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Técnica, Agricultura, diversão
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Mudar é um verbo interessante, mas preferimos evoluir. Transformar o que já é bom em melhor ainda, fazendo mais e melhor. Pensando assim, realizamos pequenas mudanças, porém, mantendo a mesma proposta da revista – de ser sempre o mais fidedignamente possível um porta-voz da agricultura, refletindo as movimentações do mercado, os avanços da pesquisa, a evolução tecnológica e os anseios do setor.Mas nossa preocupação em Fazer Mais pela Conectividade dos leitores nos levou a identificar alguns assuntos interessantes para ingressarem na revista, e assim foram criadas mais três colunas, que apresentamos nesta edição: Grão Brasil, para contar um pouco a história das revendas; Praça das Viagens, voltada ao turismo agrícola; e Praça da Cultura, aberta a todos que também queiram compartilhar seus gostos e prazeres. Esperamos que apreciem nossas novidades e participem. Afinal, boas idéias são para ser compartilhadas!
F M Cazer ais pela onectividade
37 Seja bem-vindo!
Ponto de Partida A nova aquarela do Brasil18
A equação perfeita05Praçados Insetos
Uma rede de eficiênciaEncontro Marcado 28
e x p e d i e n t e
Ano 4 - nº 7julho2008
RedaçãoAlfapress Comunicações Ltda.
Jornalista ResponsávelInês Costa - MTb 28.685 [email protected] Fone (19) 3232-0050
Direção de Arte e Projeto GráficoVIA B ComunicaçãoFone (19) 3295-5466
Foto de capa
RevisãoMarília Cotomacci
Fotolito e ImpressãoMargraf
Tiragem2.500 exemplares
Photo.com
FMC Square é uma publicação semestral da área de Marketing da FMC Agricultural Products Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 1501º andar - 13091-611 - Campinas - SP(19) 3735-4400 - www.fmcagricola.com.br
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Por falta de espaço não publicamos as referências bibliográficas citadas pelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados podem solicitá-las à redação por e-mail: [email protected]
FMC Agricultural Products
Diretor Presidente América Latina
Antonio Carlos Zem
Diretor Comercial, Marketing &
DesenvolvimentoVicente Gôngora
Time de Marketing e P&DAdner Pozzobon Bruno FrossardCarlos Fabri Gustavo Canato Leandro Garcia Luiz Diego SilveiraLuiz Felipe Thomaz Marcus Brites
Coordenadora de ComunicaçãoFernanda Teixeira
Maria Paula LuporiniPaulo QueirozRenato Nivoloni Ricardo Werlang Santiago Bosch Cabral
13 Jogada de mestre
30Entre Amigos O melhor dos sons
Banco de Craques 35 Com garra e fé
su
má
ri
o
As aparências enganam09Praça dasPlantas Daninhas
Tradição e modernidade na medida certa26Grão Brasil
32 Rio Verde - Cenário perfeito do desenvolvimento agrícola
Praça das Viagens
Praça da Cultura
aros amigos,C
CA
RT
A
AO
L
EI
TO
R
Zem em recente premiação feita pela ABMR&A
(Associação Brasileira de Marketing Rural &
Agronegócio), que destacou a FMC por sua atuação
ética no mercado rural e do agronegócio e o elegeu
como o Profissional do Período 2007/2008É com grande orgulho que apresentamos nesta edição a nova
campanha publicitária institucional da FMC, veiculada em revistas
e jornais de todo o país, como muitos já devem ter tido a
oportunidade de ver.
Não por acaso lançamos a campanha neste momento que
representa um marco para a companhia. Acabamos de romper a
barreira dos US$ 350 milhões anuais, diga-se de passagem, num
mercado cíclico – de altos e baixos – , no qual, todavia, vimos
conseguindo nos manter em destaque, comprovando a forte
vocação agrícola de uma empresa que fez história na agricultura
brasileira nos 35 anos em que está presente no país.
A campanha procura demonstrar exatamente isso. Nossa
trajetória e nosso jeito de ser e de fazer as coisas, diferenciando-
nos por sermos ágeis e dinâmicos – uma empresa focada em ouvir
e se antecipar às necessidades dos clientes e no resultado dos
negócios, com especial atenção aos aspectos social e ambiental.
Que busca se destacar por meio de investimentos em pesquisa,
novas tecnologias e segurança, mas, principalmente, em pessoas
motivadas e predispostas a inovar e se superar.
Tudo isso foi traduzido em poucas palavras, ou melhor, em três
letras: FMC, uma sigla que, ao longo dos anos, se tornou
sinônimo de excelência. Por isso, de uma maneira
muito feliz, pudemos fazer essa associação dos
nossos princípios ao nome da companhia,
buscando significado para aquilo que somos:
uma empresa que está Fazendo Mais pelo
Campo, pelo cliente, pelo controle, pelas
culturas foco da nossa atuação, pelos
colaboradores, pelo conhecimento...
Muito mais do que simples palavras, esse é
o valor da nossa equipe e uma realidade
dentro da FMC, que sabe que ainda há
muito mais para se fazer. Estou certo de
que um belo futuro nos espera, com a
firme crença de que o mercado – que se
encontra num momento eufórico – irá
crescer. E nós, ainda mais!
Certamente teremos riscos e
oportunidades e o balanço será
claramente favorável ao nosso
negócio. Somos muito bons e
podemos ser melhores.
Antonio Carlos ZemDiretor Presidente América Latina
Foto
: D
ivulg
ação
4
SQ
UA
RE
FMC
os sistemas de produção agrícola, o manejo das “pragas” é um componente
importante para o sucesso do negócio. A constante dinâmica das populações de
insetos e ácaros nas lavouras propicia a presença das “pragas agrícolas” (insetos Ne ácaros com potencial de ocasionar danos econômicos para a cultura) e dos
denominados “inimigos naturais” (insetos e aracnídeos com o potencial de redução
populacional das “pragas”), sendo as populações destes influenciadas por diferentes
fatores, como a geografia, topografia, condições climáticas (temperatura, umidade,
luminosidade, precipitação e ventos) e manejos adotados na cultura (época de plantio,
espaçamento, adubação, tratos culturais, defensivos utilizados). Os manejos mais viáveis
envolvem a utilização de alguns conceitos que têm por objetivo a racionalização de
recursos e energia e a menor agressão ao ambiente e aos “inimigos naturais”.
Considerando esta questão, foi encontrada a equação perfeita com o desenvolvimento do
conceito de Manejo Integrado de Pragas (MIP), sistema que “no contexto associa o
ambiente e a dinâmica populacional da espécie, utiliza todas as técnicas apropriadas e
métodos de forma tão compatível quanto possível e mantém a população da praga em
níveis abaixo daqueles capazes de causar dano econômico” (FAO).
Os fundamentos, tanto do Controle Integrado como do Manejo Integrado de Pragas,
baseiam-se em quatro conceitos: na exploração do controle pelos “inimigos naturais”, na
observação dos níveis de tolerância das plantas aos danos causados pelas pragas, no
monitoramento das populações para tomadas de decisão e na biologia e ecologia da
cultura e de suas pragas.
Outro ponto importante quanto à população de “pragas” é sua elevada habilidade de se
adaptar a diferentes agentes de controle. Uma das formas de adaptação é o surgimento
da resistência dos insetos e ácaros aos inseticidas e acaricidas, respectivamente. O
manejo da resistência envolve um esforço interdisciplinar com o objetivo de prevenir,
retardar ou reverter a evolução da resistência a “pragas”.
Por Ricardo Werlang
A equaçãoperfeita
PR
AÇ
A
DO
S I
NS
ET
OS
5
SQ
UA
RE
FMC
Bicudo
Pulgão
Ácaro
Percevejo
Mosca-branca
Spodoptera
Lagarta-curuquerê
Lagarta-da-maçã
6
SQ
UA
RE
FMC
A sustentabilidade do sistema de produção depende da
adoção de manejos de resistência eficazes, assumindo
grande importância nos sistemas de produção. A estratégia
de manejo da resistência foi dividida em três grupos por
Georghiou (1983), sendo estes: manejo por moderação,
manejo por saturação e manejo por ataque múltiplo. O
princípio básico no manejo por moderação está na redução
da pressão de seleção para preservar os indivíduos
susceptíveis em uma determinada população. O manejo por
saturação tem por objetivo reduzir o valor adaptativo dos
indivíduos resistentes através do uso de sinergistas
juntamente com os inseticidas ou acaricidas, ou mesmo de
altas dosagens do produto. Já o manejo por ataque múltiplo
envolve a utilização de dois ou mais produtos, com modos
de ação distintos, em rotação ou mistura.
A resistência dos insetos à ação dos inseticidas pode ocorrer
de diferentes formas. Entretanto, pode-se dividir em quatro
grupos distintos de mecanismos de resistência. São eles:
resistência metabólica – é o mecanismo de resistência mais
comum e envolve o sistema enzimático; resistência no local
de ação – é o segundo mecanismo de resistência mais
comum e envolve alterações no local de ação dos
inseticidas; redução da penetração e absorção do inseticida;
e mecanismos comportamentais. A resistência aos
inseticidas carbamatos está relacionada principalmente à
modificação do local de ação, acetilcolinesterase modificada
– MACE (Tabela 1), ocorrendo também relatos de
resistência metabólica como ação de esterases. A
resistência aos inseticidas moduladores de canais de sódio
está relacionada principalmente à mutação na seqüência de
aminoácidos que codificam as estruturas de regulação de
cargas nos canais de sódio da membrana celular (kdr), que
estão relacionados com a redução da sensibilidade desses
canais à ação do inseticida, ocorrendo também relatos de
resistência metabólica como ação de esterases e
monoxigenases.
Resumo de resultados de eficácia de manejos com
Talisman no controle de pragas na cultura do
algodão. Compilação de trabalhos realizados nas
safras 2005/2006; 2006/2007 e 2007/2008. NT:
número de trabalhos.
Pseudoplusia includens Heliothis virescens
Spodoptera frugiperdae S.eridanea
Spodoptera frugiperdae S.eridanea
Controle >90%Controle 80% a 90%
37%63%
25% 75%
10%
50%
40% 83%
17%
Aphis gossypii
Dysdercus spp., Euchistusheros, Nezara viridula
Tetranychus urticae
4%36%
7%
53%
100%
22%33%
45%
NT
: 28
NT
: 11
NT
: 9Bemisia sp.
Anthonomus grandis
Alabama argillacea
19%
13%37%
31%
7% 66%27%
4%22%
74%
NT
: 16
NT
: 15
NT
: 23
NT
: 19
NT
: 16
NT
: 20
NT
: 6
Controle 70% a 80%Controle inadequado
Figura 1:
Segurança e praticidadeO Talisman é um inseticida que age ligando-se à enzima
acetilcolinesterase, inibindo a sua atividade normal, que é a
de degradar as moléculas do neurotransmissor excitatório
– acetilcolina – após a transmissão de um impulso nervoso.
Quando o Talisman está ligado à enzima
acetilcolinesterase, esta fica inativa, resultando em
acúmulo de acetilcolina na fenda sináptica, causando
hiperexcitabilidade do sistema nervoso central devido à
transmissão contínua e descontrolada de impulsos
nervosos. Ocasionando os sintomas de intoxicação que
incluem tremores, convulsões, colapso do sistema nervoso
central e morte do inseto.
O produto também age como inseticida modulador de
canais de sódio, interagindo com os canais de sódio
distribuídos ao longo do axônio, prolongando ou impedindo
o fechamento normal dos mesmos após a transmissão do
impulso nervoso e, desta forma, permitindo um fluxo
excessivo de íons Na++ para o interior da célula nervosa.
