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1 2. PROCESSO DISCIPLINAR NA OAB 2.1. Noções Preliminares Processo Ético-Disciplinar: instrumento constitucionalmente legítimo para apuração e aplicação de sanções disciplinares aos Advogados e Estagiários inscritos na OAB que transgridam os regramentos deontológicos. Competência: exclusiva da OAB. O poder/dever de punir Advogados e Estagiários por infração disciplinar compete privativamente a OAB, não sendo atribuído a qualquer outra autoridade (inclusive os magistrados). Principais Garantias: Princípio do Devido Processo Legal; Princípios do Contraditório e Ampla defesa; Direito de Representação Pessoal ou por Intermédio de Procurador; Modalidades de Defesa: defesa prévia (após notificação), razões finais (após instrução), defesa oral perante o Tribunal de Ética e Disciplina (por ocasião do julgamento) e recursos; Publicidade Restrita (EOAB - art. 72. § 2º. O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente). Disposições Legislativas Regulamentares: Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil (Lei nº 8.906/94 – EOAB); Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e OAB; Código de Ética e Disciplina da OAB; Regimento Interno do Conselho Seccional do Paraná; Código de Processo Penal (aplicação subsidiária – art. 126 RI OAB- PR). 2.2. Estrutura de Funcionamento da Jurisdição Ético-Disciplinar da OAB 2.2.1. Conselho Seccional do Paraná a) Órgãos – art 2º do Regimento Interno da OAB – Seção Paraná (RI OAB-PR): Art. 2º - O Conselho Seccional do Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil atua mediante os seguintes órgãos: I - Assembléia Geral dos Advogados; II - Conselho Pleno; III - Câmara Especial; IV - Câmara de Disciplina; V - Câmara de Seleção; VI - Câmara de Direitos e Prerrogativas;

Roteiro Processo Displinar Na Oab vs Alunos

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2. PROCESSO DISCIPLINAR NA OAB

2.1. Noes PreliminaresProcesso tico-Disciplinar: instrumento constitucionalmente legtimo para apurao e aplicao de sanes disciplinares aos Advogados e Estagirios inscritos na OAB que transgridam os regramentos deontolgicos.Competncia: exclusiva da OAB. O poder/dever de punir Advogados e Estagirios por infrao disciplinar compete privativamente a OAB, no sendo atribudo a qualquer outra autoridade (inclusive os magistrados).

Principais Garantias:

Princpio do Devido Processo Legal; Princpios do Contraditrio e Ampla defesa; Direito de Representao Pessoal ou por Intermdio de Procurador; Modalidades de Defesa: defesa prvia (aps notificao), razes finais (aps instruo), defesa oral perante o Tribunal de tica e Disciplina (por ocasio do julgamento) e recursos; Publicidade Restrita (EOAB - art. 72. 2. O processo disciplinar tramita em sigilo, at o seu trmino, s tendo acesso s suas informaes as partes, seus defensores e a autoridade judiciria competente).Disposies Legislativas Regulamentares: Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n 8.906/94 EOAB); Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e OAB; Cdigo de tica e Disciplina da OAB; Regimento Interno do Conselho Seccional do Paran; Cdigo de Processo Penal (aplicao subsidiria art. 126 RI OAB-PR).2.2. Estrutura de Funcionamento da Jurisdio tico-Disciplinar da OAB

2.2.1. Conselho Seccional do Paran

a) rgos art 2 do Regimento Interno da OAB Seo Paran (RI OAB-PR):Art. 2 - O Conselho Seccional do Paran da Ordem dos Advogados do Brasil atua mediante os seguintes rgos:

I - Assemblia Geral dos Advogados;

II - Conselho Pleno;

III - Cmara Especial;

IV - Cmara de Disciplina;

V - Cmara de Seleo;

VI - Cmara de Direitos e Prerrogativas;

VII - Diretoria;

VIII - Tribunal de tica e Disciplina;

IX - Ouvidoria Geral;

X - rgos Auxiliares;

XI - rgos Consultivos do Conselho Seccional.b) Tribunal de tica e Disciplina TED-PR:b.1) Competncia (critrio territorial) art. 70 e 1 do EOAB:

Art. 70. O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infrao, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal. 1 Cabe ao Tribunal de tica e Disciplina, do Conselho Seccional competente, julgar os processos disciplinares, instrudos pelas Subsees ou por relatores do prprio conselho.b.2) Composio e Estrutura (RI OAB-PR):Art. 61 - O Tribunal de tica e Disciplina do Conselho Seccional do Paran da Ordem dos Advogados do Brasil, que tem sua competncia prevista no art. 70, 1, do Estatuto da Advocacia e da OAB, compe-se de cinqenta e trs membros efetivos e dez membros suplentes cujo mandato ter durao de trs anos, permitida a reeleio, sendo um Presidente, um Secretrio Administrativo, um Corregedor e cinqenta membros que comporo dez Turmas de Julgamento, divididas em cinco regies, com competncia territorial definida.

