearam seus estudos com relação à percepção.

GestaltE suas leis básicas são:

Gestalt é uma teoria que faz parte da psicologia e estuda a forma como o ser humano percebe as coisas em seu redor, a percepção ocorre sob estímulo do meio e a resposta do indivíduo.

Ilusão de Ótica

SEMELHANÇADe acordo com esta lei, o homem tende a agrupar objetos de acordo com suas

semelhanças.

CONtINUIDADEA lei da continuidade afirma que pontos que estão ligados por uma forma, seja

reta ou curva, são vistos como uma imagem única. Os pontos, linhas e ângulos

não são observados, apenas a imagem inteira.

FECHAMENtOA lei define que elementos agrupados parecem formar uma imagem e esta

imagem é vista por nós, mesmo que não haja de fato uma imagem composta,

apenas sua forma.

pROXIMIDADEEsta lei diz que um objeto será agrupado de acordo com o grau de proximidade

que existe entre ele e outros objetos e quanto menor a distância entre eles, mais

unidos parecerão.

UNIFICAÇÃODe acordo com essa lei, a mente humana tende a preencher os espaços vazios

de forma involuntária e sendo assim o contraste entre o fundo e a figura é o

responsável pela imagem a ser apresentada e percebida pelo indivíduo.

pREGNÂNCIAEssa lei defende que a simplicidade da composição facilita o entendimento,

ou seja, quanto mais simples e clara for a forma, mais rápida essa imagem

será assimilada.

O que vemos:O que vemos:

Page 15: Revista sobre as aulas 2
Page 16: Revista sobre as aulas 2