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VITRINE ATIVA ABRIL 1 3ª EDIÇÃO ANO 1 ABRIL 2010

REVISTA VITRINE ATIVA N.º3

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Revista Vitrine Ativa de Presidente Epitácio, abril de 2010

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3ª EDIÇÃO • ANO 1 • ABRIL 2010

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DIRETORES: Alex Borges e André LuisREDATORA-CHEFE: Juliana Gonçalves . MTb 45.884/SP . Matrícula Sindical 17.908EDITORA DE JORNALISMO: Priscilla Martins . MTb 48.286/SPREPÓRTERES: Priscilla Martins e Juliana GonçalvesFOTOGRAFIA: Zoom Digital, Correio do Porto, Edcarlo Fernandes e Agape ImagemDIAGRAMAÇÃO: Kase PropagandaIMPRESSÃO: Gráfica CipolaCOLABORADORES: Domitila El Hage, Benedito de Godoy Moroni e Wilson Cruz

VITRINE ATIVA é uma publicação trimestral, editada em Presidente Epitácio com abrangência em Presidente Prudente, Dracena, Presidente Venceslau, Caiuá - Estado de São Paulo e Bataguassu, Brasilândia e Anaurilândia – Mato Grosso do SulTIRAGEM: Mil exemplares

ATENDIMENTO: Para anunciar ligue: 18 3281-3759 • CARTA À REDAÇÃO: [email protected]

editorial

O caminho da evolução

Chegamos a nossa terceira edição prazerosos por podermos apresentar aos leitores o progresso da cidade de Presidente Epitácio, justamente no período em que transcorre o aniversário do município - 61 anos de Emancipação Politicoadministrativa, comemo-rado no dia 27 de março.

Em seu segundo mandato, o prefeito José Antonio Furlan dá mostras que sua equipe vem trabalhando de forma correta pelo desenvolvimento da cidade e de seus cidadãos. Para tanto, tem focado a atuação da administração municipal nas obras de infraestrutu-ra, mas também na conservação e disponibilidade dos pontos e eventos turísticos que a cidade pode oferecer aos moradores e turistas.

Fica aqui, portanto, o registro e os parabéns de toda a equipe da Revista Vitrine Ativa a esta cidade que, cada dia mais, desperta para uma grandeza ímpar na região.

Mulheres, o que seria do mundo sem elas (sem nós). Como é bom poder escrever e divulgar nossas qualidades, nossas conquistas e nossa aptidão para a batalha, sem que para isso precisemos ocultar nossas fragilidades – e daí se as vezes somos frágeis? Nesta edição uma homenagem a todas elas, mulheres, apresentada pelo colunista social Fran-çois Paul, no Dia Internacional das Mulheres.

E já que o assunto é mulher, nesta edição trazemos uma convidada especial, Lídia Buarraj Miguel, mais conhecida como Dona Lula, que conta um pouco sobre uma das muitas maneiras de se dedicar ao próximo, lembrando sempre que mesmo com as con-quistas obtidas pelas mulheres, sempre vai haver espaço, e tempo, para doar amor ao próximo.

Apresentada a revista, pedimos que você nos ajude a evoluir e a crescer. Conte para a gente o que você achou dos nossos textos, das fotografias, dos assuntos. Dê sua su-gestão e faça seu comentário através do e-mail [email protected].

Esperamos que tenham todos uma boa leitura.

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8 Entrevista: Lídia enfatiza a importância

do trabalho voluntário

12 Saúde Dermatologista explica sobre

os cuidados com a Psoríase

14 61 anos de Presidente Epitácio

Destaque para inaugurações e pontos turísticos da cidade

18 Carnaval Espetáculo cultural que é

referência na região

24 Paixão de Cristo

Encenação revive Semana Santa

28 Dia Internacional da Mulher

Evento com presença do cantor Saulo Roston homenageou a mulher do Terceiro Milênio

30 Nossa História

Resgate da construção naval epitaciana

sumário

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ENTREVISTA Mulher, companheira

e mãe

Lídia Buarraj Miguel, conhecida como Dona Lula, nascida e criada numa época em que os valores e costumes, principalmente em relação à mulher,

eram bem diferentes, hoje com 67 anos, segue com o trabalho, atualmente tão em desuso, de servir sem pensar em si, não importando nem mesmo a quem.

Mulher companheira, mãe guerreira, dona Lula é um exemplo de mulher devotada à famí-lia e ao próximo, essa figura que habita cada mi-nuto das suas conversas e pensamentos.

Em 1986 ajudou a fundar a Pastoral da Saúde em Presidente Epitácio, tendo sido dela coorde-nadora por muitos anos.

Moradora de Presidente Epitácio e casada com Nabil Miguel, em ambos os casos há 48 anos, o casal tem três filhos: Flávio, Roberto e Gilberto, casados com Denise, Lucimeire e Mô-nica, tendo ainda os netos Reder, Renato, Ga-briel, Vinícius e Lídia.

» RVA – Como é a Dona Lula “família”,esposa, mãe e avó? Dona Lula – Eu amo minha família, e acho que tudo começa em casa, portanto, o amor e a doação devem começar em casa também. Essa sou eu relação à minha família.

» O trabalho voluntário toma tempo.Às vezes, muito tempo. Isso nuncaatrapalhou a vida em família?Já tive contratempos na família, mas o amor que me move e o amor que me dedicam os familia-

res, supera qualquer coisa.Claro que a família e até amigos ficam preocu-pados quanto a minha saúde e pedem pra eu diminuir o ritmo, e sei que é para o meu bem, mas deixar de fazer a doação ao próximo, que é o que tanto gosto, é muito doloroso.Existe uma escala de valores na vida da gente e o Deus do amor pode tudo. É uma força que não tem medida.

