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Revista vitrola 012015

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REVISTA VITROLA Junho, Julho, Agosto/2015 Ano I, Edição 01 A revista Vitrola está destinada aos seus clientes e amigos, com vistas ao compartilhamento de opiniões, informações e novidades. O conteúdo dos anúncios e informações de autores é de responsabilidade dos mesmos, não refletindo necessariamente a opinião da Vitrola Comercial Fonográfica. As fotos possuem crédito específico quando necessário, e as demais são de divulgação.

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A Revista Vitrola surgiu por iniciativa da equipe de comuni-cação da empresa, em uma reunião para planejarmos as atividades do ano que iniciaria. Entre uma fala e outra do brainstorm, a ideia foi lançada. A princípio, parecia um sonho que ficaria no imagi-nário de cada um de nós. Elaborar uma revista seria um grande desafio, disso estávamos cientes, mas a equipe Vitrola é movida por desafios.

Iniciados os trabalhos, tivemos a grata surpresa de receber adesão de parceiros de longa data: editoras, gravadoras e empresas de tecnologia. Todos envolvidos no processo, apostando conosco neste projeto. Thedy Corrêa, um ser humano ímpar, pleno de ta-lentos, prontamente aceitou participar da primeira edição. O vo-calista da banda Nenhum de Nós dividiu conosco seus momentos de inspiração, e contou como surgiu a vontade de escrever. Você, caro leitor, poderá participar desta conversa nas páginas 16, 17 e 18.

Temos o privilégio de trazer o resultado da nossa vontade de fazer a diferença na vida de cada um. É nosso desejo contribuir com informação, mas, sobretudo, levar emoção até vocês. De-sejamos uma excelente leitura.

REVISTA VITROLAJunho, Julho, Agosto/2015Ano I, Edição 01

A revista Vitrola está destinada aos seus clientes e amigos, com vistas ao comparti-lhamento de opiniões, informações e novi-dades. O conteúdo dos anúncios e informa-ções de autores é de responsabilidade dos mesmos, não refletindo necessariamente a opinião da Vitrola Comercial Fonográfica. As fotos possuem crédito específico quando necessário, e as demais são de divulgação.

Periódico GratuitoTiragem: 1200 exemplares. Disponível também na versão digitalCirculação: Trimestral

PalavraPrimeira

Um forte abraço,Ramir M. Severiano

Diretor da Vitrola

Produção e Edição: Francieli Ballen, Leonardo Silva e Vanessa AyalaJornalista Responsável: Francieli Fão – MTB/RS – 17497

Revisão: Maria Noeli Freitas

Editor de Fotografia: Leonardo Silva

Redação: Francieli Fão, Juliana Oliveira, Leonardo Silva, Maíra Cardoso

Colaboradores nesta edição: Francieli Ballen, Talita Moraes, Vanessa Ayala

Produção da Vitrola Comercial Fonográfica. Rua Alfredo Haubert, 762, Centro, Frederico Westphalen/RS

(55) 37446878E-mail de contato: [email protected]

Site: www.vitrola.com.br

brainstorm

PRIMEIRA PALAVRA |

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4 Revista Vitrola 2015

Sumário

Dia Mundial do Rock na Vitrola

Dia Mundial do Rock

Vinil: A volta de um clássico

Dieta Detox: você sabe o que é?

Vitrola a marca da Emoção

Vitrola, a marca que cresce com seus colaboradores

Parcerias de sucesso

Para pintar e desestressar: o “boom” dos livros interativos

A aposta dos E-books no mercado editorial

As novas tendências de interatividade

COMPONDO VERSOS. THEDY CORRÊA E A PAIXÃO PELA LITERATURA

A leitura que transforma

Novos Autores

Ever After High Um Mundo Maravilhástico

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O Dia Mundial do Rock é comemorado anualmen-te em 13 de julho. Isso porque em 1984, o vocalista dos Boontown Rats, o irlandês Bob Geldof, chocou-se com a crise humanitária da Etiópia – adultos e crianças definhavam com a fome que se alastrava no país afri-cano. Geldof então uniu-se a Midge Ure, vocalista do Ultravox, e juntos eles lançaram a música “Do They Know It’s Christmas?”, que os fez conseguir uma entre-vista na BBC para unir tantos famosos quanto podiam para a causa.

A ideia deu muito certo e, no dia 25 de novembro, diversos artistas do Reino Unido juntaram-se a Geldof e Ure para cantar o single, entre eles o ainda não tão co-nhecido Bono Vox, Sting, Boy George, Spandau Ballet, Duran Duran e George Michael. Dessa união de grandes estrelas surgiu a banda Band Aid, criada exclusivamente para gravar a música.

O single tornou-se o mais vendido da história do Rei-no Unido até então e essa notoriedade fez com que todo mundo tomasse conhecimento dos problemas enfrenta-dos pelos países africanos. Nos Estados Unidos, Geldof gravou a famosíssima “We Are The World”, em parceria de nomes como Michael Jackson, Ray Charles e Bruce Springsteen para o USA For Africa.

Desse esforço de Geldof nasceu a “jukebox interpla-netária”: dois shows de proporções estratosféricas que aconteceriam ao mesmo tempo nos Estados Unidos e no Reino Unido, reunindo os maiores nomes da música da época e que seria transmitido ao vivo para todo o planeta.

No dia 13 de julho de 1985, cantores, bandas e artistas do calibre de Elton John a The Who, U2 a Queen, Paul McCartney a Dire Straits encontraram-se no Wembley Stadium para um grandioso show que unia todos os es-tilos musicais.

Nos Estados Unidos, até mesmo o extinto Led Zeppelin improvisou uma volta aos palcos para contribuir com a cau-sa. Teve ainda Bob Dylan cantando sem retorno de som e a então inexperiente Madonna no palco da Filadélfia.

O resultado da enorme mobilização foi a arrecadação de U$ 283,6 milhões para ajudar a combater a fome na Etió-pia e em outros países africanos. Assim, da união do mundo todo por uma causa nobre, nasceu o Dia Mundial do Rock.

A Vitrola, há 3 anos faz parte dessa causa nobre. Na semana do Dia Mundial do Rock, os livros, CDs, DVDs e camisetas disponíveis na loja são vendidos a preço de custo. 5% do lucro dessas vendas é destinado para entidades bene-ficentes. Neste ano, a APAE foi a parceira da Vitrola.

O idealizador desta ação, o gestor Ramir Severia-no salienta que a data foi escolhida pela identificação que a empresa tem com a música. Considerando que a comercialização de CDs e DVDs é um dos nossos prin-cipais segmentos. Como a data se repete anualmente, a ação realizada pela loja da Vitrola tem sido um sucesso, a empresa aproveita para dar ênfase nos produtos, fo-mentar as vendas e em parceria com entidades, destinar parte dos lucros, buscando despertar o olhar da popu-lação para o importante trabalho realizado pela Vitrola e por essas entidades.

do RockComo nasceu um dos dias mais importantes para os amantes do rock

Dia Mundial

por: Talita Moraes

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VITRINE |

“Eu meu filho, o Pedro Henrique, estamos participando do Dia Mundial do Rock pela primeira vez. Encontramos vários produtos que nos interessaram. Acho muito importante incentivar o Pedro a ler, mas estamos aproveitando dar uma olhada em outros produtos também”. Adriana Toufo de Oliveira – advogada.

Dia Mundial do Rock

A data é comemorada com estilo e com descontos especiais. Parte dos lucros é destinada a entidades de

Frederico Westphalen

na Vitrola

“Estamos participando do Dia Mundial do Rock pela primeira vez este ano. Aproveitei para trazer minha sobrinha a Marina e minha filha a Ana Clara, para escolhermos alguns DVDs infantis para elas. Gos-tei bastante dos preços e da diversi-dade de outros produtos também.” Dainara Schenkel - comerciante

“Todos os anos participamos do Dia Mundial do Rock, essa é uma ótima oportunidade para adquirir livros para a criançada e para nós adultos também. Por que ler é tão caro, que temos que aproveitar essas oportunida-des. Estou aproveitando para levar alguns livros para a escola onde leciono, escolhi alguns títulos que ouço meus alunos comentarem entre si. Acho importante incentivar a leitura da minha filha então ela fez questão de esco-lher alguns também. Depois da maratona da escolha dos livros, merecemos um lanchinho no café (risos)”. Maritania Henicka da Silva - professora

“Procuramos participar todo ano da promoção, sempre buscando livros, CDs e camisetas. En-contramos bons preços e muitos produtos que nos agradaram bastante. Im-possível sair daqui de mãos abanando (risos)”. Márcio Londero – eletrotécnico.

