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RT28 - ECA...Adolescente e jovem entre 14 e 24 anos Permitido o trabalho na condição de aprendiz 13 anos completos 14 e 24 anos Adolescente entre 16 e 17 anos completos (18 anos

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RESPONSABILIDADE

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

ESTADOFAMÍLIASOCIEDADE

CRIANÇA E ADOLESCENTE

Sabe por que é importante saber a diferença? Porque algumas disposições da lei

serão aplicadas de forma diferente para a criança e para o adolescente. Por

exemplo: em caso de ato infracional a medida socioeducativa não poderá ser

aplicada para crianças. Para elas e sua família, aplica-se somente medida de

proteção! Já para os adolescentes, que cometerem ato infracional, poderão ser

aplicadas medidas de proteção e/ou medidas socioeducativas.

O Estatuto da Criança e do Adolescente se aplica até os 18 anos de idade, em

regra, mesmo se ocorrer a emancipação dele (Enunciado 530 da Jornada de

Direito Civil).  Excepcionalmente, o ECA pode ser aplicado até 21 anos de idade. Em

caso de ato infracional, quando o adolescente estiver cumprindo medida

socioeducativa de internação, se ele completar 18 anos durante o cumprimento, a

medida de internação segue até que ele complete 21 anos de idade, idade que

ocorrerá a liberdade compulsória, segundo o artigo 2º, parágrafo único, artigo

120, §2º e artigo 121, §5º, do ECA.

CRIANÇAde 0 até 12 anos

incompletos

ADOLESCENTEde 12 ANOS

COMPLETOS até 18 anos incompletos

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TRABALHO

HOSPEDAGEM DE CRIANÇAS OU ADOLESCENTES

É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável

De acordo com o artigo 250 do Estatuto, quem hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere, fica sujeito a pena multa.

§ 1º. Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de multa, a autoridade judiciária

poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) dias.

§ 2º Se comprovada a reincidência em período inferior a 30 (trinta) dias, o

estabelecimento será definitivamente fechado e terá sua licença cassada.

Crianças e adolescentes até 13 anos completos (14 anos incompletos)Proibida qualquer forma de trabalho, inclusive como menor aprendiz

Adolescente e jovem entre 14 e 24 anosPermitido o trabalho na condição de aprendiz

13 anos completos

14 e 24 anos

Adolescente entre 16 e 17 anos completos (18 anos incompletos)Permitido o trabalho executado fora do contrato de aprendizagem, todavia, não poderá ocorrer: a) em condições perigosas; b) em condições insalubres; c) em horário noturno (compreendido entre 22hs às 5hs); d) realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; e) realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola

16 e 17 anos

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• Acompanhada de pais ou responsáveis.• Acompanhada de ascendente ou colateral maior até o terceiro grau,comprovado documentalmente o parentesco.• Acompanhada de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai,mãe ou responsável, com firma reconhecida.• A autorização com firma reconhecida é dispensada se o pais estiveremjuntos no momento do embarque.

Viagem de criança dentro da Comarca, se na mesma unidade da Federação ou mesma região metropolitana

VIAGEM

• Acompanhada de pais ou responsáveis.• Acompanhada de ascendente ou colateral maior até o terceiro grau,comprovado documentalmente o parentesco.• Acompanhada de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãeou responsável, com firma reconhecida.• Com autorização judicial, válida por dois anos.• A autorização com firma reconhecida é dispensada se os pais estiveremjuntos no momento do embarque.

Viagem de criança dentro do território

NACIONAL

• Acompanhada de ambos os pais ou responsáveis.• Se na companhia de um dos pais, deverá ter autorização expressa pelooutro, através de documento com firma reconhecida.• Acompanhada de adulto estrangeiro residente ou domiciliado no exterior,com autorização do judiciário.• Se desacompanhada ou em companhia de terceiros maiores e capazes,designados pelos genitores, desde que haja autorização de ambos os pais,com firma reconhecida.• A autorização com firma reconhecida é dispensada se os pais estiveremjuntos no momento do embarque.

