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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Rodrigo Budke Rodrigues ANÁLISE COMPARATIVA DO DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE AÇO NO ESTADO ELÁSTICO E PLÁSTICO Santa Maria, RS 2018

Rodrigo Budke Rodrigues - UFSMcoral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2017/TCC_RODRIGO... · 2018. 4. 23. · Rodrigo Budke Rodrigues ANÁLISE COMPARATIVA DO DIMENSIONAMENTO DE VIGAS

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

    CENTRO DE TECNOLOGIA

    CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

    Rodrigo Budke Rodrigues

    ANÁLISE COMPARATIVA DO DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE AÇO NO ESTADO ELÁSTICO E PLÁSTICO

    Santa Maria, RS

    2018

  • Rodrigo Budke Rodrigues

    ANÁLISE COMPARATIVA DO DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE AÇO NO ESTADO ELÁSTICO E PLÁSTICO

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Maria, como parte dos requisitos para a conclusão da graduação em Engenharia Civil.

    Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio Silva Pinheiro

    Santa Maria, RS

    2018

  • Rodrigo Budke Rodrigues

    ANÁLISE COMPARATIVA DO DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE AÇO NO ESTADO ELÁSTICO E PLÁSTICO

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Maria, como parte dos requisitos para a conclusão da graduação em Engenharia Civil.

    Aprovado em _____/_____/_____:

    _______________________________________ Marco Antônio Silva Pinheiro, Dr. (UFSM)

    (Presidente/Orientador)

    _______________________________________ João Kaminski Junior, Dr. (UFSM)

    _______________________________________ Almir Barros da Silva Santos Neto, Dr. (UFSM)

    Santa Maria, RS 2018

  • DEDICATÓRIA

    Dedico este trabalho aos meus pais, José Simão Prates Rodrigues e Selia Maria

    Budke Rodrigues, que são os pilares desta minha trajetória acadêmica, me deram

    todo o apoio necessário para que eu pudesse chegar até aqui.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeço a toda a minha família, principalmente aos meus pais por todos os

    ensinamentos concedidos a mim e por todo o companheirismo e ajuda que me foi

    provida neste período de graduação.

    Ao meu orientador, professor Marco Antônio Silva Pinheiro, pelo interesse, e pela

    disposição em ajudar a realizar este trabalho, e por ser uma grande pessoa,

    desempenhando o seu papel como professor da melhor maneira possível.

    Aos grandes amigos que fiz durante a graduação, principalmente aos amigos

    considerados irmãos: Andrey Lima Goulart, Airton Alonço Junior e André Mello

    Azevedo, que sempre estiveram ao meu lado.

    Aos professores do curso de Engenharia Civil, por todos os ensinamentos que me

    foram passados.

    À instituição Universidade Federal de Santa Maria, pela oportunidade de adquirir

    conhecimento e crescimento pessoal.

    À cidade de Santa Maria por me acolher tão bem durante todo o período acadêmico.

  • RESUMO

    ANÁLISE COMPARATIVA DO DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE AÇO NO ESTADO ELÁSTICO E PLÁSTICO

    AUTOR: Rodrigo Budke Rodrigues ORIENTADOR: Marco Antônio Silva Pinheiro

    Nos estudos de resistência dos materiais aprendem-se algumas propriedades

    mecânicas dos materiais importantes. Um destes materiais é o aço que apresenta

    diferentes estados quando submetido a uma força axial. Pelo diagrama tensão x

    deformação do aço, verifica-se que o mesmo possui diferentes fases, tais como:

    Elástico, Escoamento e a fase de Encruamento. O estado de Escoamento e

    Encruamento correspondem ao comportamento Plástico do material. Estudam-se os

    diferentes comportamentos do aço, bem como suas propriedades físicas e suas

    formas de dimensionamento. Com base em estudos de dimensionamento verificou-

    se que é possível dimensionar estruturas de aço considerando os seus diferentes

    comportamentos, Elástico e Plástico. Neste trabalho diversas situações de uma viga

    hiperestática serão dimensionadas pelos dois métodos. Assim estes

    dimensionamentos serão analisados com o objetivo de verificar qual método de

    dimensionamento é o mais seguro e qual é o mais econômico. O modelo de viga e

    carregamento foram extraídos da literatura, e, a partir deste modelo para a devida

    análise de dimensionamento, foram avaliadas situações com diferentes valores de

    carregamento, bem como o tipo de carregamento, em distribuído uniformemente,

    carregamento concentrado, e também o número de vãos da viga. Resultados

    obtidos nesta análise mostraram que para vigas com carregamento distribuído e

    vigas com diferentes números de vãos, em seu dimensionamento elástico

    resultaram em perfis mais pesados de aço, ou seja, mais desfavoráveis à economia,

    comparando com o seu dimensionamento plástico. Já em vigas com carga

    concentrada no meio do vão, obteve-se pouca diferença no tipo de perfil

    independente do dimensionamento.

    Palavras-chave: Dimensionamento, Vigas de aço, Elástico, Plástico.

  • ABSTRACT

    COMPARATIVE ANALYSIS OF THE DESIGN OF STEEL BEAMS IN THE ELASTIC AND PLASTIC STATE

    AUTHOR: Rodrigo Budke Rodrigues ADVISOR: Marco Antônio Silva Pinheiro

    In materials resistance studies some mechanical properties of important materials

    are learned. One of these materials is the steel, that presents different states when

    submitted to an axial force. From the strain x deformation diagram of the steel, it is

    verified that it has different phases, such as: Elastic, Yield and the Hardening phase.

    The yield sate and hardening state correspond to the plastic behavior of the material.

    The different behaviors of steel are studied, as well as their physical properties and

    their forms of design. Based on design studies, it was found that it is possible to

    design steel structures considering their different behaviors Elastic and Plastic. In this

    work, several situations of a hyperstatic beam will be dimensioned by the two

    methods. So these design will be analyzed in order to verify which method of design

    is the safest and which is the most economical. The beam and load model were

    extracted from the literature and, from this model for the proper design analysis,

    situations with different loading values were evaluated, as well as the loading type, in

    uniformly distributed, concentrated loading, and also the number of spans in the

    beam. Results obtained in this analysis showed that for beams with distributed load

    and beams with different numbers of spans, in their elastic design, it resulted in more

    robust steel profiles, that is, more favorable to safety and unfavorable to saving of

    material, comparing with the design plastic. On the other side, in beams with load

    concentrated in the middle of the span, little difference was obtained in the type of

    profile independent of the design.

    Key words: Design, Steel beams, Elastic, Plastic.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Diagramas tensão x deformação do aço estrutural. ................................... 17

    Figura 2. Notações utilizadas para efeito de flambagem local sobre a resistência à

    flexão de vigas I ou H com um ou dois eixos de simetria (a) perfil laminado (b) perfil

    soldado. ..................................................................................................................... 20

    Figura 3. Deslocamentos máximos. .......................................................................... 23

    Figura 4. Solicitações de uma viga contínua sujeita a uma carga uniformemente

    distribuída: (a) esquema da viga; (b) diagrama de momentos fletores, para

    carregamento em fase elástica; (c) diagrama de momentos fletores para

    carregamento em fase plástica. ................................................................................ 25

    Figura 5. Viga situação 1: Esquema da viga. ............................................................ 28

    Figura 6. Viga situação 1: Diagrama de esforço cortante. ......................................... 29

    Figura 7. Viga situação 1: Diagrama de momento fletor. .......................................... 29

    Figura 8. Flecha em milímetros da viga situação 1. .................................................. 31

    Figura 9. Viga situação 2: Esquema da viga. ............................................................ 33

    Figura 10. Viga situação 2: Diagrama de esforço cortante. ....................................... 34

    Figura 11. Viga situação 2: Diagrama de momento fletor. ........................................ 34

    Figura 12. Flecha em milímetros da viga situação 2. ................................................ 36

    Figura 13. Viga situação 3: Esquema da viga ........................................................... 38

    Figura 14. Viga situação 3: Diagrama de esforço cortante. ....................................... 39

    Figura 15. Viga situação 3: Diagrama de momento fletor. ........................................ 39

    Figura 16. Flecha em milímetros da viga situação 3. ................................................ 41

    Figura 17. Viga situação 4: Esquema da viga. .......................................................... 43

    Figura 18. Viga situação 4: Diagrama de esforço cortante. ....................................... 44

    Figura 19. Viga situação 4: Diagrama de momento fletor. ........................................ 44

    Figura 20. Flecha em milímetros da viga situação 4. ................................................ 46

    Figura 21. Viga situação 5: Esquema da viga. .......................................................... 48

    Figura 22. Viga situação 5: Diagrama de esforço cortante. ....................................... 49