Maritania, Joana, Marildes, Maria Eduarda Marina, Dainara e Ana Clara

Márcio Londero e Aline da Silva Adriana Toufo de Oliveira e Pedro Henrique

fotos: Franciéli Fão

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8 Revista Vitrola 2015

Há aproximadamente 30 anos, a Vitrola Comercial Fonográfica Ltda iniciou suas atividades no mercado brasileiro, visando levar o melhor da cultura para diferentes localidades. Com a alta no mercado e as mudanças físicas da empresa, a Vitrola se tornou uma das maiores empresas de distri-buição de Livros, CDs e DVDs do país. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae, a Distribuidora hoje se destaca no ranking entre os 20 maiores clien-tes de gravadoras do Brasil.

A distribuidora Vitrola veio para contribuir com o crescimento da em-presa. Em 2008, as maiores editoras do país começaram distribuir seus li-vros a partir da Vitrola. Fato que veio a contribuir com a ideia principal da empresa: fomentar cultura, entrete-nimento e emoção aos mais variados públicos.

Nos anos seguintes, a Vitrola pas-sou a atuar no varejo, representar inúmeras marcas de produtos nacio-nalmente reconhecidos. Com isso, a loja física pedia um local descontraído para recepcionar amigos, proporcionar encontros e atender aos clientes com delicadeza e atenção, e assim nasceu a Vitrola Café. Um local agradável, so-fisticado e aconchegante, com música ambiente e cardápio diversificado para atender o público.

Durante os primeiros 15 anos de atuação, a distribuição de CDs, DVDs e Livros conquistou clientes nos es-tados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. E não paramos por aí. Visando alcançar outras regiões do país e atender o franco crescimento do comércio, em 2009 a Vitrola disponi-bilizou ao público uma moderna Loja

Vitrola, a marca da EmoçãoConheça a historia da marca que escolheu levar emoção a todos os públicos

Virtual, www.vitrola.com.br. Uma loja completa que disponibiliza produtos de confiança com o selo de qualidade Vitrola.

Através dessa iniciativa, variados pro-dutos dentre música e literatura ficaram disponíveis na loja on-line, igualando preços às empresas que já se faziam pre-sente no mercado do e-commerce. Tais produtos trouxeram uma gama di-ferenciada de bottons, canecas e ca-misetas. Com a evolução das vendas, disponibilizamos uma linha oficial da Vitrola, a marca Vitrola Live! A marca conta com canecas e camisetas dife-renciadas.

O passar dos anos foram cruciais para o crescimento da Vitrola. Com a evolução para uma era digital, a Vitrola acompanhou a evolução das tecnolo-gias de comunicação e passou a uti-lizar as redes sociais para facilitar o contato e estreitar os laços com clien-tes. Possuímos Fan Pages oficiais para atender o público tanto do municí-pio de Frederico Westphalen quanto o restante do país, Facebook, Twitter, Google +, Pinterest, Instagram e Youtube. Além de canais personalizados, telefo-ne, e-mails e chat online.

A diversidade dos produtos é o di-ferencial para que a Vitrola proporcio-ne aos clientes uma excelente experi-ência junto à empresa. Prezamos pelo atendimento personalizado, onde cada pessoa/empresa é assessorada desde seu primeiro contato, trabalhando sempre de forma flexível e ágil, atendemos às diferentes demandas dos públicos. A proximidade com o cliente permi-te que possamos atingir nosso maior objetivo: proporcionar emoção para a vida das pessoas.

| FAZENDO HISTÓRIA

Locadora de Filmes

Antigo Café

Novas instalações

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10 Revista Vitrola 2015

A Vitrola, nestes quase 30 anos de história, transformou e ainda trans-forma a vida das pessoas. Rudinei Barcarol, 33 anos, foi um dos muitos que passaram por aqui e ainda conti-nuam. Antes de começar a fazer par-te de nossa empresa, Rudi trabalhou como garçom no Kioske da praça da Matriz, em Frederico Westphalen.

Sempre buscando aperfeiçoamento para o mercado de trabalho, o garoto que veio do interior para a cidade mal sabia que sua jornada havia apenas co-meçado. Todos os dias, quando se diri-gia ao banco para conseguir troco para a lanchonete, Rudi acabou conhecendo os funcionários que o atendiam. Den-tre esses atendentes, estava o Ramir Severiano, Diretor da Vitrola.

Após receber a notícia que a Vitro-

Conheça Rudinei e Olga (Mara), colaboradores que há 15 anos caminham lado a lado com a Vitrola

la buscava colaboradores, Rudi acabou deixando um currículo na empre-sa. “No outro dia, as 10h da manhã o telefone toca. Eu estava dormindo mas resolvi atender. Quando atendi, o Ramir me comunicou que havia sido selecionado para uma entrevista de trabalho.”, comenta Rudinei.

Iniciado o trabalho, começou como atendente e quando a loja fechava, auxi-liava no atacado. “ Mesmo trabalhando na loja e no atacado como auxiliar, sem-pre observava os vendedores. Essa área sempre me interessou, pois tenho faci-lidade de comunicação e gostava mui-to de conversar com clientes”. Observa Barcarol.

Com o crescimento do mercado fonográfico, e o aumento de clien-tes, a Vitrola começou a moldar seus

funcionários para se tornarem cola-boradores para o eminente cresci-mento da empresa. “Comecei a tra-balhar como vendedor anos depois. A partir desse momento começamos a construção de uma nova sede, com três andares, loja, café, CDs, DVDs, Livros e e-commerce. Sempre em constante crescimento”, salienta Bar-carol.

São 15 anos que se passaram rapi-damente. Colegas de trabalho, expec-tativas de crescimento e a busca pelo melhor. “Quando penso na Vitrola, o que me vem a mente é: Amizade, res-ponsabilidade, confiança, dedicação e muita felicidade. São 15 anos de muitas hitórias, de dificuldades, de mudanças e especialmente de cres-cimento.” Enfatiza.

Vitrola, a marca que cresce com seus colaboradores

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Muito antes de conhecer o mun-do Vitrola, muitas coisas acontece-ram em sua vida. Tendo sempre o foco no trabalho e em sua excelência, Olga Strzelecki, 47 anos, traba-lhou em outra empresa por exatos 8 anos. Com o fechamento da mesma, coisas novas começaram a surgir em sua vida. A primeira, a gravidez, a se-gunda, se preparar para o mercado de trabalho que exigia muito mais que conhecimento, mas sim, prática.

A estrada foi dura, pois dividir o tempo com a família, filho e cursos tornavam o dia a dia corrido. “Quan-do meu filho completou seus 3 anos de idade, eu já estava com o diploma de informática em mãos, graças a aju-da de minha mãe, sogra e marido”, comenta Olga.

A procura pela mudança de vida a direcionou para a Vitrola. Após a entrevista de emprego, sua carreira de 15 anos na empresa teve início no outro dia. “Comecei atendendo ao público, no entanto, fiquei somente três dias nesse setor. Após esses dias, fui parar no setor de atacado, o qual

permaneço até hoje”, destaca Olga. Sua jornada na Vitrola trouxe

anos de experiência como profissio-nal e como pessoa. O relacionamen-to com os colegas de trabalho e com o diretor da empresa lhe proporcio-naram um crescimento profissional inesperado. “Contribuiu muito. O relacionamento com o chefe e com os colegas e o ambiente agradável que existe dentro da empresa, fez com que eu crescesse pessoalmente.”

Sobre o futuro, Olga pretende aper-feiçoar sua experiência e cursar gradu-ação na área financeira. “Pretendo me aperfeiçoar para colaborar com a Vitro-la, a qual se tornou parte de minha vida e daquilo que sou”, realça Mara, como é chamada carinhosamente pelos amigos

São 15 anos de história, dividida entre momentos de felicidade e grati-dão. O início nunca é fácil, pois desde sua criação, a Vitrola locava filmes e vendia alguns CDs e DVDs, não pos-suía sede própria, porém, já mantinha um pequeno setor de atacado.

“Com o passar do tempo, a em-presa começou a venda de livros e

abriu o seu próprio café. O cresci-mento foi eminente e começamos a construção de nossa própria sede. Nas etapas de construção, éramos es-timulados a dar nossa opinião quan-to a construção do prédio. Ou seja, nós mesmos moldamos quem a Vi-trola é hoje.” Comenta Olga.

Os planos foram dando certo, e a sede começou a crescer. O Café Vitro-la se tornou ponto de encontro na ci-dade e se transformou em ponto de re-ferência na região. “A Vitrola sempre nos estimula. São encontros, reuniões e palestras para nosso crescimento que nos transforma como profissionais e nos instiga a continuar levando para frente o nome e a marca Vitrola”. Re-lata.

Quando pensamos na história e na construção da Vitrola, não podemos deixar de nos lembrar de como cada um é especial e importante para a em-presa. “São 15 anos em que trabalhar é algo prazeroso. O sentimento de gra-tidão é eminente, e espero continuar fazendo parte desta família por ainda muitos anos.” Revela Olga.

