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Pagamento por contato (NFC) volta ao palco Moeda virtual atrai hackers e gera prejuízos DataSus integra gestão da saúde pública Fabricantes e provedores de serviços traduzem suas ofertas AS VÁRIAS FACES DO CLOUD COMPUTING Ano 7 | nº 73 | outubro de 2011 www.tiinside.com.br ESPECIAL: E-GOV Conectividade e presença na web são a tônica

Revista TI Inside - 73 - Outubro de 2011

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Page 1: Revista TI Inside - 73 - Outubro de 2011

Pagamento por contato (nfc) volta ao palco

Moeda virtual atrai hackers e gera prejuízosDataSus integra gestão

da saúde pública

fabricantes e provedores de serviços traduzem suas ofertas

AS VÁRIAS FACES DOCLOUD COMPUTING

Ano 7 | nº 73 | outubro de 2011 www.tiinside.com.br

ESPECIAL: E-GOV

conectividade e presença na web são

a tônica

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Job: 16337-057 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 16337-057-AFJ-TIM-An Rev Liberty Web Empresas 46x30.5_pag001.pdfRegistro: 51876 -- Data: 20:16:35 17/10/2011

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Job: 16337-057 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 16337-057-AFJ-TIM-An Rev Liberty Web Empresas 46x30.5_pag001.pdfRegistro: 51876 -- Data: 20:16:35 17/10/2011

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>editorial Ano 7 | nº 73 |outubro de 2011 | www.tiinside.com.br

Bons ventos nas nuvens

>sumário

Independente dos conceitos, das modalidades e plataformas, o mercado de aplicações nas nuvens, o cloud computing, é um caminho sem volta. Praticamente todos os fornecedores e provedores de serviço dedicam tempo

e finanças no desenvolvimento de uma versão “as a service” de seus produtos. O mesmo caminho começa a ser trilhado pelos usuários.

De acordo com pesquisa da IDC, de abril último, 18% das empresas de pequeno e médio porte no Brasil já utilizam algum serviço hospedado na nuvem, com perspectivas de índice subir para próximo dos 35% daqui a dois anos. Nos Estados Unidos e Europa, os números atingidos já estão por volta de 40%, o que mostra o potencial de crescimento nesse segmento.

No mercado global, do ponto de vista das grandes empresas, a IDC aponta que 5% do orçamento de TI estão sendo canalizados para a contratação de soluções na nuvem e a previsão é que o índice chegue a 25% até 2015. Os executivos de TI estão convencidos dos atributos da plataforma, a flexibilidade, escalabilidade e o modelo de “pay-per-use”, que transforma Capex em Opex.

Aliado à dobradinha cloud e “as a service”, temos a virtualização como porta de entrada para a redução de custo, palavra que soa como música nos ouvidos dos CIOs e CEOs, que a cada ano querem

ver a TI fazendo mais com menos. A modalidade cloud pública ainda enfrenta resistências no mundo e, igualmente no Brasil, mas aos poucos derruba barreiras e começa a registrar alguns projetos.

Em outra reportagem, também especial, vemos que o inseto do “fazer mais” picou as equipes de governo não só da presidenta Dilma Rousseff como também dos Estados e Municípios.

A descoberta é que os investimentos na popularização dos links de comunicação e dos serviços de governo eletrônico (e-gov) podem aproximar o poder público da sociedade e que, como na oferta cloud, trata-se de um caminho sem volta. A população está cada vez mais inserida no contexto da web, aprova os serviços de e-gov experimentados e aguarda novas ofertas.

Seguindo os rastros da iniciativa privada, falta aos governos uma participação efetiva nas redes sociais. Como relatado na reportagem que contém como personagens o Walmart, a Johnson & Johnson e o Student Travel Bureau, há muito o que aprender com as vozes da internet.

Boa leitura.Claudiney Santos

Diretor/[email protected]

CAPA: BIORAVEN/SHUTTERSTOCK

NEWS6 Dois dígitosMercado brasileiro deve crescer 13% este ano, segundo a IDC

6 LargadaItautec prepara lançamento de tablet

10 AlinhamentoGoverno regulamenta emprego de recursos em projetos de TI

GESTÃO12 Tráfego gerenciadoGrupo Bandeirantes economiza de 30% com contratação de links de comunicação

13 DatasusServiço concentra informações da saúde pública brasileira

14 ESPECIAL E-GOVOs investimentos dos governos em conectividade e em serviços eletrônicos

GESTÃO FISCAL35 DocumentosCFJ adota certificação digital em sistema GED

GESTÃO SEGURANÇA37 Dinheiro virtual é novo foco de hackers e nova preocupação de usuários

MERCADO40 Dinheiro no celularProposta ganha espaço nas estratégias de operadoras de telefonia e administradoras de cartões

42 NFCSerá o futuro do m-payment?

INTERNET43 Redes SociaisWalmart, Johnson & Johnson e Student Travel Bureau dão voz aos consumidores

Instituto Verificador de Circulação

Presidente Rubens Glasberg Diretores Editoriais André Mermelstein Claudiney Santos Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski

EditorClaudiney Santos

RedaçãoJackeline Carvalho

(Comunicação Interativa)

ColaboradoresClaudio Ferreira Marcelo Vieira Ruan Segretti

TI Inside OnlineErivelto Tadeu (Editor)

Victor Hugo Alves (Repórter) Gabriela Stripoli (Repórter)

ArteEdmur Cason (Direção de Arte); Débora Harue Torigoe

(Assistente); Rubens Jardim (Produção Gráfica); Geraldo José Nogueira (Edit. Eletrônica);

Alexandre Barros e Bárbara Cason (Colaboradores)

Departamento ComercialManoel Fernandez (Diretor)

Carla Gois (Gerente de Negócios); e Ivaneti Longo (Assistente)

Gerente de Circulação Patrícia Brandão

Gerente de Inscrições Gislaine Gaspar

Marketing Harumi Ishihara (Diretora)

Gisella Gimenez (Assistente)Gerente Administrativa

Vilma Pereira

TI Inside é uma publicação mensal da Converge Comunicações - Rua Sergipe, 401, Conj. 603,

CEP 01243-001. Telefone: (11) 3138-4600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP.

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Centro Empresarial Liberty Mall - CEP: 70712-903 - Fone/Fax: (61) 3327-3755 - Brasília, DF.

Jornalista ResponsávelRubens Glasberg (MT 8.965)

ImpressãoIpsis Gráfica e Editora S.A.

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista, sem autorização

da Glasberg A.C.R. S/A

CENTRAL DE ASSINATURAS 0800 014 5022 das 9 às 19 horas de segunda a sexta-feira

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REDAÇÃO (11) 3138-4600E-mail [email protected]

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INFRAESTRUTURA12 CAPAAs várias faces do cloud computing

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O Cartão BNDES tem a menor taxa de juros do mercado – 0,97% ao mês*–, pagamento em até 48 prestações fi xas, isenção de anuidade

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*Taxa de juros de 0,97%, vigente em outubro de 2011. **Bancos emissores: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Itaú. A definição do limite, a concessão do crédito e a cobrança são da responsabilidade do banco emissor.

BNDES TIinside 23x30,5 (%).indd 1 17/10/11 12:15

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>news

O Brasil é hoje o oitavo maior mercado de TI do mundo, com mais de US$ 37 bilhões e deve crescer, até o fim deste ano, cerca de 13%, atingindo mais de US$ 42 bilhões, segundo

um estudo da IDC. Já o mercado mundial de TI deve encerrar o ano com mais de US$ 1 trilhão, um crescimento de 7,5% em relação a 2010. Somente o segmento de infraestrutura – que engloba serviços de implantação de sistemas, suporte e gerenciamento de operações, software de infraestrutura, servidores, sistemas de armazenamento e equipamentos de rede – deve crescer 2,7% neste ano.

O país responde por 1,9% do mercado mundial de infraestrutura de TI e, neste ano, deve movimentar US$ 13,5 bilhões, cifra que, se confirmada, representará aumento de 7% na comparação com 2010. O segmento de infraestrutura representa 32,1% do mercado nacional de TI. “O Brasil ainda tem muito que investir, não apenas em portos, aeroportos e infraestrutura em geral. Mas estamos passando por um momento de forte crescimento, o que traz boas perspectivas para o país”, disse Alexandre Vargas, analista de mercado da IDC Brasil.

A estimativa da IDC é de que o mercado de infraestrutura mundial cresça 2,7% em 2011 em comparação ao ano anterior. E, além do Brasil, outros países devem crescer em um curto período, especialmente Rússia, Índia e China. O estudo revela que a China pode registrar um aumento de aproximadamente 21% no segmento de TI neste ano, seguida pela Rússia, que deve crescer 20%. Já a Índia apresentará um desenvolvimento de aproximadamente 11% no setor.

A principal mudança no cenário de infraestrutura está relacionada à chamada “terceira onda de tecnologia”, influenciada especialmente pela mobilidade. O estudo da IDC mostra que em 2015 o Brasil venderá mais smartphones do que telefones convencionais. Além disso, a mobilidade também impulsionará o mercado de cloud computing e a chamada consumerização. De acordo com os dados da IDC, 74% das empresas fornecem aos funcionários o acesso remoto a uma ou mais aplicações corporativas por meio da internet.

A principal mudança no cenário de Infraestrutura está relacionada à chamada “terceira onda de tecnologia”, marcada especialmente pela mobilidade. Como uma amostra dessa

tendência, estudos da IDC apontam que em 2015 o Brasil já venderá mais smartphones do que telefones convencionais.

A mobilidade é também um dos fatores que impulsionam o mercado de cloud computing e o fenômeno

da consumerização de TI – uso de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, e de redes sociais no ambiente

corporativo. Dados mostram que 74% das empresas já disponibilizam aos funcionários o acesso remoto a

uma ou mais aplicações corporativas por meio da internet. “Este é um ponto

complicado para o gestor de TI. Ele precisa alinhar as políticas da companhia com soluções que ofereçam segurança e desempenho

durante o acesso dos trabalhadores às informações da empresa em

dispositivos móveis. O gestor de infraestrutura do futuro precisará ter um perfil

mais facilitador e não puramente técnico” comentou Vargas.

A medida provisória 534, que autorizou incentivos fiscais de PIS/Cofins para os tablets ao

incluir os fabricantes na Lei do Bem (11.196/05), tende a ser insuficiente para garantir a popularização dessa tecnologia no Brasil. A conclusão é de um levantamento feito no último dia 25 de maio pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), durante reunião do comitê de Tecnologia da Informação & Comunicações (TIC), e envolveu 60 empresários, executivos e gestores do setor de TIC.

Dos entrevistados, 78% afirmaram

que a medida não basta para atingir esse objetivo, sendo necessárias também outras ações, tais como o Plano Nacional de Banda Larga (38%); criação de uma política própria de desenvolvimento do setor (30%); e maior financiamento público para o segmento (10%).

Entre os obstáculos a uma maior disseminação no Brasil dessas tecnologias – e de similares, como os smartphones – os entrevistados citaram alto preço dos produtos (62%); elevado custo do acesso a banda larga (37%); grande desconhecimento por parte dos

consumidores das vantagens tecnológicas desses aparelhos (12%); e baixa inclusão digital da população (9%).

PreparaçãoA sondagem também identificou

que as empresas de TIC estão se preparando para atuar no segmento de tablets e smartphones. Cerca de 67% dos respondentes afirmaram que já vêm desenvolvendo soluções específicas nesse sentido ou pretendem fazê-lo até 2012, com foco, sobretudo, no lançamento de aplicativos (53%) e softwares (18%).

Dois dígitos para a TIcMercado brasileiro deve crescer 13% este ano, segundo a IDC

Benefício minguado?Exoneração prevista na MP dos tables é insuficiente para popularizar dispositivo, dizem fabricantes

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ESTUDOS APONTAM qUE, EM 2015, O BRASIL jÁ VENDERÁ MAIS SMARTPhONES DO qUE TELEFONES CONVENCIONAIS

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>news

As remessas de PCs no terceiro trimestre totalizaram 91,78 milhões de unidades, número 3,2% maior que os 88,95 milhões de microcomoputadores embarcados no mesmo

período de 2010, segundo estudo do Gartner. O resultado ficou abaixo da estimativa inicial da consultoria, que havia projetado um aumento de 5,1% para o período.

O destaque no trimestre ficou com a Lenovo, que ultrapassou a Dell e a Acer no ranking mundial de vendas de PCs, em unidades. A fabricante chinesa saltou da quarta para a segunda posição entre julho e setembro deste ano. A participação de mercado da Lenovo no período foi de 13,5%, enquanto a Dell e Acer registraram market share de 11,6% e 10,6%, respectivamente.

A escalada da Lenovo se deve à expansão de 25,2% nas vendas de PCs no trimestre. Por outro lado, a Dell viu suas remessas recuarem 1,4% e a Acer, 23,2%. A líder do ranking continua sendo a hP, que respondeu por 17,7% dos PCs entregues entre julho e setembro deste ano.

Na América Latina, as vendas de PCs cresceram 19,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2010. Com um aumento de 31,1% nas vendas, os PCs portáteis foram os principais responsáveis pelo desempenho. Já as remessas de desktops tiveram aumento de 6,5%.

A Sony admitiu em seu blog oficial que as redes do Playstation, Sony Entretainment Network (SEN) e Sony Online Entretainment (SOE) foram

invadidas e 93 mil usuários tiveram suas senhas roubadas. De acordo com Philip Reitinger, vice-presidente sênior e CIO do grupo japonês, os usuários afetados representam menos de 0,1% do número total de contas da empresa. A fabricante diz que está investigando a fonte dos ataques e Reitinger afirma que os acessos, baseados em tentativa e erro, podem ter tido origem em “outra fonte que não nas nossas redes”.

Como medida preventiva, a Sony desativou as contas afetadas e orientou os usuários a alterar suas senhas para ter seus dados recuperados. A empresa está notificando os atingidos por e-mail.

Esta é a segunda invasão no ano – em abril, cibercriminosos acessaram endereços, e-mails, datas de nascimento e outros dados sigilosos de mais de 100 milhões de usuários da PlayStation Network. Na ocasião, a empresa demorou a notificar seus clientes e algumas pessoas chegaram a ter seus dados de cartão de crédito roubados. Segundo estimativa da consultoria Ponemon Institute, a Sony deve gastar entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões com as reparações decorrentes deste caso.

Depois de ter admitido uma falha nos serviços que deixou milhões de usuários de BlackBerry sem os serviços de e-mail, messenger e internet por

três dias na semana passada, inclusive no Brasil, a Research In Motion (RIM) anunciou a oferta de US$ 100 em aplicativos para os clientes que foram prejudicados com a queda da rede.

Segundo a fabricante, os aplicativos estarão disponíveis para download gratuito, por tempo limitado. A RIM também anunciou um mês de suporte técnico gratuito como compensação pela falha, que deixou os clientes bastante irritados. Em nota, o Co-CEO da empresa, Mike Lazaridis, pediu desculpas aos clientes. “Estamos trabalhando incansavelmente para recuperar sua confiança. Estamos tomando providências imediatas e agressivas para que isso não aconteça de novo”, afirmou.

Dança das cadeirasLenovo ultrapassa Dell e Acer no mercado de microcomputadores

DIVERSÃO EM cRISE

Recall do Blackberry

A Itautec se prepara para disputar o mercado brasileiro de tablets. O equipamento da fabricante de PCs está pronto e deve ser anunciado no final de outubro ou no início de

novembro, segundo divulgou a fabricante em meados do mês. A empresa recebeu aprovação do Ministério da Ciência e Tecnologia para obter incentivos fiscais com base no Processo Produtivo Básico (PPB), que isenta de pagamento de PIS e Cofins os tablets produzidos no Brasil. Além disso, alguns estados concederão benefício fiscal relativo ao ICMS.

A empresa diz que começa a vender os tablets até o fim do ano. Ele deverá ser fabricado na unidade da empresa em Jundiaí, no interior de São Paulo. Detalhes sobre o produto não foram revelados, mas é provável que ele seja baseado no sistema Android, do Google, e que tenha preço a partir de R$ 1.000.

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>news

O mercado de software de gestão empresarial (ERP) no Brasil deve registrar crescimento de 14,2% neste ano e

movimentar R$ 2,04 bilhões, de acordo com projeção da e-Consulting. A consultoria aponta que nos últimos três anos o setor movimentou R$ 4,72 bilhões. Para o próximo triênio, ela avalia que a indústria de ERP manterá o ritmo de expansão e fechará 2014 com faturamento de R$ 3,02 bilhões, o que, se confirmado, representará um crescimento de 48% na comparação com este ano.

A consultoria atribui o bom desempenho a dois fatores principais: a forte demanda por ERP das

empresas e a expansão do portfólio de produtos dos principais fabricantes de software de gestão por meio de aquisições de competidores menores e focados em nichos de mercado.

A e-Consulting apresentou dois outros relatórios. Um deles aponta que o mercado brasileiro de CRM alcançará receita de US$ 1,29 bilhão neste ano, um crescimento de 18,5% em relação ao ano passado. O outro indica que a indústria brasileira de business intelligence (BI) deve ter expansão de 16,6% neste ano, totalizando R$ 476 milhões, cifra que subirá para R$ 544 milhões em 2012 e R$ 748 milhões, em 2014.