Ocasionando os sintomas de intoxicação como tremores,
hiperexcitabilidade, perda de postura locomotora, paralisia
e morte. Talisman possui algumas características
Metabo-lismo
Localde ação
Espécie Local Referência BibliográficaEste
rase
P450 m
onoxig
enase
*kdr
**M
ACE
Piretróides
Carbamatos
Helicoverpa armigeraAnopheles funestusBemisia tabaciMyzus persicaeMyzus persicaeCulex pipiens quinquefasciatusBlattella germanicaSpodoptera lituraBemisia tabaciDrosophila melanogasterHelicoverpa armigeraHelicoverpa armigera
Anopheles funestusMyzus persicaePlutella xytellaSpodoptera lituraSpodoptera frugiperdaSpodoptera frugiperda
PaquistãoGanaTurquiaItáliaNova ZelândiaEUAAlemanhaChinaGréciaInglaterraFrançaÁfrica
GanaNova ZelândiaCoréiaChinaEUAEUA
Ahmad, M. 2008Okoye, P.N., et al. 2008Erdogan, C., et al. 2008Van Toor, R.F., et al. 2007Hardtone,M.C., et al. 2007Limoee, M., et al. 2006Huang, S., Han, Z., 2006Roditakis, E., Tsagkarakou,A., Vontas, J., 2006Usherwood, P.N.R., et al. 2005Buès, R., Bouvierand, J.C., Boudinhon, L., 2005Martin, T., et al. 2003
Okoye, P.N., et al. 2007Van Toor, R.F., et al. 2007Dae-Weon Lee et al. 2006Huang, S., Han, Z., 2006Yu, S.J., 2005Yu, S.J. Nguyen, S.N., Abo-Elghar, G.E., 2003
Principais mecanismos de resistência para os inseticidas piretróides e carbamatos.
*kdr: mutação na seqüência de aminoácidos que codificam as estruturas de
regulamentação de cargas nos canais de sódio da membrana celular, que estão
relacionados com a redução da sensibilidade dos canais à ação de
piretróides.**MACE: Acetilcolinesterase modificada.
Tabela 1:
específicas que conferem benefícios como: ausência do
grupo ciano – proporcionando baixo grau de irritabilidade
dérmica; presença do grupo bifenil – proporcionando maior
estabilidade da molécula; e presença do grupo trifluoro –
que, juntamente com a presença do grupo bifenil,
proporciona maior espectro de controle de ácaros, pulgões
e pragas de solo.
A utilização do produto proporciona maior segurança no
manejo da resistência de insetos aos inseticidas, por ser
constituído de dois grupos de inseticidas que possuem
diferentes modos de ação e mecanismos de resistência nos
insetos distintos.
Talisman possui eficácia no controle de amplo espectro de
pragas na cultura do algodão, como: Aphis gossypii
(pulgão), Bemisia sp. (mosca-branca), Dysdercus spp.
(percevejo-manchador), Euchistus herus (percevejo-
marrom), Nezara viridula (percevejo-verde), Anthonomus
grandis (bicudo), Tetranychus urticae (ácaro-rajado),
Alabama argillacea (lagarta-curuquerê), Pseudoplusia
includens (lagarta-falsa-medideira), Heliothis virescens
(lagarta-da-maçã), Spodoptera frugiperda e Spodoptera
eridanea (lagarta-spodoptera), Pectinophora gossypiela
(lagarta-rosada) (Figura 1).
O inseticida destaca-se na elevada eficácia no controle de
percevejos, bicudo, lagarta-curuquerê, lagarta-falsa-
medideira, lagarta-da-maçã, lagarta-spodoptera e lagarta-
rosada. Apresentando excelente controle de pulgões na cultura
do algodoeiro, com eficácia superior a 80% em 60% dos
campos estudados no período de 2005 a 2008 (Figura 1).
Talisman possui controle de adultos de mosca-branca,
demonstrando eficácia de controle superior a 80% em 68%
dos campos estudados. Este inseticida possui excelente
controle de ácaro-rajado, proporcionando controle superior a
80% em 78% dos campos estudados. Outra praga importante
na cultura do algodoeiro é o ácaro-branco
(Polyphagotarsonemus latus); este pode ser eficientemente
controlado na cultura com Talisman em manejo com
abamectina (6 g ha-1 de i.a.) (Figura 2). Este manejo
proporciona maior nível de eficácia e residual de controle,
sendo semelhante ao diafentiuron, tanto para o ácaro-branco
como para o ácaro-rajado (Figuras 2 e 3).
A elevada eficácia de controle de amplo espectro de pragas na
cultura do algodoeiro proporciona segurança e praticidade no
manejo de pragas nesta cultura com o inseticida Talisman,
agregando um manejo adequado de resistência de insetos aos
inseticidas.
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SQ
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FMC
8
SQ
UA
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FMC
Resultados médios de controle de Polyphagotarsonemus latus (Ácaro-branco) avaliando-se a presença nas plantas
de algodoeiro, Rio Verde-GO, 2008. *Médias seguidas pelas mesmas letras no mesmo intervalo de avaliação não
diferem entre si pelo teste de Duncan ao nível de 5% de significância. **CV: coeficiente de variação (%).
***Presença na Testemunha (%) avaliando-se a presença ou ausência de ácaros em 25 plantas por parcela.
Resultados médios de controle de Tetranychus urticae (Ácaro-rajado) avaliando-se a presença nas plantas de
algodoeiro, São Desidério-BA, 2008. *Médias seguidas pelas mesmas letras no mesmo intervalo de avaliação não
diferem entre si pelo teste de Duncan ao nível de 5% de significância. **CV: coeficiente de variação (%).
***Presença na Testemunha (%) avaliando-se a presença ou ausência de ácaros em 25 plantas por parcela.
1009080706050403020100
a a
a a
a a a a a
Contr
ole
(%)
Abamectina (9 g i.a./ha)
Talisman (200 g i.a./ha)
Diafentiuron (250 g i.a./ha)
Talisman (200 g i.a./ha)+Abamectina (6 g i.a./ha)
**CV% 47 33 24 25 36 37
Presença naTestemunha (%)***
42 47 49 51 43 48
Figura 2:
1009080706050403020100
Contr
ole
(%)
1DAA 4DAA 7DAA 10DAA 15DAA
**CV% 20 19 16 17 16
Presença naTestemunha (%)***
62 60 64 58 65
Figura 3:
b b
1DAA 3DAA 5DAA 7DAA 10DAA 15DAA
a
a*
a
b
a
b
a
b
b
a
b
b bb
b
a
a
a
*a b
c b b b b
a
a a
a a
a a
a a
a a a a
a
a
a
a
b
*a b
Dias após a aplicação
Dias após a aplicação
Ricardo Werlang
Coordenador de Desenvolvimento
de Produtos e Mercados da FMC
ssim como nem tudo que reluz é ouro, às vezes podemos nos
deixar enganar por outras falsas aparências. É o caso do
branqueamento nas folhas de cana-de-açúcar provocado pelo Auso de herbicidas. É importante lembrar que, na natureza, que é sábia,
tudo tem o seu tempo, e os bons resultados nem sempre são evidentes.
Saber esperar é uma virtude, principalmente nos dias atuais, em que
tudo passa a uma velocidade estonteante. Na cana-de-açúcar, cultura
que tem um ciclo de pelo menos 12 meses, é somente após esse período
que se pode medir o grau de produtividade da safra. Porém, o efeito de
branqueamento nas folhas em dias subseqüentes à aplicação de alguns
herbicidas, feita logo após o plantio ou no corte da cana, tem gerado
dúvidas nos produtores e alguns, precipitados, se perguntam se isso não
causa redução na produtividade agrícola da cana.
A resposta para esse questionamento está no estudo apresentado neste
artigo, que demonstra a reversão desse efeito em até 30 dias após a
aplicação. O branqueamento decorre da ação fitotóxica do produto nessa
cultura, que não é totalmente imune aos herbicidas.
O grau de fitotoxicação depende de vários fatores, dentre os quais a dose
do herbicida, o tipo de solo e o estágio de desenvolvimento da cultura.
Outro fator de extrema importância em relação aos sintomas de
fitotoxicação é a tolerância varietal, em que se observa diferença entre as
cultivares comerciais.
Entre os herbicidas recomendados para a cana-de-açúcar estão o GAMIT
e o SINERGE EC. O primeiro atua bloqueando a biossíntese de todos os
diterpenos, resultando na perda de carotenóides e outros compostos, e o
segundo também atua bloqueando o fluxo de elétrons entre os
fotossistemas. A aplicação desses herbicidas, portanto, causa uma
paralisação do crescimento das plantas, pela destruição da clorofila e
bloqueio da fotossíntese.
Nesse contexto, foi testada a hipótese de o GAMIT e o SINERGE EC terem
efeitos fitotóxicos em cana-de-açúcar a ponto de comprometer a sua
produtividade.
Branqueamento nas folhas de cana-de-
açúcar provocado pelo uso de herbicidas é
totalmente revertido em poucos dias sem afetar
a produtividade
PorLauricio Endres
Renan Cantalice de SouzaVilma Marques Ferreira
Geraldo Veríssimo de S. Barbosa
Asaparênciasenganam
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9
SQ
UA
RE
FMC
Foram montados dois campos experimentais em locais com
diferentes texturas e fertilidade de solo. Foram utilizadas três
variedades de cana-de-açúcar, RB855113, RB92579 e SP79-
1011, e duas doses dos herbicidas GAMIT (1 ou 2 l/ha-1) e
SINERGE EC (3 ou 6 l/ha-1). Essas doses representam a
recomendação e o dobro da recomendação do fabricante,
respectivamente. As ervas daninhas do tratamento controle
foram eliminadas por capina. Cada tratamento foi aplicado
sobre quatro parcelas de 17 fileiras de 6 m de cana-de-açúcar
(Figura 1).
Aos 14 meses após o plantio (12 meses após a aplicação dos herbicidas) foram realizadas a pesagem dos colmos e a análise tecnológica - PC, brix, pureza, fibra, ATR e TPH (Figura 4).
Aos 3, 7, 14 e 30 dias após a aplicação dos herbicidas, foram avaliados o teor de
clorofila (Figura 2) e o rendimento quântico
potencial do fotossistema II (Fv/Fm) (Figura 3).
Material e Métodos
1 Aplicação de herbicidas GAMIT e SINERGE EC entre linhas da cana-de-açúcar em 60 dias após o plantio.
Avaliação da capacidade fotossintética potencial da cana-de-açúcar após a aplicação dos herbicidas, por meio de um fluorômetro (ADC, UK).
Pesagem e amostragem das parcelas para avaliação de parâmetros de produtividade.
Estimativa do teor de clorofila da cana-de-açúcar após a aplicação dos herbicidas, por meio de um SPAD-502 (Minolta, Japão).
4
3
2
10
SQ
UA
RE
FMC
Sintomas de branqueamento da cana-de-açúcar em 7 dias após a aplicação de SINERGE EC 6 l/ha-1.
Os herbicidas GAMIT e SINERGE EC diminuíram os
teores dos pigmentos em relação às plantas não
tratadas, independentemente do local em que se
realizou o ensaio e das variedades (Figuras 5 e 6).
A aplicação dos herbicidas fez com que houvesse um
branqueamento nas folhas, que foi totalmente
revertido em 30 dias após a aplicação (Figura 7).
Resultados
Do mesmo modo, os herbicidas causaram um
decréscimo da eficiência quântica potencial,
prejudicando, dessa forma, a atividade fotossintética
da cana-de-açúcar nos primeiros 15 dias após a
aplicação (Figura 8). No entanto, o fotossistema se
recuperou totalmente após 15 DAA.
Dias após a aplicação dos herbicidas
Dias após a aplicação dos herbicidas
6
7 Campo experimental em 30 dias após a aplicação dos herbicidas GAMIT ou SINERGE EC.
Teor de clorofila de cana-de-açúcar após aplicação dos herbicidas GAMIT e SINERGE EC.