ENTRE NÓS |

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Há mais de 10 anos no mercado, o Restaurante 51, é referência no ramo ali-mentício na região norte do estado do Rio Grande do Sul. Desde sua construção, o estabelecimento busca atender os clientes com bom atendimento, e proporcionan-do uma experiência diferenciada para abranger vários públicos.

A Vitrola faz parte desta história. Há mais de três anos os produtos da marca tem presença significativa no dia a dia de quem frequenta o estabelecimento. CDs, Livros e DVDs são disponibili-zados para o público, dividindo espaço com o ambiente do Restaurante . Medi-da essa que deu certo, e que é o diferen-cial para o crescimento tanto da Vitrola quanto do Restaurante 51.

Para contar um pouco sobre esta pareceria de sucesso, conheça Ma-theus Gonçalves, gerente e colabora-dor deste empreendimento:

Vitrola - Há quanto tempo você trabalha no Restaurante 51? Em qual função? Qual a sua formação?

Matheus - Trabalho no restauran-te á 14 anos, 7 anos como garçom e 7 anos como gerente. Minha formação é 2º grau completo

Vitrola - Conte-nos sobre a his-tória do Restaurante

Matheus - As atividades do restau-rante iniciaram em setembro de 1999. No início, como toda empresa teve algumas dificuldades. Passou por uma reforma longa, que durou 10 meses, isso dificultou o início das ativida-des porque o relacionamento com os clientes se perdeu um pouco. Houve

de sucessoEmpresas que acreditam no potencial

dos produtos Vitrola

Parcerias

| PERFIL VITROLA

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necessidade de estabelecer novamente uma relação de confiança e credibili-dade, foi necessário construir de novo a identidade da empresa que hoje esta consolidada e é referência na região.

Vitrola - Qual o perfil do públi-co que o restaurante atende?

Matheus - Como o estabelecimen-to está localizado na BR o maior pú-blico do restaurante nos dias de sema-na são as pessoas que viajam, famílias. No final de semana, sábado a noite e domingo ao meio dia o restaurante atende a população da região que pres-tigia o local pela credibilidade constru-ída no longo dos anos. Se destacando no ramo alimentício da região.

Vitrola - Como surgiu a ideia de agregar diferentes produtos, como CDs, DVDs e livros?

Matheus - Num primeiro momento não havia interesse da empresa em traba-lhar com os produtos, o representante da Vitrola sugeriu uma parceria comercial deixando claro todos os benefícios que seriam agregados à empresa caso fosse estabelecida a relação comercial. Foi pro-posto uma experiência com o produto, se em três meses não houvesse retorno a empresa faria o recolhimento dos mes-mos e assim iniciou a parceria que se mantém desde 2013.

Vitrola - Quais as vantagens de agregar itens culturais em um negó-cio voltado para o ramo alimentício?

Matheus - O retorno financeiro é a maior vantagem dessa parceria. Os produtos infantis são destaque, con-siderando que muitos dos clientes do estabelecimento são famílias que estão em viagem e a necessidade de entreteni-mento para as crianças é muito grande. Outro fator que chama a atenção é so-bre os expositores da Vitrola, bonitos, modernos e que se destacam, auxilian-do nas vendas e prendendo a atenção dos clientes, pois faz com que o am-biente transmita cultura.

Vitrola - Em relação à Vitrola, como você conheceu a distribuidora?

Matheus - A distribuidora tornou--se conhecida da empresa pela visita do Sr. Ivo Lotti que foi quem deu o pontapé inicial para a relação de par-ceria comercial. Após a visita a sede da empresa, nossa relação estreitou ainda mais os laços, haja vista o po-tencial da empresa atrelados ao bom atendimento e a necessidade constan-te de satisfazer os clientes.

Vitrola - Como funciona o pro-cesso de compra e escolha de títu-los? Os consultores e vendedores lhe auxiliam na escolha?

Matheus - Os representantes da Vitrola estão frequentemente fazendo conferência das mercadorias e repas-sando as reposições de produtos dando destaque sempre para os lançamentos e mais vendidos. A empresa tem um cuidado especial com as reposições. Al-guns clientes solicitam títulos e fazem encomendas, nesses casos ligamos para a Vitrola e os títulos são enviados.

Vitrola - Quais os produtos mais procurados no segmento musical? E nos livros?

Matheus - Os produtos mais procu-rados no segmento musical são os cds de música sertaneja. Nos livros o destaque são os produtos infantis, as maletas são muito bem comercializadas.

Vitrola - Conte-nos uma experi-ência que tenha tido com a Vitrola, e tenha lhe marcado.

Matheus - A experiência marcante com a Vitrola foi justamente o fato de não ter agregado antes o produto ao leque de opções do restaurante. A empresa insistiu por muito tempo para iniciarmos a parceria comercial e não dávamos muita atenção, fica-mos protelando por falta de interesse, e quando iniciamos a parceria per-cebemos como perdemos de faturar porque a Vitrola estava desde 2011 tentando estabelecer uma relação co-mercial e nós não queríamos, e nesses dois anos percebemos como perde-mos de ganhar e ganhar muito.

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Em ascensão no mercado literário, os livros interativos - aqueles que propõem ao leitor fazer tarefas como riscar, pintar, pisar e completar as páginas - ganharam espaço nas livrarias envolvendo o público que não vê o livro ape-nas como objeto de leitura.

Enquanto muitos leitores assíduos guardam cuidado-samente seus livros para que eles permaneçam sempre em bom estado de conservação, um nicho de público leitor está curtindo a ideia de poder descontar toda sua raiva, estresse ou até alegrias do dia em páginas que instruem as pessoas a preenchê-las ou pintá-las.

Na onda dos livros que provocam o leitor a intera-gir com as páginas, o sucesso infantojuvenil Destrua Este Diário, produzido pela canadense Keri Smith, foi um dos precursores nesse mercado de livros interativos. Lan-çado originalmente em 2007, o best-seller estourou no Brasil apenas em 2013, ficando na lista dos livros mais vendidos por um bom tempo. O livro-diário orienta o seu dono a praticar alguma coisa a cada página, como rasgar uma folha, guardá-la no bolso, colocar a calça para lavar e depois colar a folha no livro novamente. — A criativida-de é destrutiva, pois você pega um material e transforma em outro — afirmou a autora em entrevista de divulgação para o site da Penguin, sua editora nos EUA. — Meu pa-pel como artista é ajudar as pessoas a fazerem coisas fora dos padrões — acrescentou.

Devido ao grande sucesso do primeiro livro, a Editora Intrínseca apostou em outros títulos de Keri, como Ter-mine Este Livro (2014) e Isto Não É Um Livro (2015), e a tacada foi certeira: os três títulos juntos já venderam 750 mil exemplares. Nesta mesma linha, outros títulos também ganharam o mercado: Listografia: Sua Vida em Listas (2014, Intrínseca), de Lisa Nola e Nathanael Russel, nele os auto-res incentivam o leitor a escrever a sua autobiografia por meio de listas, tendo em cada página uma proposta dife-rente de listas, como, por exemplo, os filmes e músicas que mais gosta; Uma Página de Cada Vez (2014, Paralela), de Adam J. Kurtz, é um diário diferente, contendo tarefas para

o “boom” dos livros interativos

Os livros que transformam os leitores em protagonistas e jardineiros de seus próprios exemplares

Para pintar e desestressar: | NOVIDADES

por: Maíra Cardoso

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cada dia do ano induzindo o leitor a usar a imaginação; Eu + Você = Nós (2014, Benvirá) de Lisa Currie, é um dos livros mais interativos, pois estimula a relação entre duas pessoas para que ambas preencham juntas as páginas do livro, dividindo experiências e muitas risadas.

Ao falarmos de livros interativos, não podemos deixar de mencionar os livros de colorir, é claro! O boom que ala-vancou as vendas das editoras brasileiras em 2015, resul-tando em um faturamento de R$25,18 milhões, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e do Instituto de Pesquisa Nielsen, mesmo em tempos de crise. Além disso, os livros de colorir impulsionaram também a venda dos lápis de cor, que chegou a ter uma alta de 210% na venda de maio de 2015, comparado ao mesmo mês do ano passado, segundo a Kalunga. Houve procura até por estojos de lápis de cor que custam em torno de R$950. Porém, os mais vendidos são os de 48 e 36 cores, com valores até R$80.

O livro de colorir queridinho entre os “pintores” de plantão é o Jardim Secreto, mega sucesso de Johanna Bas-ford, foi o fenômeno pioneiro entre os livros intitulados antiestresse, arteterapia ou livro de colorir para adultos. Segundo a Editora Sextante, a qual lançou o livro no Bra-sil, propositalmente, em dezembro de 2014, Jardim Secre-to já vendeu mais de 880 mil cópias, tendo seu auge de vendas mesmo em abril deste ano. Após o grande sucesso do primeiro, a “pílula antiestresse” em forma de livro não poderia parar por aí.

