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1 ROTEIRO DE ESTUDOS III ETAPA LETIVA LÍNGUA PORTUGUESA 4.º ANO/EF 2018 Caro(a) aluno(a), É tempo de rever os conteúdos estudados na III Etapa Letiva e esclarecer suas dúvidas. Com o estudo diário e a realização de exercícios, você poderá avançar nos seus conhecimentos. Preparamos para você atividades que o(a) ajudarão nos estudos para a Avaliação de Recuperação. Bons estudos! I CONTEÚDOS LEITURA, ORALIDADE, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO Textos Argumentativos Textos de divulgação científica Convite História em quadrinhos E-mail Comentário de Internet Regulamento Regras de jogo Receitas ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA (ORTOGRAFIZAÇÃO) Acentuação: proparoxitonas Pontuação: vírgula em enumeração e separação de vocativo e aposto Línguagem formal e informal (culta e coloquial) Período (noções elementares para construção de frases e períodos) Emprego do ss e s, s e z, r entre vogal, r inicial, rr, ção, são e ssão, ez e eza

ROTEIRO DE ESTUDOS LÍNGUA PORTUGUESA 4.º ANO/EF …º-ano... · ... quando um homem me abriu e me encheu de ... essa galinha”! Aquela frase feriu o orgulho do ... Compare as atitudes

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ROTEIRO DE ESTUDOS – III ETAPA LETIVA

LÍNGUA PORTUGUESA – 4.º ANO/EF – 2018

Caro(a) aluno(a),

É tempo de rever os conteúdos estudados na III Etapa Letiva e

esclarecer suas dúvidas. Com o estudo diário e a realização de exercícios,

você poderá avançar nos seus conhecimentos.

Preparamos para você atividades que o(a) ajudarão nos estudos para a

Avaliação de Recuperação.

Bons estudos!

I – CONTEÚDOS

LEITURA, ORALIDADE, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO

Textos Argumentativos

Textos de divulgação científica

Convite

História em quadrinhos

E-mail

Comentário de Internet

Regulamento

Regras de jogo

Receitas

ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA (ORTOGRAFIZAÇÃO)

Acentuação: proparoxitonas

Pontuação: vírgula em enumeração e separação de vocativo e aposto

Línguagem formal e informal (culta e coloquial)

Período (noções elementares para construção de frases e períodos)

Emprego do ss e s, s e z, r entre vogal, r inicial, rr, ção, são e ssão, ez e eza

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II – ATIVIDADES – BLOCO 1

TEXTO I

Vida de papel Estava sossegado no meu canto, quando um homem me abriu e me encheu de

pipocas. Sem a menor cerimônia, uma mulher me pegou e foi me levando. Ela comia as pipocas com os olhos, boca e dentes de muita fome. Quando acabou, colocou a boca dentro de mim, soprou um grande sopro e eu

comecei a estufar, estufar... Bum!!! Tudo chacoalhou! Um terremoto? Não era, não! A rua continuava no mesmo lugar, com as pessoas apressadas, as

buzinas tocando... Tudo nervoso, mas normal. A mulher deu uma gargalhada e sem mais nem menos me deixou cair ali, no meio

da rua! Mal tinha me levantado, quando veio um carro a toda velocidade para cima de

mim! Só me livrei daquele amasso achatante porque uma ventania me empurrou para a calçada.

Vi um guri esquisito vindo para meu lado. Ele começou a me chutar, sem a menor consideração. Logo eu, que não tinha feito

nada! Fui rolando rua abaixo até que ele resolveu seguir em frente, sozinho. Foi embora sem me dizer um “muito obrigado” ou “desculpe o mau jeito”.

Fui, assim, me desviando dos pés que ameaçavam me pisar, sem rumo nem destino, quando uma coisa peluda se aproximou. Foi me arrastando para uma pá e da pá eu caí em uma lata. Lá dentro estava cheio de coisas.

A casca de laranja, cheirosa como sempre, foi logo me entrelaçando num abraço. Um papel amassado e sujo disse para eu não me envergonhar por ter ficado meio amarrotado.

Estava entre amigos e senti que ali era o meu lugar. Um botãozinho quebrado contou que tinha caído da blusa de uma dona em um

elevador e quase se perdeu num tapete felpudo. Foi um aspirador que o salvou. Mas, todo agitado, o botão disse que a melhor

aventura vinha agora: uma longa viagem nos esperava! Ele estava certo. À noitinha, um caminhão bem “maneiro” me levou com minha

turma. Demos adeus à amiga casca, ao bagaço de milho e à paçoquinha mofada. Encontramos garrafas, outros papéis, latinhas charmosas e vidros bons de papo.