8
Eficiência quântica potencial (Fv/Fm) de cana-de-açúcar após a aplicação de herbicidas.
5
11
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Tabela 1. Rendimento agroindustrial de cana-de-açúcar em 14 meses após o plantio (12 meses após submetidas à aplicação de herbicidas). TCH, tonelada de cana por hectare; ATR, açúcar total recuperado; TAH, total de açúcar por hectare.
A avaliação de produtividade da cana-de-açúcar em 12 meses após a aplicação
dos herbicidas mostrou que esses não causaram quaisquer danos à
produtividade agrícola e industrial nas três variedades estudadas.
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rem
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tre
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Te
ste
F (
P<
0,0
5).
Tratamento
Professor M.Sc., Estatística
Lauricio Endres
Engenheiro agrônomo, doutor em
Fisiologia Vegetal, professor do
Centro de Ciências Agrárias,
Universidade Federal de Alagoas
Renan Cantalice de Souza
Vilma Marques Ferreira
Professora doutora em
Fisiologia Vegetal
Engenheiro agrônomo, mestrando
em Produção Vegetal
Geraldo Veríssimode Souza Barbosa
A análise do conjunto dos resultados mostra que as três
variedades estudadas sofrem um estresse pela aplicação dos
herbicidas. Esse estresse pode ser visto pelo branqueamento das
folhas e também pelo desarranjo do aparato fotossintético, que
pode provocar uma redução transitória do crescimento da cana-
de-açúcar. No entanto, em nenhuma das três variedades
estudadas houve qualquer alteração nos parâmetros de
produtividade.
A produção agrícola dos cereais, como milho, arroz, trigo, etc.,
depende de um bom crescimento das plantas e de uma plena
floração e frutificação, que é a fase mais sensível dessas culturas a
fatores ambientais. Qualquer estresse durante essa fase pode
ocasionar grandes perdas de produtividade, apesar de todo o ciclo
de cultivo ter ocorrido normalmente até a floração. Na cana-de-
açúcar, ao contrário, a produtividade depende do acúmulo de
biomassa durante todo o ciclo vegetativo. Sendo assim, um curto
período de estresse, como, por exemplo, a aplicação desses
herbicidas, não leva a perdas significativas da produção.
A aplicação de GAMIT e SINERGE EC fez com que a cana-de-
açúcar sofresse um estresse por 15 a 30 dias em parte de suas
folhas, que pôde ser visto pelo branqueamento e pela redução da
atividade fotossintética. No entanto, como a cultura tem um ciclo
muito longo, de pelo menos 12 meses, esse estresse não afeta a
produtividade da cultura, mesmo quando aplicado o dobro da
recomendação do fabricante.
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PR
AÇ
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DA
S P
LA
NT
AS
D
AN
IN
HA
S
amos considerar alguns aspectos importantes no
estabelecimento de estratégias de manejo de
plantas daninhas. É sabido que essa medida é Vfundamental para qualquer sistema de produção vegetal,
sendo o uso de herbicidas fundamentado principalmente no
grau de economia e na praticidade proporcionados no
manejo. É notório também que os avanços da agricultura
atual têm levado à criação de sistemas produtivos com
níveis de sofisticação que, de modo geral, requerem o uso
de herbicidas seletivos e de pós-emergência (Ide, 1998).
Podemos citar o desenvolvimento da soja tolerante a
glyphosate, em que o herbicida utilizado fornece um amplo
controle das espécies quando comparado ao sistema
tradicional (Nolte & Young, 2002).
Fazendo-se um paralelo com o jogo, a tecnologia em
questão pode ser considerada um conjunto de excelentes
cartas que o produtor tem nas mãos, oferecendo-lhe um
leque de possibilidades de escolhas das estratégias no
controle das plantas daninhas. Em se tratando de soja, cujo
controle de plantas daninhas é uma técnica indispensável –
já que podem causar perdas significativas na produtividade
da cultura –, há diversas vantagens na utilização dessa
tecnologia, sendo as principais: amplo espectro de controle
de plantas daninhas anuais e perenes (o herbicida não
apresenta residual e não é volátil), flexibilidade de aplicação
e de dose (pode ser aplicada com herbicidas residuais),
facilidade de aplicação, manejo de plantas daninhas
resistentes a outros mecanismos de ação e redução de
custos (Jezovsek, 2000, Pengue, 2000).
Porém, há conceitos básicos no manejo de plantas daninhas
que deverão ser considerados e não esquecidos face à
flexibilidade que a tecnologia oferece, a fim de que o
benefício da tecnologia e, acima de tudo, a rentabilidade do
produtor sejam atingidos e garantidos.
PorLuís Henrique Penckowski
Jogada de mestreCom boas escolhas, produtor pode
virar o jogo contra as plantas daninhas
13
SQ
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FMC
Com a flexibilidade da tecnologia Roundup Ready,
conceitos como as épocas de dessecação das coberturas
para o plantio da soja não estão sendo respeitados pelos
produtores e em algumas regiões do Brasil a dessecação
deixou de ser realizada. A idéia – equivocada – é a de que
se poderia economizar no herbicida e no custo de aplicação
sem efeito sobre a produtividade da soja. Mas é preciso
lembrar que existem períodos de dessecação a serem
obedecidos não somente para garantir a produtividade,
como também para facilitar o manejo de plantas daninhas
na pós-emergência da soja. Pelo exposto acima, as
operações de dessecação em plantio direto, antes do
plantio das culturas, seja de soja transgênica ou da
convencional, devem ser feitas de modo eficiente para o
sucesso no controle das plantas daninhas e a obtenção de
elevadas produtividades. Vários autores, estudando a
influência da época de dessecação sobre a produtividade
da soja, concluíram que a época de dessecação depende
da cobertura a ser manejada. Trabalhos realizados no
Brasil demonstraram que dessecações sobre aveia-preta e
azevém devem ser realizadas preferencialmente entre 14 e
21 dias antes do plantio; já sobre resteva de trigo esse
período pode ser menor: desde 7 dias antes do plantio,
como em algumas condições, até o dia do plantio.
Dessecações realizadas muito próximas do plantio ou após
o plantio, quando na presença de muita massa vegetal,
causam perda de produtividade e dificuldade no controle
de plantas daninhas em pós-emergência.
É importante destacar que as dessecações realizadas
antecipadamente necessitam, na maioria das situações, de
uma complementação na véspera do plantio, para eliminar
plantas daninhas emergidas antes da soja. Experimentos
realizados na Fundação ABC (Penckowski & Podolan, 2006)
concluem que a complementação da dessecação na
véspera do plantio facilita o controle em pós-emergência
das plantas daninhas, pois uma única aplicação de
glyphosate entre 35 e 42 dias após a emergência da soja
(DAE) é suficiente para garantir controles superiores a
99% (Figura 1). Aplicações de glyphosate em estádios
muito precoces da soja apresentaram controles
insuficientes devido à reinfestação das plantas daninhas, o
que levaria à necessidade de uma segunda aplicação de
glyphosate. Porém, a não-complementação da dessecação
na véspera do plantio para o controle de plantas daninhas
emergidas antes da soja dificulta o controle em pós-
emergência da soja, sendo que na maioria dos casos os
níveis de controle atingidos com a aplicação de glyphosate
foram muito abaixo do aceitável, independente da época
de aplicação em pós-emergência (Figura 1).
Trabalhos realizados na Fundação ABC, na região dos Campos
Gerais do Paraná (Penckowski & Podolan, 2006), nos quais foi
avaliada a influência do controle das plantas daninhas recém-
emergidas no momento do plantio (complementação da
dessecação) sobre a época de controle das plantas daninhas
em pós-emergência da soja, concluíram que:
I.) A época de controle em pós-emergência é
significativamente influenciada pela complementação ou
não da dessecação no dia do plantio.
II.) Quando a complementação da dessecação é realizada,
uma única aplicação de glyphosate entre 28 e 42 dias após
a emergência da soja (DAE) é suficiente para garantir as
melhores produtividades (Figura 2).
III.) Quando a dessecação não é realizada, as perdas de
produtividade causadas pela matocompetição são lineares.
As melhores produtividades só são obtidas quanto mais
precoce é realizado o controle na pós-emergência, o que
irá resultar em mais uma aplicação de glyphosate para
complementar essa aplicação precoce (Figura 2). Na
maioria das situações em que a aplicação de glyphosate
ocorre na pós-emergência precoce da soja, esta necessita
de complementação, pois há emergência de um novo fluxo
de plantas daninhas.
Efeito da época de aplicação de glyphosate na pós-emergência (Dias após a emergência da soja) sobre a produtividade da soja em função da complementação da dessecação de pré-plantio. Penckowski & Podolan, Fundação ABC, 2007. Média de 3 experimentos.
Figura 2
Pro
du
tivi
dad
e (k
g/
ha)
Época de controle (DAE)
5000
4000
3000
2000
1000
07 14 21 28 35 42 56 70 84 98 112 126 140
2506
33263202
3636
4176
4178
44454192
28752519
2134
874
574
Sem Dessecação
Com Dessecação
Figura 1
% C
on
tro
le
Época de Aplicação Glyphosate
100
80
60
40
20
07 14 21 28 35 42
22
4449
51 58
76 85 99 99
4650
38
Efeito da época de aplicação de glyphosate na pós-emergência (Dias após a emergência da soja) no controle de plantas daninhas em função da complementação da dessecação de pré-plantio ( sem complementação da dessecação, com complementação da dessecação). Penckowski & Podolan, Fundação ABC, 2007. Média de 3 experimentos.
----------
2y= -1,9375x -215,03 + 3673,82R=0,97**
2y=-2,20x +31,17x-3,869R2=0,69**
2y=-0,30x +1,98x+47,25R2=0,20**
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Estratégia de aplicação única de glyphosate no manejo de plantas
daninhas em soja tolerante ao glyphosate. Penckowski & Podolan,
Fundação ABC, 2007.
Para Zagonel et al. (2002), deve-se ter conhecimento do
período de interferência das plantas daninhas sobre a cultura,
proporcionando subsídios importantes para medida de
controle. Para Deen et al. (2002), o momento de aplicação do
herbicida é crítico para obter um ótimo controle de plantas
daninhas e o máximo retorno econômico. Em experimentos
conduzidos pelo autor, foram identificadas duas estratégias de
controle: uma com alta pressão de plantas daninhas, sendo
necessárias duas aplicações, e outra com baixa pressão, em
que é necessária uma única aplicação no terceiro trifólio.
A soja tolerante ao glyphosate oferece uma nova
alternativa de manejo de plantas daninhas, que consiste na
aplicação do herbicida tanto na dessecação como na pós-
emergência da cultura. Um dos grandes diferenciais no
manejo de plantas daninhas é a flexibilidade que o produtor
tem em aplicar o herbicida sem, em algumas situações, se
preocupar com estádio de desenvolvimento das plantas
daninhas e da cultura.
Porém, é cada vez mais comum o questionamento de
produtores e técnicos em relação ao controle de plantas
daninhas em soja RR, principalmente quanto ao número de
aplicações de glyphosate na pós-emergência (aplicação
seqüencial ou única) e à melhor época de realizar o controle
ou até quanto a misturas de herbicidas. A definição da
estratégia de controle das plantas daninhas em pós-
emergência depende de alguns fatores importantes, como
Estratégia de aplicação seqüencial de glyphosate no manejo de plantas
daninhas em soja tolerante ao glyphosate. Penckowski & Podolan,
Fundação ABC, 2007.
Estratégia no manejo de plantas daninhas utilizando herbicidas
residuais no momento do plantio e a complementação com glyphosate na pós-emergência da soja tolerante ao glyphosate. Penckowski & Podolan,
Fundação ABC, 2007.
