RODADAS EMAGIS

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  • 7/28/2019 RODADAS EMAGIS

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    RODADAS EMAGIS

    DiscursivaEstadual - Rodada 01.2010 - Questo 4

    Dentro do tema referente s finalidades da pena, explique as teorias da retribuio e da

    preveno geral e especial. O que vem a ser a teoria da unio? A teoria das margens sofre

    influncia das finalidades de preveno geral e especial? (responda no mximo em 20 linhas)

    DiscursivaEstadual - Rodada 01.2010 - Questo 1

    Um dado Estado da Federao editou um lei, no ano de 2004, estabelecendo que todos osservidores estaduais, sejam efetivos, sejam ocupantes de cargos em comisso (livre nomeao

    e exonerao), deveriam compulsoriamente pagar duas contribuies: a) uma destinada ao

    custeio do regime estadual de previdncia; b) outra para o custeio de servios de assistncia

    mdica, odontolgica, social e farmacutica. Diante de tal panorama, aborde: a) a

    constitucionalidade, ou no, dessa contribuio; b) a natureza da contribuio; c) a possibilidade

    de o legislador estadual dispor uniformemente sobre a vinculao a regime prprio de

    previdncia, no que se refere a servidores efetivos e ocupantes de cargos em comisso; d) otema da constitucionalidade, caso a contribuio para os servios de sade fosse facultativa.

    DiscursivaEstadual - Rodada 01.2010 - Questo 2

    Nos termos do art. 1, pargrafo nico, da Lei 7.347/85, no ser cabvel ao civil pblica

    para veicular pretenses que envolvam tributos. Suponha, ento, que um determinado Estado

    da Federao edite benefcio fiscal (ICMS) em favor de determinadas empresas, e que esse

    benefcio, baseado unicamente em lei local, implique, enfim, a diminuio da arrecadao

    tributria. Diante da situao, e partindo-se da premissa de que o benefcio concedido inconstitucional, o Ministrio Pblico teria legitimidade para ajuizar ao civil pblica para

    question-lo? Fundamentar em no mximo 30 linhas. Deve-se mencionar o posicionamento

    atual do STJ e do STF.

    DiscursivaEstadual - Rodada 02.2010 - Questo 2

    Partindo do pressuposto normativo de que a Constituio Federal atribuiu Unio, aos

    Estados, aos Municpios e ao Distrito Federal competncia administrativa comum em matria de

    proteo ao meio ambiente, como se opera juridicamente a diviso de competncia, para fins de

    licenciamento ambiental, entre o IBAMA e os rgos ou entidades dos demais estes federativos

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    encarregados do exerccio do poder de polcia ambiental no respectivo mbito territorial de

    atuao?

    DiscursivaEstadual - Rodada 02.2010 - Questo 1

    Na tarefa de exercer o controle concentrado de constitucionalidade de ato normativo

    estadual frente Constituio de Estado Membro, possvel ao Tribunal de Justia local utilizar,

    como paradigma de confronto, clusula inserta na Carta Estadual que se revele de carter

    unicamente remissivo em relao a preceito da Constituio Federal, diante da competncia

    outorgada ao Supremo Tribunal Federal pelo art. 102, I, "a", da Carta Magna? Justifique sua

    resposta, enfrentando a questo da parametricidade das normas constitucionais estaduais.

    DiscursivaEstadual - Rodada 02.2010 - Questo 3

    Diferencie ao de direito material de ao de direito processual.DiscursivaEstadual - Rodada 03.2010 - Questo 4

    Confronte o princpio da legalidade com o princpio da juridicidade em, no mximo, quinze

    linhas.

    DiscursivaEstadual - Rodada 03.2010 - Questo 1

    Imagine que o Governador de um dado estado da Federao institua, mediante ato

    infralegal, a cobrana de uma taxa (compulsoriedade) referente matrcula de alunos em

    escolas pblicas estaduais, ensino mdio e fundamental. Sabe-se que, nos termos do art. 3, doCTN, a instituio de tributo depende de lei. Diante de tal situao, analise os seguintes pontos:

    a) h a um tributo?; e, b) poder-se-ia invocar o CTN para o trato da prescrio de uma ao de

    repetio de indbito a envolver essa taxa ou o tema seria regulado pelo Dec. 20.910/32?

