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Roteiro Turístico

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Roteiro Turístico do Município de Proença-a-Nova

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Arte Final: Ana Cardoso / Secretariado: Alice Barrocas / Depósito Legal: 12345678/08 / Tiragem: 5000 exemplares / Distribuição: GratuitaA todos os redactores, fotógrafos e colaboradores deste roteiro turístico, principalmente aqueles que mais directamente se envolverampara que todo o processo resultasse o melhor possível, o nosso Muito Obrigado.

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_Existe hoje, cada vez mais aconsciência de que Portugal é um país comenormes potencialidades turísticas, pelo seuclima, pela hospitalidade das suas gentes, pelasegurança, pela localização geográfica e pela suadiversidade cultural e paisagística, entre outrosatributos que fazem de nós um país diferente.

Estas potencialidades já se encontramparcialmente aproveitadas em algumas regiões,como sejam o Algarve, Ilhas, Lisboa e Porto, omesmo não acontecia nas restantes regiões do paísque começam agora a ser descobertas pelos grandesoperadores turísticos. Basta avaliar a quantidade e aqualidade dos investimentos em curso nestasregiões para ficarmos com a certeza que o seufuturo está garantido em termos turísticos.

Num futuro cada vez mais próximodestacar-se-ão os destinos turísticos menosartificializados, que estiverem mais próximos donatural e da natureza.

Poucas regiões do país e da Europaestão em tão boas condições para oferecer esteproduto como a nossa. Saibamos nós preservare manter o que de mais genuíno temos paraoferecer a quem nos visita.

Se o que procura são multidões, filasintermináveis, cheiros a sarjeta ou a fumo dosautomóveis, sabores incaracterísticos, não percatempo com as próximas páginas deste roteiro,sugiro-lhe que o ofereça a um amigo.

Este roteiro foi pensado para quemse apaixonou ou pretende apaixonar-se pelanatureza, pelos sabores tradicionais, pelosdiferentes cheiros emanados de uma paisagemdiversificada, por uma história rica de gentehumilde, solidária e trabalhadora.

Se é dos que não se importa de vir coma enchente poderá visitar-nos daqui a um ano oudois, mas se pelo contrário, prefere chegar àfrente – visite-nos já, estamos à sua espera.

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 5

João Paulo Catarino_Presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova

_ Figueira _ Aldeia do Xisto

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_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 7

_ Posto de Vigia de Serra das Talhadas

_concelho de proença-a-nova

_ Proença-a-Nova é um Concelho ruralque prima pela sua situação geográfica e belezanatural. Zona de xisto por excelência, as habitaçõestradicionais caracterizam-se pela simplicidade deformas, em construção de pedra à vista, na suamaioria. Com uma área de 395 Km2, está divididopor 6 freguesias, é parte integrante do Distrito deCastelo Branco e é um dos Concelhos compo-nentes da chamada «Zona do Pinhal Interior Sul».O ponto mais alto encontra-se no Alto daEspadana, com uma altitude de 954m, e osprincipais cursos de água são o rio Ocreza, a ribeirade Pracana e a ribeira da Isna, linhas que marcam adivisão do território com os Concelhos limítrofes.Catorze por cento da área do Concelho tem capacidade

Em dias claros e despejados, do cimoda Serra das Talhadas, podem avistar-se as Serras da Estrela,

Gardunha, Açor e Lousã.

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de utilização agrícola. As principaisproduções estão centradas na Cereja, noLimão, na Azeitona e na sua transfor-mação em Azeite de excelente qualidade.

A componente florestal é a que melhorcaracteriza a região. Malgrado a acção dofogo, a floresta ainda consegue preenchercerca de 60% da área do Concelho, sendomaioritariamente constituída por Pinhal (oeucalipto já preenche actualmente uma árearepresentativa, relegando para 3.º plano o queoutrora constituía a paisagem proencense – omontado de sobro, azinho e os soutos).A actividade industrial resume-se apequenas e médias indústrias, poucopoluentes, de tipologia quase familiar,empregando de 3 a 20 trabalhadores,concentradas nas Zonas Industriais deProença-a-Nova e Sobreira Formosa. Actualmente, com a construção dosParques Eólicos de Vergão e da Serra dasCorgas, o concelho de Proença-a-Novaconsegue produzir energia eléctrica capazde superar as suas próprias necessidades. Para melhor caracterizar o Concelho emtermos paisagísticos, há que dividi-lo emduas partes: Norte e Sul.

A parte NORTE do Concelho:

Corresponde à superfície do PinhalInterior, com relevo bastante marcado edeclives bastante acentuados (muitas vezessuperiores a 40%), onde os cursos de águase encaixam nos vales meandrizados degrande riqueza paisagística, serpenteandoáguas límpidas e frescas, em cujas margens,muitas vezes estreitas e de solos coluviais,se praticam policulturas de sequeiro eregadio em sistemas de minifúndio.O pinheiro bravo tem aqui a sua maior

representatividade, ocupando na décadade 90 cerca de 95,8% da mancha florestale de onde eram retirados os maioresrendimentos da população. Hoje, esta ocupação resume-se a cerca de70% do total da mancha florestal sendo aparte do concelho mais verdejante, maishúmida e fresca.

Quanto ao aspecto humano, as aldeias têmnesta parte do concelho um cariz muitopeculiar. Subindo as encostas, encaixaram-se entre ruas estreitas sem traçado prévio,como pequenos presépios em xisto. Noentanto, e, como é natural, esta situaçãotem vindo a alterar-se, pela mudança deestilo de vida e abandono quer daactividade da pastorícia quer da criação deanimais dentro dos núcleos das aldeias.Presentemente, estas explorações tendem adeslocar-se para as periferias, contribuindopara uma melhoria da higiene e daqualidade de vida das populações.

A parte SUL do Concelho:

Corresponde a uma superfície decaracterísticas fisiográficas semelhantes àsdo Alto Alentejo, com relevo moderado,vales mais largos, por vezes espraiados, maisárida e onde predominam as maioresextensões de policulturas de sequeiro, comparticular incidência nas culturas do milho,centeio e trigo. As produções hortícolas dear livre e a batata têm também algumarepresentatividade, se bem que a áreamédia não ultrapasse os 0,1 hectares, quer

nas propriedades com menos de 5 hectares,quer nas de maior dimensão. Os pomares aparecem com maior expressãoe o eucalipto surge esporadicamente nossolos menos produtivos.O clima é mais quente e seco com grandedéfice de água no Verão, procurando estaser compensada através da construção derepresas, distribuídas pelo Concelho.

Quanto ao aspecto humano, as aldeiasdispõem-se aqui de modo algo anárquico,num povoamento do tipo misto.Alternam-se as habitações tipo rural com asmais modernas de «inspiração estrangeira»trazidas pelos emigrantes.As explorações de gado caprino têm nestazona do concelho maior representatividade,sem, contudo, atingirem grandes rebanhos.

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_ Olival nas encostas do Rio Ocreza

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Em termos gerais, podemos referir, com particular interesse, duas produções que têm tidouma expressão bastante significativa neste concelho, como seja o caso do olival e da cereja. Subindo as encostas, a oliveira aproveitava os pequenos espaços mais produtivos,suportados por muros de pedra, o que não abonava muito em favor da estabilidade dasencostas, já que pressupunha a limpeza dos matos em seu redor. No entanto, nestas zonas,algum olival começou a ser deixado ao abandono, sendo apenas explorado o de mais fácilacesso e, consequentemente, de maior rentabilidade. A produção de azeite tem sofrido nosúltimos anos um acentuado incremento motivado pela peculiar qualidade do azeite doconcelho muitas vezes considerado um dos melhores e mais finos azeites do país.Pelas condições edafo-climáticas propícias, a cereja aparece com uma expressão bastantesignificativa na zona centro do Concelho sendo um dos seus ex-libris e motivo para apromoção do mesmo, atingindo por vezes, e sempre que as condições do clima o permitem,níveis de produção elevados.

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_ Igreja da Misericórdia de Proença-a-Nova

_concelho de proença-a-nova

_ De grande antiguidade,chamaram-lhe Cortiçada, nos seus pri-meiros anos, nome que só no século XVIfoi definitivamente abandonado em favordo actual. A justificação daquele não seafigura difícil, devendo relacionar-se com aabundante produção de cortiça ou elevadonúmero de colmeias (também chamadoscortiços) que, desde tempos antigos, são degrande importância na região.

• OrigensDo longo período que medeia apresumível fundação da vila e a data do seuprimeiro foral não há quaisquer notícias.Mas é fácil imaginar o que terá sido a vidados seus poucos habitantes: a pastorícia era

_ A parte Norte e Sul do Concelho tem carcaterísticas geográficas distintas. Na zona Sul, o relevo é menosacentuado e predominam as extensões de policulturas de sequeiro. a ocupação preponderante; a agricultura

fazia-se nas terras baixas, férteis e de fácilirrigação; a caça, então muitíssimoabundante e variada, proporcionaria outrodos mais importantes meios de sustento.Frugais e reservados terão vivido isolados,em número restrito, até à doação aosMonges da Ordem do Hospital.

• ForaisEm 1244, o prior de Hospital, freiRodrigo Egídio, deu a Proença-a-Nova oprimeiro foral. D. Manuel I reformoutodos os forais, cabendo o «Foral Novo» aProença-a-Nova em 1512. Pormenorcurioso do documento Manuelino é adesignação de Proença-a-Nova, surgida

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_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 13

_ Pormenor do Santo Lenho, relíquia da Santa Casa da Misericórdia de Proença-a-Nova

_concelho de proença-a-nova

_ Quer através de acções desensibilização junto das populações queratravés do Município, tem-se conseguidodos habitantes locais um novo olhar para aconservação do património cultural que,para além da importância relativa aos laçoscom o passado e com a inerenteidentificação humana e histórica, poderáagora potenciar um novo recursoeconómico no que concerne, sobretudo, àprática turística. É neste sentido que têm vindo a ser criadasestruturas de suporte com acções que

logo em título: «Foral dado a VilaMelhorada, que se chamava Cortiçada».Essa designação conservou-se durantealgum tempo, mas não vingou.

• Alterações AdministrativasProença-a-Nova foi uma vigararia doPriorado do Crato e mais tarde integradana Casa do Infantado, até à sua extinçãoem 1834. O concelho de Proença-a-Novapassou, então, para o Distrito de Santaréme, em Novembro do ano seguinte, para ode Castelo Branco, onde se manteve. Ao longo do século XIX, a área do concelhoconheceu sucessivas alterações, motivadaspelos diversos ensaios de reorganizaçãoadministrativa, tendo ganho definitivamentea estrutura de hoje, em 1898.

A relíquia (Santo Lenho) trazida de Roma, no séc. XVI, pelo proencense Pedro da Fonseca é um pequeno pedaço demadeira usada na crucificação de Cristo.

• Invasões FrancesasO século XIX trouxe também a Proença-a-Nova os horrores da guerra com asInvasões Francesas. Os súbditos deNapoleão chegaram em 1807, co-mandados pelo famigerado Loison e, nasua marcha em direcção a Abrantesatravessaram o concelho de Proença. Asbarbaridades cometidas pelos francesesforam tais, que, dezenas de anos depois,ainda o povo se lembrava horrorizado.

• Lutas LiberaisAs lutas liberais vieram em seguida. Em Maiode 1828, o general Visconde de S. João daPesqueira acampou na vila com o Regimentode Cavalaria 11 que levava em direcção aCoimbra para combater um grupoinsurrecto. As tropas amotinaram-se,juntando-se aos revoltosos. Consta que ainfluência do povo de Proença foi decisivapara a resolução dos soldados de Cavalaria 11.

_ Reprodução de mapa de finais do séc. XVIIIda zona Centro de Portugal

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incidem particularmente na criação derotas e percursos na natureza, napromoção do artesanato local, narestauração e na gastronomia típica, noaproveitamento dos pontos de água(ribeiras e rios), com a criação de praiasfluviais de modo a proporcionar boascondições para a prática de actividadeslúdicas, enquadrando-as em esquemaspensados de modo a que o turismo e omeio físico não percam qualidades, masantes sejam valorizados e sustentados.

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_ Cicloturistas junto a Moitas

_concelho de proença-a-nova

_ Foi seguindo este modelo de acção e,dadas as elevadas potencialidades do Concelho,que se resolveu apostar no turismo, aproveitandoos excelentes recursos naturais - nomeadamente oscursos de águas límpidas - de modo a proporcionarlocais aprazíveis para a época de férias de todosquantos querem usufruir da paisagem rural comoalternativa de qualidade às praias do litoral.A ideia de construir praias fluviais no Concelhosurgiu da necessidade de se ordenar a paisagemrural e ambiental de modo a que esta não viesse asofrer danos irremediáveis, com inadequadautilização, por parte da população, dada a grandeprocura de espaços desta natureza.Apesar dos açudes existentes terem sido

Segundo o testemunho do GeneralThiébault, as castanhas respigadas

foram a única ração dos soldados deJunot no decurso da tremenda

marcha de Inverno de 1807, entre Sarzedas e Sobreira Formosa.