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Estratégias de controle
Plantio
Plantio
Plantio
Cobertura14-21 DAP
Cobertura14-21 DAP
Cobertura14-21 DAP
Dessecação
Aplicação 28-35 DAE
Aplicação 20-30 DAE
Intervalos 20-28 dias
7-14 DAE 28-35 DAE
Dessecação
Dessecação
Complementação
Complementação
Dessecação+(Residuais)
tipo de infestação (baixa, média ou alta), espécies e estádio
das plantas daninhas a serem controladas, e, não menos
importante, também deve ser considerado o tamanho das
propriedades, como o parque de máquinas do produtor.
Utilizando uma única aplicação de
glyphosate em pós-emergência
A estratégia de uma única aplicação de glyphosate na pós-
emergência será realizada normalmente em situações de
média e baixa infestação e quando a maioria das plantas
daninhas não for de difícil controle, como as espécies de
corda-de-viola, trapoerabas, erva-quente e poaia-branca.
A dose a ser aplicada de glyphosate nessa situação será
baseada nas espécies a serem controladas, sendo que a
época de aplicação mais adequada será entre 28 e 35 dias
após a emergência da soja (DAE), desde que a
complementação da dessecação seja realizada na véspera
ou no dia do plantio, quando da presença de plantas
daninhas emergidas antes da soja (Figura 3).
Caso a complementação da dessecação no dia do plantio
não seja realizada para o controle de plantas daninhas já
emergidas, a época de controle em pós-emergência é
antecipada para evitar perdas por matocompetição. A
aplicação de glyphosate em estádios muito precoces da soja
irá requerer uma segunda aplicação entre 20 e 30 dias após
a primeira aplicação.
Utilizando outros herbicidas
Com a introdução da soja transgênica resistente ao
glyphosate, o uso desse produto se tornou possível durante
todo o ciclo da cultura, o que promoveu alterações em
relação às tendências verificadas na comunidade infestante
até então. Como conseqüência, já se observa uma mudança
da flora infestante, com a seleção de plantas daninhas
tolerantes a este herbicida, como as trapoerabas, corda-de-
viola, além de erva-quente, erva-de-touro, poaia-branca,
erva-de-santa-luzia e outras. Além disso, o uso continuado
de um único produto é sabidamente um erro que foi
cometido no passado e deve ser evitado ou minimizado para
impedir a seleção de plantas daninhas resistentes ao
glyphosate, risco já constatado com o azevém (Lolium
multiflorum) e a buva (Conyza bonariensis e Conyza
canadensis) no Brasil (Carvalho, 2006).
Pesquisas realizadas nos Estados Unidos, que já cultivam
soja tolerante há mais de dez anos, mostraram que uma
única aplicação de glyphosate na soja tolerante não controla
eficientemente algumas plantas daninhas durante a fase de
desenvolvimento da cultura. A razão deve-se ao fato de o
produto não apresentar ação residual, permitindo a
emergência de novos fluxos, e também pela presença de
plantas daninhas tolerantes e resistentes, o que demanda
outras estratégias de controle. Sendo assim, aplicações
adicionais de glyphosate, misturas de tanque com outros
produtos ou utilização de herbicidas residuais são
necessárias (Johnson et al., 2002).
Pensando nessas condições, foram conduzidos, nos últimos
quatro anos, experimentos na Fundação ABC (Penckowski &
Podolan, 2006), avaliando misturas de herbicidas
latifolicidas pós-emergentes com glyphosate no intuito de
verificar melhora de controle de algumas espécies
tolerantes ao glyphosate. Porém, ao término dos trabalhos,
verificou-se que a mistura de herbicidas latifolicidas, na
maioria dos casos, não resultou em melhores controles e
que, dependendo das misturas, o controle de algumas
espécies susceptíveis ao glyphosate foi inferior com a
aplicação somente de glyphosate. Outro ponto que merece
destaque é que a seletividade dos herbicidas convencionais,
quando em mistura com glyphosate, apresenta
fitotoxicidade acentuada na soja RR, o que pode resultar em
Aplicação seqüencial de glyphosate
em pós-emergência
A aplicação seqüencial de glyphosate na pós-emergência
será uma estratégia interessante em situações de alta
infestação, para evitar perdas de produtividade causadas
pela matocompetição e/ou para facilitar o controle de
plantas daninhas tolerantes ao glyphosate, como corda-de-
viola, trapoeraba (Commelina benghalensis), erva-quente e
poaia-branca. A dose a ser aplicada de glyphosate nessa
situação será baseada principalmente nas espécies a serem
controladas, sendo que a época de aplicação mais adequada
será nos estádios mais precoces das plantas daninhas e da
soja, sendo a primeira aplicação realizada entre 7 e 14 DAE
e a segunda aplicação entre 28 e 35 DAE, desde que a
complementação da dessecação seja realizada na véspera
ou no dia do plantio (Figura 4).
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Luís Henrique Penckowski
Engenheiro agrônomo, mestre em agronomia
e coordenador de Pesquisa do Setor
de Herbologia da Fundação ABC
Contagem de plantas daninhas (plantas.m-2) 17 dias após a aplicação dos tratamentos utilizados no dia da semeadura (— Glyphosate — Glyphosate+Sulfentrazone) Penckowski & Podolan, Fundação ABC, Castro - PR, 2007.
IPOGR (Ipomoea hederifolia) GALPA (Galinsoga parviflora) BIDPI (Bidens pilosa) EPHHL (Euphorbia heterophylla) NICPH (Nicandra physaloides) SIDRH (Sida rhombifolia) BRAPL (Brachiaria plantaginea)
Mas antes de fazer qualquer aposta, é sempre importante
lembrar que a escolha das estratégias é fundamental para o
sucesso. No controle das plantas daninhas, uma boa escolha
deverá ser feita sempre considerando critérios econômicos,
técnicos e ambientais. Fazendo uso das informações
disponíveis, a estratégia possibilitará que essa tecnologia de
controle de plantas daninhas seja utilizada de forma racional
e sustentável por um longo período; caso contrário, essa
tecnologia estará sendo subutilizada e o seu futuro, bem
como de novas que estão surgindo, estará ameaçado.
Portanto, bom jogo e bons resultados!
Figura6
perdas de produtividade e dificuldades no manejo de
plantas daninhas, pois com a fitotoxicidade dessas misturas
o controle cultural promovido pela cultura através do
fechamento mais rápido das entrelinhas é retardado.
Porém, outra estratégia no manejo de plantas daninhas é a
utilização de herbicidas residuais, como, por exemplo,
Sulfentrazone no dia do plantio (plante e aplique). A adição
de um herbicida residual no dia do plantio apresenta
algumas vantagens em relação às misturas de glyphosate
com pós-emergentes.
A aplicação do herbicida residual no dia do plantio e a
complementação com uma única aplicação de glyphosate é
uma estratégia interessante no manejo de plantas daninhas
em soja RR, principalmente em situações de altas
infestações, para evitar perdas de produtividade causada
pela matocompetição inicial. Esta estratégia também
poderá ser utilizada em situações em que o produtor não
tenha condições de realizar a aplicação seqüencial de
glyphosate, seja pelo parque de máquinas (pulverizadores)
insuficiente ou pelo tamanho das propriedades (Figura 5).
Pedersen (2006) também observou que o controle precoce
é extremamente importante para a produção bem-sucedida
da soja, pois as plantas daninhas competem diretamente
por nutrientes, umidade e luz, além de abrigar insetos e
doenças, interferindo na colheita.
A escolha do herbicida residual está baseada no espectro de
controle que este possui, alvo a ser controlado,
características como solubilidade e condições de aplicação
como quantidade de palha, física de solo e condições
climáticas, fatores que devem ser levados em consideração
para explorar a performance destes herbicidas pré-
emergentes como uma estratégia eficaz e racional. A
aplicação de glyphosate na pós-emergência em
complementação ao tratamento residual se dará em torno
de 28 DAE (depende do herbicida residual utilizado). É
também pertinente destacar que essa estratégia mantém a
seletividade sobre a soja, ao contrário das misturas com
outros herbicidas na pós-emergência, que apresentam
fitotoxicidade sobre a cultura. Outra observação importante
é que os herbicidas residuais, entre eles o Sulfentrazone,
não precisariam, na maioria dos casos, ser utilizados nas
doses cheias do rótulo, pois o usuário necessitará de
residual curto (20 a 30 dias) devido à complementação do
glyphosate na pós-emergência.
Dentre as vantagens desta estratégia, está o manejo na
prevenção de biótipos de plantas daninhas resistentes ao
glyphosate. A adição de herbicidas com outros mecanismos
de ação será parte importante no manejo da resistência de
biótipos, como no manejo para prevenir o aparecimento de
novos casos de plantas daninhas resistentes. É importante
lembrar que já existem casos de plantas daninhas
resistentes ao glyphosate no Brasil, como o azevém e a
buva. Com a entrada de outras culturas resistentes ao
mesmo herbicida, será de grande importância o
estabelecimento de estratégias de controle para garantir a
sustentabilidade não só da tecnologia, como do glyphosate.
Na Figura 6 é possível observar a diminuição no fluxo de
emergência de algumas plantas daninhas com a utilização
de herbicidas residuais. Essa redução não só diminuiu a
pressão de seleção sobre as plantas daninhas, como
facilitou o controle do glyphosate na pós-emergência.
0
30
9
87
31 35
83
41
2719
9 60
81
100
80
60
40
20
IPOGR GALPA BIDPI EPHHL NICPH SIDRH BRAPL
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PO
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Brasil lindo e trigueiro, terra do samba e do
pandeiro, como o mundo aprendeu a conhecer, já Onão é o mesmo. Hoje, temos produtos nacionais
que despertam bem mais a atenção. Não é para menos. A
aquarela “pintada” por Ary Barroso data de 1939.
Vão-se quase 70 anos. Naquela época, entre outras grandes
inovações que marcaram o século XX, dava-se início à linha
de montagem e à produção em massa de veículos
motorizados e outros bens, o que tornou o automóvel o
mais importante meio de transporte e mudou a face do
mundo.
Se durante os séculos XVI a XIX o verdadeiro motor das
expansões marítimas e das atividades econômicas era a
busca do ouro, a partir de 1859, com a descoberta do
petróleo, começa a grande corrida atrás do “ouro negro”,
que se tornou o principal produto estratégico do mundo
moderno. Estamos, neste início do século XXI, diante de um
novo cenário, em que o aquecimento global, a perspectiva
de escassez de combustíveis de origem fóssil e a
instabilidade política nos países produtores de petróleo se
impõem como uma condição para o estabelecimento do
etanol como novo produto-alvo da cobiça humana.
E é nesse cenário que se pinta a nova aquarela do Brasil,
pioneiro e único país que conta com uma das tecnologias
mais avançadas do mundo para a produção de biodiesel e
etanol. A maior amostra de que estamos no centro da cena
política dessa mudança histórica são os recentes ataques
recebidos pelo biocombustível brasileiro – até bem pouco
tempo visto como grande alternativa aos problemas já
citados anteriormente, agora, acusado de ser o causador do
encarecimento mundial de alimentos.
Provas em contrário não faltam. Se falarmos em percentual
de área plantada, dos 20,2% ocupados por lavouras
diversas em terras aráveis do território brasileiro, o espaço
ocupado pela plantação de cana para o etanol representa
1%, ou ínfimos 3,6 milhões de um total de 355 milhões de
hectares. Os outros quase 70 milhões de hectares de área
plantada são ocupados por soja (21 milhões), milho (14,4),
cana-de-açúcar (7,2), feijão, arroz e outras culturas.