    Figura 23. Viga situação 5: Diagrama de momento fletor. ........................................ 49

    Figura 24. Flecha em milímetros da viga situação 5. ................................................ 51

    Figura 25. Viga situação 6: Esquema da viga. .......................................................... 53

    Figura 26. Viga situação 6: Diagrama de esforço cortante. ....................................... 54

    Figura 27. Viga situação 6: Diagrama de momento fletor. ........................................ 54

  • Figura 28. Flecha em milímetros da viga situação 6. ................................................ 56

    Figura 29. Viga situação 7: Esquema da viga. .......................................................... 58

    Figura 30. Viga situação 7: Diagrama de esforço cortante. ....................................... 59

    Figura 31. Viga situação 7: Diagrama de momento fletor. ........................................ 59

    Figura 32. Flecha em milímetros da viga situação 7. ................................................ 61

    Figura 33. Viga modelo para cálculo da oitava situação de dimensionamento. ........ 63

    Figura 34. Fórmula principal. ..................................................................................... 64

    Figura 35. Estado B0. ................................................................................................ 64

    Figura 36. Diagrama de momento fletor do estado B0. ............................................. 65

    Figura 37. Estado A1 ................................................................................................. 65

    Figura 38. Diagrama de momento fletor do estado A1. ............................................. 65

    Figura 39. Estado A2. ................................................................................................ 66

    Figura 40. Diagrama de momento fletor do estado A2. ............................................. 66

    Figura 41. Cálculo dos momentos fletores no estado elástico. ................................. 69

    Figura 42. Diagrama de momento fletor do estado elástico. ..................................... 69

    Figura 43. Diagrama momento fletor no estado plástico. .......................................... 71

    Figura 44. Viga situação 8: Esquema da viga. .......................................................... 72

    Figura 45. Viga situação 8: Diagrama de esforço cortante. ....................................... 72

    Figura 46. Viga situação 8: Diagrama de momento fletor. ........................................ 73

    Figura 47. Flecha em milímetros da viga situação 8. ................................................ 75

    Figura 48. Figura ilustrativa da planilha de cálculo em excel utilizado na verificação

    das relações. ............................................................................................................. 77

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Constantes físicas dos aços (faixa normal de temperaturas atmosféricas).

    .................................................................................................................................. 16

    Tabela 2. Valores limites da relação largura-espessura de seções I ou H, com um ou

    dois eixos de simetria, fletidas no plano da alma. ..................................................... 19

    Tabela 3. Perfis adotados em cada dimensionamento. ............................................. 77

  • SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................12

    1.1. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................13

    1.2. OBJETIVOS .............................................................................................................13

    1.2.1. Objetivo geral .....................................................................................................13

    1.3. ESTRUTURA DO TEXTO ......................................................................................14

    2. REVISÃO TEÓRICA ...................................................................................................15

    2.1. PROPRIEDADES E COMPORTAMENTO DO AÇO .............................................15

    2.3. ANÁLISE ESTRUTURAL NO REGIME PLÁSTICO ..............................................24

    3. METODOLOGIA ..........................................................................................................28

    3.1. PRIMEIRA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO ............28

    3.1.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 1 ..........................29

    3.1.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 1 ..........................32

    3.2. SEGUNDA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO ...........33

    3.2.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 2 ..........................34

    3.2.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 2 ..........................37

    3.3. TERCEIRA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO ...........38

    3.3.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 3 ..........................39

    3.3.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 3 ..........................42

    3.4. QUARTA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO ...............43

    3.4.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 4 ..........................44

    3.4.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 4 ..........................47

    3.5. QUINTA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO ................48

    3.5.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 5 ..........................49

    3.5.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 5 ..........................52

    3.6. SEXTA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO ..................52

    3.6.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 6 ..........................54

  • 3.6.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 6 ..........................57

    3.7. SÉTIMA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO ................58

    3.7.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 7 ..........................59

    3.7.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 7 ..........................62

    3.8. DIMENSIONAMENTO DA VIGA COM CARGA CONCENTRADA .....................63

    3.9. OITAVA SITUÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO ...................71

    3.9.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 8 ..........................73

    3.9.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 8 ..........................75

    4. RESULTADOS ............................................................................................................76

    5. CONCLUSÃO ..............................................................................................................79

    REFERÊNCIAS ......................................................................................................................80

    ANEXO A- TABELA DE KURT BEYER ..............................................................................81

    ANEXO B- PERFIL SOLDADO E TABELAS DOS PERFIS SOLDADOS CVS ...........82

  • 12

    1. INTRODUÇÃO

    O aço, além de ser um material totalmente reciclável, possui características

    importantes, tais como, alta resistência e durabilidade, peso relativamente leve, boa

    ductilidade e maior velocidade de fabricação e montagem.

    Uma das principais propriedades do aço é a ductilidade, ou seja, a

    capacidade de resistir a grandes deformações antes que ocorra a ruptura. Essa

    característica permite a redistribuição dos esforços após alguns membros estruturais

    terem atingido sua resistência última.

    Neste trabalho, o comportamento de uma estrutura de aço será estudado em

    termos de deformações e esforços, para duas situações de dimensionamento, nos

    regimes elástico e inelástico.

    Usualmente, uma estrutura em aço é dimensionada no regime de

    comportamento elástico linear. Mas é possível dimensionar uma estrutura de aço no

    regime plástico, dito também como regime inelástico. Conforme GONÇALVES

    (2013), “esse dimensionamento é feito com base nas respostas obtidas na análise

    estrutural, na qual são determinados os esforços internos, deslocamentos, tensões e

    deformações da estrutura em determinadas condições de contorno e carregamento.

    Para prever o comportamento da estrutura de maneira precisa, é necessária uma

    boa interação entre as etapas de análise e projeto. Nesse campo, destaca-se a

    análise avançada, que pode ser definida como um método capaz de avaliar

    simultaneamente a resistência e a estabilidade da estrutura”. Dentre os diversos

    métodos capazes de realizar a análise avançada, será estudado aqui o método da

    rótula plástica e o que este método implica no dimensionamento de uma estrutura de

    aço.

    Com base nos argumentos citados, será dimensionado neste trabalho uma

    série de vigas, com perfis formados em aço, em diferentes situações de

    carregamento, distância entre os vãos e número de vãos, considerando a análise

    linear e análise avançada, ou seja, serão estudados os regimes elástico e plástico

    também dito inelástico, e dimensionado assim as diferentes situações da viga

    através dos dois estados linear e de escoamento.

  • 13

    1.1. JUSTIFICATIVA

    Em grande parte dos casos o fator econômico é decisivo na definição do

    sistema estrutural. Em razão disso, busca-se diminuição de custos de projeto e

    construtivos.

    Além disso, este estudo foi feito pelo interesse pessoal em agregar

    conhecimento no dimensionamento de estruturas de aço.

    1.2. OBJETIVOS

    1.2.1. Objetivo geral

    Esta pesquisa tem como objetivo analisar os estados elástico e inelástico de

    vigas hiperestáticas em aço, e com isso verificar qual a melhor opção no

    dimensionamento, tanto em termos de segurança estrutural quanto análise

    econômica de material.

    1.2.2. Objetivos específicos

    Serão estudadas as deformações nos regimes elástico e inelástico, assim

    como a redistribuição de esforços.

    É um objetivo específico deste trabalho estudar o aço como elemento

    estrutural e os seus diferentes estados de deformação, como auxílio dimensionando

    uma série de situações de uma viga hiperestática nos dois estados.

    Após o dimensionamento das vigas, tem-se também como objetivo específico

    do presente trabalho verificar assim se há evolução no processo de

    dimensionamento de estruturas de aço, utilizando como fator chave o regime

    plástico.

  • 14

    1.3. ESTRUTURA DO TEXTO

    Capítulo 1- Introdução

    No primeiro capítulo, apresentam-se de forma geral o assunto a ser tratado,

    bem como os objetivos gerais e específicos que levaram a elaboração deste

    trabalho. É também apresentada a estrutura do texto mostrando a organização dos

    seus capítulos.

    Capítulo 2- Revisão Teórica

    No segundo capítulo, estão abordados conceitos e definições dos assuntos

    relativos ao tema deste trabalho mediante consulta a literatura disponível, sobre

    propriedades do aço, regime plástico e elástico e dimensionamento de estruturas de

    aço.

    Capítulo 3- Metodologia

    No terceiro capítulo, apresentam-se os cálculos para dimensionamento no

    estado elástico e plástico.

    Capítulo 4- Resultados

    No quarto capítulo, são apresentados todos os resultados obtidos nos

    cálculos de dimensionamento.

    Capítulo 5- Conclusão

    No quinto capítulo, encontra-se as conclusões extraídas a partir dos

    resultados obtidos.