Muitos títulos surgiram para aumentar e despertar a capacidade artística dos leitores, até que Joahanna trouxesse ao mercado seu segundo livro de colorir: Floresta Encan-tada, um pouco mais elaborado que o primeiro, porém, com o mesmo intuito de despertar a criatividade e aguçar o sentido dos leitores ao fazê-los encontrar algum desenho específico em meio a tantas curvaturas e figuras. Esse, por sua vez, já vendeu mais de meio milhão de cópias desde seu lançamento em abril deste ano. De acordo com Painel das Vendas de Livros do Brasil do Instituto Nielsen, calcula-se que existam, pelo menos, mais de 70 títulos de colorir para adultos circulando atualmente.

Mesmo na era digital, o livro interativo convencional tem mostrado um potencial enorme, se tornando uma no-vidade nessa onda tecnológica em que já nascemos navegan-do na internet. Tanto os aplicativos digitais quanto os livros possibilitam inúmeras fontes de interação, onde muitas vezes são complementares. Por mais que os livros criativos ou inte-rativos não possam ser transformados em e-books, a internet tem um grande papel na divulgação desse tipo de mercado, principalmente as redes sociais na disseminação de novos conteúdos relacionados à temática ou até no compartilha-mento de pinturas entre os “jardineiros”.

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Thedy Corrêa, 52 anos, compo-sitor e vocalista da banda Nenhum de Nós. O rock gaúcho sempre es-teve presente em sua trajetória como artista. Porém, um novo mundo se abriu quando as canções começaram a se encaixar nas páginas de livros e publicações, transformando-o assim, em um exímio escritor de obras lite-rárias com contos poéticos, e livros de auto ajuda.

A vida como cantor, compositor e escritor o inclinaram a um novo nicho de mercado. Suas três obras publicadas fazem sucesso desde o seu lançamento e com isso, Thedy Corrêa começou a ministrar palestras corporativas, relacio-nando arte com seus quase 30 anos de carreira.

Em entrevista exclusiva à RE-VISTA VITROLA, Thedy Corrêa comenta como foi a sua jornada para a criação destas três obras, sua carreira e quais são seus planos para o futuro. Confira:

Vitrola - Em 2016, você comple-ta 30 anos de carreira como com-positor e cantor da banda Nenhum de Nós. Destes, os últimos 9 anos foram dedicados também a outra profissão, a de escritor. Como nas-ceu o desejo de escrever livros?

Thedy Corrêa - Eu sempre fui um leitor voraz. Desde criança. Lembro que esperava com ansieda-de a feira do livro de Porto Alegre pois sabia que seria o equivalente a

COMPONDO VERSOS.

Com três obras publicadas, o vocalista de nenhum de nós revela sua vida de escritor

um parque de diversões para mim. As barracas iluminadas (costumava ir à noite com meus pais) e todo o movimento incomum da praça. Cresci cercado por livros e por conta dessa relação sempre sonhei em lan-çar algum. Quando lancei o Bruto - meu primeiro livro, uma coletânea de poemas - eu sabia que era apenas o ponto de partida de um caminho que eu sempre planejei percorrer.

Vitrola - Das três obras literárias assinadas por você, “Bruto” (2006), “Livro de Astro-ajuda” (2010), “Noite Ilustrada” (2014), duas são poesias. Você já utilizou trechos dos livros para compor músicas? O in-verso também já aconteceu?

Thedy Corrêa - Vários poemas do Bruto acabaram virando música, mas depois que publiquei o livro - no dis-co mais recente do Nenhum de Nós, Sempre É Hoje, duas músicas nasceram dele. Já no caso do Noite Ilustrada, as canções nasceram antes que o livro fos-se publicado. São quatro canções. Acho natural que isso aconteça, já que a mú-sica é um componente fundamental de minha poesia.

Vitrola - A inspiração pode vir em diferentes momentos. No pre-fácio de seus livros isso fica bastan-te evidente pelo texto que fala das “noites de insônia”, e “do retorno para casa após os shows”. Como é o processo de criação e escrita do autor Thedy Corrêa?

CAPA |

THEDY CORRÊA E A PAIXÃO PELA LITERATURA

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18 Revista Vitrola 2015

que você atribui essa experiência de sucesso já com seu primeiro livro?

Thedy Corrêa - .A uma curiosida-de em relação ao autor que surgia e, inegavelmente, a popularidade que tenho como vocalista do Nenhum de Nós. Mas também acabei contando com um boca-a-boca positivo sobre livro dentro da própria feira, que fez com que ele estivesse bem exposto em todas as barracas.

Vitrola - “Noite Ilustrada” é um livro que apresenta ao leitor ques-tões como solidão, medo e melan-colia, criando uma atmosfera in-quietante. As ilustrações traduzem com maestria esses sentimentos. Você participou do processo de criação dos desenhos?

Thedy Corrêa - Na verdade minha participação se restringiu à escolha dos poemas e seus respectivos ilustradores. De alguma maneira, eu enxergava al-guma proximidade entre o ilustrador e o poema. Acho que o estilo de cada um me induzia a uma escolha. Mas depois que eu enviava o poema, eu não dava nenhuma dica ou fazia sugestão. Eles tinham liberdade total. Os únicos limitadores eram as dimensões e o uso do preto e branco.

Vitrola - Em seu site há uma bio-grafia que menciona que a escrita é um processo natural da história do Thedy Corrêa. Quais os benefícios que você vê na fusão entre músico e escritor?

Thedy Corrêa - Creio que a pala-vra escrita e sua artesania detalhada e cuidadosa contribuíram para que a palavra cantada ganhasse igual tra-tamento. A poesia dos livros fez com que as letras das canções se aperfei-çoassem no momento da criação. O processo de um se fundiu com o do outro e isso me fez crescer como po-eta e letrista. A prática é um aprendi-zado constante.

Vitrola - Outro talento que não podemos deixar de pontuar é o ca-

risma e a presença de palco. A faci-lidade com que você interage com os públicos, aliada à experiência com o universo artístico foram os principais fatores para surgir uma nova área de atuação: as palestras corporativas?

Thedy Corrêa - As palestras nasce-ram de uma vontade de compartilhar minhas vivências em quase 30 anos de música, com o Nenhum de Nós. Apren-di a lidar com uma equipe de tamanho razoável - que envolve a banda e aos téc-nicos que trabalham com o Nenhum na estrada. Desenvolvi métodos de gestão de pessoas, trabalho em equipe, geren-ciamento de crise e muito mais. Sei que esse tipo de experiência pode ser muito valiosa se colocada da forma correta e compreensível. Assim nasceu a palestra. A música como uma ferramenta que proporciona uma inovadora e criativa visão do profissional e suas relações em seu ambiente de trabalho. Soma-se a isso minha experiência de palco e ora-tória que os shows trouxeram. Já são cinco anos como palestrante.

Vitrola - A literatura caminha pa-ralelamente à música e a atividade de palestrante. Você acredita que exista um ponto final para uma delas, ou podemos esperar novidades em breve?

Thedy Corrêa - Acho que é cedo para interromper qualquer uma delas. Como palestrante ainda tenho muito a conquistar. Como músico, ainda tenho muitos lugares a levar o meu trabalho com o Nenhum de Nós. As palestras tem sido muito bem avaliadas por onde passo e isso é um grande estímulo a continuar, assim como os trabalhos do Nenhum de Nós, que continuam ten-do um público fiel. Na verdade, penso em abrir mais portas e percorrer no-vos caminhos na literatura - como a narrativa longa e me envolver mais com o mercado editorial. Novidades? Garanto que teremos muitas em breve!

Thedy Corrêa - A noite, em es-pecial a madrugada, é meu momen-to preferido de criação. O silêncio, a paz, a solidão da noite. Mesmo que seja no ônibus da banda, cercado por muitos. Eles dormem e acaba que mi-nha única companhia é pequena luz que ilumina minha poltrona. Então coloco uma música e começo a viajar com a inspiração que a noite me pro-porciona. Quase tudo que está nos meus livros foi escrito em momentos assim.

Vitrola - Quais são os autores que você busca inspiração para suas obras literárias? Hoje qual é o seu livro de cabeceira?

Thedy Corrêa - Durante muito tempo meu companheiro inseparável foi o livro das obras completas em poesia de Fernando Pessoa. Li e reli inúmeras vezes. Mas hoje, em geral, Caio Fernando Abreu é minha maior influência e fonte de inspiração.