    Responda em quinze linhas.

    DiscursivaEstadual - Rodada 04.2010 - Questo 3

    Quais so as facetas ou divises do princpio da proporcionalidade das penas? Na

    definio de Robert Alexy, referido princpio mandado de otimizao ou de definio?

    Responda no mximo em 20 linhas.

    DiscursivaEstadual - Rodada 05.2010 - Questo 3

    Joo ingressou com ao anulatria de negcio jurdico em face de Pedro, no que invocou

    dois fatos para fundamentar o seu pedido. O primeiro dos fatos recebeu a qualificao

    deerro (vcio de vontade, instituto de direito civil), enquanto o segundo fato afirmou-se ser

    umdolo (outro vicio de vontade do direito civil). O pedido foi julgado totalmente improcedente.

    Contra a sentena exarada, Joo protocolizou recurso de apelao, que foi julgado por uma

    Turma composta de trs Desembargadores. No julgamento do recurso, os votos foram assim

    proferidos: o Desembargador A deu provimento apelao, apenas reconhecendo a presena

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    do fato qualificado como erro;o Desembargador B deu provimento apelao, apenas

    reconhecendo a presena do fato apontado como dolo; o Desembargador C negou provimento

    ao recurso. Como deve ser prolatado o resultado final do julgamento dessa apelao? Ela deve

    ser provida ou improvida? Responda em no mximo 15 linhas, abordando os institutos

    pertinentes hiptese.

    DiscursivaEstadual - Rodada 06.2010 - Questo 3

    Sabe-se que o art. 21 do Cdigo Civil, seguindo o que disposto na Constituio (art. 5, X,

    da CF), estabelece que a vida privada da pessoa natural inviolvel e o juiz, a requerimento do

    interessado, adotar as providncias necessrias para impedir ou fazer cessar ato contrrio

    quela norma. Diante disso, analise a seguinte assertiva: intimidade e privacidade so

    exatamente a mesma coisa no nosso ordenamento jurdico, por isso o art. 21 do CC/02 oferece

    proteo a ambas. Tal assertiva integralmente ou parcialmente correta? Resposta em, nomximo, 15 linhas.

    DiscursivaEstadual - Rodada 06.2010 - Questo 1

    Simplrio, servidor pblico de uma certa autarquia federal, ajuizou ao ordinria

    requerendo diferenas salariais relativas ao perodo de vigncia da Lei A. Alegou que, at o

    advento da Lei A (janeiro de 2002), a sua carreira e a respectiva remunerao estavam

    estruturados de tal maneira que o tempo de servio era considerado para fins de enquadramento

    funcional, o que gerava, via de conseqncia, acrscimo remuneratrio. Com o advento de talLei, sua carreira sofreu modificao, desconsiderando o tempo de servio, o que, no seu

    entender, configurou uma inconstitucionalidade. Segundo ponderou, todos os servidores

    (independentemente do tempo de servio) foram postos no mesmo nvel inicial da carreira

    (violao ao princpio da isonomia), que passou a ser composta de apenas trs nveis. Em

    acrscimo, Simplrio, em sua petio inicial, deixou claro que nenhum servidor da carreira

    sofreu perda remuneratria; pelo contrrio, houve aumento mdio de 25% para a categoria.

    Indignada com a situao e aps muita luta em Braslia, sua categoria conseguiu que o Poder

    Executivo Federal editasse outra Lei, agora considerando o tempo de servio e fazendo novo

    escalonamento. Ocorre que a nova Lei B (janeiro de 2004), ao considerar o tempo de servio at

    ento prestado, no fez meno ao perodo de vigncia da Lei A, na qual o tempo de servio

    no foi considerado nem pago. Pergunta-se: o pleito procede? Resposta em 15 linhas, no

    mximo.