> Turismo

_ Cruzeiro _ Proença-a-Nova

_Locais de Diversão

— Caneco’s BarRua das Corgas _ Proença-a-Nova

— Ténis BarBairro do Heliporto _ Proença-a-Nova

— TerraCacau GaleriaRua de Santa Cruz n.º 17, 21 _ Proença-a-NovaTel.: 274 673 170 _ Site.: www.terracacau.com

— Discoteca MistLargo do Chão D’ Ordem _ Proença-a-Nova

Tlm.: 93 326 96 79Site: www.discotecamist.com

— Bar do PinhalEN 233 _ Sobreira Formosa

(Abre às sextas e fins de semana)

— Tasquinha do AdroEN 233 _ n.º 96 _ Sobreira Formosa

Tel.: 274 822 471

— Bar da Praia Fluvial da Fróia(Segunda a Quinta: 16h00 > 24h00 /

Sexta a Domingo: 13h00 > 02h00)

_Empresas de Animação

— Horizontes, LdaRua das Vinhas, n.º 14 _ Montes da Senhora

Tel.: 274 673 133 _ .: 96 901 68 99Site: www.horizontes.com.pt

Email: [email protected]

— CheirÀfesta Organização e animação de eventos,

decoração da sala, lembranças, convites e ementas Tlm.: 96 889 84 34

Email: [email protected]

Quase todos os meses, o Município organiza diversos eventos e feiras:

• Feira da Tigelada • Feira da Filhó e Coscorel• Feira do Pão e Bolo Finto • Feira de Antiguidades,

Velharias e Coleccionismo • Feira dos Saldos • Feira do Queijo e Enchidos • Desfile de Carnaval

16 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

_ Figueira _ (_aldeia da rede «Aldeias do Xisto»)

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construídos com o objectivo primordialquanto a reserva e condução de água pararega, tendo em conta o plano de água e oseu subaproveitamento, considerou-senecessário e urgente disponibilizá-los àspopulações com normas e critérios dequalidade, tanto para proporcionar o bem-estar do utente, como para assegurar asobrevivência de todos os ecossistemas quedeles já dependem.Assim, todas as praias estão dotadas deestruturas de apoio devidamente integradasna paisagem, potenciando-se actividadesdiversas, como aulas de natação, percursos

na Natureza, observação ornitológica, caçafotográfica, canoagem, pesca, existindovigilantes de modo a melhor zelar pelopatrimónio quer construído, quer natural.A par das praias fluviais, existe toda umaestrutura global que as apoiam esustentam: - como os apoios de praia, com actividadespara crianças, jovens e adultos; - com bibliotecas de praia - Sabores eSaberes do Pinhal (podendo requisitar-selivros para ler enquanto está na praia); - com percursos na natureza e rotas pelasaldeias típicas de xisto.

_ Vista geral do Norte do Concelho, desde a Serra das Talhadas

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_ Pousada de Proença-a-Nova - Casa das Amoras

_concelho de proença-a-nova

— Pousada de Proença-a-Nova – Casa das AmorasR. Comendador Assis Roda, 25

6150-557 Proença-a-NovaTel.: 274 670 210/8 _ Fax: 274 670 219

Site: www.pousadas.com

— Pensão «O Francês» 18 quartos duplos c/wc privativo

R. Vila Melhorada _ Proença-a-NovaTel.: 274 671 157

— Praia Fluvial de Aldeia Ruiva - Parque de Campismo Rural

7 bungalows (6 pessoas cada) com 2 quartos, casa debanho, kitchenet equipada, sala de estar e alpendre.

(um deles com cama de casal e beliche)Tel.: 274 670 000 _ Fax: 274 672 697

E-mail: [email protected]

— Casas de Pedra – Alojamento RuralCimadas Cimeiras – Proença-a-Nova

Site: www.casasdepedra.comEmail: [email protected] _ Tlm.: 91 996 75 57

— Aldeia de Oliveiras _ Turismo de Aldeia, próximo da praiafluvial de Fróia existem 5 casas de xisto para alugar.

Site: www.aldeiaoliveiras.comE-mail: (Custódio Tomé) _ [email protected]

Tlm.: 96 340 75 47E-mail: (Maria José) _ [email protected]

Tlm.: 96 323 50 77

Casas Rurais de Xisto _ Malhadal— José Gomes da Costa

Casa Costa _ Zona Indust. de Proença-a-Nova, Lote 51 / 52Tel.: 274 671 582 _ Tlm.: 96 905 65 43

Site: www.grupocasacosta.comE-mail: [email protected]

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_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 21

_ Restaurante da Pousada Casa das Amoras

_concelho de proença-a-nova

— Restaurante da Pousada das Amoras6150 Proença-a-Nova

Tel.: 274 670 210 / 8 _ Fax: 274 670 210 _ Horário: 13h – 15h / 19:30 – 22hAberto todos os dias e ao público em geral.

Especialidade: Lombo de novilho com picadinho de cogumelos selvagens envolto em massa folhada e molho de frutos silvestres

— Café /Restaurante «Os Amigos»Est. Nacional 241 _ Pedra do Altar

6150 – 213 Peral PNVTel.: 274 844 238 _ Encerra: Sábado à tarde

Especialidades: Migas de Peixe e Bacalhau à Lagareiro

— Café/ Restaurante «Noite e Dia»Vale da Mua _ Aberto todos os dias

Especialidades: Cozido à Portuguesa; Migas de Peixe e Peixe do rio frito

— Restaurante «Fonte Velha»Largo Chão D’Ordem _ 6150 Proença-a-Nova

Tel.: 274 672 032 _ Encerra: 2.ª feiraEspecialidades: Cabrito Assado;

Tigelada da Cortiçada.

— Restaurante «A Milita»Zona Industrial _ 6150 – 516 Proença-a-Nova

Tel.: 966 103 483Encerra: Quarta-feira à tarde e Domingo à tarde.

Especialidades: Maranhos; Cabrito Assado com arroz de miúdos.

— Restaurante «O Abrigo»R. de S.ta Cruz _ 6150 – 424 Proença-a-Nova

Tel.: 274 672 061 _ Encerra: DomingoEspecialidades: Pato com Laranja;

Cabrito Assado à Moda do Pinhal.

— Restaurante «A Nova Era do Pescador»R. da Sertã _ 6150 -421 Proença-a-Nova

Tel.: 274 672 609Aberto todos os dias da Semana.

Especialidades: Peixe frito do rio com Açorda de Ovas e outros pratos à base de Peixe

— Restaurante «O Gostinho da Aurora»R. Júlio Grilo _ 6150 - 421 Proença-a-Nova

Tel.: 274 672 113 _ Encerra: SábadoEspecialidade: Bacalhau da Aurora

— Restaurante «A Rosa»Zona Industrial _ 6150 - 516 Proença-a-Nova

Tel.: 274 671 733 _ Encerra: DomingoEspecialidade: Bacalhau à Moda da Rosa

— Restaurante / Pizzaria «O Ti Zé»R. De Santa Cruz _ 6150-424 Proença-a-Nova Tel.: 274 671 517

Durante o Verão está aberto todos os dias, no Inverno encerra ao Domingo

Especialidades: Pizzas e Saladas Variadas.

— Restaurante «A Célia»EN241 - Pedra do Altar _ 6150 – 213 Peral

Tel.: 96 539 66 84 _ Aberto todos os dias da Semana.Especialidades: Cozido à Portuguesa (5.ª Feira);

Bacalhau à Lagareiro e Chanfana (2.ª Feira).

— Café / Restaurante «A Rotunda»R. Vila Melhorada _ 6150 – Proença-a-Nova

Tel.: 274 672 310 _ Encerra: SábadoEspecialidades: Bacalhau à Rotunda; Secretos e Espetada de Porco Preto

— Churrasqueira «A Gruta»Rua das Pereiras _ Proença-a-NovaTel.: 274 671 497 _ Encerra: Sábado

Especialidade: Frango no churrrasco e outros grelhados.

— Restaurante «Famado»Vale D’Urso _ 6150 – 509 Proença-a-Nova

Tel.: 274 672 872 _ Horário: 12h – 15h / 19h – 23hEncerra: 2.ª feira (até dia 15de Julho). A partir desta data

aberto todos os dias da semana.Especialidade: Cabritinho na Cataplana à Serrana..

— Restaurante «O Felisbelo»Estr. Nacional _ 6150 – 737 Sobreira Formosa

Tel.: 274 822 100 Aberto todos os dias da semana

Especialidades: Sopa Troc-troc;Cozido à Portuguesa com Maranhos e Plangaio (4.ª Feira,

Sábado, Domingo e feriados) e Arroz de Cabidela.

— Restaurante / Pizzaria «A Devesa»Largo da Devesa _ 6150 - 737 Sobreira Formosa

Tel.: 274 822 956 _ Encerra: Terça-feiraEspecialidades: Pizzas; Maranhos e Tigelada.

— Restaurante «O 29»Estr. Nac., 90 _ 6150 – 737 Sobreira Formosa

Tel.: 274 822 792Aberto todos os dias da semana

Especialidades: Cozido com Maranho (Todos os Domingos e Terças-feiras);

Frango no Churrasco (Terça-feira).

20 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

O Plangaio é um enchido típico, produzido tradicionalmente e, quaseem exclusivo, em Sobreira Formosa

e Montes da Senhora.

Em qualquer um destes restaurantes vai poder provar autênticas riquezas do paladar. Sabores que não encontrará noutro lugar, heranças de uma riqueza gastronómica de tempos imemoriais.

Aproveite e prove a salada de almeirão com feijão frade, as couves com broa, o afogado da boda, os típicosmaranhos, o plangaio e, para sobremesa, as saborosas tijeladas em caçoulo de barro, as broas de mel, os bolos

tortos, os sonhos da avó... Já para não falar dos extraordinários enchidos e queijos de cabra acompanhados por vinho produzido no concelho.

> Restauração

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22 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 23

_ Pastor da Murteira

_concelho de proença-a-nova

— Ceramistas Yola Vale e Paulo Alves

Centro de Artes e Ofícios de Sobreira Formosa 6150 – 737 Proença-a-Nova

Tel. do Pólo da Biblioteca: 274 822 021 / Tlm. : 91 943 88 90

Peças decorativas de cerâmica - rakuOrganizam workshops, dão formação e participam em

exposições e feiras por todo o país.

— Trabalhos de Bainhas Abertas /Bordado Castelo Branco

Edite Domingues _ Loja: «O Lacinho»R. de S.ta Cruz _ 6150 – 424 Proença-a-Nova

Tel.: 274 671 801

— «Melbandos»Cooperativa de Apicultores dos concelhos de Proença-a-

Nova, Mação, Vila de Rei e Sertã, com sede em Mação,mas representações noutros Concelhos, criada para

apoiar, divulgar, promover e vender o mel e seusderivados

— ApicultorAmaro Lopes Afonso

Bairro Novo – Proença-a-NovaTel.: 274 671 263

Produz: Mel e favos. Também faz cortiços e tropeços

— ApicultorLuís Carlos Matos Marques

Catraia – Montes da SenhoraTel.: 274 833 558 _ Tlm.: 93 603 22 79

Produz: Mel de alecrim e rosmaninho, pólen, favos.

— BoleiraMaria Manuela Ribeiro Simões

Montinho – Proença-a-NovaTlm.: 96 406 97 17

Produz: Maranhos, tigeladas, pão caseiro, bolos regionais (bolo finto,

broas de mel, pão de ló...)

— CALMACasa Agrícola Lopes da Mata

Maljoga – Proença-a-NovaTlm.: 96 569 47 51

Produz: mel, pólen, aguardente de mel e licores variados, compotas

— Fumeiro do Pinhal e QueijariaMaria do Rosário Cardoso & Filhos, LdaVale da Mua – Peral _ Tel.: 274 672 985Produz: enchidos regionais (morcela,

moura, farinheira...)

— Queijaria de Manuel Galante MesquitaAldeia Cimeira – Montes da Senhora _ Tel.: 274 833 112

Produz: Queijos mistura de cabra e ovelha.

— Queijaria de Nazaré Esteves FernandesPóvoa – Sobreira Formosa _ Tel.: 274 822 144

Produz: Queijos mistura de cabra e ovelha.

— Enchidos

Almeida & Filhos, LdaCorujeira – Proença-a-Nova

Tel.: 274 671 737 _ Fax.: 274 671 775Produz: enchidos regionais (chouriço, painho, paiola,

morcela, moura...)

— Verganista – Carnes Verdes e FumadasE. N. 233 – Sobreira Formosa

Tel.: 274 822 213 _ Tlm.: 93 975 51 38Produz: enchidos regionais (plangaio, painho, chouriço,

morcela, farinheira, moura...)