Buscar mais eficiência e eficácia e economizar no emprego dos recursos públicos utilizados na área

da tecnologia da informação. Esta é a meta do governo federal com a publicação do Decreto nº 7579, que trata da regulamentação dos Sistemas de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP). O decreto especifica a estrutura usada para a organização do trabalho, controle, supervisão e coordenação da área de TI em órgãos da administração direta, autárquica e fundacional.

Antes da publicação do decreto, o SISP estava vinculado à antiga Secretaria de Administração federal da Presidência da República. Com o decreto, a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do Planejamento, passa a ser oficialmente o órgão central do sistema. Outra novidade do novo decreto está na possibilidade das empresas públicas e sociedades de economia mista participarem do SISP.

Para Corinto Meffe, diretor do Departamento de Integração e Sistemas de Informação da SLTI, ao aderir ao SISP esses entes governamentais terão acesso ao conjunto de benefícios que o sistema gera para os órgãos que são participantes. Segundo o diretor, empresas públicas e

sociedades de economia mista enriquecem o SISP ao serem participantes. “Na verdade, o que se percebe com esta novidade é a possibilidade de um maior compartilhamento de informação, de experiências, inclusive de adesão a instrumentos normativos ou práticas”, explica.

Anteriormente, a participação delas no sistema era apenas como colaboradora. De acordo com o decreto, a participação destas entidades deve constar de termo próprio a ser firmado entre os dirigentes destas e a SLTI.

Em boa faseMercado brasileiro de ErP manterá o ritmo de expansão e fechará 2014 com faturamento de r$ 3,02 bilhões

Governo regulamenta emprego de recursos em projetos de TInormatização amplia espírito colaborativo entre empresas públicas e de capital misto A Microsoft concluiu a aquisicão

do Skype por US$ 8,5 bilhões. O negócio foi

anunciado em maio último, e já havia sido aprovado pelo conselho de administração de ambas as empresas. A partir de hoje, o Skype passa a ser, oficialmente, uma divisão de negócios da gigante norte-americana de software.

O CEO do Skype, Tony Bates, assume como presidente da nova divisão e se reportará diretamente ao CEO da Microsoft, Steve Ballmer. Segundo comunicado divulgado pela Microsoft, o Skype continuará a oferecer os atuais produtos globalmente, mas a expectativa de longo prazo é de que essas soluções sejam integradas aos produtos Microsoft. O plano é ampliar e acelerar a atuação da nova divisão, com a meta de atingir 1 bilhão de usuários.

Os funcionários do Skype permanecerão nos escritórios da empresa em diversos países, incluindo Estonia, República Tcheca, Rússia, Suécia, Reino Unido, Luxemburgo, Japão, Singapura, hong kong e Estados Unidos. A aquisição ainda aguarda autorização em alguns países e será concluída em cada um deles na medida em que as análises dos órgãos reguladores forem finalizadas.

SInAL VERDE

COM O DECRETO, A SECRETARIA DE LOGíSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAçãO (SLTI), DO MINISTéRIO DO PLANEjAMENTO, PASSA A SER OFICIALMENTE O óRGãO CENTRAL DOS SISTEMAS DE ADMINISTRAçãO DOS RECURSOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAçãO

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fundado em 1937, a partir de uma estação de rádio, o Grupo Bandeirantes de Comunicação é um dos maiores conglomerados de mídia do País. Com matriz na

cidade de São Paulo e filiais em todo o Brasil, a empresa possui duas redes de televisão aberta, três canais por assinatura e seis redes de rádio, além de jornais, uma distribuidora de sinal e conteúdo a cabo e plataformas web.

Suportar toda a infraestrutura de rede necessária para as operações de uma empresa tão grande e complexa não é simples. A equipe da TI do Grupo vinha se deparando com um tráfego excessivo de dados, com demanda mensal crescente - a conexão dedicada de cerca de 100 Mbps era muitas vezes insuficiente, o que exigia contratação de banda adicional.

“Nosso objetivo era conseguir controle de tráfego com segurança, que permitisse gerenciar e dedicar banda larga para determinados serviços em períodos distintos, identificando inclusive o consumo desnecessário em alguns setores”, explica Paulo Roberto Santos, gerente de segurança da informação e telecom do Grupo Bandeirantes.

Os administradores de TIC da Band precisavam também de relatórios detalhados sobre o consumo de cada departamento. Cada uma dessas seções recebia um link com banda às vezes superdimensionada, outras vezes insuficiente. “havia departamentos com três vezes mais link do que o necessário”, diz André Gomes, gerente de contas corporativas da EZ-Security.

A EZ, integradora especializada em segurança, gerenciamento e controle de tráfego no acesso à internet, foi responsável pela implementação da solução EX1100, da A10 Networks, em

resultado da implantação da solução é o controle e a capacidade de saber quanto cada departamento consome. Assim, há a vantagem competitiva de investir com exatidão nos pontos em a rede realmente precisa. “hoje eu consigo saber quanto cada departamento trafega. Sei quais são os maiores consumidores e quem precisa receber mais atenção”, diz.

ImplantaçãoA Band decidiu implementar a solução

após um piloto. Segundo André Gomes, da EZ-Security, a solução da A10 Networks se mostrou a mais adequada às necessidades do grupo de mídia. “Nós realizamos um teste: colocamos a solução para gerenciar, de forma automatizada, um link específico do CQC”, explica, referindo-se ao programa de maior audiência da emissora. “A solução ficou programada para, toda segunda-feira, entre as 22h e as 4h, disponibilizar o melhor e maior link para o CQC”.

Após o bom resultado, as equipes da EZ-Security, da A10 Networks e da Band realizaram uma prova de conceito (POC, ou Proof of Concept) da solução, que foi muito bem aceita pela área técnica da emissora. “O sistema inicialmente foi utilizado para prover acesso à internet para todas as equipes e profissionais que trabalharam na fórmula Indy 2011”, conta Paulo Roberto Santos, da Band.

O sucesso do teste fez com que a emissora optasse pela instalação definitiva. Em cerca de um mês a solução estava implantada, tempo curto apesar das dificuldades decorrentes do ambiente de rede complexo. hoje, a solução atende às necessidades da Band. Segundo Santos, “no momento não há planos de expansão, a solução atende bem as nossas necessidades”.

dois servidores da matriz da TV Bandeirantes. Assim, passaram a ser atendidos mais de 2,7 mil colaboradores, que utilizam sistemas corporativos, email e navegação comum de internet, além de demandas de negócios como recepção de matérias de jornalistas remotos e tráfego de vídeo entre afiliadas e matriz.

O sistema possibilitou o gerenciamento da largura de banda de internet, controlado a partir do conceito de visibilidade de aplicações. É possível otimizar o acesso à internet promovendo segurança na entrada e na saída de informações.

“Graças à solução, consigo distribuir banda por departamento e por aplicações, priorizando o que é crítico e estratégico, como os departamentos de jornalismo e internet, e deixar para depois setores menores, que podem utilizar banda fora dos horários de pico”, detalha Santos.

Segundo o gerente, além da economia de aproximadamente 30% decorrente do fim da necessidade de contratar links adicionais, o melhor

MARcELO VIEIRA

>gestão

“Cada departamento

recebia um link com banda, às vezes

superdimensionada, outras vezes

insuficiente. Havia situações com três vezes mais link do que o necessário”

AnDRé GOMES, DA EZ-SEcuRITy

Piloto foi feito durante a Fórmula Indy 2011, em maio. sistema possibilita economia de 30% com contratação de links adicionais

band implanta solução de gestão de tráfego

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>gestão

A informação é algo fundamental para a democratização da Saúde e o aprimoramento de sua gestão. E no Sistema Único de Saúde (SUS),

respeitando regras de processos, é primordial para a eficiente distribuição e descentralização das atividades de saúde e viabilização do controle social sobre a utilização dos recursos disponíveis de forma transparente. E foi para que essas diretrizes fossem alcançadas, que o governo federal criou, em 2003, o Departamento de Informática do SUS, o DataSUS. Antes vinculado à Secretaria Executiva do Ministério, em julho de 2011, a instituição passou a integrar a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, de acordo com o Decreto Nº 7.530.

Toda informação referente ao Sistema Único de Saúde está armazenada nos computadores da instituição. De acordo com o diretor do DataSUS, Augusto César Gadelha Vieira, entre as obrigações do departamento está a geração de informações que servem de subsídios para análises objetivas da situação sanitária, e tomadas de decisão baseadas em evidências e elaboração de programas de ações de saúde.

Disponibilidade dos dados“Dados de morbidade, incapacidade,

acesso a serviços, qualidade da atenção, condições de vida e fatores ambientais passaram a ser métricas utilizadas na construção de Indicadores de Saúde, que se traduzem em informação relevante para a quantificação e a avaliação das informações de saúde”, diz o diretor.

Todas as informações relacionadas ao sistema de saúde brasileiro estão em um banco de dados que pode ser acessado por qualquer cidadão em busca de informações. Um dos serviços oferecidos é o SIOPS - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde, que

Departamento de Informática do sus, o DATAsus gerencia as informações de usuários, médicos e entidades do sistema Único de saúde, além de prestar contas à população

RuAn SEGRETTI

apresenta a tabulação de dados sobre os orçamentos públicos relativos ao SUS, declarados pelo Distrito federal, Estados e Municípios, objetivando proporcionar a toda a população o conhecimento sobre quanto cada unidade político-administrativa do país tem aplicado na área.

O banco de dados do SIOPS é alimentado diretamente pelas unidades da federação e municípios, por meio de software desenvolvido pelo DataSUS. “Grande parte das soluções utilizadas são desenvolvidas pela equipe técnica interna”, diz Vieira.

O departamento dispõe de programas de processamento de dados, de domínio público, voltados para a manutenção, administração e gestão de informações sobre o atendimento ambulatorial do SUS. Um desses aplicativos de natureza operacional é o SIASUS, processado nas Unidades Ambulatoriais credenciadas pelo SUS, e cujo objetivo é garantir os registros quantitativos e os valores a serem pagos aos prestadores de serviços, fornecendo

informações precisas sobre os gastos de cada unidade ambulatorial do SUS de qualquer lugar do Brasil.

Os dados gerados pelo aplicativo nas unidades de atendimento são armazenados no Banco de Dados Nacional de Informações Ambulatoriais do SUS, que oferece aos gestores de saúde, pesquisadores e entidades da sociedade, informações sobre capacidade operacional dos prestadores de serviço (públicos e privados), orçamento e controle dos repasses dos recursos financeiros e custeio das unidades ambulatoriais.

O DataSUS também possui Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), que é a base cadastral para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde hospitalar e ambulatorial. Vieira explica que esse cadastro é imprescindível a um bom gerenciamento de estabelecimentos de saúde, pois fornece ao gestor o conhecimento da realidade e potencialidades da rede assistencial existente em sua área, visando ajudar no planejamento da saúde.

Prontuário portátilOutro instrumento gerador de

informação é o Cartão Nacional de Saúde, que possibilita o registro dos procedimentos executados pelo SUS ao usuário, ao profissional que os realizou e também à unidade de saúde onde foram realizados. O Repositório de Tabelas Corporativas reúne todas as tabelas utilizadas por sistemas do Ministério da Saúde e as disponibiliza para acesso por qualquer cidadão, mas são mais do interesse de instituições de saúde ou de pesquisa sobre doenças.

Em linhas gerais DataSUS integra e gere todos os serviços de informática e os bancos de dados do Sistema Único de Saúde, fornecendo informações importantes para empresas de saúde e também para a população que busca dados sobre os serviços de sua região.

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Guardião da saúde pública

“Dados de morbidade,

incapacidade, acesso a serviços,

qualidade da atenção, condições

de vida e fatores ambientais

passaram a ser métricas utilizadas

na construção de Indicadores de

saúde, que se traduzem em

informação relevante para a

saúde”AuGuSTO céSAR

GADELhA VIEIRA, DO DATASuS

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1 4 T I I n s I D E | o u T u b r o D E 2 0 1 1

A primeira pesquisa feita no Brasil sobre o uso de tecnologias da informação em serviços públicos, no final do ano passado,

já mostrava que os brasileiros (incluindo as empresas) estavam plenamente satisfeitos com os resultados dos investimentos feitos pelas instituições públicas nos serviços de governo eletrônico (e-gov). À época, 91% das pessoas interpeladas para o levantamento divulgado pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br) e pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento (SLTI/MP) disseram estar satisfeitas ou muito satisfeitas em relação às ferramentas governamentais existentes na internet.

exemplo de ferramenta com a qual os cidadãos podem acompanhar os gastos do governo federal e as parcerias firmadas com estados e municípios.

A presidenta comentou ainda que o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) será importante para enfrentar a exclusão digital no país. “O governo aberto vai se colocar ao alcance de todos os segmentos sociais no amplo território nacional”, defendeu.

Demanda reprimidaMas o esforço deve ser

relativamente alto, se considerado outro dado divulgado na mesma pesquisa elaborada pelo CGI.br em 157 municípios, e que ouviu 3 mil pessoas com 16 anos ou mais e cerca de 650 empresas. De acordo com o levantamento, apenas 35% da

Não à toa, ao estabelecer, em setembro, parceria com o governo norte-americano, de Barack Obama, para a iniciativa batizada de Governo Aberto (veja reportagem sobre o tema na pág. 18) a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff enfatizou a importância da internet na promoção da democracia. “O uso das redes digitais é essencial para a promoção de governos mais transparentes e acessíveis aos cidadãos”, afirmou.

Neste mesmo encontro com Obama, Dilma Rousseff pontuou que o Brasil avançou muito, desde 2003, no compromisso com a qualidade da gestão pública. “Essas redes são importantes instrumentos para a melhoria dos serviços públicos em saúde, educação, segurança e meio ambiente”, disse, ao lançar mão do Portal da Transparência como

JAckELInE cARVALhO

>gestão

É frequente a oferta de serviços públicos pela Web, e mais ainda a preocupação dos administradores com o volume, a qualidade e a disponibilidade das iniciativas

Internet aproxima governo e sociedade

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2014. fernando Carvalho, presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (ETICE) conta que, entre os aportes recentes, está um projeto de R$ 10 milhões (apenas equipamentos) para o provimento de infraestrutura de telecomunicações

em órgãos públicos e mistos, traduzido em uma rede de fibra óptica com 1600 km circundando o Estado, sendo 300 km na capital.

“Os serviços em cima da rede são, por contrato, para os órgãos públicos, como secretarias de Estado

e outros poderes, inclusive federais. Oferecemos na capital e no interior tanto conectividade quanto hospedagem de software, de portais do governo no data center e até collocation para algumas atividades específicas”, descreve.

A ETICE também é o PPT (ponto de troca de tráfego) do Estado e, com isso, permite que os provedores locais de acesso à internet e as operadoras de telecomunicações, como a GVT, troquem tráfego no seu data center. Assim, o tráfego local não precisa sair para outros pontos, o que acelera a entrega da informação e minimiza o congestionamento da internet.

No mix de ofertas da empresa também aparecem plataformas verticais para atender demandas específicas, como as da área de saúde, que conta com ambientes de telessaúde e telemedicina para prestar serviços a hospitais, policlínicas e centros odontológicos.

A conectividade oferecida pela ETICE tem aplicações em diferentes áreas. A Secretaria de Educação do Estado, por exemplo, utiliza a infraestrutura para dispor de um sistema de videoconferência nas escolas. Já a Secretaria de

“o uso das redes digitais é essencial para a promoção de governos mais transparentes e acessíveis aos cidadãos”DILMA ROuSSEff

SECRETARIA DE EDUCAçãO DO ESTADO DO CEARÁ UTILIzA A INFRAESTRUTURA PARA DISPOR DE UM SISTEMA DE VIDEOCONFERêNCIA NAS ESCOLAS

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ãOpopulação utiliza serviços de governo

eletrônico, apesar de 56% afirmar que escolheria a internet para acessá-los em uma próxima vez e 60% dizer que poderia indicar o serviço na web para as suas redes de contato. Outro dado: 90% dos usuários desses sites os utilizavam para buscar informações. Para serviços transacionais, a porcentagem chegava a 61%.

No campo das transações, o Estado do Ceará contribui com uma iniciativa ainda inédita no País: o pagamento de impostos com cartão de crédito. A medida é válida desde 1º de setembro, quando os contribuintes, pessoas físicas ou jurídicas, ganharam a opção de pagar ou recolher os tributos estaduais, como IPVA, ITCD e ICMS, por meio de cartão de crédito dos bancos credenciados pela SEfAZ-CE.

“A medida irá ensejar um prazo maior para o pagamento dos tributos, diminuir a inadimplência e ampliar a arrecadação”, afirmou o Secretário da fazenda, Mauro Benevides filho, durante palestra sobre a política de Gestão fiscal do Estado.