    DiscursivaEstadual - Rodada 06.2010 - Questo 4

    Discorra sobre as grandes fases do direito comercial/empresarial at os dias de hoje.

    Resposta em 20 linhas, no mximo.

    DiscursivaEstadual - Rodada 05.2010 - Questo 1

  • 7/28/2019 RODADAS EMAGIS

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    Tendo em vista que o art. 2, I, Lei 7.735/89 conferiu ao IBAMA competncia para exercer o

    poder de polcia ambiental e que o art. 72, VIII, da Lei 9.605/98 previu como uma das sanes

    administrativas ao cometimento de infrao ao meio ambiente a demolio de obra, pergunta-se:

    possui o IBAMA interesse de agir para ingressar com Ao Civil Pblica visando obter tutela

    jurisdicional que determine a demolio de prdio urbano que est sendo construdo em rea de

    Preservao Ambiental sem a devida autorizao? Justifique sua resposta.

    DiscursivaEstadual - Rodada 05.2010 - Questo 1

    Tendo em vista que o art. 2, I, Lei 7.735/89 conferiu ao IBAMA competncia para exercer o

    poder de polcia ambiental e que o art. 72, VIII, da Lei 9.605/98 previu como uma das sanes

    administrativas ao cometimento de infrao ao meio ambiente a demolio de obra, pergunta-se:

    possui o IBAMA interesse de agir para ingressar com Ao Civil Pblica visando obter tutela

    jurisdicional que determine a demolio de prdio urbano que est sendo construdo em rea de

    Preservao Ambiental sem a devida autorizao? Justifique sua resposta.

    DiscursivaEstadual - Rodada 05.2010 - Questo 4

    Um pas estrangeiro solicita do Brasil a extradio de Adolf Winehouse, que naquele pas

    teria cometido o delito de trfico internacional de entorpecentes. Iniciado o processo no Supremo

    Tribunal Federal, a defesa de Adolf articulou que: a) o sujeito que responde o processo no pas

    estrangeiro, por trfico de drogas, uma terceira pessoa, e no o extraditando, pelo que a

    extradio impunha obter indeferimento; b) aplicando-se os marcos interruptivos da prescrio,segundo a legislao do pas estrangeiro, sobre os prazos prescricionais da lei brasileira para o

    delito, deveria ser reconhecida essa espcie de extino da punibilidade na hiptese. Fale, em

    15 linhas, sobre a viabilidade de esses argumentos de defesa serem aceitos, inclusive

    abordando o princpio da revision au fond.

    DiscursivaEstadual - Rodada 04.2010 - Questo 1

    Seria correto afirmar que os princpios da livre iniciativa (art. 1, IV, e art. 170, caput, todos

    da CF) e da livre concorrncia (art. 170, IV, da CF) configuram verdadeira redundncia no texto

    constitucional? Responda em, no mximo, 20 linhas.

    DiscursivaEstadual - Rodada 04.2010 - Questo 4

    No tema pertinente aos recursos do processo penal, qual a diferena entre "no receber",

    "negar seguimento" e "no conhecer"?

    DiscursivaEstadual - Rodada 03.2010 - Questo 2

    Suponha-se que Luca, segurado da Previdncia Social - RGPS, saia de casa num dia

    normal de trabalho e jamais retorne. Seis meses se passam e a famlia no tem qualquer notcia

    do segurado, nem h a presena de qualquer procurador nomeado para cuidar dos interesses

    daquele. A famlia, necessitando receber penso por morte, requereu o benefcio previdencirio,

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    que foi denegado pelo INSS. Diante de tal situao, analise se, antes de se requerer

    judicialmente o pedido de penso por morte em si, a famlia deveria obter previamente

    declarao de ausncia, nos termos do Cdigo Civil (arts. 22 e ss.), por parte do competente

    juzo de sucesses, ou se poderia imediatamente ajuizar ao na justia federal. A resposta

    dever ter, no mximo, 15 linhas e indicar (sem necessidade de transcrio do texto) os

    dispositivos legais aplicveis.