Art. 62 - O Tribunal rene-se e atua:

I - pelo Tribunal Pleno, composto de cinqenta e trs membros o Presidente, o Secretrio Administrativo, o Corregedor e os cinqenta membros efetivos;

II - pela Cmara Especial do Tribunal, composta de vinte e trs membros o Presidente, o Secretrio Administrativo, o Corregedor, os Presidentes das Turmas de Julgamento e outros dez membros;

III - pelas Turmas de Julgamento, constitudas, cada uma, de cinco membros.b.3) Turmas de Julgamento do TED-PR (RI OAB-PR):

Art. 68 - O Tribunal de tica e Disciplina conta com de dez Turmas de Julgamento, cada uma composta por cinco membros, sendo um deles o seu Presidente, dividido em cinco regies, como segue:

I - Primeira Regio - com sede em Curitiba, na sede do Conselho Seccional, e nela funcionam a Primeira, a Segunda, a Terceira, a Quarta, a Quinta e a Sexta Turmas de Julgamento, cuja competncia estende-se sobre a rea territorial das Subsees de Araucria, Campo Largo, Lapa, Paranagu, Rio Negro e So Jos dos Pinhais e, ainda, dos municpios de Curitiba, Adrianpolis, Almirante Tamandar, Bocaiva do Sul, Campina Grande do Sul, Cerro Azul, Colombo, Itaperuu, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras, Rio Branco do Sul e Tunas do Paran;

II - Segunda Regio - com sede na Subseo de Londrina e nela funciona a Stima Turma de Julgamento, cuja competncia estende-se sobre a rea territorial das Subsees de Apucarana, Arapongas, Cornlio Procpio, Ibaiti, Ivaipor, Jacarezinho, Londrina e Santo Antnio da Platina;

III - Terceira Regio - com sede na Subseo de Maring e nela funciona a Oitava Turma de Julgamento, cuja competncia estende-se sobre a rea territorial das Subsees de Campo Mouro, Cianorte, Cruzeiro do Oeste, Goioer, Ipor, Loanda, Maring, Nova Esperana, Paranava e Umuarama;

IV - Quarta Regio - com sede na Subseo de Cascavel e nela funciona a Nona Turma de Julgamento, cuja competncia estende-se sobre a rea territorial das Subsees de Assis Chateaubriand, Cascavel, Foz do Iguau, Guara, Laranjeiras do Sul, Marechal Cndido Rondon, Medianeira, Palotina e Toledo;

V - Quinta Regio - com sede na Subseo de Ponta Grossa e nela funciona a Dcima Turma de Julgamento, cuja competncia estende-se sobre a rea territorial das Subsees de Castro, Francisco Beltro, Guarapuava, Irati, Palmas, Pato branco, Pitanga, Ponta Grossa, Prudentpolis, Telmaco Borba e Unio da Vitria.

Art. 69 - Compete s Turmas de Julgamento do Tribunal de tica e Disciplina:

II - julgar processos disciplinares incluindo os que envolvam a aplicao da pena de excluso de advogado, caso em que, independentemente de recurso voluntrio, dever ser remetido de ofcio ao Conselho Pleno do Conselho Seccional para reexame obrigatrio;

Pargrafo nico - Compete Sexta Turma de Julgamento, privativamente, julgar as infraes disciplinares do inciso XXIII, do art. 34, do Estatuto da Advocacia e da OAB. [fazer publicar na imprensa, desnecessria e habitualmente, alegaes forenses ou relativas a causas pendentes].

Art. 77 - Os processos sero distribudos para as Turmas de Julgamento de acordo com a competncia material e territorial respectiva.b.4) Cmara Especial do TED-PR (RI OAB-PR): Art. 65 - Compete Cmara Especial do Tribunal:

II - proferir pareceres sobre consultas escritas, formuladas em tese, relativas s matrias de sua competncia ou interpretao do Cdigo de tica e Disciplina, devendo todas as Subsees paranaenses ser cientificadas do contedo das respostas.

III - aplicar a pena de suspenso preventiva prevista no artigo 70, 3, do Estatuto da Advocacia e da OAB;

b.5) Pleno do TED-PR (RI OAB-PR):

Art. 63 - Compete ao Tribunal Pleno:

I - uniformizar sua jurisprudncia em matria disciplinar;c) Cmara de Disciplina do Conselho Seccional do Paran (RI OAB-PR):c.1) Composio:

Art. 29 - A Cmara de Disciplina contar com duas Turmas de Julgamento, entre elas repartindo-se, com igualdade, os processos recebidos pela Secretaria.

1o A Primeira Turma da Cmara de Disciplina ser composta pelo Conselheiro Coordenador do Setor de Processos Disciplinares que a presidir e, por no mnimo doze Conselheiros; 2o A Segunda Turma da Cmara de Disciplina ser composta pelo Conselheiro Coordenador Adjunto do Setor de Processos Disciplinares que a presidir e, por no mnimo doze Conselheiros;

c.2) Turmas da Cmara de Disciplina Competncia:

Art. 30 - Compete s Turmas da Cmara de Disciplina julgar, em grau de recurso, as decises proferidas pelos rgos do Tribunal de tica e Disciplina, assim como as decises de indeferimento e ou arquivamento liminar de representaes disciplinares, dando conhecimento de suas decises ao Tribunal de tica e Disciplina para registro e arquivo, Subseo a que o advogado envolvido esteja vinculado e s autoridades que tenham representado ex-officio.

1 - Excetuam-se ao disposto neste artigo os recursos das decises que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado;

3 - No julgamento do recurso, o relator ou qualquer membro da Turma poder propor que esta o afete ao Pleno da Cmara, em vista da relevncia ou especial complexidade da matria versada, podendo proceder do mesmo modo quando suscitar questes de ordem que impliquem a adoo de procedimentos comuns pelas Turmas.

d) Cmara de Seleo do Conselho Seccional do Paran Competncia e Estrutura (RI OAB-PR):Art. 33 - Cmara de Seleo compete:

I - julgar os processos que envolvam a declarao de inidoneidade moral decorrentes dos pedidos de inscrio, caso em que, independentemente de recurso voluntrio, dever ser remetido de ofcio ao Conselho Pleno do Conselho Seccional, para reexame obrigatrio;

II - julgar os recursos das decises proferidas pelo seu Presidente e pelas Comisses de Seleo, bem como proceder uniformizao de decises.