» Por que ajudar a fundar a Pastoral da Saúde?A vida não tem sentido se não for pra ajudar o próximo. Com esse pensamento, compartilhado por muitas outras mulheres, participei da funda-ção da Pastoral da Saúde, no ano de 1986.

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» Qual o objetivo da Pastoral da Saúde?Amparar aqueles que, na doença, ficam desam-parados, principalmente aqueles que sofrem com o abandono da família. Outra marca da pastoral é a de servir sem qual-quer interesse, mas tão somente o interesse de exercitar o amor ao próximo.

» Como é feito o trabalho das voluntárias?Quando começamos o trabalho, há quase vinte e cinco anos, fornecíamos aquilo que as próprias voluntárias tinham, e quando nada tínhamos, a gente saia pedindo ajuda aos conhecidos que, na medida do seu possível, sempre colaboravam. Hoje existe um bazar permanente, cujos produ-tos são roupas recebidas em doação pela pas-toral, e a renda é usada para adquirir remédios que, muitas vezes, não são distribuídos no Posto de Saúde.As voluntárias também doam roupas para as pessoas enfermas e, na medida do possível, entregam também alimentos provenientes de doações para as famílias acompanhadas. Entre-tanto, algo tão ou mais importante que isso é o trabalho das voluntárias de escutar. Escutar e conversar com um enfermo é muito importante para a recuperação da saúde dele.

» Desde 1986 o trabalho da senhora, e de todas as voluntárias da Pastoral da Saúde, apesar de feito com discrição, é elogiado, principalmente pela perseverança. De onde vem a força para seguir adiante num trabalho que nunca acaba?A força que recebo é Dele. Jamais conseguiria fazer alguma coisa, se não fosse pelo amor e graça de Deus.

» Ouvimos muito falar sobre a mulher do 3º Milênio, que se divide em ser mulher, mãe, companheira, empreendedora... O que pensa sobre essa geração?Primeiro é preciso saber que há uma escala de valores na vida, para depois colocá-los nos seus devidos lugares. O conhecimento do Criador na vida da gente é fundamental. A doação de amor ao

próximo é um ato que todos devemos praticar.Claro que com o tempo a mulher deixou de trabalhar só em casa e partiu para outras ativida-des. Quando iniciamos a Pastoral, a maioria das mulheres tinha apenas o “ginásio”. Hoje não, temos muitas mulheres com formação no nível médio e superior, mas que ainda assim dedicam horas de suas vidas ao próximo. Uma coisa não exclui a outra. É preciso saber conciliar, como em tudo na vida.

» Hoje sabemos que a senhora não está mais a frente da Pastoral, e que a diretoria rejuvenesceu. Qual a importância do rodí-zio para a Pastoral da Saúde?Hoje realizo meu trabalho apenas no volunta-riado e vejo que o rodízio dos dirigentes é algo muito importante, pois revigora a entidade, aquece os ânimos e traz sangue novo e também ideias novas.

» O que é mais gratificante para a senhora, no desenvolvimento dessestrabalhos voluntários?Poder ajudar ao próximo é muito gratificante. Quando vamos fazer alguma visita, achamos que estamos doando, mas na realidade rece-bemos muito conhecimento das pessoas que pretendemos auxiliar, além de fazer com que valorizemos o que temos. Viver a realidade das pessoas gera mais vontade de ajudar o próximo.

As pessoas interessadas em fazer

doações ao Bazar da Pastoral devem se dirigir ao bazar

instalado em frente à Igreja Matriz de São Pedro.

Abertas inscrições para concurso público do Instituto Federalde Presidente Epitácio

Permanecem abertas até 20 de abril 2010, as inscrições para o Concurso público de provas e tí-tulos para o provimento de cargo de professor de educação básica, técnica e tecnológica do quadro permanente de pessoal do Institu-to Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Presidente Epitácio. E também o concurso público de provas e títulos para o provimento de cargos técnico administrativos de nível intermediário e superior do quadro permanente de pessoal do Instituto. Estão disponíveis 10 vagas para os cargos técnicos admi-nistrativos de nível intermediário e superior do quadro permanente de pessoal. Sendo para os cargos de Assistente de Alunos (1), Assisten-te em Administração (3), Técnico em Laboratório/ Área Mecânica (1), Técnico de Tecnologia da In-formação (1), para esses cargos é exigido apenas o nível intermediá-rio. Já para os cargos Administrador (1), Bibliotecário-Documentalista (1), Pedagogo (1) e Técnico em As-suntos Educacionais (1), é exigido nível superior. Para o corpo docen-te também estarão disponíveis 10 vagas. Veja tabela ao lado.

Os editais completos estão dis-poníveis no site oficial da prefeitura de Presidente Epitácio através do endereço eletrônico www.presi-denteepitacio.sp.gov.br, ou no en-dereço eletrônico www.ifsp.edu.br.

CORPO DOCENTEPARA O CAMPUS DE PRESIDENTE EPITÁCIO,

ÁREAS DE ATUAÇÃO FORMAÇÃO EXIGIDA VAGAS

Construção Civil Engenharia Civil, ou Curso Superior de Tecnologia na área de Construção Civil. Para todas as formações será exigida pós-graduação na área de atuação.

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Mecânica I Engenharia Mecânica, ou Curso Superior de Tecnologia relacionado à área de Mecânica. Para todas as formações será exigida pós-graduação na área de atuação.

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Mecânica II

Engenharia Mecânica, ou Curso Superior de Tecnologia relacionado às áreas de Mecânica. Para todas as forma-ções será exigida pós-graduação na área de Materiais, ou Processos de Fabricação.

