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ROMA De Cidade a Império 753 a. C. – 476 d. C.

Roma das origens à república

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ROMA

De Cidade a Império

753 a. C. – 476 d. C.

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Crescimento Territorial Monarquia à República

753 – Fundação lendária

509 – Fundação da República

264 – Primeira Guerra Púnica

146 – Terceira Guerra Púnica e Macedônia torna-se romana

46 – César, Ditador Perpétuo

27 – Otávio torna-se Augusto

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Para a História de Roma

FONTES

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Coleções de FontesLoeb Classical Library (Harvard University Press)

Auteurs Latines et Grecques (Ed. Garnier)

Sources Chrétiennes (Ed. Du Cerf)

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Autores

Apiano; Catão o Velho; Cícero; Dionísio de

Halicarnasso; Júlio Cesar; Marcial;

Ovídio; Políbio; Plauto Plutarco; Salústio; Tito Lívio; Varrão ;

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Localização Geográfica

1.Península Itálica;2.Mares;3.Regiões

limítrofes;4.Rios;5.Planícies;6.Povoamento;

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MonarquiaRepúblicaImpérioAntigüidade Tardia

Periodização

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Monarquia

• Fundação fictícia: 753 a.C;• Arqueologia corrobora o

povoamento a partir do séc. VIII;

• Governada por reis com funções religiosas e militares;

• Tarquínio, o Soberbo, derrubado pela aristocracia senatorial

Do Séc. VIII ao séc. VI (c. 509 a.C)

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República

• O patriciado toma a cidade e ascensão da plebe;

• Conquista militar do Mediterrâneo;

• Lutas políticas e adaptação ao Império.

De aproximadamente 509 a. C. a 27 a.C;

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Alto Império

• Dinastias imperiais sob formalidades republicanas;

• Reformas administrativas e obras para homogeneizar as províncias.

De 27 a. C. a 284 d. C

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Baixo Império

• Tetrarquia e a Dinastia Constantiniana;

• Cristianismo, “paganismos”, e diversidade cultural

• Transformações: crise, declínio, queda ou continuidade ?

De 284 d. C. a 476 d.C. (Ocidente)

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Antigüidade Tardia

De 284 a 711, 732 ou 800•Nova periodização da passagem da Antiguidade para a Idade Média;•Revisão das idéias de Gibbon sobre “Declínio e Queda do Império Romano”;•Período de grande diversidade cultural, religiosa e identitária em todo o Mediterrâneo;•Abrange enorme diversidade de temas, principalmente em História Cultural.

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Fundação de RomaTradições

• Enéias e os troianos chegam ao Lácio e seus descendentes reinam em Lavínio e depois em Alba Longa, cidades latinas, por 13 Gerações;

• Rômulo e Remo, encontrados às margens do Tibre, alimentados por uma loba, crescem e devolvem seu avô Numitor ao trono de Alba Longa e fundam Roma;

Virgílio reuniu e procurou harmonizar na Eneida diferentes versões da fundação da cidade.

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Os reis etruscos de Roma

Tarquínio Prisco;• Aparentemente proveniente da cidade de Tarquinii

Sérvio Túlio;• Etrusco ou latino, reinou segundo os costumes etruscos;

Tarquínio o Soberbo;• Segundo a lenda, este seria o mau rei, cuja destituição

caberia ao mais nobre dos romanos, o representante por excelência do patriciato, Lúcio Júnio Bruto.

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Organização Social

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Família Primitiva• Unidade econômica, social e religiosa

• Pater famílias detinha a auctoritas

• Auctoritas: autoridade específica dos patres, mais que conselho (consultum) e menos que comando (imperium);

• Poder ilimitados sobre esposa, filhos, e res familiares; também incluía os clientes;

• Funções sacerdotais – culto aos antepassados (sacrae familiae);

• Lei da Doze Tábuas: vida e morte sobre os próprios filhos.

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GENS

• Gens (clã), plural gentes (clãs) : famílias aparentadas, vizinhas;

• Constituía uma associação de caráter religioso (sacra gentílica);

• Usavam o nomen gentile, ex: Marco Fabius Galba, Marco da gens Fábia, chamado

Galba; Caio Júlio César, Caio da gens Júlia, chamado César; em

latim: G. IULIUS CAESAR, GAIUS da gens IULIA, chamado

CAESAR.• O nome gentílico era privilégio patrício, depois os plebeus

passaram a copiá-los;• As gentes patrícias podiam convocar seus clientes em caso

de guerra e votações na Assembléia curiata, daí seu poder

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Cúrias, Assembléia e Legião

As várias gentes se reuniam em cúrias (curiae);

Segundo a tradição na fundação de Roma eram 30 cúrias;

Cada curia era presidida por um curio e estas associações constituíam a base da organização religiosa e militar;

A Assembléia da Cúria (Comitia Curiata) deliberava sobre questões relativas ao conjunto da população e confirmava os magistrados (lex curiata de imperio);

Na guerra, cada cúria devia fornecer 10 cavaleiros (uma decúria) e 100 infantes (uma centéuria);

O total de 100 cavaleiros e 3000 infantes constituía a primeira legião.