Fomos parar em um lugar grande, com esteiras e máquinas. Fiquei tão amigo de uns papéis que, inseparáveis, fomos unidos pela máquina. E a

melhor das surpresas: tudo aquilo estava ali só para embelezar e nos deixar úteis de novo.

Virei folha de caderno, junto com meus amigos! Nunca tinha imaginado que era tão importante para ter um tratamento especial como esse!

Das prateleiras de uma loja fomos parar nas mãos de um garoto. Éramos brancos, mas ele desenhou uma árvore cheia de flores e frutos coloridos em cima da gente. Ele

nos arrancou do caderno e nos pregou numa parede. Estamos em uma sala onde sempre há crianças.

Até hoje elas se aproximam e ficam nos admirando. Vocês podem acreditar nisso?! De saquinho de pipoca à vida de artista! Como sou feliz!

SKRONSKI, Rosana. Vida de papel. Curitiba: Arco-íris, 1992. (Adaptado).

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01. ASSINALE com um X a opção que apresenta o melhor significado de cada palavra destacada nas frases abaixo.

a) “Ele começou a me chutar, sem a menor consideração.”

( ) esperança ( ) respeito ( ) ameaça ( ) gargalhada

b) “À noitinha, um caminhão bem maneiro me levou com minha turma.”

( ) agradável ( ) jeitoso ( ) admirado ( ) colorido

c) “Foi me arrastando para uma pá e da pá eu caí em uma lata.”

( ) buscando ( ) contando ( ) complicando ( ) levando

d) “A casca de laranja, cheirosa como sempre, foi logo me entrelaçando num abraço.”

( ) amassando ( ) envolvendo ( ) afastando ( ) conduzindo

02. Releia este trecho.

“A mulher deu uma gargalhada e sem mais nem menos me deixou cair ali, no meio da rua!”

a) A atitude da mulher foi correta? JUSTIFIQUE a sua resposta, de acordo com o Texto I.

b) Que mudança houve na vida do personagem da história?

03. a) ASSINALE a opção correta, de acordo com o Texto I.

A ideia central do texto é:

( ) o desperdício de papel.

( ) a reciclagem de papéis.

( ) a vida triste de um saquinho de papel.

b) ESCREVA uma vantagem de se reaproveitar papéis e outros materiais.

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04. EXPLIQUE o que significam as seguintes expressões.

“Sem a menor cerimônia”:

“Meio amarrotado”:

“Sossegado no canto”:

“Guri esquisito”:

05. ESCREVA o sentido das frases ditas pelo personagem da história.

a) “Nunca tinha imaginado que era tão importante para ter um tratamento especial como esse!”

b) “De saquinho de pipoca à vida de artista!”

06. NUMERE, de 1 a 4, as frases de acordo com a ordem dos acontecimentos narrados no texto.

( ) “Foi me arrastando para uma pá e da pá eu caí em uma lata.”

( ) “Estava sossegado no meu canto, quando o homem me abriu e me encheu de pipocas.”

( ) “A mulher deu uma gargalhada e sem mais nem menos me deixou cair, no meio da rua!”

( ) “Fui, assim, me desviando dos pés que ameaçavam me pisar, sem rumo nem destino.”

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07. Leia a tirinha.

TEXTO II

Disponível em:<http://www.universohq.com/quadrinhos/2006/imagens/tiradojarbas.jpg>. Acesso em: 27 set. 2017.

A tirinha acima pode ser relacionada ao assunto do texto “Vida de papel”? JUSTIFIQUE a sua resposta.

08. Leia a charge.

TEXTO III

Disponível em: <goo.gl/NdtHBW>. Acesso em: 27 set. 2017.

a) Qual é a relação entre a construção civil e a destruição causada ao meio ambiente, mostrada nessa charge?

b) CITE outro tipo de atividade que também pode causar destruição ambiental ao ser realizada na área urbana.

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09. Leia o cartaz abaixo.

TEXTO IV

Fonte:

http://www.vovovitorino.org.br.

a) EXPLIQUE a frase em destaque nesse cartaz.

b) ESCREVA uma frase sobre a importância da coleta seletiva para a preservação da vida no nosso planeta.

10. Observe o esquema, que mostra o ciclo da produção do papel.

TEXTO V

Fonte: http://www.cm-agos.pt.

a) Como a reciclagem do papel pode beneficiar o meio ambiente?

b) ESCREVA um parágrafo sobre a importância do uso racional do papel no dia a dia.