2

Química Licenciatura em Química, ou Bacharelado em Química com pós-graduação na área de atuação, ou Biotecnologia, ou Desenvolvimento de Processos.

1

Informática - Programação e Banco de Dados

Engenharia da Computação, ou Curso Superior de Tecno-logia na área de Informática, ou Graduação nas áreas de Informática, ou Análise de Sistemas, ou Ciências da Com-putação, ou Sistemas de Informação. Para todas as for-mações será exigida pós-graduação na área de atuação.

1

Arquitetura Graduação em Arquitetura com pós-graduação na área de atuação.

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AutomaçãoIndustrial – Eletrônica

Engenharia Elétrica – Modalidade Eletrônica, ou Curso Su-perior de Tecnologia relacionado às áreas de Eletrônica. Para todas as formações será exigida pós-graduação na área de atuação.

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Automação Industrial – Eletrotécnica

Engenharia Elétrica – Modalidade Eletrotécnica, ou Curso Superior de Tecnologia relacionado à área de Eletrotécni-ca. Para todas as formações será exigida pós-graduação na área de Engenharia Elétrica, ou áreas correlatas.

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CONCURSO

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Pouco conhecida pelas pessoas, a Psoríase é uma patolo-gia que, na maioria das vezes, se manifesta em forma de lesões róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas.

Em razão da forma explícita como a doença se manifesta, o paciente com psoríase é bastante discriminado, o que faz com que a maioria dos portadores se sinta mal diante dos “olhares de medo” das pessoas que temem ser contagiadas.

Entretanto, a dermatologista Luciena Cegatto Martins Orti-gosa, uma estudiosa da psoríase, afirma que esta patologia não é contagiosa, embora reconheça a existência da discriminação: “Mesmo não seja contagiosa (a psoríase), existe discriminação em função da doença “aparecer” em várias partes do corpo, e as vezes até no corpo inteiro, fazendo com que o portador tenha dificuldades para fazer amigos, praticar esportes e atividades que deixem à mostra os locais afetados pela doença. Quem tem a patologia precisa do apoio das pessoas e não de discriminação sem fundamento”.

Não há no Brasil estatísticas relativas à doença, porém é con-senso que ela atinge cerca de 1 a 2% da população mundial, in-forma Ortigosa. Ao contrário do que possa parecer, esse não é um número pequeno. “Se pensarmos que a população mundial supera 6 bilhões de habitantes, veremos que é grande o número de pessoas que tem a doença”, alerta a médica dermatologista. A maior incidência de casos se dá em países frios e acomete pessoas por volta dos 20 e 50 anos de idade, sendo o tabagismo e o alco-olismo fatores que aumentam o risco da doença, que também pode ter cunho hereditário.

COMO SE MANIFESTA?Ortigosa explica que existe um fator desencadeante chamado

TNF-A (Fator de Necrose Tumoral Alfa) e que o aumento desse índice, que pode ser causado por trauma, estresse e até mesmo hereditariedade, faz com que a patologia se manifeste.

A doença se apresenta de várias formas, podendo “atacar” no

joelho, cotovelo, pernas, barriga, cabeça, mãos e até mesmo no corpo todo. “Cada uma delas tem sua gravidade e devem ser tra-tadas de acordo com o diagnóstico dado pelo médico especialis-ta”, alerta a dermatologista. “Existem alguns remédios de alergia que pioram a psoríase, como por exemplo predinisona e injeções de diprospam. Eles camuflam a doença, o organismo parece que melhora, mas em seguida a doença aparece mais forte. Por isso é importantíssimo que se procure um médico especialista”, reforça a médica.

Razões para o desenvolvimento da doença• A presença da psoríase depende de vários fatores e o com-ponente genético é um deles, embora a doença não seja, ne-cessariamente, hereditária. Entre 50% e 60% dos casos não há registro da doença em familiares.• As lesões podem desaparecer e não voltar durante muitos anos, ou nunca mais se manifestar. Porém, para a maioria dos pacientes, trata-se de uma doença crônica com períodos de erupções e épocas sem manifestações visíveis.

Outros fatores desencadeantes:• Reação a medicamentos: alguns anti-hipertensivos, anti-inflamatórios ou antidepressivos (lítio);• Infecções: as bactérias envolvidas numa infecção da gargan-ta, por exemplo, parecem estimular o sistema imunológico (que ataca por engano suas próprias células saudáveis e de-senvolver a psoríase);• Ferimentos na pele: para quem já tem psoríase, um trauma-tismo pode desencadear uma nova lesão;• Estresse: embora não seja claro como o mecanismo funcio-na, esse fator pode piorar o quadro;• Traumas: pode ser físico, químico, elétrico, cirúrgico, infec-cioso, inflamatório, coceira das lesões;• Fatores endócrinos: os sintomas podem piorar no pós-parto. Durante a gravidez todo o sistema imune (imunológico) da mulher fica deprimido e a psoríase, que é mediada por esse sistema, melhora. Mas depois do parto há uma piora, prova-

Psoríase: um preconceitoa ser quebrado

SAÚDE

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velmente em razão de alterações hormonais;• Clima: nos meses mais frios a doença se agrava, principal-mente por causa do ressecamento da pele.

O QUE HÁ DE NOVO“Antes de mais nada”, adianta Ortigosa, “... é preciso um diag-

nóstico preciso do paciente para então verificar o medicamento que corresponda à gravidade, tipo e extensão da enfermidade”. Segundo a dermatologista, é possível prescrever medicamentos do tipo pomada, loção, shampoo ou gel, isso quando a doença se manifesta de forma mais branda. Já numa condição mais crítica, existe a possibilidade do uso de fototerapia (tratamento em cabi-nes com luz ultravioleta - UV) e também o uso de remédio pela via oral ou injetável.

