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Salvação e Justificação - Lições Bíblicas 1t2006

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A igreja em Roma era muito expressiva. Por ocasião da epístola, já se estendera até Putéoli, o principal porto de Roma, numa distância de200 quilômetros (At 28.13,14). O modo como Paulo dirige-se aos irmãos em Roma mostra que ali havia uma igreja atuante bem antes da epístola ser escrita. Não há dados precisos dos primeiros anos do cristianismo em Roma, no entanto, pode-se inferir algo sobre o assunto em fontes literárias e arqueológicas confiáveis.

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  • Lies^ ,*tf*M A

    ALUNOwww.cpad.com.br/escoladominical

    Jovens e Adultos1 trimestre de 2006

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  • Comentrio: ELIEZER LIRAConsultor Doutrinrio e Teolgico: ANTNIO GILBERTOLies do T Trimestre de 2006 *

    SUMRIOLio lA Igreja de RomaLio 2A Corrupo da HumanidadeLio 3Justia de DeusLio 4A Justificao pela F em CristoLio 5A Doutrina da Graa de DeusLio 6A Consagrao do CrenteLio 7A Chamada Divina e o Livre-ArbtrioLio 8A Eleio e o Futuro de IsraelLio 9Fidelidade no Uso dos DonsLio IOO Cristo e t) FstadoLio 11Vivendo como SalvosLio 12 Tolerncia para com os Fracos na FLio 13O Amor a Essncia da Vida Crist

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  • i Lio lA IGREJA DE ROMA\ de janeiro de 2OO6

    TEXTO UREO"A todos os que estais em Roma,

    amados de Deus, chamadossantos: Graa e paz de Deus, nosso

    Pai, e do Senhor Jesus Cristo"(Rm 1.7).

    ERDADE PRATICA

    Independente das diferenas ra-ciais e culturais entre seus membros,a igreja continua a expandir-se ataos confins da terra a exemplo doque ocorria entre os crentes romanos.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEROMANOS 1.7-15; 16.3-7,16Romanos l7 - A todos os que estais em Roma,amados de Deus, chamados santos:Graa e paz de Deus, nosso Pai, e doSenhor Jesus Cristo.8 - Primeiramente, dou graas aomeu Deus por Jesus Cristo, acercade vs todos, porque em todo omundo anunciada a vossa f.i| 9 - Porque Deus, a quem sirvo em

    , meu esprito, no evangelho de seu

    Segunda - At 2.1-12Uma igreja nascida no PentecostesTera - Rm 16.4,17,20Uma igreja na aflioQuarta - Rm 16.5Uma igreja evangelizadora

    Quinta - Rm 1.7Uma comunidade de santos

    Sexta - Rm 12.18; 15.2Uma igreja bem relacionadaSbado - Rm 16.3,6,9,12Uma igreja de cooperadores

    Lies Bblicas

  • Filho, me testemunha de comoincessantemente fao meno de vs,10 pedindo sempre em minhasoraes que, nalgum tempo, pelavontade de Deus, se me oferea boaocasio de ir ter convosco.11 - Porque desejo ver-vos, para voscomunicar algum dom espiritual, afim de que sejais confortados,12 isto , para que juntamenteconvosco eu seja consolado pela fmtua, tanto vossa como minha.13 No quero, porm, irmos, queignoreis que muitas vezes propus irter convosco (mas at agora tenhosido impedido) para tambm ter en-tre vs algum fruto, como tambmentre os demais gentios.14 - Eu sou devedor tanto a gregoscomo a brbaros, tanto a sbioscomo a ignorantes.15 - H assim, quanto est em mini,estou pronto para tambm vos anun-ciar o evangelho, a vs que estais emRoma.

    Romanos 163 Saudai a Priscila e a Aquila, meuscooperadores em Cristo Jesus,4 os quais pela minha vida expuse-ram a sua cabea; o que no s eulhes agradeo, mas tambm todasas igrejas dos gentios.5 Saudai tambm a igreja que estem sua casa. Saudai a Epneto, meuamado, que as primcias da siaem Cristo.6 - Saudai a Maria, que trabalhoumuito por ns.

    7 Saudai a Andrnico e a Jnia,meus parentes e meus companhei-ros na priso, os quais se distingui-ram entre os apstolos e que foramantes de mini em Cristo.16 Saudai-vos uns aos outros comsanto sculo. As igrejas de Cristovos sadam.

    INTRODUONo Dia de Pentecostes, quando

    os primeiros discpulos forambatizados no Esprito Santo, a cida-de de Jerusalm achava-se repletade judeus e proslitos romanos, quetestemunharam a gloriosa manifes-tao do poder de Deus (At 2.10).Neste dia memorvel, militares efuncionrios do governo romano,destacados na Palestina, foram sal-vos pelo Senhor, e ao retornarem sua cidade, levavam a poderosamensagem do evangelho (At 10.1,43-48; 2.10,41; 4.4; 5.14).

    A igreja de Roma, por conse-guinte, j existia quando Paulo es-creveu esta carta (At 28.14,15).

    Naquela igreja, surgiram difi-culdades e dvidas de naturezadoutrinria. Alguns membros deorigem gentlica abusavam da li-berdade crist com procedimen-tos que ofendiam os irmos de ori-gem judaica. A Epstola aos Roma-nos, a mais importante carta dePaulo, a maior exposio da dou-trina da salvao em toda a Bblia.Pois responde a milenar pergun-ta: "Como pode o homem ser jus-

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  • to diante de Deus?" (J 9.2). Atra-vs desta epstola, o leitor im-pelido a buscar e a conhecer qualseja a boa, perfeita e agradvelvontade de Deus para sua vida(Rm 12.2).I. A RAZO DA CARTA

    O que motivou o apstolo a es-crever igreja em Roma foi a ex-posio do Evangelho de Cristo. Otema da justificao pela f predo-mina nos primeiros cinco captulos.

    Paulo estava no final de sua ter-ceira viagem missionria, plantan-do igrejas nos grandes centros ori-entais do Imprio Romano: feso,Corinto, Filipos etc, onde a Palavrado Senhor prosperava significativa-mente (At 19.11,20,26; Ap 1.4,11).O apstolo j havia difundido oevangelho a partir de Jerusalmat as atuais Jugoslvia e Albnia{Rm 15.19).

    Como j vimos, o evangelho es-tava bem difundido em Roma,onde o apstolo menciona vriosirmos na f (Rm 16.3-5). AgoraPaulo, o incansvel e corajoso ho-mem de Deus, escreve aos crentesde Roma, manifestando o seu pro-psito de estar com eles (Rm 1.13,15; At 19.21).II. O INCIO DA IGREJA

    EM ROMAA igreja em Roma era muito ex-

    pressiva. Por ocasio da epstola, jse estendera at Putoli, o principalporto de Roma, numa distncia de200 quilmetros (At 28.13,14).

    O modo como Paulo dirige-seaos irmos em Roma mostra que alihavia uma igreja atuante bem an-tes da epstola ser escrita. No hdados precisos dos primeiros anosdo cristianismo em Roma, no en-tanto, pode-se inferir algo sobre oassunto em fontes literrias e ar-queolgicas confiveis.

    1. A comunidade judaica.Havia judeus em Roma j no se-gundo sculo a.C. Quando o impe-rador Pompeu, em 63 a.C., con-quistou a Judia, o nmero de ju-deus em Roma aumentou conside-ravelmente. Mas, por um decretodo imperador Tibrio, os judeus deRoma foram expulsos da cidade,para logo em seguida retornaremem maior nmero. Em 49 d.C., oimperador Cludio decreta umanova expulso de judeus da cida-de este fato mencionado emAt 18.2 onde est dito que emCorinto, Paulo conheceu um certojudeu chamado quila, que haviarecentemente chegado da Itlia,com Priscila, sua esposa, por ter oimperador Cludio decretado a ex-pulso dos judeus da cidade. Tudoindica que quila e Priscila j eramcristos antes do encontro comPaulo em Corinto. Talvez fossemmembros da primeira igreja cristem Roma.

    Na capital do Imprio Roma-no, desenvolveu-se, no sculoprimeiro, o maior centro judai-co do mundo antigo. Havia 13 co-munidades e sina; 'gs com ele-vado nmero de membros.

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  • 2. Judeus no dia de Pente-costes. O Pentecostes era uma dassete festas sagradas de Israel. Estasprefiguravam eventos futuros nahistria da redeno efetuada porCristo. O Novo Testamento confir-ma que elas eram profecias tipol-gicas da salvao (Cl 2.16,17; Hb10.1).

    Nos dias do Novo Testamento,judeus devotos, bem como gentiosproslitos de todas as partes do Im-prio Romano, compareciam a Je-rusalm para a celebrao da Fes-ta de Pentecostes (At 2.1,10; 20.16). possvel que alguns dos conver-tidos, quando da descida do Esp-rito Santo no dia de Pentecostes,tenham levado, num trabalho pio-neiro, o Evangelho de Cristo a Roma(At 2.1,10,37-41).

    Sendo Roma a capital do imp-rio, havia uni fluxo constante deviajantes que se dirigiam de todasas partes para l. O captulo 16 deRomanos demonstra que muitoscristos daquela congregao eramprocedentes de outras regies, es-pecialmente da sia Menor.

    Quando o testemunho cristo,repleto do poder do Esprito Santo,ressoou nas sinagogas em Roma, logosurgiram e multiplicaram-se igrejasna regio, como acontecera em Da-masco, Antioquia, sia Menor,Macednia e Grcia. Multides acei-taram a Cristo, conforme relata oevangelista Marcos: "E eles tendopartido, pregaram por todas as par- |tes, cooperando com eles o Senhor, e jconfirmando a Palavra com sinais que se seguiram. Amm" (Mc 16.20).

    III. A IGREJA EM ROMA NAPOCA DA CARTADE PAULO

    Paulo, ao escrever aos romanospor volta do ano 57 d.C., destacou af daqueles crentes, tanto no incioda epstola como no seu final (1.12;16.19). Eles tinham muita f, e estaj era conhecida por todos (1.8).

    1. Uma igreja heterognea.A lista de saudaes de Paulo {nocaptulo 16) evidencia que a igrejaem Roma tinha um carater hetero-gneo. Havia judeus (convertidos),gentios e escravos. A meno dePaulo a seus "parentes" pode re-ferir-se a seus irmos de raa judeus, agora convertidos a Cristo(9.3,4). bem provvel que estesfossem cristos que o apstolo co-nhecera em outros lugares duran-te suas extensas e prolongadas via-gens evangelsticas, pastorais e ad-ministrativas e que, na ocasio emque escreveu a carta, residissem emRoma.

    quila e Priscila, queridos ir-mos, amigos e colaboradores dePaulo, foram obrigados a deixarRoma anteriormente. Mas, agora,estavam de volta, e sua casa era umdos locais de reunio da igreja (eraprtica comum na igreja primitivaa reunio nas casas dos prprioscristos).

    2. Uma igreja respeitada.Os crentes de Roma eram fiis ededicados seguidores de Cristo, se-gundo o evangelho (Rm 1.8,12;6.17; 7.4; 15.14; 16.19). Conformese l em Rm 15.24, Paulo, por oca-sio da epstola, contava com a as-

    Lies Bblicas

  • sistncia daqueles irmos para arealizao de uma obra mission-ria na Espanha. Em Romanos 16.16,Paulo transmite uma saudao dasdemais igrejas dirigida exclusiva-mente igreja de Roma.CONCLUSO

    A igreja em Roma deixou exem-plos de santidade, f e visoevangelstica de homens e mulhe-

    res capacitados para o santo servi-o que, se seguidos, fortalecero aIgreja atua. um padro a ser fiel-mente observado por todos aquelesque oram e lutam pela expanso doReino de Deus.