11. COPIE do texto “Vida de Papel” as palavras com as seguintes letras:

(Use folha avulsa)

SS:

RR:

S com som de Z:

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TEXTO I – BLOCO 2

TEXTO I

Palavras Aladas

Silêncio era a coisa de que aquele rei mais gostava. E de que, a cada dia, mais

parecia gostar. Qualquer ruído era como faca em seus ouvidos, dizia ele.

Por isso mandou construir altíssimos muros ao redor do castelo. E logo, não

satisfeito, ordenou que por cima dos muros, e por cima das torres, por cima dos telhados e

dos jardins, passasse uma imensa redoma de vidro.

Agora sim, nenhum som entrava no castelo. O mundo podia gritar lá fora, que

dentro nada se ouviria. Nem a tempestade, nem o trovão ou o vento perturbariam a

serenidade do castelo.

— Ouçam que preciosidade — dizia o rei. E toda a corte se calava ouvindo coisa

alguma.

Mas se os sons não podiam entrar, verdade é que também não podiam sair.

Qualquer palavra dita, qualquer espirro, soluço, canto, ficava prisioneiro do castelo, nada

os libertava da redoma.

Aos poucos, o tempo foi passando. Ninguém ouvia os seus passos, palavras foram

se acumulando pelos cantos, frases dançavam por cima dos móveis.

E tudo teria continuado assim, se não fosse o ocorrido, no exato momento em que

sua majestade recebia e elogiava um embaixador estrangeiro, o cozinheiro ordenou ao

embaixador — “Prepare, bem depressa, essa galinha”!

Aquela frase feriu o orgulho do rei. Furioso, deu ordens para que todos os sons

usados fossem recolhidos, e para sempre trancados no calabouço.

Durante dias os súditos empenharam-se naquele novo esporte. Com a audição

certeira apanharam exclamações e rimas em pleno voo. Uma condessa encheu um cesto

com um cento de acentos. Um marquês de monóculo fez montinhos de monossílabos. E

houve até quem garantisse ter apanhado somente frases delicadas. Enfim, divertiram-se

tanto, tão entusiasmados ficaram com a tarefa que acabaram por criar a Temporada

Anual de Caça à Palavra.

Um dia, por acaso, o rei passou em frente a um dos cômodos do calabouço. E ouviu

bem baixinho uma conversa. Pronto a reclamar já estava com a mão na maçaneta,

quando uma voz o fez parar. Inclinou-se na fechadura para melhor ouvir. Era um jovem

que derramava sua paixão aos pés de sua amada.

A lembrança daquelas palavras de amor pareceu voltar ao rei de muito longe,

atravessando o tempo e sentidas no peito. E em cada palavra ele reconheceu com

surpresa sua própria voz, sua jovem paixão. Era sua aquela conversa de amor há tantos

anos trancada. Resolveu então:

— Que se abram as portas! Que se derrube a redoma! Que se abatam os muros! —

gritou comovido, pela primeira vez gostando do seu grito, ele que sempre havia falado tão

baixo. E escancarou as portas à sua frente.

E desta vez ouviu-se gritos, frases, cantigas, ditados, sonetos, discursos e um

bando de risadas. Sons que em liberdade se espalhavam pelo espaço.

COLASANTI, Marina. Doze reis e a moça do labirinto. São Paulo: Global, 2001. (Adaptado).

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01. Faça o que se pede.

a) CIRCULE, nos quadros abaixo, o melhor significado de cada palavra sublinhada nas frases.

“Era um jovem que derramava sua paixão aos pés da amada.”

“E houve até quem garantisse ter apanhado somente frases delicadas.”

“Que se abatam os muros!”

Derramar

espalhar;

expressar;

verter líquido.

Delicada

de espessura reduzida;

meigas, ternas;

carente de força.

Abater

tornar triste;

fazer cair, derrubar

debilitar.

b) ESCREVA o significado da palavra e expressão em destaque nas frases.

Nada perturbaria a serenidade do castelo.

Qualquer ruído era como faca em seus ouvidos.

02. “— Ouçam que preciosidade — dizia o rei.”

A que “preciosidade” o rei se referia?

Por que o rei criou formas para impedir que nenhum som entrasse no castelo?

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b) EXPLIQUE o que era a “Temporada Anual de Caça à Palavra.”

No texto, por mais que fossem aprisionadas, as palavras acabavam escapando.