Na região de Presidente Prudente, a dermatologista Ortigo-sa é a única a atender com o tratamento de fototerapia. Já no Hospital Regional de Presidente Prudente (HR), outros tipos de tratamentos são oferecidos aos pacientes, sendo que nesse caso é necessário um encaminhamento do Posto de Saúde do municí-pio para que então seja agendada uma consulta, realizada sempre às quintas-feiras. No HR de Presidente Prudente 15 pacientes são atendidos por semana.

“Esta é uma doença crônica e existe uma rotatividade para o tratamento. Não há cura, mas o tratamento faz com que a psorí-ase se manifeste de forma branda”,

SOL COMO REMÉDIODiferente de outras doenças de pele, a psoríase combina com

a exposição ao sol. “Os raios UV potencializam a cicatrização e reduzem as in-

flamações, agindo como imunodepressores. Mas é bom lembrar que as exposições devem ser diárias de 10 a 15 minutos. Mais do que isso já seria prejudicial”, explica Ortigosa.

O QUE FAZER SE A LESÃO APARECERA dermatologista explica que como a psoríase não é uma do-

ença muito conhecida, caso o paciente encontre alguma modifi-cação na pele, tais como lesões róseas ou avermelhadas, recober-tas por escamas esbranquiçadas, o melhor é procurar um médico especialista de pele,.

“Quem tem a patologia precisa saber que o uso de sabonete só é recomendado para a higiene das axilas e partes íntimas. Não se deve deixar o local do trauma molhado, e sim hidratado. Im-portante ainda não coçar nem manipular as lesões”, acrescenta.

O que fazer para diminuir as lesões• Informe-se: quanto mais informações as pessoas tiverem so-bre a doença, maior a possibilidade de reconhecê-la e procu-rar ajuda médica.• Trate-se: o tratamento evita as recidivas ou, pelo menos, faz com que a doença se manifeste de forma branda.• Faça exames regulares: a visita médica deve ser feita a cada 6 meses.• Evite tocar as lesões: não manipule nem coce as lesões, pois as placas podem aumentar.• Fique longe do estresse: cultive hábitos que promovam a tranquilidade.• Hidrate a pele: quanto mais seca a pele, maior o desconforto.• Aproveite a luz solar: os raios ultravioleta atuam como imu-nodepressores, reduzindo as inflamações. *A médica Luciena Cegatto Martins Ortigosa, possui mes-

trado em Medicina (Dermatologia) pela Universidade de São Paulo (2006). Atualmente é professora da Universidade do Oeste Paulista - Unoeste. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Dermatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: dermatomiosite e psoríase.

A dermatologista Luciena Cegatto Martins Ortigosa

Ao completar, no dia 27 de março, 61 anos de eman-cipação politicoadministrativa, Presidente Epitácio co-memora não só um aniversário, mas celebra também conquistas e vitórias, projetos para o futuro e ações em andamento, demonstrando acima de tudo que perseve-rança e confiança em si mesma são elementos imprescin-díveis para o sucesso.

São cerca de 40 mil habitantes, conforme o censo do ano de 2007. São 40 mil pessoas que tem acreditado que a parceria entre os poderes constituídos do município (exe-cutivo e legislativo) e a comunidade é a única via para a concretização de um futuro melhor para cada um desses 40 mil epitacianos.

Nos últimos anos, moradores e turistas que aqui apor-tam tem podido perceber o quanto a cidade tem crescido e se desenvolvido. Epitácio, não podemos ter medo de dizer, é a Estância Turística do Oeste Paulista que mais oferece belezas naturais, diversão, lazer e tranquilidade àqueles que a visitam.

Para celebrar o aniversário da cidade, algumas fotos de pontos turísticos e conquistas do município.

Epitáciocomemorasuas belezase conquistas

Comemoração dos 61 anos de Epitácio

Obras do ESF da Vila Tibiriçá

Pavimentação da rua Alziro Baltazar

Orla de Presidente Epitácio

Pista de skate na Orla Fluvial14 • ABRIL • VITRINE ATIVA

Central de Comercialização Hortifrutigranjeiro

Pavimentação da Avenida Tibiriçá

Creche do Jardim Real

Anfiteatro municipal "João Brilhante"

Centro de Estudos Ambientais

Pavimentação da Vila Tibiriçá

Pavimentação da rua Rio Branco

Pavimentação do Jardim das Paineiras

Academia ao ar livre na Orla Fluvial

Encenação da "Paixão de Cristo"VITRINE ATIVA • ABRIL • 15

Casa do Artesão

Thermas de Presidente Epitácio

Torneio de Pesca do Tucunaré

Igreja Matriz de São Pedro

Praça da Bíblia

Carnaval no sambódromo de Presidente Epitácio

Atrações do Fest Tur no parque municipal "O Figueiral"

Carnaval no parque municipal "O Figueiral"

PIT - Posto de Informações Turísticas

Ponte Maurício Joppert

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LegislativoparabenizaEpitácio peloseu progressoMais do que um marco na vida de cada cidadão, o aniver-sário de uma cidade, é, sim, uma página em que é virada para a conquista de novos sonhos, novas realizações e conti-nuar escrevendo a história. Por isso a Câmara Municipal de Presidente Epitácio, em nome de cada vereador desta Casa Legislativa, parabeniza os 61 anos de Emancipação Politico-administrativa do município.Hoje, além das belezas naturais que existem em Presidente Epitácio, o município detém de um poder econômico signi-ficante do seu comércio e indústrias, e terá ainda mais com as conquistas que estão por vir.