— Produtores de Cereja

José Ribeiro MendonçaEst. Principal, nº 31 _ 6150 – 122 Montes da Senhora

Tel.: 274 833 107

José Fernando Afonso GonçalvesMonte Trigo _ 6150 – 125 Montes da Senhora

Tel.: 274 833 208

José Bernardino Fernandes CardosoEst. Principal _ 6150 – 122 Montes da Senhora

Tel.: 274 833 582

Tiago Ribeiro André _ Soc. Quinta do Cerejal - SPATlm.: 93 413 87 27 / 93 333 78 76

R. do Poço Redondo _ 6150 – 737 Sobreira Formosaqueijo e cereja

— Armindo Gonçalves FernandesTrav. do Lagarão, n.º 6 _ 6150 – 125 Monte Trigo

Tel.: 274 833 166 _ Tlm.: 93 845 49 89cereja e limão

— Maria da Conceição R. G. FélixChão do Galego – Montes da Senhora

Tel.: 274 833 160 _ Tlm.: 96 636 44 53cereja e limão

José RodriguesCatraia Cimeira _ 6150 – 116 Montes da Senhora

Tel.: 274 833 050 _ Tlm.: 96 902 30 22cereja, limão e azeite

> Artesanato e Produtos da Terra

— Bordados Tradicionais (Castelo Branco, Arraiolos...) _Artes Decorativas

Maria de Lurdes Lamas Brás CostaR. de Santa Cruz, n.º 2 _ 6150-424 Proença-a-Nova

Tlm.: 96 660 61 11Também lecciona Cursos de Formação e tem uma

loja onde vende as peças de artesanato que produz e de outros artesãos do concelho.

— Trabalhos em Ponto de CruzLoja: «Maribel»

Manuela Clemente e Anabela TavaresRua do Paço, 7 _ 6150 – 424 Proença-a-Nova

Tlm.: 96 868 72 02

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— freguesia de Alvito da Beira

— CesteiroAntónio Martins Cardoso

Oliveiras _ 6150 – 724 _ S. FormosaTlm.: 93 688 38 20

— TecedeiraMaria do Carmo

Maxiais _ 6150 – 724 _ S. FormosaTel.: 274 822 325

Mantas, colchas,tecidos em terás natural.

— FerreiroLuís Fernandes _ Tlm.: 93 644 58 28

Tem uma oficina em Sobreira Formosa. Pucariço

— TrapologiaMaria do Carmo Ribeiro Henriques

Montes da SenhoraRodilhas, almofadas e colchas de trapos.

— Trabalhos em cortiçaJosé Ribeiro

Tel.: 274 822 830Vale da Ursa (Sobreira Formosa)

Tropeços e outros objectos de cortiça

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 25

_ Alvito da Beira

_concelho de proença-a-nova

Com 36,26 Km2, a Freguesia de Alvito da Beira foi criada no ano de 1920.Anteriormente, Alvito, Sobraínho dos Gaios, Cerejeira, Vales, Dáspera, Herdade e Mó

pertenciam à Freguesia de Sobreira Formosa, acompanhando a pequena vila desde oSenhorio dos Templários à autonomia como concelho e à posterior integração no termo

de Proença-a-Nova, em meados do século XIX. O primeiro pároco foi o reverendo Bernardino Lopes Pires Ribeiro,

natural de Sobreira Formosa. Nesse tempo já Alvito da Beira possuía uma escola mista, criada em 1906, com uma

frequência considerável de 70 alunos. Os habitantes da Freguesia de Alvito da Beira dedicam-se essencialmente à agricultura,

à exploração florestal e à exportação de madeiras. A construção civil e o comércioaparecem como actividades que respondem às suas necessidades, criando postos de

24 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

— Tecelagem / Bainhas abertasMaria Júlia Martins

R. Principal _ 6150 – 351 Murteira / Proença-a-NovaTel.: 274 672 185 _ Tlm.: 96 478 23 51

Formadora na área de tecelagem e bainhas abertas.

— Flores com Sabonete / Flores com Meias de Seda /Bordados Tradicionais

- Isabel Maria Brás da Costa MartinsLargo da Devesa _ 6150 Sobreira Formosa

Tlm.: 96 919 20 17Formadora na área de bordados.

Também vende em lojas de artesanato.

— AlbardeiroJoaquim Farinha

6150 - Lameira D’OrdemTel.: 274 855 163

Faz albardas normais e em miniatura.

— LatoeiroFrancisco Cardoso Grilo

R. da Fonte Urgueira, n.º 486150 – Sobreira Formosa

Tel.: 274 822 649

Tear Albardas e burnis em miniaturaLatoeiro

Ferrador Paulo Alves e Yola Vale, ceramistas do Centro de Artes e Oficios de Sobreira Formosa

Page 14: Roteiro Turístico

trabalho, importantíssimos para a comunidade activa. O azeite tornou-se a indústriatradicional da freguesia, não sendo conhecida a data da criação dos primeiros lagares.

A freguesia ocupou, durante muitos anos, o primeiro lugar no concelho na produção do azeite. Em 1930 havia pelo menos dez lagares. Quanto ao património cultural e edificado

destacam-se a Igreja Matriz de Alvito da Beira, a de Sobrainho dos Gaios e da Herdade.As fontes presentes nas diversas localidades desta freguesia são também

consideradas de interesse cultural e que vale a pena visitar.

_Localidades da freguesia:Alvito da Beira / Cerejeira / Dáspera / Herdade / Mó / Sobrainho dos Gaios / Vales do Alvito

_Gentílico: Alvitense

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 2726 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

_Locais de interesse turístico:Praia Fluvial de Alvito da Beira (ver secção Praias Fluviais), Moinhos de água e levadas

(conduziam a água de rega até aos campos) ao longo da Ribeira do Alvito, zonapiscatória, Paisagem Natural, Cova do Alvito (pequena aldeia desabitada com cerca de

5 casas de xisto recuperadas, junto à ribeira, ver secção Percursos Pedestres), casas dexisto em todas as localidades e Praia Fluvial «A Couca» (ver secção Praias Fluviais),

onde se pode andar de canoa, kayake ou gaivota.

_Artesanato:A tecelagem, a sapataria manual e a ferraria tiveram um papel de destaque nesta

freguesia, mas, neste momento encontram-se numa fase de decadência acentuada.Entretanto florescem outras actividades, nomeadamente a criação de

objectos decorativos a partir da madeira e da cortiça.

José Bandeiras _ Marceneiro—

Foi a aposentação dos Correios que o levou a dedicar-se à arte de trabalhar a madeira.Começou por brincadeira, «só com a navalha». Hoje, o «carteiro», como é mais conhecido na

aldeia de Alvito da Beira, faz aviões, carros de bois, porta-chaves, pisa-papéis, picotas e tudoo que a sua imaginação lhe dita. Vende em casa, em feiras e por encomenda.

Tel.: 274 833 143 _ Rua Engenheiro Américo Rodrigues Leite _ 6150-011 Alvito da Beira

_Gastronomia:Queijo Fresco de cabra; Aguardente de Medronho; Salada com Feijão; Afogado da

Boda; Enchidos caseiros; Pão de trigo caseiro; Pão de milho caseiro (broa); Tigeladas;Broinhas de mel; Bolo finto; Vinho caseiro – Proveniente do fabrico individual de cada

agricultor. A aguardente de Medronho, ou Medronheira, de fabrico caseiro, é a bebida típica mais apreciada.

_ Ponte sobre a Ribeira do Alvito _ Cerejeira

Page 15: Roteiro Turístico

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 2928 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

_Festas e Romarias:• Festa em Cerejeira – fim-de-semana da Páscoa

• Festa em Louvor de Nossa Senhora das Necessidades em Sobrainho dos Gaios (último fim-de-semana de Agosto)

• Festa em Louvor de S. Lourenço em Alvito da Beira (1.º fim-de-semana de Agosto)

• Festa de S.João em Herdade - 4 de Agosto• Festa em Dáspera – fim-de-semana da Páscoa

— freguesia de Montes da Senhora

_ Chão do Galego e Montes da Senhora (ao fundo)

É considerada povoação muito antiga, de fundação anterior à monarquia,provavelmente do tempo da dominação mourisca. Segundo alguns estudiosos, osvestígios existentes na Serra das Talhadas, na gruta a que o povo sempre chamou

«Buraca da Moura», são prova plena de tal filiação. A verdade é que a investigação émuito pouco convincente. Mas nada repugna aceitar a hipótese, pois a região era

povoada ao tempo da chegada dos sarracenos, embora escassamente, e estes, na suaretirada lenta para o sul, tiveram longos períodos de permanência nos lugares

estratégicos, como seriam, na freguesia, alguns montes, nomeadamente a Portela dasTalhadas e a própria serra das Talhadas. Com uma área que ronda os 34 km2, a

Freguesia de Montes da Senhora - a par com a Freguesia de Alvito da Beira - pertenceudurante séculos à Freguesia de Sobreira Formosa, acompanhando o antigo concelho

desde o apogeu até à sua desagregação, em 1921. A população da freguesia encontra na agricultura de subsistência, na serralharia, na

indústria alimentar e no pequeno comércio as

> Alvito da Beira

Page 16: Roteiro Turístico

principais actividades económicas. Do património cultural e edificado destaca-se a Igreja Matriz, o forno público, o marco

geodésico, alguma arquitectura tradicional e alguns vestígios de fortificações militares.

De salientar também nesta freguesia, os moinhos de água, a zona piscatória, a paisagem natural e o circuito da Ribeira do Alvito.

_Localidades da freguesia:Montes da Senhora (Aldeia Cimeira, Monte de Cima, Monte do Meio, Monte de Baixo,

Monte Barbo, Monte de Trigo) / Chão do Galego / Rabacinas / Catraia Cimeira / Carregais/ Carregal / Casalinho / Chão Redondo / Ferraria / Casal da Ribeira / Ponte do Alvito

_Gentílico: Montense

_Locais de interesse turístico:Serra das Talhadas: Buraca e Escorregadouro da Moura (ver secção Percursos Pedestres);

Encostas repletas de Citrinos (limoeiros, laranjais); Cerejais; Moinho de ventorecuperado por um particular; Igreja de Montes da Senhora e Oliveira (classificada

como monumento vivo de interesse público) com uma idade que ronda os 800 anos.

_Artesanato / Produtos da terra:Colchas, almofadas de trapos e rodilhas. Produtores de citrinos, cereja e mel.

_ Moinho de vento (particular) _ Montes da Senhora _ Oliveira classificada _ Montes da Senhora

Luís Marques _ Apicultor—

A produção de mel faz-se na família desde tempos imemoriais. Hoje, com cortiços espalhadospelas freguesias de Montes da Senhora e de S. Pedro do Esteval, produz dezenas de litros de mel

de rosmaninho e alecrim, que vende directamente ao público na sua loja em Catraia Cimeira.Para além do mel, produz e comercializa, também, favos de mel e o pólen das abelhas de

propriedades únicas para a saúde.

Tel.: 274 844 850 _ 6150-612 Catraia Cimeira - Montes da Senhora

_Gastronomia:Maranhos; Plangaio; Enchidos vários; Queijo de Cabra.

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 3130 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

_ A cereja, um dos principais produtos da freguesia.

Page 17: Roteiro Turístico

_Festas, Feiras e Romarias:• Feiras Anuais: 3.º Domingo de Fevereiro e 3.º Domingo de Julho

• Festas em Louvor de S. Luís e N.ª S.ª da Conceição em Rabacinas – dia 15 de Agosto• Festa das Cerejas em Chão do Galego (2.º fim-de-semana de Junho)

• Festa em Louvor de N.ª Sr.ª de Fátima em Casal da Ribeira – dia 15 de Agosto• Festa em Louvor de N.ª Sr.ª do Pópulo em Montes da Senhora – dia 15 de Agosto

• Festa em Louvor de Santa Luzia em Catraia Cimeira – dia 1 a 3 de Setembro

32 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 33

— freguesia de Peral

_Igreja Matriz de Peral

Como povoação é muito antiga, mas insusceptível de localizar no tempo. Pertenceu ao Priorado e Corregedoria do Crato e à Provedoria de Tomar. Era conhecidapor freguesia de São Tiago, após a sua fundação ocorrida na segunda metade do século

XVI. Até essa data fez parte da única freguesia do Concelho de Proença-a-Nova, deonde viria a nascer também a Freguesia de São Pedro do Esteval. Consta que existiam

vestígios de uma povoação romana, perto da actual sede de freguesia, no sítio a quechamavam «Castelo do Chão do Trigo». Ficava no alto de um outeiro, rodeada pelo

ribeiro de Estevês, murada, de duas portas. Aí se encontraram moedas de imperadoresromanos anteriores e posteriores ao nascimento de Cristo e, em 1712, um homem que

lavrava um terreno próximo desenterrou mais de 300 dessas moedas. É de crer, pois, que os súbditos de Roma se tenham ali estabelecido quando fundaramProença-a-Nova, há cerca de dois mil anos! Em 1834, teve juiz «pedâneo» e a partir de

1837 passou a constituir um julgado de paz juntamente com a Freguesia de São Pedro do Esteval, que ficou como sede.

> Montes da Senhora

Page 18: Roteiro Turístico

Na área da freguesia (25,63 km2) pratica-se a agricultura de subsistência, exploraçãoflorestal e a salsicharia tradicional. À produção de azeite, centeio e milho, o povo

juntou ainda a exploração do mel e da cera, a caça e a pesca no rio Ocreza.