    DiscursivaEstadual - Rodada 06.2010 - Questo 2

    Diferencie receita originria de receita derivada. Enfim, discorra sobre a natureza jurdica

    das "participaes ou compensaes financeiras" devidas aos Estados, Distrito Federal e

    Municpios, bem como aos rgos da administrao direta da Unio, por conta da explorao de

    petrleo ou de gs natural. Resposta em 15 linhas, no mximo.

    DiscursivaEstadual - Rodada 05.2010 - Questo 2No que toca s tcnicas de controle de constitucionalidade dos atos normativos, diferencie

    "a interpretao conforme" da "declarao de nulidade parcial sem reduo de texto

    DiscursivaEstadual - Rodada 04.2010 - Questo 2

    Analise a legitimidade da conduta de uma Seguradora, consistente em rescindir contrato de

    seguro de sade em grupo, pacto este firmado e renovado seguidamente h mais de trinta anos.

    A Seguradora sustenta que, devido ao envelhecimento dos integrantes do grupo, que tem

    gerado um alto ndice de sinistros, no haveria mais interesse de sua parte na continuidade docontrato. Vale salientar que agora mais de 50% do grupo tem mais de 60 anos. Deve-se abordar

    a questo do prazo de validade do contrato nas relaes jurdicas continuativas. Resposta em,

    no mximo, 20 linhas.

    DiscursivaEstadual - Rodada 03.2010 - Questo 3

    No ano de 2005, Hanz sofreu um acidente de carro. Um veculo pertencente Unio e a

    servio do TRF da 1 Regio bateu na traseira do seu automvel, que estava parado num sinal

    vermelho, isso a uma velocidade acima do dobro da permitida numa via da Capital da Repblica.

    Em 2009, Hanz ajuizou uma ao contra Unio, postulando reparao de danos. Pergunta-se: a)

    h prescrio? b) h soluo jurisprudencial pacfica sobre este tema? Resposta em at 15

    linhas. No citar textos de lei, mas apenas indicar o(s) dispositivo(s) legal(is) pertinente(s).

    SentencaFederal - Rodada 04.2010

    Sonego Bulhes e sua me Sivirina Bulhes foram denunciados pelo Ministrio Pblico

    Federal sob a acusao da prtica dos delitos tipificados nos arts. 1, III, da Lei 8.137/90, 1, V e

    VII, da Lei 9.613/98 e 288 do Cdigo Penal.

    Narra a denncia que Sonego, mesmo no figurando no contrato social da Picaretagem S/A

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    como scio-gerente, exercera o comando do empreendimento, ao passo que a corr

    efetivamente exercia, de fato e de direito, atividades ligadas ao gerenciamento do negcio.

    apontado que entre os meses de janeiro de 1999 e dezembro de 2000 a aludida empresa deixou

    de pagar o ICMS, o PIS, a COFINS, a CSLL e o IRPJ, apresentando Secretaria da Receita

    Estadual do Par e Secretaria da Receita Federal do Brasil naquele Estado declaraes onde

    informada uma suposta inatividade da pessoa jurdica e a ausncia de faturamento ou lucro.

    Outrossim, giza-se que o crdito tributrio lanado contra a empresa alcanou R$ 523.457,96

    (ICMS, PAF n. 2005.004432-9), R$ 114.358,44 (PIS, PAF n. 10111.000723/2005-83), R$

    221.359,38 (COFINS, PAF n. 10111.000724/2005-75), R$ 59.878,77 (CSLL, PAF n.

    10111.000725/2005-32) e R$ 383.555,68 (IRPJ, PAF n. 10111.000726/2005-27). Alm disso,

    narra-se que o dinheiro que deveria ter sido utilizado no pagamento desses tributos acabou

    sendo aplicado na abertura de uma nova empresa, chamada Lucro Fcil Ltda., o que teria

    dissimulado a origem ilcita de tais valores. Por fim, dito que os rus, de forma permanente eestvel, associaram-se para a prtica de delitos contra a ordem tributria.