A prefeitura de Presidente Epitácio, realizou durante os dias 12 e 16 de fevereiro o Carnaval 2010. O evento, Presidente Epitácio recebeu de acordo com os organizadores cerca de 50 mil turistas durante os dias de folia.

Pelos seus atrativos turísticos, o município é considerado como referência de diversão, lazer e tranquilidade.

“Além dos atrativos turísticos que a cidade oferece, no mês de fevereiro temos orgulho de apresentar o espetáculo que é realizado pelas escolas de samba e os blocos carnavalescos, na Orla Fluvial. Um show de glamour e diversão para toda a família”, ressaltou o secretário Lourival Mendes Magalhães da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura.

No período diurno as festividades carnavalescas foram realizadas no parque municipal “O Figueiral” e na Prainha da Orla.

As escolas de samba a se apresentarem durante os dias de festa foram “Estação Primeira de Vila Maria” e “Grêmio Recreativo Unidos da Ribeira” e os blocos carnavalescos “Grêmio Recreativo Cultural do Jardim Real” e “Vila Palmira”.

A escola de samba vencedora deste ano foi “Estação Primeira de Vila Maria” e dos blocos “Grêmio Recreativo Cultural do Jardim Real”.

Durante o evento, o município de Epitácio recebeu de acordo com os organizadores cerca de 50 mil turistas durante os dias de folia

Carnaval de Epitácio é referência na região

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Enlace de Belisa e Rafael dia 20 de março

José Leonardo fez 5 anos

Pâmela comemorou com familiares o aniversário de 10 anosDaniela durante o aniversário

de 3 aninhos

Maria Luisa comemorou 4 aninhos

A debutante Suellen posou com exclusividade para a Zoom Digital

A pequena Isadora completou 1 aninho em março

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Nascimento do Menino Jesuse visita dos Três Reis Magos

A encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo é promovida há cerca de 20 anos em Presidente Epitácio e se tornou uma tradição que hoje arrebata diferentes gerações contando a história da passagem de Jesus Cristo na terra.

Este ano, mais de 180 pessoas, entre voluntários e ato-res, se prepararam para participar da encenação, programa-da para o dia 2 de abril, às 20 horas, na Orla Fluvial.

Nove cenários foram montados: Cenário de Maria, Nas-cimento de Jesus; Rio, Batismo de João Batista; Bodas de Canaã, Casamento; Sepulcro, Ressurreição de Lazaro; Ce-

náculo, Santa Ceia; Fórum de Pilatos; Templo de Caifaz; Crucificação e por fim a Ascensão, com a imagem real, de Jesus subindo ao céu.

A abertura do evento ficou a cargo dos alunos de esco-las do município, com uma homenagem à Campanha da Fraternidade de 2010, que tem como tema: “Economia e Vida”, e como lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”.

O evento é realizado pela comunidade católica com o apoio da Prefeitura de Presidente Epitácio.

Fiéis dão testemunho de sua féencenando a “Paixão de Cristo”

Momento da Santa Ceia

Fórum dePilatos

Passagem para a crucificaçãode Jesus (Via Sacra)

Nascimento do Menino Jesuse visita dos Três Reis Magos

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Para esta edição, a chefe Nilza Araújo ensina uma receita para o seu final de semana • Filé de Peixe a Maçarico. Com um sabor marcante do creme

de milho, o filé de tilápia terá um sabor surpreendente.Anote a receita e experimente esta dica.

INGREDIENTESfilé de peixe a maçarico6 filés de tilápia1 ovo500g farinha de rosca1 kg farinha de trigo1 lata de milho verde500 ml leite6 fatias de mussarela2 colheres (sopa) margarina s/ sal2 tabletes de caldo de galinha2 bananas nanica500g batata palha

MODO DE FAZERTempere os filés com tempero de sua preferência, passe os filés já temperados no trigo, no ovo batido e por ultimo na farinha de rosca. Passe a banana no ovo e na farinha de rosca e reserve.

CREME DE MILHOBata no liquidificador ½ lata de milho verde sem tirar a água e 500 ml de leite e as duascolheres de trigo, passe na peneira e reserve. Leve uma panela ao fogo e coloque a margarina, o caldo de galinha o restante do milho mexa bem e acrescente os ingredientes já batidos e coados e deixe engrossar.

MONTAGEM DO PRATOEm um refratário coloque os filés, cubra com a mussarela em seguida o creme de milho leve ao forno até derreter a mussarela. Sirva com a batata palha e a banana.

SUGESTÃOSirva com arroz branco e salada de rúcula.

BOM APETITE!Esta receita foi elaborada por NILZA (MAÇARICO).

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Melissa

Sônia

Dilma

Dalva, Maria Gabriel e Dalila

Os bailarinos clássicos Nélio e Carol

Gislaine

Darlene

Cícera

Doralice

Thalita

Karina

François, Maria Gabriel e Edivan

Ballet infantil da Academia Power Gym Público presente durante homenagem do Dia Internacional da Mulher 2010

Elissandra

Valéria

Dorca

Shenka Rose

Ser mulher no 3º MilênioUma noite para elas – com direito a show, palestra, coquetel e muitos mimos. Essa

foi a proposta do colunista social François Paul para o Dia Internacional da Mulher, com o tema “Ser Mulher no 3º Milênio”.

A festa, realizada no dia 8 de março, nas dependências do anfiteatro municipal “João Brilhante”, contou com a participação de 120 homenageadas que presenciaram, já de início, uma bela dança coreografada pela companhia de dança “Nathy Dance”.