SUBLINHE, no texto, o parágrafo que comprova essa afirmativa.

03. a) ASSINALE com um X a resposta correta.

Qual acontecimento fez o rei modificar a maneira de agir e liberar os sons?

( ) Passou a recolher todas as palavras.

( ) Ordenou que todas as palavras ditas fossem recolhidas à prisão.

( ) Reconheceu sua própria voz e se emocionou.

( ) Achou aqueles sons incômodos.

“Na verdade, por que as palavras representavam a vida do castelo?”

( ) Os súditos viam as palavras como esporte.

( ) As palavras representavam a fala do rei.

( ) As palavras dão sentido às nossas ações e, por meio delas, sabemos o que se passa com as pessoas.

( ) As palavras despertam paixões.

b) “Mas se os sons não podiam entrar, verdade é que também não podiam sair.”

De acordo com o texto, o rei agiu certo ao proibir qualquer tipo de som em seu castelo? Por quê?

As palavras podem, às vezes, ajudar ou prejudicar as pessoas. Por quê?

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04. Leia o texto a seguir.

TEXTO II

Querida vovó Elza!

Estou carregadinha de novidades. Nem sei por onde começar (...) Mas a maior novidade que eu quero contar vem lá da escola. Eu nunca

imaginei que palavra falasse. A professora começou a aula dizendo que “as palavras são desenhos que falam, querem ver?” “Essa não, fessora? Nunca vi palavra alguma falar” falou Geraldinho. “E quem falou que a palavra é um desenho?”, falou com firmeza a Terezinha. “Ah! Pois provo pra vocês que a palavra é um desenho que voa, que canta, que anda. Querem ver?”

Aí vovó, a professora foi ao quadro e escreveu a palavra asa como todo mundo escreve. Depois caprichou na letra e a palavra adquiriu “asas”...

Depois foi a vez da palavra escorregador. Lembrei do brinquedo e descobri que essa palavra é mesmo escorregadia.

E que a palavra avião voa em todas as direções... E outras palavras foram aparecendo, até a palavra rio nos convida a tomar um

banho de cachoeira.

Agora não posso ver uma palavra que logo quero descobrir o seu mistério. Fico por aqui, depois te mando um cartão-convite para a senhora conhecer as

palavras que eu e meus colegas inventamos.

Um beijo da neta que te adora. Mariana

CLAVER, Ronald, Nova Escola. São Paulo, p.30-31, ago.1989.

a) Existe relação entre a carta de Mariana e o texto “Palavras Aladas”? JUSTIFIQUE.

b) “Eu nunca imaginei que palavra falasse.”

EXPLIQUE essa fala de Mariana.

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05. Leia os seguintes versos de Carlos Drummond de Andrade.

TEXTO III

A palavra

Já não quero dicionários consultados em vão. Quero só a palavra

que resumiria o mundo. Dentro do qual vivêssemos

todos em comunhão, mudos, saboreando-a.

ANDRADE, Carlos Drummond de In: A Paixão Medida. São Paulo: Cia das Letras, 2014. (Adaptado).

a) ASSINALE com um X a opção que mostra o desejo do poeta em relação à palavra.

( ) O poeta quer que as palavras existentes sejam consultadas em dicionários.

( ) O poeta deseja descobrir uma palavra que todo mundo entenda.

( ) O poeta deseja uma palavra que represente união entre todos, no mundo.

( ) O poeta quer criar uma nova palavra bonita e sofisticada.

b) Leia estes versos.

TEXTO IV

Vocabulário Eu sei que parece bobagem, mas é legal inventar palavra que só a gente sabe o que quer dizer Palavras bobas que a gente ama, podem não ser nada e significar tudo.

TELLES, Carlos Queiroz. Semente de Sol. São Paulo: Moderna, 2013.

Para você, quais palavras representam:

- Palavras bobas:

- Palavras que a gente ama.

Há palavras que representam o que é importante em nossa vida, como a amizade.

ESCREVA uma mensagem para seu(sua) melhor amigo(a), dizendo-lhe por que ele(a) é importante para você.

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TEXTO I – BLOCO 3

Estranha é a cabeça das pessoas. Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que não tinha uma, mas várias árvores.

Eram muitas, de todos os tipos, tamanhos e cores. Havia uma que era incrível, dominava toda a rua. Na época da floração, ela enchia a calçada de cores. Ficava sobre o passeio um verdadeiro tapete de flores.

Esquecíamos o cinza que nos envolvia vindo do asfalto, do concreto, do cimento, os elementos característicos da cidade grande.