Art. 35 - A Cmara de Seleo conta com sete Comisses de Seleo, cada uma composta por trs membros, sendo, preferencialmente, dois Conselheiros Efetivos e um Conselheiro Suplente, e presididas por um daqueles.e) Cmara de Especial do Conselho Seccional do Paran (RI OAB-PR):Art. 26 - Compete privativamente Cmara Especial julgar:

II pedido de reviso de processo disciplinar, exceo daqueles que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado;

III pedido de reabilitao, exceo daqueles que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado.f) Pleno do Conselho Seccional do Paran (RI OAB-PR):

Art. 23 - Compete ao Conselho Pleno:

XXI - julgar em grau de reexame obrigatrio os processos disciplinares que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado, bem como os recursos voluntrios em face das decises neles proferidas;

XXIV - julgar, privativamente, os pedidos de reviso de processo disciplinar que envolvam a declarao de inidoneidade moral, a aplicao da pena de excluso de advogado;

XXV - julgar, privativamente, os pedidos de reabilitao de processo disciplinar que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado;

2.2.2. Conselho Federal da OABa) Competncia - EOAB:

Art. 75. Cabe recurso ao Conselho Federal de todas as decises definitivas proferidas pelo Conselho Seccional, quando no tenham sido unnimes ou, sendo unnimes, contrariem esta lei, deciso do Conselho Federal ou de outro Conselho Seccional e, ainda, o regulamento geral, o Cdigo de tica e Disciplina e os Provimentos.Pargrafo nico. Alm dos interessados, o Presidente do Conselho Seccional legitimado a interpor o recurso referido neste artigo.Art. 77. Todos os recursos tm efeito suspensivo, exceto quando tratarem de eleies (arts. 63 e seguintes), de suspenso preventiva decidida pelo Tribunal de tica e Disciplina, e de cancelamento da inscrio obtida com falsa prova.Pargrafo nico. O regulamento geral disciplina o cabimento de recursos especficos, no mbito de cada rgo julgador.b) rgos - Regulamento Geral da OAB (RG OAB): Art. 64. O Conselho Federal atua mediante os seguintes rgos:

I Conselho Pleno;

II rgo Especial do Conselho Pleno;

III Primeira, Segunda e Terceira Cmaras;

IV Diretoria;

V Presidente.

c) Segunda Cmara do Conselho Federal da OAB (RG OAB):

Art. 89. Compete Segunda Cmara:

I decidir os recursos sobre tica e deveres do advogado, infraes e sanes disciplinares;

II promover em mbito nacional a tica do advogado, juntamente com os Tribunais de tica e Disciplina, editando resolues regulamentares ao Cdigo de tica e Disciplina.

VII eleger, dentre seus integrantes, os membros da Corregedoria do Processo Disciplinar, em nmero mximo de trs, com atribuio, em carter nacional, de orientar e fiscalizar a tramitao dos processos disciplinares de competncia da OAB, podendo, para tanto, requerer informaes e realizar diligncias, elaborando relatrio anual dos processos em trmite no Conselho Federal e nos Conselhos Seccionais e Subsees.

Art. 89-A. A Segunda Cmara ser dividida em trs Turmas, entre elas repartindo-se, com igualdade, os processos recebidos pela Secretaria.d) rgo Especial do Conselho Pleno (RG OAB):Art. 85. Compete ao rgo Especial deliberar, privativamente e em carter irrecorrvel, sobre:

I recurso contra decises das Cmaras, quando no tenham sido unnimes ou, sendo unnimes, contrariem a Constituio, as leis, o Estatuto, decises do Conselho Federal, este Regulamento Geral, o Cdigo de tica e Disciplina ou os Provimentos;

2.3. Processo Disciplinar2.3.1. Instauraoa) Representao Particular ou Ex Officio

CED Art. 51. O processo disciplinar instaura-se de ofcio ou mediante representao dos interessados, que no pode ser annima.

EOAB Art. 72. O processo disciplinar instaura-se de ofcio ou mediante representao de qualquer autoridade ou pessoa interessada.

RI OAB PR Art. 128 - O processo disciplinar instaura-se de ofcio ou mediante representao de interessado dirigida ao Presidente do Conselho Seccional ou da Subseo, vedado o anonimato.

1 - A representao deve ser instruda com os documentos e com a indicao de todas as demais provas da ocorrncia da infrao disciplinar, a includo o rol das testemunhas at o mximo de cinco.

2 - Na representao por reteno indevida de autos imprescindvel a prova de descumprimento da notificao legal de sua cobrana, sob pena de indeferimento liminar.

b) Protocolo Os dados so cadastrados no sistema interno da OAB/PR (intranet); Competncia: verificado o local dos fatos para fixao da competncia de instruo, o Presidente da Subseo ou o Presidente da Seccional designa relator e eventual advogado instrutor responsvel por fazer o despacho de admissibilidade e submet-lo ao relator para homologao ou no.CED Art. 51 1 Recebida a representao, o Presidente do Conselho Seccional ou da Subseo, quando esta dispuser de Conselho, designa relator um de seus integrantes, para presidir a instruo processual.