_Localidades da freguesia:Peral / Estevês / Junceira / Pedra do Altar / Vale do Clérigo / Vale da Mua / Vale Videiros

_Gentílico: Peralense

_Locais de interesse turístico:Igreja Matriz; Cruzeiro do Cabeço; Moinhos de água; Zona piscatória;

Campo de Tiro de Nave à Metade; Sítio da Conheira; Paisagem Natural.

_Artesanato:Ferreiro e Ferrador.

_ Casa rústica em Peral _ Azenha (Peral)_ Campo de Tiro de Nave à MetadeJosé Maria Cardoso Pedro _ Ferreiro e Ferrador

— É o último ferrador da região e um especialista na arte de trabalhar o ferro.

Trabalha nesta arte desde os 12 anos, onde aprendeu tudo com o mestre Joaquim Cardoso, da Junceira.

Aos 23 anos instalou-se por conta própria em Vale Clérigo.Faz arados, charruas, ferraduras e todo o tipo de peças agrícolas (também em

miniatura), para além do ofício habitual de serralharia.

— Tel.: 274 844 850 _ 6150-612 Vale Clérigo - Peral

34 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 35

Page 19: Roteiro Turístico

_Gastronomia:Queijo de cabra; Enchidos tradicionais;

Migas de peixe do rio; Escabeche de barbo; Tigelada.

_Festas, Feiras e Romarias:• Festas em Louvor de S. Tiago Menor (Santo Padroeiro) em Peral e Vale da Mua – 1.º

Sábado de Maio • Festa em Louvor de Nossa Senhora de Fátima em Pedra do Altar

– 1.º Sábado de Junho

36 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 37

— freguesia de Proença-a-Nova

_ Largo Pedro da Fonseca

De origem bastante ancestral, chamaram-lhe Cortiçada, nos seus primeiros anos, nomeque só no século XVI foi definitivamente abandonado em prol do actual.

A origem do topónimo original não se afigura difícil de decifrar, devendo relacionar-secom a abundante produção de cortiça ou elevado número de colmeias (também

chamados cortiços) que, em tempos, foram de grande importância na região.Proença-a-Nova foi uma vigararia do Priorado do Crato, juntamente com as vigararias

de Crato, Amieira do Tejo, Sertã e Belver. Em 1789, o Priorado do Crato foi integradona Casa do Infantado, criada por D. João IV, perdeu autonomia e os seus bens

passaram definitivamente para os novos senhores em 1833,quando da extinção do Priorado.

A Freguesia de Proença-a-Nova passou, então, para o Distrito de Santarém e, emNovembro do ano seguinte, para o de Castelo Branco, onde se manteve até aos nossos

dias. Até 1554, o concelho era constituído por uma só freguesia. Nesta data foidesmembrado e nasceu a Freguesia de São Pedro do Esteval. Algum tempo mais tarde,

> Peral

Page 20: Roteiro Turístico

_ Escola CEB - Canarinhos _ Igreja de Moitas_ Moinho antigo

38 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

foi a vez de Peral ser elevada a idêntica categoria, também «à custa» de Proença-a-Nova.Embora discutível, segundo alguns historiadores, crê-se que o primeiro foral data de

1244, concedido por frei Rodrigo Egídio da ordem do Hospital. Indiscutível é já aatribuição, em 1512, do «Foral Novo» por D. Manuel I. Pormenor curioso do

documento Manuelino é a designação de Proença-a-Nova, surgida logo em título:«Foral dado a Vila Melhorada, que se chamava Cortiçada». Essa designação conservou-

-se durante algum tempo, mas não vingou pois, em fins desse século, já ninguém falavaem Vila Melhorada mas, como hoje, em Proença-a-Nova.

_Localidades da freguesia:Proença-a-Nova / Aldeia Ruiva / Amoreira / Bairrada / Blanzel / Braçal / Cabeço do

Moinho / Cabrieira / Caniçal Cimeiro / Caniçal Fundeiro / Carvalhal / Casais / CasalD’Ordem / Casal Velho / Casalinho / Cimadas Cimeiras / Cimadas Fundeiras /

Corcóvas / Corgas / Corujeira / Eiras / Espinho Grande / Espinho Pequeno / Fatelo /Folga / Foz do Pereiro / Galisteu Cimeiro / Galisteu Fundeiro / Labrunhal Cimeiro /

Labrunhal Fundeiro / Malhadal / Maljoga / Moita do Grilo / Moita do Santo / MoitaMateus Alves / Moita do Pinheiro / Montelhado / Montinho / Montinho das Cimadas/ Murteira / Pergulho Cimeiro / Pergulho do Meio / Pernadas / Rafael / Relva da Louça /

Ribeira de Eiras / Sarzedinha / Serimogão / Vale da Carreira / Vale D’Água / Vale D’Urso / Vale das Balsas / Vale Madeiro /

Vale Porco / Vergão Cimeiro / Vergão Fundeiro

_Gentílico: Proencense

Page 21: Roteiro Turístico

_Locais de interesse turístico:Praia Fluvial de Aldeia Ruiva; Praia Fluvial de Malhadal (ver secção Praias Fluviais);

Centro Ciência Viva – À descoberta da Floresta; Zona piscatória em Malhadal; Lagaresde Azeite; Moinhos de água; Paisagem natural; Aeródromo – Centro de pára-quedismo

e skysurf; Biblioteca Municipal; Cinema; Piscina coberta; Campos de ténis; Jardim deSanta Margarida; Jardim da Devesa; Jardim do Emigrante; Pavilhão Gimnodesportivo;

Espaço Internet; Discoteca; Circuito de Manutenção; Campo de Jogos; FonteLuminosa/Largo das 3 Bicas; Parques Eólicos do Vergão e das Corgas; Moinho deVento (Pergulho). Pode ainda usufruir de diversas actividades de lazer organizadas

pontualmente por diversas empresas privadas: ciclopercursos, passeios e provas de btt,passeios de todo-o-terreno, equitação, pára-quedismo, skysurf, bem como das

actividades organizadas durante a época balnear nas praias fluviais da freguesia.

_Gastronomia:Enchidos, Maranhos, Salada de almeirão com feijão-frade, Couves com broa, Couves a

monte, Afogado da Boda, Cabrito assado, Miga de peixe do rio, Riscadinhos deescabeche, Papas de carolo, Tigelada, Cavacas de Proença, Bolos Fintos, Broas de Mel,

Filhozes, Seminata, Vinhos, Licores diversos (poejo, lucia-lima).

Maria Júlia Martins _ Tecelã e Bordadeira—

As bainhas abertas semi-tecidas e tecidas ou os ajours simples e cruzados - trabalhados combastidor - não têm segredos para esta tecedeira que, desde 1988 já formou mais de 100

mulheres na região. Aprendeu tudo, durante 3 anos, num Curso de Conservação doPatrimónio Cultural em Proença-a-Nova. A mãe e a avó sempre fiaram o linho.

Num pequeno tear, tece jogos de quarto, panos individuais, toalhas, etc. Trabalha por encomenda, vende em casa e em feiras.

Tel.: 274 672 185: 964 782 351 _ Rua Principal - Murteira _ 6150-351 Proença-a-Nova

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 41

_ Pormenor do trabalho com bastidor

_ Largo Pedro da Fonseca _ Cãmara Municipal / Proença-a-Nova

40 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

Page 22: Roteiro Turístico

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 43

— freguesia de S. Pedro do Esteval

_ Altar da Igreja Matriz de S. Pedro do Esteval

A origem da povoação de São Pedro do Esteval é um segredo bem guardado no tempo.Os primeiros registos datam de 1554, quando era já uma povoação importante, a

ponto de merecer a separação de Proença-a-Nova e a constituir-se sede de freguesia. Nagénese da importância desta freguesia está também a lenda mais conhecida de todo o

concelho. Consta que uma terrível praga de insectos caiu, em tempos, sobre as hortas esearas de Proença-a-Nova e arredores, devorando tudo. O povo, alarmado e impotente

para lhe fazer face, socorreu-se da protecção do Apóstolo, venerado na matriz de SãoPedro do Esteval, implorando os seus favores e prometendo em acção de graças

organizar solene romaria. As suas preces foram ouvidas e o povo não esqueceu aspromessas organizando solenes festejos no dia 22 de Fevereiro, a ponto de o dia vir a

ser considerado «de guarda», em Proença-a-Nova. Só em 1910 se acabou com essaprática, mas ainda há quem, nesse dia, não vá à fonte nem à horta.

_Festas, Feiras e Romarias:• Mercado mensal – segundas quintas-feiras de cada mês

• Feira das Candeias – 2 de Fevereiro • Feira de Santa Cruz – 3 de Maio • Feira de S. Bartolomeu – 24 de Agosto • 3.º domingo de Dezembro – feira anual

• N.ª Sr.ª da Assunção (orago desta freguesia) – 15 de Agosto • Santa Cruz – 3 de Maio

• Festa em Louvor de Santo António em Proença-a-Nova – 13 de Junho• Festa em Louvor de São Gens em Moitas – 1º fim-de-semana depois da Páscoa• Festa em Louvor de São Marcos em Pergulho – último fim-de-semana de Abril

• Festa em Louvor de Nossa Senhora do Carmo em Corgas – 15 de Julho• Festa em Louvor de Nossa Senhora de Fátima em Vergão – 21 de Julho

• Festa em Louvor de N.ª S.ª da Boa Nova – Sarzedinha – último fim-de-semana de Julho• Festa da Rainha Santa Isabel em Malhadal – 5 de Agosto

• Festa em Louvor de Nossa Senhora da Guia em Vale de Urso – 1 de Setembro • Nossa Senhora da Piedade – Vale d´Água- Agosto

• Nossa Senhora da Dores- Cimadas- Agosto

42 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

> Proença-a-Nova

_ Fonte das 3 bicasProença-a-Nova _anos 50

_ _ _

foto de José Rodrigues

Page 23: Roteiro Turístico

Com cerca de 60 km2, esta freguesia produz azeite de óptima qualidade, centeio, trigoe mel, culturas de sempre e que aproveitam aquilo que o terreno consegue dar.

A exploração florestal, a pastorícia e o pequeno comércio são também actividades de destaque.

_Localidades da freguesia:São Pedro do Esteval / Lameira Martins / Monte Fundeiro / Monte Rodrigo /

Murteirinha / Naves / Padrão / Palhota / Picoteira do Monte / Picoteira Fundeira /Redonda / Lameira d´Ordem / Borracheira / Vale Canhestro / Vale Madeirinho

_Gentílico: Estevalense

_Locais de interesse turístico:Ponte Romana; Moinhos de água; Zona piscatória (Ribeira da Pracana e da Freixada);

Paisagem natural; Moinho Novo; Igreja de S. Pedro do Esteval; Igreja de Nª Srª da Ajuda; Capela de S. João Batista; Forno Público e o Percurso

Pedestre «Rota dos Estevais» (mais informações na secção Pecursos Pedestres).

_Artesanato:Albardaria; Alfaiataria; Ferraria; Sapataria; Forja.

_ Ribeira da Pracana _ Ponte Romana_ Igreja Matriz de S. Pedro do Esteval

44 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

Joaquim Farinha _ Albardeiro—

É um autodidacta na arte de fazer albardas. Tinha 32 anos quando começou este ofício,depois de apenas 5 dias de aprendizagem com um mestre. Faz albardas, burnis e chocalhos

em vários tamanhos e em formato miniatura para decoração.

— Tel.: 274 855 163 _ 6150-612 Lameira D’ Ordem

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 45

Page 24: Roteiro Turístico

_Gastronomia:Queijo de cabra; Mel; Afogado da Boda; Chibato guisado; Peixe de Água Doce.

_Festas, Feiras e Romarias:• Nossa Senhora da Ajuda – Páscoa

• Festa do Bodo – 15 de Agosto• Janeiras – Em Janeiro, cantam-se de porta em porta.

• Festa em Louvor de São Pedro em S. Pedro do Esteval – 22 de Agosto • Festa em Louvor de São Tiago em Padrão - último fim-de-semana de Agosto

• Festa do Sagrado Coração de Jesus com procissão de Tabuleiros

46 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 47

— freguesia de Sobreira Formosa

Vista geral da vila de Sobreira Formosa

O antigo concelho de Vila Nova, e actual Freguesia de Sobreira Formosa, foi terra deuma bastarda de D. Sancho I, certamente por doação paterna. Essa princesa foi

D. Constança Sanches, que concedeu o foral em 1222, ao que se julga com o prior deS. Gregório. Foi ainda com a designação de Vila Nova que foi concedido, à povoação,

Foral Novo, por D. Manuel I, no primeiro de Junho de 1510. A sua importância e antiguidade (foi sede de concelho durante séculos, até 1855)

reflectem-se ainda hoje na riqueza da malha urbana e na antiguidade das casasconstruídas nas ruas estreitas e sinuosas e que se vislumbra de forma mais vincada pelo

caminho entre a Igreja Matriz e a Capela de S. Sebastião. Na Praça do Comércio, oantigo Ulmeiro está classificado como monumento vivo de interesse público.

