ROTEIRO PARA ENCONTRO DE GRUPO DE JOVENS

O encontro do Grupo de Jovens é o espaço privilegiado para a vida e o desenvolvimento do processo de formação pessoal e grupal que se deseja para os envolvidos direta e indiretamente com a PJEL. Para isso, necessita-se de Assessores, Animadores e Coordenadores capacitados (intelectual, psicológica e afetivamente) necessitando que estejam “por dentro” do processo formativo bem como da capacidade de identificar e atuar nas etapas que o Grupo está passando, das fases que vivem os adolescentes e os jovens, dos anseios, dos sonhos, esperanças e crises dos que ali estão, e, sobretudo, fomentar a participação e o compromisso pelo Reino de Deus conforme a vivência e seguimento de Jesus Cristo.

Preparar os encontros, o planejamento do ano, os projetos do grupo a curto, médio e longo prazo, o envolvimento dos jovens na preparação, planejamento e execução de atividades, são fundamentais para a estabilidade e crescimento de um grupo de jovens, pois o jovem quer sentir-se parte atuante na missão e com responsabilidade pelo grupo em que vive.

A sistematicidade dos momentos dos encontros do grupo de jovens garantem a continuidade, a profundidade e o verdadeiro crescimento grupal. Além disso, os momentos não acontecem de maneira fragmentada já que os passos são uma maneira pedagógica de perceber e fazer perceber os elementos importantes em questão.

Outro aspecto importante num processo de grupo é ter presente e conhecer os eixos fundamentais da RODA – Reflexão – Oração – Diversão – Ação. Bem como da sua execução no encontro de um grupo de jovens em uma escola lassalista. É uma marca vivida, rezada e executada na dinâmica pastoral. A RODA é uma maneira simplificada, que foi criada pela EPJ, para viver o método da Pastoral da Juventude do Brasil - Ver – Julgar – Agir – Rever – Celebrar.

PASSOS DE UM ENCONTRO DE GRUPO DE JOVENS

Acreditamos que o princípio de todas ação é precedida de planejamento eficaz daquilo que executaremos, portanto, cada encontro, para sua verdadeira eficiência, necessariamente deve ser preparada com antecedência, com conhecimento de causa e com criatividade. A clareza do objetivo do encontro e das metas a serem alcançadas favorece a escolha do tema adequado (pertinente), bem como das dinâmicas e/ou textos a serem utilizados.

Percebemos que não é necessário desenvolver todos estes passos sistematicamente em cada encontro já que podem aflorar temáticas não previamente definidas, às quais a assessoria precisará abrir espaço de reflexão no grupo, bem como de saber trabalhá-las oportunamente. O mais importante é manter uma seqüência de conteúdos e envolver os jovens em todos os momentos dos processos desencadeados.

1. Acolhida/AmbientaçãoO espaço onde acontece o encontro deve ser acolhedor. O local pode ser preparado com

antecedência de modo que favoreça a comunicação, a discussão, reflexão e a ligação de um encontro com o outro justamente para favorecer a clareza do processo. Se possível, ornamentado com cartazes, símbolos,... que dêem sentido e incentivo para a caminhada do Grupo.

O papel do assessor, que acolhe e anima, é muito importante neste momento, sobretudo em grupos iniciantes já que ele se torna o referencial inicial.

2. Integrando e AnimandoEste momento é muito importante, sobretudo para um Grupo que

está começando. O canto, a brincadeira para o “Quebra-gelo” e ou a Dinâmica de Integração são imprescindíveis para dar sentido de grupo às pessoas que estão se reunindo. É uma descoberta do outro e da caminhada pessoal num grupo social.

Outro aspecto importante é a apresentação de cada participante, de que cada um tem uma história pessoal e um nome que o identifica. Por isso, desde o início fortalecer a idéia de nos chamarmos pelo nome, já que o apelido, na maioria das vezes, não respeita esta história.