Vitrola - Com uma proposta di-ferente, o “Livro de Astro-Ajuda” é uma obra descontraída e ao mesmo tempo bastante filosófica. Como foi o processo de escrita deste livro de crônicas?

Thedy Corrêa - Esse livro é uma coletânea de textos que escrevi para um blog que mantinha na internet. O texto, em geral, era resultado de minhas reflexões sobre temas e situa-ções do cotidiano e que surgiam nas manchetes. Os assuntos do momen-to. Mais que filosóficas, as aborda-gens eram absolutamente honestas e reveladoras do meu pensamento sem filtros. Coloquei o título de “Astro--ajuda” como uma ironia divertida sobre a utilidade dos livros que se propõe a “ajudar”o leitor. De uma forma ou de outra, todo e qualquer livro tem essa capacidade.

Vitrola - Bruto, no ano de lança-mento foi a obra mais vendida na Feira do Livro em Porto Alegre, a

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A leitura que transforma

Entre a história e a filosofia. Wilson Ferigollo e Eduardo Scalabrin, duas

vidas que tomaram rumos diferentes por causa da leitura

Quando os livros fazem parte de uma história de vida, ela se torna mais interessante. Tivemos a honra de conversar com Wilson Ferigollo, 76 anos, uma figura respeitada por conhe-cer fatos importantes de todo município de Frederico Wes-tphalen e região.

Sua trajetória com os livros iniciou cedo, aos 10 anos de idade. Nos tempos de escola, Wilson aproveitava a hora de leitura que era oferecida pelos padres. “Essa hora engrandecia nosso conhecimento, porém, o nosso tesouro era encontrar exemplares de jornais locais, os quais éramos recomendados a não consumir”, comenta Ferigollo, pois poderia tirar a atenção dos alunos dos estudos.

Os jornais despertaram a curiosidade de Wilson, e trouxeram um novo tipo de informação, fora dos livros. Nasceu, então, o gosto pelas notícias. Após a adolescência, Ferigollo percebeu que o seminário não lhe traria total reali-zação. Simultaneamente, no universo das letras, surgiu um novo tipo de narrativa: os gibis. Um novo interesse na vida do jovem rapaz.

Aos 20 anos de idade, Wilson enviou uma carta para o jornal estadual “Correio do Povo”, colocando-se a dis-posição, gratuitamente, para escrever para o veículo de in-formação. A proposta foi aceita, e as memórias de pessoas e fatos locais passaram a ser retratadas em forma de texto, para toda a comunidade.

A oportunidade de escrever aliou-se ao amor pela pes-quisa. “Foi como renascer. Comecei a pesquisar mais, a anotar comentários que ouvia nas ruas, no banco em que trabalhava, comecei a atuar como repórter e como histo-riador, por pura vontade e curiosidade”, destaca Ferigollo.

O município de Frederico Westphalen cresceu, e se tornou palco do primeiro jornal local. Wilson, con-vidado a participar da equipe do veículo, começou a divulgar relatos que surgiram a partir das informações que eram anotadas. “Quando ouvia os contos, ia direto pesquisar, ir a fundo, descobrir como surgiu e quem es-tava envolvido e aí começou a nascer as histórias sobre as famílias da cidade”.

No inicio dos anos 90, a partir de materiais arreca-dados de suas captações, Wilson começou a produzir o próprio livro que viria a ficar pronto anos depois. “Rostos e Rastros no Barril” apresentava o município de Frederico Westphalen entre os anos de 1954 e 2004 em detalhes, com trajetórias das famílias pioneiras e sua colonização.

Hoje, Wilson Ferigollo possui mais quatro livros publica-dos: “Pré Seminário” um livro que conta sobre sua jornada quando criança; “Driblando a Saudade”, uma obra com cita-ções e fotos sobre jogos de futebol e times do interior do es-tado; “Sonhos e Trilhas”, contendo narrativas de famílias que moravam nos vilarejos da cidade; “História do Sicredi”, obra que data os fatos e a criação de uma das maiores cooperativas de crédito do estado.

Por sua importante contribuição para Frederico Westphalen, como historiador local e jornalista por vo-cação, Wilson foi convidado a ser o Patrono da feira do Livro 2015 do município. Além da ilustre presença, ele aproveitará a oportunidade para lançar sua próxima obra, “Rostos na La-goa”, livro que conta o início de outro município da região.

O hábito de ler transforma a vida: engrandece, aperfei-çoa conhecimentos, desperta interesses, e aprimora vocabu-lários. Para Wilson, os livros se tornaram uma paixão, junto com a história e a pesquisa. “A leitura é um exercício de me-mória, e a história é algo que fica, é necessário para as pes-soas descobrirem como tudo começou”, comenta Ferigollo.

Ainda, segundo ele, teremos novidades em breve. “Pre-tendo começar uma nova obra logo logo. Isso me satisfaz, os livros mudaram quem eu sou e me deram um novo rumo, me moldaram e criaram um homem completo”.

GENTE E SOCIEDADE |

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Nascido em Santiago no Rio Grande do Sul, Eduar-do Scalabrim, acadêmico do curso de Filosofia da Unisul Virtual, hoje com 39 anos iniciou sua biblioteca parti-cular aos 10 anos quando adquiriu seu primeiro livro ‘O Pequeno Príncipe’.

Seu acervo hoje conta com mais de 3200 obras, mui-tas dessas verdadeiras raridades como a obra completa de Aristóteles, 1ª edição de 1831, vinda da Austrália. No estado do RS, exceto Eduardo, somente a PUC-RS e a Unisinos possuem exemplares iguais aos seus.

Sua biblioteca inclui livros de todas as áreas de conhe-cimento, com ênfase para os textos de filosofia e psico-logia por serem os assuntos que mais despertam seu in-teresse. Suas obras estão classificadas por tema, número Classificação Decimal de Dewey (CDD) e ordem alfabé-tica de autor. Essa classificação permite que conheça todo seu acervo. Dificilmente precisa pesquisar no acervo pra ver se tem determinado livro, principalmente os títulos que considera de referência.

O gosto pela leitura foi introduzido pela mãe, Dona Verônica, que contava muitas histórias para ele e o irmão. Eduardo lembra que no tempo do colegial, da terceira até a oitava série gostava muito de pesquisar nos livros os as-suntos que os professores traziam em aula. Já no segundo grau, hoje ensino médio, começou aprofundar-se mais na leitura, a leitura passou ser frequente e não mais com o viés só de pesquisa.

O que para alguns pode parecer exaustivo para Eduardo é prazeroso e cativante. “A leitura é um hábito e sou muito metódico e disciplinado em relação ha isso, já faz alguns anos que leio diariamente, em média um livro por semana”.

Esse gosto pela leitura permitiu uma evolução e uma grande mudança. Os quatro volumes da ‘Obra da Filo-sofia Antiga’ considera serem os livros que marcaram sua vida. “São livros que produzem uma cura do espirito.” Sua percepção do mundo mudou completamente depois dessa leitura pois mesmo tendo suas crenças, posições po-líticas e postura religiosa já formadas os estudos dos textos de filosofia permitiram que se sinta mais irmanado com a sociedade, lhe proporcionando um melhor entendimento de si e do outro. Os diálogos com pessoas com pensamen-tos que diferem dos seus e que estão abertas ao debate sem violência são outro prazer que Eduardo não abre mão.

Um dos apreciadores desses diálogos com Eduardo é o Professor Universitário, Giancarlo Panosso. “Sabe quando a gente encontra um tesouro valiosíssimo em uma incur-são onde não se espera encontrar nada? Foi esta a surpresa que tive ao conhecer Eduardo Scalabrin! O valor que ele possui como desbravador literário está além de nosso al-cance! Somente tornando-se seu amigo para compreender

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a genialidade que ele apresenta dentro do universo das le-tras e dos livros! Fico feliz por conhecê-lo e saber que em nossa cidade temos alguém tão especial como ele.” Relata, Panosso.

A maioria das obras adquiridas são textos canônicos já fixados e consagrados pela mídia. Os textos mais modernos disponíveis no acervo são obras de José Saramago e Gabriel Garcia Marques.

Considera fantástica a obra de Machado de Assis, a dedicatória do livro ‘Memorias Póstumas de Bras Cubas é incrível, “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu corpo dedico com saudosa lembrança estas memórias póstumas.” (Machado de Assis, 1839-1908 ou Memórias Póstumas de Brás Cubas”. Admira como seus textos bem estruturados prendem a leitura e cativam, assim como aprecia muito a forma como João Guimarães Rosa lida com o desconhecido em seus textos. Em matéria de pro-dução acadêmica tem admiração por Eudoro de Souza, um elenista que escreveu a única edição em português da edição trilíngue (grego, latim e espanhol) da obra poética do Aristóteles muito utilizada em academias de referência por trazer no final uma bibliografia de textos da poética considerados de qualidade.