Em seguida uma palestra, ministrada pela advogada Valéria Gomes Palharini, cha-mou o público a interagir e refletir a respeito da Mulher do 3º Milênio.

Voltando aos espetáculos, ainda durante o evento houve a participação dos bai-larinos clássicos Nélio e Carolina, da cidade de Presidente Venceslau e do cantor e compositor epitaciano Saulo Roston, vencedor do Programa Ídolos 2009, que se apre-sentou com música de sua autoria.

Também abrilhantaram a noite de homenagens os cantores Bill Duque e Simo-ne Jaqueline, interpretando canções de Elis Regina, e as cantoras Débora e Luciana, cantando músicas que tinham como tema a mulher. Finalizando as apresentações artísticas, apresentaram-se as bailarinas infantis da Academia Power Gym.

Ao final, houve o sorteio de brindes e mimos entregue a todas as mulheres, além de um delicioso e simpático coquetel para os presentes.

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Bil Duque e o cantor Saulo Roston

As cantoras Débora e Luciana

Leila e Ilma

Público presente durante homenagem do Dia Internacional da Mulher 2010 Os cantores Bill Duque e Simone

Vera Irene

Corina

Aline

Waleska

Eliara

Eliara

Cristiane

Luciana

Gláucia

Gislaine

Marcela

Zezé

Sandra

Ser mulher no 3º MilênioUma noite para elas – com direito a show, palestra, coquetel e muitos mimos. Essa

foi a proposta do colunista social François Paul para o Dia Internacional da Mulher, com o tema “Ser Mulher no 3º Milênio”.

A festa, realizada no dia 8 de março, nas dependências do anfiteatro municipal “João Brilhante”, contou com a participação de 120 homenageadas que presenciaram, já de início, uma bela dança coreografada pela companhia de dança “Nathy Dance”.

Em seguida uma palestra, ministrada pela advogada Valéria Gomes Palharini, cha-mou o público a interagir e refletir a respeito da Mulher do 3º Milênio.

Voltando aos espetáculos, ainda durante o evento houve a participação dos bai-larinos clássicos Nélio e Carolina, da cidade de Presidente Venceslau e do cantor e compositor epitaciano Saulo Roston, vencedor do Programa Ídolos 2009, que se apre-sentou com música de sua autoria.

Também abrilhantaram a noite de homenagens os cantores Bill Duque e Simo-ne Jaqueline, interpretando canções de Elis Regina, e as cantoras Débora e Luciana, cantando músicas que tinham como tema a mulher. Finalizando as apresentações artísticas, apresentaram-se as bailarinas infantis da Academia Power Gym.

Ao final, houve o sorteio de brindes e mimos entregue a todas as mulheres, além de um delicioso e simpático coquetel para os presentes.

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Indústria daconstrução naval

epitaciana

Localizada no Oeste Paulista, à margem esquerda do Rio Paraná, Estado de São Paulo, Presidente Epitácio man-tém importante ligação com a Indústria da Construção Naval, desde a fundação do município em 1907.

Em seus “estaleiros” já se fabricou, a ainda se fabrica, pequenas, médias e até mesmo grandes embarcações, que operaram e ope-ram nas atividades voltadas para a navegação fluvial, nas áreas de: extração de insumos no fundo dos rios, tais como areia, pedra, cas-calho, pedregulhos; transporte de cargas, pesca profissional, ama-dora e esportiva; na área do turismo, com a fabricação de barcos e barcas para transporte de passageiros para as praias e ilhas locais.

Draga da Jomane descarregando areia e pedregulho do rio

O porto de Presidente Epitácio, construiu a maioria das em-barcações que necessitou e continua construindo, com muita tecnologia, às que atualmente são utilizadas para navegar sobre as águas do Rio Paraná, hoje chamado de Lago da Hidrelétrica Sergio Motta.

A Indústria Naval Epitaciana gerou em tempos áureos mi-lhares de empregos, tantos terrestres como embarcados, de-vido ao grande fluxo de embarcações nas águas do Rio Para-ná, sendo certo dizer que pouquíssimas foram às embarcações

construídas em estaleiros de outras localidades. De modo a relembrar a história, passaremos a destacar os principais es-taleiros navais que já existiram, bem como aqueles que per-manecem funcionando na nossa querida Jóia Ribeirinha. O primeiro Estaleiro construído em Presidente Epitácio foi o da CVSPMT – Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso (1908), que se localizava no Porto Tibiriçá, margem esquerda do Rio Paraná, ao lado da Oficina Mecânica, funcionava no senti-do “horizontal” (cama). Construíam-se as embarcações ao lado de onde hoje funciona o Porto de Areia Salioni, sobre berços de madeira com espessuras que variavam entre 30x30 ou 40x40 cm. com vigas de 05,00 a 06,00 ms de cumprimento, todo de madeira maciça, destaque para o Ipê e a Peroba que existiam em grandes quantidades na região àquela época. Era acionado por um guin-cho a vapor com cabos de aço através de roldanas de ferro que puxava o estaleiro para cima e para baixo. Naquele estaleiro foi construído o primeiro Vapor de Turismo do Rio Paraná trecho Alto Paraná, com o nome de GUAIRA I, mais tarde reformado com o nome de Vapor Tibiriçá (1936), hoje totalmente sucatea-do na cidade de Barra Bonita.