    MinisterioPublico - Rodada 49.2011

    Analisando o sistema brasileiro de defesa da concorrncia, responda s seguintes indagaes:

    a) No que consiste o acordo de lenincia? Ele extensvel a infraes penais que excedam o

    mbito estrito das infraes ordem econmica?

    b) Qual o papel do Ministrio Pblico Federal perante o CADE?

    MinisterioPublico - Rodada 50.2011

    (Questo do 25 concurso do MPF)

    Cinco (05) dias aps a diplomao de determinado candidato Deputado Federal, o Ministrio

    Pblico Eleitoral recebe provas de que elecomprou o voto de 2 eleitores, dando-lhes dinheiro

    mediante expresso pedidode votos aps requerer o registro de sua candidatura e antes da data

    daeleio.

    Responda:a) justifique as razes pelas quais pode ou no ser ajuizadapelo Ministrio PblicoEleitoral cada uma das trs seguintes aes eleitoraisde natureza no criminal: ao de

    investigao judicial eleitoral por abuso depoder econmico, representao por captao ilcita

    de sufrgio e ao deimpugnao de mandato eletivo;b) a referida conduta , em tese, tipificada

    criminalmente? Em caso positivo, considerando que o referido candidato se reelegeu e se

    encontra no exerccio do cargo de Deputado Federal, qual o juzo originariamente competente

    para receber a denncia?

    MinisterioPublico - Rodada 51.2011

  • 7/28/2019 RODADAS EMAGIS

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    MARTA, menor impbere, filha de FERNANDO e ANASTCIA, impetrou mandado de

    segurana, representada por sua me, endereado ao juzo da vara nica da comarca de

    Formiguinha/RS, apontando como autoridade coatora o gerente do INSS da localidade.

    Narrou na exordial que seu pai, havia formulado requerimento de aposentadoria por invalidez

    por ser portador de esclerose mltipla, tendo sido o pleito, ao final indeferido. Quando da

    comunicao do resultado do processo administrativo, o requerente j havia falecido, pelo que

    ANASTCIA veio a solicitar cpias, para instruir pleito judicial de concesso de benefcio

    previdencirio, pedido este indeferido pelo impetrado. Justificou, na pea de ingresso, a

    competncia da justia estadual no art. 109, 3, da Constituio da Repblica, esclarecendo

    que no h subseo judiciria da justia federal na localidade.

    Notificado, o gerente do INSS argiu que a competncia para apreciao do mandamusseria da

    justia federal; explicitou que o processo administrativo continha exames mdicos do falecido,

    que se encontram acobertados por sigilo, que no havia prova pr-constituda da condio decompanheirismo, e que o atendimento ao pleito de ANASTCIA poderia faz-lo incurso nas

    penas do art. 154 do Cdigo Penal.

    Vieram os autos ao MP com vista. Elabore a manifestao cabvel, sem a necessidade de ater-

    se forma de petio.

    MinisterioPublico - Rodada 49.2012

    DEOBALDO foi condenado por peculato a pena de quatro anos e oito meses de recluso,

    sano corporal esta transitada em julgado em 06 de janeiro de 2012.

    Alm da ao penal foram intentadas em seu desfavor medidas cautelares reais, com o

    desiderato de reaver os valores apropriados por DEOBALDO, no logrando xito, pois os

    recursos haviam sido remetidos a contas numeradas nas Bermudas, pas que no possui acordo

    de cooperao penal internacional com o Brasil. A despeito de inmeras tratativas, utilizando-se

    at da via consular, as entidades financeiras daquele pas informaram que a legislao local no

    permitem a cesso de dados a pases que no sejam signatrios de acordo de cooperao

    mtua.

    Recebendo os autos da ao penal com notcia do trnsito em julgado, o MP pugnou pelo incio

    da execuo penal de DEOBALDO. No dia 10 de fevereiro, o juiz da execuo expediu mandado

    de priso em desfavor de DEBALDO, determinando a sua conduo a estabelecimento prisional

    destinado a apenados do regime semi-aberto, cumprido na mesma data.