Com 85,01 km2 de área, a Freguesia de Sobreira Formosa comparte com Proença-a-Nova, a responsabilidade pelo dinamismo

comercial, económico e agrícola de todo o Concelho.

> S. Pedro do Esteval

Page 25: Roteiro Turístico

_Localidades da freguesia:Sobreira Formosa / Atalaia de Estevão Vaz / Casa Nova / Castanheira / Cunqueiros /

Sesmos / Esfrega / Figueira / Fórneas / Fróia / Giesteiras Cimeiras / GiesteirasFundeiras / Maxiais / Oliveiras / Pedras Brancas / Penafalcão / Pereiro / Porteleiros /

Cor da Cabra / Póvoa / Pucariço / Ripanso / Pedreira / Vale da Ursa / Ribeira do Vale da Ursa / Souto / Sobral Fernando / Venda.

_Gentílico: Sobreirense

_Locais de interesse turístico:Sobreira Formosa: Centro de Artes e Ofícios e Atelier de Cerâmica;, Pólo da Biblioteca

(com acesso à Internet). Rua do Comércio com as suas casas de arquitecturatradicional, Taberna Típica «O Pisco» com a sua rusticidade e pequenas peças de

artesanato ligadas à prática agrícola. Árvore Classificada (Ulmeiro) na Praça doComércio. Futuro Museu / Centro de Interpretação de Fortes e Baterias, Igreja Matriz e

capelas (Capela de Santa Ana, de Santo António e da Misericórdia). Aldeia de Xisto «Figueira»: Casas de Xisto, Loja da Aldeia, Forno Comunitário, Lagar

de azeite, Rebanhos de cabras, Queijo cabreiro, Paisagem envolvente.Oliveiras e Fróia: Praia Fluvial de Fróia (Consultar secção Praias Fluviais), Azenhas,Lagar de Azeite, Forno comunitário, na aldeia típica de Oliveiras algumas casas são

alugadas para turismo. Vale da Ursa: Capela de S. Luís (pequena capela recuperada),Fonte de água natural, Casas de Xisto. Cunqueiros: Ribeira de Cunqueiros (Azenhas e

Sobreira Formosa _ Oliveiras

48 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

_Centro de I. de Fortes e Baterias

Franscisco Grilo _ Latoeiro—

Faz formas, candeias, regadores, cinchos, almotolias e todo o tipo de peças de latoaria. Transforma a folha de Flandres como ninguém. As suas peças são autênticas obras de arte.

Tem oficina aberta ao público no centro de Sobreira Formosa.

—Tel.: 274 822 649 _ Rua Nuno Álvares _ 6150 Sobreira Formosa

_Artesanato e produtos da Terra:Latoaria, Tecelagem, Cestaria. Fabrico de broas de mel, bolo torto, bolo finto, bolos

secos, filhós, plangaio, maranho, morcela, farinheira, moura e queijo cabreiro.

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 49

lagar), Capela de Nossa Senhora da Lapa, Parte antiga da aldeia com as suas adegas e casasde xisto, Cerejais. Sobral Fernando: Aldeia que ainda possui algumas casas com

características típicas e que vão sendo recuperadas a pouco e pouco. Percursos Pedestres: «OsSegredos do Vale Mourão» e «Viagem pelos Ossos da Terra» (consultar secção Percursos

Pedestres). Três Miradouros naturais para observar as Portas do Vale do Almourão – um dos16 geomonumentos que fazem parte do Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional – e a

comunidade de Grifos. Locais com apetência para a prática da pesca desportiva.

Page 26: Roteiro Turístico

_Gastronomia:Riscadinhos da ribeira com feijão-frade e almeirão; Afogado da boda; Maranhos;

Plangaios; Tigelada; Broas de Mel; Aguardente de medronho; Queijo de cabra e ovelha.

_Festas, Feiras e Romarias:• Festa do Sagrado Coração de Jesus – último Domingo de Setembro

• Festa em Louvor de N.ª S.ª da Lapa em Cunqueiros – 1.º fim-de-semana de Agosto• Festa em Louvor de N.ª S.ª do Perpétuo Socorro – Atalaia – 4.º Domingo de Agosto

• Festa do Coração Imaculado de Maria em Fórneas – Realiza-se pelo Carnaval• Romaria da Senhora da Saúde em Maxiais – Realiza-se na 2.ª feira de Páscoa

• Festas em louvor de S. Tiago em Sobreira Formosa – 3.º fim-de-semana de Agosto• Feira de S. Sebastião – 20 de Janeiro

• Feira de S. José – 19 de Março• 1.º Domingo de Agosto (antiga Feira de Verão)

• 8 De Setembro – antiga Feira das Melancias• 1.º Domingo de cada mês (Feira Mensal)

50 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

> Sobreira Formosa

Page 27: Roteiro Turístico

52 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 53

Page 28: Roteiro Turístico

54 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 55

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56 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

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Devem usar-se com meias específicas, com calcanhares esolas reforçadas, e fibras respiráveis. Leve sempre um par demeias de reserva.Nunca experimente pela primeira vez o calçado na caminha-da. Proteja as zonas sensíveis com adesivo, unte os pés comvaselina e deite pó-de-talco nas palmilhas.

Roupa — De Verão e quando estiver mais calor, deve usarroupas leves e relativamente claras (cores muito clarasatraem os insectos). Deve também usar uma protecção paraa cabeça e um protector solar. Os óculos escuros podem tam-bém ser uma boa opção.Os calções são frescos, mas não protegem as pernas deeventuais agressões. O ideal será usar calças com fecho-éclair horizontal que se transformam facilmente em calções.De Inverno, quando está mais frio, vento e chuva, recomenda--se o uso de um impermeável (calças e casaco) leve e trans-pirável, um blusão, uma camisola de lã ou de fibra polar (bas-tante mais leve) e umas calças. Para a cabeça utilize umgorro ou um chapéu impermeável e de fibras sintéticas, jáque o algodão tende a permanecer húmido.Em qualquer altura do ano, as luvas são sempre um utensílionecessário, para proteger as mãos do frio, dos arbustos e daspedras.

Mochila — É essencial para transportar o equipamento, acomida e a bebida. Como não se trata de expedições muitodifíceis, deve levar o mínimo equipamento possível, de formaa não ficar demasiado pesada.

_ Recipiente com água; (1 litro para cada seis quilómetros deVerão e metade de Inverno). Evite bebidas açucaradas, poisaumentam a sede. De Inverno, pode também levar bebidasquentes, como chá ou café, em recipiente térmico.

_ Farnel ligeiro; chocolate, frutos secos ou outros alimentosricos em glucose deverão proporcionar refeições ligeiras eenergéticas durante a marcha.

_ Lanterna; muito útil, caso começe a escurecer ou em zonascom pouca luz.

_ Binóculos; importantes para observar a avifauna, a pai-sagem e o caminho ao longe.

_ Kit de emergência; deve conter um espelho para fazersinais, um apito, uma mini-caixa de primeiros-socorros, repe-lente de insectos, fósforos, canivete ou ferramenta multiusose spray anestésico.

• Antes de partir, consulte sempre a documentação escritae cartográfica relativa à área do percurso.• Informe sempre alguém acerca do percurso que vai fazere do tempo que conta demorar. Não vá sozinho.• Tome conhecimento da previsão meteorológica. Caso previrque não consegue terminar o percurso antes de anoitecer, ouas condições meteorológicas se alterarem consideravel-mente, é mais prudente voltar para trás.• Adopte um ritmo mais moderado nos primeiros 20 minutos,de maneira a que os seus músculos possam aquecer.• Mantenha o mesmo tipo de ritmo, por forma a cansar-semenos.• O elemento mais lento do grupo deve ditar o passo, destaforma ninguém ficará para trás. Se um dos elementos parar,os outros também devem fazê-lo.• Caso se sinta muito cansado, deve descansar um poucoe voltar para trás, mas avalie bem a distância, pois pode sermais rápido prosseguir até ao ponto de chegada.• Deve descansar quando necessário, mas não por períodosdemasiado longos, pois poderá arrefecer.• Se tiver câimbras na barriga das pernas, deve sentar-se nochão e puxar os dedos dos pés para trás.• Se tiver bolhas nos pés, descalce-se, esterilize uma agulhacom uma chama, fure-as, aplique um penso e, se possível,mude de meias.• Se estiver muito calor, beba o equivalente a um copo deágua de meia em meia-hora. Faça refeições leves.• Se possível, leve um telemóvel consigo e, em caso de emer-gência, fale pausadamente, por forma a explicar muito bema sua situação geográfica e o tipo de urgência. Mesmo emlocais sem rede, é possível fazer chamadas de emergência.Caso não tenha meios de comunicação, o melhor corredore conhecedor do terreno deve partir em busca de socorros.

Material necessário

Calçado — Uma das peças mais importantes do equipa-mento. São os pés que suportam a maior parte do esforço nacaminhada e é no tornozelo, no calcanhar e nos dedos quepodem surgir os principais problemas.Sapatilhas de jogging, confortáveis, podem ser uma opçãodesde que não haja muita lama ou irregularidades de grandenível. Devem usar-se com meias relativamente finas. Asbotas de trekking serão sempre uma opção mais segura,desde que leves e confortáveis.

PR1início/fim: Pista de Moitas extensão: 8,26 Km duração: ±3h30 grau de dificuldade: fácil

«… por ali o caminho!» Indica a pastora de Moita do Pinheiro.

Junto ao hangar e estacionamento da pista deMoitas, dá-se o princípio do percurso, à descoberta dosmonumentos megalíticos existentes por estas paragens.Os primeiros passos conduzem-nos a uma pradariafustigada pelo incêndio de 2006, mas ainda assim vale apena conhecer e prosseguir viagem pela História.A quase dois quilómetros do início de caminho, apaisagem começa a ganhar vida. Sobre os nossosolhos, surge um quadro privilegiado onde o humanoe a natureza parecem conviver em harmonia. Aolonge, ouvem-se os sinos da Igreja das Moitas eavistam-se as casas da aldeia circundadas por umpinhal verdejante. Mais à frente vislumbra-se apovoação de Atalaia, seguida de Vale das Balsas.Passado este lugar panorâmico, deparar-se-á com umcruzamento que lhe dá indicações do primeiro sinal deHistória a visitar: a Anta Cão do Ribeiro, localizada

A zona de musgo mais abundante nasárvores isoladas indica o Norte,

porque esta planta para crescer preferea humidade.

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A história na Paisagem

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> Conselhos Úteis

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_ Arco de Moitas _ Anta do Vale do Alvito

numa pequena cumeada entre a zona agrícola eflorestal. Satisfeita a curiosidade histórica, o caminhocontinua paralelo à ribeira de S.Gens. Ladeandouma horta – no início do Verão, toda ela coberta demilho verde –, encontra um antigo moinho e a sualevada. Atravessa-se outra linha de água, que secanos meses de calor, e segue-se em direcção àpequena povoação de Moita do Pinheiro. A poucomais de cinco quilómetros do início do percurso,faça um curto desvio e suba o cabeço para observara Anta do Vale do Alvito, que quase passadespercebida à maioria dos visitantes. Com um cenário amplo, aromatizado pelos jovenseucaliptos que insistem em ser mais fortes do queos incêndios, e com dezenas de aerogeradores aolonge, avançamos escassos metros para chegar àterceira Meimoa do percurso. No Cabeço da Anta,como é denominada, observa-se uma laje de xistode proporções consideráveis. No mesmo local,encontra ainda um marco geodésico. A partirdaqui, é a frescura e o perfume dos pinheiros quenos acompanham no caminho. A sete quilómetros,entramos na isolada localidade de Moita doPinheiro, habitada por apenas uma família, um dossete lugares que compõem as Moitas, além da

Moita Mateus Alves, Moita PedroDomingues, Moita do Grilo, Moita doSanto, Moita do Arco e Moita doFerreiro. Se quiser, pode entrar naaldeia para adquirir produtos locais,como mel e queijo. Ao continuarviagem, irá percorrer uma subida

_ Moitas

íngreme, mas demasiado curta para querepresente um empecilho à resistência física.A escassos metros, irá rodeá-lo uma pradariaà direita e, à esquerda, uma pequena vinha,sinal de que, felizmente, ainda há quemteime em tratar a terra. A finalizar o trajecto,chega-se ao aeródromo de Moitas. No recinto

existe um bar, onde pode parar pararestabelecer energias. Ao longe, avistam-setambém as recém construídas instalações doCentro de Ciência Viva. O percurso termina, exactamente, ondecomeçou: na Pista de Moitas.

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PR1

Arco da MoitaConstruído em xisto, a pedra

dominante na região deProença-a-Nova, e em data

indeterminada, diz-se que oArco da Moita foi erguido por

agradecimento a NossaSenhora. O povo conta queuma criança que passava

todos os dias neste sítio, acaminho da escola, muitas

vezes, já noite escura, sentiamedo e chorava. Até que um

dia apareceu uma Senhoravestida de branco que o enco-rajou e lhe disse para estudarmuito que, quando crescesse,

iria ser padre. A partir dessedia, o rapaz nunca mais sen-tiu receio. Estudou e, quando

se formou, ergueu o arcocomo símbolo da porta da

coragem. Há poucos anos, aautarquia mandou recons-truir o arco, depois de um

camião o ter derrubado acidentalmente.