Percebi certo dia que a árvore começava a morrer. Secava lentamente. As folhas caíam uma a uma, até que um dia amanheceu sem folha, sem vida.

— É um ciclo, ela renascerá! — comentávamos. Não voltou, não renasceu. Inconformado pedi ao técnico do Instituto Botânico que

analisasse a árvore. Ele logo concluiu: “fora envenenada”. Surpresos, nós, os moradores da rua, que tínhamos na árvore um verdadeiro

símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador. Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos e ela respondeu com calma, os olhos brilhando, agressivos e irritados:

— Matei mesmo essa maldita! — Matou, por quê? — Porque na época da floração ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas

flores horríveis.

BRANDÃO, Inácio de Loyola. Manifesto verde. São Paulo: Globo, 2002.

01. Leia os verbetes.

Envolver Perceber Secar

- enrolar-se; - cercar, rodear; - esconder.

- ouvir; - compreender; - notar, reparar.

- tirar umidade; - murchar; - enxugar.

Qual é o melhor significado dos verbos grifados nas frases? RISQUE-os no quadro acima.

Esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do concreto, do cimento.

Percebi certo dia que a árvore começava a morrer.

A árvore secava lentamente.

02. Responda. a) Como era a rua descrita no texto?

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b) Havia uma árvore incrível.

SUBLINHE, no texto, um aspecto ou característica da árvore que comprove essa afirmativa.

c) A presença da árvore não era notada pelos moradores.

De acordo com o texto, essa afirmativa é verdadeira? JUSTIFIQUE.

Leia o trecho abaixo e responda as questões 03 e 04.

— Matei mesmo essa maldita! — Matou, por quê? — Porque na época da floração ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo

essas flores horríveis.

03. a) Que gesto daquela vizinha despertou a suspeita dos moradores da rua em relação à morte da árvore?

b) A vizinha achava a árvore detestável, incômoda. Transcreva, do trecho acima, a palavra que expressa essa ideia da personagem.

04. a) Você concorda com a atitude dessa personagem? JUSTIFIQUE. b) Ela explica o motivo pelo qual matou a árvore. Qual foi esse motivo?

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05. ESCREVA um bilhete para essa personagem para dizer o que você achou da atitude dela e como ela deveria ter agido.

Leia a tirinha e faça as questões 06 e 07.

06 a) Que problema aparece nessa tirinha? Quem foi o causador dessa situação?

b) O que poderá acontecer ao nosso planeta se atitudes como essa continuarem a existir?

07. a) Segundo Chico Bento, o que significa “árvore de esperança”? b) Na sua opinião, há solução para esse problema? Qual?

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Leia o texto e faça as questões 08 e 09.

A árvore de Beto Beto queria ter uma árvore de Natal como a da casa de Caloca, mas seu pai não

poderia comprar. Um dia teve uma ideia: plantar uma árvore num terreno baldio da rua e esperar que ela crescesse.

Limpou o terreno... Arranjou um pouco de adubo. Comprou uma muda pequenininha de pinheiro... e plantou.

Todos os dias o Beto regava a mudinha dele. Revolvia a terra em volta, tirava galhinhos secos. Vigiava para não subir formiga. Cuidava da plantinha como se fosse uma gentinha.

ROCHA, Ruth. A árvore de Beto. São Paulo: Ed. Salamandra, 2010.

08. a) Existe relação entre os textos “O verde” e “A árvore de Beto”? EXPLIQUE.

b) Cuidava da plantinha como se fosse uma gentinha.

As árvores devem ser tão bem cuidadas quanto as pessoas? JUSTIFIQUE a sua resposta.

09. a) Compare as atitudes das personagens do Texto I e do Texto II em relação aos

cuidados com as árvores. COMPLETE o quadro, escrevendo três dessas atitudes.

Atitudes da personagem do Texto I Atitudes de Beto

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b) Beto usou o terreno baldio, um lote vago para plantar uma árvore, mas se jogarmos lixo nesses lugares pode ser perigoso. Muitos insetos como baratas, mosquitos, até mesmo os da dengue são atraídos pelos resíduos jogados ali. Isso pode nos causar doenças.

ESCREVA um texto com o título:

Lugar de lixo é no lixo

10. O papel é feito de celulose, que é retirado da madeira das árvores. São necessárias 20 árvores para fazer uma tonelada (1.000 quilos) de papel.

Como podemos economizar o papel para preservarmos as árvores? Continue o texto, escrevendo mais três dicas:

Não imprimir os e-mails.

