ALIMENTOS

DEZEMBRO/2015RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA

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Diferencial para o setor de alimentosACESSO A INSUMOS ORGÂNICOS

A busca por uma alimentação equilibrada e por cardápios mais saudáveis favorece o mercado de orgânicos no país. Por meio da popularização desses produtos e de seus benefícios para a saúde, o acesso a insumos apresenta-se como um fator essencial para os pequenos negócios fluminenses. Nesse contexto, o Relatório de Inteligência deste mês esclarece as oportunidades que podem ser aproveitadas, o cenário atual dos insumos orgânicos e as alternativas de acesso a esses insumos.

Fontes: Aumenta o consumo de alimentos orgânicos no país, Jornal da Band (2014); Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, Ministério da Agricultura (2015); e Consumo de alimentos orgânicos segue em alta, OrganicsNet (2015).

Espera-se que o mercado de orgâni-cos cresça 25% em 2015 no país;

Estima-se que o faturamento do setor atinja a marca de R$ 2,5

bilhões em 2015, contra os R$ 2 bilhões de 2014;

Atualmente, são cerca de 11.651 produtores de orgânicos no Brasil.

Os alimentos orgânicos representam um mercado em alta no Brasil:

Os estados com a maior representatividade são*:

Diferencial no setor de alimentosAliada a este cenário de desenvolvimento, a agricultura orgânica apresenta uma série de características que a diferenciam da tradicional, mais exigente em mão de obra e com maior dificuldade de conseguir insumos adequados, entre outros aspectos. Eles, no entanto, podem encarecer o produto final. Portanto, o acesso aos insumos torna-se uma questão relevante para que a produção primária e a agroindústria de alimentos orgânicos ganhem maior competitividade no Estado do Rio de Janeiro.

*Dados mais recentes do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, do Ministério da Agricultura, relativos a dezembro de 2015.

Rio Grande do Sul1.606

1º

São Paulo1.302

3º

Paraná1.582

2º

Rio de Janeiro524

7º

2

Panorama no BrasilSISTEMAS ORGÂNICOS

Fonte: Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, Ministério da Agricultura (2015).

Segundo a Lei Nº 10.831, que dispõe sobre a agricultura orgânica, é considerado um sistema orgânico aquele em que são adota-das a otimização dos recursos e a integridade cultural, alcançando a sustentabilidade, empregando métodos em contraposição ao uso de materiais sintéticos, além da eliminação de radiações ionizantes e de organismos geneticamente modificados.

Certificação por auditoria

realizada por uma certificadora credenciada, que obedece critérios reconhecidos internacionalmente e

estabelecidos pela legislação brasileira;

Sistema participativo de garantia

constituído por um grupo de produtores ou demais interessados, que deve possuir um Organismo Participativo de Avaliação

da Conformidade (Opac) legalmente constituído e credenciado pelo Mapa, o

qual emitirá o certificado;

Controle social na venda direta

constitui-se como uma exceção para a agricultura familiar, onde é exigido

o vínculo em uma organização de controle social cadastrada em um

órgão fiscalizador oficial.

No Brasil, a agricultura orgânica é

responsabilidade do Ministério da Agricultura, por meio da Coordenação de Agroecologia (Coagre) e da Secreta-ria do Produtor Rural e Cooperativismo.

Para mais informações, os empreen-dedores podem conferir o Portal de

Orgânicos, do Ministério da Agricultura.

Após certificados, os empreendedores fazem parte do Cadastro Nacional de Produ-tores Orgânicos e estão habilitados para a comercialização em território nacional. Na página do cadastro, é possível conferir os Organismos de Avaliação da Confor-midade Orgânica e os Organismos de Controle Social credenciados.

PARA COMERCIALIZAR O ALIMENTO ORGÂNICO, O PRODUTOR DEVE ESTAR CERTIFICADO POR UM DOS TRÊS MECANISMOS:

Os sistemas orgânicos vão além da não utilização de agrotóxicos na produção. O produto deve ser cultivado em ambiente que considere a sustentabilidade social, ambiental e econômica, e valorize a cultura das comuni-dades. Por isso, a escolha dos insumos tem que ser cuidados e torna-se essencial para que o produtor possa adequar-se às exigências vigentes.