Em 1912 foi a vez de juntar as duas partes do Vapor Rio Para-ná (Proa e Ré), que fora construído em Hamburgo – Alemanha – R. HOLTZ, que ao ser transportado para o Brasil teve a parte central jogada no fundo do Oceano Atlântico, devido a um tufão. Também foi construída naquele local a embarcação “Rebocador Amambaí”. Naquele mesmo estaleiro foi feita a transformação da Lancha Carmelita (embarcação que realizou a primeira travessia com gado embarcado no Rio Paraná, entre o Porto XV de Novem-bro - MT e o Porto Velho-Sp) que era movida com caldeira e má-quina a vapor, vinda do Rio Paraguai, chegando misteriosamen-te no Rio Anhandy formador do Rio Pardo, sendo de construtor desconhecido, embora sua origem seja inglesa. Lá foi modificada para Rebocador XV de Novembro, de propulsão á hélice com motor marca Junker de 240 HP de dois pistões (1910) e que, de-pois de prestar longos anos de serviços (1910/1961), desapareceu

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misteriosamente águas do Rio Paraná nos idos de 1961, sob forte tempestade em plena luz do dia. Posteriormente, no local em que teria naufragado a embarcação, local este com mais de 20 metros de profundidade, constitui-se a conhecida “Praia do Teds”.

No mesmo estaleiro foram foram construídas ainda muitas outras embarcações: Vapor Rio Brilhante, Vapor Guairá II, Lan-cha Guassu (1937), Chata nº. 03, chata nº. 05, (1937), Chatas nsº 06 e 07 (1932) – Cia. Doca de Santos, Chatas nsº 08 e 09(1937), Chatas nsº 11 e 12(1939), dentre outras.

Estaleiro de Construção Naval do SNBP - Serviço de Nave-gação da Bacia do Prata (1943). Por ter encampado a CVSPMT (Próximo ao final da 2º Guerra Mundial), usou por alguns anos o estaleiro daquela companhia, mas devido ao assoreamento do canal navegável entre a Ilha Tibiriçá e a barranca do lado do Porto Tibiriçá, que se transformava em uma enorme “praia”, teve que abandonar o local, passando a usar o Estaleiro da Compa-nhia Mate Laranjeira localizada em Guaíra – Estado do Para-ná, para serviços de grandes reparos, reformas ou tratamentos. Quando necessário que os reparos aqui se dessem, usava-se as margens do rio ao natural, conforme faziam outros empresários da área fluvial. Uma quantidade muito grande de embarcações foi construída pelo SNBP nos estaleiros naturais (Barrancas do Rio Paraná) no Porto Tibiriçá, de onde destacamos os trabalhos de engenheiros alemães e por último a dupla de espanhóis José Nieto Fernandes e Henrique Fernandes, nas seguintes embarca-ções: Rebocador Zumbi (1959, Rebocador Marcílio Dias (1959), Chatão Almte Tamandaré (1958), Chatão Rio Anhandui (1959) p/Serviço de Travessia de Veículos, Chatão Rio Ivay (1959), Cha-tão Maquinista Santana (1959).

Estaleiro de Construção Naval CML – Companhia Mate Laranjeira, Estaleiro da Construção Naval MMG – Murtinho-Mendes Gonçalves SA, Estaleiro da Construção Naval MECA SA – Localizado na margem esquerda do Rio Paraná e Foz do Córrego Caiuazínho (Hoje um monstro). Foi o melhor, o maior e o mais aparelhado Estaleiro de Construção Naval de Presidente Epitácio. Foi nesse estaleiro que se construiu o navio mais bonito do Rio Paraná – trecho Alto Paraná -, o maior e mais luxuoso e com a maior estabilidade marítima feita em Presidente Epitácio, o Navio Mercante Epitácio Pessoa (1965).

Navio Epitácio Pessoa no cais da navegação Meca S.A.para tratamento em fevereiro de 1993. Única vez em quefoi retirado a seco em Presidente Epitácio

Já no Estaleiro da Companhia Mate Laranjeira em Guairá – PR (Raul & Heitor Mendes), foi construído no ano de 1941 o

Vapor Capitão Heitor – classe luxo, que jamais conseguiu fazer uma viagem escoteira (sem as duas chatas Suzy (1941) e Julieta (1941) a contra bordo e com os cabrestantes tinindo, porque tinha a pior estabilidade marítima das embarcações do Rio Paraná).

Vapor Capitão Heitor com chatas Suzy e Julieta, que faziao turismo fluvial no rio Paraná entre o porto de Epitácio(SP)e Porto de Guaíra(PR) - "Sete Quedas"

Inobstante isso, o mesmo estaleiro construiu uma imensidão de outras embarcações todas dentro dos padrões e rigores da Ma-rinha do Brasil, de onde destacamos o Rebocador Brasília (1959), Rebocador Presidente Epitácio, Dom Pancho, Tomas Hells Lan-cha Arlete, Chata Santa Lúcia (1955), Chata Sana Maria (1955), Chata Arrais João Batista de Souza (1964), Chata Marinheiro Dativo Firmino da Silva (1964), Rebocador Marinheiro Gustavo (1963), além da “frota” atual da “SARTICO” que desde o menor empurrador e da menor chata graneleira (Época do Ministro dos Transportes Mario Amdreaza), foi toda construída nos Estaleiros da Murtinho-Mendes Gonçalves SA aqui em Presidente Epitá-cio. Acredita-se que seja acima de 50 embarcações, e muitas ou-tras construções.

Estaleiro de Construção Naval Ernesto Sediig – Estaleiro que tinha a sua indústria voltada para o serviço de Extração de areia entre a Ilha Epitácio e o porto de Epitácio.

Tivemos ainda o Estaleiro do Sr. Estevão Holper que cons-truiu embarcações diversas.