  • 15

    2. REVISÃO TEÓRICA

    Os engenheiros de estruturas buscam sempre o melhor sistema estrutural,

    juntamente com o melhor dimensionamento, visando ter maior segurança estrutural

    e maior economia. Segundo ALBUQUERQUE, (1998, p.2), “a escolha do sistema

    estrutural de um edifício, em geral, é influenciada por imposições arquitetônicas, por

    rotinas construtivas ou ainda pela infraestrutura da região”. Cabe ao engenheiro

    definir o sistema estrutural mais adequado, dependendo de cada situação.

    Atualmente o material mais utilizado no Brasil nos sistemas estruturais é o

    concreto. Mas existem vários estudos, tanto economicamente quanto de segurança,

    que viabilizam a utilização do aço como elemento estrutural. Sendo assim, vê-se que

    um grande número de edifícios com o sistema estrutural formado em aço vem sendo

    construído em nosso país.

    Com o crescente uso do aço em construções civis e o crescente estudo de

    análises de dimensionamento, é importante ver a seguir as formas de

    dimensionamento do aço e o que cada tipo de dimensionamento implica.

    Segundo Pfeil (2009), o sistema estrutural em aço possui duas formas de

    dimensionamento: a primeira utilizando uma análise do estado elástico do material;

    já a segunda é conhecida como método da Rótula Plástica, onde o

    dimensionamento da estrutura é feito através de uma análise do estado inelástico do

    aço.

    2.1. PROPRIEDADES E COMPORTAMENTO DO AÇO

    Quando utilizadas, as estruturas metálicas possuem algumas vantagens

    comparada aos outros sistemas estruturais, tais como: vãos livres maiores (pelo fato

    do aço possuir uma maior resistência e rigidez), alívio nas fundações (onde as

    estruturas de aço são consideradas mais leves), maior organização no canteiro de

    obras e facilidade no controle de materiais.

    O processo de montagem da estrutura é mais rápido diminuindo assim o

    prazo de execução, e, se necessário a desmontagem também acaba sendo um

    processo mais rápido e fácil.

    Outra característica que o aço possui é de ser um material totalmente

    compatível com outros sistemas construtivos além de ser 100% reciclável.

  • 16

    Mas como todo material possui certas desvantagens, e com o aço não é

    diferente, este material possui uma maior dificuldade de transporte assim como

    maior custo, e precisa ser tratado antes de sua utilização para evitar a oxidação e,

    consequentemente, a corrosão.

    Para utilização do aço precisa-se de mão de obra especializada tanto para a

    fabricação quanto para a montagem da estrutura e pode ocorrer falta de certos perfis

    junto ao mercado fornecedor.

    Uma das desvantagens mais importantes é que o aço possui certa

    sensibilidade ao calor em caso de incêndio, pois o aço quando submetido a altas

    temperaturas perde resistência ao escoamento e ruptura.

    Na faixa de temperatura normal atmosférica o aço possui as seguintes

    características físicas mostradas na Tabela 1.

    Tabela 1. Constantes físicas dos aços (faixa normal de temperaturas atmosféricas).

    Fonte: Pfeil (2009).

    Segundo a especificação NBR7007- Aços para perfis laminados para uso

    estrutural da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), os aços

    podem ser enquadrados nas seguintes categorias, designados a partir do

    limite de escoamento do aço :

    MR250, aço de média resistência ;

    AR350, aço de alta resistência ;

    AR-COR415, aço de alta resistência ,

    resistente a corrosão;

    O aço MR250 corresponde ao aço ASTM A36. (PFEIL E PFEIL, 2009, p.

    11).

    Este material pode se tornar frágil quando exposto a baixas temperaturas e

    possui a capacidade de absorver energia mecânica em regime elástico também

    conhecido como módulo de resiliência. Outra característica do aço é a dureza, trata-

  • 17

    se de um material de alta resistência à penetração de materiais, também possui alta

    resistência à fadiga e alta resistência à ruptura.

    Para representar o comportamento de um determinado material sob efeito

    de forças de tração ou compressão usa-se o diagrama tensão-deformação.

    No caso do aço estrutural, esse diagrama, apresenta três fases distintas

    conforme ilustra a Figura 1. Na fase elástica, o material obedece a uma

    relação linear entre tensões e deformações. Na fase de escoamento esse

    material sofre deformações sem qualquer acréscimo de tensão. A tensão

    que causa o escoamento é chamada tensão de escoamento e será

    denotada por fy. A deformação correspondente ao início do escoamento

    será denotada por εy. Quando o escoamento termina, o material continua a

    resistir a um aumento de tensão. O crescimento da curva até atingir o limite

    de resistência caracteriza o endurecimento por deformação ou fase de

    encruamento. (GONÇALVES, 2013, p. 8).

    Figura 1. Diagramas tensão x deformação do aço estrutural.

    Fonte: Gonçalves (2013).

    Dessa maneira, torna-se necessário que essas propriedades do aço sejam

    todas consideradas. A análise que leva em consideração a possibilidade do material

    se deformar além do regime elástico é dita inelástica ou plástica. Esse tipo de

    análise, associado com formulações que avaliam os efeitos de segunda ordem,

    fornece uma melhor representação do comportamento estrutural, resultando numa

    previsão mais precisa dos possíveis modos de colapso. A comparação entre estes

    métodos é discutida mais à frente neste trabalho, tendo em vista o objetivo de

  • 18

    avaliar qual método é o mais seguro e mais econômico, em termos de material, no

    dimensionamento da estrutura.

    2.2. ANÁLISE ESTRUTURAL EM REGIME ELÁSTICO

    As barras fletidas são caracterizadas pela ação de forças transversais em

    relação ao seu eixo longitudinal, que estão dispostas a ter momento fletor e esforço

    cortante.

    Os perfis de aço mais utilizados quando há flexão simples são aqueles com

    maior inércia no plano da flexão, no caso de vigas, o perfil em forma de I é o mais

    utilizado.

    Para a determinação da resistência dos perfis são levados em conta uma

    série de fatores e efeitos que podem ocorrer.

    Além da resistência ao momento fletor e ao esforço cortante, a barra deve

    resistir a outros efeitos, pois a resistência a flexão pode ser afetada também

    pela flambagem local da mesa (FLM), pela flambagem local da alma (FLA) e

    pela flambagem lateral com torção (FLT). Todos esses efeitos devem ser

    verificados no dimensionamento da viga, no estado limite último (ELU),

    sendo verificadas também as deformações máximas e vibrações excessivas

    no estado limite de serviço (ELS). (Notas de aula, Kaminski, p.148).

    No ELU deve-se também ser calculada a resistência de projeto, tanto ao

    momento fletor , quanto ao esforço cortante , e em seguida verifica-las,

    pois devem ser maiores do que as suas correspondentes solicitações de projeto nas

    seções críticas e .

    Segundo a NBR8800:2008 a resistência de projeto para os estados

    limites de flambagem local da mesa (FLM) e flambagem local da alma (FLA), para

    perfis estáveis lateralmente e de alma não esbelta, é dada pela seguinte fórmula:

    Na qual:

    é a resistência nominal;

    para combinações normais de ações;

  • 19

    Na Figura 2 encontram-se as expressões para o cálculo da relação largura-

    espessura das chapas componentes do perfil, juntamente com as notações

    utilizadas para cada tipo de perfil.

    Através do cálculo da relação largura-espessura, pode-se classificar a seção

    em três classes, conforme o seu índice de esbeltez:

    Seção compacta:

    Seção semicompacta:

    Seção esbelta:

    A Tabela 2 mostra os valores limites para identificar qual classe a seção

    pertence, já a Figura 2 exibe as notações utilizadas para efeito de flambagem local

    sobre a resistência à flexão de vigas I ou H com um ou dois eixos de simetria.

    Tabela 2. Valores limites da relação largura-espessura de seções I ou H, com um ou

    dois eixos de simetria, fletidas no plano da alma.

    Fonte: Pfeil (2009).

  • 20

    Figura 2. Notações utilizadas para efeito de flambagem local sobre a resistência à

    flexão de vigas I ou H com um ou dois eixos de simetria (a) perfil laminado (b) perfil

    soldado.

    Fonte: Pfeil (2009).