    Heterognia: De diferentesraas.

    QUESTIONRIO1. Por que a Epstola de Paulo aos Romanos foi escrita?

    2. Quando foi escrita a epstola?

    3. Quando foi fundada a igreja em Roma?

    4. O que era a festa de Pentecostes?

    5. O que temos a aprender com os irmos de Roma?

    Lies Bblicas

  • Lio 2A CORRUPO DA HUMANIDADE

    8 de janeiro de 2OO6

    E 1:ih1I i ,-"Porque do cu se manifesta a irade Deus sobre toda impiedade e

    injustia dos homens que detm averdade em injustia"

    (Rm 1.18).

    jji 1 1 1 jO homem incrdulo vive distan-

    ciado de Deus e privado de sua san-tidade. Por isso, tem prazer no pe-cado.

    ROMANOS 1.20,21,25-27,3220 - Porque as suas coisas invisveis,desde a criao do mundo, tanto oseu eterno poder como a sua divin-dade, se entendem e claramente sevem pelas coisas que esto criadas,para que eles fiquem inescusveis;21 - porquanto, tendo conhecido aDeus, no o glorificaram como Deus,nem lhe deram graas; antes, em seusdiscursos se desvaneceram, e o seucorao insensato se obscureceu.

    Segunda - Jo 3.18A causa da condenao

    Tera - Ez 18.20O pecado gera morte

    Quarta - l Co 6.9,10Os injustos no herdaro o Reino

    Quinta - Lv 18.22Homossexualismo abominaoao Senhor

    Sexta - Rm 3.5,6A ira de Deus justaSbado - SI 45.7Deus no pactua com a injustiae a impiedade

    Lies Bblicas

  • 2 5 - pois mudaram a verdade de Deusem mentira e honraram e servirammais a criatura do que o Criador, que bendito eternamente. Amm!26 - Pelo que Deus os abandonou spaixes infames. Porque at as suasmulheres mudaram o uso natural,no contrrio natureza.27 - E, semelhantemente, tambm osvares, deixando o uso natural damulher, se inflamaram em sua sen-sualidade uns para com os outros,varo com varo, cometendo torpe-za e recebendo em si mesmos a re-compensa que convinha ao seu erro.32 - Os quais, conhecendo a justiade Deus (que so dignos de morteos que tais coisas praticam), nosomente as fazem, mas tambm con-sentem aos que as fazem.

    INTRODUOA Bblia descreve a situao mi-

    servel do homem sem Deus, de-nominando-a de "charco de lodo"(SI 40.2). Entretanto, ao denunciaros pecados tanto dos gentios quan-to dos judeus (Rm caps. 13), asEscrituras revelam tambm um es-cape: se o homem receber a Cristocomo seu Salvador, ver-se- livredas consequncias eternas do pe-cado. Somente Ele pode justificar-nos diante de Deus.

    I. A IRA DE DEUS CONTRA OMAL

    1. A ira divina. totalmentediversa da ira humana, que est sem-

    pre atrelada vingana, hostilida-de e ao dio. Ela, diferente da hu-mana, opera a justia de Deus (Tg1.20). A ira divina perfeita e santae acha-se relacionada ao seu amor.

    A ideia de um Deus irado trans-torna e revolta a natureza humanacada, uma vez que o descrente, viade regra, fala e age como se fossemelhor do que Deus. Tanto o Anti-go quanto o Novo Testamentoenfatizam justa ira de Deus (SI78.40-58; 90.7-9; Is 9.19; Jr 7.17-20; Jo 3.36; Rm 9.22; Ef 5.6; Cl3.5,6; Ap 6.16,17).

    2. Um Deus perfeito. Os atri-butos de Deus revelam no somen-te a sua natureza, mas tambm ex-pressam a sua perfeio. Deus tan-to ama a justia como aborrece aimpiedade (SI 45.7; Hb 1.9).

    A ira do Todo-Poderoso a ni-ca resposta coerente que um Deussanto poderia oferecer ao pecadoe maldade da raa humana. A san-tidade divina no tolera o pecado.

    3. A revelao da ira divi-na na cruz. Ocorreu no momen-to em que Deus fez recair sobre seuprprio Filho, na cruz, o pecado domundo, a fim de justificar-nos di-ante dEle (2 Co 5.21; Gl 3.13; Is53.6,12; Rm 8.3). Era a nica for-ma de Deus mostrar a sua justia ejustificar o pecador (Rm 3.26).II. A REVELAO DE DEUS

    Desde a criao do mundo, Deustem-se revelado ao homem de v-rias maneiras, sendo a Bblia a suarevelao completa para toda a hu-manidade.

    Lies Bblicas

  • 1. Atravs da natureza. Arevelao de Deus claramente vi-svel a toda criatura atravs da cri-ao (SI 19.1; Rm 1.20}. O homemno regenerado vive sem esperan-a e sem Deus no mundo (Ef 2.12),porque ignora e despreza o conhe-cimento natural de Deus. Todo serhumano pode compreender a rea-lidade de Deus, observando com re-verncia, simplicidade e reflexo ascoisas por Ele criadas. Embora esta"revelao natural" transmita umconhecimento de Deus apenas comoCriador, mediante este mesmo co-nhecimento, os homens tornam-seinescusveis diante de Deus.

    2. Atributos divinos reve-lados. Tanto o infinito e eternopoder de Deus quanto a sua divin-dade podem ser percebidos pormeio das coisas visveis que Elecriou. A magnitude da criao e omodo como o Criador a dinamiza esustenta demonstram, claramente,o seu infinito e eterno poder. A chu-va, as colheitas segundo as estaesdo ano e o farto sustento (At 14.17)evidenciam a natureza divina sua bondade e sua graa. Assim, aexistncia, o provimento e a per-feio de Deus tm sido manifes-tos na criao, para que as suas cri-aturas o adorem na beleza de suasantidade. Ler o Salmo 104; 150.6.

    III. O HOMEM ESCRAVIZADOPELO PECADO1. No glorifica a Deus (Rm

    1.21). Esta a causa que mais evi-dencia o estado de corrupo hu-mana: a recusa do homem em glo-

    rificar a Deus. Tal homem faz desi o seu prprio deus (Gn 3.5; Ez28.2). Se toda a criao glorificaao Senhor, por que o homem onico que se recusa? (SI 148.7-13).

    O homem sem Deus exalta ecultua o seu prprio eu. Ele s pen-sa em si e tudo faz por atender ssuas prprias concupiscncias. acorrupo total da pessoa peloegosmo, resultando na oposioconsciente e aberta contra o pr-prio Deus. O egosmo humano si-nnimo de rebeldia; uma atitu-de semelhante de Satans (Ez28.2,15-18). Consideremos tam-bm isto: geralmente todo pecadoprocede do egosmo (meu bem-es-tar, minha reputao, o que euquero, meu direito, meu poder...).

    2. No d graas a Deus(Rm 1.21). Ser grato a Deus re-conhecer que tudo provm dEle(Tg 1.17; SI 34.1); uma atitudede confiana nAquele que nos su-pre todas as necessidades (SI 103).Quando no damos graas a Deus,depreciamos e rejeitamos a provi-dncia divina em nossa vida.

    3. Rejeita a sabedoria (Rm1.22). No h verdadeira sabedo-ria fora de Deus (SI 111.10; Pv2.6).A filosofia deste mundo leva per-verso moral (Cl 2.8). Quem rejei-ta a Deus est longe dEle e vive emtrevas, com a mente escravizadapelo pecado, sem qualquer vislum-bre de luz (Jo 3.19,20). Desprezara Deus e a sua lei coisa de nscio(SI 14.1). Pois os valores espiritu-ais, procedentes de Deus, acham-se

    10 Lies Bblicas

  • fora da percepo meramente hu-mana; no h qualquer esperan-a do homem natural apropriar-se da verdade divina (SI 14.2,3;Rm 3.11-18).CONCLUSO

    A violncia e a depravao mo-ral esto no mundo desde que ohomem rejeitou o seu Criador, en-tregando-se ao orgulho, altivez, ar-rogncia, egosmo, rebeldia, etc. Sa graa de Deus pode redimir o ho-mem cado (Tt 2.11,12). A mensa-gem da graa, porm, faz-se ouvir

    em todo o mundo: "Quem tem sedevenha; e quem quiser tome de gra-a da gua da vida" (Ap 22.17). Eiso convite final de Deus para a sal-vao.

    Inescusvel: Que no se podeescusar ou dispensar; Indispens-vel; Indesculpvel.

    Magnitude: Grandeza, impor-tncia,

    Percepo: Faculdade de per-ceber; que se pode perceber.

    QUESTIONRIO1. Como podemos compreender a ira de Deus em relao ao

    pecado?

    2. De que modo Deus se revela ao homem?

    3. Quais as caractersticas do homem escravizado pelo pecado?

    4. Qual a situao do homem sem Deus?

    5. De que forma pode o homem alcanar a salvao?

    Lies Bblicas 11

  • A JUSTIA DE DEUS\5 de janeiro de 2OO6

    TEXTO UREO"E bem sabemos que o juzo de

    Deus segundo a verdade sobreos que tais coisas fazem" (Rm 2.2).

    VERDADE PRATICA

    Ningum pode obter a salvaosem reconhecer, de modo humilde,a sua urgente necessidade da justi-a de Deus. ,

    LEITURA BBLICA EM CLASSEROMANOS 2.3-8,11-133 E tu, homem, que julgas os quefazem tais coisas, cuidas que, fazen-do-as tu, escapars ao juzo de Deus?4 - Ou desprezas tu as riquezas dasua benignidade, e pacincia, e lon-ganimidade, ignorando que a benig-nidade de Deus te leva ao arrependi-mento?

    Segunda - Ir 17.10O homem ser julgado pelo JustoJuiz

    Tera - SI 139.1-3S Deus conhece todos os nossospensamentos

    Quarta - At 10.34

    Quinta -1 Co 3.13-15Salvos pela f e julgados pelasobras

    Sexta - Mt 6.4Somente Deus v em secreto

    Sbado - SI 5.11,12H proteo em Deus para o

    Deus no faz acepo de pessoas justo

    12 Lies Bblicas

  • 5 Mas, segundo a tua dureza e teucorao impenitente, entesouras irapara ti no dia da ira e da manifesta-o do juzo de Deus,6 - o qual recompensar cada umsegundo as suas obras,7 - a saber: a vida eterna aos que,com perseverana em fazer bem,procuram glria, e honra, e incor-rupo;8 mas indignao e ira aos que socontenciosos e desobedientes ver-dade e obedientes iniquidade;11 porque, para com Deus, no hacepo de pessoas.12 - Porque todos os que sem leipecaram sem lei tambm perece-ro; e todos os que sob a lei pecarampela lei sero julgados.13 Porque os que ouvem a lei noso justos diante de Deus, mas osque praticam a lei ho de ser justifi-cados.

    INTRODUOEstamos diante de um dos maio-

    res textos sobre os princpios e ostrmites de Deus acerca de seu per-feito e justo juzo em relao s suascriaturas. Deus, o Supremo Legis-lador e Juiz de todos, por interm-dio das Sagradas Escrituras, mani-festa a todos os homens a verdadea respeito da salvao, para queningum seja condenado por faltade seu conhecimento.

    Nesta lio, estaremos exami-nando o que a Bblia ensina sobre

    a justia de Deus. Tambm estare-mos respondendo a pergunta:"Pode o homem ser justificado di-ante do Supremo Juiz atravs dasboas obras? E os crentes? Somos ouno obrigados prtica das boasobras j que fomos justificados pelaf? Vejamos, pois, as respostas aestas perguntas.