InfraestruturaO Ceará, diga-se de passagem,

tem investido em infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação para ampliar os serviços e se preparar para a intensa demanda por conectividade na temporada da Copa da fIfA, em

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1 6 T I I n s I D E | o u T u b r o D E 2 0 1 1

>gestão

ALDO GARDA, DA unIDADE DE

TEcnOLOGIA DA SEcRETARIA DE

GESTÃO PúBLIcA: REDE SEM fIO PERMITIRá AO

ESTADO chEGAR cOM SERVIçOS

AOnDE O cIDADÃO ESTIVER

Segurança Pública instalou 85 câmeras de monitoramento na capital e mais 165 no interior. “Este projeto só foi possível com a rede DWDM. A rede antiga se limitava a 128 ou 254 kbps, e agora temos uma de 10 Gbps, com 7 canais, a prioridade da ETICE em 2011”.

Para 2012, fernando Carvalho diz que está previsto um leilão para compartilhar a infraestrutura de fibra óptica apagada. Nessa área, o executivo compara a ETICE à Telebras, resguardando o fato de a ETICE ser uma empresa do governo e a estatal ser de capital misto. “Além disso, a Telebras não faz concessão da rede, e sim uma alocação da infraestrutura cobrando mensalidades. A ETICE, além das cobranças mensais, vai fazer uma concessão pública do excedente, porque é um ativo que muita gente quer”, pondera.

Neste grupo de interessados está a própria Telebras com a qual a ETICE já estabeleceu acordo para compartilhamento da infraestrutura. Outro convênio foi estabelecido com a Rede Nacional de Pesquisas (RNP), que está instalando pontos na rede para atender as universidades nos mais de 15 campi no interior do estado do Ceará. Aqui, garante fernando Carvalho, o unbundling é real, com as duas instituições – ETICE e RNP - compartilhando capacidade.

Especificamente para a Copa de 2014, Ceará reservou um orçamento de R$ 10 milhões para ser empregado em 2012, nas obras de lançamento de fibra óptica enterrada, conectividade no estádio e todas as demais exigências da fIfA.

No SudesteTambém referência brasileira na

questão dos investimentos em sistemas e eletrônicos, o governo de São Paulo está desenvolvendo um projeto chamado internamente de Poupatempo Segunda Geração, cujo objetivo é a inovação visando aproximar ainda mais o governo e o cidadão por meio do uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação.

Para tanto, existem duas frentes de atuação, uma delas, já em andamento, é criar uma eficiente rede de comunicação sem fio - apelidada de Intragov wireless - que é uma

expansão da atual rede fixa com 15 mil links. “Com essa rede poderemos levar os nossos serviços aonde o cidadão estiver. Por exemplo, no caso da Policia Militar, a rede móvel permitirá que o boletim de ocorrência seja feito no local e online, alimentando os sistemas de inteligência e possibilitando maior eficiência na sua atuação”, diz o Coordenador da Unidade de

Tecnologia da Secretaria de Gestão Pública, Aldo Garda.

Segundo ele, hoje a Polícia Militar já utiliza a tecnologia 3G comercial embarcada nas viaturas e está realizando testes piloto de uma rede de governo com tecnologia LTE na frequência de 700 Mhz que garantirá maior segurança e disponibilidade.

Outra frente do governo do estado é aumentar, otimizar e simplificar os 200 serviços disponíveis hoje na internet. “Nossas equipes técnicas já estão trabalhando e em breve teremos o apoio de consultorias especializadas que nos auxiliarão no processo de otimização e simplificação dos serviços”, destaca Garda, ao dizer que o primeiro caso de sucesso é o Detran (Departamento Estadual de Trânsito). A instituição, ao mesmo tempo em que recebe novos postos de atendimento, gradualmente amplia a oferta de serviços no seu portal, permitindo acesso do cidadão por múltiplos meios, de acordo com a sua conveniência.

Ao final de 2012, São Paulo terá inaugurado, em dois anos, mais de 90 postos do programa de inclusão digital do Estado, o Acessa São Paulo, ampliando a rede para 730 postos. Também estão previstas mais Acessinhas, que são salas de acesso à Internet preparadas especialmente para crianças, com um ambiente mais lúdico.

“Já temos um no parque da Juventude e vamos fazer mais dez. Vamos iniciar a instalação de hotspots nos postos do programa e até o primeiro trimestre de 2012 teremos 100 instalados, o que permitirá a quem circula no entorno dos postos se conectar à Internet por meio de dispositivos móveis, como os smartphones, que estão cada vez mais acessíveis à população”, pontua o Coordenador da Unidade de Tecnologia da Secretaria de Gestão Pública.

Ele alinha o discurso ao da presidenta Dilma, dizendo que não adianta avançar em soluções na Internet sem que o cidadão tenha o acesso da sua casa. Segundo Garda, o programa Banda Larga Popular do Governo do Estado de São Paulo tem mais de 1 milhão de assinantes, mas embora os números sejam significativos, o atendimento é

VISÕES SOBRE E-GOOVPesquisa revela que cidadão

pode usar mais os serviços, se eles estiverem disponíveis:

60% diz que a principal forma de acesso aos serviços públicos ainda é a presencial

35% prefere a internet

8% preferem telefone

79% das empresas preferem a internet

35% da população utiliza serviços de governo eletrônico

91% das pessoas estão satisfeitas ou muito satisfeitas com os serviços de e-gov

56% afirma que escolheria a internet para acessá-los em uma próxima vez

60% diz que poderia indicar o serviço na web para as suas redes de contato

90% dos usuários desses sites os utilizavam para buscar informações

61% buscam serviços transacionais

Fonte: CGI.br

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Venha conhecer as inovações e soluções para ambientes corporativos.

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1 8 T I I n s I D E | o u T u b r o D E 2 0 1 1

>gestão

fERnAnDO cARVALhO, DA ETIcE-cE: EnTRE

OS APORTES REcEnTES, ESTá O PROJETO DE R$ 10

MILhõES PARA PROVIMEnTO DE

InfRAESTRuTuRA DE TELEcOMunIcAçõES

PARA óRGÃOS PúBLIcOS E MISTOS. uMA REDE DE fIBRA

óPTIcA cOM 1600 kM cIRcunDAnDO O ESTADO, SEnDO

300 kM nA cAPITAL

limitado à área de cobertura das prestadoras de serviço.

“Os esforços do governo estadual são em buscar meios de incentivar as empresas a ampliar a sua cobertura. Nós pretendemos somar esforços ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), principalmente em regiões ainda não atendidas”, diz o executivo. Para ele, em comparação com o País, São Paulo recebe uma conectividade privilegiada, mas diversos municípios, principalmente os menores, têm pouca ou nenhuma alternativa de fornecedores.

Garda cita que outra área desprovida de acesso à banda larga são as comunidades rurais, que são importantes arranjos produtivos locais e têm dificuldade de se comunicar com os centros consumidores. “Nosso objetivo é acelerar a expansão de banda larga nos pequenos municípios e nas comunidades rurais e já estamos conversando com todos os agentes (operadoras, prestadores de serviços de comunicação, associações de provedores, governo federal) que atuam neste meio para definir como promover esta expansão.

Acúmulo de prioridadesEm 2011, o orçamento de TIC

em São Paulo foi de R$ 740 milhões e, para 2012, R$ 800 milhões. “É importante ressaltar que algumas ações de TIC estão incorporadas em ações finalísticas das Secretarias”, destaca o executivo, assumindo ser difícil definir prioridades. Mas destaca como grandes investimentos em TI, além do que já foi exposto, aportes em educação, onde está sendo feito um esforço para aumentar a capacidade dos links das escolas estaduais, para que elas possam receber um maior volume de informação, inclusive vídeos educacionais que complementarão as atividades escolares. “Na educação, o desafio tecnológico é atingir de forma homogênea mais de 5 mil escolas e 4,3 milhões de alunos”, cita Garda.

Na área de Segurança Pública, ele pontua que as soluções de informação e inteligência policial integradas com geoprocessamento e correlação de eventos, vigilância

eletrônica e ampliação da rede de comunicação de voz, são prioridades porque aumentam a eficiência.

Na Saúde, será feita a integração de sistemas de gestão hospitalar que, em conjunto com o registro

eletrônico de saúde e o sistema de gestão das farmácias de alto custo, darão maior flexibilidade no atendimento aos pacientes.

Outro desafio importante é a implantação de um sistema de integração das informações das regiões metropolitanas relativas à logística, transporte, meio ambiente, saneamento, recursos hídricos

energia, o que dará subsídios ao governo para elaborar políticas e tratar adequadamente os problemas e gargalos da Grande São Paulo, que reúne 39 municípios, Baixada Santista com 9 e Campinas com 19 cidades.

NúmerosEmbora propensos a usar

serviços na rede digital, o levantamento mostra que 60% dos cidadãos dizem que a principal forma de acesso aos serviços públicos ainda é a presencial. No entanto, quando utilizam a tecnologia, 35% preferem a Internet, superando o telefone, com 8% dos entrevistados. Já entre as empresas, a Internet predomina como canal preferido para uso dos produtos públicos, com 79%.

O estudo sugere que os sistemas de e-Gov nos portais devem ser simples, intuitivos e até mesmo lúdicos para chamar a atenção do cidadão que tem pouca familiaridade com a Internet. A SLTI entende que o efetivo uso das Tecnologias da

Informação e Comunicação (TIC) tem papel fundamental nesse processo.

“No caso do governo federal, estamos trabalhando para melhorar cada vez mais as aplicações nos meios digitais, até porque muitos serviços passaram a ser feitos pela Internet, de forma mais rápida e eficiente”, assegura Glória Guimarães, secretária da SLTI.

O Governo Aberto, que será copresidido por Dilma Rousseff (Brasil) e por Barack Obama (Estados Unidos), terá a participação de 46 países que se comprometeram a adotar ferramentas que promovam gestões mais

transparentes e com participação dos cidadãos. “Trata-se de um projeto de modernização democrática para o século XXI. Meu País tem muito interesse pelo tema”, pontuou a presidenta, que acredita que a chamada “Primavera Árabe”, marcada por manifestações que levaram à queda de governos autoritários, é um exemplo de como a Internet pode ajudar a fortalecer a democracia.

GOVERNO ABERTO

AO FINAL DE 2012, SãO PAULO TERÁ INAUGURADO, EM DOIS ANOS, MAIS DE 90 POSTOS DO PROGRAMA DE INCLUSãO DIGITAL DO ESTADO, O ACESSA SãO PAULO, AMPLIANDO A REDE PARA 730 POSTOS

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>infraestrutura

2 0 T I I n s I D E | o u T u b r o D E 2 0 1 1

serviço) e IaaS (infraestrutura como serviço) ou as ainda as pouco conhecidas DaaS (desenvolvimento como serviço), CaaS (comunicação como serviço), entre outras (veja estas e outras modalidades nas páginas a seguir) – mapeiam o atual momento e as possíveis oportunidades a médio e longo prazos.

Ricardo Chisman, líder da área de tecnologia da Accenture e especialista em cloud, confirma, no entanto, que independente dos conceitos e

Existem diferentes cenários ou retratos possíveis da plataforma de cloud computing extraídas de análises de pesquisas da IDC, do Gartner e outros

institutos de pesquisa. Porém, mais do que a frieza aguda e cartesiana dos percentuais ou milhões/bilhões, especialistas nas mais diversas modalidades na “nuvem” - do SaaS (software como serviço) às ascendentes PaaS (plataforma como

indicadores dos institutos de pesquisas, a discussão da plataforma está em definitivo na agenda dos CIOs e de quem utiliza a tecnologia. “Estamos ultrapassando o momento de mera curiosidade para avançar com mais força na oferta e na contratação de projetos”, observa.

Citando os tais números do institutos de pesquisas, a IDC aponta que o Brasil é, na América Latina, o país mais interessado na plataforma da “nuvem”. Segundo uma avaliação

Das diversas modalidades de cloud, as já conhecidas “as a service” ou “algo como serviço”, começam a ganhar massa crítica no brasil. Alguns “sabores” como software como serviço estão na vanguarda, com vários projetos, enquanto outros como a Eaas – everything ou tudo como serviço – ainda têm baixa oferta e esparsas implementações. A seguir uma análise do presente e do futuro dos diferentes formatos de serviços na “nuvem”

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o presente e o futuro da nuvem

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o u T u b r o D E 2 0 1 1 | T I I n s I D E 2 1

melhores atributos da plataforma a possibilidade do “pay-per-use”, a flexibilidade e elasticidade propiciada pela modalidade.

A tendência de crescimento de uso das mais variadas formatações de serviço parece ser inevitável. “Acredito cada vez mais na busca pelas empresas de formas de redução de custo de aquisição e propriedade ao mesmo tempo em que se busca um melhor provisionamento dos recursos para seus usuários, o que é possível com o uso de cloud”, argumenta Nana Baffour, CEO da Cimcorp.

De modo informal, ao conversar com seus clientes, Daniel Viveiros,

feita pela consultoria em abril deste ano, algo como 18% das empresas de pequeno e médio porte já utilizam alguma forma de serviço e em 2013 este índice vai saltar para algo como 30% ou 35%.

Indicadores que, sem dúvida, apontam que estamos melhor que nossos pares regionais e confirmam que, ao compararmos estes percentuais com Estados Unidos (45% a 55%) ou Europa (35% a 40%), ainda vislumbramos um gap de “interesse”. “Talvez o ritmo na América Latina e no Brasil seja um pouco mais lento que nesses mercados, mas o consenso é que a demanda está apenas começando. Nosso país é um líder regional e adota muito a virtualização, que é um bom caminho para cloud. A questão é que a plataforma é vista por muita gente como um redutor de custos e se enxerga pouco os avanços operacionais”, argumenta Rodrigo Gazzaneo, especialista em virtualização para América Latina da EMC.

A distinção hemisfério Norte e Sul rende outras comparações. “Tradicionalmente os mercados dos Estados Unidos e Europa andam na nossa frente mesmo, ainda que essa distância venha diminuindo nos últimos anos. O que vemos na prática é que muitos clientes estão usando o ano de 2011 para consolidar seus estudos e o entendimento dessa nova alternativa, e planejando suas iniciativas para 2012”, explica André Matos, diretor executivo da Lumis. O que ainda motiva dúvidas – e freios – localmente são questões como segurança, problemas de conexão e infraestrutura para acessar a “nuvem” ou mesmo o desempenho da plataforma.

Tamanho do mercadoMundialmente, a IDC avalia que o

mercado de computação em nuvem já consome algo como 5% dos orçamentos de TI. Um mercado que, de acordo com Richard Villars, VP de estratégias executivas da consultoria, pode atingir 25% em 2015. No Brasil, é possível pensar em algo neste patamar, entretanto, ainda é preciso avançar muito, e muito rápido, para cumprir essa projeção. O mesmo documento da IDC afirma ainda que os executivos locais veem como os

gerente de tecnologia cloud da Ci&T, atesta que a quase totalidade – empresas médias e grandes – afirma que vai adotar cloud computing em algum nível e que a plataforma faz parte de sua estratégia de TI. “Alguns já o utilizam, principalmente em SaaS e IaaS. Veremos um movimento bem agressivo. Minha única ressalva é que vejo, ainda, uma forte percepção da plataforma como um “data center fora da sua empresa”, e é preciso enxergar mais do que isto”, explica.

Quanto à máxima de que as pequenas e médias empresas podem e devem migrar mais rápido, Chisman, da Accenture, admite um nível de adoção muito intenso nesse segmento e vê o high end ainda como um cenário de expansão futura. “O modelo rompeu barreiras entre as PMEs. É um efeito curioso, porque existe uma complexidade de integração, governança e cultura que não deveria beneficiar essa migração tão rápida, entretanto, como essas empresas não possuem um legado ou maiores compromissos com o passado, elas acabam evoluindo mais rápido. O custo e a flexibilidade falam mais alto que qualquer conservadorismo ou medo”, alerta.

O futuro do amanhãMesmo entre os otimistas, sempre

existem executivos mais comedidos. Para Nycholas Szucko, country manager da Zscaler, que oferece soluções de segurança em cloud, o ritmo no Brasil ainda está um pouco devagar. “Estamos na rampa de alavancagem deste mercado. Em 2009, eu e muita gente acreditávamos que o boom seria este ano, no entanto, acho que isso acontecerá aqui no próximo ano ou em 2013”, completa.

Ainda estamos longe da maturidade, porém qual o mercado no mundo que pode afirmar isso com todas as letras? Talvez somente

“Independente dos conceitos e indicadores dos institutos de pesquisas, a discussão da plataforma está em definitivo na agenda dos CIos e de quem utiliza a tecnologia. Estamos ultrapassando o momento de mera curiosidade para avançar com mais força na oferta e na contratação de projetos”RIcARDO chISMAn, DA AccEnTuRE

Uma pesquisa da Accenture, o estudo ‘Brazil Infrastructure Maturity X-Ray’, assegura que

a adoção do serviço de computação em nuvem no Brasil subiu de 27% em 2010 para 37% este ano. E, de acordo com a análise, 28% das empresas já adotam “nuvens privadas”, enquanto as “nuvens públicas” são utilizadas por 6%, e o uso de ambas chega aos 3%.

Já o Gartner estima os gastos globais com “clouds públicas”, este ano, em US$ 89 bilhões, podendo dobrar até 2015, chegando a US$ 177 bilhões, o que garante um crescimento até lá na ordem dos 20% ao ano.