Portanto, há ainda 80% de terras agricultáveis a serem
exploradas, sem que se coloquem em risco as áreas de
floresta. Tem mais. A produtividade do etanol brasileiro é
altíssima: são produzidos 7.500 litros por hectare. Para
efeito de comparação, na mesma área plantada de milho
nos Estados Unidos, são produzidos 3.000 litros de etanol.*
Seja qualquer o motivo que esteja levando a tais ofensivas
vindas da Europa e mais diretamente do relator especial da
ONU para o Direito à Alimentação, o suíço Jean Ziegler, e
reforçadas por Robert Zoellick, presidente do Banco
Mundial, é imperativo, neste momento e daqui para a frente,
A novaaquarela do BrasilPor Luiz Carlos Corrêa Carvalho
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É imperativo que o Brasil se posicione e realize um forte
trabalho de esclarecimento e divulgação do produto
nacional e busque parceiros, expandindo a iniciativa para o
mercado latino-americano
Desfazendo mitos
Entre
outros obstáculos
importantes, as tendências e as
ações dos países desenvolvidos são a de
preservar o tamanho de seu mercado interno
face a suas possibilidades internas de oferta. Para
isso se utilizam de tarifas de importação ou de ameaças
de um modelo de certificação muito limitante; criam uma
onda de desinformação, com más notícias sobre o etanol e o
biodiesel, não apenas na questão alimento versus
combustível, mas responsabilizando-os pela derrubada da
Amazônia, problemas de corrosão em motores, ciclo de vida
de energia negativo, subvalorizando o seqüestro de CO, 2
etc.; também contam negativamente a falta de
referências internacionais ao etanol e a dificuldade
de se ter liquidez nos mercados futuros. Porém,
há fatos que derrubam tais argumentos,
como observaremos nas páginas
seguintes:
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... um dos grandes desafios a serem alcançados é a caracterização definitiva do etanol como commodity...
que o Brasil se posicione e
realize um forte trabalho de
esclarecimento e divulgação do
produto nacional e busque
parceiros, expandindo a
iniciativa para o mercado latino-
americano. Nesse sentido, um dos
grandes desafios a serem alcançados
é a caracterização definitiva do etanol
como commodity, passo fundamental
para a conquista de novos mercados.
A nova Lei de Energia dos EUA foi um divisor
de águas extraordinário, determinando as
metas obrigatórias de uso do etanol nos volumes
de 15 bilhões de galões em 2015 (60 bilhões de litros) e
de 32 bilhões de galões em 2022 (132 bilhões de litros).
Pelo lado brasileiro, além dos obrigatórios 25% de álcool
anidro na gasolina, o crescimento excepcional dos carros
flexíveis com o uso do etanol levará a aumentos de sua
demanda interna em torno de 3 bilhões de litros ao ano,
ou cerca de 1 bilhão de galões/ano; são esses dois países,
talvez, os dois com fantásticos mercados internos e
enorme capacidade de ofertar etanol.
Enquanto vem se observando importante crescimento da
demanda global de etanol, o mercado internacional cresce
em taxas menores em face de limitações de produção
(tipo Europa), de problemas internos (Ásia, África) ou de
falta de atitude (América Central, Caribe e América do
Sul), que reduzem o potencial desse mercado. É preciso
estar consciente de que as Américas são, sem dúvida, o
passo inicial a ser seguido por ações, já em força-tarefa
Brasil–EUA, em outros continentes, principalmente Ásia e
Europa.
Curva do Aprendizado: Brasil6 3Produção Acumulada de Etanol (10 m)
3Cu
sto
de p
rodu
ção
- ca
na (
US$
/t)
e et
anol
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S$/m
)
6Produção Acumulada de Cana (10tc)
Cana-de-AçúcarCusto de Produção de Etanol (excluindo ração animal)Variação esperada dos custos de produção de cana em 2020Variação esperada dos custos de produção de etanol em 2020
Fonte: Van den Wall Bake, Junginger, enviado para publicação em 2007
10 20 40 80 160 320 640 1280
800
400
200
40
20
10
1000 2000 4000 8000 16000 32000
Etanol
Cana
PR = 0.81 0.02
2020
PR = 0.68 0.03
2020
US$ 10 US$ 8
~US$ 150
~US$ 110
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A poluição local e regional e seus impactos na qualidade de vida das populações.
O grave problema da segurança energética dos países e sua dependência do petróleo e do gás natural;
A necessidade da redução das emissões dos gases do efeito estufa, salientadas pelo uso das energias fósseis;
A grande ruptura tecnológica dos veículos
no Brasil mudou a importância dos produtos
derivados da cana-de-açúcar face às novas
realidades econômico-socioambientais, como conseqüência de alguns
fatores-chave:
Conhecer as barreiras e as oportunidades aos investimentos e ao produto brasileiro, assim como o desenvolvimento dos países das Américas, é, de fato, importante ao produtor brasileiro.
Biocombustíveis X AlimentosUm balanço das áreas de produção agrícola no Brasil,
assim como das áreas de conservação, cidades, lagos e
rios, mostra o espetacular espaço para a expansão da
agricultura brasileira, sem avançar em florestas.
A oposição à opção etanol vem atualmente principalmente
do mercado europeu, buscando minar outras regiões e
utilizando-se de entidades globais como a ONU, a FAO, o
FMI, o Banco Mundial e outros. Tudo indica que, de
forma aética, as grandes organizações de alimentos
buscam criar um clima “food x fuel”, apoiadas
por Companhias de Petróleo, OPEP e
alguns países interessados.
Somente com um esforço concentrado e em força-
tarefa, poderemos obter a sonhada integração das
Américas em torno do etanol. Para tanto, será preciso
coordenação dos governos federal e estadual e dos
produtores, além dos agentes e todos os elos da
cadeia produtiva do etanol, para viabilizar as questões
que envolvem a produção de etanol.
Estes foram alguns dos objetivos da Bionergy Alliance
(BEA), iniciativa da FMC Agricultural Products, que
reuniu empresários e especialistas do setor em um
evento pela América Central e do qual participei. O
encontro suscitou importantes reflexões sobre este
mercado, dentre as quais destaco algumas que, no
meu entendimento, se convertem em um
conhecimento essencial sobre a questão: gerar
informações, em formato de comunicação aos
consumidores dos países, é trabalho prioritário. Essas
informações irão desde a sustentabilidade da produção
às externalidades positivas do etanol no uso, passando
pela quebra dos mitos que atrapalham essa evolução.
Também de igual importância – vital e urgente – é
realizar um trabalho no campo das relações
internacionais, com atuação nos países e,
principalmente, nas grandes entidades internacionais.
sotim odne z af s e D
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Cana-de-açúcar na Amazônia
A enorme distância entre a região
canavieira e a Floresta Amazônica
reforça a inviabilidade econômica de
produção da cultura naquela região, além de haver áreas
potencialmente produtivas para a expansão da cana-de-açúcar
sobre pastagens e outras regiões, com e sem irrigação.
Além disso, aos que em suas análises superficiais apontam a
derrubada da Amazônia, fica uma constatação: as florestas na
Europa, no ano 1650, eram 2,7% do global, enquanto no Brasil
eram 12%; hoje a Europa tem 0,1% e o Brasil, 28,3%!!!
Outros mitos a serem desfeitos dizem respeito à
corrosão de motores, produtividade e custos,
monocultura da cana, colheita e queima e
recursos humanos.
sotim odnezafseD
Às perspectivas muito positivas do mercado global para
açúcar, etanol e energia elétrica, chocam-se ou criam-se
novas questões de origem da sustentabilidade do
processo de produção e de uso, para as quais é preciso
ter uma série de aspectos que levem à evolução setorial:
Abertura dos mercados internacionais aos biocombustíveis, classificando-os como produtos ambientais para os quais não haja
tarifas de importação;
Efetivo trabalho privado na certificação dos biocombustíveis para efeito do mercado;
Pesquisa & Desenvolvimento visando competitividade em ambiente de sustentabilidade comprovada, em todas as
áreas da cadeia produtiva setorial;
Atenção com o modelo de produção e os seus impactos econômico-sociais;
Oportunidades excelentes a toda a cadeia produtiva do etanol no Brasil, tanto para o mercado interno quanto para as exportações de
bens de capital, máquinas e equipamentos agrícolas, insumos modernos, veículos, etanol e serviços.
Aprendizado sobre o etanolO Brasil tem, de fato, um histórico muito interessante no
desenvolvimento de fontes renováveis de energia. Tanto no que
diz respeito às hidroelétricas, como na biomassa cana-de-
açúcar, houve resposta quando houve políticas públicas
condizentes com o objetivo de oferta e de demanda.
Do período militar, ficou a experiência bem-sucedida na questão
energética, seja eletricidade ou etanol; a partir da
redemocratização do país, com a dura transição para
restabelecer as condições do reequilíbrio da economia brasileira,
há que se olhar para questões atuais e futuras com a experiência
do passado.
Há estudos conduzidos tanto no Brasil como no exterior a
respeito da curva de aprendizado do etanol no Brasil. Os ganhos
de eficiência e a redução dos custos foram, de fato,
impressionantes.
Recente estudo conduzido na Holanda pelos grupos do
Copernicus Institute e Utrech University aponta para
perspectivas fabulosas ao etanol brasileiro.
A história do desenvolvimento global do mercado de açúcar e de
etanol está baseada em protecionismos via medidas como
barreiras econômicas e elevados subsídios internos, nos países
industrializados, grandes consumidores.
Essa realidade de política agrícola fechada tem feito o açúcar
mostrar uma das mais altas volatilidades como commodity
agrícola, além de gerar impactos econômico-sociais relevantes
para os países em desenvolvimento no mundo tropical,
exportadores do produto. Afinal, o mercado livre internacional
representa 37% da oferta total. No caso do etanol, são 10%.
Luiz Carlos Corrêa Carvalho
Diretor da Canaplan
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A Bioenergy Alliance (BEA) foi uma iniciativa promovida pela
FMC envolvendo os dois maiores produtores e líderes
tecnológicos do mundo – Brasil e Estados Unidos –, que
deverão responder em 2008 por cerca de 80% da produção
mundial de etanol. Os eventos da BEA foram realizados em
Miami, Cidade do México e Cidade da Guatemala, considera-
dos mercados potenciais para a expansão de negócios do
setor sucroalcooleiro na América Central.
Em formato de palestras, os eventos se deram entre os dias
6 e 11 de abril e reuniram os principais empresários e
autoridades em etanol das Américas, contando ainda com a
presença dos Ministérios da Agricultura e das Relações
Exteriores do Brasil e da Petrobras. O Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID), autor de diversos estudos sobre
as oportunidades em etanol, também marcou presença no
evento.
Foi discutida não apenas a questão de oportunidades de
investimento e comércio entre os dois líderes em etanol,
mas também as possibilidades de negócios com os países da
América Central.
O evento antecedeu um momento crucial para o etanol
brasileiro, meados de abril, exatamente quando sofria suas
piores investidas, o que serviu de alerta para a urgência que
se tem de uma ação conjunta, que possa desfazer os mitos
criados em torno da produção do etanol e, ao mesmo tempo,
aproveitar as oportunidades crescentes desse mercado.
Uma das presenças mais significativas do evento, o ex-
ministro da Agricultura Roberto Rodrigues curvou-se sobre a
análise dos mitos criados sobre a cultura da cana-de-açúcar,
desfazendo-os com base em dados e estudos. Lembrou
ainda que, do ponto de vista da tecnologia, os grandes
esforços estarão concentrados no meio ambiente, na
biotecnologia e na agroenergia, abrindo uma grande cortina
de oportunidades para o mundo tropical, ou seja: as
Américas Central e do Sul e a África, que se mostram como
os naturalmente grandes potenciais exportadores de
alimentos e de energia para o mundo.