    I. OS MORALISTAS1. Nos dias de Jesus. Devi-

    do sua cegueira espiritual, osmoralistas, do tempo de Jesus, afir-mavam que os criminosos e depra-vados estavam sob o juzo divino.Eles, porm, os moralistas, acha-vam-se completamente seguros,porquanto julgavam-se perfeitos(Mt 23.25-28).

    2. Nos dias de Paulo. A maio-ria dos judeus, nos dias de Paulo,achava que podia ser justificado di-ante de Deus atravs de suas obrasmorais e religiosas. Se algum fra-cassasse na realizao destas, per-deria parte de sua recompensa,mas, como descendente de Abrao,haveria de escapar do juzo divino.

    3. Nos dias atuais. Os mora-listas de hoje professam a f cristsem viv-la. So religiosos? Sim.Todavia, sem salvao, pois noseguem o Salvador. Muitos vem nobatismo a garantia da vida eterna;esquecem-se, contudo, do compro-misso de fidelidade a Deus.

    Apesar das boas obras realiza-das, ningum pode obter a salva-o sem primeiro reconhecer que um pecador incapaz de, por siprprio, alcanar a justia divina

    Lies Bblicas 13

  • (Jo 14.6; 10.9; Tt 3.5). Paulo afir-ma que os tais esto sob condena-o (Rm 3.9,23).

    II. PRINCPIOS DA JUSTIA DEDEUS1. Deus julgar o segredo

    dos homens. Nos vv.1-16 de Ro-manos 2, a Palavra de Deus dirigida aos que se julgam isentosdo justo juzo de Deus, consideran-do-se justificados por no teremuma vida explicitamente pecamino-sa. Os que assim pensam subesti-mam a justia de Deus, tornando-se irreconciliveis.

    Os religiosos da poca de Jesusostentavam sua autojustia, masforam severamente reprovadospelo Mestre (Lc 18.18-22; Mt 5.20;15.1-9).

    No Juzo Final, no haver injus-tia, porque o Juiz infinitamentejusto (Gn 18.25; Jr 11.20; 2 Tm 4.8);seu juzo segundo a verdade (Rm2.2). Quanto mais conhecimentoacerca da verdade tivermos, maisresponsabilizados seremos diantede Deus. Um exemplo disso o casodas cidades da Galilia que, apesarde testemunharem um poderosoministrio de ensino e de milagresde Jesus, rcjeitaram-no como o Mes-sias e Salvador (Mt 11.20-24).

    2. A verdade divina pelaqual o homem ser julgado.A bondade e a misericrdia de Deustm abenoado a humanidade in-teira desde a criao dos cus e daTerra. Todos podemos usufruir doar, gua, luz, fogo, vida, famlia,sade, sustento, ptria, vesturio,

    descanso, proteo, paz etc. Ver SI136.25; 145.16.

    a) O homem natural Em sua ir-racionalidade, no percebe que amo de Deus que prov todas ascoisas por sua longanimidade e gra-a. Vivendo em trevas, ele no en-xerga os seus prprios pecados amenos que seja convencido peloEsprito Santo (Jo 16.8). Os tais nosentem tristeza por pecarem con-tra Deus, nem se compungem emseu corao. Em nada lembram osque se converteram no dia de Pen-tecostes.

    b) O pecador legalista. Julga econdena os outros, considerando-se inculpvel diante de Deus, con-forme se v em Lc 18.9-14. Ele serru de maior juzo (Mt 23.14).Quanto ao hipcrita, pode enganaros homens ao frequentar a igreja,mas no a Deus (Mc 12.15; Mt6.2). No julgamento, o destino dohipcrita ser o mesmo do servomau: o lago de fogo onde haver"pranto e ranger de dentes" (Mt24.51).

    3. A culpa do transgressorconsciente. Os que desprezam asriquezas da benignidade e da lon-ganimidade divina pecam intencio-nalmente e atraem para si a ira deDeus (Rm 2.4,5,18-24). Nota-se, noversculo 5, o carter de culpa cu-mulativa de uma vida de contnuodesprezo bondade de Deus.

    "As riquezas da benignidade"de Deus (v.4) so a sua multiformegraa, longanimidade e providn-cia, abarcando todas as esferas denossa vida.

    14 Lies Bblicas

  • O objetivo de Deus, conformesua infinita graa e benignidade, convencer o homem do pecado econduzi-lo ao arrependimento.Quem despreza os cuidados deDeus est "entesourando ira" parasi (w.4,5).

    4. As obras e seu julgamen-to. O julgamento de Deus segun-do a sua verdade, justia e santida-de (Rm 2.2; 3.4; 9.14; SI 96.13; Dt32.4; Ap 16.7). Entretanto, Deus nodeseja a runa do pecador, mas a suasalvao (Ez 18.23,32; Is 55.7; Tg2.13; Hb 3.7,8; Ap 22.17). E a nicamaneira de escaparmos do juzo deDeus termos a Cristo como Salva-dor e Senhor (Hb 2.2-4; Lc 13.3,5).

    As boas obras do crente so de-correntes da salvao j operada,pela graa de Deus (Ef 2.8,9). Ouseja: ns fomos salvos pela f para

    a prtica das boas obras (Tg 2.14-20,26; Ef 2.10).CONCLUSO

    Esta lio esclarece que o ho-mem redimido por Jesus desfruta-r a vida eterna ao seu lado. Con-tudo, quem viver de forma mpia epecaminosa no poder usufrui-la,tornando-se ru do juzo divino.Andemos, pois, em novidade devida, para que o nome de Deus sejaeternamente glorificado.

    Transgressor: Aquele quedesobedece um preceito.

    Legalista: Pessoa que reduz af crist aos aspectos formais dasleis eclesisticas.

    QUESTIONRIO1. O que voc entende por justia de Deus?

    2. Como agiam os moralistas no tempo de Jesus?

    3. Como pensavam os moralistas no tempo de Paulo?

    4. Como pensam hoje os moralistas?

    5. Qual a nica forma do homem ser justificado diante de Deus?

    Lies Bblicas 15

  • Lio 4A JUSTIFICAO PELA

    FE EM CRISTO22 de janeiro de 2OO6

    "Bem-aventurado o homem aquem o Senhor no imputa o

    pecado" (Rm 4.8).

    *\ 1 1 1A justificao mais do que

    perdo. O perdo remove a conde-nao do pecado; a justificao nosdeclara justos, como se nunca hou-vssemos pecado contra Deus.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEROMANOS 3.21-3121 - Mas, agora, se manifestou, sema lei, a justia de Deus, tendo otestemunho da Lei e dos Profetas,22 - isto , a justia de Deus pela fem Jesus Cristo para todos e sobretodos os que crem, porque no hdiferena.23 Porque todos pecaram e desti-tudos esto da glria de Deus,

    Segunda - Is 64.6Nossa justia trapo deimundcia

    Tera - SI 49.8Justificao um recurso divino justificao

    Quinta - Rm 5.1A justificao gera paz com DeusSexta - Is 53.11Cristo crucificado trouxe a

    Quarta - 5132.2A justificao gera felicidadeverdadeira

    Sbado - Ef 2.8,9A glria pela nossa salvao sde Deus

    16 Lies Bblicas

  • 24 sendo justificados gratuitamen-te pela sua graa, pela redeno queh em Cristo Jesus,2 5 ao qual Deus props para propi-ciao no seu sangue, para demons-trar sua justia pela remisso dospecados dantes cometidos, sob apacincia de Deus;26 para demonstrao de sua justi-a neste tempo presente, para queele seja justo e justificador daqueleque tem f em Jesus.27 - Onde est, logo, a jactncia? excluda. Por qual lei? Das obras?No! Mas pela lei da f.28 - Conclumos, pois, que o ho-mem justificado pela f, sem asobras da lei.29 - , porventura, Deus somentedos judeus? E no tambm dosgentios? Tambm dos gentios, cer-tamente.30 - Se Deus um s, que justifica,pela f, a circunciso e, por meio daf, a incircunciso,31 anulamos, pois, a lei pela f? Demaneira nenhuma! Antes, estabele-cemos a lei.

    INTRODUONesta lio, estaremos em conta-

    to com uma das mais sublimes dou-trinas das Sagradas Escrituras - ajustificao pela f em Cristo. Em ati-tude de profundo agradecimento aDeus, curvemo-nos ante Aquele, cujamorte justificou-nos diante do tro-no divino. E, agora, justificados pela

    f, temos paz com Deus atravs denosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1).I. A JUSTIFICAO

    1. A justificao um atodivino. A justificao uma de-clarao de Deus, segundo a qualtodos os processos da lei divina soplenamente satisfeitos, por meio dajustia de Cristo, em benefcio dopecador que o recebe como salva-dor. Justificao significa mudan-a de posio espiritual diante deDeus: de condenados para justifi-cados. Esta a nica maneira dohomem ter comunho com Deus,apresentando-se a Ele sem culpa./- A obra redentora resultante dosacrifcio expiatrio, efetuado porCristo na cruz, propiciou a maior detodas as ddivas de Deus a salva-o do indigno e miservel pecador.

    2. A justificao testificadapela lei e pelos profetas (v.21).A justificao do pecador, medianteo sacrifcio vicrio de Cristo, podeser percebida por meio de vriasprofecias no Antigo Testamento (Is53.11; 45.22-25; 61.10; Jr 23.6;33.16; SI 85.10; Gl 3.7). Em Gnesis3.2li-por exemplo, encontramosuma ntida figura do propsito di-vino neste sentido. Deus cobriragraciosamente a nudez de nossosprimeiros pais, Ado e Eva, aps te-rem pecado. Outro exemplo digno denota o de Abrao que foi justifica-do por Deus somente pela f {Gn15.6); fato transcendental que a B-blia confirma em Romanos 4.3.^ A lei mosaica no tinha a inten-o de alcanar a justia pelo es-

    Lies Bblicas 17

  • foro humano, mas de revelar a jus-tia de Deus (Rm 8.4; 10.4,10; At10.39). Os sacrifcios da lei no vi-savam retirar os pecados, mas co-

    ; bri-los temporariamente at queCristo viesse como o sacrifcio per-feito e substitutivo (x 12.1-23; Jo1.29). As ordenanas, rituais, sa-crifcios e princpios de vida piedo-sa ensinados no Antigo Testamento,embora divinamente inspirados, nopodiam quitar as "dvidas" da hu-manidade, e muito menos, transfor-mar o perdido pecador num justo.

    II. A JUSTIA DE DEUSv 1. A justia de Deus na dis-

    pensao da graa, A expresso"justia de Deus", na Epstola aosRomanos (1.17; 3.21,22) e em ou-tras passagens, refere-sc ao tipo dejustia que o Senhor aceita para queo homem tenha comunho com Ele.Essa justia resulta da nossa f emCristo segundo o evangelho. Emoutras palavras, a justia o pr-prio Cristo (l Co 1.30; 2 Co 5.21;Fp 3.9).

    o Por ter sido um ardoroso re-presentante do legalismo, Paulono cessava de enaltecer a mani-festao da justia divina em suavida. (Fp 3.4-6). No perdia achance de enfatizar que impos-svel ao homem justificar-se dian-te de Deus atravs de suas prpri-as obras (Fp 3.9; Gn 2.16; Tt 3.5).

    * 2. A justia de Deus pelaf. Na Epstola aos Romanos, cap-tulo 3 e 4, Paulo ensina que no houtro meio pelo qual o homem al-cance a salvao seno pela f em

    Cristo. Por sua vez, o escritor aosHebreus, no captulo 11 de suaepstola, mostra que somente pelaf o crente ser vitorioso em todosos sentidos.