Pé NO ACELERADOR

MUITAS EMPRESAS ESTãO USANDO 2011 PARA CONSOLIDAR ESTUDOS E ENTENDIMENTO SOBRE A OFERTA CLOUD

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2 2 T I I n s I D E | o u T u b r o D E 2 0 1 1

>infraestrutura

“utilizamos os produtos Google

há 4 anos e da salesforce há 3

anos, e já começamos a mover nosso

parque interno de aplicações

para a Amazon” DAnIEL VIVEIROS,

DA cI&T

os Estados Unidos. “Mesmo com esse gap, discutimos projetos no Brasil com forte componente estratégico, analisando aonde e como usar o modelo de cloud”, aponta Chisman. Essa análise, aliás, é considerada um dos pontos importantes em um projeto, seguido dos steps de criação do roadmap de implementação e depois de adaptação da infraestrutura e das aplicações.

O certo é que, em boa parte das especialidades, a oferta já é diversificada e em alguns casos até sofisticada ou caminhando nesta direção. É possível dizer isto de SaaS (software como serviço) e em IaaS (infraestrutura como serviço), cujo segmento ganhou o reforço recente da gigante Amazon e na qual outros

players de peso estão fazendo a ponte para aportar aqui.

“A modalidade de software é a mais disseminada. Por outro lado, a mais problemática é a de CaaS

(comunicação como serviço), as empresas de telecom querem ganhar muito e ainda não pretendem se aprofundar nessa questão dos serviços da tecnologia”, analisa Luiz hirayama, vice-presidente de desenvolvimento de negócios e parcerias da T-Systems do Brasil.

Veja a seguir um panorama das diversas práticas possíveis, que desenham, em seu conjunto, um cenário promissor. “Cloud vai se tornar a regra e então não falaremos mais dessa distinção. Assim como SaaS já se tornou algo mainstream em todo o mundo, e as pessoas usam e as vezes nem sabem, isto poderá ser visto de forma mais abrangente”, teoriza de forma otimista fernando de la Riva, diretor-presidente da Concrete Solutions.

PASSO A PASSOTrês etapas essenciais em um projeto de computação em nuvem:

n DEFInIção Do MoDELo DE uso Do CLouD

n CrIAção Do roADMAP DE IMPLEMEnTAção

n ADAPTAção DA InFrAEsTruTurA E DAs APLICAçõEs

O sucesso da plataforma Azure, da Microsoft, no mundo e mesmo no Brasil é uma boa amostra do que a PaaS ou plataforma

como serviço é capaz. Conceitualmente, ele oferece a possibilidade das corporações suportarem o ciclo de vida das aplicações e serviços sem a necessidade de instalações ou mesmo downloads de software. A diferença para DaaS (desenvolvimento como serviço) – como veremos a seguir – não é tão acentuada mas existe.

Lançado com estardalhaço pela Microsoft, a plataforma Azure é o carro-chefe da empresa no mundo de cloud e gera declarações com a típica “voz da empresa”. “Não há ninguém com uma oferta como a nossa no mercado hoje, ninguém sequer se aproxima. Na verdade, estamos tentando ajudar as pessoas a fazer o que eles realmente precisam para o tempo moderno”, aponta, com “modéstia”, o CEO Steve Balmer.

E ele ainda faz uma análise dos

concorrentes, que mesmo parcial, pode dar uma boa medida da competição, já acirrada, na prática. “A Salesforce.com não é uma plataforma de programação de propósito geral para a implantação em larga escala”, criticou o seu maior concorrente.

Sem escritório local, a Salesforce.já possui um número interessante de provedores de serviço como parceiros e de projetos em curso. E, assim como acontece com sua oferta em SaaS, tem uma grande massa crítica no mundo e uma boa carteira de clientes no Brasil.

Exemplos de mercadoA integradora e prestadora de

serviços Ci&T, por exemplo, possui ofertas em IaaS, PaaS e SaaS, e tem como parceiros nada menos que a Amazon, Google e Salesforce, respectivamente, para a oferta de infraestrutura e revenda do Google Apps; desenvolvimento de aplicativos customizados utilizando plataforma própria; e oferta para parceiros e revendas, além do desenvolvimento de novas aplicações. A empresa não só provê serviços como os utiliza para atender as suas próprias necessidades.

“Utilizamos os produtos Google há 4 anos e da Salesforce há 3 anos, e já começamos a mover nosso parque interno de aplicações para a Amazon”, garante Daniel Viveiros, gerente de

Liderados por gigantes como Microsoft, salesforce, Google, Amazon, entre outros, provedores de plataforma como serviço veem os projetos se multiplicar em grande velocidade no brasil

PaaS: mercado mais do que promissor

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o u T u b r o D E 2 0 1 1 | T I I n s I D E 2 3

tecnologia Cloud da Ci&T.Já a Lumis, que possui serviços

relacionados a cloud dentro do contexto da gestão de ambientes para acesso a conteúdo digital e serviços online, como portais web, aplicações móveis e integração com redes sociais, projeta o lançamento de sua oferta de PaaS até o final do ano. Com o uso da infraestrutura da Amazon, a meta é chegar aos clientes com perfil de médias empresas, e a estimativa é que, em 2012, cerca de 20% do faturamento da empresa venha da nova oferta, e que a longo prazo esse número seja ainda maior.

Mais do que uma vertical de indústria, determinados tipos de aplicações de nicho são candidatas naturais ao uso de PaaS. “São, tipicamente, cenários de aplicações com forte componente web, processos que envolvem diversas empresas ou grupos de trabalho diferentes e soluções que demandam o acesso remoto às suas informações e funcionalidades, via múltiplos dispositivos e a partir de diferentes contextos”, aponta André Matos, diretor executivo da Lumis.

Ouro, prata ou bronze?Quem já está no mercado, no

entanto, é ainda mais otimista. “PaaS é o verdadeiro pote de ouro de cloud. É você colher benefícios não apenas de uma infraestrutura na “nuvem”, escalável e com alta disponibilidade nativa, mas também ter alta produtividade no desenvolvimento de aplicações sob demanda. É isso que o mercado busca: baixo custo, abstração e produtividade”,

entusiasma-se Viveiros.Porém, mesmo sendo o “pote de

ouro”, ainda existem questionamentos

das corporações bem semelhantes às demais práticas de “as a service”. Como segurança – onde vão ficar meus dados? eles estarão seguros? – confiança – e se der um problema, para quem eu recorro? – e mesmo de quebras de paradigmas, com o uso de tecnologias proprietárias dos fornecedores.

O ponto-chave de PaaS, como alerta Viveiros, “é que existe uma plataforma por trás, ou seja, um fornecedor criou algo em cima da infraestrutura justamente para trazer benefícios e acelerar o desenvolvimento. Ao adotar uma plataforma como serviço, é preciso adotar também essa camada proprietária que foi construída e disponibilizada, pois é assim que faz sentido”, completa. Otimista, ele aponta que os projetos vão se acelerar ainda mais em 2012, a partir da própria consolidação da oferta das plataformas das “gigantes”.

n agilização de processos e incorporação de boas práticas ao desenvolvimento de soluções – segurança, backups, testes integrados etc;

n otimização dos investimentos em infraestrutura, com maior flexibilidade sobre a demanda

n estabilidade dos ambientes, sejam eles de desenvolvimento, homologação, produção ou banco de dados, reduzindo os riscos sistêmicos de toda a operação de sistemas.

n colaboração, empresas ou mesmo equipes distribuídas podem trabalhar com facilidade em conjunto

n possibilidade de baixo custo e alta produtividade na construção de aplicações

Vertente que ainda sofre com a baixa sofisticação do mercado e mesmo com a pouca vontade das operadoras de telecom, a comunicação como serviço tem potencial para estar em alta, veja o porquê

caaS: comunicar é preciso

“o conceito de plataforma como serviço envolve, tipicamente, cenários de aplicações com forte componente web, processos que envolvem diversas empresas ou grupos de trabalho diferentes e soluções que demandam o acesso remoto às suas informações e funcionalidades, via múltiplos dispositivos e a partir de diferentes contextos”AnDRé MATOS, DA LuMIS

Colocar serviços de comunicação em cloud é algo ainda pouco conhecido, devido a oferta restrita no mercado. No

entanto, é um dos mercados mais promissores para os próximos anos. As operadoras têm o seu papel neste processo, mas quem vai acelerar a questão são os provedores

independentes a partir da infraestrutura das telcos. E a maturidade da tecnologia de VoIP é o motor para tal.

Existem percalços nessa estrada, principalmente relacionadas à “externalização” da plataforma de comunicação (PABX) e o receio do profissional de TI em deixar de ser executor para assumir um papel estratégico. “O cliente busca um

provedor de serviços com capacidade técnica comprovada, garantia de continuidade de negócio no longo prazo, agilidade, flexibilidade e mobilidade no modelo de contratação. há ainda os fatores time to market, a escalabilidade e a facilidade de utilização”, aponta fabrício Buzzatti, diretor comercial da integradora A5 Solutions, que possui uma solução de contact

VANTAGENS DO SERVIçO

Page 24: Revista TI Inside - 73 - Outubro de 2011

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RO

RESERVE JÁ OS MESES QUE IRÃO MOVIMENTAR OS NEGÓCIOS DA SUA EMPRESA EM 2012.

A Converge Comunicações apresenta o calendário de eventos 2012, para você aumentar a sinergia do seu plano de ações e expandir o relacionamento junto ao público qualificado e tomador de decisão do seu mercado.Converse com nossa equipe comercial sobre as novidades e possibilidades de negócios que virão por aí.

Propostas e projeções políticas e regulatórias.

Palestras e workshops com conteúdos que abordam as

novas tecnologias para Call Center, ferramentas de CRM, as regulamentações do setor, e o novo consumidor.

Ponto de encontro de executivos de televisão

de vários países, produtores, distribuidores de conteúdos e operadores de TV paga e telecom.

Onde a convergência acontece.

Soluções, novas tecnologias e experiências no uso da TI para

melhorar os sistemas de gestão do ecossistema da saúde.

Fórum Saúde Digital

Fórum

Único evento de satélites da América Latina,

para debater os temas mais importantes do setor.

Discute as questões de estratégia, legislação

e sustentabilidade em TI, abrangendo ainda temas como energia em data centers, digitalização de documentos, resíduo eletrônico, projetos de facilities e infraestrutura.

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A cadeia de valor das soluções inovadoras de TI, que inclui

cloud computing, virtualização, big data e SaaS - Software as a Service.

Feira, Seminários, workshops e palestras

discutem e analisam as tendências da WEB 2.0 no mais importante e completo evento do setor no Brasil.

dias13a15Centro de Convenções Frei CanecaSão Paulo, SP

Os negócios e as tendências em vídeo

on-demand, over the top e dispositivos conectado.

dias31/07a02/08Transamérica Expo CenterSão Paulo, SP

dias19e20Centro de Convenções Frei CanecaSão Paulo, SP

dias4e5Centro de Convenções Frei CanecaSão Paulo, SP

MA

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11a

EDIÇÃO

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Evento com discussões sobre conteúdo para

celular e entretenimento móvel, além de conceitos técnicos e de negócios aplicáveis ao setor.

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IOdias16e17Centro de Convenções Frei CanecaSão Paulo, SP

11a

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20a

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As inovações e propostas desenvolvidas por operadoras, agências de propaganda

móvel, integradores de valor agregado e soluções empresariais, desenvolvedores de aplicativos e fabricantes de dispositivos móveis.

dias25e26Centro de Convenções Frei CanecaSão Paulo, SP

5a

EDIÇÃO

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2a

EDIÇÃO

4a

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dias14e15Nobile Lakeside Convention & Resort Brasilia, DF

dia15Centro de Convenções Frei CanecaSão Paulo, SP

dia22Hotel Paulista PlazaSão Paulo, SP

dias13e14Rio de Janeiro-RJ

dia30Hotel Paulista PlazaSão Paulo, SP

dia08Hotel Paulista PlazaSão Paulo, SP

dias3e4AmchamSão Paulo-SP

Evento que aborda as principais tecnologias de redes fixas,

móveis, banda larga e sistemas voltados para operações de telecomunicações convergentes.

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>infraestruturacenter na “nuvem”, três clientes e

parcerias com fornecedores como Nice, Avaya e Altitude.

As soluções agregam aos serviços das telcos funcionalidades e serviços de valor agregado de monitoramento, gerenciamento e gestão operacional, o que permite ao cliente um foco total no resultado sem se preocupar com questões de tecnologia, e contando com a flexibilidade para se adaptar às necessidades de suas áreas de negócio.

“CaaS é uma novidade no Brasil, mas a oferta ganha maturidade e confiança dos clientes. As maiores empresas, que possuem grandes contact centers, e fizeram altos investimentos internos podem se distanciar do modelo, mas médias e

fABRícIO BuZZATTI, DA A5 SOLuTIOnS: A OfERTA cAAS Já cOnquISTA A cOnfIAnçA DOS cLIEnTES. AS MAIORES EMPRESAS, quE POSSuEM GRAnDES cOnTAcT cEnTERS, E fIZERAM ALTOS InVESTIMEnTOS InTERnOS PODEM SE DISTAncIAR DO MODELO, MAS MéDIAS E PEquEnAS DEVEM uTILIZAR A POSSIBILIDADE

pequenas devem utilizar a possibilidade”, aponta Buzzatti, ao relatar perspectivas interessantes para 2012.

A questão aqui é qual papel as operadoras querem exercer? Como disse um analista de mercado, o problema é que elas sempre querem ganhar mais não importando quem seja o parceiro ou o tipo de serviço que será agregado ao que elas fazem.

A alocação de plataformas de desenvolvimento na “nuvem” é uma das últimas fronteiras em TI. uma forma de serviço que ainda é pouco utilizada no brasil

DaaS: em busca de padrões abertos

Se a modalidade DaaS (desenvolvimento como serviço) ainda é incipiente no mundo, o que dizer do Brasil? Analistas apontam até

mesmo que ela pode ou poderia estar associada totalmente às práticas de PaaS, porque DaaS seria a personalização do desenvolvimento de aplicativos na “nuvem” com ferramentas compartilhadas, de desenvolvimento web-based ou ainda serviços baseados em mashup – aplicação web que usa conteúdo de diferentes fontes para criar um novo serviço.

Como diferencial, a elatiscidade e flexibilidade seriam os pontos mais

positivos de contratação ao projetar, constuir, testar e montar aplicações neste ambiente, cujos serviços utilizariam ferramentas emergentes a

partir de linguagens como Ruby e Python. E a tônica

é o uso de padrões abertos.

Em maio, o Gartner apontou que

a empresa Cloud9 IDE seria um dos líderes em DaaS. A empresa montou serviços em “nuvem” com base em um ambiente de desenvolvimento integrado com o hTML5 JavaScript e que incorpora tanto Python e Ruby como PhP. O serviço seria a porta de entrada para desenvolvedores web. E nele não é necessário possuir ou instalar um banco de dados.

No Brasil, os desenvolvedores ou mesmo os vendors de plataformas ainda trabalham timidamente na direção de DaaS. Talvez por ser uma mudança muito radical em uma área com questões que acirram os ânimos dos mais conservadores.

DAAS SERIA A PERSONALIzAçãO DO DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS NA “NUVEM” COM FERRAMENTAS COMPARTILhADAS

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“Para adotar o Eaas é preciso um certo grau de maturidade em cloud. E, no geral, o conceito deste tipo de serviço ainda causa um certo ruído no mercado. Mas já ofereceremos todos os componentes”fERnAnDO DE LA RIVA, DA cOncRETE SOLuTIOnS

Tudo em cloud? EaaS

Se, no geral, cloud ainda sofre de algum pré-conceito, imagine a modalidade que engloba dentro da perspectiva de “as a

service” o conceito de “tudo”? O chamado EaaS (Everything as a Service em inglês) reúne na mesma “conta” os serviços de infraestrutura, plataformas, software, desenvolvimento e suporte. Se não é algo para todos os “públicos”, até mesmo entre os seus clientes potenciais não é algo de fácil reconhecimento.

“Para adotar o EaaS é preciso um certo grau de maturidade em cloud. E, no geral, o conceito deste tipo de serviço ainda causa ruído no mercado. Mas já ofereceremos todos os componentes”, aponta fernando de la Riva, diretor-presidente da Concrete Solutions, integradora que trabalha com a plataforma da “nuvem” desde 2009, quando montou um case para a varejista Casa&Video. E ainda atua com IaaS, utilizando a infraestrutura da Amazon – da qual se tornou revenda – e criou uma empresa específica para SaaS, a Cloud Retail.

Para Nana Baffour, CEO da Cimcorp, a evolução dos vários “as a service” é que desembocou no EaaS ao agregar todas as modalidades como uma espécie de full outsourcing. “Transformar tudo o que se precisa em termos de TI em um serviço flexível, escalável, sob demanda e pago pelo uso, é algo muito atraente para qualquer organização. Esta é uma grande motivação para procurar o modelo do “everything””, aponta.