EOAB Art. 73. Recebida a representao, o Presidente deve designar relator, a quem compete a instruo do processo e o oferecimento de parecer preliminar a ser submetido ao Tribunal de tica e Disciplina.

RI OAB PR Art. 129 - Recebida a representao, o Presidente do Conselho Seccional ou o Presidente da Subseo, quando esta dispuser de Conselho, designa um de seus membros para presidir a instruo.

Pargrafo nico - O Presidente do Conselho Seccional ou o Presidente da Subseo, conforme o caso, ou o Relator podem designar advogado (instrutor) para realizar os atos de instruo.2.3.2. Juzo de AdmissibilidadeCED Art. 51. 2 O relator pode propor ao Presidente do Conselho Seccional ou da Subseo o arquivamento da representao, quando estiver desconstituda dos pressupostos de admissibilidade.

RI OAB PR Art. 130 - O Relator deve propor ao Presidente do Conselho Seccional ou o Presidente da Subseo, conforme o caso, o arquivamento da representao a que faltarem os pressupostos de admissibilidade ou, no sendo o caso, determinar a notificao dos interessados para esclarecimentos e a do representado para a defesa prvia.

Obs. Arquivamento Liminar Recurso [RI OAB]: Art. 30 - Compete s Turmas da Cmara de Disciplina julgar, em grau de recurso, as decises proferidas pelos rgos do Tribunal de tica e Disciplina, assim como as decises de indeferimento e ou arquivamento liminar de representaes disciplinares, dando conhecimento de suas decises ao Tribunal de tica e Disciplina para registro e arquivo, Subseo a que o advogado envolvido esteja vinculado e s autoridades que tenham representado ex-officio.2.3.3. Notificao e Defesa Prvia

a) Notificao - Formalidades: RG OAB:

Art. 137-D. A notificao inicial para a apresentao de defesa prvia ou manifestao em processo administrativo perante a OAB dever ser feita atravs de correspondncia, com aviso de recebimento, enviada para o endereo profissional ou residencial constante do cadastro do Conselho Seccional.

1 Incumbe ao advogado manter sempre atualizado o seu endereo residencial e profissional no cadastro do Conselho Seccional, presumindo-se recebida a correspondncia enviada para o endereo nele constante.

2 Frustrada a entrega da notificao de que trata o caput deste artigo, ser a mesma realizada atravs de edital, a ser publicado na imprensa oficial do Estado.

3 Quando se tratar de processo disciplinar, a notificao inicial feita atravs de edital dever respeitar o sigilo de que trata o artigo 72, 2, da Lei 8.906/94, dele no podendo constar qualquer referncia de que se trate de matria disciplinar, constando apenas o nome completo do advogado, o seu nmero de inscrio e a observao de que ele dever comparecer sede do Conselho Seccional ou da Subseo para tratar de assunto de seu interesse.

4 As demais notificaes no curso do processo disciplinar sero feitas atravs de correspondncia, na forma prevista no caput deste artigo, ou atravs de publicao na imprensa oficial do Estado ou da Unio, quando se tratar de processo em trmite perante o Conselho Federal, devendo, as publicaes, observarem que o nome do representado dever ser substitudo pelas suas respectivas iniciais, indicando-se o nome completo do seu procurador ou o seu, na condio de advogado, quando postular em causa prpria. RI OAB PR:

Art. 167 - As notificaes nos processos administrativos e disciplinares em trmite perante o Conselho Seccional e as Subsees, obedecero ao disposto no artigo 137-D e seus pargrafos do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB Pargrafo nico - As intimaes podero ser feitas por via eletrnica conforme autoriza a Lei Federal n 11.419, de 19.12.06, desde que o advogado tenha em seu cadastro e-mail oficial e autorize expressamente esta forma de veiculao.

b) Prazo para Defesa:CED Art. 52. Compete ao relator do processo disciplinar determinar a notificao dos interessados para esclarecimentos, ou do representado para a defesa prvia, em qualquer caso no prazo de 15 (quinze) dias.

EOAB Art. 73 3 O prazo para defesa prvia pode ser prorrogado por motivo relevante, a juzo do relator.c) Representado Revel ou No EncontradoEOAB Art. 73 4 Se o representado no for encontrado, ou for revel, o Presidente do Conselho ou da Subseo deve designar-lhe defensor dativo; [Idem CED Art. 52, 1 e RI OAB PR Art. 130, 1].d) Defesa Prvia Aspectos Formais:CED Art. 52. 2 Oferecida a defesa prvia, que deve estar acompanhada de todos os documentos e o rol de testemunhas, at o mximo de cinco, proferido o despacho saneador e, ressalvada a hiptese do 2 do art. 73 do Estatuto [indeferimento liminar], designada, se reputada necessria, a audincia para oitiva do interessado, do representado e das testemunhas. O interessado e o representado devero incumbir-se do comparecimento de suas testemunhas, a no ser que prefiram suas intimaes pessoais, o que dever ser requerido na representao e na defesa prvia. As intimaes pessoais no sero renovadas em caso de no-comparecimento, facultada a substituio de testemunhas, se presente a substituta na audincia.