    * Este mesmo princpio encon-trado em Romanos 4.5, onde a B-blia declara que quem "no pratica(boas obras), porm cr nAqueleque justifica o mpio, a sua f lhe

    1

    imputada como justia".II. CARACTERSTICAS DA

    JUSTIFICAO DIVINA' 1. A justia divina alcan-

    a a todos. Assim como o peca-do tornou-se universal, a justifica-o destina-se a todos quantosqueiram ser salvos (Tt 2.11). A ex-presso "para que todo aquele quenele cr no perea" (Jo 3.16)abrange a todos, indistintamente.

    Todos os que se arrependem deseus pecados e crem em Jesus comoSalvador no perecero, mas teroa vida eterna. E tudo pela graa deDeus, conforme est escrito: "Ondeabundou o pecado, superabundoua graa" (Rm 5.20). Esta "multifor-me graa" alcana de igual modo

    ^todas as pessoas de todas as raas,culturas, nveis sociais, idades e cir-cunstncias (Jo 6.37). Ningum bom o suficiente para se salvar,como tambm no to mau queno possa ser salvo por Jesus.

    2. A justia de Deus con-cedida gratui tamente medi-ante a graa. Desde que Ado eEva pecaram contra o Senhor, a leino tem feito outra coisa seno re-velar a culpa universal do ser hu-

    18 Lies Bblicas

  • mano e a justia do Todo-Podero-so. A graa que procede do amordo Pai reina por meio da justia,como afirma Romanos 5.21.

    mediante o sacrifcio de Cris-to sobre a cruz, como perfeito subs-tituto do culpado, que Deus justi-fica o pecador, quando, arrependi-do, cr em seu Filho para a salva-o (Gn 3.13; l P 2.24; Rm 10.10).Esta a maior demonstrao dajustia divina. O Altssimo continuasendo justo mesmo justificando umpecador (Rm 3.26).

    3. propiciada por Cristo(v.25). "Ao qual Deus props parapropiciao no seu sangue". Proporsignifica "apresentar perante to-dos", ou seja, o Pai constituiu o Fi-lho, feito homem perante o mun-do, como Salvador da humanidade(Jo 1.14;Mt 1.20-23; Gl 4.4,5).

    "Propiciao" (v.25) Cristomorrendo em lugar dos perdidos afim de salv-los. a remoo da iradivina por meio de uma oferta, deuma ddiva.

    O Tabernculo com seus objetos,sacrifcios e sacerdcio prefiguroucomo sombra, entre outros elemen-tos da salvao, a propiciao. Ondeh sombra h realidade (Cl 2.16,17;Hb 10.1). Examine tambm: SI 32.2;Mt 20.28; Jo 1.29; Rm 4.7,8; l Co15.3; 2 Co 5.19,2; l Jo 2.2; 4.10.Propiciao uma referncia aopropiciatrio. Este encontrava-se noLugar Santssimo do Tabernculoonde o sumo sacerdote entrava ape-nas uma vez por ano, no Dia da Ex-piao, para sacrificar em favor dopovo. Ali, ele aspergia o sangue

    expiador do sacrifcio como smbo-lo da quitao ou remisso corres-pondente ao castigo de seus peca-dos e dos pecados do povo.

    Jesus o verdadeiro Cordeirode Deus que tira o pecado do mun-do (is 53; Jo 1.29; Lc 23.46; Gl4.4,5)$Foi Deus que estabeleceu to-das as coisas concernentes a Jesus,a fim de salvar-nos (At 2.23). Expi-ao tem a ver com o pecado;propiciao, com a atitude de Deuspara com o pecador arrependido; eredeno, com a pessoa do pecador.Tudo efetuado por Deus em Cristo(l Tm 2.6; l P 1. 18,19; At 20.28).

    4. outorgada por Deus.A justificao do pecador peranteDeus procede da sua graa (Rm3.24). Ela foi efetuada e garanti-da pelo sangue de Jesus, como suabase (Rm 5.9). obtida atravs danossa f em Cristo (Rm 3.28); a fsem as obras humanas o meio es-tipulado por Deus para nossa jus-tificao (Gl 2.16). A ressurreiode Cristo a garantia da pereni-dade de nossa justificao (Rm4.25). Se algum deseja ser justifi-cado e sair da lista dos que estosob a ira de Deus, deve crer emCristo (Rm 1.16,17; 3.3,21,22). Onico ^ requisito estabelecido porDeus para que o pecador seja jus-tificado que venha a Cristo pelaf, aceitando-o como seu nicoSalvador.

    IV. A MENSAGEM PROVENIENTEDA CRUZ DE CRISTO1. Salvao sem vanglria

    e mritos humanos. Visto que

    Lies Bblicas 19

  • a nossa salvao consiste somentena obra redentora de Cristo consu-mada na cruz, o homem no temmotivo algum para se vangloriarporque "nenhum outro nome h,dado entre os homens, pelo qualdevamos ser salvos", a no ser onome de Jesus (At 4.12).

    2. Salvao oferecida a to-dos. A preservao da vida deRaabe e sua famlia (Hb 11.31); abno sobre a vida de Rute (Rt4.13-22); e a cura de Naam (2 Rs5.1-14), so apenas alguns exem-plos de que Deus Senhor eabenoador de todos. Ele quer sal-var a todos (Tt 2.11; Mt 11.28; Jo6.37; Ef 4.6). O profeta Jonastestificou que Deus misericordio-so para aceitar a qualquer um quese arrependa de seus pecados (Jn4.2). O Evangelho de Joo 1.12 con-firma este propsito de Deus: sal-var a todos {Jo 1.12). Jesus tambm

    o declarou (Jo 3.17; 5.24). Infeliz-mente, muitos so os que rejeitamo convite da graa de Deus e aca-bam por desprezar a Cristo, acar-retando sobre si a ira divina.

    CONCLUSOO castigo divino pelo pecado

    no poderia ser protelado indefi-nidamente. A justia divina concer-nente aos delitos do homem deve-ria ser satisfeita. Assim, Cristo veioe satisfez em definitivo nossa dvi-da no Calvrio, tornando-nos, a to-dos os que cremos nEle, justifica-dos perante Deus.

    GLOSSRIOTranscendental: Muito eleva-

    do, que ultrapassa a nossa capaci-dade de conhecer.

    Perenidade: Que no acaba;eterno.

    QUESTIONARI1. O que a justificao?2. Como se obtm a justificao diante de Deus?

    3. Quais as caractersticas da justificao divina?

    4. Que significa dizer que a justificao propiciada por Cristo?

    5. Por que a salvao no pode ser obtida por mritos humanos?

    20 Lies Bblicas

  • Lio 5A DOUTRINA DA GRAA DE DEUS

    29 de Janeiro de 2OO6

    TEXTO UREO

    "Porque a graa de Deus se hmanifestado, trazendo salvao a

    todos os homens " (Tt 2.11).

    RDADE PRATICA

    Por meio da morte expiatria deCristo, a graa de Deus manifestou-se aos homens trazendo-lhes plenasalvao.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEROMANOS 6.1-71 - Que diremos, pois? Permanecere-mos no pecado, para que a graaseja mais abundante?2 De modo nenhum! Ns queestamos mortos para o pecado, comoviveremos ainda nele?3 Ou no sabeis que todos quantosfomos balizados em Jesus Cristofomos balizados na sua morte?

    Segunda - Rm 3.24O cristo justificado pela graaTera - Rm 5.15-20; l Co 1.4,5A graa de Deus abundante

    Quarta - 2 Tm 2.1A graa de Deus fortalece ocrente

    Quinta - Rm 4.4; 11.4-6; Gl 2.21A justia pelas obras anula agraa

    Sexta - Rm 5.21; 6.23A graa de Deus produz vida

    Sbado - Rm 6.1-23A graa liberta o homem

    Lies Bblicas 21

  • 4 De sorte que fomos sepultadoscom ele pelo batismo na morte;para que, como Cristo ressuscitoudos mortos pela glria do Pai, assimandemos ns tambm em novidadede vida.5 - Porque, se fomos plantados jun-tamente com ele na semelhana dasua morte, tambm o seremos na dasua ressurreio;6 - sabendo isto: que o nosso velhohomem foi com ele crucificado, paraque o corpo do pecado seja desfeito,a fim de que no sirvamos mais aopecado.7 - Porque aquele que est mortoest justificado do pecado.

    INTRODUO medida que avanamos no

    estudo da Epstola de Paulo aosRomanos, duas afirmaes doutri-nrias tornam-se evidentes. Primei-ra, o homem salvo mediante a gra-a de Deus, sem as obras da lei (Rm3.24; 4.16; 5.2,15,18; Gl 2.16,21;3.2).

    Segunda, a graa no autoriza ocrente a pecar, para que seja mani-festada com mais profuso. Pelocontrrio, liberta o homem do po-der do pecado (Rm 5.20,6.1,2,11-15).

    I. COMPREENDENDO A GRAA1. Definio. O termo graa,

    do original charis, usado cerca decem vezes nas epstolas paulinas.Destas, vinte e quatro aparecem

    apenas em Romanos (1.5,7; 3.24;4.4; 4.16; 5.2,15,17,18,20,21;6.1,14,15; 11.5,6; 12.3,6; 15.15;16.20,24). Na Antiga Aliana, o ter-mo hebraico hesed corresponde aosentido do Novo Testamento. Emdiversas passagens traduzido por"favor", "misericrdia", "bondadeamorosa", ou "graa que procedede Deus" (x 34.6; Ne 9.17; SI103.8; Jn 4.2).

    No contexto da doutrina da sal-vao, charis o dom ou favor ime-recido de Deus, mediante o qual oshomens so salvos por meio deCristo (Ef 1.7; 2.5,8; Rm 3.24; Tt2.14).

    2. A extenso da graa. Es-tudar a respeito da graa de Deusimplica descrever os principais ra-mos da doutrina da salvao: o per-do (At 10.43), a salvao (Tt 2.11;Rm 1.16), a regenerao (Tt 3.5), oarrependimento (At 11.18; Rm 2.4)e o amor divino (Jo 3.16; Rm 5.8).

    A graa de Deus dinmica. Nosomente salva, mas vivifica aque-les que esto destrudos pelo peca-do, capacitando-os a viver em san-tidade (Ef 2.1-8). O captulo 6 deRomanos mostra que a vida cristrequer santidade. Na igreja emRoma, muitos acreditavam que, sea salvao pela f, ento, cada umpodia fazer o que bem desejasse.Se a lei no salva, temos algumcompromisso com ela? Paulo, por-tanto, escreve para evitar o mal-entendido. Somos salvos pela gra-a, por meio da f (Ef 2.8-10). Noentanto, a f no anula a lei, mas aestabelece (Rm 3.30-31).

    22 Lies Bblicas

  • II. A CONTESTAO DADOUTRINA DA GRAAHavia duas correntes antibbli-

    cas no perodo apostlico que pro-curavam contestar a doutrina dagraa: o legalismo e o antinomismo.

    1. Legalismo. Segundo este, sse adquire a salvao e a excelnciamoral mediante a lei mosaica. Estesistema, defendido por certos ju-deus cristos em Roma, ensinavaque a justificao era decorrente dasobras da Lei (Km 3.27-31; Gl 3-4).Paulo os exorta: "Nenhuma carneser justificada diante dele pelasobras da lei" (Rm 3.20).

    2. Antinomismo. O termo sig-nifica "contrrio lei". Os antino-mianos acreditavam que podiamviver no pecado e, ainda assim, es-tarem livres da condenao eterna{Rm 6.1-7; 3.7; 4.1-25). Segundo osadeptos dessa teoria, uma vez queo homem foi justificado pela f emCristo, nenhuma obrigao moral necessria agora. O apstolo os per-suade: "Porque vs, irmos, fosteschamados liberdade. No useis, en-to, da liberdade para dar ocasio carne" (Gl 5.13; Rm 6.1-3).III. OS RELACIONAMENTOS DA

    GRAA1. Graa e justificao (Rm

    3.24; 5.18). A graa de Deus ga-rante gratuitamente a justificaoem Cristo Jesus. Atravs da morteexpiatria de Cristo, a graa mani-festou-se aos homens, garantindo-lhes a justificao e a vida eterna.