> Percurso das AntasDatadas do período Neolítico/Calcolítico, as antas ou mamoas sãocâmaras funerárias usadas neste período da Pré-História. A Anta do Cãodo Ribeiro foi escavada até à base no lado Sul, talvez para extracção deargila. O caminho de acesso passa por cima da mamoa no lado Poente. A Anta do Vale do Alvito tem 35 metros de diâmetro no eixo EO e 33 no NS.À superfície, observam-se dois grandes blocos de xisto – grauvaque. A terceira mamoa do percurso, Cabeço da Anta, tem cerca de 38 metrosde diâmetro (eixos Ns Eo) e mais de três metros de altura. No topo,observa-se uma laje de xisto com um metro de comprimento, 10 cm dealtura e 35 cm de espessura.

«As antas desta região, e de algumas outras do país, são sepulturas em forma decâmara fechada, construídas em lajes de xisto, fincadas no solo verticalmente, comuma única laje servindo de “tampa”. Apresentam geralmente um corredor, orien-tado a nascente, e estavam envolvidas por montículos artificiais de terra, argila epedras - Mamoas.» (Francisco Henriques / Jorge Gouveia - Centro de Estudos do Alto Tejo)

> Fauna e FloraEssencialmente constituída por pinhais e eucaliptais no estrato arbóreo,estevas (Cistus ladanifer), urzes (Erica scoparia, Calluna vulgaris), tojos(Ulex) no estrato arbustivo. Junto às ribeiras e linhas de água aparecemfrequentemente tufos de gilbardeira (Ruscus aculeatus). De vez emquando, quase isoladamente (tomados pelos pinhais), podem-se obser-var sobreiros, azinheiras e alguns pequenos olivais, como resquícios dafloresta tradicional portuguesa.Neste percurso poderão ser observados: raposa (Vulpes vulpes), ginete(Genetta genetta), saca-rabo (Herpestes ichneumon), javali (Sus scro-fa), lebre (Lepus capensis), coelho (Oryctolagus cuniculus), perdiz ver-melha (Alectoris rufa), gralha preta (Corvus corone), gaio (Garrulusglandarius), mocho galego (Athene noctua), peneireiro de dorso malha-do (Falco tinnunculus), entre outros.

_ Zona envolvente de S. Pedro do Esteval

PR2início: Sobral Fernando / fim: Carregais extensão: 6,5 Km duração: ±2h grau de dificuldade: médio

Portas do Almourão, classificadas como geomonumento pela Unesco

O percurso tem início em Sobral Fernando,a aldeia que assinala o início a Sudeste do concelho deProença-a-Nova. Separada da vizinha Foz do Cobrão,concelho de Vila Velha de Ródão, pelo Rio Ocreza,esta povoação de casario de xisto e de paredes caiadasde branco vale pela hospitalidade e simplicidade dassuas gentes, sempre dispostas a dar informações, casoas solicite. Prepare-se para a caminhada porque osseus olhos vão perder-se numa das paisagens maisbelas da região.Depois de deixar a aldeia, irá percorrer um pequenopinhal, onde a sombra e o aroma das árvores lheservem de ânimo. À medida que começa a subir, é avista magnífica sobre as aldeias de Sobral Fernando eFoz do Cobrão, arrumadas pelo Homem nas encostasda Serra das Talhadas, com o Rio Ocreza ao fundo,que domina as atenções.

A postura do Grifo é de apenas um ovo.Os juvenis começam a voar a partir dos

110 a 130 dias e atingem a maturi-dade sexual com cerca de 4 anos.

Os segredos do Vale do Almourão

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_ Miradouro nas Portas do Almourão _ Miradouro no Vale do Almourão

A cerca de 1,3 Km, pare nos miradouros, ondeestão disponíveis informações sobre a história e abiodiversidade deste lugar selvagem. Com trêspontos de observação estratégicos, sinta a altivezdas encostas escarpadas do Vale Mourão, umagarganta escavada pelo Rio Ocreza nos últimos doismilhões de anos, que parte a Serra das Talhadas emduas cristas quartzíticas. Em silêncio, podeobservar os abutres, que tanto repousam nas rochascomo planam no céu azul. Um pouco mais àfrente, a 2,3 Km do percurso, deixe-se fascinar pelaimponência das Portas do Vale Mourão.Continuando a caminhada com os olhos presosnesta paisagem de cortar a respiração, a 6 Km temlugar outro momento prodigioso do percurso: oencontro entre a Ribeira do Alvito e o Rio Ocreza,que serpenteiam o vale. A vegetação frondosa, composta por plantas tãovariadas como a esteva, os juncos, os fetosselvagens, os tojos ou o rosmaninho, e a frescurados pinheiros serve de alento na fase final dotrajecto. Passados 6,5 Km, chega-se, finalmente, aCarregais, uma aldeia pitoresca, cujas fachadas dascasas, ora em xisto ora pintadas de branco, jogamcom o verde e o vermelho dos pomares de

cerejeiras, que em Maio, Junho eJulho emprestam a cor a este lugarprotegido pela serra. Nos meses friosde Inverno, cheira ao fumo das lareirase dá-nos vontade de permanecer maistempo do que nos é permitido.

_ Olival

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Page 35: Roteiro Turístico

Vale do AlmourãoCom uma vista imponente,

onde nos sentimos pequenos,o Vale Mourão é um lugar

inóspito e de difícil acesso.Caminhar no interior deste

desfiladeiro com 400 metrosde profundidade é viajar no

tempo quase 500 milhões deanos, até uma era em que os

duros quartzitos eram finasareias depositadas no fundode um vasto oceano. Foram

necessários uma megacolisão e 140 milhões de

anos para transformar estessedimentos em rochas

metamórficas, e erguê-losdos fundos marinhos aos

cume das montanhas. Apaisagem impressionanteque hoje encontramos é o

resultado de 250 milhões deanos de alteração químicadas rochas e da erosão ao

longo de temposinimagináveis.

> GrifosUma das aves mais impressionantes que habitam este lugar é o grifo(Gyps fulvus), espécie de grande envergadura, que chega a atingir os 2,5metros de uma ponta da asa à outra. De plumagem castanha, refugia-seem zonas onde passa despercebido, ao olho humano, como as encostasrochosas. Sem penas na cabeça e pescoço, estas zonas do corpo sãocobertas de plumagem branca ou creme, precisamente, para facilitar asua introdução nos cadáveres de que se alimenta. Nestas encostas,nidificam 12 casais de grifos – dos 150 que existem em Portugal –, quedurante o dia se avistam a planar sobre o rio ao sabor das correntestérmicas ascendentes. As escarpas quartzíticas do Vale Mourão são umdos locais que melhores condições oferecem para a sua nidificação,dada a sua inacessibilidade. O grifo constrói o ninho em planos defracturas que cortam as escarpas verticais. Coloca apenas um ovo, nofinal de Janeiro, cujo período de incubação, da responsabilidade dos doisprogenitores, é de 52 dias.

> BiodiversidadeNas escarpas quartzíticas e e zonas envolventes, o coberto vegetal ésingular, composto por comunidades bastante heterogéneas, devido aosdesníveis altimétricos e exposições diferenciadas nos váriosquadrantes, determinando, em termos climáticos, a existência de locaisabrigados e húmidos, intercalando com situações de elevadatermicidade e secura. Esta diferenciação e alternância reflecte-setambém na flora local. Os vastos olivais que outrora existiam, em calçadas subindo asencostas, e de onde provinha um dos melhores azeites do mundo,foram mais tarde ultrapassados pelo pinhal, que a acção do fogo temvindo a fazer desaparecer, predominando uma mata rica em espécies. A Rosa-albardeira (Paeonia broteroi) é a rainha da beleza deste lugar,mas muitas outras plantas compõem este cenário selvagem.

> ZimbroPelas encostas escarpadas, subsiste uma área considerável dezimbrais, sobre solos rochosos de quarzitos, muitos fracturados, comescassa retenção de água, que se escoa facilmente para o subsolo,tendo que suportar uma seca estival mais prolongada. Nestascomunidades que incluem espécies termófilas, os zimbros (Junipeusoxycedrus) não ostentam porte arbóreo, constituindo matagais maisou menos densos. Com uma presença particularmente relevante, ozimbro é uma espécie rara que terá tido a sua grande expansão até hádois milhões de anos, adaptada a um clima de característicasmediterrâneas, mas muito seco e frio.

PR2 PR3

Rota das Conheiras

O Percurso inicia-se em Sobral Fernando.Atravesse a ponte sob a Ribeira da Fróia em direcção aSobreira Formosa e um pouco mais à frente vire àesquerda para o caminho de terra e atravesse pequenashortas e olivais rodeados de muros de pedra dosconhais. À esquerda, pode observar a primeiraconheira (ver caixa) do percurso e à direita, saindo dotrajecto por um caminho estreito, pode fazer umpequeno desvio e visitar as ruínas da antiga povoaçãode S´la Velha (ver caixa). Ao Km 1,4 começa a subir por um pinhal intenso, masque deixa vislumbrar, ao lado esquerdo, uma vistaencantadora sobre as aldeias de Sobral Fernando e Fozdo Cobrão. O percurso continua a sua ascensão até alcançar o topo

inÌcio / fim: Sobral Fernando extensão: 10,6 Km duração: ±3h grau de dificuldade: médio

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Rio Ocreza

Os «patos bravos» emigram para Sul noInverno em formação em «V», as rotassão ensinadas de país para filhos e não

fazem parte da carga genética.

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_ Apiário nas proximidades do Açude do Vale das Pedras _ Rio Ocreza

70 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

> ConheirasNas margens do Ocreza, ao longo de praticamente todoo percurso encontram-se diversas conheiras. Sãoextensas escombreiras formadas por amontoados deseixos, testemunhando a extracção de ouro que terádecorrido nas épocas romana e medieval. D. João IIIterá mandado fazer um ceptro em ouro extraído destazona, e Vasco da Gama uma cruz, mostrando aosvenezianos que em Portugal havia metal mais preciosoque o do Oriente. Ferro e prata são igualmente metaisoutrora explorados nas margens do Ocreza.

de uma pequena cordilheira, voltando depoisa descer ao longo da crista. Serpenteie omonte e descubra os cortiços e colmeiasalinhados, cobertos com lajes de xisto. A 200metros do percurso pode avistar-se, à direita,o Açude e Azenha do Vale das Pedras, junto àRibeira da Sarzedinha, em excelente estadode conservação e ainda em funcionamento.Abandone o percurso principal e faça-lhesuma visita. Mais à frente, lá em baixo, opercurso passa entre o rio e a ribeira bemjunto às duas margens. Neste local, dêatenção à antiquíssima oliveira suportadapor uma pequena construção de xisto. Unsmetros mais à frente, siga em frente pelaestrada de terra com a Ribeira da Sarzedinhaà direita e o Ocreza à esquerda. Siga a ribeiraaté à foz e deleite-se com a paisagem sobre ovale e a ribeira que se espraia sobre o rio.Aqui, junto às margens, encontra o localideal para descansar ou merendar. De regresso, apanhe o caminho que sobe orio. Na Primavera, com sorte e muito

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> S´la VelhaPovoação abandonada na margem direita daRibeira da Fróia, onde subsistem algumas construções de xisto em ruinas de paredesgrossas e com não mais de 2 metros de altura.Consta da tradição oral que foi este o local doprimitivo lugar de Sobral Fernando, tendo sidoabandonada devido a uma praga de formigas (o cemitério ficava junto das casas).

silêncio, podem avistar-se, nos pegos maisisolados, lontras em divertidos rituais deacasalamento, para além de garças cinzentas(ver caixa), patos bravos e corvos marinhos.Faça o caminho inverso até chegar perto dafoz da Ribeira da Fróia. Atravesse-a e suba aolongo do Rio até encontrar a ponte que liga

os dois concelhos (à direita), de frente para asduas escarpas que escondem, a montante doOcreza, uma das preciosidades mais bemguardadas de Proença-a-Nova: as portas doVale do Almourão, parte integrante de doisoutros percursos (PR2 e PR6) com partida,também, de Sobral Fernando.

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PR4

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 73

início: Centro de Interpretação de Fortes e Baterias de Sobreira Formosa fim: Ponte do Alvito

extensão: 14,5 Km duração: ±4h30 grau de dificuldade: médio/fácil

A povoação de Catraia-Cimeira ganhou o nome de uma hospedaria ou

catraia de muda e refresco à beira da antiga estrada.