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Patrícios

Eram uma nobreza de sangue, privilégios e terras;

Surgiram pela formação da elite dos cavaleiros no períodos dos rei etruscos (antes da falange hoplítica);

Consideravam-se homens bons (uiri boni et strenui);

Tinham consciência de si e suas próprias insígnias: anel de ouro, listra púrpura na túnica (clauus), manto curto de cavaleiro (trabea), etc;

Deviam sua situação econômica à posse da terra arável e de grandes rebanhos;

Dominavam o exército pela ocupação dos postos mais elevados e a vida política e religiosa, através dos clientes nas cúrias;

Compunham quase que a totalidade do conselho dos anciãos (Senato).

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Plebe

Plebs (do v. plere, encher) = multidão; Possuíam cidadania, mas não os privilégios dos patrícios; Eram os estrangeiros recém-chegados, não fundadores

de Roma; Acabaram se fundindo com os pequenos camponeses

cujas terras haviam sido perdidas e camadas urbanas de artesãos e comerciantes;

Segundo a cultura romana qualquer atividade que não fosse a guerra ou a agricultura era desprovida de valor moral;

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Clientes

São apenas uma parte da plebe, não a mesma camada social;

Eram o grupo de maior mobilidade, podendo alguém passar de plebeu desprotegido a cliente de um poderoso patrício;

Era uma relação de dependência pessoal;

O cliens prometia manter-se fiel ao patrício e prestar serviços econômicos e morais;

O patronus, então, dava-lhe proteção pessoal, e às vezes terra.

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Escravo (servus)

Na época arcaica, mero ajudante doméstico; Era propriedade (mancipium), um bem como qualquer outro; Apesar disso, era membro da família e podia ter contato pessoal estreito com o

pater familias; Um senador podia sentar-se para comer com um escravo; Devia reforçar da a economia doméstica, primeiro, e depois a atividade agrícola; Até o séc. IV havia escravidão por dívidas e a venda dos filhos; Além disso havia a escravização dos prisioneiros de guerra e a reprodução

natural do bem semovente; Os escravos libertos, geralmente continuavam dependentes do patronus, numa

condição análoga a dos clientes.

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Religião

Panteão extenso, diversificado e especializado:

Júpiter (senhor dos céus); Marte (senhor da guerra); Quirino (fundador de Roma); Juno (senhora dos céus); Minerva (sabedoria e

inteligência); Vênus (beleza/boa vontade dos

deuses); Vulcano (metais, ferro, ferreiros) Mercúrio (mensageiro/ senhor

das comunicações), Netuno (mares) Hércules (semi-deus filho de

Júpiter) Esculápio (medicina e cura

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Sacerdotes do culto público

Eram parte das instituições cívicas; Colegiado de 15 especialistas em direito divino

e guardiães dos arquivos; presidido pelo Pontifex Maximus, Responsável

por: calendário, festas, escolha dos sacerdotes, disciplina sacerdotal,

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Sacerdotes do culto público

Vestais eram virgens consagradas por 30 anos: responsáveis pelo fogo sagrado;

Áugures e seus auspícios: ler p. 64 de Christol l’20-21;

Auspícios: ODCW

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Assembléias, Senado e Magistraturas

Instituições

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Assembléias

Comices curiates: de natureza territorial, dividia-se em cúrias e decúrias, perdeu importância ao longo da República;

Comices tributes: assembléia da plebe, decidia somente questoes referentes à plebe e elegia o tribuno da plebe.

Comices centuriates: perdeu seu sentido original de grupos de 100, tornou-se uma divisao por classes sencitárias, onde as primeiras classes, mais ricas, votavam primeiro e garantiam as eleiçoes (v. Christol p. 67 l’11).

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O Senado

Na monarquia era composto pelos chefes das 30 mais importantes famílias, depois ex-magistrados;

Quem decide a elegibilidade para o senado são os censores;

São em número inferior a 300 até a guerra social;

Seu voto é um parecer (senatusconsultum);

É detentor de grande auctoritas e é o guardiao da República;

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O Senado - competências

Gestão do tesouro com auxílio dos questores;

Direção das relações exteriores;

Decide sobre paz e guerra. Com auxílio dos cônsules;

Regulamenta a religião cívica;

É considerado o guardião da República

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As Magistraturas

Magistrados superiores os que possuíam imperium e potestas: cônsules e pretores, em caso de guerra um ditador e um auxiliar (magister equitum);

Magistrados inferiores, os que possuíam somente potestas: censores, edis curuis, questores, tribunos da plebe, edis da plebe,