RI OAB PR Art. 130 - 2 - Oferecida a defesa prvia, que deve ser instruda com todos os documentos, com o rol de at cinco testemunhas e com a indicao das demais provas, o Relator deve propor o indeferimento liminar do processo (artigo 73, 2, do Estatuto da Advocacia e da OAB), ou designar audincia para a colheita das provas orais e, at a data que fixar, o cumprimento das diligncias que julgar convenientes;2.3.4. Indeferimento Liminara) Noo: trata-se de ato processual passvel de ser praticado, apenas, aps a apresentao de defesa prvia, tendo com contedo o mrito da representao. Assim, evidenciando o Relator que, face ao conjunto probatrio apresentado na representao e defesa prvia, no existe elementos capazes de tipificar infrao disciplinar, deve opinar pelo seu indeferimento liminar. A presente deciso encaminhada ao Presidente da Seccional para, em caso de acolhimento, determinar o arquivamento do feito.

EOAB Art. 73. 2 Se, aps a defesa prvia, o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da representao, este deve ser decidido pelo Presidente do Conselho Seccional, para determinar seu arquivamento.

b) Recurso: [RI OAB]: Art. 30 - Compete s Turmas da Cmara de Disciplina julgar, em grau de recurso, as decises proferidas pelos rgos do Tribunal de tica e Disciplina, assim como as decises de indeferimento e ou arquivamento liminar de representaes disciplinares, dando conhecimento de suas decises ao Tribunal de tica e Disciplina para registro e arquivo, Subseo a que o advogado envolvido esteja vinculado e s autoridades que tenham representado ex-officio.2.3.5. InstruoCED Art. 52 3 O relator pode determinar a realizao de diligncias que julgar convenientes.RI OAB PR Art. 130 3 - Para as diligncias de instruo, o Relator ou Instrutor podem oficiar ao Presidente da Subseo para que, no seu mbito, promova os atos necessrios;2.3.6. Razes FinaisRI OAB PR Art. 130 4 - Concluda a instruo, o interessado e o representado devem ser intimados, ou por intermdio de seus advogados, para a apresentao de suas razes finais, no prazo sucessivo de quinze dias;

5 - Findo esse prazo, o Relator emite seu parecer preliminar e determina a remessa dos autos ao Tribunal de tica e Disciplina para julgamento. [Idem CED Art. 52, 4 E 5 e RG Art. 120, 3].

2.3.7. Parecer PreliminarNoo: composto pelo relatrio e juzo de mrito da representao, sendo conclusivo quanto sua procedncia ou improcedncia, bem como determinando a remessa dos autos ao TED para julgamento.2.3.8. Procedimento de Julgamento no TED

1. Processo registrado em livro prprio e distribudo ao Relator;

2. Incluso na pauta de julgamento;

3. Intimao do representado e interessado para apresentao de defesa oral;

4. Sesso de Julgamento: 4.1. Relator faz leitura do relatrio e profere seu voto; 4.2. Os Advogados do interessado e representado tm a palavra para a sustentao oral; 4.3. Os demais membros da Turma proferem seus votos e o relator fica incumbido de lavrar o Acrdo e Ementa (salvo se vencido).

REGIMENTO INTERNO OAB PRCDIGO DE TICA E DISCIPLINA

Art. 131 - O Presidente do Tribunal de tica e Disciplina, ao receber o processo, determina seu registro em livro prprio e sua distribuio a um de seus membros para relat-lo e proferir seu voto perante o rgo competente.

1 - O processo includo automaticamente na pauta da primeira sesso de julgamento da Turma, que dever realizar-se aps vinte dias da data de sua entrada no Tribunal, salvo se o Relator determinar diligncias imprescindveis ou pedir a designao de sesso especial para decidir sobre a aplicao de suspenso preventiva;

2 - O representado e o interessado so intimados pela Secretaria Administrativa do Tribunal para defesa ou debate oral na sesso de julgamento com quinze dias de antecedncia;

3 - Os debates orais so produzidos na sesso de julgamento, aps o voto do Relator, no prazo de quinze minutos sucessivos, primeiramente pelo advogado do interessado e, em seguida, pelo representado ou por seu advogado;

4 - Concludo o julgamento, o acrdo e a respectiva ementa devem ser lavrados pelo Relator ou, se vencido, pelo autor do primeiro voto vencedor.

Art. 132 - No se expedir certido de processos disciplinares em andamento, salvo por determinao judicial.

Art. 133 - Os processos de excluso e averiguao de idoneidade moral regulam-se pelas regras do processo disciplinar.Art. 53. O Presidente do Tribunal, aps o recebimento do processo devidamente instrudo, designa relator para proferir o voto.

1 O processo inserido automaticamente na pauta da primeira sesso de julgamento, aps o prazo de 20 (vinte) dias de seu recebimento pelo Tribunal, salvo se o relator determinar diligncias.

2 O representado intimado pela Secretaria do Tribunal para a defesa oral na sesso, com 15 (quinze) dias de antecedncia.

3 A defesa oral produzida na sesso de julgamento perante o Tribunal, aps o voto do relator, no prazo de 15 (quinze) minutos, pelo representado ou por seu advogado.

Art. 54. Ocorrendo a hiptese do art. 70, 3 [suspenso preventiva], do Estatuto, na sesso especial designada pelo Presidente do Tribunal, so facultadas ao representado ou ao seu defensor a apresentao de defesa, a produo de prova e a sustentao oral, restritas, entretanto, questo do cabimento, ou no, da suspenso preventiva.

Art. 55. O expediente submetido apreciao do Tribunal autuado pela Secretaria, registrado em livro prprio e distribudo s Sees ou Turmas julgadoras, quando houver.