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TEXTO I – BLOCO 4 TEXTO I

A FLOR DA HONESTIDADE

Conta-se que, há muitos anos, na China antiga, um príncipe da região Norte estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.

Sabendo disso, o jovem resolveu fazer uma disputa entre as moças da Corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia numa celebração especial todas as pretendentes e lançaria um desafio.

Uma velha senhora, serva do palácio, havia muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração. Indagou incrédula:

— Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes as mais belas e ricas moças da Corte. Tire essa ideia insensata da cabeça. Eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.

E a filha respondeu: — Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei que eu

jamais poderei ser a escolhida, mas é a minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe. Isso já me torna feliz.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam de fato as mais belas moças, com as mais belas roupas e com as mais belas joias, e as mais determinadas intenções.

Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio: “Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que dentro de seis meses me

trouxer a mais bela flor será escolhida minha esposa e a futura imperatriz da China”. [...] O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes de

jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura da semente, pois sabia que, se a beleza da flor surgisse na mesma extensão do seu amor, ela não precisaria se preocupar com os resultados.

Passaram-se três meses, e nada surgiu. A jovem de tudo tentava, usava de todos métodos que conhecia, mas nada havia

nascido. Dia após dia, ela percebia estarem cada vez mais longe os seus sonhos, mas

cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, seis meses haviam se passado, e nada havia brotado. Consciente do seu

esforço e dedicação, a moça comunicou à sua mãe que, independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio na data combinada, pois não pretendia nada, além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada, estava lá com o seu vaso vazio, e todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela que a outra, das mais variadas formas e cores.

Ela estava admirada. Nunca tinha presenciado tão bela cena. Finalmente, chega o momento esperado, e o príncipe observa cada uma das

pretendentes com muito cuidado e atenção.

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Após passar por todas elas, uma a uma, ele anuncia o resultado, e indica a bela jovem como sua futura esposa.

As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu por que ele havia escolhido justamente aquela que nada

havia cultivado. Então, calmamente, ele explicou: — Ela foi a única que cultivou a flor que a tornará digna de tornar-se imperatriz: a

flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis, não dão flores.

A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem os cultiva e espalha claridade ao seu redor.

DUTRA, Ivan. (Org.). Novos contos da juventude. Londrina: Leopoldo Machado, 2003. p.161-163. (Adaptado).

01. a) RISQUE, no quadro de verbetes, o melhor significado dos verbos destacados nas frases abaixo.

“Conta-se que, por volta do ano 250 a.C. na China antiga, um príncipe da região Norte estava às vésperas de ser coroado imperador, mas de acordo com a lei, ele deveria se casar”.

“No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia numa celebração especial todas as pretendentes e lançaria um desafio”.

b) ESCREVA o significado mais adequado para as palavras sublinhadas nas frases abaixo.

“Eu sei que eu jamais poderei ser a escolhida, mas é a minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe”.

“Lá estavam de fato as mais belas moças, com as mais belas roupas e com as mais belas joias, e as mais determinadas intenções”.

CONTAR

determinar o número, o valor, a quantidade;

calcular;

narrar;

marcar, registrar.

LANÇAR

atirar com força;

arremessar;

promover, tornar conhecido;

espalhar, semear.

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02. Responda.

a) Qual era a condição para que o príncipe fosse coroado imperador?

A velha senhora, serva do palácio, ficou triste ao saber da notícia do casamento.

Qual foi o motivo da tristeza da serva do palácio?

Ao decidir se casar, o príncipe propôs uma disputa entre as moças do reino.

b) EXPLIQUE um motivo para o príncipe escolher sua futura esposa dessa maneira.

A jovem filha da serva resolveu ir à celebração.

GRIFE, no Texto I, o parágrafo em que a filha da serva justifica sua decisão.

03. O príncipe não avisara a ninguém que as sementes eram estéreis, isto é,

sementes que não dão flor.

a) Responda:

Se todas as sementes eram estéreis, o que é possível concluir diante dos vasos floridos apresentados pelas pretendentes?

A atitude das pretendentes foi correta? JUSTIFIQUE sua resposta.

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b) MARQUE com um (X) a frase que mostra como é o príncipe na história. JUSTIFIQUE sua escolha.

( ) Uma pessoa falsa, que gosta de usar as pessoas para se divertir.

( ) Uma pessoa verdadeira, que valoriza as boas qualidades das pessoas.

Justificativa:

MARQUE com um (X) a afirmativa que pode ser comprovada no texto.