Pela linha da DefesaSentir o espírito da Guerra dos 7 anos (ou

Guerra fantástica) e, mais tarde, das Invasões Francesascalcorreando os mesmos trilhos das tropas do generalJunot é o desafio deste percurso, que começa junto aoCentro de Interpretação de Fortes e Baterias deSobreira Formosa. Ao longo deste percurso irá visitar 3fortes (dos 5 registados) e 1 bateria (das 4 registadas)sendo que os dois últimos Fortes são os exemplaresmais bem conservados neste percurso. O último Fortefoi recentemente alvo de intervenção arqueológica paramelhor se interpretar e entender estas estruturas.Siga pela EN 233 até Catraia Cimeira, maisprecisamente, em frente ao café situado nas bombasda gasolina. A 3 km de percurso por caminhoasfaltado, à saída da aldeia, apanhe um caminho de

Indicação de bateria de defesa contra as invasões francesas

> Garça CinzentaDa mesma família das

cegonhas, é a garça maisabundante e difundida da

Europa. Pode viver cerca de25 anos. Os juvenis apresen-tam cores mais claras, dorsocinzento acastanhado e ven-

tre branco raiado de negro.Atingem a maturidade aos

dois anos de idade. Temhábitos solitários, fora do

período de nidificação.Muitas vezes partilha o habi-

tat das cegonhas. Mantém-se imóvel à espera da sua

presa que captura com obico, fazendo um rápido

movimento com a cabeça.Migra curtas distâncias, nor-

malmente não mais do que500 km, e muitos espécimes

permanecem sedentários.Reproduzem-se de Fevereiro

a Julho. Nidifica normal-mente em colónias, em cima

de árvores, perto da água.

> Cortelhões e PlingacheirosEstes dois etnónimos marcaram territorialmente os habitantes de cadauma das margens do Ocreza nesta zona Sul da Beira Baixa. Na versãopopular, eram designados por cortelhões os naturais do concelho deProença-a-Nova que vinham, ciclicamente, trabalhar para Vila Velha deRódão. Estes homens nas tabernas bebiam vinho por copos grandes, demeio-quartilho, o que não acontecia com os naturais da região de Ródão,que apenas bebiam vinho por copos pequenos. Este facto era sinónimoda maior virilidade e poder económico superior dos homens de Proença. Na Geografia de Portugal (Ribeiro, Lautensach & Daveau, 1989: 754)refere-se que «são os charnecos ou cortelhões das pobres terras dexisto do ocidente que ajudam a tirada da cortiça e a apanha da azeitonanos planaltos graníticos do Campo e da Raia. Aqui lhes puseram estasalcunhas desprezíveis, que lembram os matagais das suas serras ouas pobres casas de pedra solta, simples como “cortelhos” de porcosque lhes servem de abrigo».Os plingacheiros ou pingacheiros, gentes do concelho de Ródão, tinham-se como mais cosmopolitas, mais cuidadosos na apresentação e nahigiene e mais bem cheirosos (pinga cheiro). (In Açafa nº4 - Associação de Estudos do Alto Tejo)

> BarqueiroAté à construção da ponte sob o Ocreza, a meio deste percurso, a ligaçãoentre as duas margens, durante o Inverno, era realizada por um barqueiroque transportava pessoas, mercadorias e animais. Segundo a tradiçãooral, o preço da viagem de regresso era mais do dobro da viagem de ida.

PR3

72 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

_ Azenha e Açude da Várzea das Pedras _ Ribeira da Sarzedinha

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Forte dos Fortes > Fortim das Baterias

74 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

terra batida, situado à esquerda. Ao longo dequase 2 km, aperceber-se-á da imponência daSerra das Talhadas e das dificuldades que estabarreira natural representou para as tropas aoserviço de Napoleão Bonaparte.Alguns metros à frente, numa das elevações daserra, encontrará um dos fortes construídospelos militares portugueses para permitiremuma visão e abrirem fogo sobre as tropasinvasoras. Nesta zona, existem váriosmedronheiros, cujo fruto é muito utilizadona produção de aguardente. Aqui a paisagemé, particularmente, inebriante. Continuandoo percurso, noutro cume da serra, deparar-se-á com o segundo forte. Agora já a caminhoda Ponte do Alvito, a encosta da serra ofereceuma vista soberba sobre a ribeira que lhe dá onome e sobre o concelho de Castelo Branco.Nesta zona, encontrará uma bateria, outroelemento de defesa da estratégia militarnacional associada ao forte. Quase no final, ocaminho é feito entre vegetação rasteira epinheiros jovens. A ponte do Alvito encerraeste percurso pelas pegadas dos invasoresfranceses.

Este percurso pode fazer-se na totalidade (14,5 Km) ou, em alternativa, percorrendo

apenas qualquer um dos três troços marcadosconforme indicado no mapa.

Serra das Talhadas ao longe>

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 75

> JavaliÉ a mais conhecida das espécies

de porcos selvagens. Durante odia, é normalmente sedentário,

mas à noite é bastante activo,chegando a percorrer distânciasconsideráveis, que podem variar

entre os 2 e os 14km.

Page 39: Roteiro Turístico

> FortesErguidos no topo dos montes e sempre estrategicamente colocados, osFortes serviam de pontos de observação e, ao mesmo tempo, teriam depossuir poder de fogo sobre os caminhos e outros locais por onde astropas francesas passariam. Estruturas perfeitamente delimitadas comparedes de pedra seca, contra as quais, quer para protecção, quer parapossíveis embates do fogo da artilharia foi implantado um aterro comfosso em redor.

> BateriasConstruídas com poucos recursos económicos, as baterias são buracosescavados na montanha, com aproveitamento do material quatzítico,muito abundante na região. A bateria existente neste percurso encontra--se na encosta sobranceira à Ponte do Alvito. Para a construção destaestrutura, foi aberto um socalco na rocha e construídos dois aterroslineares com muros de pedra seca no interior. Forma um ângulo muitoaberto, no topo do qual, eventualmente, corresponde a boca de canhão.

> Sobreira FormosaCom uma área de 85 km2, hoje povoada por pouco mais de dois milhabitantes, a freguesia de Sobreira Formosa, outrora Vila Nova, chegou aser sede de concelho, durante séculos. Esta vila é detentora de uma arteantiga notável, distribuída entre a Igreja Matriz e a Capela de S. Sebastião.O velho ulmeiro, que se encontra na Praça do Comércio, está classificadocomo monumento vivo de interesse público. Pode visitar o Centro de Artese Ofícios, o Centro de Interpretação de Fortes e Baterias, a Rua do Comérciocom as suas casas de arquitectura tradicional e conhecer as suas gentes.

MedronheiroO medronheiro (Arbutus

unedo), uma sub-árvore depequeno porte com

características semelhantesao arbusto tem uma flor de

cor branca bastantedecorativa. Os frutos, de cor

vermelho intenso, sãocomestíveis e, sobretudo,

muito apreciados, no fabricode licor de medronho. Noentanto, no Concelho de

Proença-a-Nova, osmedronhos são mais

utilizados na produção deaguardente.

PR4

76 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

Ribeira do Alvito

O percurso começa junto à praia fluvial deAlvito da Beira, num vale verdejante, mesmo àentrada da aldeia. Seguindo em direcção ao açude porum caminho de terra à direita da praia fluvialacompanhamos o vale com a ribeira a correr lá embaixo à esquerda. Um pouco mais à frente, olhandopara trás, avista-se a aldeia que parece olhar o valetotalmente rodeado de montes. Ao km 1,75, quandoavistar um olival à esquerda lá em baixo, começa adescer em direcção à ribeira e ao vale. Ao km 2,1cruza a ribeira e 100 metros mais à frente vira àdireita já do outro lado da ribeira. Segue pelocaminho contornando uma estrada alcatroada àesquerda. Uns metros mais à frente, sai do asfalto eentra por uma vereda à direita que o leva novamenteaté ao vale. A partir daqui, segue sempre pela margemesquerda da ribeira contornando em semi-círculo o

Diz a lenda que, entre o Chão do Pereiro e a horta da Nogueira,

nos arredores de Alvito da Beira, está enterrada uma pele de boi

cheia de libras.

Rota dos Recantos e Encantos

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 77

início/fim: Alvito da Beira extensão: 11,4 Km duração: ±3h grau de dificuldade: médio / fácil

PR5

_ Vista do Paiol no Forte dos Fortes

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_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 7978 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

monte através do que se julgam ser antigaslevadas. Ao longo deste caminho ancestralque ligava as povoações de Alvito da Beira àCova do Alvito passamos ainda na aldeiaabandonada de Lameira da Mó, de querestam apenas algumas construções aban-donadas e vestígios do que foi outrora umlugar rico e cheio de vida. Pela veredaobservam-se vestígios de pequenas pontes

_ Percurso ao longo da Ribeira do Alvito >

que ligavam as duas margens da ribeira nosperíodos de Inverno, quando o caudal erabastante superior. Esta paisagem era das maisricas em olivais e com uma grande áreadedicada a esta cultura. Ao completar cercade 4 km, chegamos à aldeia da Cova doAlvito. Sem residentes fixos, a povoaçãoganha vida aos fins-de-semana com achegada dos novos proprietários queadquiriram aqui algumas das casas da terra. Depois de uma oportunidade pararetemperar forças na fonte da aldeia,seguimos para o sentido inverso apanhandoo caminho à esquerda, no final da povoação.Subindo em direcção ao lugar de Lameira daMó observamos agora a aldeia por cima.Descemos para o vale num caminho àesquerda em direcção ao lugar abandonado eapanhamos, mais abaixo, o mesmo caminhoao longo do vale no sentido inverso. Depoisde subirmos até à estrada asfaltada, voltamosa entrar na estrada de terra batida à esquerdaaté a ribeira, sempre a descer. Junto às hortas,atravessamos a ribeira para a margemesquerda e 1km mais à frente voltamos apassar a ribeira para a margem direita atéchegar a Alvito da Beira. À entrada da aldeia,siga o asfalto até à praia fluvial no outro ladoda povoação.

Neste percurso está contemplada a opçãoPR5L, uma redução da extensão total doPR5. Com uma distância de 3,5 Kmpoderá ser realizado em cerca de 1 hora.

PR5+

_ Alvito da Beira

Page 41: Roteiro Turístico

80 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

PR5

> Alvito da BeiraHoje uma freguesia com pouco mais 430 habitantes, segundo os Censosde 2001, outrora, Alvito da Beira era uma povoação cheia de vida humana.Na aldeia, existia uma escola mista, criada em 1906 e frequentada por 70alunos. De solos pobres, as principais actividades económicas da zonasão a oliveira, ocupando o primeiro lugar no concelho na produção deazeite, e a exploração de madeiras, sobretudo, de pinheiro, de onde aindase extrai resina. Em 1930, existiam nesta zona, pelo menos, dez lagares.Embora mais escasso, verifica-se ainda o cultivo de milho, trigo, centeioe batata.Com área de 36, 26 km2, Alvito da Beira é limitado a Norte e Este pelafreguesia de Sarzedas, a Sudeste pela de Santo André das Tojeiras, a Sulpela de Montes das Senhora e a Oeste pela de Sobreira Formosa.

> Barragem do AlvitoA aldeia que dá o nome à Ribeira do Alvito também baptizará um dos maisimportantes projectos públicos do Distrito de Castelo Branco: a barragemdo Alvito. Há mais de 50 anos que existem estudos sobre o apro-veitamento hidroeléctrico do Alvito, no Rio Ocreza, mas só agora com oanúncio da sua construção (Outubro de 2007) se prevê o aproveita-mento destes cursos de água, totalmente nacionais, para a produção deenergia eléctrica, mas também para a criação de uma albufeira queservirá como reserva estratégica para toda a região e um catalisadorturístico muito importante.

_ Cova do Alvito_ Lameira da Mó

Caminho junto às levadas

Portas do Almourão

Vale a pena partir ao encontro do maiormaciço geológico do Concelho, numa aventurapedestre pela Serra das Talhadas. Ao longo dosprimeiros 6 Km, o trajecto é partilhado com o«Segredos do Vale Almourão». O ponto de partida é aaldeia de Sobral Fernando. A partir daqui entra-se notrilho por uma pequena floresta de pinhal e eucaliptos. À medida que se sobe a serra, a paisagem torna-se cadavez mais sublime. A vista sobre as aldeias de Foz deCobrão e de Sobral Fernando, separadas pelo RioOcreza, compõem o cenário até ao miradouro deAlbarda, onde dispõe de três pontos de observação.Em silêncio, admire os voos rasantes dos grifos, nasrochas quartzíticas que abraçam o Vale Almourão emforma de U. Por vezes, avistam-se cegonhas-pretasjunto ao rio. Além das diversas espécies de peixes, estaságuas são também um reduto de lontras, um

A lontra é capaz de chiar, assobiar eguinchar. Pode ficar submersa durante

6 minutos e nadar a uma velocidadede 12Km/hora.