    Em seções compactas é igual ao momento plástico , que nada mais é

    do que o momento de plastificação total da seção:

    Na qual:

    é o módulo de resistência plástico da seção em torno do eixo de flexão

    é a tensão de escoamento

    Na situação limite entre seções semicompactas e seções esbeltas, isto é,

    para , o momento resistente nominal é denominado , o qual é igual ao

    momento de escoamento considerando-se a presença de tensões residuais . Para

    perfis I ou H, com um ou dois eixos de simetria, é dado pelas seguintes

    expressões:

    Flambagem local da mesa (FLM)

    ( )

    Na qual:

    é a tensão residual de compressão nas mesas, tomada igual a ;

    e são os módulos elásticos da seção, em torno do eixo de flexão,

    referidos às fibras mais comprimidas e mais tracionadas, respectivamente;

  • 21

    Flambagem local da alma (FLA)

    Na qual:

    é o menor módulo resistente elástico da seção, em torno do eixo de flexão;

    Nas seções semicompactas, o momento resistente nominal deve ser

    interpolado linearmente entre valores limites e :

    Para seções esbeltas ( e outros tipos de seção, consultar os Anexos

    G e H da NRB8800:2008.

    As lajes acabam contendo lateralmente a maioria das vigas, ou seja, para

    vigas contida lateralmente pela laje ou algum outro dispositivo de contenção lateral

    contínua não é necessária a verificação da flambagem lateral com torção (FLT). A

    NBR 8800:2008 limita o espaçamento entre pontos de contenção lateral, e para uma

    viga ser considerada contida lateralmente, devem ser respeitadas as suas

    indicações.

    No estado limite último são verificadas também a resistência aos efeitos

    cortante, calculando-se a resistência de projeto ao esforço cortante , que deve

    ser maior ou igual as suas solicitações , para que a viga seja considerada uma

    viga estável.

    Na qual:

    é a resistência nominal de esforço cortante;

    para combinações normais de ações;

  • 22

    A resistência nominal ao esforço cortante de almas de todas as seções

    com dois eixos de simetria, um eixo de simetria e seções U é função da esbeltez da

    alma ⁄ do perfil.

    No caso da flambagem local, a alma é um elemento AA (apoiado-apoiado)

    solicitado por tensões de cisalhamento. Então, semelhante a outras situações de

    flambagem local, pode ser definida uma curva de resistência (esforço cortante

    resistente x esbeltez da alma) que apresenta um trecho de plastificação .

    Dessa forma, a resistência nominal ao esforço cortante é definida como segue:

    Para (Esforço cortante de plastificação

    da alma por cisalhamento).

    Para (

    )

    Para (

    )

    Na qual:

    ;

    ;

    ;

    para

    ou

    *

    ⁄+

    e em vigas sem enrijecedores;

    ⁄ para todos os outros casos.

    Em que:

    é a distância entre as linhas de centro de dois enrijecedores transversais

    adjacentes;

    é a altura da alma, igual à distância entre as faces internas das abas para

    os perfis soldados e igual a esse valor menos os dois raios de concordância entre a

    aba e a alma para os perfis laminados;

    é a espessura da(s) alma(s).

  • 23

    Para a verificação do estado limite de serviço (ELS) deve-se verificar as

    condições usuais de deslocamento máximo das vigas de edifícios que são

    expressas por:

    Na qual:

    representa os valores dos deslocamentos obtidos com base nas

    combinações de serviço de ações;

    representa os valores limites adotados, fornecidos na Figura 3.

    Figura 3. Deslocamentos máximos.

    Fonte: NBR8800:2008

  • 24

    2.3. ANÁLISE ESTRUTURAL NO REGIME PLÁSTICO

    Recorda-se que neste trabalho busca-se encontrar o melhor método de

    dimensionamento de estruturas de aço, e para que isso ocorra devemos destacar os

    métodos de análise avançada, verificando assim os grandes deslocamentos que a

    estrutura possa sofrer e os efeitos da plastificação da seção.

    O momento correspondente ao início da plastificação não representa,

    entretanto, a capacidade máxima da seção. Para valores de superiores a

    , as fibras interiores da seção entram também em escoamento até se

    atingir a plastificação generalizada da seção. (PFEIL E PFEIL, 2000, p.

    253).

    Atingindo o momento resistente plástico , a seção continua a se

    deformar, sem induzir aumento do momento resistente. A condição de rotação

    crescente, com um aumento resistente constante, é denominada rótula plástica.

    A formação de rótulas plásticas depende da ductilidade do material e da

    resistência a flambagem.

    Os aços com limite de escoamento até 400 MPa costumam apresentar um

    patamar de escoamento com extensão suficiente para formação da rótula plástica.

    Para formação da rótula plástica, a resistência a flambagem deve ser

    garantida por meio de contenção lateral (travamento).

    A carga de colapso da estrutura é determinada com a majoração das

    cargas. Assim como na determinação da carga de projeto, que é calculada no

    Estado Limite Último, segundo as combinações últimas normais.

    ∑ ∑

    Já o limite de resistência é dado pela divisão do momento plástico pelo

    fator de redução .

  • 25

    A diferença do estudo para estruturas isostáticas é que, quando uma estrutura

    isostática está sujeita a carregamentos crescentes, forma-se em uma determinada

    seção da estrutura uma rótula plástica, e assim transformando a estrutura em um

    mecanismo que equivale ao colapso da mesma. Já em estruturas hiperestáticas,

    quando a rótula plástica é formada devido aos carregamentos crescentes e atingindo

    assim o momento , a estrutura não entra em colapso, porém acaba perdendo um

    grau de hiperestaticidade.

    Para o estudo deste trabalho foi seguido o exemplo 11.3.1 do livro Estruturas

    de Aço: Dimensionamento prático de acordo com as normas da NBR8800:2008, dos

    autores Pfeil e Pfeil (2009), p. 302, que determina os momentos fletores no estado

    elástico e plástico, causados por uma carga distribuída uniforme, em uma viga

    simplesmente apoiada com três vãos.

    Na figura 4, mostrada a seguir, temos a viga que foi utilizada como modelo

    para os cálculos e análises de dimensionamento deste trabalho, juntamente com os

    diagramas de momento fletor da fase elástica e também da fase plástica. O

    diagrama de momento fletor na fase plástica, foi calculado através do Método

    Estático.

    O método estático, baseado no Teorema do limite inferior da carga de ruptura, adota a seguinte sequência: a) Escolhe-se um conjunto de momentos hiperestáticos nos nós. b) Determinam-se os momentos totais (hiperestáticos + isostáticos). c) Igualam-se momentos máximos aos momentos resistentes plásticos (MP)' em um número de seções (rótulas plásticas) suficiente para formar uma cadeia cinemática. d) Determina-se a carga com outros conjuntos de momentos da alínea (c). e) Repetem-se os cálculos com outros conjuntos de momentos hiperestáticos, chegando-se a outros valores da carga de ruptura. f) O maior valor da carga de ruptura, determinado na alínea (e), é menor ou igual à carga de ruptura real da estrutura. (PFEIL E PFEIL, 2009, p. 302)

    Figura 4. Solicitações de uma viga contínua sujeita a uma carga uniformemente

    distribuída: (a) esquema da viga; (b) diagrama de momentos fletores, para

    carregamento em fase elástica; (c) diagrama de momentos fletores para

    carregamento em fase plástica.

  • 26

    Fonte: Pfeil (2009).

    Para o diagrama de momentos na fase elástica tem-se e como

    momentos máximos, e os mesmo valem:

    O cálculo do diagrama plástico, determinado pelo método estático,

    considerou-se um ponto x em relação ao primeiro apoio e assim foi determinado o

    momento positivo, que é dado pela seguinte expressão.

  • 27

    Para achar o ponto de momento máximo, faz-se

    , obtendo:

    (

    )

    (

    )

    (

    )

    Com a formação de uma rótula plástica no ponto , considera-se .

    Tem-se:

    Resolvendo a equação de segundo grau, tem-se:

    Substituindo o valor acima na expressão de , encontramos:

  • 28

    3. METODOLOGIA

    3.1. PRIMEIRA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO

    Na primeira situação de dimensionamento da viga modelo, foi considerado um

    carregamento uniforme, ou seja, uma carga de projeto de , e uma

    distância de entre os apoios, mostrados no esquema da viga da Figura 5.

    Ambos os dados foram retirados do problema 11.4.1 do livro Estruturas de Aço:

    Dimensionamento prático de acordo com as normas da NBR8800:2008, do autor

    Walter Pfeil, p. 305.

    Para este trabalho foi considerado que a viga não possui enrijecedor

    transversal, e foi suposto que há contenção lateral contínua. Com isso não foi

    verificada a flambagem lateral.

    Para os devidos cálculos foi adotado o aço ASTM A36, com os seguintes

    dados:

    tensão de escoamento ( )

    tensão de ruptura

    módulo de deformação longitudinal

    Figura 5. Viga situação 1: Esquema da viga.

    Fonte: Autoria própria.

    As Figuras 6 e 7 a seguir mostram os diagramas de momento fletor e esforço

    cortante da viga situação 1.

  • 29

    Figura 6. Viga situação 1: Diagrama de esforço cortante.