    2. Graa e redeno (Tt2.11,14; Rm 3.24; Ef 1.7). Se-

    gundo as Hscrituras: "A graa de Deusse h manifestado, trazendo salvaoa todos os homens". Cristo trouxe-noscompleta redeno (l Co 1.30): com-prou a todos com o seu sangue (Ap5.9; Cl 1.14); redimiu-nos da maldi-o da lei e de nossos pecados (Gl3.13; Ef 1.7; Cl 1.14); e, por meio doEsprito, selou-nos para o dia da re-deno (Ef 4.30; Rm 8.23), segundoas riquezas da graa (Ef 1.7,14).

    3. Graa e purificao (Tt2.11 -14b). A graa salvadora noapenas ensina os homens a renunci-arem a vil concupiscncia, a impie-dade e as mazelas morais da socie-dade rebelada contra Deus, mas tam-bm capacita o crente a viver sbria,justa e piamente no presente scu-lo. Vejamos o que se deve esperarde algum cheio da graa de Deus.

    ) Evitar a impiedade. A impieda-de uma categoria de pecado que seope piedade (Jd v.4). Logo, incluitudo o que a pessoa faz sem conside-rar a Deus e as suas leis morais (SI10.13; Rm 1.18). O mpio no reco-nhece nem admite sua dependnciade Deus (SI 10.3,4). Os pecados deimpiedade incluem: a blasfmia con-tra Deus {SI 10.13); a malcia (SI34.21); a violncia (SI 140.4) e as ini-qidades (Pv 5.22). O cristo deverejeitar a impiedade (Tt 2.12a), poisos que negligenciam a piedade serocondenados (Jd w. 14,16).

    b) Evitar as paixes mundanas.Ser mpio constitui no apenasuma maneira de pensar, mas umestilo de vida especfico (Jd vv.15,16). Os mpios so materialis-tas e sensuais (2 P 2.12-14) e bus-cam as coisas que conduzem aos

    Lies Bblicas 23

  • apetites carnais (Rm 1.18). Emlugar do Reino e da just ia deDeus, procuram tudo o que satis-faa seus desejos pecaminosos des-regrados (Tt 2.12b; Ef 2.3; l P 4.2;l Jo 2.15-17).

    c) Viver vida sensata. A palavrasensato, no original (sophroneo' ),quer dizer "de mente s", "mentesbria" ou "tempcrante". Este ter-mo se refere prudncia e aoautocontrole proveniente de umareflexo criteriosa. O temperante algum que no se deixa dominarpela ansiedade; algum que pon-dera seus atos e suas respectivasconsequncias de acordo com a Pa-lavra de Deus (l Tm 3.2; Gl 5.22;Tt 2.8-12; 2 P 2.3-8; At 24.25).

    d) Viver justa e piedosamente.A graa de Deus possibilita ao cren-

    te uma vida justa e piedosa diantede Deus e dos homens. O termo "pi-edoso" refere-se ao cristo que re-verente a Deus e que pratica o bemem todos os seus relacionamentos(2 P 3.11; 2 Tm 3.12; Tt 2.12; At10.2,7; 2 P 2.9). Uma pessoa pie-dosa tem como centro a vontade deDeus em todos os seus caminhos(Pv 3.5,6; l Co 10.31).CONCLUSO

    Nesta lio, aprendemos que agraa de Deus imensurvel. Elainspira e cultiva. Santifica e trans-forma. Tudo isso vai muito alm doque a lei confere, tornando a sal-vao da alma um empreendimen-to divino, embora, mediante a f,seja necessrio uma resposta posi-tiva do homem (Ef 2.8-10).

    1. O que a graa de Deus?

    2. Quais os relacionamentos da graa?

    3. Como ela atua no crente?

    4. Quais as duas correntes que, no Novo Testamento, opunham-se doutrina da graa?

    5. Como procede e anda o crente cheio da graa de Deus?

    24 Lies Bblicas

  • Lio 6A CONSAGRAO DO CRENTE

    5 de fevereiro de 2OO

    TEXTO UREO"E ser-me-eis santos, porque eu, oSenhor, sou santo e separei-vosdos povos, para serdes meus"

    (Lv 20.26).

    O homem espiritual est capa-citado para relacionar-se bem comDeus, com a igreja e com a socie-dade, tendo sempre como padrode santidade divina a Bblia.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEROMANOS 8.1-13l- Portanto, agora, nenhuma conde-nao h para os que esto em Cris-to Jesus, que no andam segundo acarne, mas segundo o Esprito.2 - Porque a lei do Esprito de vida,em Cristo Jesus, me livrou da lei dopecado e da morte.3 - Porquanto, o que era impossvel lei, visto como estava enfermapela carne, Deus, enviando o seu

    Segunda - Rm 8.14Os filhos de Deus so guiadospeio Esprito

    Tera - Rm 8.13A vida no Esprito mortifica asobras da carne

    Quarta - Rm 7.5,6Os frutos da carne geram morteespiritual

    Quinta - l Ts 5.23A santificao trplice:esprito, alma e corpo

    Sexta - GI 5.25Viver e andar no Esprito somandamentos divinos

    Sbado - l P 1.13-18A santidade dos filhosobedientes

    Lies Bblicas 25

  • Filho em semelhana da carne dopecado, pelo pecado condenou opecado na carne,4 - para que a justia da lei se cum-prisse em ns, que no andamossegundo a carne, mas segundo oEsprito.5 - Porque os que so segundo acarne inclinam-se para as coisas dacarne; mas os que so segundo oEsprito, para as coisas do Esprito.6 Porque a inclinao da carne morte; mas a inclinao do Esprito vida e paz.7 Porquanto a inclinao da carne inimizade contra Deus, pois no sujeita lei de Deus, nem, em verda-de, o pode ser.8 - Portanto, os que esto na carneno podem agradar a Deus.9 Vs, porm, no estais na carne,mas no Esprito, se que o Espritode Deus habita em vs. Mas, se al-gum no tem o Esprito de Cristo,esse tal no dele.10 - E, se Cristo est em vs, o corpo,na verdade, est morto por causa dopecado, mas o esprito vive por cau-sa da justia.11 - E, se o Esprito daquele que dosmortos ressuscitou a Jesus habitaem vs, aquele que dos mortos res-suscitou a Cristo tambm vivificaro vosso corpo mortal, pelo seu Esp-rito que em vs habita.12 - De maneira que, irmos, somosdevedores, no carne para viversegundo a carne,13 porque, se viverdes segundo acarne, morrereis; mas, se pelo Esp-

    rito mortificardes as obras do cor-po, vivereis.

    INTRODUOCom a expresso "portanto,

    agora" (Rm 8.1a), Paulo conclui otema sobre o qual discorreu nossete primeiros captulos de suaEpstola aos Romanos: a graa e ajustificao providas por Deus. Anfase do presente captulo estno ensino de que os filhos de Deus,em Cristo, esto livres da conde-nao (Rm 5.16,18).

    Nos versculos 5 a 13, Paulo de-clara que a nossa salvao est ga-rantida em razo da obra realiza-da pelo Esprito de Deus em nossocorao (Ef 1.13,14), produzindo,entre outras, a santificao em nos-so ser (l P 1.2).

    O Esprito, realizando a obracompleta de Cristo, liberta-nos dopecado e de todos os seus male-fcios; e, finalmente, vivificar in-clusive nossos corpos quando o Se-nhor vier arrebatar a sua Igreja(v.ll).I. A NATUREZA DA CARNE

    1. A natureza humana ca-da. O vocbulo "carne", no origi-nal, ocorre muitas vezes nas eps-tolas paulinas. O termo, em geral,est associado aos prazeres sensu-ais e aos pecados ligados ao corpo(Rm 6.12-14; 7.5,23-25; 8.13).Aqui, no entanto, "carne" diz res-peito ao mundo, natureza huma-

    26 Lies Bblicas

  • na cada e escrava de tudo que seope ao Esprito (Gl 5.16-25).

    A carne isola o homem de tudoo que espiritual (v.8) e englobatodas as formas de arrogncia. Sem-pre que o "eu" aparece em oposi-o a Deus, ali est a carne. Jooesclarece-nos: a concupiscncia dacarne, a concupiscncia dos olhose a soberba da vida so opostas aDeus (l Jo 2.15-17).

    2. Os que andam "segun-do a carne". Algum afirmou,com muita propriedade, que "a tra-gdia bsica da experincia huma-na cada que um ser criado porDeus e para Deus, vive agora semDeus". Andar segundo a carne aconsequncia desta tragdia. Noh mritos em viver alheio vidade Deus (Ef 4.18), seguir os prpri-os pensamentos e inclinaes (Is53.6) de uma natureza que j az eminiquidade (Km 7.24). Morto emdelitos e pecados, o homem tan-to um rebelde quanto um fracassa-do (Ef 2.1-3). O ser humano nasceem pecado, existe em pecado e con-tinua vivendo em pecado, em eter-na rebelio contra Deus.

    3. Os que andam "segun-do o Esprito". De acordo como original, "inclinar-se" indica aao total da personalidade huma-na (razo, vontade e sentimento)em sujeio carne ou ao Esprito(vv.5-7). "Inclinar-se para as coi-sas do Esprito" muito mais doque uma mera disposio mental.Trata-se de dispor a razo, a von-tade e os sentimentos ao domniodo Esprito. viver na direo do

    Esprito de Cristo (vv.9,10). O mai-or interesse do cristo deve ser ascoisas do Esprito. Aquele que seinclina para o Esprito, prioriza,acima de tudo, o seu relaciona-mento com Deus (Mt 6.33). Almde ter conscincia do pecado, fogedele (Hb 12.1). Por fim, reconhecesua fraqueza e busca o auxlio doEspri to Santo (Jo 16.13; Rm8.26,27).

    II. A VERDADE SOBRE ASANTIFICAONas Sagradas Escrituras, o ter-

    mo santificar, significa "ser consa-grado", "santo", "santificado", "se-parado". A palavra usada paradistinguir entre o santo e o profa-no e entre o especial e o vulgar (x30.29,32,37; Lv 10.10). Quandoesta qualidade aplicada, afirma-se que este objeto, ou pessoa, se-parado para o servio a Deus (Lv20.26 cf. x 40.9; Lv 11.44). Asantificao a ao do EspritoSanto na vida do crente, separan-do-o e purificando-o para adorar eservir ao Senhor (Tt 3.5-7; 2 P1.4). Por meio dela, o Esprito San-to aplica vida do crente a justiae a santidade de Cristo, com vistasao seu aperfeioamento.

    1. A santificao. A santifi-cao envolve: a separao do cren-te em relao ao mundo e a suacompleta dedicao ao servio deDeus: "Assim, pois, se algum sepurificar a si mesmo destes erros,ser utenslio para honra, santifi-cado e til ao seu possuidor, estan-do preparado para toda a boa obra"

    Lies Bblicas 27

  • (2 Tm 2.21). A vontade de Deuspara a vida do crente que este sejasanto (l Ts 4.3,4). A Bblia afirmaque somos santificados tanto pelasEscrituras (Jo 15.3; SI 119.9; Tg1.23-25) quanto pelo sangue de Je-sus (Hb 10.10,14; l Jo 1.7). E que asantificao uma obra da qual aTrindade participa: O Pai (Jo15.1,2; 17.5-7); o Filho (Hb 10.10;2.11) e o Esprito Santo (Rm 15.16;1 Co 6.11; Gl 5.22-25).