( ) A personagem principal é, ao mesmo tempo, o narrador da história.

( ) O príncipe é imperador e queria se casar para ter herdeiros para o seu trono.

( ) A serva do palácio acreditava que sua filha um dia seria esposa do imperador.

( ) A bela jovem, filha da serva, conseguiu se casar com o príncipe por causa de sua sinceridade.

TEXTO II

Moradores de rua encontram R$ 20 mil e devolvem à polícia

Casal vive debaixo de um viaduto e trabalha catando produtos recicláveis na rua, mas optou pela honestidade ao devolver dinheiro aos donos

Folhapress

O que você faria se encontrasse R$ 20 mil na rua? Um casal de moradores de rua de Tatuapé, em São Paulo, passou por essa experiência e, diferente do que muitos fariam, resolveu devolver o dinheiro à polícia.

Na madrugada desta segunda-feira (9/7), Rejaniel de Jesus Silva Santos, 36 anos, estava com sua mulher, Sandra Regina Domingues, debaixo do viaduto onde moram, quando ouviram o barulho do alarme de uma loja próxima e foram verificar o que estava ocorrendo. No caminho, eles encontraram um saco abandonado próximo a um ponto de ônibus, recheado com moedas e notas de 10, 20, 50 e 100 reais, totalizando mais de R$

20 mil. Sem hesitar, eles decidiram avisar a polícia. Quando os policiais militares chegaram ao local e receberam o dinheiro, não

acreditaram que Santos estava devolvendo a quantia e o parabenizaram pela honestidade, conforme ele mesmo relatou. “A minha mãe me ensinou que não devo roubar e, se vir alguém roubando, devo avisar a polícia. Se ela me assistir pela TV lá no Maranhão, vai ver que o filho ainda é uma das pessoas honestas nesse mundo”, declarou o morador de rua que, há alguns anos, perdeu o contato com a família. [...]

Disponível em: <http://www.jornalopcao.com.br/posts/ultimas-noticias/moradores-de-rua-encontram-r-20-mil-e-devolvem-a-policia>.

Acesso em: 16 out. 2017.

Rejaniel de Jesus Silva Santos e Sandra Regina Domingues: moradores de rua que encontraram dinheiro furtado e devolveram aos donos

Déborah Gouthier

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04. a) Por que os policiais não acreditaram que Santos estava devolvendo o dinheiro que encontrou?

b) O morador de rua explica um dos motivos de ter devolvido do dinheiro.

GRIFE, no Texto II, a frase que comprova essa afirmativa.

05. a) ESCREVA uma semelhança entre os Textos I e II.

b) ESCREVA um e-mail para o Jornal Opção, dando a sua opinião sobre a atitude do casal, descrita na notícia: “Moradores de rua encontram R$ 20 mil e devolvem à polícia”.

Obs.: Crie um endereço eletrônico para você e para o Jornal Opção.

06. COPIE do texto lido:

– palavras paroxítonas – r entre vogais – r inicial

07. ESCREVA um período com as palavras paroxítonas.

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TEXTO I – BLOCO 5

Um vampiro na livraria Eric Sanvoisin. Tradução de Lino Albergaria

Papai tem uma livraria. Ele adora os livros, de verdade. Devora todos. O maior glutão. Lê o dia inteiro e às vezes à noite também. Toda tarde uma pilha nova de livros invade nossa casa. Tem livro em todo canto, até nos banheiros. Uma invasão. E é impossível protestar.

Para papai os invasores têm sempre razão. Conversa com eles como se fossem gente. Inventa apelidos e os chama de meus livrinhos. Todos os livros são seus colegas e amigos.

As férias começaram e eu não tenho muito o que fazer. Então ajudo meu pai na livraria.

Na maior parte do tempo, observo os leitores. Cada um tem sua mania. Alguns cheiram os livros como se escolhessem um perfume. Outros escolhem ao acaso. Adoram surpresas. A livraria, para esses, é uma loteria. E também existem os que custam a se decidir. Pegam. Largam. Pegam outra vez. Até que desistem e recolocam o livro no lugar. É normal que saiam com as mãos vazias, aborrecidos por não terem comprado nada.

Tenho meu esconderijo no fundo da loja. Uma janelinha no meio de uma parede de livros. Ninguém consegue me ver. Sou mesmo um espião. Fico anotando os menores detalhes do que vejo. Um dia, quem sabe, ponho tudo num livro? Mas isto ia me surpreender muito, pois a gramática e eu não costumamos nos entender muito bem.