    Fonte: Autoria própria.

    Figura 7. Viga situação 1: Diagrama de momento fletor.

    Fonte: Autoria própria.

    3.1.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 1

    Após determinados os diagramas de momento fletor, e de esforço cortante,

    no programa Ftool, foram retirados destes diagramas os esforços de projeto, que

    valem:

    Esforço cortante de projeto

    Momento fletor de projeto

    A partir de um programa criado no Excel, através de tentativas para encontrar

    o perfil que tenha a relação solicitação de projeto com a resistência de projeto mais

    próxima do valor 1, para este caso pode-se adotar o perfil CVS 450X141.

    Resistência de projeto ao momento fletor

  • 30

    Alma:

    Mesa:

    Como a seção é classificada como compacta, e para seções

    compactas a resistência de projeto é calculada por:

    Resistência de projeto ao esforço cortante

    Considerando sem enrijecedor transversal

  • 31

    Assim:

    Para a verificação do estado limite de serviço (ELS), dividiu-se a carga de

    projeto por 1,4 determinando assim a carga de serviço que para esta situação vale

    , e em seguida foi utilizado o programa Ftool para analisar a flecha

    máxima ocorrida na viga, representada na Figura 8.

    Figura 8. Flecha em milímetros da viga situação 1.

    Fonte: Autoria própria.

    Tem-se assim

    Calculando o tem-se

  • 32

    3.1.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 1

    O cálculo de dimensionamento no regime plástico foi feito através da

    expressão do momento plástico calculada anteriormente, que vale:

    Como foi adotado anteriormente, a carga ou carga de projeto vale

    e . Adotando-se como limite de resistência

    , tem-se:

    Sendo assim, adotou-se inicialmente o perfil CVS450X116, possui e verificar a condição do perfil quanto à ocorrência de flambagem local.

    Mesa:

    Compacta

    Alma:

    Compacta

    A seção é compacta e, de acordo com a NBR 8800, pode ser utilizada em um dimensionamento com análise plástica.

    A relação do perfil escolhido com o necessário é igual a

  • 33

    3.2. SEGUNDA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO

    Na segunda situação de dimensionamento da viga modelo, foi considerado

    um carregamento uniforme, ou seja, uma carga de projeto que nada mais é do que o

    dobro do carregamento da primeira situação, assim sendo, o carregamento vale

    , e uma distância de entre os apoios, mostrados no esquema da

    viga da Figura 9.

    Para este trabalho foi considerado que a viga não possui enrijecedor

    transversal, e foi suposto que há contenção lateral contínua. Com isso não foi

    verificada a flambagem lateral.

    Para os devidos cálculos foi adotado o aço ASTM A36, com os seguintes

    dados:

    tensão de escoamento ( )

    tensão de ruptura

    módulo de deformação longitudinal

    Figura 9. Viga situação 2: Esquema da viga.

    Fonte: Autoria própria.

    As Figuras 10 e 11 a seguir, mostram os diagramas de cortante e momento

    fletor da viga situação 2.

  • 34

    Figura 10. Viga situação 2: Diagrama de esforço cortante.

    Fonte: Autoria própria.

    Figura 11. Viga situação 2: Diagrama de momento fletor.

    Fonte: Autoria própria.

    3.2.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 2

    Após determinados os diagramas de momento fletor, e de esforço cortante,

    no programa Ftool, foram retirados destes diagramas os esforços de projeto, que

    valem:

    Esforço cortante de projeto

    Momento fletor de projeto

  • 35

    A partir de um programa criado no Excel, através de tentativas para encontrar

    o perfil que tenha a relação solicitação de projeto com a resistência de projeto mais

    próxima do valor 1, para este caso pode-se adotar o perfil CVS 500X250.

    Resistência de projeto ao momento fletor

    Alma:

    Mesa:

    Como a seção é classificada como compacta, e para seções

    compactas a resistência de projeto é calculada por:

  • 36

    Resistência de projeto ao esforço cortante

    Considerando sem enrijecedor transversal

    Assim:

    Para a verificação do estado limite de serviço (ELS), dividiu-se a carga de

    projeto por 1,4 determinando assim a carga de serviço que para esta situação vale

    , e em seguida foi utilizado o programa Ftool para analisar a flecha

    máxima ocorrida na viga, representada na Figura 12.

    Figura 12. Flecha em milímetros da viga situação 2.

    Fonte: Autoria Própria.

    Tem-se assim

    Calculando o tem-se

  • 37

    3.2.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 2

    O cálculo de dimensionamento no regime plástico foi feito através da

    expressão do momento plástico calculada anteriormente, que vale:

    Como foi adotado anteriormente, a carga ou carga de projeto vale

    e . Adotando-se como limite de resistência

    , tem-se:

    Sendo assim, adotou-se inicialmente o perfil CVS 500X217, que possui

    , e verificar a condição do perfil quanto à ocorrência de flambagem local.

    Mesa:

    Compacta

    Alma:

    Compacta

    A seção é compacta e, de acordo com a NBR 8800, pode ser utilizada em um

    dimensionamento com análise plástica.

    A relação do perfil escolhido com o necessário é igual a

  • 38

    3.3. TERCEIRA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO

    Na terceira situação de dimensionamento da viga modelo, foi considerado um

    carregamento uniforme, ou seja, uma carga de projeto que nada mais é do que o

    triplo do carregamento da primeira situação, assim sendo, o carregamento vale

    , e uma distância de entre os apoios, mostrados no esquema da

    viga da Figura 13.

    Para este trabalho foi considerado que a viga não possui enrijecedor

    transversal, e foi suposto que há contenção lateral contínua. Com isso não foi

    verificada a flambagem lateral.

    Para os devidos cálculos foi adotado o aço ASTM A36, com os seguintes

    dados:

    tensão de escoamento ( )

    tensão de ruptura

    módulo de deformação longitudinal

    Figura 13. Viga situação 3: Esquema da viga

    Fonte: Autoria própria.

    As Figuras 14 e 15 a seguir, mostram os diagramas de momento fletor e

    esforço cortante da viga situação 3.

  • 39

    Figura 14. Viga situação 3: Diagrama de esforço cortante.

    Fonte: Autoria própria.

    Figura 15. Viga situação 3: Diagrama de momento fletor.

    Fonte: Autoria própria.

    3.3.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 3

    Após determinados os diagramas de momento fletor, e de esforço cortante,

    no programa Ftool, foram retirados destes diagramas os esforços de projeto, que

    valem:

    Esforço cortante de projeto

    Momento fletor de projeto

  • 40

    A partir de um programa criado no Excel, através de tentativas para encontrar

    o perfil que tenha a relação solicitação de projeto com a resistência de projeto mais

    próxima do valor 1, para este caso pode-se adotar o perfil CVS 550X361.

    Resistência de projeto ao momento fletor

    Alma:

    Mesa:

    Como a seção é classificada como compacta, e para seções

    compactas a resistência de projeto é calculada por:

  • 41

    Resistência de projeto ao esforço cortante

    Considerando sem enrijecedor transversal

    Assim:

    Para a verificação do estado limite de serviço (ELS), dividiu-se a carga de

    projeto por 1,4 determinando assim a carga de serviço que para esta situação vale

    , e em seguida foi utilizado o programa Ftool para analisar a flecha

    máxima ocorrida na viga, representada na Figura 16.

    Figura 16. Flecha em milímetros da viga situação 3.

    Fonte: Autoria própria.

    Tem-se assim

    Calculando o tem-se

  • 42

    3.3.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 3

    O cálculo de dimensionamento no regime plástico foi feito através da

    expressão do momento plástico calculada anteriormente, que vale:

    Como foi adotado anteriormente, a carga ou carga de projeto vale

    e . Adotando-se como limite de resistência

    , tem-se:

    Adotar inicialmente o perfil CVS 550 X 319, e verificar a condição do perfil quanto à ocorrência de flambagem local.

    Mesa:

    Compacta

    Alma:

    Compacta

    A seção é compacta e, de acordo com a NBR 8800, pode ser utilizada em um

    dimensionamento com análise plástica.

    A relação do perfil escolhido com o necessário é igual a

  • 43

    3.4. QUARTA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO

    Na quarta situação de dimensionamento da viga modelo, a carga de projeto

    vale , e mudou-se a distância entre os apoios, que agora valem ,

    mostrados no esquema da viga da Figura 17.

    Para este trabalho foi considerado que a viga não possui enrijecedor

    transversal, e foi suposto que há contenção lateral contínua. Com isso não foi

    verificada a flambagem lateral.

    Para os devidos cálculos foi adotado o aço ASTM A36, com os seguintes

    dados:

    tensão de escoamento ( )

    tensão de ruptura

    módulo de deformação longitudinal

    Figura 17. Viga situação 4: Esquema da viga.