Art. 56. As consultas formuladas recebem autuao em apartado, e a esse processo so designados relator e revisor, pelo Presidente.

1 O relator e o revisor tm prazo de dez (10) dias, cada um, para elaborao de seus pareceres, apresentando-os na primeira sesso seguinte, para julgamento.

2 Qualquer dos membros pode pedir vista do processo pelo prazo de uma sesso e desde que a matria no seja urgente, caso em que o exame deve ser procedido durante a mesma sesso. Sendo vrios os pedidos, a Secretaria providencia a distribuio do prazo, proporcionalmente, entre os interessados.

3 Durante o julgamento e para dirimir dvidas, o relator e o revisor, nessa ordem, tm preferncia na manifestao.

4 O relator permitir aos interessados produzir provas, alegaes e arrazoados, respeitado o rito sumrio atribudo por este Cdigo.

5 Aps o julgamento, os autos vo ao relator designado ou ao membro que tiver parecer vencedor para lavratura de acrdo, contendo ementa a ser publicada no rgo oficial do Conselho Seccional.

Art. 57. Aplica-se ao funcionamento das sesses do Tribunal o procedimento adotado no Regimento Interno do Conselho Seccional.

2.3.9. Dos RecursosPreliminarmente, para uma anlise mais completa o sistema recursal recomenda-se a reviso do item 2.2. relativo Estrutura de Funcionamento da Jurisdio tico-Disciplinar da OAB.

a) Das Instncias Recursais:

Cmara de Disciplina do Conselho Seccional do Paran (RI OAB-PR):

Art. 30 - Compete s Turmas da Cmara de Disciplina julgar, em grau de recurso, as decises proferidas pelos rgos do Tribunal de tica e Disciplina, assim como as decises de indeferimento e ou arquivamento liminar de representaes disciplinares, dando conhecimento de suas decises ao Tribunal de tica e Disciplina para registro e arquivo, Subseo a que o advogado envolvido esteja vinculado e s autoridades que tenham representado ex-officio.

1 - Excetuam-se ao disposto neste artigo os recursos das decises que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado;

3 - No julgamento do recurso, o relator ou qualquer membro da Turma poder propor que esta o afete ao Pleno da Cmara, em vista da relevncia ou especial complexidade da matria versada, podendo proceder do mesmo modo quando suscitar questes de ordem que impliquem a adoo de procedimentos comuns pelas Turmas.Art. 171 - Cabe recurso Cmara de Disciplina das decises proferidas pelos rgos do Tribunal de tica e Disciplina, e das proferidas pelo Presidente do Conselho Seccional e das Subsees em processos disciplinares, exceo daqueles que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado.Pargrafo nico - O recurso interposto em face das decises que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado que no sejam de competncia da Cmara de Seleo, ser julgado pelo Conselho Pleno, nos termos do que dispe o art. 23, XXI deste Regimento. Pleno do Conselho Seccional do Paran (RI OAB-PR):

Art. 23 - Compete ao Conselho Pleno:

XXI - julgar em grau de reexame obrigatrio os processos disciplinares que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado, bem como os recursos voluntrios em face das decises neles proferidas;

Art. 172 - Cabe recurso ao Conselho Pleno das decises proferidas pelos Presidentes do Conselho Seccional e das Subsees, quando no proferidas em processo disciplinar, exceo das decises que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado (art. 23, XXI), pelas Diretorias do Conselho Seccional e das Subsees, pela Caixa de Assistncia dos Advogados e pela Comisso Eleitoral.

Conselho Federal da OAB EOAB:Art. 75. Cabe recurso ao Conselho Federal de todas as decises definitivas proferidas pelo Conselho Seccional, quando no tenham sido unnimes ou, sendo unnimes, contrariem esta lei, deciso do Conselho Federal ou de outro Conselho Seccional e, ainda, o regulamento geral, o Cdigo de tica e Disciplina e os Provimentos.Pargrafo nico. Alm dos interessados, o Presidente do Conselho Seccional legitimado a interpor o recurso referido neste artigo.

RI OAB PR:

Art. 173 - Cabe recurso ao Conselho Federal das decises proferidas pelo Conselho Pleno, pela Cmara Especial, pelas Turmas da Cmara de Disciplina, pelo Pleno da Cmara de Disciplina, pela Cmara de Seleo e pela Cmara de Direitos e Prerrogativas do Conselho Seccional quando no tenham sido unnimes ou contrariem o Estatuto da Advocacia e da OAB, seu Regulamento Geral, o Cdigo de tica e Disciplina, os Provimentos, deciso do Conselho Federal ou de outro Conselho Seccional.

b) Prazo e Forma de Interposio: RG: Art. 139. O prazo para qualquer recurso de quinze dias, contados do primeiro dia til seguinte, seja da publicao da deciso na imprensa oficial, seja da data do recebimento da notificao, anotada pela Secretaria do rgo da OAB ou pelo agente dos Correios. 1 O recurso poder ser interposto via fac-simile ou similar, devendo o original ser entregue at 10 (dez) dias da data da interposio.

2 O recurso poder tambm ser protocolado perante os Conselhos Seccionais e as Subsees, devendo o interessado indicar a quem este se dirige.

3 Durante o perodo de recesso do Conselho da OAB que proferiu a deciso recorrida, os prazos so suspensos, reiniciando-se no primeiro dia til aps o seu trmino.