Dentre suas preferências a obra de Doistoiévski é con-siderada uma paixão, possuindo a obra completa em duas edições diferentes. Ainda cita ‘Os Irmãos Karamasov’ que

considera a maior obra prima da literatura universal, as-sim como o teatro grego e o teatro shakespeariano são ápi-ces da criação literária tendo influenciado toda a produção teatral que veio depois deles.

Muitas das obras são escritas em espanhol, português de Portugal e alemão, mas possui também exemplares em russo e latim. Eduardo procura adquirir as obras de acor-do com as áreas de interesse dos assuntos que estuda. Sem-pre que tem interesse por algum assunto faz uma pesquisa sobre o mesmo, buscando autores relevantes do assunto e procurando adquirir sempre os textos originais e matrizes para o desenvolvimento daquele pensamento. “Não gosto de interpretadores da obra”. Comenta, Scalabrin.

Em sua biblioteca encontramos dicionários monolín-gues, bilíngues e trilíngues, livros de informática, enciclopé-dias, obras filosóficas de Aristóteles, obra completa de Pla-tão escrita em português e espanhol. Freud, obra completa, história da filosofia antiga, texto completo de Hipócrites, o fundador de medicina que criou o conceito “catarse” que depois Aristóteles fez uma releitura. Nitschike, Marx, a rara coleção que traz a primeira edição dos pensadores com seus textos na íntegra. Livros de Parapsicologia, religião, ciências humanas aplicadas com livros de política, sociologia, an-tropologia, economia, direito, estudos da cultura helênica, linguística, ciências exatas puras através de livros de biolo-gia, física e matemática. Ciências exatas aplicadas, livros de medicina e arquitetura. Artes plásticas, música, teatro, ci-nema e critica literária. Ainda obras de literatura como Ma-chado de Assis, Castro Alves, obras antigas de conto russo, obra completa de Lima Barreto, as obras relevantes de cada ganhador do prêmio Nobel do 1º até o 78º. Camões obra completa, Alexandre Dumas Filho, Homero obra completa em português e espanhol, Cecilia Meireles poesia comple-ta, Gregório de Matos obra completa, Henry Miller, Eça de Queiroz obra completa, Nelson Rodrigues, Fernando Pessoa, poesia gaúcha, textos de José Lins do Rego, Mario de Sá Carneiro, o Teatro de Shakspeare, Teatro Grego obra completa, Guimarães Rosa obra completa, Tólstoi obra completa. Ainda, livros de história, memorias e bibliogra-fias, dicionários temáticos, textos de Sócrates, Santo Agos-tinho, Oráculo e Lógica.

É adepto do pensamento dos filósofos da época helenísti-ca, que a morte é outro estágio, assim não tem preocupação com o que vir a acontecer com seus livros depois que morrer.

“Fiz coisas sórdidas mas as fiz bem feitas” (June Mansfield, esposa do escritor norte-americano Henry Miller), adotando essa linha de pensamento não tem ne-nhum livro que arrependeu-se de ler, tem alguns que não gostou mas jamais se arrependeu do tempo que dedicou a leitura, todos os livros que leu, leu até o final.

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22 Revista Vitrola 2015

Em plena era tecnológica, a nova tendência no mercado editorial é a aposta nos livros digitais - mais conhe-cidos como e-books - que além de ser um novo e diferenciado suporte de lei-tura modelam um processo de criação, distribuição e consumo de livros.

Inicialmente as editoras mostra-ram-se preocupadas em produzir em menor escala, os antigos e conheci-dos livros físicos e focar no novíssimo modelo de livros digitais, que natural-mente seriam mais baratos, podendo fazer o lucro diminuir. No entanto, com o avanço das novas tecnologias digitais fugir desse formato se tornou inviável. Devido a disseminação e po-pularização da internet, os e-books tornaram-se uma ferramenta de fácil acesso, podendo ser vendidos pelas

A aposta dos E-books

O livro digital busca por seu espaço no mercado atual

editoras, ou até mesmo, disponibiliza-dos para download em alguns sites que ofertam os livros gratuitamente.

A aceitação do livro-digital...Apesar de um bom reconheci-

mento inicial, o processo de aceitação do e-book ainda está em fase de cres-cimento. Tem aqueles leitores que se adaptaram facilmente a ideia de ler as obras do seu autor predileto em for-mato digital, e, aqueles que ainda pre-ferem o livro físico, para poder manu-sear e apreciar melhor a obra.

Em pesquisa realizada pelo Ins-tituto Pró-livro em 2012, 82% da população nunca leu um livro digital e 45% nem sequer ouviu falar em e--book. A tendência é mais aceita e conhecida pelos jovens, que estão acostumados com as novas tecnolo-

no mercado editorial

gias. No entanto, segundos leitores assíduos, o e-book ainda não é enca-rado como um substituto do livro por não possuir todos os atrativos que um livro físico disponibiliza.

Independente desse processo de transição e aceitação do livro digi-tal pelos leitores, as editoras seguem apostando no novo formato, produ-zindo os grandes lançamentos e apos-tas em livros atuais no modelo digi-tal. É possível encontrar e-books dos clássicos da literatura aos populares autores já consagrados do momento.

A fim de agradar os leitores, as editoras seguem disponibilizando as duas versões das obras: o livro físico e o livro digital. Mantendo a produção do clássico e do novo, satisfazendo as-sim os dois públicos.

por: Juliana Oliveira

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por: Juliana Oliveira

É com frequência que observamos na internet o crescente número de aplicativos e ferramentas sendo inte-gradas com as redes sociais mais utili-zadas pelo público.

O mundo está cada dia mais in-terativo. Ao mesmo tempo em que o leitor lê a revista, está conectado ao instagram e ao facebook, receben-do mensagens no whatsapp, intera-gindo no twitter e ouvindo músicas pelo myspace. A socialização virtual é uma febre do século 21, desta for-ma, os novos aplicativos que surgem no mercado com grande velocidade estão buscando seu espaço dentro do universo das redes sociais.

A integração entre as redes so-ciais

No facebook uma das redes sociais mais acessadas atualmente, com mais de 1 bilhão de usuários ativos no

mundo todo - segundo site Tecmun-do - é possível observar a interação de outras redes de socialização. Os Blogs e o twitter já compartilham conteúdos no facebook. O site youtube que além de integrar a ferramenta de compar-tilhamento com o facebook no seu site, também apresenta a opção para compartilhar os vídeos com outras redes virtuais de socialização, como o LinkedIn, o Google+ e o Tumblr. É com frequência que encontramos as fotos e vídeos do aplicativo instagram no facebook, que além de ser uma rede social a parte, compartilha fotos ins-tantâneas do celular em outras redes.

Em plena era digital, as redes so-ciais e os aplicativos para dispositivos móveis vem e tornando cada vez mais interativos, cativando mais e mais in-ternautas tomados pela febre virtual.

A popularidade das Redes Sociais

As novas tendências

segundo o site R7:Facebook com 67,96%Lidera a lista com cerca 83 mi-

lhões de usuários brasileiros.Youtube com 21,11%Pouco reconhecido como rede so-

cial, em 2013 o site alcançou a mar-ca de 1 bilhão de acessos mensais aos vídeos.

Twitter com 1,77%Muito acessado em aplicativos

móveis. O Brasil é o segundo em usuários na rede com cerca de 3,3 mi-lhões de internautas conectados.

Instagram com 0,67%O Instagram fica em sexto lugar

na lista, apesar de ser uma rede social para dispositivos móveis, já atingiu a marca de 200 milhões de usuários no mundo.

de interatividade

TIMELINE |

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por: Juliana Oliveira

Compartilhamento de conteúdo nas redes sociais

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24 Revista Vitrola 2015

Novos

Quando os sonhos se tornam realidade

Sonhos são fantasias, devaneios que povoam a mente, e podem dar sentido à vida, especialmente se transformados em realidade. Para algumas pessoas, comprar um carro próprio, viajar ou simplesmente sair para jantar com a companhia especial, já é o suficiente para transformar o universo ao redor. Outros seguem o poema, para ser feliz é necessário “plantar uma árvore, ter um filho, escrever um livro”. Carlos Fleury, Guilherme Solari e Tiago Hau-bert, apesar de não se conhecerem, tem um sonho em comum: escrever.

A vontade de traduzir pensamentos e histórias surgiu cedo, para todos eles. Porém, antes mesmo de compreender que a escrita se tornaria uma necessi-dade, nascia o interesse pela leitura.

Os livros fizeram parte da vida desses três escritores em diferentes períodos. Carlos nos conta que quan-do era obrigado a ler pelos professo-res da escola, não sentia a mesma paixão pelos livros. A célebre escri-tora Anne Rice com suas intrigantes histórias vampirescas, lhe chamou definitivamente atenção. Guilherme compartilhou a mesma dificuldade. “Eu tive um interesse tardio pela lite-ratura. Até os 20 e tantos dificilmen-te abria um livro”, relata.