    Fonte: Autoria própria.

    As Figuras 18 e 19 a seguir, mostram os diagramas de momento fletor e

    esforço cortante da viga situação 4.

  • 44

    Figura 18. Viga situação 4: Diagrama de esforço cortante.

    Fonte: Autoria própria.

    Figura 19. Viga situação 4: Diagrama de momento fletor.

    Fonte: Autoria própria.

    3.4.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 4

    Após determinados os diagramas de momento fletor, e de esforço cortante,

    no programa Ftool, foram retirados destes diagramas os esforços de projeto, que

    valem:

    Esforço cortante de projeto

    Momento fletor de projeto

    A partir de um programa criado no Excel, através de tentativas para encontrar

    o perfil que tenha a relação solicitação de projeto com a resistência de projeto mais

    próxima do valor 1, para este caso pode-se adotar o perfil CVS 550x319.

    Resistência de projeto ao momento fletor

  • 45

    Alma:

    Mesa:

    Como a seção é classificada como compacta, e para seções

    compactas a resistência de projeto é calculada por:

    Resistência de projeto ao esforço cortante

    Considerando sem enrijecedor transversal

  • 46

    Assim:

    Para a verificação do estado limite de serviço (ELS), dividiu-se a carga de

    projeto por 1,4 determinando assim a carga de serviço que para esta situação vale

    , e em seguida foi utilizado o programa Ftool para analisar a flecha

    máxima ocorrida na viga, representada na Figura 20.

    Figura 20. Flecha em milímetros da viga situação 4.

    Fonte: Autoria própria.

    Tem-se assim

    Calculando o tem-se

  • 47

    3.4.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 4

    O cálculo de dimensionamento no regime plástico foi feito através da

    expressão do momento plástico calculada anteriormente, que vale:

    Como foi adotado anteriormente, a carga ou carga de projeto vale

    e . Adotando-se como limite de resistência

    , tem-se:

    Adotar inicialmente o perfil CVS 500 X 238, possui e verificar a condição do perfil quanto à ocorrência de flambagem local.

    Mesa:

    Compacta

    Alma:

    Compacta

    A seção é compacta e, de acordo com a NBR 8800, pode ser utilizada em um

    dimensionamento com análise plástica.

    A relação do perfil escolhido com o necessário é igual a

  • 48

    3.5. QUINTA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO

    Na quinta situação de dimensionamento da viga modelo, foi considerado um

    carregamento uniforme, ou seja, uma carga de projeto que vale , e

    mudou-se a distância entre os apoios, que agora vale , mostrados no esquema

    da viga da Figura 21.

    Para este trabalho foi considerado que a viga não possui enrijecedor

    transversal, e foi suposto que há contenção lateral contínua. Com isso não foi

    verificada a flambagem lateral.

    Para os devidos cálculos foi adotado o aço ASTM A36, com os seguintes

    dados:

    tensão de escoamento ( )

    tensão de ruptura

    módulo de deformação longitudinal

    Figura 21. Viga situação 5: Esquema da viga.

    Fonte: Autoria própria.

    As figuras 22 e 23 a seguir, mostram os diagramas de momento fletor e

    esforço cortante da viga situação 5.

  • 49

    Figura 22. Viga situação 5: Diagrama de esforço cortante.

    Fonte: Autoria própria.

    Figura 23. Viga situação 5: Diagrama de momento fletor.

    Fonte: Autoria própria.

    3.5.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 5

    Após determinados os diagramas de momento fletor, e de esforço cortante,

    no programa Ftool, foram retirados destes diagramas os esforços de projeto, que

    valem:

    Esforço cortante de projeto

    Momento fletor de projeto

    A partir de um programa criado no Excel, através de tentativas para encontrar

    o perfil que tenha a relação solicitação de projeto com a resistência de projeto mais

    próxima do valor 1, para este caso pode-se adotar o perfil CVS 800x365.

  • 50

    Resistência de projeto ao momento fletor

    Alma:

    Mesa:

    Como a seção é classificada como compacta, e para seções

    compactas a resistência de projeto é calculada por:

    Resistência de projeto ao esforço cortante

    Considerando sem enrijecedor transversal

  • 51

    Assim:

    Para a verificação do estado limite de serviço (ELS), dividiu-se a carga de

    projeto por 1,4 determinando assim a carga de serviço que para esta situação vale

    , e em seguida foi utilizado o programa Ftool para analisar a flecha

    máxima ocorrida na viga, representada na Figura 24.

    Figura 24. Flecha em milímetros da viga situação 5.

    Fonte: Autoria própria.

    Tem-se assim

    Calculando o tem-se

  • 52

    3.5.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 5

    O cálculo de dimensionamento no regime plástico foi feito através da

    expressão do momento plástico calculada anteriormente, que vale:

    Como foi adotado anteriormente, a carga ou carga de projeto vale

    e . Adotando-se como limite de resistência

    , tem-se:

    Adotar inicialmente o perfil CVS 650 X 326, possui , e verificar a condição do perfil quanto à ocorrência de flambagem local.

    Mesa:

    Compacta

    Alma:

    Compacta

    A seção é compacta e, de acordo com a NBR 8800, pode ser utilizada em um

    dimensionamento com análise plástica.

    A relação do perfil escolhido com o necessário é igual a

    3.6. SEXTA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO

    Na sexta situação de dimensionamento da viga modelo, foi considerado o

    mesmo carregamento uniforme da primeira situação e a mesma distância entre os

    apoios, assim sendo, a carga de projeto vale , e . Mas nesta

  • 53

    situação foi retirado um dos vãos e um apoio, mostrados no esquema da viga da

    Figura 25.

    Para este trabalho foi considerado que a viga não possui enrijecedor

    transversal, e foi suposto que há contenção lateral contínua. Com isso não foi

    verificada a flambagem lateral.

    Para os devidos cálculos foi adotado o aço ASTM A36, com os seguintes

    dados:

    tensão de escoamento ( )

    tensão de ruptura

    módulo de deformação longitudinal

    Figura 25. Viga situação 6: Esquema da viga.

    Fonte: Autoria própria.

    As Figuras 26 e 27 a seguir, mostram os diagramas de momento fletor e

    esforço cortante da viga situação 6.

  • 54

    Figura 26. Viga situação 6: Diagrama de esforço cortante.

    Fonte: Autoria própria.

    Figura 27. Viga situação 6: Diagrama de momento fletor.

    Fonte: Autoria própria.

    3.6.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 6

    Após determinados os diagramas de momento fletor, e de esforço cortante,

    no programa Ftool, foram retirados destes diagramas os esforços de projeto, que

    valem:

    Esforço cortante de projeto

    Momento fletor de projeto

  • 55

    A partir de um programa criado no Excel, através de tentativas para encontrar

    o perfil que tenha a relação solicitação de projeto com a resistência de projeto mais

    próxima do valor 1, para este caso pode-se adotar o perfil CVS 450X177.

    Resistência de projeto ao momento fletor

    Alma:

    Mesa:

    Como a seção é classificada como compacta, e para seções

    compactas a resistência de projeto é calculada por:

  • 56

    Resistência de projeto ao esforço cortante

    Considerando sem enrijecedor transversal

    Assim:

    Para a verificação do estado limite de serviço (ELS), dividiu-se a carga de

    projeto por 1,4 determinando assim a carga de serviço que para esta situação vale

    , e em seguida foi utilizado o programa Ftool para analisar a flecha

    máxima ocorrida na viga, representada na Figura 28.

    Figura 28. Flecha em milímetros da viga situação 6.

    Fonte: Autoria própria.

    Tem-se assim

  • 57

    Calculando o tem-se

    3.6.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 6

    O cálculo de dimensionamento no regime plástico foi feito através da

    expressão do momento plástico calculada anteriormente, que vale:

    Como foi adotado anteriormente, a carga ou carga de projeto vale

    e . Adotando-se como limite de resistência

    , tem-se:

    Sendo assim, adotar inicialmente o perfil CVS450X116, possui e verificar a condição do perfil quanto à ocorrência de flambagem local.

    Mesa:

    Compacta

    Alma:

    Compacta

    A seção é compacta e, de acordo com a NBR 8800, pode ser utilizada em um

    dimensionamento com análise plástica.

    A relação do perfil escolhido com o necessário é igual a

  • 58

    3.7. SÉTIMA SITUAÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO

    Na sétima situação de dimensionamento da viga modelo, foi considerado o

    mesmo carregamento uniforme da primeira situação e a mesma distância entre os

    apoios, assim sendo, a carga de projeto vale , e . Mas nesta

    situação foi colocado um vão a mais, e consequentemente mais um apoio,

    mostrados no esquema da viga da Figura 29.