O executivo, entretanto, assegura que as barreiras de adoção para o EaaS são de fundo cultural, como acontece em outros “sabores”, mas aqui amplificadas a última potência. “A ideia persistente de que a propriedade de um recurso, por si só, garante ou facilita a eficiência e

eficácia da TI ainda permanece. No entanto, o que gera valor para o negócio é a transformação de diferenciais tecnológicos em diferenciais de competitividade, algo que necessariamente não está na propriedade”, compara.

Iguais e diferentesA própria redução de custos em

EaaS não deve ser comparada com o que a empresa possui em infraestrutura, mas sim com aquilo que ela deveria possuir. “Um bom exemplo disto é uma empresa que está com seu parque de servidores subdimensionado, sem manutenção e suporte, e acredita que transformar tudo em serviço com plataforma baseada em Cloud

computing vai resolver tudo e reduzir custos. Este é um engano comum, e corrigi-lo passa pela adoção de práticas de governança para gerenciamento preciso dos custos e SLAs”, alerta Baffour.

Como mercado, o EaaS ainda está bem atrás de outras práticas como SaaS e IaaS. Porém, como ocorre com seus pares, a drástica redução de TCO – aqui multiplicado – é um motor que pode alimentar a evolução de projetos com essa característica. E como apontam os especialistas, quanto maior a dependência de TI, maior é a tendência de buscar modelos que agilizem o provisionamento de novos serviços para apoiar os processos de negócio como acontece no extremo de Cloud com EaaS.

Para a Cimcorp, o conceito de fazer a transformação do modelo de data center tradicional para um modelo baseado em Cloud computing ganha mandamentos estratégicos: como o compromisso de preservar investimentos já realizados, reduzir o TCO, fornecer recursos computacionais sob demanda, com flexibilidade, escalabilidade e pagamento pelo uso.

A visão de que Cloud é o futuro da TI faz parte do planejamento da Concrete no curto e no médio prazo. “Em 2012, mais de 50% dos projetos que faremos vão trabalhar com a plataforma e vamos crescer de tamanho em 50% apoiados em boa

parte na “nuvem””, completa Riva.

A modalidade de everything as a service ou tudo como serviço ainda não é muito conhecida ou compreendida pelas corporações, porém as ofertas com esse escopo de possibilidades começam a se ampliar

O EAAS REúNE NA MESMA CONTA OS SERVIçOS DE INFRAESTRUTURA,

PLATAFORMAS, SOFTwARE, DESENVOLVIMENTO E SUPORTE

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2 8 T I I n s I D E | o u T u b r o D E 2 0 1 1

>infraestrutura

“no âmbito da segurança, o cliente deve migrar com

calma, experimentar,

testar e explorar a plataforma. Mas

segurança como serviço é a

próxima grande onda”

fLAVIO cARVALhO, DA ARcOn

Ponto que ainda causa polêmica e “cara feia” entre as corporações, a segurança em cloud começa a criar massa crítica, mesmo sem contar com práticas amplamente difundidas

O desafio da segurança

Investir em segurança como serviço é tocar em um tema delicado na área de TI. Isso porque as corporações ainda veem com ceticismo a ideia de trabalhar com o tema na

“nuvem”, apesar de tanto prestadores de serviços como fornecedores investem pesado em soluções e na possibilidade de convencimento dos clientes corporativos.

“Em 2010 e este ano ficamos nos preparando, trabalhando os parceiros e os primeiros projetos. Existem paradigmas que precisam ser vencidos, o Governo e a área financeira ainda têm muita resistência. Mas hoje já posso discutir tecnologia, casos de sucesso e mesmo modelo de negócios”, garante Nycholas Szucko, country manager da Zscaler, fornecedora de segurança para web e de e-mail baseada em cloud computing.

Ele admite que no início do ano passado “começava perdendo de 2 a 0 na conversa com as corporações”, porém o jogo virou principalmente para quem tenta difundir a prática. Como comparação, Szucko afirma que cloud chega a ser mais seguro que outros tratamentos de segurança. “O ambiente nos prestadores do serviço é muito mais bem montado do que os clientes têm em casa”, argumenta.

Um desses provedores é a Arcon. “É uma plataforma fantástica e complementar. O cliente deve migrar com calma, experimentar, testar e explorar a plataforma. Mas segurança como serviço é a próxima grande onda”, projeta flavio Carvalho, diretor de serviços da Arcon.

MurosPrimeiro porque está cada vez mais

complicado operar com uma equipe própria de segurança pela complexidade das ameaças e diversidade dos dispositivos de acesso à rede. “Esse contexto vai acelerar os serviços na plataforma de cloud, e os custos menores para a entrada no sistema também favorecem essa velocidade de migração”, aponta Carvalho.

vantagens na migração para cloud? “Com a defesa na “nuvem”, as atualizações e a resposta a ameaças são muito mais rápidas do que no modelo tradicional. E como as corporações, em casa, não atualizam seus sistemas de segurança, também respondemos a isso”, explica Szucko.

A modalidade de “pagar pelo uso” em segurança, segundo os especialistas, será o grande apelo da prática em 2012. E mesmo a kaspersky, que optou por uma abordagem com soluções híbridas – dentro e fora da “nuvem” – acredita no crescimento do mercado. “Estar protegido contra as complexas ameaças atuais da internet requer uma nova abordagem”, aponta Eljo Aragão, gerente regional do Brasil da kaspersky Lab.

Quem pode migrar mais rapidamente são as empresas com múltiplos sites ou escritórios e aquelas que também adotaram a “nuvem” para atender a essa distribuição. Assim como as corporações que têm muitos colaboradores móveis e/ou que convivem com questões como sazonalidade – com necessidade pontual de aumento de infraestrutura de TI – também podem se beneficiar.

Mas será que existem outras

qUEM PODE MIGRAR MAIS RAPIDAMENTE

SãO AS EMPRESAS COM MúLTIPLOS SITES OU

ESCRITóRIOS E AqUELAS qUE TAMBéM

ADOTARAM A “NUVEM” PARA ATENDER A

ESSA DISTRIBUIçãO

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As barreiras vão sendo quebradas. Em parceria com a distribuidora Globalweb, joint venture do Grupo TbA com a benner sistemas, a VTX investe em aplicativos na “nuvem” no meio móvel. são dois os sistemas, o Myeyes.com e o VêPreço, disponíveis para uso a partir de novembro ao custo de r$ 9,90 por mês

o Gartner aponta que as soluções de correio eletrônico corporativo vão migrar com grande velocidade para a “nuvem”. Hoje elas respondem por 4% do mercado e em 2020 serão predominantes com 55% do total. A mais bem sucedida tradução desta evolução vem do Google

nem o celular escapa

A revolução do cloud-email

O Gartner descreve a participação da plataforma de cloud computing no segmento de e-mail corporativo como

“alucinante”. Enquanto esse mercado responde por 4% do total hoje, uma pesquisa da empresa aponta que chegará a 55% do mercado em 2020. Apenas o Google, que tem 1% de participação, atingirá em 5 anos (portanto em 2016) 10% de market share.

Para o analista do Gartner responsável pela pesquisa, 2011 pode ser marcado pelo início da batalha dos e-mails baseados na “nuvem”. No entanto, ainda existem barreiras que precisam ser vencidas para confirmar a projeção acima. Se as pequenas empresas podem migrar mais rápido, ou mesmo as companhias com escritórios remotos em profusão, as corporações de

Desenvolvido exclusivamente para a Globalweb, o aplicativo Myeyes.com tem como foco o mercado corporativo. A solução

funciona como uma rede de compartilhamento de vídeos em tempo real, com possibilidade de gravação de arquivos, sem limite de tempo. “Se um executivo quer acompanhar uma reunião de outra cidade ou fazer uma videoconferência com um cliente, por exemplo, basta um clique no celular ou dispositivo com câmera que tenha

barras. Em segundos, indica ao usuário quais as melhores opções de preço disponíveis. “Esse aplicativo é voltado ao consumidor final, que não tem tempo de pesquisar os preços antes de comprar um produto, mas não abre mão de economizar seu dinheiro”, ressalta Monteiro.

Segundo Sigmar frota, diretor de marketing e comunicação do Grupo TBA, a expectativa com o novo negócio é aumentar o acesso ao site da empresa. “Contamos com 15 mil visitas únicas por mês ao site, e esse acesso deve triplicar”, projeta.

acesso à internet. O aplicativo é simples de utilizar e vem para facilitar a vida e economizar o tempo dos usuários”, explica Eduardo Monteiro, sócio fundador da VTX.

Já o VêPreço, busca oferecer ao usuário a vantagem de, em qualquer estabelecimento comercial, com apenas um clique, ter acesso aos três melhores preços de um determinado produto no varejo online de todo o país. Com versões para iPhone, Android e BlackBerry, o aplicativo acessa a câmera do aparelho para captar a imagem do código de

O grupo educacional Anhanguera é um exemplo de migração da solução de e-mail na “nuvem” que inclusive já evoluiu para outras ferramentas. A empresa integrou o Google Apps

for Business em sua base tecnológica. Um investimento que faz parte da estratégia tecnológica da companhia. Ao todo são 310 mil alunos, professores e funcionários técnico-administrativos com acesso as ferramentas.

Na prática, a solução de Google permite desde o acesso a uma conta de e-mail até a criação de sites, com possibilidade de compartilhamento de conteúdos, como trabalhos, provas, textos complementares, reportagens da imprensa, vídeos e audiocasts. Além disso, todos têm a oportunidade de acessar ferramentas de comunicação instantânea, criar grupos e comunidades de interesses, bem como ministrarem ou assistirem aulas via Web e até por dispositivos móveis. Cada conta de e-mail tem um limite de 25 GB e pode ser acessada de diversos dispositivos – smartphones a notebooks.

“Queremos oferecer aos jovens trabalhadores que estudam na instituição a possibilidade de ter acesso às soluções tecnológicas mais avançadas do mercado, que contribuam para o seu aprimoramento acadêmico e profissional”, explica Antonio Carbonari Netto, fundador e presidente do Conselho de Administração da Anhanguera.

EDUCAçãO MIGRA RÁPIDO

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>infraestruturamaior porte ainda são céticas

quanto a alocação de suas mensagens na plataforma de cloud. Questões como segurança e integração com outras aplicações estão no topo desses problemas.

Outra barreira na visão do Gartner, neste caso mais específica do “universo” do Google, que pode liderar essa corrida de mercado, é a falta de transparência da companhia ao relatar como e aonde armazena os e-mails dos clientes. “Somos mais transparentes que outros fornecedores, nossa plataforma está espalhada em todo o mundo. Garantimos 99,99% de serviço no ar e entregamos. Isso para quem trabalha com algo próximo do mercado de “utilities” é muito alto. E quanto mais clientes adotarem mais “9s” vamos agregando”, aponta Antonio Schuch, diretor de produtos enterprise para América Latina do Google.

Questionado sobre o recente “apagão” em setembro dos serviços do Google Docs – família na qual o serviço de e-mail está agregado – por 30 minutos, o executivo minimizou. “Uma parada de um serviço de TI é inevitável. Todo mundo para e para isto existem as garantias de SLA (Service Level Agreement). O problema é que quando paramos é mais visível por ser algo em escala. Se um avião cai todo mundo vê, mas se 10 carros batem em lugares diferentes ninguém fala (veja mais no Quadro Você tem medo de quê?)”, compara.

Sem se surpreender com a possibilidade de evolução prevista pelo Gartner, o executivo reforça que Cloud, ao contrário de outras ondas que podem ser passageiras, veio para ficar. “A adoção do modelo na “nuvem” é muito mais rápida que outras adoções ao longo da história

de TI. A migração é muito rápida mesmo. No Brasil também crescemos rápido”, rebate o executivo, ao falar das críticas quanto à velocidade de investimentos mais lentos por aqui.

Projeções e projetosSchuch admite, no entanto, que é

complicado prever se a mesma projeção da participação do e-mail na “nuvem” feita pelo Gartner no mundo será vista no Brasil. “É complicado prever, mas é possível surpreender. Podemos chegar em 5 anos a algo até maior aqui”, aponta.

Como estratégia, Schuch reforça que é quase impossível falar de e-mail separado do conjunto de aplicações presentes no

AnTOnIO Schuch, DO

GOOGLE: EMPRESA GARAnTE 99,99% DE

DISPOnIBILIDADE DO SERVIçO

DE EMAIL

Antonio Schuch, do Google, usa uma metáfora para reduzir o medo ou pré-conceito das empresas ao migrarem suas aplicações na “nuvem”. “As pessoas normalmente têm medo de avião, mas é provado em pesquisas

que se morre mais no trânsito nos carros que voando. É mais seguro andar de avião, mas quando algo acontece chama muito mais atenção um desastre aéreo que dezenas de batidas de carro. É a mesma coisa com a “nuvem”, as pessoas no dia-a-dia acessam seu mail interno de qualquer lugar, o que abre riscos de segurança, mas tem receio de colocar o correio eletrônico em cloud. É o mesmo pré-conceito do avião com o carro”, aponta.

VOCê TEM MEDO DE qUê?

Google Docs. “Nossa proposta é de transformação, de mudança de modelo de arquitetura de TI e dos negócios. A primeira aplicação que o cliente migra é o e-mail, mas com as demais ferramentas do Docs junto ele agrega rapidamente outros projetos. E o ganho está neste conjunto”, argumenta.

Ao analisar o perfil de quem migra para o uso do Docs ou mesmo do e-mail corporativo na “nuvem”, o executivo não vê algo específico de verticais da economia e sim atributos mais gerais, de empresas em busca de uma transformação na sua plataforma de TI. “Temos como clientes desde grandes companhias como a Anhanguera (veja mais no Box: Educação migra rápido) ou Globo ou mesmo médios e pequenos clientes”, completa.

E ele enumera elementos tangíveis para a migração na direção de cloud, que evoluem da tradicional redução de custos: “inovação (comunicar diferente e mais rápido e melhor), investimento em colaboração, fusões e aquisições, mobilidade (em alta, pois todos os dispositivos podem operar na “nuvem”) e a redução de custo e sustentabilidade de TI”.

PARA O GARTNER, 2011 PODE SER MARCADO PELO INíCIO DA

BATALhA DOS E-MAILS BASEADOS NA “NUVEM”

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Page 31: Revista TI Inside - 73 - Outubro de 2011

Mais difundido e popular entre todas as possibilidades de cloud e das famílias “as a service”, a plataforma de software como serviço reúne a totalidade dos fornecedores de sistemas interessados em popularizar ainda mais a modalidade de comercialização. Perspectiva para este ano é de crescimento de 20,7%

SaaS: a estrela do show

Mundialmente, de acordo com o Gartner, a comercialização de SaaS (software como serviço) pode

chegar este ano ao patamar dos US$ 12,1 bilhões, apresentando um crescimento de 20,7% em relação aos US$ 10 bilhões registrados no ano passado. Na mesma análise é falado ainda que a plataforma pode atingir os US$ 21,3 bilhões em 2015. Estes números corroboram a percepção de avanços da prática no mercado global e mesmo no Brasil, fazendo do SaaS a estrela na esfera do cloud computing.

Todos os fornecedores de software já possuem estratégias e ofertas na plataforma, alguns, obviamente, com mais tempo que outros. Inevitável falar da Microsoft, empresa que completou, em outubro, 1 ano e meio de sua oferta no Brasil. “Esse primeiro ano foi extremamente positivo, tivemos uma aceleração rápida nos parceiros e chegamos as 600 revendas no programa, das quais 100 delas com mais de três vendas”, revelou André Ruiz, gerente de estratégia e do programa de canais da Microsoft. No total, ao fazer o balanço dos primeiros 12 meses, a empresa chegou com o portifólio de soluções BPOS – que congrega suas soluções voltadas para SaaS – a mais de 1 mil empresas no Brasil com mais de 100 mil usuários na plataforma de cloud computing.

A estratégia inicial da Microsoft foi montar um time de distribuidores específico para cloud – Ingram Micro, Officer e Tech Data, até como forma de cativar os canais e chegar aos clientes finais. “foi um processo novo, não tínhamos uma referência. Inicialmente, queríamos ter um ambiente controlado para introduzir o tema ao mercado, por isso fizemos uma seleção para chegar aos

companhias no Brasil o que há de mais inovador, no mundo, em soluções de gestão”, afirmou com otimismo o presidente da SAP Brasil, Luís César Verdi. E o ERP Business All-in-One, versão do R/3 para pequenas e médias empresas, também foi migrado para a “nuvem”.

A junção de fornecedores e canais, e o seu otimismo quanto ao trabalho local, também podem ser percebidas na atuação da distribuidora que carrega a plataforma até mesmo no nome, a D-SaaS. “Quando começamos, há 4 anos, era complicado chegar aos clientes mas, com o tempo, a divulgação e mesmo a entrada de gigantes como Microsoft e Google, a plataforma foi desmistificada”, aponta Marcos Chiavone, diretor da companhia, que chega a 800 canais ativos.

Ele admite que as soluções de e-mail ainda são dominantes quando se fala em SaaS, porém a diversidade de soluções já migradas chama a atenção em nosso mercado. “Pacotes como o Office 365, da Microsoft e, no nosso caso, de soluções de antivírus e backup da McAfee ganham muito espaço ao trabalhar na “nuvem”, explica Chiavone, que fala em uma demanda crescente que, no caso da D-SaaS, pode atingir algo entre 30% e 40%.