    2. "Estar em Cristo". Estaexpresso ocorre cerca de seis ve-zes nas epstolas paulinas (Rm 8.39;2 Co 5.17; 2 Tm 1.1,13; 2.1,10). Apreposio "em", no original, usa-da para descrever o ntimo relaci-onamento entre o Pai e o Filho (Jo10.38; 14.20) e a posio do cren-te regenerado "em Cristo" (Rm6.11,23; l Co 1.30).

    "Estar em Cristo" desfrutar damais profunda comunho espiritu-al com Jesus (l Co 1.30; Ef 1.3). obter a mais completa segurana desalvao (Ef 1.3-14). "Estar em Cris-to" significa tambm estar unido aCristo; fazer parte dEle. O prprioJesus deixou a ilustrao da videi-ra e dos ramos para demonstraresta unio ntima e orgnica entreEle e o seu povo (Jo 15.1-6). Htambm a ilustrao do corpo, cujacabea Cristo (l Co 12.27). SenEle permanecermos, nEle seremosglorificados. Se Ele morreu, morre-mos com Ele; se Ele ressuscitou, res-suscitamos com Ele (Rm 6.3-11;8.11,17,29,30). Esta plena identifi-cao com Cristo garante que, fi-nalmente, seremos apresentados

    perfeitos, sem mcula, diante dasua glria (Jdv.24).

    3., A nova vida. Segundo asEscrituras, o crente no apenas foiressuscitado com Cristo (Rm 6.6-11; l P 1.3,4), como tambm par-ticipa da natureza divina. Ele pos-sui uma nova vida proveniente deCristo e em Cristo. Portanto, sercristo implica uma mudana radi-cal de vida (Cl 1.13), que inclui orepdio ao "velho eu" com todosos andrajos do pecado.

    Como deixamos de uma vez portodas o velho homem, devemostambm deixar de lado todo com-portamento pertencente vida pas-sada. Nosso comportamento deveser coerente com a nova vida quedEle recebemos. o que nos ensi-na o Novo Testamento (Ef 4.17-32;Cl 3.5-17; Rm 8.1-13; Tt 3.3-7).

    4. Santidade e novidade devida. A santidade no isola o cren-te do convvio social; pelo contr-rio: demonstrada em nossos rela-cionamentos cotidianos (l Co 1.2;10.31; Cl 3.12; l P 1.15). Entre-tanto, no basta deixarmos a con-duta da vida passada; necessriopassar a viver a nova vida em Cris-to (Rm 6.4). Isto significa que no suficiente deixar de mentir; ne-cessrio dizer a verdade (Ef 4.25-32). No basta despojar-se do "ve-lho homem"; essencial vestir-sedo novo (Ef 4.22,24). A santifica-o, por conseguinte, viver deacordo com a nova vida que rece-bemos. Isso exige esforo por par-te do crente. Muitos imperativosbblicos acionam a responsabilida-

    28 Lies Bblicas

  • de humana: Operai (Fp 2.12,13);buscai (l Ts 4.1); mortificai (Cl3.5); andai (l Ts 4.1-5); fugi (2 Tm2.22); segui (\Vo 12.14).

    CONCLUSOA Palavra de Deus enftica em

    afirmar que o homem que depen-de unicamente dos seus esforospara se santificar est fatalmentecondenado ao fracasso. Se o ho-mem no estiver em Cristo e nocontar com a presena do EspritoSanto para suplantar suas tendn-cias carnais, continuar resistindoa Deus; continuar distante do ca-minho da santificao e fora da di-menso do Esprito Santo.

    Voc j vive a nova vida vitori-osa em Cristo? Ele o Senhor detodo o seu viver? Pense nisso. E,agora mesmo, tome uma firme re-soluo, a fim de desfrutar das bn-os provenientes da santificao.

    Tragdia: Acontecimento quedesperta lstima ou horror; trgi-co; funesto; sinistro.

    Delito: Culpa; falta; pecado.Repudiar : Rejeitar; repelir;

    recusar; abandonar.Mrito: Merecimento; louvvel.Andrajo: Trapo, farrapo. Peda-

    o de pano velho ou usado.

    QUESTIONRIO1. O que a santificao?

    2. Quais os dois processos que envolvem a santificao na vida doCrente?

    3. O que significa "estar em Cristo"?

    4. Quais as implicaes da santificao na vida do crente?

    5. Santificar-se significa isolar-se? Justifique sua resposta.

    .^ m . ^ ** ~ +Lies Bblicas 29

  • i- Y:Lio?

    A CHAMADA DIVINA E OLIVRE-ARBITR10l 2 de fevereiro de 2O06

    TEXTO UREO"E aos que predestinou, a esses

    tambm chamou; e aos quechamou, a esses tambm justifi-cou; e aos que justificou, a essestambm glorificou" (Rm 8.30).

    VERDADE PRATICADeus, em sua soberania, ofere-

    ce graciosamente a salvao paratodos os homens que, de acordocom o seu livre-arbtrio, podemaceitar ou recusar este convite.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEROMANOS 9.14,15.23-26 30-32:ATOS 2.21Romanos 914 - Que diremos, pois? Que hinjustia da parte de Deus? De ma-neira nenhuma!15 - Pois diz a Moiss: Compadecer-me-ei de quem me compadecer eterei misericrdia de quem eu tivermisericrdia.23 para que tambm desse a co-nhecer as riquezas da sua glria nos

    Segunda - Dt 7.7-11O amor de Deus o fundamentoda eleio de IsraelTera - Ap 13.8Deus amou o mundo desde a suafundaoQuarta - l P 1.2A eleio segundo aprescincia de Deus Pai

    Quinta - Ef 1.5-9Predestinados para sermos filhosde adooSexta - Ef 1.11-13A predestinao conforme opropsito de DeusSbado - Rm 8.29Predestinados para sermosconforme imagem de Cristo

    30 Lies Bblicas

  • vasos de misericrdia, que para gl-ria j dantes preparou,24 - os quais somos ns, a quemtambm chamou, no s dentre osjudeus, mas tambm dentre os gen-tios?25 - Como tambm diz em Osias:Chamarei meu povo ao que no erameu povo; e amada, que no eraamada.26 - E suceder que no lugar em quelhes foi dito: Vs no sois meu povo,a sero chamados filhos do Deusvivo.30 - Que diremos, pois? Que os gen-tios, que no buscavam a justia,alcanaram a justia? Sim, mas ajustia que pela f.31 Mas Israel, que buscava a lei dajustia, no chegou lei da justia.32 - Por qu? Porque no foi pela f,mas como que pelas obras da lei.Tropearam na pedra de tropeo.

    Atos221 - e acontecer que todo aquele queinvocar o nome do Senhor ser salvo.

    INTRODUONo Antigo Testamento, Deus

    chamou os homens para a salvao(Ez 18.30-32). Hoje, o chamamen-to de Deus a razo pela qual anossa vida crist tem incio (Rm8.30; 9.24; 2 Tm 1.9). verdadeque invocamos a Deus para nos sal-var (Rm 10.10-13), mas a nossa

    aceitao uma resposta ao seuchamado (2 Ts 2.14; l P 5.10; 2P 1.3). Por conseguinte, fomoseleitos segundo a prescincia deDeus.

    I. A CHAMADA PARA ASALVAO1. A chamada universal.

    O termo "chamada", no original, traduzido em Efsios 1.18 por"vocao", ou "chamamento".Quando aplicado proviso dasalvao por Deus, diz respeito aogracioso ato divino pelo qual Elechama os pecadores para a salva-o em Jesus Cristo, a fim de quesejam santos {Rm 8.29,30; 11.5,6;Gl 1.6,15).

    Esta chamada ocorre mediantea proclamao do Evangelho (Jo1.10,11; At 13.46; 17.30; l Co 1.9,18,24; 2 Ts 1.8-10; 2.14). Segun-do as Escrituras, da vontade deDeus que todos os homens sejamsalvos, isto , que todos atendamao chamado divino para a salva-o (At 17.30; l Tm 2.3,4; 2 P 3.9cf. Mt 9.13;). uma vocao queopera para a salvao, fundamen-tada na escolha do homem (At13.46-48).

    A vocao divina para a salva-o do homem uma obra da quala Trindade participa: atribuda aoPai (l Co 1.9; l Ts 2.12; l P 5.10);ao Filho (Mt 11.28; Lc 5.32; Jo 7.37)e ao Esprito Santo (Jo 14.16,17,26;16.8-11; Jo 15.26; At 5.31,32).Q

    2. Seus propsitos. A cha-mada divina para a salvao tempropsitos claros e especficos

    Lies Bblicas 31

  • nas Escrituras. Fomos chamadospor Deus: para sermos de Cristo(Rm 1.6; l Co 1.9); para asantificao (Rm 1.7; l P 1.15;l Ts 4.7; Hb 12.14b; Ef 1.4); paraa liberdade (Gl 5.1,13); para apaz (l Co 7.15; Lc 7.50; 8.48; Rm5 .1 ) ; para o so f r imento (Rm8.17,18): e, para a glria (Rm8.30). Estes propsitos auxiliamna compreenso do sentido dotexto de Efsios 1.18, que reco-menda que saibamos qual seja aesperana da nossa vocao.

    3. O papel do Esprito San-to. Jesus, ao prometer o Consola-dor, fez meno de seu papel nomundo: Convencer o mundo dopecado (Jo 16.8-10). Embora aoportunidade de salvao sejapara todos, uns se arrependem deseus pecados e aceitam a miseri-crdia de Deus em Cristo (At 2.37).Outros, no entanto, admitem a cul-pa mas no esto dispostos aconfess-la, tornando-se mais re-sistentes (Jo 1.10,11; At 13.46;17.32; 2 Ts 1.8-10; Hb 3.7,8).

    Ele tambm convence o mun-do da justia, mostrando que acruz no representou o fim da tra-jetria de Cristo que, ressurrecto,acha-se, agora, direita de Deus;por Ele, todo homem pode vivercomo jus to nes te mundo (Fp1.10,11; 2.15; Tt 1.8). O mesmoE s p r i t o t a m b m convence omundo do juzo vindouro, pois osque rejeitam a Cristo sero con-denados, assim como o Diabo quej se encontra julgado (Mt 25.41;Jo 16.11).

    II. O LIVRE-ARBTRIO E ASOBERANIA DIVINA1. No den. Em J42, a sobe-

    rania de Deus excede qualquer von-tade humana; mediante esta sobe-rania, Ele nos concede o livre-arb-trio. O Deus soberano, criador detodas as coisas e regente supremode todo o universo, decidiu dar-nosa capacidade de escolher entre anatureza santa e a pecaminosa. Noprprio den, Deus concede a liber-dade para o homem escolher entreo certo e o errado, entre a vida e amorte, entre a natureza divina e anatureza carnal (Gn 3.1-13; Dt30.19).

    2. Escolhendo uma vidasanta. Temos a capacidade de es-colher em qual das duas naturezasdesejamos viver: "Porque vs, ir-mos, fostes chamados liberdade"(Gl 5.13). Quando escolhemos anatureza pecaminosa, inclinamo-nos carne e s obras pecamino-sas (Rm 8.6,7). Mas, ao decidirmosviver uma vida santa, voltamo-noss coisas do Esprito (Rm 8.5, 9,14),produzindo obras dignas de umverdadeiro filho de Deus (Rm 6.18,22;G1.5.22).