    Para este trabalho foi considerado que a viga não possui enrijecedor

    transversal, e foi suposto que há contenção lateral contínua. Com isso não foi

    verificada a flambagem lateral.

    Para os devidos cálculos foi adotado o aço ASTM A36, com os seguintes

    dados:

    tensão de escoamento ( )

    tensão de ruptura

    módulo de deformação longitudinal

    Figura 29. Viga situação 7: Esquema da viga.

    Fonte: Autoria própria.

    As Figuras 30 e 31 apresentam os diagramas de momento fletor e esforço

    cortante da viga situação 7.

  • 59

    Figura 30. Viga situação 7: Diagrama de esforço cortante.

    Fonte: Autoria própria.

    Figura 31. Viga situação 7: Diagrama de momento fletor.

    Fonte: Autoria própria.

    3.7.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 7

    Após determinados os diagramas de momento fletor, e de esforço cortante,

    no programa Ftool, foram retirados destes diagramas os esforços de projeto, que

    valem:

    Esforço cortante de projeto

    Momento fletor de projeto

    A partir de um programa criado no Excel, através de tentativas para encontrar

    o perfil que tenha a relação solicitação de projeto com a resistência de projeto mais

    próxima do valor 1, para este caso pode-se adotar o perfil CVS 450X156.

  • 60

    Resistência de projeto ao momento fletor

    Alma:

    Mesa:

    Como a seção é classificada como compacta, e para seções

    compactas a resistência de projeto é calculada por:

    Resistência de projeto ao esforço cortante

    Considerando sem enrijecedor transversal

  • 61

    Assim:

    Para a verificação do estado limite de serviço (ELS), dividiu-se a carga de

    projeto por 1,4 determinando assim a carga de serviço que para esta situação vale

    , e em seguida foi utilizado o programa Ftool para analisar a flecha

    máxima ocorrida na viga, representada na Figura 32.

    Figura 32. Flecha em milímetros da viga situação 7.

    Fonte: Autoria própria.

    Tem-se assim

    Calculando o tem-se

  • 62

    3.7.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 7

    O cálculo de dimensionamento no regime plástico foi feito através da

    expressão do momento plástico calculada anteriormente, que vale:

    Como foi adotado anteriormente, a carga ou carga de projeto vale

    e . Adotando-se como limite de resistência

    , tem-se:

    Sendo assim, adotar inicialmente o perfil CVS400X140, possui e verificar a condição do perfil quanto à ocorrência de flambagem local.

    Mesa:

    Compacta

    Alma:

    Compacta

    A seção é compacta e, de acordo com a NBR 8800, pode ser utilizada em um

    dimensionamento com análise plástica.

    A relação do perfil escolhido com o necessário é igual a

  • 63

    3.8. DIMENSIONAMENTO DA VIGA COM CARGA CONCENTRADA

    Diferente das outras situações calculadas anteriormente agora buscou-se

    modificar o carregamento da viga modelo, que antes era um carregamento

    distribuído uniforme e agora passou a ser um carregamento concentrado, onde as

    cargas concentradas encontram-se a uma distância igual a

    do vão. Segue a viga

    com carga concentrada na Figura 33 abaixo:

    Figura 33. Viga modelo para cálculo da oitava situação de dimensionamento.

    Fonte: Autoria própria.

    Para esta nova situação, calculam-se os seus diagramas tanto para a fase

    elástica quanto para a fase plástica, ou seja, na fase elástica é traçado o diagrama

    de momento fletor através do Método das Forças. Já na fase plástica utiliza-se

    novamente o Método Estático para determinar o valor e a posição do momento

    plástico da viga.

    a) Determinação do diagrama de momento fletor da fase elástica através do

    Método das Forças

    Primeiramente, determina-se a fórmula principal da viga da Figura 34, onde

    se sabe que se trata de uma viga com grau de hiperestaticidade igual a 2.

  • 64

    Figura 34. Fórmula principal.

    Fonte: Autoria própria.

    Figura 35. Estado B0.

    Fonte: Autoria própria.

    Calculando as reações de apoio, temos:

  • 65

    Figura 36. Diagrama de momento fletor do estado B0.

    Fonte: Autoria própria.

    Figura 37. Estado A1

    Fonte: Autoria própria.

    Calculando as reações de apoio, tem-se:

    Figura 38. Diagrama de momento fletor do estado A1.

    Fonte: Autoria própria.

  • 66

    Figura 39. Estado A2.

    Fonte: Autoria própria.

    Calculando as reações de apoio, tem-se:

    Figura 40. Diagrama de momento fletor do estado A2.

    Fonte: Autoria própria.

  • 67

    Combinando os diagramas de cada estado através da tabela Kurt Beyer, que

    se encontra no Anexo A, tem-se:

    [

    ] [

    ] [

    ] * +

    [

    ]

    [

    ]

  • 68

    {

    Fazendo a equação (1) menos a equação (2), tem-se:

    Isolando na equação (1), tem-se:

    Substituindo a equação (3) na expressão (2), tem-se:

    Construindo o diagrama de momento fletor da fase elástica, observa-se que

  • 69

    Figura 41. Cálculo dos momentos fletores no estado elástico.

    Fonte: Autoria própria.

    Figura 42. Diagrama de momento fletor do estado elástico.

    Fonte: Autoria própria.

    b) Determinação do diagrama de momento fletor da fase plástica através do

    método estático

  • 70

    O cálculo do diagrama plástico foi desenvolvido pelo método estático, onde

    considerou-se um ponto x em relação ao primeiro apoio da Figura 33, e assim foi

    determinado o momento positivo, que é dado pela seguinte expressão.

    Para achar o ponto de momento máximo, faz-se

    , obtendo:

    Sabe-se que o ponto de momento máximo, quando se trata de uma carga

    concentrada, acontece no próprio ponto de aplicação da carga. Como a carga

    aplicada P da Figura 33 está aplicada em

    , então o momento máximo encontra-se

    no mesmo ponto. Com isso tem-se o valor para o ponto adotado anteriormente,

    que vale

    Substituindo o valor de na expressão do momento máximo, tem-se:

    (

    )

    Com a formação de uma rótula plástica no ponto , considera-se .

    Tem-se:

  • 71

    Figura 43. Diagrama momento fletor no estado plástico.

    Fonte: Autoria própria.

    3.9. OITAVA SITUÇÃO DE DIMENSIONAMENTO DA VIGA MODELO

    Na oitava situação de dimensionamento da viga modelo, foram consideradas

    cargas concentradas no centro dos vãos. As cargas aplicadas foram calculadas

    através da carga resultante da primeira situação, multiplicando a carga distribuída

    pelo vão. Com isso a carga concentrada, ou carga de projeto desta situação de

    dimensionamento vale , e e estão mostrados no esquema da viga da

    Figura 44.

    Para este trabalho foi considerado que a viga não possui enrijecedor

    transversal, e foi suposto que há contenção lateral contínua. Com isso não foi

    verificada a flambagem lateral.

    Para os devidos cálculos foi adotado o aço ASTM A36, com os seguintes

    dados:

    tensão de escoamento ( )

  • 72

    tensão de ruptura

    módulo de deformação longitudinal

    Figura 44. Viga situação 8: Esquema da viga.

    Fonte: Autoria própria.

    As Figuras 45 e 46 a seguir, mostram os diagramas de momento fletor e

    esforço cortante da viga situação 8.

    Figura 45. Viga situação 8: Diagrama de esforço cortante.

    Fonte: Autoria própria.

  • 73

    Figura 46. Viga situação 8: Diagrama de momento fletor.

    Fonte: Autoria própria.

    3.9.1. Dimensionamento no regime elástico- viga situação 8

    Após determinados os diagramas de momento fletor, e de esforço cortante,

    no programa Ftool, foram retirados destes diagramas os esforços de projeto, que

    valem:

    Esforço cortante de projeto

    Momento fletor de projeto

    A partir de um programa criado no Excel, através de tentativas para encontrar

    o perfil que tenha a relação solicitação de projeto com a resistência de projeto mais

    próxima do valor 1, para este caso pode-se adotar o perfil CVS 550x204.

    Resistência de projeto ao momento fletor

    Alma:

  • 74

    Mesa:

    Como a seção é classificada como compacta, e para seções

    compactas a resistência de projeto é calculada por:

    Resistência de projeto ao esforço cortante

    Considerando sem enrijecedor transversal

    Assim:

  • 75

    Para a verificação do estado limite de serviço (ELS), dividiu-se a carga de

    projeto por 1,4 determinando assim a carga de serviço que para esta situação vale

    , e em seguida foi utilizado o programa Ftool para analisar a flecha máxima

    ocorrida na viga, representada na Figura 47.