Para Tiago, a ideia de ser escritor nasceu tão logo entrou na pré-ado-lescência. “Recordo-me que aos onze anos por alguma razão que não sei di-

zer qual, essa vontade surgiu sem ex-plicação. Acordei e pensei: Quero ser escritor! Como se fosse uma missão já dentro de mim desde que nasci”, rela-ta. Tiago ainda comenta que nos anos que se seguiam, escreveu seu primeiro manuscrito, cerca de 300 páginas que não chegaram a ser publicadas, pois ainda não considerava o projeto com-pleto. Mal sabia ele que a lembrança das horas dedicadas à escrita, das his-tórias e personagens, o acompanharia até a vida adulta.

O incentivo da família e dos ami-gos foi vital para que as páginas se transformassem em livro, pois o ca-minho até a tão sonhada publicação foi bastante árduo para os três escrito-res. Competir por espaço com autores renomados, de alcance internacional não foi nada fácil. Foram inúmeros “nãos”, até o tão sonhado “sim”. E por falar em sim, Tiago Haubert rece-beu o aceite da editora na semana do seu casamento. Um presente especial, para comemorar em um dia tão feliz.

Carlos comenta que chegou a con-versar com uma editora que conside-ra uma das maiores o país, porém os custos para o lançamento do livro se tornaram inviáveis. Ao ser procurado pela editora Selo Jovem, que valoriza o talento dos novos autores da literatura nacional, o autor se viu frente à opor-tunidade de se colocar no mercado “e fazer sua obra ser lida”.

Autores

| TENDÊNCIAS

O livro “As Crônicas do Cascavel”, de Guilherme Solari é hoje o mais vendido do gênero ficção, pela edito-ra Multifoco. Mas o autor nos conta que superou diversos obstáculos para conseguir publicar sua obra, mas não se deixou abater. “Uma coisa que é preciso ter em mente e não desanimar nessas horas é saber que faz parte do trabalho do escritor ser rejeitado. Mas nunca desistir, sempre continuar ten-tando. Nunca é pessoal”, conta.

Apesar do dito popular que afirma não julgar o livro pela capa, é sabido que uma bela arte pode sim influen-ciar na venda da obra. Os novos au-tores relataram que a criação da capa foi uma parte divertida e criativa do processo, no qual estiveram envolvi-dos do começo ao fim.

Com tanto cuidado, dedicação e competência, o feedback dos fãs não po-deria ser outro: os livros estão aprova-díssimos. Para aqueles que já puderam desfrutar das histórias, os autores afir-mam que outros títulos virão pela fren-te. Carlos já escreveu parte do seu pró-ximo livro, e suspendeu o trabalho por hora para poder divulgar “A Última Era - livro um: o líder dos homens”. Tiago Haubert deu continuidade a seu livro “Enigmas dos sonhos” e está com um romance em fase de revisão. Guilherme afirma que o Cascavél terá continuação e que está se aventurando como editor de uma minissérie de livros.

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Nome Completo: Carlos Eduardo Damião Teixeira (nome artístico: Carlos Fleury)

Idade: 33Cidade onde Reside: Goiânia

Formação*: Graduado em engenharia de computação, Pós-graduado em gestão

empresarialPrincipais interesses*: Livros, filmes, jogos

e viagens.Obras de autoria: A Última Era - livro um: o

líder dos homens.

Nome Completo: Guilherme SolariIdade: 35 anos

Cidade onde Reside: São PauloFormação*: Jornalista e escritor

Principais interesses*: Literatura, cinema, videogames, escrever, música, corrida

Obras de autoria: Quando os Pesadelos Acordarem e As Crônicas do Cascavel

Nome Completo: Tiago Pereira HaubertIdade: 28 anos

Cidade onde Reside: FlorianópolisFormação*: Direito

Principais interesses*: livros, futebol, filmes e Padel.

Obras de autoria: Enigmas dos Sonhos: O pergaminho encantado

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| NOVOS SONS

Os vinis são um clássico dos anos 40, além de reproduzirem músicas em alta qualidade de som- segundo entusiastas dos discos – são os mimos da-queles que preferem um estilo mais vintage e culti-vam a ‘mania’ de colecionar os velhos discos.

Mais leves e de fácil manuseio e ao mesmo tem-po mais resistentes, tornaram ultrapassados os discos de goma-laca - anteriores aos vinis - princi-palmente por reproduzirem um número maior de músicas, ao invés de uma canção por face, e, prin-cipalmente, pela sua excelente qualidade sonora comparado aos discos anteriores.

Chamados popularmente de LP (abreviação de long play), os vinis tornaram-se, na década de 50, o principal meio de divulgação de um ar-tista para o público, um presente da indústria musical que estava em constante evolução. Por muito tempo os LP’s dominaram o mercado mu-sical com total soberania, mas a partir de 1980 começam a perder espaço para um disco muito mais compacto e com maior capacidade de gra-vação: os CD’s (compact discs) tomaram a indús-tria musical, fazendo os vinis quase desaparecem por completo no fim do século 20.

O bom e velho vinil saía das prateleiras das lojas musicais, mas a partir de 2010 eles foram retornan-do timidamente ao mercado.

Atualmente, em um mundo cada vez mais di-gital, a venda dos vinis, depois de 20 anos, volta com força total, disparando juntamente a venda de

Vinil: A volta de um clássicoPara aqueles que apreciam ouvir música em boa qualidade ou admiram o estilo vintage, a notícia é boa: os vinis retornaram!

vitrolas e agulhas. Uma pesquisa recente no Brasil anunciou que a Polysom – fábrica carioca de vinil - obteve um aumento de 126% nas vendas de discos de vinil no ano de 2014.

O vinil é preferência de muitos conhecedores por trazer um som natural e mais próximo do ori-ginal, sem as distorções digitais que ocorrem nas gravações dos CD’s. No Brasil artistas consagrados que nunca tinham tido um registro no formato re-solveram investir trazendo seus lançamentos gra-vados em LP’s. As bandas estrangeiras Radiohead, Arctic Monkeys e a cantora Lana Del Rey já inves-tiram no disco vinil.

No Brasil, a cantora Pitty e o cantor Lenine apostam no antigo formato. Desta forma, eis que o vinil retorna com lançamentos de artistas e bandas atuais, para um público atual. Ele tem encontrado um novo mercado de fãs que estão dispostos a in-vestir para ouvir os seus ídolos num formato que privilegia quem gosta de ouvir música de uma ma-neira especial e charmosa.

Em plena era digital, os antigos LP’s estão pro-vando que a sua volta não satisfaz somente os co-lecionadores e apreciadores dos discos, eles vem ocuxpando lado a lado um lugar com os CD’s nos pontos de venda. Os vinis vão reaparecendo nas lojas estrangeiras e brasileiras reconquistando um espaço que já foi seu, e brindando os nossos ouvidos com músicas com qualidade original, característica que esse formato proporciona.

por: Juliana Oliveira

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O desejo de ser dono de um corpo perfeito, dentro dos padrões de beleza da atualidade pode implicar em alguns riscos à saúde. Muitas pessoas utilizam métodos que prometem proporcionar o resultado esperado em menor tempo do que o convencional, mas que nem sempre são merecedores de confiança.

Dentre tantas opções de formas de emagrecimento que existem hoje em dia, estão as famosas Dietas da Moda. São tantas as dietas que correm nas redes sociais ou em blogs, que muitas vezes, as pessoas ficam tão im-pressionadas e com uma vontade enorme de começar a seguir que acabam se deixando levar pela “imagem ideal”. Essas dietas são tão restritivas, que colocam o organismo em uma situação de risco nutricional, não só pela falta de nutrientes, mas também pelo surgi-mento de doenças mais graves como, por exemplo, a diabetes, as doenças cardiovasculares, a hipertensão e a osteoporose.

Atualmente a dieta que mais se destaca é a Die-ta Detox, conhecida por desintoxicar o organismo através da ingestão de sucos verdes. Importante des-tacar que o pigmento que mais facilita essa “limpeza” é a clorofila, presente em alimentos verdes escuros, como: couve, salsinha, hortelã e salsão. No entanto, os sucos verdes também podem ser feitos com outras opções como o chá de dente de leão, o chá verde ou os grãos germinados.

A Dieta Detox não apresenta evidência científica que comprove como funciona e o que faz ao organis-mo. Na realidade alguns profissionais indicam esse tipo de tratamento para indivíduos obesos, que não estão conseguindo emagrecer, além de ser indicado também para pessoas que possuam problemas na tireóide e para indivíduos que apresentam intoxicação por metais pe-sados. Neste último caso, o suco verde irá potencializar a eliminação de toxinas e, consequentemente, irá ocor-rer uma limpeza do fígado e dos rins. Deve-se destacar, que esta dieta não deve ser realizada por pessoas que não possuam os problemas citados acima.