    O livre-arbtrio concedido porDeus no foi anulado pelos efeitosdo pecado. Ns, os que decidimospor uma vida santa, estamos tantosob a soberania de Deus quantodebaixo do livre-arbtrio concedi-do por Ele (Ap 3.20).III. A SALVAO

    1. para todos, individu-a l m e n t e . O Novo Testamento

    32 Lies Bblicas

  • apresenta a realizao da nossa sal-vao como algo efetuado por Deusde forma pessoal e singular: "...todoaquele que nele cr..." (Jo 3.16);"...aquele que vem..." (Jo 6.37);"...todo aquele que invocar..." (Rm10.13); "...eu nele..." (Jo 15.5).Deus nos predestinou para Ele,para a adoo de filhos, por meiode Jesus Cristo, segundo o benepl-cito de sua vontade (Ef 1.5).

    A eleio divina foi feita combase em seu amor por todos os se-res humanos (Jo 3.16; l Tm 2.3,4).O cuidado de Deus tambm vistoat mesmo para com os rebeldes (Ez33.11). Pedro afirma que Deus nofaz acepo de pessoas (At 10.34).Isto afasta toda e qualquer possibi-lidade de a eleio ser fatalista, se-gundo a qual seria intil tentar mu-dar o quadro da nossa vida futura.

    Nossa deciso pessoal de crer,ou no crer em Cristo, tem conse-quncias eternas em nossa vida.Foram estas as palavras proferidaspelo Senhor Jesus: "quem crer e forbatizado ser salvo; mas quem nocrer ser condenado" (Mc 16.16).

    Os que no aceitam a Jesuscomo seu Salvador so os nicosresponsveis pelos seus atos, vistoser a vontade de Deus que todosos homens se salvem (2 Tm 2.3,4).O interesse de Jesus por todos manifesto em sua pergunta, quan-do realou claramente a dureza doscoraes daqueles que o recusaram:"... no quereis vir a mim paraterdes vida?" (Jo 5.40 cf. Mt 23.37).O evangelho um presente de Deuspara todas as pessoas, cabe a cada

    uma delas aceit-lo ou no. Jesusconvida a cada um, indistintamen-te: "Vinde a mim..." (Mt 11.28); "...Aquele que tem sede venha e quemquiser receba de graa da gua davida" (Ap 22.17).

    2. A regenerao. A regene-rao uma ao do Esprito San--to, mediante a qual Ele cria umanova natureza no homem (Jo 3.3,6;Tt 3.5; l P 1.2,23 cf. Jr 31.33; Ez36.25-27). Este ato milagroso ocor-re simultaneamente converso aCristo. Quando o ser humano, mor-to em delitos e pecados, aceita aCristo, vivificado espiritualmen-te (Ef 2.1,5,6; Rm 7.6). Esta obra,alm de vivificar o esprito, alcan-a cada parte da natureza humana(2 Co 5.17; 7.4,6; l Ts 5.23).

    A regenerao indispensvelporque, sem Cristo, o pecador in-capaz de obedecer e agradar a Deus(SI 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12). Em-bora seja uma radical transforma-o operada por Deus em nosso in-terior, necessrio que estreitemosa cada dia o nosso relacionamentocom Jesus, a fim de que cheguemosa medida da estatura completa deCristo (Ef 1.13; l P 1.15).

    3. A justificao. Enquantoa regenerao modifica a naturezado crente; a justificao muda a po-sio dele diante de Deus. O sacrif-cio expiatrio de Cristo no Calvrio a proviso divina para garantir aohomem a posio de justo diante deDeus (Rm 3.25; 5.9; Ef 2.13; l P1.4,5). Uma vez regenerado, o ho-mem, por meio da f, justificadogratuitamente mediante o preo

    Lies Bblicas 33

  • pago por Jesus Cristo na cruz (l P2.18-23; Rm 3.22,24,25,28; 5.1,9).

    Portanto, a justia do crente noprovm das obras da lei (Gl 2.21),mas da maravilhosa graa do Se-nhor: "Sendo justificados gratuita-mente pela sua graa, pela reden-o que h em Cristo Jesus" (Rm3.24). Mediante a justificao, Deusabsolve o pecador da condenaoe declara-o justo perante Ele (Rm8.30; 5.18).

    4. O processo da santifica-o. Trata-se de uma obra progres-siva realizada por Deus atravs doEsprito Santo. um processo quese inicia com a converso do cren-te, tornando-o santo, e que devecontinuar por toda a vida (2 Co3.18; l Ts5.23;Hb 12.14).

    Na santificao, o estado moralda pessoa moldado de acordo com

    os padres de Cristo (2 Co 3.18; Ef4.12-14; 2 P 1.4). Neste processo, indispensvel a participao dohomem (Fp 2.12; l P 1.16; Ap2.10), visto que, com a vocao di-vina, somos chamados para cumprira vontade de Deus (Rm 12.1,2; l Ts4.3; 5.18; Hb 10.36; l P 2.15; 4.2;l Jo 2.17). Sem a santificao, ja-mais veremos o Senhor.

    CONCLUSOO convite gracioso de Deus para

    a salvao independente dos m-ritos pessoais do homem. da von-tade de Deus que, sem exceo, to-dos os homens se salvem.

    Livre-arbtrio: Capacidade deescolha.

    1. Qual o sentido dapalavra "chamada"quando aplicada doutri-na da salvao?

    2. Como ocorre a chamada divina para a salvao?

    3. Cite trs propsitos da chamada divina.

    4. Diferencie a regenerao da justificao.

    5. De onde provm a justia do crente?

    34 Lies Bblicas

  • Lio 8A ELEIO E O FUTURO DE ISRAEL

    19 de fevereiro de 2OO6

    TEXTO UREO"Quanto a mim, este o meu

    concerto com eles, diz o SENHOR:o meu Esprito, que est sobre ti,e as minhas palavras, que pus natua boca, no se desviaro da tuaboca, nem da boca da tua posteri-dade, nem da boca da posterida-

    de da tua posteridade, diz oSENHOR desde agora e para todo

    o sempre" (Is 59.21).

    ERDADE PRATICA

    Os desgnios de Deus em rela-o a Igreja no interferem em seupacto com Israel.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEROMANOS 11.1-3,11,17,18,24-28,33.1 Digo, pois: porventura, rejeitouDeus o seu povo? De modo nenhum!Porque tambm eu sou israelita, dadescendncia de Abrao, da tribo deBenjamim.2 Deus no rejeitou seu povo, queantes conheceu. Ou no sabeis oque a Escritura diz de Elias, comofala a Deus contra Israel, dizendo:3 SENHOR, mataram os teus pro-fetas e derribaram os teus altares; es eu fiquei, e buscam a minhaalma?

    LEITURA DIRIASegunda - Gn 15.18O Senhor Deus de AlianaTera - l Sm 12.22Deus nunca desampara o seu povoQuarta - l Rs 8.56A fidelidade da Palavra transpetempo e circunstncias

    Quinta - Ez 36.26Israel ser convertidoSexta - Zc 12.10A converso de Israel certaSbado - Ef 2.12-15Em Cristo, judeus e gentiosformam a gerao eleita

    Lies Bblicas 35

  • 4 - Mas que lhe diz a resposta divina?Reservei para mim sete mil vares,que no dobraram os joelhos diantede Baal.5 - Assim, pois, tambm agora nestetempo ficou um resto, segundo aeleio da graa.11 - Digo, pois: porventura, tropea-ram, para que cassem? De modonenhum! Mas, pela sua queda, veioa salvao aos gentios, para os inci-tar emulao.17 - E se alguns dos ramos foramquebrados, e tu, sendo zatnbujeiro,foste enxertado em lugar deles efeito participante da raiz e da seivada oliveira,18 no te glories contra os ra-mos; e, se contra eles te gloriares,no s tu que sustentas a raiz, masa raiz a ti.24 - Porque, se tu foste cortado donatural zambujeiro e, contra a natu-reza, enxertado na boa oliveira,quanto mais esses, que so natu-rais, sero enxertados na prpriaoliveira!25 Porque no quero, irmos, queignoreis, este segredo (para que nopresumais de vs mesmos): que oendurecimento veio em parte sobreIsrael, at que a plenitude dos gen-tios haja entrado.26 - E, assim, todo o Israel sersalvo, como est escrito: De Siovir o Libertador, e desviar de Jacas impiedades.27 - E este ser o meu concerto comeles, quando eu tirar os seus peca-dos.

    28 - Assim que, quanto ao evange-lho, so inimigos por causa de vs;mas quanto eleio, amados porcausa dos pais.33 - O profundidade das riquezas,tanto da sabedoria, como da cinciade Deus! Quo insondveis so osseus juzos, e quo inescrutveis,so os seus caminhos!

    INTRODUODeus prometeu abenoar os po-

    vos gentios por meio de Abrao ede sua descendncia (Gl 3.8). A vin-da do Messias, Jesus Cristo, oprincipal cumprimento dessa pro-messa (Gl 3.16). Ele trouxe o evan-gelho, que o poder de Deus paraa salvao de todo aquele que cr;primeiro do judeu e tambm dogrego (Rm 1.16).

    Embora os judeus tenham rejei-tado a Cristo (Jo 1.11), o pacto deDeus para com Israel permanece:"Porque os dons e a vocao deDeus so sem arrependimento"(Rm 11.29). Este o tema que es-tudaremos nesta lio.

    I. A ELEIO DE ISRAELEm sua soberania, quis Deus

    para Si um povo que o amasse emesprito e em verdade (Jo 4.24). As-sim, resolveu, atravs de Abrao,fazer uma grande nao, com todasas caractersticas das demais: terra(Gn 15.7; 17.8), povo (Gn 12.2;15.4,5; 17.1,2) e governo (x 19.6).

    Lies Bblicas

  • Deus constituiu um povo paraque fosse a sua testemunha s na-es (Gn 12.2-4; 22.18; At 13.46,47).Uma nao eleita por meio da qualpudesse enviar o Salvador do mun-do (Gn 3.15; Jo 4.22) e confiar Palavra, a fim de que esta fosse pre-servada para todos os povos emtodas as geraes (Rm 9.4,5).

    1. A chamada de Abrao.Deus celebrou com Abrao uma ali-ana eterna (Gn 12.1-3; 15.12-21),concedendo-lhe a honra de ser o paide todos os crentes (Is 51.1,2; Gl 3.8;Lc 19.8-10). A Bblia afirma que opatriarca guardou fielmente os pre-ceitos e leis divinas (Gn 26.5). Sen-do ele amigo de Deus, recebeu a vi-sita do Senhor durante as suas pe-regrinaes (Gn 15.1; 18.1; Tg 2.23).

    A disposio de Deus em apre-sentar-se de forma especial aAbrao retrata a importncia daeleio do povo de Israel. Mas istoexigia confiana na Palavra de Deus(Gn 15.1-6; 18.10-14) e obedincia ordem divina, para que o patri-arca deixasse a terra de sua paren-tela (Gn 12.4), passando a viver naTerra da Promessa de maneira retae justa (Gn 17.1,2).

    2. O descaso de Israel. Is-rael, como nao eleita e separadapelo Senhor, no foi zeloso e fielem cumprir o mandato que rece-bera de Deus. Por essa razo, osprofetas condenaram-lhe a ingra-tido e a deslealdade (Jr 16.10-12).

    Os israelitas, apesar do clamordos profetas, acabaram por repu-diar suas obrigaes cm relao aliana divina (x 39.5,6; 32.1-25).

    Os profetas no hesitaram emministrar o imutvel amor de Deuspara com Israel, objetivando levaros fiis a cumprirem os propsi-tos divinos (Jr 31.3; Os 11.1-4). Osque aceitavam voluntariamente ascondies da aliana usufruamdos benefcios divinos (Dt 5.1-3;30.11-20).