    Figura 47. Flecha em milímetros da viga situação 8.

    Fonte: Autoria própria.

    Tem-se assim

    Calculando o tem-se

    3.9.2. Dimensionamento no regime plástico- viga situação 8

    O cálculo de dimensionamento no regime plástico foi feito através da

    expressão do momento plástico calculada anteriormente, pelo meto estático para

    uma viga com carga concentrada, que vale:

  • 76

    Como foi adotado anteriormente, a carga P ou carga de projeto vale e

    . Adotando-se como limite de resistência

    , tem-se:

    Sendo assim, adotar inicialmente o perfil CVS500X217 e verificar a condição

    do perfil quanto à ocorrência de flambagem local.

    Mesa:

    Compacta

    Alma:

    Compacta

    A seção é compacta e, de acordo com a NBR 8800, pode ser utilizada em um

    dimensionamento com análise plástica.

    A relação do perfil escolhido com o necessário é igual a

    4. RESULTADOS

    Depois de dimensionada cada situação da viga modelo, apresentam-se aqui

    os resultados do dimensionamento nos dois estados. Nestes dimensionamentos

    buscou-se adotar o perfil em que o valor da relação solicitação de projeto sobre

    resistência de projeto, na fase elástica, ficasse o mais próximo ao valor da relação Z

    necessário sobre Z adotado, na fase plástica, para que fosse possível fazer um

    comparativo entre os dois estados. Assim utilizou-se uma planilha de cálculo em

    excel para verificar tal proximidade entre as relações, a Figura 48 ilustra o programa

    utilizado.

  • 77

    Figura 48. Figura ilustrativa da planilha de cálculo em excel utilizado na verificação

    das relações.

    Fonte: Autoria própria.

    Os perfis adotados em cada dimensionamento, bem como a relação,

    encontram-se na Tabela 3 a seguir.

    Tabela 3. Perfis adotados em cada dimensionamento.

    Massa Linear

    Situação 1

    Carga= 69,2kN/m 3 vãos Dimensionamento na fase

    Elástica CVS 450X141

    Relação 0,97

    141,2 kg/m

    Comprimento dos vãos= 10m

    Dimensionamento na fase Plástica

    CVS 450X116

    Relação 0,99

    116,4 kg/m

    Situação 2

    Carga= 138,4kN/m

    3 vãos Dimensionamento na fase

    Elástica CVS 500x250

    Relação 0,98

    249,9 kg/m

    Comprimento dos vãos= 10m

    Dimensionamento na fase Plástica

    CVS 500x217

    Relação 0,99

    216,5 kg/m

    Situação 3

    Carga= 207,6kN/m

    3 vãos Dimensionamento na fase

    Elástica CVS 550x361

    Relação 0,90

    360,6 kg/m

    Comprimento dos vãos= 10m

    Dimensionamento na fase Plástica

    CVS 550x319

    Relação 0,88 319 kg/m

    Situação 4

    Carga= 69,2kN/m 3 vãos Dimensionamento na fase

    Elástica CVS 550x319

    Relação 0,77 319 kg/m

  • 78

    Comprimento dos vãos= 15m

    Dimensionamento na fase Plástica

    CVS 500x238

    Relação 0,97

    238,2 kg/m

    Situação 5

    Carga= 69,2kN/m 3 vãos Dimensionamento na fase

    Elástica CVS 800x365

    Relação 0,79

    364,6 kg/m

    Comprimento dos vãos= 20m

    Dimensionamento na fase Plástica

    CVS 650x326

    Relação 0,98

    325,8 kg/m

    Situação 6

    Carga= 69,2kN/m 2 vãos Dimensionamento na fase

    Elástica CVS 450X177

    Relação 0,96

    177,4 kg/m

    Comprimento dos vãos= 10m

    Dimensionamento na fase Plástica

    CVS 450X116

    Relação 0,99

    116,4 kg/m

    Situação 7

    Carga= 69,2kN/m 4 vãos Dimensionamento na fase

    Elástica CVS 450X156

    Relação 0,92

    156,4 kg/m

    Comprimento dos vãos= 10m

    Dimensionamento na fase Plástica

    CVS 400x140

    Relação 0,89

    140,4 kg/m

    Situação 8

    Carga= 692 kN 3 vãos Dimensionamento na fase

    Elástica CVS 550x204

    Relação 0,93

    204,1 kg/m

    Comprimento dos vãos= 10m

    Dimensionamento na fase Plástica

    CVS 500x217

    Relação 0,96

    216,5 kg/m

    Fonte: Autoria própria.

    Também foram comparados os momentos resistentes limites nas duas fases.

    Comparando-se os diagramas da Figura 4, observa-se que a plastificação redistribui

    os momentos, diminuindo o momento nos apoios intermediários que passam de

    para , ou seja uma redução de 14,2%. Já os momentos positivos

    nos vãos laterais são aumentados de para , acréscimo de 6,8%.

    Na última situação analisada, por se tratar de uma carga concentrada,

    precisou-se recalcular os diagramas. Assim, comparando o diagrama da Figura 42

    com o diagrama da Figura 43, observa-se que a plastificação também redistribuiu os

    momentos, aumentando o momento nos apoios intermediários que vão de

    para , ou seja, um aumento de 10%. Já os momentos nos vão laterais

    diminuiram de para , ou seja, uma redução de 4,7%.

  • 79

    5. CONCLUSÃO

    O presente trabalho teve como objetivo principal analisar e comparar duas

    considerações de dimensionamento, dimensionamento no estado elástico e

    dimensionamento no estado plástico.

    Apartir dos resultados obtidos nestes dimensionamentos pode-se observar

    que o tipo de estrutura, o tipo de carregamento e comprimento da estrutura

    interferem no perfil de aço adotado, sendo que o tipo de dimensionamento, plástico

    ou elástico, também interfere em qual perfil de aço adotadar.

    Para vigas com carregamento distribuído e vigas com diferentes números de

    vãos, em seu dimensionamento elástico foram obtidos perfis de aço mais pesados,

    comparando com o peso do perfil obtido no dimensionamento plástico, ou seja, mais

    desfavoráveis à economia de material. Já em vigas com carga concentrada no meio

    do vão, obteve-se um perfil mais pesado no dimensionamento plástico, mas esse

    resultado não deve ser levado em consideração, pelo fato de o momento plástico

    ocorrer na mesma seção do momento máximo na fase elástica. Neste caso

    obtivemos uma relação diferente nos dois tipos de dimensionamento, e acredita-se

    que se o valor da relação fosse igual deveríamos ter um resultado semelhante de

    perfil adotado.

    Uma observação que se pode tomar é que com a redistribuição dos

    momentos no dimensionamento, em todas as situações, obtiveram-se perfis de aço

    mais leves, ou seja, mais econômicos. Com isso pode-se afirmar que o

    dimensionamento no regime plástico acaba sendo o tipo de dimensionamento mais

    econômico em comparação com o dimensionamento no regime elástico.

  • 80

    REFERÊNCIAS

    NBR 8800, 2008. Projeto de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e

    Concreto de Edifícios. ABNT, Rio de Janeiro, Brasil.

    Pfeil, Walter; Pfeil, Michèle; 2009. Estruturas de aço: Dimensionamento prático

    de acordo com a NBR:8800. LTC, 8ª Edição, Rio de Janeiro, Brasil.

    Gonçalves, Gilney Afonso. Modelagem do Comportamento Inelástico de

    Estruturas de Aço: Membros sob Flexão em Torno do Eixo de Menor Inércia.

    Ouro Preto, 2013. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Coordenadoria de

    Pós-Graduação do Departamento de Engenharia Civil da Escola de Minas da

    Universidade Federal de Ouro Preto.

    Albuquerque, Augusto Teixeira. Análise de alternativas estruturais para edifícios

    em concreto armado. São Carlos, 1999. Dissertação (Mestrado em Engenharia

    Civil). Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo.

    Kaminski, João Junior. ECC520- Estruturas de Aço e Madeira: Barras Fletidas-

    Flexão Simples. Santa Maria, 06 mar. 2016, 12 jul. 2016. Notas de Aula do curso de

    Engenharia Civil, da Universidade Federal de Santa Maria.

  • 81

    ANEXOS

    ANEXO A- TABELA DE KURT BEYER

  • 82

    ANEXO B- PERFIL SOLDADO E TABELAS DOS PERFIS SOLDADOS CVS

  • 83

    Anexo 1. Tabela de perfis CVS.

  • 84

    Anexo 2. Tabela de perfis CVS.

  • 85

    Anexo 3. Tabela de perfis CVS.

  • 86

    Anexo 4. Tabela de perfis CVS.

  • 87

    Anexo 5. Tabela de perfis CVS.