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Principais aspectosINSUMOS ORGÂNICOS

Como já exposto, para que um produto seja considerado orgânico, existe uma série de aspectos que devem ser levados em consideração, como as técnicas utilizadas e a certificação necessária. Portanto, a atenção no acesso aos insumos orgânicos torna-se essencial para que as pequenas empresas fluminenses possam conquistar um destaque neste mercado.

fertilizantes a partir de compostagem;

micronutrientes para controle de doenças e

adubação;

insumos para uso na pós-colheita;

produtos fitossanitários;

fontes minerais de origem natural,

entre outros.

Fontes: Animadora demanda por insumos para agricultura orgânica, OrganicsNet (2014); Insumos: o que são e classificação, Planeta Orgânico (2015); e Manual de Certificação de Produtos Orgânicos, OrganicsNet (2015).

OS INSUMOS PODEM SER CLASSIFICADOS COMO ORGÂNICOS OU CONVENCIONAIS E DIFERENCIAM-SE EM ALGUNS ASPECTOS:

Entre os principais exemplos de insumos da produção orgânica estão:

INSUMOS ORGÂNICOSINSUMOS CONVENCIONAIS

Os insumos convencionais têm como objetivo priorizar a produtividade das

lavouras e fazem uso intensivo de adubos químicos sintéticos.

Os insumos adequados à agricultura orgânica, por sua vez, visam não

somente à produtividade, como também os cuidados com a terra, o produto final e as substâncias utilizadas. Preocupa-se com todas as dimensões envolvidas no

meio rural, em busca do equilíbrio.

Além de contar com o cadastro nacional de produtores, os empreendedores podem conferir, no portal do Ministério da Agricultura, os organismos de avaliação e de controle social responsáveis pela certificação de insumos.

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Diferenciais: a popularização dos ali-mentos orgânicos pode contribuir para a lucratividade dos produtores. Mos-trar os diferenciais dos produtos e seu valor agregado pode contribuir para o aumento do consumo.

Tecnologia: para viabilizar muitas pes-quisas e aperfeiçoar novas técnicas, são necessários investimentos em tecnologia. Estar atento às iniciativas desenvolvidas nessa área é essencial para manter-se atualizado.

Produção local: a produção e o con-sumo de orgânicos se dão, preferencial-mente, de forma regionalizada – principal-mente se considerarmos que o transporte desses alimentos encarece ainda mais o seu custo. Explorar esse aspecto junto ao público local pode ser uma alternativa.

Acesse o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), do Governo Federal, e conheça as iniciativas ligadas à produção orgânica do país e quais as diretrizes previstas para a área.

Acesso aos insumos orgânicosOPORTUNIDADES

Alguns gargalos – como a logística e os materiais genéticos disponíveis – podem dificultar o cultivo de orgânicos. Porém, os empreendedores contam com um mercado aquecido para os próximos anos, onde o correto acesso aos insumos pode garantir um diferencial competitivo e um maior retorno financeiro.

OPORTUNIDADES PARA POTENCIALIZAR A PRODUÇÃO ORGÂNICA:

Fontes: Chegou a vez dos orgânicos, Namu (2015); e CASTELLO BRANCO, F., VIEIRA, M. S., Busca por alimentação saudável amplia consumo de orgânicos, Puc-Rio (2015).

Fique atento! Os insumos destinados ao controle de pragas na agricultura orgâ-nica, que contam apenas com ingredien-tes permitidos na legislação de orgânicos, recebem do Ministério da Agricultura a denominação “produtos fitossanitários* com uso aprovado para a agricultura orgânica”. Para tanto, os empreende-dores podem conferir as especificações de referência publicadas de produtos fitossanitários com uso aprovado, além de acessar todos os insumos registra-dos no Ministério da Agricultura. Acesse também a IN 46, de 6/10/2011, alterada pela IN 17, de 18/06/2014, que esclarece quais insumos podem ser utilizados na agricultura orgânica.

*Fitossanitários são agrotóxicos que possuem em sua composição produtos permitidos na legislação de orgânicos.

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