Gigante localOutra operação

de distribuição de aplicativos em

primeiros distribuidores. Metade do recrutamento dos canais veio dos distribuidores e a outra metade é de contato direto. O distribuidor que fez a seleção é remunerado pelo que o canal vende, mas se o parceiro vem direto colocamos o preço para o cliente final e a revenda tem sua remuneração”, explica o modelo.

Estratégias de vendasOutro exemplo é o da gigante

alemã SAP que também busca apoio de parceiros locais como a Ativas, empresa de serviços de TI do Grupo Asamar e CemigTelecom. A integradora faz parte da estratégia de SaaS da plataforma In-Memory SAP hana, uma solução para análise de negócios em tempo real com processamento em memória. “O mercado busca agilidade na tomada de decisão e a tecnologia in-Memory SAP hana associada a infraestruturas seguras, como a da Ativas, proporciona às

MARcOS chIAVOnE, DA D-SAAS: A chEGADA DOS GIGAnTES MIcROSOfT E GOOGLE DESMISTIfIcOu O cOncEITO DE SOfTwARE cOMO SERVIçO, AcELERAnDO AS IMPLEMEnTAçõES

CRESCIMENTO DE qUASE 30% DO SAAS FAz DA

OFERTA A MAIS POPULAR EM CLOUD. MICROSOFT SE DESTACA

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>infraestruturaSaaS é a da Globalweb, joint

venture da Benner Sistemas com o Grupo TBA, que tem Severino Benner como CEO. Com ênfase na comercialização de software como serviço agregado a outras ofertas, a empresa nasce com a previsão de faturamento de R$ 240 milhões, só no ano fiscal de 2011, reunindo na equipe 1,5 mil colaboradores, mais de 100 canais de distribuição e uma base inicial de 800 clientes.

A expectativa é de que a Globalweb supere a marca de meio bilhão de reais de faturamento até o ano fiscal de 2014, alavancada por uma taxa de crescimento anual de 28%. Em uma primeira etapa, a nova empresa vai priorizar a captação de canais de vendas de serviços, incluindo desenvolvedores de aplicativos (veja mais no Box: Para os pequenos), que serão devidamente credenciados após qualificação técnica ampliando o espectro de soluções trabalhadas. A meta é contar com cerca de 300 canais no primeiro ano de atuação, trabalhando um portifólio já composto por soluções da Benner, claro, da Microsoft e Salesforce.

Gigante global voltada para cloud, a Salesforce é parceira da Globalweb desde o início do ano, complementando o trabalho local – mesmo sem escritório por aqui – de seu time de integradores. “Nosso acordo é para a América Latina e a cobertura será feita por parceiros que vão agregar valor a nossa presença local, com suporte e consultoria e com grande valor agregado. O foco dos clientes é bem diversificado. Já temos grandes projetos como Petrobras, Embraer, Cielo, Cosan e Votorantim e, a nível mundial, temos um foco de 1/3 para cada segmento de clientes divididos em grandes, médias e pequenas empresas”, aponta Enrique Perezyera, presidente da salesforce.com para América Latina e Caribe.

Voo latinoamericanoUm exemplo de cliente de médio

porte é a operação brasileira da Pluna – companhia aérea uruguaia com atuação nos principais países da América do Sul – que utiliza o Salesforce.com para obter uma maior

“o mercado busca agilidade

na tomada de decisão e a tecnologia

in-Memory sAP Hana associada a

infraestruturas seguras, como a

da Ativas, proporciona às companhias no

brasil o que há de mais inovador, no

mundo, em soluções de

gestão”LuíS céSAR VERDI

DA SAP BRASIL

A Globalweb busca captar desenvolvedores de software com foco em mercados verticais, com o objetivo de ampliar seu portifólio de soluções. A companhia pretende reunir, até o final do ano, 100 novas ofertas para os setores de

saúde, varejo, turismo, construção, agronegócio, educação, transporte e logística.“Negócios de pequeno e médio porte como agências de turismo, consultórios

médicos e dentários, supermercados e mercadinhos, podem se beneficiar. O modelo tradicional de compra destes softwares é oneroso para essas empresas, porém no modelo SaaS milhares de empresas poderão ter acesso a alta tecnologia pagando, mensalmente, um custo mais baixo. Por isso, estamos buscando estes desenvolvedores”, explicou Marco Zanini, diretor de vendas indiretas e marketing da Globalweb.

Com um investimento mensal de, no máximo, R$ 500, todas as empresas podem adotar uma solução específica para o seu negócio. O foco são as PMEs, que representam cerca de 80% da demanda por SaaS, atualmente, segundo Zanini. Como incentivo, os desenvolvedores poderão se beneficiar da estratégia da distribuidora, que oferece capilaridade de canais, divulgação e marketing, ações que podem gerar uma maior possibilidade de negócios.

PARA OS PEqUENOS

inteligência comercial. O projeto conta com consultoria e os serviços da integradora ValueNet, especializada no desenvolvimento e integração de soluções em SaaS.

Com o projeto, a Pluna passou a ter uma melhor gestão dos contatos e processos de comercialização de passagens para grupos de passageiros, o que foi essencial para que expandisse o faturamento e as vendas para esse público em 200%, de acordo com Gonzalo Mazzaferro Gilmet, diretor comercial da empresa. “Antes do projeto, cada

vendedor tinha sua própria carteira de clientes. Se saísse de férias ou da empresa, tínhamos que recuperar as informações do zero e acabávamos perdendo oportunidades”, afirma. A evolução do projeto resultou ainda em uma maior taxa de conversão de vendas.

O sucesso do projeto na operação brasileira fará com que ele seja expandido, ainda neste ano, para a matriz da Pluna e para as subsidiárias na Argentina, Chile e Paraguai. Já em 2012, a empresa deverá ampliar o uso do Salesforce.com para a área de Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).

Outros casos de sucesso e estratégias ligadas aos canais ou de iniciativa direta dos fornecedores junto aos clientes são divulgados constantemente, o que aumenta a diversidade e a cultura da prática no Brasil. Tudo com foco em clientes de todos os tamanhos e verticais e que têm objetivos mais abrangentes que a mera redução de custos.

PROjETO DA URUGUAIA PLUNA SERÁ ExPANDIDO PARA A MATRIz

E PARA OS ESCRITóRIOS NA ARGENTINA, ChILE E PARAGUAI

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>infraestrutura

A principal razão para que a prática de IaaS ou infraestrutura como serviço comece a ser um dos protagonistas no mundo da “nuvem” é a

possibilidade de uma rápida diminuição nos investimentos em data centers e custos correlatos. As corporações que buscam entregar capacidade computacional aos seus clientes, externos e internos, com possibilidades como escalonamento, previsibilidade e disponibilidade e mesmo respondendo a questões como sazonalidade ganham com o uso da prática.

No entanto, claro, nem tudo são flores. Muitas corporações ainda temem a perda de autonomia no gerenciamento ou mesmo se preocupam com questões de segurança quando questionados sobre a razão de investir ou não em IaaS. “As principais ofertas no Brasil ainda estão focadas no segmento de pequenas e médias empresas. A adoção de IaaS por empresas maiores ainda está um pouco distante, porém deve crescer se for impulsionado por players muito fortes que ofereçam este serviço com maior agressividade”, aponta João Alfredo Pimentel, diretor-geral da Corpflex, empresa de outsourcing que a partir de 2004 passou a oferecer os diversos “sabores” de “as a service”.

Na projeção dos participantes do mercado, IaaS – especialmente em “nuvens públicas” – pode representar uma das práticas mais promissoras em cloud no médio prazo. E a oferta dos players de hosting não só tem se diversificado como vem ganhando velocidade. O diferencial para as corporações é feito a partir dos níveis de disponibilidade, qualidade do suporte e capacidade de resposta rápida às demandas dos clientes e, principalmente, na capacidade de retirar a necessidade de investimento em data centers e equipes para gerenciar essa estrutura na casa do cliente.

capacidade computacional. “historicamente, os clientes partem

do modelo tradicional até chegar à infraestrutura como serviço. Porém é possível que uma mesma corporação possua os três modelos em um mesmo ambiente híbrido integrado”, aponta Victor Arnaud, diretor de marketing e processos da Alog, empresa mais conhecida pelos seus data centers, mas que também investe pesado em IaaS.

A demanda por parte dos clientes, no entanto, ainda nasce muito dos conceitos tradicionais. Assim, IaaS ganha outra pequena confusão no meio da estrada, a de que a modalidade de cloud é apenas uma forma de virtualização de recursos. “As discussões sobre a plataforma têm colaborado muito com a quebra de paradigmas, fazendo com que as empresas passem a considerar esta tecnologia e o modelo de IaaS em processos de escolha de infraestrutura”, argumenta Marcelo Safatle, diretor executivo da hostlocation, empresa que montou data centers e criou duas “nuvens” públicas para oferecer serviços, especialmente para médias e pequenas empresas.

Como falamos, o foco em IaaS – de redução acelerada nos custos – faz com que a prática esteja na cabeça das PMEs e também das grandes empresas. “A adoção de infraestrutura em cloud evita super dimensionamentos e mesmo desperdício, além da economia em si. Assim como garante o atendimento a picos sazonais que necessitam de alta disponibilidade e performance”, completa Arnaud, da Alog.

A evolução do mercado pode ser constatada ainda pela presença da Amazon no Brasil vendendo sua capacidade computacional para clientes e parceiros locais. E muitos outros pesos pesados estão vindo. Um fato que comprova que a prática está em crescimento acelerado.

A dualidade IaaS e hosting, entretanto, ainda causa uma certa confusão no mercado. Afinal, qual a diferença entre eles? O IaaS é ou deveria ser algo totalmente flexível, com contratação a partir da demanda, já os serviços de hosting e mesmo de collocation, em tese, possuem contratos e recursos mais rígidos e pouco ou nada “elásticos” na sua

“As principais ofertas no brasil

ainda estão focadas no

segmento de pequenas e

médias empresas. A adoção de Iaas

por empresas maiores ainda está um pouco

distante, porém deve crescer se

for impulsionado por players muito

fortes que ofereçam este

serviço com maior agressividade”

JOÃO ALfREDO PIMEnTEL, DA

cORPfLEx

“Historicamente, os clientes partem do

modelo tradicional até

chegar à infraestrutura como serviço.

Porém é possível que uma mesma

corporação possua os três

modelos em um mesmo ambiente

híbrido integrado”

VIcTOR ARnAuD, DA ALOG

o uso de infraestrutura como serviço ganha um peso ainda maior quando pesos pesados como a Amazon se interessam pelo mercado brasileiro

IaaS: o data center não podia ficar de fora

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>especial

RADAR FISCAL

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A partir do próximo ano, a transmissão da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) deverá ser feita com o uso de certificação digital, conforme determinação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A exigência valerá para as empresas que possuem 250 ou mais funcionários. As declarações poderão ser transmitidas com o certificado digital de pessoa jurídica, emitido em nome do

estabelecimento, ou com certificado digital do responsável pela entrega da declaração – pode ser um CPF ou um CNPJ.

De acordo com o MTE, a utilização da certificação digital continuará facultativa para os demais estabelecimentos que não se enquadraram nessa obrigatoriedade, com a opção de transmitirem sua declaração por meio dessa chave privada, caso a possuam.

Empresas terão que usar certificação digital para transmitir a Rais

A certificação digital padrão ICP-Brasil fará parte da rotina do Conselho de Justiça Federal (CJF) a partir do próximo ano e será utilizada no sistema

de gestão eletrônica de documentos SIGA-DOC, adotado em 2007.

Desenvolvido pela equipe da Subsecretaria de Tecnologia da Informação e de Comunicações da Seção Judiciária do Rio de Janeiro (SJRJ), o SIGA-DOC permite a criação, transferência, assinatura e demais atos de tramitação de documentos administrativos de forma exclusivamente eletrônica.

“A certificação digital ICP-Brasil é parte necessária para implantação do sistema de gestão de documentos eletrônicos. O SIGA-DOC garantirá segurança no uso do sistema, promoverá a agilidade dos trâmites administrativos e aperfeiçoará os processos de trabalho que compõem as estratégias do Conselho, contribuindo para a consecução dos objetivos estratégicos da unidade”, afirma Jaqueline Mello, secretária de Desenvolvimento Institucional do CJF.

Segundo ela, até dezembro de 2011, todos os servidores do CJF deverão obter o certificado digital ICP-Brasil. “A utilização da certificação digital ICP-Brasil garante autenticidade e integridade, além de permitir que o usuário tenha a opção de tramitar informações com a certeza de que o conteúdo não será alterado, evitando assim fraudes e falsificações”.

Janeiro será um mês importante também para as empresas que

desenvolvem produtos e soluções com base no padrão ICP-Brasil. Isso porque entrarão em vigor os novos padrões criptográficos estabelecidos pelas Resoluções 65 e 68, publicadas na página do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) na internet.

De acordo com Maurício Augusto Coelho, diretor de Infraestrutura de Chaves Públicas do ITI, a partir de 1º de janeiro, nenhum novo certificado poderá ser gerado sob as hierarquias anteriores.

Significa que todos os produtos destinados a operar a cadeia de certificados digitais padrão ICP-Brasil, tais como cartões, leitoras, tokens e HSM, devem adotar chaves de no mínimo 2048 bytes e família Sha256.

“Nessa data, também só serão permitidos dispositivos exclusivamente homologados pela ICP-Brasil, não sendo mais aceitos produtos certificados pelo NIST (National Institute of Standards and Technology)”, acrescenta Coelho.

As alterações estão previstas desde junho de 2009 nas normas da ICP-Brasil. Em 2012, esses serão os padrões adotados. As empresas devem ficar atentas ao prazo e apressar o processo de homologação dos produtos de acordo com as

novas regras. Eles serão submetidos a avaliações de conformidade do Laboratório de Ensaios e Auditorias (LEA).

De acordo Adilson Eduardo Guelfi, coordenador técnico de Hardware do LSI TEC, “quanto mais as empresas priorizarem seus processos de homologação, mais o LSI TEC terá condições de atender com qualidade e celeridade todas as demandas”.

CJF adota certificação digital em sistema de gestão eletrônica de documentos

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>especialRADAR FISCAL

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Os contribuintes que emitem a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) devem ficar atentos às mudanças no processo de validação que entrarão em vigor a partir de 1º de novembro em nível nacional.

As novas regras foram definidas a partir de reuniões do Encat (Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais) para sanar problemas no envio de informações digitais, tais como totalizações incorretas, preenchimento inválido de frete e uso errado de códigos fiscais de operação (CFOP).

Esses são os erros mais comuns no envio da NF-e em todo o País. A mudança é benéfica para o Estado e para os contribuintes, aponta Antônio Godoi, coordenador de Documentos Fiscais da Gerência de Informações Econômico-Fiscais da Secretaria da Fazenda. Segundo ele, a partir da implantação das novas regras de validação, cujo sistema estará sempre atualizado em relação à legislação tributária, o contribuinte será mais bem orientado para não incorrer em erros ao emitir a NF-e, evitando, assim, que esteja

sujeito a futuros autos de infração. “Por sua vez, o Estado passará a receberá informações digitais mais seguras e confiáveis”, afirma.

Desde o dia 1° de outubro, as alterações estão em fase de teste, em ambiente de homologação, para que os contribuintes possam testar o as validações antes de sua vigência legal. As novas regras previstas pela Nota Técnica 2011/004 estão disponíveis no Portal Nacional da NF-e (www.nef.fazenda.gov.br).

As equipes de atendimento da Secretaria da Fazenda e da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) têm recebido treinamento especial para atender os contribuintes.

Em novembro entram em vigor as novas regras para validação da NF-e

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>especial

A AVG Technologies divulgou o resultado de seu Relatório Mundial de Ameaças à Segurança do terceiro trimestre de 2011, desenvolvido entre julho e setembro de 2011, mostrando as tendências e desenvolvimento no mundo

das ameaças online. Ele revelou que o Brasil é o terceiro País em maior número de spams.

A pesquisa ainda apontou que os Estados Unidos continuam a ser o primeiro país em spam, uma vez que a língua mais utilizada neste tipo de mensagem é o inglês. Mas desta vez, o país que aparece em segundo lugar é a Índia, seguido do Brasil.

A análise ainda destacou, neste trimestre, que é preciso ficar atento aos crimes cometidos contra usuários de celulares, usando as operadoras de telefonia móvel para coletar dinheiro e com o Trojan Android, que grava as chamadas e mensagens SMS para capturar informações confidenciais como dados de contas bancárias. “Estamos prestando atenção em todos estes crimes. Os hackers se superam diariamente e é por este motivo que temos uma ferramenta especial de segurança para o sistema Android”, explica Mariano Sumrell, diretor de marketing da AVG Brasil.

Algumas análises do estudoNo mês passado, Keith Alexander, diretor da Agência de Segurança

Nacional dos EUA disse aos participantes da "Manobra no Ciberespaço", conferência que aconteceu nos Estados Unidos, que o custo global de crimes cibernéticos é estimado em U$ 1 trilhão.