Como conclusão de sua apresentação, frisou que, para se
criar o mercado, algumas medidas serão fundamentais, tais
como: mais países exportarem etanol; mistura compulsória
de etanol na gasolina; eliminação dos mitos; estratégias
locais e globais; ter o Brasil a liderança no campo das
energias renováveis.
Álcool coloridoIgualmente de grande relevância foi a participação de
Roberto Giannetti da Fonseca, fundador da Comissão
Interamericana do Etanol, diretor do Departamento de
Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIESP e
sócio da Ethanol Trading. Também ex-ministro da
Agricultura, Giannetti falou sobre os impactos do E85 (carro
flexível norte-americano) no consumo do etanol nos EUA e
das chances para as exportações brasileiras. Giannetti
apresentou uma estratégia de preservação da produção
interna para atender blends e para que a expansão do E85
seja feita também com etanol importado do Brasil, que seria
colorido especialmente para ser diferenciado.
Encerrando o encontro, a BEA contou com a participação de
Jeb Bush, ex-governador do estado norte-americano da
Flórida e presidente da Comissão Interamericana do Etanol,
que apresentou uma visão de clara liberalização comercial
do etanol. Sendo o estado da Flórida considerado “porta de
entrada” da América Latina para os EUA, sobretudo em
virtude da logística, sua adesão é estratégica, pois a
importação de etanol do Brasil, e ainda dos países da
América Central, seria facilitada. Neste ponto, reafirma-se a
importância do notável avanço do etanol também no México
e na América Central.
Ao final, os assessores de Jeb Bush, juntamente com o ex-
ministro Roberto Rodrigues (FGV), da Comissão Hemisférica
do Etanol, fizeram as seguintes avaliações:
O Brasil e seus produtores precisam parar de pensar como agricultores e sim pensarem como produtores de energia, de petróleo!;
Bioenergy AllianceA aliança do setor sucroalcooleiro
É preciso lutar, urgentemente, para criar demanda e não somente gerar oferta;
Educação: o consumidor não tem idéia do que é o etanol e isso é arma para os opositores;
Reputação: isso é de um valor infinito! Onde está a Marca Etanol? Onde está a Marca Brasileira do Etanol da Cana-de-Açúcar?;
Não se deve falar de independência energética, e sim de segurança energética;
Nos salões dos Conselhos Deliberativos das Multinacionais de Petróleo, não pensam que o etanol vai substituir a gasolina... Será complemento ou aditivo, até 20%!! Afinal, E10 não precisa de infra-estrutura.
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Por João Marcelo Dumoncel
Tradição e modernidadena medida certa
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Filial Santa Bárbara do SulÁrea Experimental
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m 1954 meu pai, João Osório Dumoncel, iniciou, num
trabalho pioneiro, o plantio de trigo no noroeste
gaúcho, surgindo aí a semente do que seria, no futuro, Ea Três Tentos. Criada em 1995, a empresa já nasceu com
tradição agrícola, conquistada nesses quase quarenta anos de
experiência no campo, e ao mesmo tempo moderna. Além da
produção de grãos, passou a desenvolver negócios na
produção de sementes, recebimento e comercialização de
grãos, defensivos e fertilizantes. De lá para cá, já se
passaram 13 anos e, mesmo com os olhos voltados para o
futuro, gosto de fazer uma regressão no tempo para
potencializar a evolução da nossa empresa e buscar a
sustentabilidade e o crescimento do nosso negócio, por meio
de uma performance excelente de mercado.
O que entendo por excelência? A resposta a essa pergunta,
basicamente, está embutida nas nossas missão e visão:
“Trabalhar na produção, industrialização e comercialização de
produtos agrícolas, prestando assessoria técnica e comercial
numa permanente relação de confiança”, de maneira a
“sermos uma empresa de soluções no agronegócio”.
É com esta filosofia e com a nossa tradição agrícola que
buscamos alcançar a excelência a que me referi
anteriormente. Nessa busca, há um grande peso para o
relacionamento com os produtores, com quem procuramos
estabelecer uma parceria duradoura e de confiança mútua.
De nossa parte, oferecemos produtos e serviços da mais alta
qualidade, tanto dentro quanto fora da porteira. Ou seja:
fornecemos todos os insumos para a lavoura e recebemos,
estocamos, comercializamos e fazemos todo o trabalho de
logística dos grãos de soja, milho e trigo. Oferecemos
também a mais alta tecnologia em defensivos agrícolas e
fertilizantes, com atendimento especializado, técnicos
capacitados para a assistência a campo e linhas completas de
herbicidas, fungicidas e inseticidas. Revendendo produtos de
alta performance, priorizamos a assistência técnica e o pós-
venda, com o conceito de produto ampliado.
Com estruturas modernas, facilitamos e agilizamos a entrega
da produção por parte dos agricultores, mantendo os
produtos armazenados dentro dos mais altos padrões de
qualidade. Temos, atualmente, 11 pontos de recebimento,
com estrutura ágil e de fácil acesso. Além disso, repassamos
todas as informações do mercado para manter nossos
clientes atualizados e preparados para fazer o melhor
negócio. Por meio desse canal de comunicação ainda é
possível obter informações com foco em logística, desvio
ferroviário, operações na bolsa de Chicago (CBOT),
protegendo a empresa e os clientes da volatilidade do
mercado.
Estamos embasados no Rio Grande do Sul, mas atuamos
também em Mato Grosso, por meio de nossa coligada Quatro
Ventos Agroindustriais S.A., com unidades em Sorriso e Feliz
Natal. Nossas unidades de beneficiamento de sementes,
recebimento de grãos e comercialização de insumos estão
localizadas nos municípios de Santa Bárbara do Sul, onde fica
a sede da empresa, e em Ibirubá, Saldanha Marinho,
Panambi, Ijuí, Chiapeta, Pejuçara e Coronel Barros, todas no
estado gaúcho.
Estamos trabalhando com a FMC desde o início das
atividades da Três Tentos. Na realidade foi a FMC a
nossa primeira fornecedora de agroquímicos. Nessa
caminhada enfrentamos inúmeras dificuldades, mas
também obtivemos muitas vitórias juntos. Destaco
os trabalhos com Pounce e Boral, nos anos 90, e, em
especial, atualmente a consolidação do Talstar como
o principal inseticida da nossa linha, entre outros.
Tudo isso fez com que os nossos negócios tivessem
um crescimento sustentável ao longo desses anos.
Sem dúvida alguma, se hoje a Três Tentos tem um
bom posicionamento de mercado em nossa região,
devemos parte disso aos produtos da FMC e,
principalmente, ao alinhamento que sempre tivemos
com as pessoas que fazem e representam a FMC aqui
no campo. Uma empresa com excelente portfólio,
com uma política séria e agressiva de negócios e
conduzida por pessoas comprometidas com o
sucesso da agricultura é uma receita infalível de
sucesso, e essa é a FMC na nossa visão.
Parcerias quefazem a diferença
...mesmo com os olhos voltados para o futuro,
gosto de fazer uma regressão no tempo para
potencializar a evolução da nossa empresa...
João Marcelo Dumoncel
Diretor da Três Tentos
Agroindustrial Ltda.
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Por Marty Kisluk
Não há ‘tamanho único’, por isso as divisões de Global Innovation e Supply Chain estão trabalhando de forma customizada para
atender a todas as necessidades específicas dos nossos clientes, lavouras e geografias
Uma redede eficiência
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liderança da Global Innovation, meu mais recente
desafio, me empolga muito porque tenho grande
afinidade com a tecnologia, mas também porque Aacredito na vital necessidade de oferecer soluções únicas
aos produtores, para que, por sua vez, eles possam fornecer
alimentos, fibras e energia para um mundo muito exigente e
carente.
A razão de combinarmos a liderança das áreas de Global
Innovation e Supply Chain está na ligação inerente que
existe entre a criação de um produto novo e inovador e a
produção e a entrega dele a custos altamente competitivos,
de forma a maximizar valor para os nossos clientes.
O nosso compromisso com os produtores brasileiros é o de
fornecer produtos mais eficazes e uma carteira mais ampla
neste mercado cada vez mais sobrecarregado de escolhas.
Para atingir essa meta, criaremos, desenvolveremos e
entregaremos as tecnologias para garantir que os nossos
clientes tenham as ferramentas de manejo de pragas mais
eficientes e seguras para a produção das suas lavouras. À
medida que a agricultura brasileira se torna uma parte cada
vez mais importante do suprimento global de alimentos,
fibras e biocombustíveis, apresentaremos soluções que
permitirão aos nossos clientes produzirem lavouras de
maior qualidade pelo valor esperado. Dirigimos a nossa
pesquisa para criar, enquanto que a nossa cadeia de
suprimentos é voltada para a entrega de soluções de
produtos para atender a todas as necessidades específicas
dos nossos clientes, lavouras e geografias no Brasil. Não
existe o chamado “tamanho único” quando se trata das
necessidades dos clientes.
Este departamento de suprimentos que lidero na FMC
Agricultural Products atua em nível mundial. Intitulado
Global Supply Chain (GSC), tem a responsabilidade de
fornecer produtos de alta qualidade aos nossos clientes,
onde quer que eles sejam necessários, em qualquer parte
do mundo e nas quantidades exigidas, e, ao mesmo tempo,
temos o compromisso de proteger as pessoas, as
comunidades e o meio ambiente. Isso inclui matérias-
primas e aquisição de produtos, ingredientes ativos e
fabricação de fórmulas, desenvolvimento de tecnologia,
logística/transporte e distribuição de produtos, além do
processamento de pedidos e atendimento ao cliente. É uma
rede global formada por pessoas altamente capacitadas,
trabalhando nas áreas de Strategic Sourcing, FMC
Agricultural Products International (FMCAPI), Operações da
América do Norte, Estratégia GSC, Tecnologia Analítica e
Processos, e Planejamento GSC.
A Global Innovation Organization (GIO) é responsável
principalmente pela geração de produtos proprietários e
diferenciados de alto valor, para atingir um crescimento
sustentável e lucrativo. Foca também no crescimento do
nosso negócio básico, criando soluções únicas para os
nossos clientes, usando tecnologias existentes, que
chamamos de Inovação de Mercado. E ainda registramos
criativamente esses produtos e defendemos os produtos
existentes no campo regulatório.
A GIO engloba as áreas de Desenvolvimento de Tecnologia
de Produtos, Marketing Estratégico e Aquisição de
Tecnologia e Licenciamento, GSC Inovação e
Comercialização, Suporte Regulatório e Científico e
Estratégia de Inovação. Como desafios temos, primeira-
mente, e mais importante, que criar um local de trabalho
livre de incidentes e ferimentos e de assegurar o suprimento
adequado à alta demanda por produtos químicos para a
agricultura. Temos ainda pela frente o desafio de fazer os
ajustes necessários às capacidades, organizações e recursos
em Global Innovation (Inovação Global) para acelerar a
aquisição e o desenvolvimento de tecnologias, para obter
mais Inovação de Produtos, além de continuar fazendo a
defesa agressiva e criativa dos seus produtos existentes e
posições de mercado e de capturar oportunidades de
crescimento no curto prazo.
É sempre um desafio aumentar a visibilidade sobre a
demanda futura, para que possamos oferecer precisamente
o que os clientes precisam, onde e quando precisam e ao
menor custo possível. Isso exigirá uma conexão singular da
nossa organização no Brasil com a rede global de suprimen-
tos. O resultado esperado é a melhoria dos serviços
prestados aos nossos clientes, além de conseguir vantagens
competitivas e maiores lucros para a APG.
Temos que nos ajustar e nos adaptar às condições de
constantes mudanças e é por essa razão que acrescentamos
mais velocidade e agilidade nas operações das áreas de
Innovation e Supply Chain. O objetivo aqui é aumentar a
velocidade e a eficiência com as quais usamos as tecnologi-
as existentes para implementar soluções inovadoras, além
de gerar um fluxo regular de soluções proprietárias,
diferenciadas e de alto valor para os nossos clientes.