Viagem de adolescente e criança para o

EXTERIOR

Adolescente pode transitar livremente em território Nacional, contudo deve portar um documento que comprove sua idade.

Não é necessária a autorização de genitores suspensos ou destituídos do poder familiar, devendo o interessado comprovar a circunstância por meio de certidão de nascimento devidamente averbada.

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ADOÇÃO

família substituta

família natural

família extensa ou ampliadaguardatutelaadoção

Quem pode adotar? Os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil, sendo necessário ter 16 anos de diferença entre adotante e adotado.

Quem não pode adotar? Os ascendentes e os irmãos do adotando e quem tiver menos de 16 anos de diferença do adotado.

O que precisa para adoção conjunta? Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.

Divorciado, separado e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente? Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que

o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.

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É possível a guarda compartilhada? Conforme §2º, do artigo 42, do ECA e artigo

1.583 e seguinte do Código Civil, é possível a aguarda compartilhada, salvo se

houve a perda do poder familiar. A guarda compartilhada corresponde a

responsabilização conjunta do exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que

não vivem sob o mesmo teto (NUCCI, 2017, p. 186).

É possível a adoção unilateral? Sim, é possível a adoção de um cônjuge ou

companheiro, por exemplo, se Joana é filha adotada de Maria, a qual inicia uma

união estável com João, este poderá adotar unilateralmente, Joana, ainda que

Maria e João terminem o relacionamento, sendo o desejo de João e Joana, poderá

haver a adoção unilateral, pois já houve a convivência familiar deles e há a

existência de vinculo. Neste caso, Maria e João deverão acordar sobre a guarda.

E se o adotante falecer no curso do processo de adoção? A adoção poderá ser

deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer

no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.

ATENÇÃO: nos casos de adoção, a criança e adolescente devem

OBRIGATORIAMENTE serem ouvidos, sendo que o consentimento com a adoção do

adolescente é indispensável.

- Quando ocorre a adoção o registro de nascimento original é cancelado e a

criança receberá nova certidão de nascimento, novo sobrenome, nome dos pais,

avós também são alterados.

- Adoção é ato excepcional e irrevogável: uma vez transitada e julgada ação de

adoção, por nenhum motivo se restabelece o poder familiar à família biológica.

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PREFERÊNCIA NA ADOÇÃO

1) Brasileiros, residentes no país.

2) Brasileiros, residentes no exterior.

3) Estrangeiros, residentes no exterior.

Considera-se adoção internacional toda aquela que o pretendente tem residência habitual fora do país onde a criança e adolescente reside. Se o país onde residem o pretendente ou os pretendentes à adoção for Estado parte da Convenção de Haia, todo processo de habilitação ocorre na Autoridade Central em matéria de adoção do país onde reside, essa autoridade irá emitir relatório sobre a aptidão e enviará para a Autoridade Central Estadual, com cópia para Autoridade Centra Federal brasileira, a qual poderá pedir complementações à documentação ou, então, emitir laudo de habilitação, com validade de um ano, autorizando a formalização do pedido de adoção perante o Juízo da Infância ou Juventude do local onde se encontram os pais ou responsáveis, ou do local onde se encontra a criança ou adolescente que eles pretendem adotar. Somente após o trânsito em julgado da decisão que concede a adoção é expedido o alvará de autorização de viagem do adotando.

REQUISITOS PARA ADOTAR

Maiores de 18 anos idade

(quem pretende adotar)

Menores de 18 anos de idade

(criança ou adolescente).

Diferença de 16 anos de idade

entre adotante e adotado.

Consentimento dos pais ou

destituição do poder familiar.

Somente por via

judicial.

Manifestação da criança e

consentimento do adolescente.

Estágio de convivência (para formação de vínculos). NACIONAL: prazo máximo de 90 dias, podendo ser prorrogador por igual período (dispensado se houver vinculo, tutela ou guarda anterior, art. 46). Se adoção INTERNACIONAL: prazo mínimo de 30 dias e máximo de 45 dias, podendo ser prorrogado por igual período. Estágio de convivência internacional deve ser cumprido em território nacional

Necessária prévia

habilitação.