A PCeU-crime, da unidade da Polícia Metropolitana, relatou que foram impedidos cerca de 140 milhões de euros do cibercrime no Reino Unido durante os últimos seis meses.

Um relatório recente do Instituto-a, com sede nos Estados Unidos, divulgou uma pesquisa em que afirma que os crimes cibernéticos aumentaram, durante o ano passado, o custo médio em 56%, atingindo um valor de U$ 6 milhões.

Roubar moeda digitalA Moeda Digital se tornou muito popular em pouco tempo.

Créditos no Facebook, pontos no Xbox, moedas Zynga e Bitcoin agora desempenham um papel vital em uma economia de bilhões de dólares de jogos conhecidos mundialmente. Longe de ser apenas do valor virtual, muitas dessas moedas são negociadas por moeda real. Isso não passou despercebido pelos criminosos virtuais, que agora possuem o objetivo de roubar carteiras digitais dos computadores das pessoas. Em junho, nos Estados Unidos, uma carteira digital contendo perto de U$500 mil foi roubada quando alguém invadiu o computador da vítima e transferiu todo o dinheiro.

Em uma tentativa de terceirizar os problemas e riscos de recolher o dinheiro, os criminosos estão indo além dos de cartões de crédito e usando cada vez mais operadoras de telefonia móvel para fazer a coleta para eles. Um criminoso pode instalar um cavalo de Tróia no smartphones de uma vítima que envia mensagens SMS quando o dono está dormindo. Eles podem usar um scam no Facebook para se apossar de números de telefone das pessoas e registrá-las em um serviço de custo mensal. A operadora de telefonia celular da vítima vai processar os encargos e transferir o dinheiro para a organização

criminosa, mesmo que resida no outro lado do mundo. Se os valores são pequenos, muitas vezes as vítimas não percebem.

AndroidCom o Android conseguindo quase 50% de market share mundial de

smartphone, não é de admirar que os criminosos cibernéticos consideram a plataforma um alvo atraente. A maioria dos malwares Android concentra-se em ganhar dinheiro com SMS premium. No entanto, em

julho, a AVG investigou um cavalo de Tróia focado em identificar potenciais dados confidenciais. Isto demonstra claramente o poder de modernos sistemas operacionais móveis, mas também os riscos que os usuários de celulares móveis correm.

Outras conclusões importantes do relatório: Falsos antivírus são atualmente a ameaça mais ativa na web; Exploit Toolkits representam mais de 30% das ameaças em sites maliciosos ("Fragus” é o mais popular, seguido de perto por "Blackhole"); Angry Birds Rio Unlocker é o aplicativo malicioso Android mais popular; os EUA ainda é a maior fonte de spam, seguido por Índia e Brasil

“No 3º trimestre, começamos a ver uma tendência clara no cibercriminosos mudando seu foco para simplificar a coleta de dinheiro”, comenta Yuval Ben-Itzhak, CTO da AVG Technologies. “Grupos de criminosos organizados estão agora deixando operadoras de telefonia móvel lidar com a questão de coleta de dinheiro, concentrando-se em telefones móveis e criando cobranças que aparecerão na sua conta de telefone algum tempo depois. Não só é muito mais fácil, mas também escala para volumes enormes ganhando dinheiro roubando pequenas quantias de um grande número de vítimas”, completa Ben-Itzhak.

Um relatório recente de autoria da agência de pesquisa The Future Laboratory (Cybercrime_Futures) revela que enquanto os criminosos virtuais e programas maliciosos estão se tornando cada vez mais sofisticadas e difíceis de detectar, os usuários estão, de forma alarmante, tornando-se o elo mais fraco por estarem menos atentos em relação à proteção de seus dispositivos on-line. A combinação desses dois fatores apresenta um cenário de cibercrime potencialmente desastroso.

JR Smith, CEO da AVG Technologies, comenta que “é cada vez mais evidente que cada indivíduo desprotegido nos tornem a todos mais vulneráveis, por isso é vital que, como uma sociedade global, que encontremos maneiras de abordar esta tendência e garantir que estejamos protegidos juntos. Estamos protegendo a vida digital das pessoas, ou como gostamos de dizer: proporcionando paz de espírito para o Mundo Conectado”.

Sobre o relatórioO Relatório Mundial de Ameaças à Segurança baseia-se no tráfego e

dados da “AVG Community Protection Network”, coletados ao longo de um período de três meses, seguido de análise pelo AVG. Ele fornece uma visão geral da web, dispositivos móveis, os riscos de spam e ameaças. Todas as estatísticas referenciadas são obtidas a partir da “AVG Community Protection Network”.

“AVG Community Protection Network” atua como um grupo de ajuda online, no qual a comunidade ajuda a proteger as redes de todos. Informações sobre as últimas ameaças são coletadas dos clientes que optarem por participarem no programa de melhoria do produto e compartilhadas com a comunidade.

Brasil caiu para terceiro lugar em país com maior número de spams

CRIMINOSOS VIRTUAIS COMEÇAM A ROUBAR CARTEIRAS ELETRÔNICAS

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>especial

O cuidado com ataques externos já faz parte da rotina das equipes de TI da maioria das organizações e, por si só, exige grande esforço e investimento. O que fazer quando a fonte dos ataques não vêm de fora, mas sim de funcionários da própria

empresa? O tempo em que se pensava que a segurança interior das redes poderia ser menor em relação à segurança externa certamente já se foi. Atualmente, é necessário pensar em cobrir toda a infraestrutura.

Um estudo conduzido pela consultoria norteamericana Verizon, mostra que ataques virtuais conduzidos por pessoas de dentro da própria empresa – os chamados insiders – respondem por importante parte do total de ocorrências. Em 2009, os ataques internos chegaram a 48% dos casos estudados. Em 2010, o número caiu para 17%, embora a Verizon acredite que não houve, necessariamente, queda do número deste tipo de ocorrência, mas sim um grande aumento no número de ataques externos.

Várias são as razões que levam um funcionário a prejudicar as redes das empresas onde trabalham. Há as pessoas que agem de forma inadequada, mas não maliciosa; os que agem involuntariamente, sem malícia; e, por fim, aqueles que agem deliberada e maliciosamente – é o caso, por exemplo, de funcionários que cometem fraudes para obter algum tipo de lucro ou de funcionários demitidos que invadem as redes em busca de vingança. O 12º Estudo Global de Segurança da Informação, realizado em 2010 pela Ernst & Young, aponta que as represálias de ex-funcionários, aliás, são o maior risco para a área de TI das empresas. Eles deletam dados de servidores, enviam e-mails em nome de outras pessoas – muitas vezes do presidente da empresa – ou mesmo roubam dados de clientes.

Não é preciso ser um expert da informática para causar danos na infraestrutura de sistemas. Geralmente, os ataques internos não são resultado de um único problema, mas de uma série de pequenas falhas,

como lacunas nos procedimentos de segurança: muitas vezes acidentalmente, os usuários acabam descobrindo bugs que permitem acesso a materiais e tarefas que antes não teriam; limitações no gerenciamento de identidades, documentação incompleta ou desatualizada, falhas nas segregações de funções, baixo controle dos acessos e permissões. arquiteturas de rede complexas são mais passíveis de brechas, trazendo mais vulnerabilidade.

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou pontos vulneráveis que podem comprometer a segurança da informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP). A falha foi encontrada após auditoria

realizada pelo órgão para avaliar controles gerais de governança de tecnologia da informação (TI). Segundo o TCU, os principais problemas detectados foram falhas no plano diretor de TI e na política de segurança de informação e comunicações, além da inexistência de plano estratégico institucional.

Para sanar as vulnerabilidades identificadas, o Tribunal fez uma

série de recomendações e determinou também que o Ministério do Planejamento ajuste a política de segurança da informação e comunicações, implante um processo de gestão de riscos de segurança da informação, e estabeleça critérios de classificação de informações, a fim de que possam ter tratamento diferenciado, conforme seu grau de importância, criticidade e sensibilidade.

Em seu relatório, o ministro Aroldo Cedraz observou que “o tema de segurança da informação é essencial para o adequado funcionamento das organizações públicas e para a defesa da intimidade dos cidadãos que com elas interagem”.

Estudo diz que ataques internos são os novos vilões da área de tecnologia

TCU encontra falhas na segurança de TI do Ministério do Planejamento

COMO SE PROTEGER?

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Antonio Borba, diretor executivo da Magic Web Design e consultor na área de tecnologia, ensina dicas que

podem ajudar a evitar ataques internos: Manter controle rígido sobre acessos, senhas e recursos utilizados pelos funcionários. Além disso, é importante documentar processos e rotinas sobre a infraestrutura de sistemas, de forma que não se crie dependência excessiva sobre o trabalho de uma única pessoa.

Criar procedimentos como o duplo controle, isto é, para realizar determinadas tarefas, é preciso autorização de mais um funcionário. A cumplicidade nas ações ajuda a minimizar os riscos.

Quando o trabalhador está deixando a empresa, a equipe de TI precisa ser ágil na suspensão de acessos e mudanças de senhas administrativas. Em muitas empresas, esse cancelamento se dá até 20 minutos antes da comunicação da demissão.

Os sistemas de TI oferecem várias ferramentas que permitem a monitoração de atividades inesperadas. Definir limites e alertas para estas situações é fundamental para mitigar os riscos de sabotagem.

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>mercado

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A expansão da capilaridade das redes 3G (terceira geração) e o rápido avanço da base instalada de smartphones no país propiciaram um novo

alento à proposta de pagamentos por celular. Seja para minimizar a incômoda falta de troco ou mesmo para promover a inclusão bancária, as soluções e os serviços em ascensão no País venceram a barreira da falta de consenso entre bancos e operadoras sobre um modelo ideal de remuneração das partes, e cada vez mais viabilizam-se formas de serviços financeiros móveis.

Essa nova realidade do m-banking foi apontada por especialistas que participaram do 3º forum Mobile+, evento promovido pelas revistas TI INSIDE e TELETIME, e organizado pela Converge Comunicações, que aconteceu no início de setembro em São Paulo. Durante o encontro, executivos de diferentes empresas concordaram que o momento é de apropriação dos serviços financeiros móveis e destacaram que os debates foram vencidos pela disposição da população de absorver novas ofertas.

Para Carlos Alberto Luz Roseiro, gerente de projetos de m-banking da Vivo, o ambiente de mercado atual é

Há algum tempo a falta de um modelo de negócio interessante a operadoras e instituições financeiras e a ausência de consenso entre elas, era a principal barreira para a expansão dos pagamentos por celular, mas a realidade se inverteu com as parcerias que começam a ser estabelecidas no brasil

VIcTOR huGO ALVES*

totalmente distinto daquele verificado há alguns anos. hoje, diz o executivo, as conversas entre as operadoras e os bancos são muito mais produtivas e fáceis. “A questão da desconfiança dos bancos foi superada. A dinâmica se alterou de uma desconfiança para uma oportunidade de negócio”, afirma.

Roberto Rittes, presidente da Oi Paggo, conta que há aproximadamente três anos as instituições financeiras não acreditavam tanto no sucesso das soluções de celulares para serviços financeiros, e faziam propostas de

acordos nada interessantes para as operadoras. “Agora o cenário foi totalmente alterado e as propostas são muito mais generosas, podendo resultar em parcerias interessantes. A aliança entre bancos, empresas de cartões e operadoras são importantes para gerar massa crítica e aumentar a chance de sucesso dos serviços”, observa o executivo.

Essa maior aproximação ficou evidente no recém-anunciado acordo entre o Banco do Brasil, a Cielo (ex-Visanet) e a Oi, para operar um sistema de mobile payment em grande escala. As empresas vão compartilhar experiências de forma a oferecer mais comodidade e mobilidade aos clientes, popularizando o acesso aos serviços financeiros.

A parceria amplia a rede que aceita pagamento por celular dos atuais 75 mil para 1,8 milhão de estabelecimentos. O Banco do Brasil e a Oi emitirão, além de cartões de crédito com bandeira compartilhada (co-branded), pré-pagos convencionais baseados na tecnologia mobile payment. E, em outra frente, Cielo e Oi criaram uma joint venture para fomentar a aceitação de mobile payment no país.

M-payment: é agora ou nunca

“A questão da desconfiança

dos bancos foi superada. A dinâmica se

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M-payment: é agora ou nunca

Atualmente, as operadoras móveis brasileiras trabalham com dois preços diferentes para mensagens de texto (SMS) compradas no atacado por clientes corporativos. Se for uma mensagem com o objetivo de prestar uma informação para o

consumidor, tal como alertas de movimentações financeiras, o preço gira em torno de R$ 0,10. Se for uma mensagem de uma campanha de mobile marketing, o preço sobe para algo perto de R$ 0,35.

Esses valores variam levemente, dependendo da operadora. Ao adicionar o custo do integrador e da agência de marketing, o preço para o anunciante pode chegar a R$ 0,50 por mensagem de mobile marketing. Vale ressaltar que em campanhas de interação são necessárias pelo menos duas mensagens: uma enviada pelo usuário e depois outra como resposta de confirmação, o que gera um custo de pelo menos R$ 1 por participante.

A política das operadoras de preços diferenciados para o chamado “SMS corporativo” e aquele de mobile marketing foi adotada há cerca de dois anos e desde então vem sendo duramente criticada por atores do mercado, que acusam que tais valores inviabilizam economicamente uma série de iniciativas de mobile marketing. “É difícil explicar para o anunciante a razão para essa diferença de valores”, comenta uma fonte.

MOBILE MARkETING

O Banco do Brasil e a Oi também lançarão cartões de débitos pré-pagos. Segundo as empresas, o portifólio de produtos contemplará os mais variados perfis de clientes da Oi, inclusive os usuários do Paggo, que serão convidados a migrar para os novos produtos a partir do primeiro semestre de 2012.

TrocadosJá a sociedade entre Cielo e Oi

possibilitará a expansão de soluções de meio de pagamentos móveis nos locais onde o terminal eletrônico para pagamento (PoS) não tem forte penetração. A meta das empresas é incluir suas ofertas em segmentos de grande movimentação, porém com tickets médios baixos, como os serviços de táxi, feiras livres, cabeleireiros, profissionais liberais, e representantes porta a porta.

Levando em conta esse movimento de parcerias entre operadoras e bancos, o gerente da Vivo ponderou que o celular tende a ser realmente um meio de bancarização, com as operadoras podendo auxiliar os bancos neste processo porque já conhecem os clientes não-correntistas.

Ele pontuou que o celular pode ser um canal alternativo de atendimento dos bancos, mas com custos mais baixos de operação. Entretanto, ele acredita que o processo passa pelo desenvolvimento de múltiplas interfaces e aplicações. “Os bancos podem utilizar os diversos serviços já existentes nas contas de celulares para basear as suas ofertas de serviços financeiros, o que representa um grande potencial para gerar receita. Mas o SMS será uma das principais plataformas”, disse.

ProjetosA Vivo, por exemplo, é parceira da

Redecard, da Mastercard e do Itaú em um projeto piloto de mobile payment que será realizado em uma cidade de médio porte do estado de São Paulo, no qual o celular será utilizado como terminal de ponto de venda (PoS). O nome da cidade não foi divulgado, mas o gerente de m-banking da Vivo diz que os clientes da operadora interessados em usar o serviço terão de trocar o SIM card dos seus celulares por outro já adaptado ao produto, além de cadastrarem a linha no serviço.

“O cliente faz a associação do cartão ao celular para realizar compras

“o cenário foi totalmente alterado e as propostas são muito mais generosas, podendo resultar em parcerias interessantes. A parceria entre bancos, empresas de cartões e operadoras são importantes para gerar massa crítica e aumentar a chance de sucesso dos serviços”ROBERTO RITTES, DA OI PAGGO

nos estabelecimentos cadastrados”, explica ele, frisando que poderão ser utilizados tanto cartões de crédito quanto de débito. O lançamento do projeto ocorrerá ainda neste ano, e a estimativa é que seja expandido nacionalmente no início de 2012.

Parte da rede credenciada da Redecard será incluída na lista de

opções alinhavadas para o usuário, mas a previsão é que outros parceiros sejam selecionados no curto prazo. “O objetivo do projeto é ser uma rede de pagamentos complementar ao PoS, com custos inferiores para os estabelecimentos. Ele se adequa a locais que ainda não aceitam pagamentos via cartões devido ao custo dos terminais PoS e para aqueles que querem proporcionar o pagamento eletrônico nas compras feitas por delivery”, argumentou Roseiro.

Já a Oi Paggo começou um projeto piloto interno de pagamento via celular sem contato com a tecnologia de Near field Communication (NfC), em parceria com a Gemalto. A iniciativa consiste na inclusão de um SIM card, fornecido pela Gemalto nos celulares. A empresa já fornece a tecnologia de NfC. O serviço será oferecido aos clientes da Oi Paggo, a partir outubro, em algumas cidades do Nordeste. “Até o fim do ano, a meta é levar essa tecnologia para transportes públicos”, revela Rittes, citando como exemplo o Bilhete Único de São Paulo, adotado no transporte coletivo.