O sucesso que a FMC traz aos nossos clientes, colaboradores
e acionistas será em grande parte determinado pela nossa
habilidade em atrair, reter e desenvolver gente talentosa.
Essas metas e desafios das áreas de Innovation e Supply
Chain proporcionam uma excelente oportunidade para todos
os colaboradores ao redor do mundo. Esse é o papel mais
importante e fundamental da minha função, e eu estou
absolutamente comprometido a realizar essa tarefa de
forma ímpar.
Marty Kisluk
Diretor de Global Innovation da FMC,
engenheiro e administrador de empresas
que passou por diversos departamentos,
continentes e culturas nos seus 30 anos na APG
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odo mundo tem um objeto de desejo, mas poucos
têm a ousadia de levar uma paixão às últimas
conseqüências. Eu tive. E, sinceramente, foi um dos Tmais valiosos investimentos pessoais que já fiz. Não falo
em relação a valores, pois, hão de concordar comigo,
paixão não tem preço! E a minha é pela tecnologia em
áudio, que pode me proporcionar o melhor som do mundo.
Falando aos apaixonados – há quem seja aficionado por
motos, carros antigos, barcos, obras de arte, miniaturas,
canetas, isqueiros, enfim... –, que certamente irão me
entender, compartilho o orgulho de possuir em minha casa
um estúdio de áudio compatível a de um George Lucas.
Exagero? Garanto que não. Minha reverência ao mundo
mágico do som chegou ao limite da perfeição, podemos
dizer, ao estado de arte.
Falando àqueles que gostam de música – que apreciam
mesmo, e não apenas se contentam em distrair os ouvidos
–, basta explicar que a simples experiência de ouvir um CD
de jazz produz uma sensação de encantamento como se
estivéssemos sendo transportados para dentro do
espetáculo, podendo ouvir o som de cada instrumento, as
nuances da música, num realismo e fidelidade absolutos e,
por isso mesmo, emocionantes. É uma experiência lúdica
única, que somente um sistema de alta performance
poderá lhe permitir.
Para muitos, isso pode não significar muita coisa, mas se
você gosta verdadeiramente de música e é a emoção que
você busca, aceite o meu conselho: arrume um bom
engenheiro de áudio, como fiz, e corra atrás da sua
paixão, conquiste o direito de ouvir um som puro, preciso,
fiel. Seu ouvido agradecerá, mas certamente será a sua
alma a maior beneficiária.
O sistema que implantei no meu estúdio reflete essa
maneira de pensar, desde o mais simples equipamento
até o cuidado com a “decoração”, que coloco entre aspas,
pois a escolha dos móveis, acessórios, cortinas, tapete,
teto, revestimento das paredes, iluminação foi toda feita
pelo seu aspecto funcional, ou seja, visando tirar o
máximo do sistema e melhorar a acústica, e não apenas
obter um ambiente bonito e harmônico, que também não
deixou de ser um critério.
O resultado é a perfeição. Leigos podem não se dar conta,
mas conhecedores, como uma famosa dupla sertaneja
que visitou minha casa, são unânimes em reconhecer
que, muito além de um lugar para ouvir música, sou o
feliz proprietário de um paraíso de áudio particular, que se
presta a uma finalidade: me proporcionar o prazer de
usufruir as boas sensações que a música nos provoca.
Para mim, que desde criança tenho alma musical – toco
bateria, possuo uma coleção de instrumentos musicais e
sou verdadeiramente apaixonado por esta arte –, essa é
uma grande conquista, um sonho realizado. É bom
chegar em casa e saber que posso ter, literalmente, (boa)
música para os meus ouvidos.
Luiz Rossi
Diretor da AgRoss, distribuidora de produtos agropecuários
com sede em Campinas e filiais em Barretos e Pompéia, no
estado de São Paulo, Pouso Alegre e Conselheiro Lafaiete, em
Minas Gerais, Apucarana, no Paraná, e Recife, em Pernambuco
Luiz Rossi e a família
ao lado da caixa de som BW (série única)
Por Luiz Rossi
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Quando o Luiz chegou à nossa empresa, tudo o que ele tinha visto
no mercado eram soluções que não geravam o encantamento
desejado por ele. O que ele queria era exatamente o realismo na
reprodução do sistema de áudio e vídeo. Como um bom conhece-
dor de música, foi muito tranqüilo mostrar a ele que o investimen-
to deveria ser feito majoritariamente na cadeia do áudio, mas sem
descuidar da imagem do sistema. Aqui vemos que a definição do
escopo é fundamental para o processo.
O que se nota hoje no mercado, de uma forma geral, é que o áudio
é muito maltratado no país. Costumo dizer que desde o pamonhei-
ro até a megacasa de shows oferecem uma qualidade de áudio
bastante precária. Por conta disso, basta qualquer pessoa ter
contato com um bom sistema de áudio para notar a diferença. Isso
responde à pergunta de muitos que devem estar pensando: “Será
que tenho ouvido para tudo isso?”. Faça um teste você mesmo!
Edsel Jorge Jr.
Engenheiro de áudio, especialista em som
e ex-colaborador da revista 4 Rodas e
diretor da Universound, em Campinas-SP
Palavra de especialistaMas como se consegue o tal realismo do som? Pense
que um sistema é como se fosse uma corrente com
vários elos. Ela se rompe no mais fraco. Portanto,
todo cuidado é pouco na correta definição dos
equipamentos dessa corrente imaginária, pois o
resultado será dado pelo pior elo dessa corrente.
Nesses mais de 30 anos de mercado (como consumi-
dor e como profissional da área) aprendi que a
atenção aos detalhes faz toda a diferença. Um
exemplo disso? O cabeamento do sistema, algo que
ninguém repara, mas que tem toda uma importância.
Portanto, meu conselho a todos que querem entrar
neste maravilhoso mundo das sensações é procurar
um especialista, assim como tínhamos antigamente
os médicos de família. Boa sorte!
Detalhe da lã
de vidro que
fica sob a tela
de projeção
Painel de madeira
acústico: apesar da
beleza plástica,
pois produz
grande efeito
decorativo,
sua função é
difundir o som
refletido pelo
painel
EquipamentosPara montar um estúdio similar ao de Luiz Rossi, você vai precisar dos
seguintes equipamentos, todos importados dos Estados Unidos e da Europa:
- Projetor com tecnologia DLP para alta definição (HDTV) (projetor adaptado
para os sinais de vídeo de melhor qualidade atualmente);
- Tela de projeção elétrica tensionada (o tensionamento evita o
enrugamento da tela);
- DVD player com saída de alta definição (ele consegue converter DVDs
comuns para imagens de alta definição);
- Processador de áudio e vídeo (é o coração do sistema, onde acontece todo
o processamento de sons e imagens);
- Amplificadores (neles os sinais de baixa intensidade vindos do processador
ganham potência que será aplicada em todas as caixas, sem perda de
qualidade);
- Cabos de interligação (com a utilização de materiais nobres como a prata e
a colocação dos amplificadores próximo às caixas acústicas, consegue-se
minimizar as perdas na passagem da corrente elétrica entre os
equipamentos);
- Caixas acústicas com alto-falantes de kevlar e tweeters de diamante;
- Alto-falantes de kevlar (material rígido e leve usado em coletes à prova de
bala, cascos de barco, na Fórmula 1, o kevlar oferece a um alto-falante a
capacidade de distinguir as menores frações na reprodução do som);
- Tweeter de diamante (o uso deste material confere ao tweeter a
reprodução dos sons agudos além dos limites de audição, uma necessidade
para as mídias de alta definição hoje no mercado);
- Caixas BW (série única): 80% dos estúdios que gravam música erudita no
mundo usam essas caixas.
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Cenário perfeito do desenvolvimento agrícola
Cerrado é um lugar de rara beleza, com destinos
que impressionam pelas paisagens onduladas, os Ocânions e as altas cascadas, e, onde se sabe, tem
um dos maiores índices de produtividade agrícola do
mundo. Encravada nesse pedaço de terra, onde há cerca de
30 anos não se enxergava a menor possibilidade para o
desenvolvimento da agricultura, está a goiana Rio Verde,
hoje o maior produtor de grãos do estado e um dos
destaques do país em exportação.
Foram imigrantes norte-americanos que, ao se instalarem
em Rio Verde em 1969, encantados com a oportunidade dos
valores das terras, deram início a esse boom agrícola no
município, atraindo, ao longo do tempo, outros empreende-
dores de diversas partes do país e do mundo. Atualmente, a
população de mais de 130 mil habitantes é composta Foto
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Ao visitar Rio Verde a negócios, vale a pena dedicar um
tempinho para conhecer as inúmeras cachoeiras da região.
Para os adeptos da prática de esportes radicais, como rapel
e canoagem, não faltam opções, mas há também progra-
mas mais lights, como os lagos, perfeitos para banho, ou
simplesmente apreciar o visual das inúmeras cachoeiras,
entre elas as da Pitanga, Água Limpa ou a de São Tomás,
com suas águas volumosas, três quedas d’água e milhares
de pedras coloridas, uma das mais visitadas pelos turistas.
O município possui ainda um rico patrimônio histórico,
cultural e religioso na área urbana, construído em seus 157
anos de história.
Na hora do lazer
A cidade fica a 220 km de Goiânia, capital do Estado, e a
420 km de Brasília, DF. Sua topografia é plana levemen-
te ondulada e o clima apresenta duas
estações bem definidas: uma seca (de
maio a outubro) e outra chuvosa (de
novembro a abril).
Localização
também por colônias de holandeses e russos, além de
paulistas e gaúchos, formando um grande mosaico cultural
e de conhecimentos agrícolas, com os maquinários,
tecnologias, recursos e experiências que trouxeram
consigo.
O resultado dessa mistura também se vê nas lavouras, com
uma produção diversificada de milho, sorgo, algodão, arroz,
feijão e outros vegetais, além da soja, que, efetivamente,
fez com que Rio Verde se tornasse a cidade que mais cresce
no Centro-Oeste brasileiro, atraindo agroindústrias e
colocando-a na agenda do turismo de negócios. Lá também
são realizadas a Tecnoshow Comigo e a Exposição
Agropecuária (segunda maior feira nacional de Gado
Nelore, que recebe cerca de 100 mil visitantes), entre
outros eventos do agronegócio, mantendo sempre lotada a
rede hoteleira, composta por mais de 30 hotéis, além de
pousadas e estâncias. Tamanha demanda atraiu para a
cidade inclusive um grande grupo hoteleiro que atua no
país, prestes a se instalar no município.
Rio Verde conta ainda com uma tradicional festa junina,
chamada Arraial das Abóboras, que, com duração de cinco
dias, recebe cerca de 50 mil pessoas de todo o país para
conferirem o concurso de quadrilhas (estilizada e tradicio-
nal) e saborearem, nas barraquinhas, quitutes próprios das
festas juninas e as delícias da cozinha típica de Goiás. Por
sinal, a gastronomia é um capítulo à parte. A culinária
goiana tem grande influência indígena e entre os pratos
mais comuns estão arroz com pequi (árvore própria do
cerrado), pamonha, peixe na telha, galinhada e guariroba
(palmito com gosto amargo). Nesse quesito, Rio Verde
oferece boas opções de restaurantes e bares para os
turistas.
Goiânia
Brasília
Rio Verde
Santo Antônio da Barra
Montevidiu
Aparecida do Rio Doce
Castelândia
Santa Helena de Goiás
Cachoeira da Água Limpa
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Tecnoshow Comigo
O evento, que integrava a Agrishow até o ano
passado, teve sua primeira edição em abril deste
ano, com grande sucesso de público e resultados de
negócios.