Assim como qualquer dieta radical, a Dieta Detox não deve ser um estilo de vida. Algumas das versões encontradas na Internet, detém uma forma de emagre-cimento extrema e muito rígida, fazendo com que o indivíduo consuma pouquíssimas calorias ou fique dias à base de líquidos. Nesses casos pode ocorrer o efeito contrário do que o Detox propõe e ao final causar o ganho de gordura e prejudicar a saúde.

Sabendo que o objetivo principal da Dieta Detox é a eliminação de toxinas e a limpeza dos rins e do fígado, há alguns alimentos que podem ser consumidos e que contribuem para um correto funcionamento do fígado como por exemplo as frutas, verduras, legumes, cereais integrais, grãos e carnes brancas. É indispensável que se mantenha uma alimentação balanceada, ingerindo alimentos ricos em vitaminas, minerais e compostos fenólicos, que possuem ação antioxidante. Os peixes, grelhados, assados ou cozidos, e as sementes, como a chia e a linhaça, são ricos em ômega 3 que proporciona uma ação anti-inflamatória.

Alguns alimentos sobrecarregam o fígado por serem ricos em substâncias que em excesso prejudicam orga-nismo. Por isso, após momentos de abuso, como festas de finais de semana, é importante evitar alimentos que irão fazer com que esse órgão tenha uma atividade in-tensa. A orientação é ter uma dieta balanceada, restrin-gindo o consumo de alimentos ricos em gorduras trans e gorduras saturadas, como é o caso da carne vermelha e produtos industrializados (congelados e biscoitos). Comidas ou bebidas com aromas artificiais, corantes e aditivos químicos devem ter o consumo limitado, as-sim como as bebidas alcóolicas e o açúcar.

Nas versões mais radicais, as dietas em que a inges-tão é exclusiva de líquidos, podem ser prejudiciais aos rins, pois este é o órgão que controla os eletrólitos, sódio e potássio do nosso organismo. Assim, o exces-so de líquidos causa um desequilibro entre esses ele-mentos, chegando, em casos graves, pode causar até a desidratação.

você sabe o que é?Emagrecimento e as Dietas da Moda

Dieta Detox:

| SE CUIDA

Emanuela Quadro - Nutricionista

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Outra dieta que também é popular nas redes sociais é a Dieta do Pepino, que tem como objetivo central a perda de 4,5kg em 3 dias. Nesse caso a pessoa deve con-sumir apenas suco de pepino e água durante os 3 dias, há quem diga que se a pessoa sentir fome pode ser in-gerido um pepino, para dessa forma “enganar a fome”.

Deste modo, é visto que a restrição calórica excessi-va além de ser prejudicial para a saúde também não irá provocar um emagrecimento saudável. Em muitos ca-sos durante o período de seguimento da dieta é possível que ocorram episódios de mal-estar, fraqueza, tonturas, dores de cabeça, indisposição ou até mesmo desmaios, devido à reduzida quantidade consumida de carboidra-tos - principal fonte de energia do corpo.

A prática de atividade física durante o período de seguimento da dieta não é recomendada. A restrição de gorduras pode comprometer a absorção de vitaminas lipossolúveis (A,D, E e K).

Já a restrição de proteínas pode prejudicar a forma-ção de hormônios e reparação de tecidos, assim como impactar sobre os níveis de ferro, favorecendo o desen-volvimento de anemia.

A perda de peso prometida pela dieta é causada pela eliminação de líquidos do corpo, ou seja, os seguidores da Detox estendem o período da dieta por acreditar que estão emagrecendo, porém, na verdade, estão per-dendo líquidos. Diante disso, muitas pessoas acabam não modificando o hábito alimentar e voltam a adqui-rir o antigo peso ou as vezes até o dobro após o térmi-no, causando o famoso “efeito sanfona”.

A melhor maneira para evitar esse efeito, é não re-alizar uma Dieta Detox muito restritiva, apenas prio-rizando alimentos mais saudáveis e evitando a ingestão de alimentos prejudiciais a saúde. Mas é importante deixar claro que a dieta desintoxicante não deve ser re-alizada com o objetivo de perda de peso.

Um relatório sobre dieta alimentar, nutrição e pre-venção de doenças da Organização Mundial da Saúde, juntamente com a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), conclui que uma dieta alimentar com pouca gordura saturada, açú-car, sal, e muitos legumes e frutas, aliada a uma ativi-dade física regular terá um grande impacto no combate à mortalidade e a prevenção de doenças relacionadas aos hábitos alimentares. Para isso, é necessário que uma dieta equilibrada e ajustada às necessidades nutricio-nais de cada indivíduo seja elaborada por um nutricio-nista, que é o profissional capacitado para a conduta nutricional, evitando assim, as consequências de uma má alimentação.

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Um Mundo Maravilhástico

(Shannon Hale)

Sinopse: Em “Ever After High”, os alunos devem assinar o Livro das Len-das, prometendo seguir os passos de seus pais nos contos de fadas. Mas quando Raven Queen chegou, as coisas se tor-naram muito, muito confusas. Agora nenhum destino está garantido, nem o da mais nobre de todos, Apple Whi-te. Quando um ser misterioso do País das Maravilhas começa a infectar Ever After High com uma estranha magia, tudo vira de cabeça para baixo. Lizzie Hearts, futura rainha do País das Ma-ravilhas, Cedar Wood, uma marionete como o Pinóquio, e Madeline Hatter, herdeira da Loja de Especiarias e Chá do Chapeleiro Maluco, parecem ser as únicas que não perderam completamen-te a cabeça. Somente elas podem salvar seus melhores amigos para todo o sempre de uma maldição que ameaça a escola – e suas vidas – com um final muito infeliz.

A primeira impressão do livro é a melhor possível! Em “Um mundo maravilhástico”, veremos Madeline Hatter e Cedar Wood ilustrando a capa do livro, bem como os naipes e cartas do jogo de baralho, deixando evidente o rumo das próximas pági-nas: O País das Maravilhas. Se ob-servarmos os detalhes, vemos Apple White e Raven Queen (personagens principais) na floresta, sob a sombra de um gigantesco animal com asas

de morcego e olhos de fogo, o Ja-guadarte (no original em inglês: “Ja-bberwocky”). A história já começa a ser contada na capa do livro através dos elementos que apresenta.

Ever After High é baseado em contos de fadas famosos. A trama gira em torno dos filhos dos princi-pais personagens das histórias fantás-ticas que precisam cumprir seu des-tino, assinando o livro das lendas, e se comprometendo a seguir fielmente os passos de seus pais. Supostamen-te, negar esse compromisso condena o personagem ao esquecimento. Po-rém, Raven Queen, filha da Rainha Má, desafiou seu destino, colocando todos em perigo.

Há tantas personagens que apa-recem ao longo da história, com suas facções (Rebels ou Royals), peculia-ridades, cores e jeitos, que é melhor o leitor ficar atento aos nomes. Cada uma destas ilustres figuras traz consi-go uma dica a respeito da linhagem ao qual pertence. A filha de Branca de Neve, por exemplo, se chama Apple White (em português: maçã branca), e Daring Charming, bom, este só po-deria ser o filho do príncipe encan-tado.

O narrador é uma figura presen-te na história, no capítulo 3, há um diálogo interessante entre ele e Ma-deline, uma das poucas personagens

Ever After High

| REVIEW

que podem escutá-lo. Além de inter-romper, a filha do chapeleiro instiga o narrador a lhe contar os próximos acontecimentos, mas desta vez o “se-gredoso” não revela nenhuma infor-mação. Ao sair do foco principal da história, Shannon Hale, autora do li-vro, envolve o leitor ainda mais neste universo de fantasia.

O assunto que mais se destacou em todas as páginas foi a influên-cias dos pais no futuro dos filhos. É impressionante que um livro tão “maravilhástico” trate de um tema tão delicado. Lizzie Hearts, filha da Rainha de Copas, sutilmente se mos-tra dividida entre seguir os passos da mãe e aproveitar os momentos com os demais colegas. Cerise Wood, não entende a necessidade de passar por tantas provações, como seu pai Pinó-quio, para então se tornar uma meni-na de verdade.

Em suma, Ever After High é uma ótima história! Há no livro todos os elementos para que você, leitor, sinta--se parte dos contos de fadas. Reco-mendamos para os jovens, e, sobretu-do para os adultos, por permitir um “vôo” leve entre narrativas já conhe-cidas, mas agora, com outros finais felizes.

Leia também os demais livros de Ever After High: “O livro das Lendas” e “A Maior Injustiça de Todos”

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