Viagem pelos Ossos da Terra

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 81

início/fim: Sobral Fernando extensão: 18 Km duração: ±6h grau de dificuldade: médio

PR6

Page 42: Roteiro Turístico

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 83

_ Posto de Vigia e Crucifixo no cimo da Serra das Talhadas _ Caminho de regresso na parte final do percurso

mamífero demasiado cauteloso para se deixarver à luz do dia. Ao longo de 2,3 Km de percurso, osafloramentos rochosos a Norte do Rio Ocrezaimpressionam os visitantes, em especial, nasPortas do Vale de Almourão, reduto denatureza selvagem, e que é um dos 16Geomonumentos do Geopark Naturtejo daMeseta Meridional. Há alguns anos, muitoshomens e mulheres humanizavam os socalcosda Serra das Talhadas, entregando-se aotrabalho árduo para cuidar dos olivais eapanhar a azeitona, da qual resultava um dosmelhores azeites do mundo. Embora rareiem,ainda se consegue encontrar alguns hectaresde olival nestas paragens. Mais à frente, aRibeira do Alvito com o Rio Ocreza confluemnum encontro platinado que reflecte os céus.A cerca de 500 metros de Carregais, paraonde segue e termina o PR2, os dois percursosseparam-se. Vire à esquerda pelo caminho querasga a floresta extensa, em direcção ao cumeda serra. Na encosta à direita, avista-se umadas mais surpreendentes formações geológicasdeste lugar. A crista quartzítica de grandesdimensões esconde a misteriosa Buraca daMoura e alimenta lendas ancestrais. Seguindo

as indicações no local – aqui preste atenção, esiga até ao ponto mais alto. Do posto de vigiade prevenção aos fogos florestais, o olharalcança 360° de uma paisagem magnífica,com vista sobre várias povoações. Em dias decéu limpo, os olhos alcançam Castelo Branco.De regresso à crista quarzítica, apanhe o trilhoque circunda a Buraca da Moura. Ao descer,irá deparar-se, à direita, com a aldeia deRabacinas e os seus pomares de citrinos(sobretudo limoeiros) muito frequentes nestazona do concelho, favorecido pelo micro-clima da zona. Siga em sentido inverso. Maisà frente, no final do contorno da serra,encontrará outro lugar encantado: oEscorregador da Moura. Calcorreie a rocha epare para sentir o cheiro desta paisagemnatural, para os amanters da geologia os«scolitos» existentes na formação rochosacontribuem para o redobrado interesse nopercurso.A partir daqui, o trajecto é mais plano,ajudado pela sombra do pinhal e doseucaliptais. A cerca de 17 Km de percurso, oPR6 reencontra-se com o PR2, finalizando arota pedestre no mesmo lugar: a aldeia deSobral Fernando.

82 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

Page 43: Roteiro Turístico

> Cegonha PretaConsiderada uma espécie em extinção, a cegonha-preta (ciconia nigra)encontra no Vale do Almourão o reduto de paz que precisa para nidificargraças à inacessibilidade das encostas escarpadas, que as protege daameaça humana. Utilizando as mesmas rotas migratórias que osabutres, esta ave, um pouco mais pequena que a comum cegonha--branca, alimenta-se de peixes, anfíbios e insectos.

Esteva ou CharaArbusto de crescimento

rápido, com forte capacidadede resistência a períodos

secos, a esteva (Cistusladanifer L.) apresenta

folhas compridas, estreitas ebrilhantes, com flor branca,

que emprestam a sua belezaaos campos, durante toda a

Primavera. Arbustoabundante nas regiões

mediterrâneas, a suaessência é usada na

indústria de cosmética eperfumaria.

PR6

84 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

_ Vista de Sobral Fernando desde a encosta da Serra das Talhadas

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 85

Uma infusão de alecrim ataca a febre,a debilidade extrema, a tosse, e as

dificuldades do estômago em digerir.

Rota dos EstevaisO Pólo da Biblioteca Municipal assinala o

início deste trajecto pelos campos da freguesia de S.Pedro do Esteval. Siga em direcção às povoações dePicoteira Fundeira e de Picoteira do Monte. Mais à frente, assiste-se à confluência entre a Ribeirada Pracana e a da Freixada. Este encontro entre linhasde águas, propícias a actividades piscatórias, é a partemais bela do percurso. Aprecie o Moinho Novo, um açude que foi reabilitadoe ainda hoje é utilizado. Mais adiante, encontrará a Azenha das Brazinhas,cujas ruínas de um açude em xisto e de um velho lagarnos transportam para tempos em que estas terras erambastante povoadas e trabalhadas. Seguindo pelamargem da Ribeira da Pracana e com a Serra de

Açude das Brazinhas.

início/fim: Biblioteca Municipal _ Pólo de S. Pedro do Esteval extensão: 7,8 Km

duração: ±3h grau de dificuldade: fácil

PR7

_ Serra das Talhadas

Page 44: Roteiro Turístico

_ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _ 87

_ Vale das Ferrarias

86 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

Mação como cenário, chega-se à Ponte daLadeira. Ao lado, atravesse a Ponte Romana,fronteira entre os concelhos de Proença-a--Nova e de Mação. A pouco mais de 1 kmdeste local, e após uma pequena subida, avista--se o cemitério, o ponto mais altaneiro deS. Pedro do Esteval, que oferece uma vistaprivilegiada sobre este quadro rural. À medidaque se prossegue o percurso, outros porme-nores desta «terra entre estevais» surgem-nosperante os olhos como se fosse um presépio.Avista-se a cúpula da Igreja Matriz de S. Pedro,algumas casas, em contraponto à Serra deMação, que fica para trás.Segue-se por uma terra de asfalto, que nosleva a S. Pedro do Esteval. Atravessa-se apovoação num caminho que nos conduz àstraseiras da Igreja Matriz. A 7 km de trajecto,abandona-se a aldeia e vira-se à esquerda, porum caminho de terra batida. A 300 metros, apanhe uma estrada em asfaltoque o traz de regresso ao Pólo da Bibliotecade S. Pedro do Esteval.

_ Ponte Romana

Page 45: Roteiro Turístico

> Ponte RomanaEmbora com data desconhecida, a ponte romana sobre a Ribeira daPracana é um sinal da presença destes povos na região. Em estadoavançado de deterioração, este monumento, que se julga ter sidoconstruído no século I d.C., aguarda trabalhos de requalificação. A poente, foi construída, em 1991, a Ponte da Ladeira, inserida no traçadoda E.N. 351, que liga os concelhos de Proença-a-Nova e de Mação.

> Moinho NovoOs estevalenses sempre deram muito importância ao pão. A freguesiafoi, noutros tempos, o celeiro da região. Tal como os olivais, de ondeprovinha um dos melhores azeites da região, o centeio e o trigo semprepreencheram os campos de difícil cultivo desta zona de Proença-a--Nova. O Moinho Novo testemunha tempos de grande azáfama agrícola.O moinho de água foi recentemente restaurado e hoje mantém-se emfuncionamento, perpetuando tempos perdidos.

> Azenha das BrazinhasActualmente em ruínas, esta estrutura data de há mais de 100 anos. Oaçude e o lagar de azeite, construídos em xisto, a pedra abundante daregião, guardam memórias de tempos em que existia por estasparagens um sentido comunitário que se tem vindo a perder.

S. Pedro do EstevalDe origens desconhecidas,

os primeiros registos daFreguesia de S. Pedro doEsteval datam de 1554,

criada pelo Infante D. Luís,na época Prior do Crato.

Ainda hoje, por estas terrasse produz azeite de óptima

qualidade, centeio, fruta emel. A exploração florestal, a

pastorícia, o pequenocomércio e a serralharia são

algumas das actividades quedão sustento às gentes

locais.

PR7

88 _ Roteiro Turístico de Proença-a-Nova _

_ Açude do Moinho Novo

>> BibliotecasBiblioteca de Proença-a-Nova: 274 672 800

Segunda: 13h30 > 18h30 /

Terça a Sexta: 10h00 > 12h30 _ 14h00 > 18h00

Pólo de S. Pedro do Esteval: 274 855 005

Pólo de Sobreira Formosa: 274 822 021

Pólo de Atalaia: 274 822 000

Pólo de Montes da Senhora: 274 833 036

>> Desporto e CulturaPavilhão Desportivo de Proença-a-Nova: 274 670 005

Horário sujeito a marcação prévia.

Piscina Municipal de Proença-a-Nova: 274 670 005

(Piscina, Ginásio e Sauna)

Segunda a Sexta: 10h00 > 21h00

Sábado: 10h00 > 12h30 _ 14h00 > 17h00

Cinema (Auditório Municipal): 274 672 800

Sexta e Sábado: 21h30

Espaço Internet:

Segunda a Domingo: 13h30 > 19h30

>> EscolasInstituto Santiago (Coop. de Ensino C.R.L.): 274 822 488

Escola EB2 Pedro da Fonseca: 274 670 080

>> Município de Proença-a-NovaLargo Pedro da Fonseca / 6150 - Proença-a-Nova

Segunda a Sexta: 9h00 > 12h30 _ 14h00 > 17h30

Telefone Geral: 274 670 000

www.cm-proencanova.pt

Posto de Turismo: 93 962 32 69

Terça a Sexta: 9h30 > 12h30 _ 14h00 > 18h00

Sábado: 9h30 > 13h00 _ 14h00 > 17h30

>> Emails:

Geral: [email protected]

Turismo: [email protected]

Biblioteca: [email protected]

Gab. Técnico: [email protected]

Gab. Florestal: [email protected]

Gab. de Imprensa: [email protected]

Agenda Cultural: [email protected]

Contabilidade: [email protected]

Secretaria: [email protected]

> contactos úteis

_Circuito Sénior _ PN

_Sauna (edifício da piscina) _ PN

_Circuito de Ginástica _ PN

Page 46: Roteiro Turístico

Agrupamento de Escolas de Proença-a-Nova

Escola E.B.1 de Proença-a-Nova: 274 671 740

Escola E.B.1 de Sobreira Formosa: 274 822 013

Escola E.B.1 de Lameira D’Ordem: 274 855 457

Escola E.B.1 de Pedra do Altar: 274 844 497

Escola E.B.1 de Montes da Senhora: 274 833 320

Escola E.B.1 de Moitas: 274 672 990

>> SaúdeCentro de Saúde de Proença-a-Nova: 274 670 040

Extensão de Saúde de Sobreira Formosa: 274 820 150

Extensão de Saúde de Montes da Senhora: 274 833 480

Extensão de Saúde de Alvito da Beira: 274 833 367

Extensão de Saúde de Peral: 274 844 150

Extensão de Saúde de S. Pedro do Esteval: 274 855 170

>> FarmáciasFarmácia Roda - Proença-a-Nova: 274 672 593

Farm. Daniel de Matos – Sobreira Formosa: 274 822 159 / 168

>> Bombeiros: 274 671 555

>> GNR: 274 672 667

>> Linha de Apoio Social: 800 301 633

>> Paróquia de Proença-a-Nova: 274 671 191

>> Paróquia de Sobreira Formosa: 274 822 165

www.paroquiadesobreira.com

>> Centro de Ciência Viva

Moitas _ 6150-345 Proença-a-Nova

Tel.: (+351) 274 670 220 _ Fax: (+351) 274 670 228

www.floresta.cienciaviva.pt _ Email: [email protected]

Terça a Sexta: 10h00 > 18h00

Fins de Semana / feriados: 11h00 > 19h00 (Encerra à Segunda)

>> Juntas de FreguesiaJunta de Freguesia de Montes da Senhora: 274 833 099

www.montesdasenhora.pt

Junta de Freguesia de Alvito da Beira: 96 90 91 560

Junta de Freguesia de Sobreira Formosa: 274 822 400

www.sobreiraformosa.pt

J. de Freguesia de Proença-a-Nova: 274 671 780 _ 274 672 936

Junta de Freguesia de S. Pedro do Esteval: 274 855 236

Junta de Freguesia de Peral: 274 844 465

>> Santa Casa da Misericórdia e Centros de DiaSanta Casa da Misericórdia de Proença-a-Nova: 274 672 650

Santa Casa da Misericórdia de Sobreira Formosa: 274 822 468

Centro de Dia do Peral: 274 844 485

Centro de Dia de Montes da Senhora: 274 833 027

Centro de Dia de S Pedro do Esteval: 274 855 436

Fundação Joaquim Lourenço _ Carregais: 274 833 130

> Colectividades na net

> Jornal «A Palmatória» _ Agrup. de Escolas de Proença-a-Novawww.apalmatoria.no.sapo.pt

> Associação Desportiva e Cultural de Sobrainho dos Gaioswww.sobrainhodosgaios.pt.vu

> Assoc. Cult. e Recr. da Maljoga de Proença-a-Novawww.maljoga.pt.vu

> Centro Soc. Cult. Desp. e Recr. do Malhadalwww.centrosocialmalhadal.no.sapo.pt

> Casa do Benfica do Concelho de Proença-a-Novawww.benficapanova.com

> Praia Fluvial do Malhadalwww.malhadal.no.sapo.pt

> Grupo BTT de Proença-a-Novawww.prp.do.sapo.pt

> Centro de Pára-quedismowww.paraquedismoportugal.com

> Companhia de Teatro dos Montes da Senhorawww.ctms1997.com

> Associação S. C. de Casal da Ribeirawww.casaldaribeira.com.sapo.pt

_Piscina _ PN _Campos de Ténis _ PN

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