RI OAB PR:

Art. 166 - Todos os prazos necessrios manifestao de advogados, estagirios e terceiros, nos processos em geral da OAB, so de quinze dias, inclusive para interposio de recursos. 1 - Nos casos de comunicao por ofcio reservado, ou de notificao pessoal, o prazo se conta a partir do dia til imediato ao da notificao do recebimento; 2 - Nos casos de publicao do ato ou da deciso, o prazo inicia-se no primeiro dia til seguinte. c) Efeitos:

EOAB:

Art. 77. Todos os recursos tm efeito suspensivo, exceto quando tratarem de eleies (arts. 63 e seguintes), de suspenso preventiva decidida pelo Tribunal de tica e Disciplina, e de cancelamento da inscrio obtida com falsa prova. RI OAB PR:

Art. 174 - Os recursos de que tratam os artigos 169, 170, 171, 172 e 173 sero recebidos em ambos os efeitos, devolutivo e suspensivo, devendo ser interpostos no prazo de quinze dias.d) rgo de Interposio e Embargos de Declarao:

RG:Art. 138. exceo dos embargos de declarao, os recursos so dirigidos ao rgo julgador superior competente, embora interpostos perante a autoridade ou rgo que proferiu a deciso recorrida.

1 O juzo de admissibilidade do relator do rgo julgador a que se dirige o recurso, no podendo a autoridade ou rgo recorrido rejeitar o encaminhamento.

2 O recurso tem efeito suspensivo, exceto nas hipteses previstas no Estatuto.

3 Os embargos de declarao so dirigidos ao relator da deciso recorrida, que lhes pode negar seguimento, fundamentadamente, se os tiver por manifestamente protelatrios, intempestivos ou carentes dos pressupostos legais para interposio.

4 Admitindo os embargos de declarao, o relator os colocar em mesa para julgamento, independentemente de incluso em pauta ou publicao, na primeira sesso seguinte, salvo justificado impedimento.

5 No cabe recurso contra as decises referidas nos 3 e 4. RI OAB PR:Art. 168 - Cabem Embargos de Declarao, interpostos perante o Relator do acrdo, para esclarecimento de omisses, obscuridades ou contradies, das decises proferidas pelos rgos Deliberativos do Conselho Seccional e pelo Tribunal de tica e Disciplina, devendo ser decididos na primeira sesso seguinte interposio. Pargrafo nico - Os Embargos de Declarao sero recebidos somente com efeito suspensivo, devendo ser interpostos no prazo de quinze dias. e) Juzo de Admissibilidade - RG:Art. 140. O relator, ao constatar intempestividade ou ausncia dos pressupostos legais para interposio do recurso, profere despacho indicando ao Presidente do rgo julgador o indeferimento liminar, devolvendo-se o processo ao rgo recorrido para executar a deciso.

Pargrafo nico. Contra a deciso do Presidente, referida neste artigo, cabe recurso voluntrio ao rgo julgador.2.3.10. Suspenso Preventiva

a) hiptese de cabimento:

EOAB Art. 70. 3 O Tribunal de tica e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha inscrio principal pode suspend-lo preventivamente, em caso de repercusso prejudicial dignidade da advocacia, depois de ouvi-lo em sesso especial para a qual deve ser notificado a comparecer, salvo se no atender notificao. Neste caso, o processo disciplinar deve ser concludo no prazo mximo de noventa dias.Obs. O recurso contra deciso de suspenso preventiva no ter efeito suspensivo (art. 77 EOAB).b) rgo Competente:

Art. 65 - Compete Cmara Especial do Tribunal:III - aplicar a pena de suspenso preventiva prevista no artigo 70, 3, do Estatuto da Advocacia e da OAB;c) Recurso contra Suspenso Preventiva - RG:Art. 144-A. Para a formao do recurso interposto contra deciso de suspenso preventiva de advogado (art. 77, Lei n 8.906/94), dever-se- juntar cpia integral dos autos da representao disciplinar, permanecendo o processo na origem para cumprimento da pena preventiva e tramitao final, nos termos do artigo 70, 3, do Estatuto.Obs. Competncia para julgar: Cmara de Disciplina do Conselho Seccional PR art. 130 RI OAB-PR. 2.3.11. Reviso em Processo Disciplinara) Noo: aps o trnsito em julgado da deciso em processo disciplinar pode ser requerida sua reviso, com o intuito de reduzir a pena de forma parcial ou total ou, ainda, com o propsito de desclassificao da infrao disciplinar.

b) Cabimento EOAB: Art. 73. 5 tambm permitida a reviso do processo disciplinar, por erro de julgamento ou por condenao baseada em falsa prova.c) Procedimento no Regimento Interno da OAB-PR:Art. 155 - Cabe reviso das decises transitadas em julgado proferidas em processo disciplinar por:

I - erro de julgamento;

II - condenao baseada em falsa prova.

Art. 156 - So legitimadas para requererem a reviso:

I - as partes;

II - o Presidente do Conselho Seccional.

Art. 157 - O pedido de reviso dever ser autuado como processo autnomo, o qual dever tramitar, em apenso, dos autos do processo disciplinar respectivo.

Art. 158 - O relator designado apreciar, preliminarmente, a admissibilidade do pedido, verificando a alegao de ocorrncia de pelo menos um dos fatos autorizadores.