*COLAbOrOu FErNANDO PAIVA

PILOTOS E INICIATIVASPrimeiras iniciativas de mobile payment no Brasil

ALIANçA OBjETIVOBanco do Brasil, cielo e Oi Operação do sistema de mobile payment em grande escala.

As empresas vão compartilhar experiências Banco do Brasil e Oi Emitirão, além de cartões de crédito com bandeira compartilhada

(co-branded), pré-Pagos convencionais baseados na tecnologia mobile payment Também lançarão cartões débitos pré-pagos.

cielo e Oi Criaram uma joint venture para fomentar a aceitação de mobile payment no país

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>mercado

A tecnologia near Field Communications ou nFC pode se tornar o padrão das operações de compras por telefonia móvel ao receber apostas de Apple, Google e Microsoft, entre outros grandes da mobilidade

cLAuDIO fERREIRA

nFC pode ser solução para micropagamentos

Já usual no Japão, a tecnologia Near field Communication ou NfC, ainda engatinha no ocidente e no Brasil. Porém, no país do “sol nascente”, as pessoas a utilizam há anos na

compra de bilhetes de metrô e em pequenas compras como refrigerantes e lanches. O circuito integrado instalado nos telefones celulares é semelhante ao que as pessoas utilizam em cartões de acesso a prédios.

O NfC pode ser usado, por exemplo, na compra de bilhetes no transporte público, no cinema, teatro ou shows, usando apenas o telefone celular como ferramenta de pagamento no lugar do papel moeda, bastando apenas aproximar o aparelho do equipamento coletor no ponto de venda ou cobrança. Um chip com o NfC faz a autorização da compra em, no máximo, dois segundos.

A tecnologia não é exatamente uma novidade, mas ganhou um grande alento nos últimos meses como forma de realizar pagamentos. Primeiro ao agregar na mesma “cesta” um grupo de empresas com interesses concorrentes e pesados como Apple, Google e Microsoft em sua defesa.

Avanços lá foraAs operadoras de cartões, que seriam

os principais competidores ou possíveis perdedores com a plataforma, estão

investindo pesado em projetos de NfC. Amex, Visa e Mastercard já possuem experiências no tema. “Ainda não existe um padrão, a menos que as operadoras se unam em torno de um sabor de NfC. É preciso ter, por exemplo, taxas mais competitivas. Vamos ver um movimento de queda de braço, e quem pode fazer isso acontecer são os cards. Porém, acho que eles estão experimentando para não se surpreender, e não visando a disseminação em larga escala”, aponta Marcos Paulo Amorim, diretor executivo da Blink, empresa especializada na

implantação de sistemas de mobilidade em grandes e médias organizações.

O certo é que o Brasil está bem atrasado. Se no Japão o uso do NfC é comum e nos Estados Unidos existem cerca de 150 mil terminais contactless em lojas do McDonald e em outras redes, no Brasil ainda essa facilidade ou presença praticamente inexiste, havendo apenas a aplicação em prédios de escritórios.

Para Cícero Torteli, fundador e CEO da freeddom, empresa responsável pela implementação do sistema Oi Paggo, o NfC não será um substituto de outras formas de pagamento ou mesmo do m-payment e sim mais uma opção ou meio de pagamento eletrônico. “Não acredito que ele virá a sepultar os cartões de plástico, por exemplo. Em alguns casos ele poderá ser uma opção dominante, e preencher lacunas, como no metrô. Para pagamentos rápidos e com valores menores, sem uso de senhas, ele poderá ser uma grande opção. E o NfC pode estar tanto em um telefone celular como em um cartão”, argumenta.

Piloto com direçãoNo quesito perspectivas, Amorim, da

Blink, aponta que o assunto tem tudo para entrar “na moda”. “Acredito que o NfC deve ganhar espaço nos meios de pagamento e existem projetos piloto em curso. há uma empresa de Marília, no

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interior de São Paulo (Pagamento Digital), que foi adquirida pelo site Buscapé, está fazendo testes. O mercado local ainda é imaturo, porém muita coisa está sendo desenvolvida”, admite.

Um dos pilotos em curso é encabeçado pela GD Burt e agrega Claro, Bradesco, Banco do Brasil e Visa. A empresa é subsidiária da Giesecke & Devrient (G&D), um gigante mundial de tecnologias para smart card, identificação segura e certificação digital, com mais de 150 anos e presença em destacada em 45 países. karina Prado Dannias, diretora de meios de pagamentos da GD Burti, contabiliza o resultado do projeto: “comprovamos o uso da tecnologia e os benefícios que a mesma pode trazer ao consumidor”.

E faz projeções para adoção da tecnologia no país. “Acredito que no curto prazo teremos redes de adquirentes prontas para NfC, no médio prazo teremos produtos de consumo com tíquete médio baixo como vouchers e transporte e no longo prazo veremos uma integração total de pagamentos de crédito/débito e novas modalidades que atendam ao público internacional que estará no Brasil na Copa e nas Olimpíadas”, argumenta.

barreiras e buracosO que pode travar a disseminação da

plataforma é a base de leitoras de cartões recentemente renovada pelos lojistas. Além disso, na ponta dos celulares, Amorim, da Blink, acredita que seja preciso renovar a base de celulares para o padrão mínimo de smartphones ou similares. “Por mais que o mercado acelere, acho que a massificação só chega em 2014, mas o crescimento será

ideia de um dispositivo que faz uma compra e não requer senhas pode trazer preocupações e mesmo problemas. “É preciso ter escala antes de qualquer outra coisa”, finaliza Torteli.

Para fazer acontecerNo entanto, aspectos como a

novidade, o uso disseminado dos celulares e mesmo a carência do mercado de m-payment ou de micropagamentos de algo “mais sexy” pode ser suprido pelo NfC. O problema é que as empresas brasileiras se mantêm conservadoras e devem esperar que o mercado internacional resolva as questões de padrão e de volume de utilização para incorporar a plataforma por aqui.

Otimista quanto ao futuro, karina, da G&D, afirma que o Brasil será um palco importante para a consolidação das mais diversas tecnologias de m-payment, mas aposta no NfC. “É uma opção que agrega o meio de pagamento à conveniência de algo seguro e rápido. O NfC irá acompanhar o movimento de transações EMV sem contato em geral, isto é, assim que a ‘adquirência’ disponibilizar meios de transacionar desta forma, em uma quantidade razoável de estabelecimentos”, completa.

Para karina, os grandes aceleradores da plataforma serão as redes de transação de cartões como Cielo, Redecard, Getnet, etc. No entanto, como apontam outros especialistas, o que pode fazer com que eles acabem por competir com eles mesmos? O desejo dos lojistas ou a pressão dos usuários? O certo é que celulares com NfC já começam a ser entregues este ano nos Estados Unidos. Mas, por aqui, nada ainda.

“Acredito que no curto prazo teremos redes de adquirentes prontas para nFC, no médio prazo teremos produtos de consumo com tíquete médio baixo como vouchers e transporte e no longo prazo veremos uma integração total de pagamentos de crédito/débito e novas modalidades que atendam ao público internacional que estará no brasil na Copa e nas olimpíadas”kARInA PRADO DAnnIAS, DA GD BuRTI

rápido”, projeta.A mesma opinião de Amorim é

compartilhada por Torteli, da freeddom. “A maior barreira está no interesse ou não do varejo. Se estiver disponível e os aparelhos com NfC chegarem por aqui, o cliente vai adotar rápido. Mas, claro, dentro da ideia de valores baixos”, admite.

É certo que ainda se busca o padrão definitivo de NfC, principalmente devido à necessidade de um modelo de segurança agregado. Entretanto, karina, da G&D não tem essa preocupação. “O NfC segue padrão EMV, portanto os aspectos de segurança já são conhecidos em normas e padrões mundiais”, garante.

Para Amorim, a segurança no NfC pode ser dividida em duas partes: aspectos técnico e cultural. “Porém, no aspecto cultural, o usuário ainda não enxerga a tecnologia ou os problemas, e isso é algo que veremos com a disseminação da tecnologia”, aponta. A

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E xperimentação, especulação ou business? A justificativa para os investimentos das operadoras de cartões em NFC passa por essas três palavras e nenhum analista de

mercado tem uma certeza. O concreto é que todas as chamadas “bandeiras” de cartões investem na plataforma.

A Amex (American Express), por exemplo, lançou o Serve, seu serviço de pagamentos via celular, em março, nos Estados Unidos. Ele permite que os iPhones, com sistemas operacionais iOS e Android, façam transferência de dinheiro entre pessoas, e abre a possibilidade de criar e gerenciar subcontas de familiares, como a mesada dos filhos, ou de pagamento de pequenos serviços como babás, jardineiros etc. A tecnologia, com uso do NFC, é fruto da aquisição da empresa Revolution Money, concorrente da Pay Pal, por US$

300 milhões.Já a Visa, também em março, comunicou ao mercado que

firmou acordos para promover seu sistema de pagamentos pessoais em NFC, que entrará em operação nos Estados Unidos em junho. A princípio por meio de quatro programas pilotos e com a ajuda “luxuosa” das instituições financeiras Bank of America, US Bank, Chase e Wells Fargo.

Por último, mas não menos importante, a MasterCard, como levantou o Wall Street Journal, está desenvolvendo em conjunto com a Google e o Citigroup o seu sistema de pagamento NFC. A novidade é que a Google, segundo a fonte do jornal econômico, deseja que os correntistas não paguem taxas de uso com a contrapartida de que recebam anúncios em seus smartphones.

INDúSTRIA DE CARTÕES E O NFC

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>internet

A comunicação corporativa mudou, e muito, nos últimos anos. Melhor ou pior ainda não sabemos ao certo, mas, com

certeza, um dos principais agentes dessa mudança é o canal das redes sociais. Afinal, ele amplifica tudo: coisas boas e fatos não tão interessantes estão lá e chegam aos milhares e milhões em um click. Mas o investimento e o contato no canal social, exemplificados por experiências conduzidas por Walmart, Johnson & Johnson e a Student Travel Bureau, não seguem uma cartilha, e têm múltiplas matizes.

A gigante do varejo global, Walmart, por exemplo, intensificou seus investimentos nas redes sociais nos últimos anos, abrindo diversos perfis no Twitter, uma página no facebook e um blog, tudo para ouvir críticas, opiniões e elogios que tragam feedbacks para a companhia promover melhorias nos serviços prestados pelas suas lojas e mesmo no e-commerce.

redes sociais. Afinal, como acontece no twitter, temos um espaço restrito, e precisamos dar mais profundidade às informações prestadas aos clientes”, relembra Roberto Wajnsztok de Oliveira, diretor de marketing e novos negócios-e-commerce do Walmart Brasil.

Ele revela que a estratégia tem um forte componente local, apoiada pelos ditames globais. “Já temos expertise e o Brasil é uma referência em redes sociais. Mas quando iniciamos, em 2008, o que existia nas redes sociais eram ações mais pontuais. A partir do blog estruturamos vários canais sociais e o foco é o relacionamento com o cliente-consumidor. A conversa precisa ser humanizada”, completa.

boca no tromboneEsse foi o ponto inicial para a

campanha “Seja um cliente que vota”, realizada no ano passado. “Existia um risco, porque o internauta não ganhava nada para participar, mas conseguimos uma boa adesão na

As redes sociais se solidificam como um canal de grande importância para que corporações consigam ampliar e qualificar a comunicação com clientes e futuros clientes. Veja como o Walmart, a Johnson & Johnson e o student Travel bureau têm trabalhado o tema e criado projetos que dão voz aos consumidores

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Sou todo ouvidos

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A atual estratégia nas redes sociais foi concebida em paralelo com a inauguração da loja brasileira de comércio eletrônico, algo que soma 3 anos de experiência. “foi quando montamos nosso blog, que é como uma âncora para o trabalho nas

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“A partir do blog estruturamos vários canais

sociais e o foco é o relacionamento

com o cliente-consumidor. A

conversa precisa ser humanizada”

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OLIVEIRA, DO wALMART BRASIL

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AUDIêNCIA DAS REDES SOCIAIS

usuários no Brasil de acordo com o Ibope nielsen em agosto

Facebook

30,9 milhõesOrkut

29 milhõesTwitter

14,2 milhões

forma de testemunhais. Conseguimos um bom feedback do que funciona e do que pode melhorar”, relembra.

Apoiada pela consultoria Lattitud, do Grupo havas, as ações como as descritas acima geram, por exemplo, reports com tendências de consumo. “Temos pesquisas constantes com o que o cliente procura nas redes, seus desejos de compra, e fazemos promoções em cima disso. E também usamos esse contato para expor nossos valores como empresa. Somos relativamente novos na web e precisamos nos diferenciar”, argumenta Oliveira. No total, o Walmart acumula mais de 100 mil seguidores no facebook e mais 48 mil no Twitter.

Em paralelo, a empresa investiu recentemente em compras coletivas. O modelo no caso se aproveita das informações sobre os desejos dos clientes, para montar ofertas pontuais. Outra forma de buscar diferenciação é no apoio ou construção de comunidades como a w-games, que gera adesão e proximidade dos internautas/consumidores a partir de um tema. “Queremos relacionamentos duradouros e, para isso, temos uma certeza: o cliente quer pessoas falando com pessoas”, finaliza Oliveira.

Mesma línguaOutra experiência é a construída

pela empresa de intercâmbios STB (Student Travel Bureau) com apoio da consultoria da Coworkers Mídias Sociais, que desembocou em um convite de emprego por meio da ação STB Discover. A ideia é selecionar um candidato que vai viajar por 10 países relatando suas experiências nas redes sociais dentro da página da empresa, mediante um salário de R$ 5 mil e despesas pagas. Com mais de 5 mil inscritos, o Discover aceita candidatos até novembro.

“O Discover é um desdobramento da nossa estratégia, iniciada em 2009, com o que na época chamamos de “embaixadores” - blogueiros que eram convidados a fazer cursos e relatar sua experiência sem censura ou filtros. Isso nos deu credibilidade”, comemora Santusa Bicalho, diretora executiva da STB. há dois anos, para reforçar a veracidade, foram chamados blogueiros influentes que fugissem do perfil de celebridades. “Queríamos

mostrar algo que fosse totalmente diferente de uma propaganda”, aponta.

Já a partir das primeiras experiências, como revela Santusa, a STB chegou a alguns preceitos básicos na comunicação: ser honesto naquilo que é dito e aprender com o consumidor. E a executiva revela que não teve muitas barreiras internas para realizar os investimentos. “O “convencimento” foi muito mais meu, interno, do que externo. Pegamos uma parte do orçamento de web e dedicamos às redes sociais”, revela.

No total de ações em 2010, a STB somou algo como 10 milhões de interações nos canais sociais do Twitter, Orkut e facebook. “Temos 54 mil cadastros, e algo como 30% dos nossos negócios já é gerado pelo canal da web”, completa. Santusa admite que é possível, no futuro, criar uma loja nos canais sociais, mas ainda não existem planos concretos.

Jovens na miraNa linha da STB, a

Johnson&Johnson partiu para ações

voltadas para seu público-alvo, no caso segmentado por produtos. Um desses investimentos é ligado ao Sempre Livre, marca de absorventes, com foco voltado a consumidoras dos 13 aos 23 anos. Em conjunto com a revista para adolescentes Capricho a empresa investiu, entre junho e setembro, no contato, por meio do canal social, a partir do concurso “Senta, Levanta e Canta”, cujo objetivo era revelar uma nova estrela da música teen a partir da postagem de vídeos no youtube.

“É uma forma atual e engajadora de falar com a consumidora teen muito ligada à Internet e à música”, declara Javier Vazquez, gerente responsável pelo grupo de marcas de cuidados femininos da Johnson&Johnson do Brasil. Ao todo, foram registrados 600 vídeos inscritos, mais de 8,3 milhões de votos com 1,4 milhão de page views gerados por 480 mil visitantes únicos.

Como aponta Joana Barroso, gerente de marketing de Sempre Livre, “as mídias sociais fazem parte de um conjunto de ferramentas que usamos para entender às necessidades dos nossos consumidores e aperfeiçoar nossos produtos e ações. Além do relacionamento com os consumidores, o canal nos permite acompanhar as tendências do mercado”, argumenta.

A interação pela web, o contato um a um - que se multiplica por muitos, ou mesmo a segmentação levada a sua última potência são apenas algumas possibilidades abertas pelas redes sociais. Uma aproximação corporações-consumidores que ainda terá muitos outros capítulos.

Gigante do varejo global, a norteamericana Walmart – cujo faturamento em 2010 chegou aos US$ 419 bilhões – tenta desde o ano passado reverter a fama de ser uma empresa boa de logística e de supply chain, mas com baixa inovação.

Um movimento iniciado com a compra da Vudu, empresa de aplicativos de vídeo, por US$ 100 milhões que resultou no lançamento de um serviço de streaming de filmes concorrente do Netflix.

Em abril deste ano veio a compra da Kosmix, que possui ferramentas de pesquisa e aplicativos para as redes sociais. Baseada na região do Vale do Silício, a agora nova unidade de tecnologia do Walmart segue no mesmo local e deve gerar iniciativas na web social. “Esses investimentos devem gerar alguma novidade em breve, inclusive aqui no Brasil”, garantiu Oliveira.

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