Idoneidade, motivos

legítimos e desejo de filiação.

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ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

Medida excepcional e tem caráter temporário. Se verificada a hipótese de violência ou maus-tratos, a primeira medida será de afastar o agressor, a colocação da criança ou adolescente em instituição de acolhimento é a última medida a ser adotada.

A criança ou adolescente acolhidos institucionalmente, seja por medida de proteção ou socioeducativa, poderá receber a visita dos pais, não poderá ficar incomunicável, salvo se existir motivos sérios e fundados a autoridade judiciária suspenderá temporariamente as visitas.

CASTIGO FÍSICO E TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE

conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou

ao adolescente que:

-humilhe-ameace gravemente

-ridicularize

TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE ação de natureza disciplinar ou

punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente

que resulte em:

-sofrimento físico-lesão

CASTIGO FÍSICO

A perda ou suspensão do poder familiar só podem ser decretadas judicialmente, respeitado o contraditório e somente nas hipóteses previstas no Código Civil e se forem injustificadamente descumpridos os deveres de sustento, guarda e educação (art. 24, do ECA). Reforçando que a falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou suspensão do poder familiar, nem a condenação criminal (exceto se a condenação for por crime doloso contra o próprio filho) (Art. 23, §§1º e 2º, do ECA).

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Quaisquer pessoas que esteja encarregada de cuidar de crianças e adolescentes, deve

trata-los, educa-los e protege-los, sem a utilização de castigo físico (que é toda ação de

natureza disciplinar, aplicada com o uso da força física, que cause sofrimento físico ou

lesão) ou de tratamento cruel ou degradante (que é a conduta que humilhe, ameace

gravemente ou ridiculariza a criança ou adolescente). Verificada uma dessas hipóteses,

o Conselho Tutelar poderá aplicar medidas como advertência, encaminhamento a

tratamento psicológico ou psiquiátrico, especializado, à programa oficial ou comunitário

de proteção à família, cursos ou programas de orientação, de acordo com o artigo 18-B,

do ECA.

Corromper ou facilitar a corrupção de adolescentes (ocorre quando um adulto prática

infração penal com adolescente, ou induz este adolescente à praticar) incorre em

pena de um a quatro anos de reclusão, chama-se crime de corrupção de menores. E

vejam bem, não importa se essa indução foi por meio eletrônico, como whats,

facebook ou pessoalmente, nem importa se esse adolescente já havia cometido

outros atos infracionais anteriormente ou se já era conhecido pelos meios policiais,

pois a configuração de corrupção que trata o artigo 244-B, independe de prova da efetiva corrupção, por ser delito formal, é isso que trouxe a Súmula 500, do STJ!

Então não cabe a defesa alegar que o adolescente já era corrompido! Em um caso

assim, o adulto recebe sanções impostas pelo Código Penal, pelo delito praticado,

juntamente com a corrupção de menores, já o adolescente recebe medida protetivas

e/ou socioeducativas, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, quem

define a medida é o juiz da infância e da juventude, de acordo com cada situação

fática.

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INTERNAÇÃO

A internação é medida socioeducativa mais grave, prevista nos artigos 121 a 125 do ECA, constitui-se em medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

A internação não possui prazo mínimo, apenas máximo, sendo de 3 anos, devendo a cada seis meses, ser reavaliada a internação. Quando atingido os 3 anos, o adolescente deverá ser colocado em regime de semiliberdade ou de liberdade assistida. Se o adolescente tiver completado 21 anos, neste caso a liberação será compulsória. Em todos casos, será ouvido o Ministério Público.

A medida de internação poderá ser aplicada em 3 situações:

1) Tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a

pessoa;

2) Por reiteração no cometimento de outras infrações graves;

3) Por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta:

neste caso o prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser

superior a 3 (três) meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo

legal.

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