1 - Ausentes, a juzo do Relator, os pressupostos de admissibilidade, opinar pelo arquivamento liminar do pedido, fazendo os autos conclusos ao Presidente do Conselho, que decidir;

2 - Admitida a reviso, determinar o Relator o conhecimento da parte contrria, se houver;

3 - Com relatrio e voto fundamentados, o processo ser submetido a julgamento, para a qual sero intimadas as partes;

4 - Transitada em julgado a deciso, dela ser trasladada cpia ao processo a que se refere para execuo do julgado.d) rgos Competentes para o Julgamento:d.1) Cmara de Especial do Conselho Seccional do Paran (RI OAB-PR):

Art. 26 - Compete privativamente Cmara Especial julgar:

II pedido de reviso de processo disciplinar, exceo daqueles que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado;

d.2) Pleno do Conselho Seccional do Paran (RI OAB-PR):

Art. 23 - Compete ao Conselho Pleno:

XXIV - julgar, privativamente, os pedidos de reviso de processo disciplinar que envolvam a declarao de inidoneidade moral, a aplicao da pena de excluso de advogado;

2.3.12. Reabilitaoa) Cabimento EOAB: Art. 41. permitido ao que tenha sofrido qualquer sano disciplinar requerer, um ano aps seu cumprimento, a reabilitao, em face de provas efetivas de bom comportamento.Pargrafo nico. Quando a sano disciplinar resultar da prtica de crime, o pedido de reabilitao depende tambm da correspondente reabilitao criminal.b) Procedimento no Regimento Interno da OAB-PR:

Art. 159 - Cabe reabilitao de sano disciplinar aplicada, depois de decorrido um ano do seu efetivo cumprimento, em face de provas de bom comportamento. Art. 160 - O pedido de reabilitao ser formulado mediante petio fundamentada dirigida ao Presidente do Conselho Seccional e instruda com certides de distribuio de aes cveis e criminais. Art. 161 - O pedido de reabilitao dever ser autuado como processo autnomo, o qual dever tramitar, em apenso, dos autos do processo disciplinar respectivo.

1 - Quando o pedido de reabilitao tratar de penalidade de excluso, dever o requerente comprovar o integral cumprimento das penalidades que originaram o processo; 2 - Quando o pedido de reabilitao tratar de aplicao de pena pela prtica de crime, dever o requerente comprovar a competente reabilitao criminal; 3 - Tratando-se a reabilitao de interesse restrito do requerente e da OAB, no integraro o processo outras partes que eventualmente tenham figurado naquele processo que originou a aplicao da pena; 4 - Transitada em julgado a deciso, dela ser trasladada cpia ao processo disciplinar a que deu causa a reabilitao e procedidas as anotaes correspondentes; 5 - No ser concedida a reabilitao ao advogado que tiver sido denunciado pela prtica de infrao disciplinar ou tica aps a data da aplicao da sano ou quele de estiver respondendo por outras representaes disciplinares; 6 - Os suspensos por falta de pagamento de contribuies, taxas e multas devidas Ordem, considerar-se-o reabilitados pela integral quitao de seu dbito, de ofcio, depois de decorridos um ano do cumprimento da pena. a) para penalidades levantadas mediante obteno de parcelamento de dbitos, considerar-se-, para os fins deste pargrafo, o decurso de um ano aps a quitao da ltima parcela.c) rgo Competentes para o Julgamento:c.1) Cmara de Especial do Conselho Seccional do Paran (RI OAB-PR):

Art. 26 - Compete privativamente Cmara Especial julgar:

III pedido de reabilitao, exceo daqueles que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado.c.2) Pleno do Conselho Seccional do Paran (RI OAB-PR):

Art. 23 - Compete ao Conselho Pleno:

XXV - julgar, privativamente, os pedidos de reabilitao de processo disciplinar que envolvam a declarao de inidoneidade moral e a aplicao da pena de excluso de advogado;

2.4 Prescrio

Art. 43. A pretenso punibilidade das infraes disciplinares prescreve em cinco anos, contados da data da constatao oficial do fato. 1 Aplica-se a prescrio a todo processo disciplinar paralisado por mais de trs anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofcio, ou a requerimento da parte interessada, sem prejuzo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisao. 2 A prescrio interrompe-se:I - pela instaurao de processo disciplinar ou pela notificao vlida feita diretamente ao representado;II - pela deciso condenatria recorrvel de qualquer rgo julgador da OAB.2.5. Representao de Advogado versus AdvogadoA representao de advogado contra outro advogado dispe de provimento especfico que prev fase obrigatria de conciliao, ainda, de rito sumrio para o julgamento, caso no seja necessrias outras atividades de instruo, alm das provas documentais quem instruem a representao e defesa prvia.

PROVIMENTO N. 83/96Dispe sobre processos ticos de representao por advogado contra advogado.Art. 1 - Os processos de representao, de advogado contra advogado, envolvendo questes de tica profissional, sero encaminhados pelo Conselho Seccional diretamente ao Tribunal de tica e Disciplina que:

I - notificar o representado para apresentar defesa prvia;

II - buscar conciliar os litigantes;III - caso no requerida a produo de provas, ou se fundamentadamente considerada esta desnecessria pelo Tribunal, proceder ao julgamento uma vez no atingida a conciliao.

Art. 2 - Verificando o Tribunal de tica e Disciplina a necessidade de instruo probatria, encaminhar o processo ao Conselho Seccional, para os fins dos artigos 51 e 52 do Cdigo de tica e Disciplina.

Art. 3 - Este Provimento entra em vigor na data de sua publicao.