Ah, um novo freguês! Tenho certeza que não conheço. Nunca o notei pelo bairro. É possível que tenha acabado de se mudar. É engraçado até! A pele cinzenta, as sobrancelhas eriçadas e um jeito meio doidão. E ainda tem uns truques curiosos. Eu podia jurar que ele flutua a uns dez centímetros do chão. Assim como um fantasma. Esquisito pra caramba. Epa, epa!

Vi, vi com meus próprios olhos quando o desconhecido bebeu um livro. E eu não estava com febre para ter alucinação. Por uns bons cinco minutos passeou entre as estantes. Com os olhos fechados, deslizava em silêncio, os braços estendidos à sua frente. Como se estivesse escutando os ruídos dos livros.

De repente agarrou um livrinho e tudo ficou ainda mais louco. Ele não abriu o livro. Só separou as páginas do meio, fazendo ali uma espécie

de fenda, onde enfiou um canudinho que tirou do bolso. Sua boca começou a aspirar. Uma expressão de prazer apareceu no seu rosto, como se o livro estivesse cheio de suco de laranja bem gelado. Estava fazendo o maior calor: um tempo que não convidava ninguém a entrar numa livraria.

Acabei soltando um grito de surpresa. Sei que deveria ter sufocado aquele barulho.

Parece que ele escutou. Pôs o livro no lugar, guardou o canudo e foi saindo rapidinho.

Deixei correndo meu esconderijo para examinar aquele livro. Não foi difícil achá-lo. Estava mais fino que os outros e tinha uma consistência de borracha. Ao pegá-lo, senti uma leveza inquietante. Qualquer vento que entrasse na livraria, ele teria voado.

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Mas no momento em que o abri, só me faltou desmaiar. Estava vazio. Não havia palavra alguma em nenhuma de suas páginas.

Aquele cliente esquisito tinha bebido toda a tinta do livro!

SANVOISIN, Eric. O vampiro da livraria. Tradução de Lino Albergaria. Paris: Nathan, 1996, p. 7-17. (Adaptado).

VOCABULÁRIO: Eriçadas: espetadas, arrepiadas.

01. EXPLIQUE o significado das expressões destacadas nas frases abaixo. a) “A pele cinzenta, as sobrancelhas eriçadas e um jeito meio doidão.”

b) “Esquisito pra caramba.”

c) “Ao pegá-lo, senti uma leveza inquietante.”

02. ENUMERE, de 1 a 5, os fatos de acordo com a ordem em que aparecem no texto.

( ) Deixei correndo meu esconderijo para examinar aquele livro.

( ) Toda tarde uma pilha nova de livros invade nossa casa.

( ) O freguês desconhecido bebeu um livro usando um canudinho.

( ) As férias começaram e eu não tenho muito o que fazer. Então ajudo meu pai na livraria.

( ) Um novo freguês, de aspecto estranho, entra na livraria.

03. Releia.

“Devora todos. O maior glutão. Lê o dia inteiro e às vezes à noite também. Toda tarde uma pilha nova de livros invade nossa casa.”

a) EXPLIQUE em que sentido o pai do narrador é um glutão.

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b) Ao referir-se aos livros que o pai traz para casa, o narrador sugere que eles são invasores.

O que o uso dessa palavra sugere? Marque com um X a alternativa correta.

( ) O narrador brincava com os livros em sua casa.

( ) O narrador não gostava dos livros em sua casa.

( ) O narrador considerava os livros seus amigos.

04. a) Segundo informações do narrador, ajudar o pai na livraria é opção ou obrigação? EXPLIQUE.

b) De acordo com o texto, o que o narrador faz na livraria de seu pai?

05. a) O narrador deixa escapar que um dia poderá ser um escritor. TRANSCREVA do texto a frase que comprova a afirmativa.

b) De acordo com o texto, qual problema o narrador terá que enfrentar para ser realmente um escritor?

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06. O vampiro visitante da livraria se alimentava de uma forma bem diferente dos outros vampiros que normalmente vemos em filmes e livros.

a) SUBLINHE o parágrafo que apresenta a maneira como o vampiro dessa história se alimenta.

b) O que você achou dessa nova maneira de um vampiro se alimentar? REDIJA um parágrafo com sua resposta e comente sobre a importância da leitura.

07. Faça o que se pede.

a) COPIE do penúltimo parágrafo do texto a palavra escrita com eza.

b) ESCREVA outras palavras com essa terminação.

c) COMPLETE o quadro com palavras terminadas em

SÃO SSÃO

ZICS/gmf