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3. Memória do Encontro Anterior e Tema do EncontroÉ o momento de fazer a memória do grupo. Lembrar os pontos mais importantes que foram

discutidos, lembrar as decisões tomadas e resgatar as atividades que foram distribuídas para serem feitas pelos membros do grupo. Na seqüência, pode-se apresentar a proposta de trabalho do encontro: temas, metodologia, acolhendo sugestões do grupo. A escolha do tema deve estar ligada com a realidade e os interesses do grupo. A assessoria deve ter presente um itinerário de educação na fé, ou seja, elementos que façam o grupo crescer em todas as dimensões. Isso implica que os assuntos/temas estejam ligados de um encontro a outro num sentido processual sempre ampliando a visão de pessoa, mundo...

4. Rezando juntosCada grupo vai progressivamente sentindo a necessidade de uma oração/espiritualidade mais

profunda. Estes momentos devem ser muito bem planejados e executados. Aos poucos os jovens se habituam e passam a contribuir na preparação do momento de oração. É importante que o assessor saiba das práticas pessoais e familiares de espiritualidade de cada membro do grupo para descobrir elementos que possam estar sendo trabalhados em grupo ou individualmente durante a caminhada.

5. Aprofundamento - “Iluminação”Aqui acontecem as dinâmicas, vídeos, textos, oficinas, leituras da Palavra,... Sobre o tema central

escolhido para encontro. A boa escolha da forma de aprofundamento do tema facilitará o momento que segue. O assessor necessita ter lido e refletido previamente o conteúdo para fazer uma boa introcução.

6. Bate-papo/Debate O Grupo de Jovens é um espaço privilegiado de participação e de colocação das reflexões

pessoais. Cabe aqui o incentivo à participação de todos para que, com base no que foi estudado, o adolescente e o jovem possa exercitar seu senso crítico e protagonismo.

7. Compromisso Um dos princípios pedagógicos da Pastoral da Juventude do Brasil é a formação na ação. A partir

do discutido, o Grupo deve encontrar um consenso e uma prática concreta para fazer acontecer aquilo que se acredita. “A fé sem obras é morta”. O Grupo que não atua concretamente, e que disponha de uma orientação adequada para sua etapa de formação, geralmente perde o sentido e morre.

8. Encaminhamentos práticosÉ o momento de se prever as responsabilidades e encaminhamentos para o próximo encontro,

como: dinâmica de integração, oração, tema de estudo, quem ajuda e o que cada um prepara... É também a ocasião em que se planeja e se partilha as atividades e projetos que o grupo tem em

vista. (Em algumas reuniões esse momento acontece no início do grupo).

9. Avaliação“Quem revê, vê melhor”. Momento importante para a caminhada do Grupo. O crescimento do

Grupo depende muito das opções que o mesmo vai assumindo a partir da tomada de consciência dos erros e acertos, dentro da perspectiva de uma construção participativa. A revisão séria das ações realizadas ajuda a tirar ou mostrar as máscaras do grupo.

A avaliação de um encontro pode ser feita de formas diversas. Por vezes é necessário que seja mais aprofundada, vendo atitudes, hábitos, coerências e incoerências... outras vezes pode ser feita de maneira mais breve. O importante é que cada um se auto-avalie e avalie o grupo como um todo de modo coerente para beneficiar o amadurecimento de todos.

10. Oração FinalCelebração da vida do Grupo e da vida de cada participante. Dependendo de como foi planejado o encontro, se faz uma

celebração mais longa, na capela ou noutro ambiente preparado para tal, ou se conclui com uma oração breve.

Sugestão: É bacana no final do encontro realizar um lanche partilhado (ou durante o encontro), pode-se marcar previamente um lgar para ir (esporte, parque, praças, pizzaria, cinema, casa de alguém, etc...) no final do encontro para a convivência e o lazer do grupo pois é justamente ali que muitos se revelam verdadeiramente.

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