Estaleiro de Construção Naval Alípio Pinto – Era instalado na Ilha em frente ao Cais de Presidente Epitácio – Ilha Presi-dente Epitácio. Construía-se todo tipo de embarcação, principal-mente para o transporte de cargas e gado vacum. Foi naquele estaleiro que o Serviço de Navegação da Bacia do Prata - SNBP, mandou construir no ano de 1946 as “CHATAS CONJUGADAS 14 e 15”, para fazer a primeira experiência aqui no Rio Paraná, usando motor de popa (rabeta) marca “Harbomaster”, 215 HP, - alta rotação usados nas barcaças durante a batalha do “DIA MAIS LONGO DA HISTÓRIA” – no desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia na Segunda Guerra Mundial. Vieram em pagamento de dívida ao Brasil, assim como um outro motor “GM” alta rotação, da mesma forma pagamento. A cons-trução das chatas conjugadas pelo estaleiro do Sr. Alípio Pinto foi magnífica, mas a instalação do motor de popa “Harbomaster” foi um desastre, tudo porque a profundidade do Rio Paraná não su-portava uma rabeta de 03,00 metros, posição 90” (noventa graus) acompanhada das pás da hélice que tinham mais de 1,20m de diâmetro, fora o sistema de leme que era integrado. Quebrava mais do que mamona no sol quente. A todo o momento se fazia necessário levantar ou abaixar a rabeta do hélice, já que naquela

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época não existia “eco batímetro” e ainda predominava o velho “olhometro”. Foi a primeira malograda experiência com os “en-tulhos” da 2º Guerra Mundial. Em 1947 o SNBP mandou cons-truir no mesmo estaleiro, a Balsa Conjugada Curral de Madeira nº. 03 para transporte de Gado em pé.

Estaleiro de Construção Naval José Lazzarini – Localizado na descida da estrada da Barranca do Rio lado esquerdo de quem se dirigia ao Rio Paraná. Nos idos dos anos 1950 a procura pelas construções navais era muito grande e apercebendo-se disso, o construtor JOSÉ LAZZARINI veio do porto de Santos e aqui se estabeleceu. Construiu para o Serviço de Navegação da Bacia do Prata – SNBP a maior empresa da área de navegação que exis-tia na região - o Chatão Armênio Macário Ribeiro (1952) para o transporte exclusivo de madeiras, em toras ou serradas, além de uma quantidade muito grande de embarcações para armadores particulares. Foi daquele estaleiro da construção naval que surgiu um dos maiores empresários de Presidente Epitácio, José Martins Neto (Jomane).

Não podemos esquecer do Estaleiro da Construção Naval Extração de Areia Marajá, de Sergio A M Caldas, que construiu vários batelões para transporte de areia e pedregulhos, além de empurradores, muitos dos quais ainda estão navegando pelos rios deste país afora.

Falamos bastante dos estaleiros da Construção Naval do lado paulista, mas termos que registrar os trabalhos de areieiros do lado de Mato Grosso do Sul, nas pessoas dos Srs. Simplicio (Bi-guá) e os Irmãos Munhoz.

Atualmente temos funcionando normalmente dois estaleiros de construção naval: Estaleiro de Construção Naval Antonio Monteiro Cruz e Estaleiro de Construção Naval Jomane Ltda.

Estaleiro da Construção Naval Jomane – Nasceu do esforço e dedicação de José Martins Neto, um baiano nascido aos 11 de novembro de 1938 na cidade de Santana do Sobrado – Bahia.

Veio para Presidente Epitácio em 1954 e, durante 30 dias, vendeu pão para as tripulações das embarcações. Como conhe-cia um pouco de marcenaria, se aproximou do empresário da in-

dústria naval José Lazzarini, um dos mais influentes construtores daquela época, e logo foi admitido para trabalhar no estaleiro. Lá permaneceu por vários anos, tendo trabalhado na construção de muitas embarcações, dentre asquais: Rebocador Albatroz – pro-prietário José Francisco; Rebocadores Umuarama e Vendaval – prop. Domingos Belantani; Rebocador Cometa – prop. José V Junior; Rebocador Tocantins do Sr. Mario Rursteins.

Estaleiro de construção de botes de José Martins Neto em 1962

Em 1962 deixou a empresa de José Lazzarini e fundou o seu primeiro “estaleiro”, a Fábrica de Barcos Epitácio Ltda., que na-quela época fabricava somente botes para os pescadores e mora-dores das ilhas, além das pessoas que passeavam pelo Rio Paraná curtindo as belas ilhas e praias. Nessa época ganhou os apelidos de “Baianinho”, “Zé do Bote” e “Zé Boteiro”. Fabricou também os primeiros “pedalinhos” que navegarem no antigo parque Fi-gueiral. Posteriormente, passou também a construir carretas para transportes de botes.

Em 1985 diversificou as atividades e passou a contruir barcos

José Martins Neto no Estaleiro do Lazarinni

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pequenos, balsas, “iatezinhos” p/turismo, “pedalinhos” de fibra de vidros (já de olho no desenvolvimento do turismo) e também os primeiros “batelões com dragas” para a extração e transportes de areias e pedregulhos lavados do fundo do rio Paraná. Nascia assim a “Jomane”, construtora de batelões e dragas potentes, sendo a última o batelão/draga “JOMANE VIII”.

José Martins Neto é hoje um epitaciano que não tem mais nada de Baianinho, Zé do Bote ou Zé Boteiro. É o pre-

sidente da Empresa de Extração de Areia Jomane Ltda, que administra juntamente com seu filho Enio Martins. Mar-tins Neto foi casado por duas vezes, sendo a primeira espo-sa, Aldivina Lopes, com quem teve Enio José Martins e De-nize Martins. Do segundo casamento com Edina Martins adveio o nascimento das filhas Isaura Raquel e Tais Raquel.

Colaboração Wilson Cruz

Draga de areia Jomane VIII em operação no lago

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