    No dia 13 de novembro de 2012, DEOBALDO peticiona pleiteando a sua admisso ao regime

    aberto, com a subsequente expedio de alvar de soltura. Instrui seu pedido com cpia

    autentica do mandado de priso preventiva decretada em seu desfavor quando da deflagraoda respectiva operao policial, e da deciso concessiva dehabeascorpus, que determinou a

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    sua soltura dez dias aps a sua captura. Junta ainda atestado de bom comportamento

    carcerrio, emitido pelo diretor do estabelecimento prisional.

    No foi possvel a realizao de exame criminolgico, por ter sido decretada greve dos

    servidores da agncia prisional do Estado.

    Na presente data voc, promotor de justia substituto, recebe os autos para elaborar a

    manifestao que entender cabvel.

    Ciclana Beltrano, menor impbere, devidamente representado por seu genitor, ingressou, em

    05/04/2012, com ao de rito ordinrio perante a 1 Vara Cvel da Comarca de Palmas/TO em

    desfavor do Palmas Futebol Clube.

    Ela alega que no dia 10/06/2011, por volta das 16:00h, no estdio Prefeito Ivanildo Paiva, em

    Palmas/TO, o Sr. Aldo Mendes praticou atos libidinosos diversos de conjuno carnal, mediantegrave ameaa, em seu desfavor, que na poca contava com apenas 13 (treze) anos de idade.

    Menciona que durante a partida de futebol que estava ocorrendo naquele dia e horrio, do

    Palmas Futebol Clube, ora ru, que tinha o mando de campo, foi abordada pelo Sr. Aldo, que a

    forou a se dirigir ao banheiro do estdio, obrigando-a a realizar atos libidinosos. Assevera que o

    seu genitor, verificando sua demora, saiu sua procura, momento em que a encontrou

    juntamente com o Sr. Aldo, no banheiro do estdio. Aduz que ao ser surpreendido por seu pai, o

    Sr. Aldo evadiu-se do local, fugindo em meio aos torcedores, mas foi preso pelos seguranas doestdio no momento em que ingressava em seu veculo. Informa que tais fatos culminaram na

    condenao irrecorrvel de Aldo pena de 06 (seis) anos de recluso, em face do disposto nos

    artigos 214, c/c art. 224, alnea 'a', do Cdigo Penal. Menciona que o requerido no

    proporcionou segurana adequada no dia do evento, o que poderia ter evitado o infortnio.

    Alega que os banheiros do estdio estavam interditados, mas era possvel a entrada, razo pela

    qual o Sr. Aldo a forou a ingressar no local, onde no havia segurana nem circulao de

    pessoas. Menciona que o ocorrido lhe causou enorme sofrimento, assim como sua famlia, que

    restou profundamente abalada e envergonhada.

    Pede, ao final, a condenao do requerido ao pagamento do montante de R$ 50.000.000,00

    (cinquenta milhes de reais), pelos danos morais causados, bem como a condenao solidria

    ou subsidiria dos dirigentes do ru.

    Devidamente citado, o requerido apresentou contestao, em que sustenta, em suma, que o fato

    ocorreu por culpa exclusiva da vtima, j que, na ocasio, ela usava roupas curtas, inapropriadas

    para a sua idade, que atiaram o desejo sexual incontrolvel de Aldo. Menciona que o banheiro

    onde ocorreram os fatos narrados na pea de ingresso estava lacrado, sendo que o Sr. Aldo

    levou a autora para o local para satisfazer suas vontades sexuais. Aduz que o genitor da

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    demandante negligenciou no dever de vigilncia. Alegou, tambm, que a segurana no local era

    suficiente, tanto que os vigilantes conseguiram prender Aldo no momento em que ele ingressava

    em seu veculo. Por fim, sustenta que a culpa exclusiva da vtima causa excludente do dever

    de indenizar, motivo pelo qual pede a improcedncia do pedido autoral.

    A parte autora se manifestou em rplica, ocasio em que reforou os pedidos formulados na

    pea de ingresso.

    Na fase de especificao de provas, as partes no se manifestaram.

    Em seguida, os autos foram enviados ao Ministrio Pblico.

    Elabore, na condio de promotor de justia, a pea processual pertinente.