Abril
Rally dos Sertões: etapa em Rio Verde
Este ano ocorreu a passagem inédita do Rally dos Sertões
pelo Sudoeste Goiano, em Rio Verde, em evento realizado
em junho.
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Exposição Agropecuária/Rodeio em
Touros
Outro grande evento que movimenta Rio Verde é o Rodeio
em Touros, que acontece dentro da Exposição
Agropecuária. A cidade é tetracampeã do troféu Arena de
Ouro, como o Melhor Rodeio em Touro do País. O evento
acontece todo mês de julho, dentro da Exposição
Agropecuária.
Exposição de Carros Antigos “Bons
Tempos”
A exposição de carros antigos é promovida no mês de
agosto pelo Hotel Bons Tempos e atrai expositores de
várias partes do Brasil, apresentando em média 70 carros.
Julho
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Serra Caiapônia (na região de
Rio Verde)
Arraial das Abóboras
O Arraial das Abóboras é um evento anual,
que ocorre no mês de junho. Resgata a
cultura, valoriza e difunde o folclore,
destacando as danças típicas das quadrilhas
juninas, além de estimular o intercâmbio
cultural dos municípios e estados vizinhos, uma vez que se
realiza o Concurso Nacional de Grupos de Quadrilhas
Juninas.
Junho
Fonte: Assessoria de Imprensa Prefeitura Municipal de Rio Verde
Colaboraram com esta matéria o Supervisor de Vendas Ricardo
Canêdo - Regional Grãos Super e o RTC Fabiano Alves - Regional
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PorMauro Naves
9 de junho de 1958. A data é histórica para o
futebol brasileiro. Nesse dia, em Estocolmo, na 2Suécia, o Brasil conquistou pela primeira vez uma
Copa do Mundo. Era o início da série que levaria o país,
44 anos depois, a se tornar o único pentacampeão do
mundo. Era o fim do nosso complexo de inferioridade
nesse esporte, ou, como escreveu o dramaturgo Nelson
Rodrigues, o fim do nosso complexo de vira-latas.
A idéia de que nossa seleção andava com a auto-estima
em baixa tinha fundamento. Afinal pesava ainda sobre
ela a desastrosa derrota para o Uruguai, em pleno
Maracanã, na final da Copa de 50, e uma participação
pífia na de 54, na Suíça. Como então acreditar que em 58
seria diferente? Mas foi. E pra se conseguir isso houve um
planejamento sério, profissional. Pela primeira vez foi
montada uma comissão técnica completa, incluindo-se
nela novidades como, por exemplo, um dentista, um
psicólogo e até um cozinheiro para fazer o feijão com
arroz com "sabor brasileiro".
Com garrae fé
A verdadeira história da Copa de 1958
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Jornalista esportivo da
Rede Globo de Televisão
Mauro Naves
À frente dessa comissão, um homem de visão e com
autoridade: Paulo Machado de Carvalho, que seria
conhecido depois como o “marechal da vitória” e que
receberia como maior homenagem ceder o nome para o
estádio do Pacaembu, em São Paulo. Ao receber de João
Havellange, presidente da então CBD (Confederação
Brasileira de Desportos), o convite para chefiar a
delegação, coube ao Dr. Paulo – como ele era tratado –
montar toda a programação e exigir dos jogadores um
regime de dedicação e concentração até então não
colocado em prática na seleção.
Há quem assegure que, durante os 27 dias em que a
delegação permaneceu na Suécia, o Dr. Paulo não
dormiu um minuto sequer, preocupado em evitar que as
maravilhosas loiras escandinavas “tirassem” a
concentração e a força física de nossos craques. Em
entrevista recente, Pelé admitiu que não arrumou
nenhuma namoradinha por lá e que, assustado, até
virou o rosto e rezou dois “pai-nossos” quando deu de
cara com uma loira fazendo topless à beira de um lago
que havia próximo à concentração. Pra quem tinha 17
anos e vinha de Bauru, aquilo era o fim do mundo. Mais
experiente, Garrincha talvez não tenha rezado. Mas vale
lembrar que só um ano depois, numa excursão com o
Botafogo, e já não tão vigiado assim, o atacante
arrumou uma namorada por lá, com quem, por sinal,
teve um filho.
Mas as preocupações do chefe da delegação iam muito
além de apenas evitar as escapadelas noturnas da
concentração. Um momento de atuação marcante dele
ocorreu nas vésperas da final contra a Suécia. Até ali os
dois países haviam disputado a Copa com a mesma cor
de camisa: amarela. Houve, então, um sorteio. E o Brasil
perdeu. Teria que usar o azul. E agora? Mudar a camisa
que vinha dando sorte? A camisa que levou o time até a
final? Preocupado com o que pensariam os mais
supersticiosos, Dr. Paulo reuniu os jogadores e, omitindo
a estória do sorteio, disse a eles que a escolha havia sido
dele. E que daria sorte porque azul era a cor do manto
de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil.
O mundo todo sabe que foi mesmo uma final abençoada:
o Brasil ganhou por cinco a dois, com shows de Pelé e
Garrincha. Cinqüenta anos depois dessa primeira
conquista, estive na Suécia entrevistando jogadores da
seleção sueca e torcedores que estiveram no estádio
Rassunda naquela gloriosa tarde de 29 de junho. E de
todos, sem exceção, ouvi rasgados elogios àquele grupo
de craques brasileiros.
O encantamento com o futebol jogado pelo Brasil foi tanto
que pode ser definido na frase dita na época por George
Raynor, técnico da seleção sueca: “O time brasileiro era
tão bom que eu tinha medo de começar a torcer por ele”.
29 de junho de 1958. Na Suécia ninguém se esquece
dessa data. Os brasileiros deveriam fazer o mesmo.
Na próxima edição gostaríamos de aproveitar este espaço para matar a curiosidade de nossos leitores. O que você gostaria de saber sobre a vida pessoal ou a carreira de qualquer ídolo do esporte brasileiro? Mande a pergunta para [email protected] e confira a resposta aqui na próxima edição da FMC Square. Até lá!!
O azul daria sorte, porque era a cor do
manto de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira
do Brasil
Pergunte ao seu ídolo
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Shogun, de James Clavell´sO principal motivo para eu indicar este livro foi a sua
capacidade de me prender a atenção. Eu li as suas mais de
mil páginas em 26 horas ininterruptas.
É um livro de ficção "histórico", que trata da exploração do
Japão no final do século 16 pelos portugueses, holandeses,
espanhóis e ingleses, tendo como principais personagens o
major-piloto (anjin-san) inglês Blackthorne, do navio
holandês Erasmus, naufragado nas costas do Japão durante
a guerra civil, e o Shogun (título máximo do feudalismo
japonês) Toronaga, de quem se aproxima e aos poucos
recebe treinamento de samurai. Nesse meio tempo, se
apaixona por uma linda mulher que se divide entre dois
modos de vida, duas formas de amor... O romance mostra o
choque cultural entre ocidentais e orientais, envolvendo
paixão, conflito, ambição e disputa pelo poder.
Trata-se de um livro magnífico cuja história é claramente a
inspiração para o filme “O último Samurai”, estrelado por
Tom Cruise, sendo, porém, muito superior a este. Enfim, é
um clássico que merece estar na sua estante!
Sérgio NogueiraGerente Grupo Uirapuru
Leitura
Dreamland - Madeleine PeyrouxMencionada a palavra jazz, você logo busca na memória
enfadonhas horas de espera nas ante-salas odontológicas ou
então um elevador cheio a caminho do 29º andar? Dispa-se
deste preconceito e atentamente deixe o jazz lhe ser apresenta-
do por Madeleine Peyroux. Abençoada pelas divas do gênero –
comprova-se isso com a incrível semelhança do seu timbre vocal
com o de Billy Holliday –, essa franco-americana é um exemplo
das novas cantoras de jazz que conseguiram trazer inovações ao
estilo preservando sua essência.
No CD chamado "Dreamland" não há espaço para intermináveis
solos de baixo acústico, mas sim para arranjos que primam pela
simplicidade e permitem a Madeleine expor seu talento,
cantando tanto em inglês como em francês.
Recheado de generosidade, o jazz de Madeleine admite faixas
com voz e violão, influências de blues e de música francesa da
década de 60, que são combinados na medida exata para nos
proporcionar um álbum irretocável, onde, faixa a faixa, nos
sentimos surpreendidos.
Cosmopolita como sua criadora, “Dreamland” preenche desde
uma solitária viagem de carro a tema de novela, e sugiro aqui
que preencha também um espaço na sua discoteca.
Aproveitem Madeleine Peyroux!
Ivan MorenoGerente de Demanda & Customer Service
Música
Como um encontro de amigos, este é o espaço ideal
para a troca de experiências e impressões sobre
assuntos que todo mundo adora conversar. Viu um
filme e gostou? Leu um livro imperdível? Conte pra
gente! Com certeza sua opinião terá muito valor.
A nova coluna Praça da Cultura é aberta a todos que
apreciam artes como a música, o cinema, a literatura
e também a arte de degustar um bom vinho.
Portanto, fique à vontade, este espaço é seu. E, para
nós, será um prazer tê-lo por aqui.
Este espaço é seu.Sejabemvindo!
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Desafiando gigantesGosto deste filme porque ele traz uma reflexão muito
boa para as nossas vidas pessoal e profissional.
Consegue despertar em nós o desejo de influenciar o
próprio caminho através das nossas atitudes.
O filme conta a história de um treinador de futebol
americano de uma escola que nunca tinha conseguido
levar o time a uma final do campeonato nacional. A
pressão por resultados desencadeou problemas
pessoais e profissionais quase insuperáveis, vindo a
comprometer o seu trabalho, quando passa pela sua
cabeça desistir de tudo. Nesse momento surge alguém
que começa a instigá-lo a mudar os seus conceitos
sobre fé e família. É por meio dessa mudança que ele
descobre a força da perseverança para conseguir
vencer. A mensagem que fica é: “nunca desista, nunca
volte atrás em seus objetivos, nunca perca a fé”.
Vejam, vale a pena!
Este eu degustei e recomendoIndicar um vinho é algo bastante comprometedor. A
preferência por um determinado vinho é sempre uma
escolha muito pessoal. Vale sempre repetir que o melhor
vinho é aquele que a gente gosta. Todavia, considerando
que o mundo dos vinhos nos permite sempre novas
descobertas, gostaria de compartilhar esse conhecimento
com os amigos, leitores desta revista, recomendando um
vinho chileno que me chamou muito a atenção. Estou
falando do tinto Anakena Cabernet Sauvignon Reserva -
Safra 2005. Um vinho expressivo, complexo, saboroso e
persistente. Este varietal produzido 100% com uvas
Cabernet Sauvignon cultivadas nos vinhedos próprios da
Viña Anakena, estabelecida no Valle de Rapel, junto à
Cordilheira dos Andes, no Chile, foi envelhecido em barril de
carvalho francês por 12 meses, o que o tornou generoso ao
paladar, com taninos redondos e uma estrutura equilibrada
na boca. A Anakena é uma vinícola relativamente jovem,
fundada em 1998, mas cujos vinhos estão se mostrando
muito interessantes, com várias premiações internacionais
e – o que sempre é bom para nós consumidores – com um
bom custo-benefício. Embora as indicações e avaliações de
vinhos nos auxiliem na escolha do vinho que queremos
beber, estas são apenas meras referências para elegermos o
vinho com o qual mais nos identificamos. O que vale mesmo
é descobrirmos em cada vinho algo novo, excitante e
prazeroso, que nos motive sempre a aprendermos, a cada
taça degustada, um pouco mais sobre essa maravilhosa e
histórica bebida.
Para participar, entre em contato pelo e-mail [email protected]
Werner TiedeSLC Agrícola S.A.
Alexandre BarretoGerente ComercialNordeste Atacado
Vinho
Filme
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