    3. O pacto divino no foianulado. Na Epstola aos Gaiatas,Paulo demonstra que a igreja cristteve sua origem na vocao deAbrao (Gl 3.6-9). O vnculo pactuaientre Deus e Israel permanece. Logo,tanto para os gentios como para Is-rael, o nico caminho para a salva-o a f em Cristo (Gl 3.11-29).

    No captulo 10 de Romanos,Paulo explica, minuciosamente, quea salvao no depende das obras,mas da f em Cristo {Gl 3.8,9).Deus, em sua vontade soberana,franqueou a salvao a todos oshomens: "todo aquele que invocaro nome do Senhor ser salvo" (Jl2.32 cf. At 2.21; 10.34-36).

    Por conseguinte, no basta ape-nas o chamado de Deus para que oser humano seja salvo; necess-rio que este responda positivamen-te vocao divina (Rm 10.10-17).II. DEUS NO REJEITOU

    SEU POVO

    Deus rejeitou o seu povo? Pau-lo responde a esta pergunta comuma negao contundente. Apesarde toda a incredulidade e apostasiade Israel, havia um remanescentefiel que, semelhana dos sete milque no dobraram os seus joelhos

    Lies Bblicas 37

  • diante de Baal no tempo de Elias,conservava piedosa e firmementeos termos da aliana. Desse rema-nescente, o prprio Paulo fazia par-te, bem como os israelitas que acei-tam a f em Cristo: "Digo, pois:porventura, rejeitou Deus o seupovo? De modo nenhum! Porquetambm eu sou israelita, da descen-dncia de Benjamim" (Rm 11.1).

    1. Um plano especial deDeus. Ao falar sobre o endureci-mento de Israel, Paulo continuamostrando o propsito de Deus emrelao ao seu povo. Embora osisraelitas hajam tropeado e cado,no se pode dizer que esta quedaimpedir a concretizao dos pro-psitos de Deus concernentes aoseu povo: "Digo, pois: porventura,tropearam, para que cassem?De modo nenhum! Mas, pela suaqueda, veio a salvao aos gen-tios, para os incitar emulao"(11.11,17,18,24,33).

    2. A graa divina. A conver-so de judeus na poca de Paulo noera produto das obras da lei, masfruto da graa divina recebida me-diante a f (cf. Rm 3.28; Ef 2.8,9).

    Aqueles que rejeitam a graa deDeus, sejam eles judeus, sejam gen-tios, no alcanaro a salvao emJesus (Rm 9.31-33; Ef 2.8,9).

    3. Um Deus misericordio-so. Acerca da salvao de Israel,Paulo mostra a inter-relao entrejudeus e gentios (Rm 10.11,12,19-21; 11.11,12,15).

    A queda de Israel trouxe a reden-o para os gentios (Rm 9.25,26;11.7-12,23-26). Por outro lado, a

    misericrdia divina, demonstradaa estes, trar a compaixo de Deusaos filhos de Abrao (Rm 11.30,31;9.-27).

    Devemos entender que o endu-recimento de Israel temporrio:"at que a plenitude dos gentioshaja entrado" (v.25 cf. Is 59.20,21).III. O FUTURO GLORIOSO

    DE ISRAELO retorno de Israel ao Senhor

    certo (Zc 12.7-10; Rm 11.26). Pau-lo recorre s profecias para confir-mar a declarao de que todo o Is-rael ser salvo (Rm 11.26,27; cf. Is59.20,21). Isto ocorrer quando se"completar o tempo dos gentios"no final da Grande Tribulao (Jr30.7; Ez 20.34-38; Jo 19.37).

    Israel ver a Jesus como o Mes-sias e se arrepender por hav-lorejeitado (Jo 1.11; Lc 13.34). Nesseperodo, os israelitas, como ramosnaturais, sero enxertados na pr-pria oliveira, que Cristo. E, assim,os descendentes de Abrao recebe-ro novamente a plenitude dasbnos divinas (Zc 2.10).

    A revelao do plano divino dasalvao levou o apstolo a adorara Deus. Paulo reconhece o contro-le providencial de Deus na histriada salvao e da justificao atra-vs de Cristo (Rm 10.33-36).

    CONCLUSOPortanto, quanto eleio, a

    aliana divina concernente a Isra-el imutvel. Deus, em sua sobe-rania, escolheu a Israel dentre to-

    38 Lies Bblicas

  • dos os povos e fez-lhe promessaspor meio de seus patriarcas: Abrao,Isaque e Jac (Gn 12.1-3; 15.1-21;17.1-22).

    Da mesma maneira que Deuscumpriu e cumprir suas promes-sas a Israel, assim tambm tem fei-to e o far com a sua Igreja.

    Emular: Rivalizar ou competircom; disputar preferncia.

    Enxertar : Introduzir; inserir.Introduzir uma parte viva de umvegetal em outro.

    Hesitar: Estar ou ficar indeci-so, incerto.

    Mincia: Coisa muito peque-na; insignificante; pormenor.

    Remanescente: Restante; quesobrou ou restou.

    Repudiar : Rejeitar, abando-nar, desamparar.

    Usufruir : Desfrutar; colher osfrutos.

    QUESTIONRIO1. Qual o plano inicial de Deus em relao a Israel?

    2. A incredulidade de Israel anulou os termos da aliana que Deusestabeleceu com os patriarcas?

    3. A salvao da Igreja anular os concertos entre Deus e Israel?

    4. O que o remanescente fiel?

    5. Quando Israel se converter?

    .,

    Lies Bblicas 39

  • of Lio 9FIDELIDADE NO OSO DOS DONS

    26 de fevereiro de 2OO6

    TEXTO UREO"Pelo que diz: Subindo ao alto,levou cativo o cativeiro e deu

    dons aos homens" (Ef 4.8).

    VERDADE PRATICA

    Os dons foram concedidos igreja para o seu desenvolvimentoe aperfeioamento.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEROMANOS 12.1-81 - Rogo-vos, pois, irmos, pela com-paixo de Deus, que apresenteis ovosso corpo em sacrifcio vivo, san-to e agradvel a Deus, que o vossoculto racional.2 - E no vos conformeis com estemundo, mas transformai-vos pelarenovao do vosso entendimento,

    Segunda - l Co 12.31Os dons devem ser buscados

    Tera - l Go 14.31Os dons e o ensino devem andarjuntosQuarta - l P 4.10O dom deve ser bemadministrado

    Quinta - Ef 4.11aOs dons so ddivas de Cristo

    Sexta - Ef 4.11-14O objetivo dos dons oaperfeioamento dos santos

    Sbado - l Co 13.1,2O amor essencial

    40 Lies Bblicas

  • para que experimenteis qual seja aboa, agradvel e perfeita vontade deDeus.3 - Porque, pela graa que me dada, digo a cada um dentre vs queno saiba mais do que convm sa-ber, mas que saiba com temperan-a, conforme a medida da f queDeus repartiu a cada um.4 - Porque assim como em um corpotemos muitos membros, e nem to-dos os membros tm a mesma ope-rao,5 assim ns, que somos muitos,somos um s corpo em Cristo, masindividualmente somos membrosuns dos outros.6 De modo que, tendo diferentesdons, segundo a graa que nos dada: se profecia, seja ela segundoa medida da f;7 - se ministrio, seja em minis-trar; se ensinar, haja dedicao aoensino;8 - ou o que exorta, use esse dom emexortar; o que reparte, faa-o comliberalidade; o que preside, comcuidado; o que exercita misericr-dia, com alegria.

    INTRODUOTodo servio no Reino de Deus

    deve ser feito base de verdadeiraf. o Senhor que habilita o cren-te, mediante dotao especial, arealizar sua obra da melhor manei-ra possvel. dele que provm todaa cincia, capacidade e dons minis-

    teriais e espirituais. Por isso, nopodemos fazer a obra de Deus comesprito de competio. O nico ob-jetivo do nosso labor deve ser o de-senvolvimento e o bem-estardo corpo de Cristo.

    I. UM APELO CONSAGRAOPESSOALAntes de tratar de alguns dons

    especiais concedidos pelo EspritoSanto, e de falar sobre o corpo deCristo, o apstolo Paulo rogou aosirmos de Roma que consagrassemsuas vidas a Deus, a fim de conhe-cerem, por experincia, a boa, agra-dvel e perfeita vontade de Deus.Segundo o apstolo, esta a nicaforma de sermos o que Ele quer quesejamos e de fazermos o que dese-ja que faamos. justamente estaentrega total como "sacrifcio vivo",este ato de adorao incondicional,que torna o cristo capaz de serusado plenamente por Deus.

    1. Um apelo consagrao."Rogo-vos, pois, irmos" (v.l). Ro-gar suplicar, apelar com intensodesejo de alcanar alguma coisa.Paulo rogou aos crentes de Roma,em nome da compaixo divina, queapresentassem seus corpos em "sa-crifcio vivo, santo e agradvel aDeus", isto , que se separassemcompletamente das coisas munda-nas e se dedicassem integralmentea Deus e ao seu servio.

    Nesta passagem, Paulo faz-nosum apelo consagrao total. Eesta consagrao envolve dois atosdistintos: o de Deus e o nosso. Onosso apresentar-nos; o de Deus

    Lies Bblicas 41

  • tornar-nos capazes de pr emprtica a sua vontade.

    2. Um apelo humildade.Ao realizarmos a obra de Deus, nodevemos faz-lo por nossa prpriasabedoria, mas conforme a medidada f que concedida por Deus.Paulo exorta os irmos romanos ano terem de si mesmos um con-ceito acima do que se deve. Consi-deremos, pois, as verdades abaixo:

    a) H sempre a tentao dasuperestimaco da prpria impor-tncia. bom notar que Paulo diri-gia-se a uma comunidade que es-tava em Cristo.

    b) No se deve esquecer de queDeus concedeu a cada crente umacerta "medida" de f. No devemosnos estribar no prprio conheci-mento, mas, com temperana bus-car somente o que convm.

    c) Somente os que discernem avontade de Deus e se rendem inte-gralmente a Ele conseguem identi-ficar sua real posio no corpo deCristo.

    d) imprescindvel ao cristoter uma ideia correta de si mesmopara integrar-se perfeitamente aocorpo de Cristo.

    II. A IGREJA COMO OCORPO DE CRISTOO apstolo Paulo utilizou-se da

    figura do corpo humano para de-monstrar a funo de cada mem-bro do corpo de Cristo na adminis-trao dos dons.

    1. Um s corpo em Cristo.Cada membro tem sua funo es-pecfica a desempenhar e, contu-

    do, num corpo sadio, todas as par-tes funcionam harmoniosa e inde-pendentemente para o bem dotodo, assim deve ser na igreja (Ef1.22,23).

    A unio de cada membro tem deser justa e perfeita (l Co 12.12).No pode haver desunio nem di-ferenas entre os irmos, pois Deuscolocou "cada um deles como quis".Quando um membro sofre, todospadecem com ele! (l Co 12.25,26).

    O valor de cada membro me-dido pela contribuio que d aobom funcionamento do corpo intei-ro (l Co 12.21-23). Qualquer ativi-dade dentro da igreja s ter valorse estiver relacionada com o todo.O trabalho do corpo como um todo o que importa!

    2. Diferentes membros, di-ferentes funes. Somos diver-sos membros com distintas funesno corpo. Sendo Deus quem confe-re dons especiais aos crentes (l Co12.4-11), cada qual dever exercerseu trabalho com o nico objetivode enaltecer a Cristo, que a cabe-a do corpo, e no a si mesmo.

    Portanto, se somos mos, ps,ouvidos, boca etc, Cristo realiza suaobra atravs de ns. Para isso fo-mos comissionados. Aleluia! (Mt28.19,20).III. O USO DOS DONS

    O apstolo Paulo no teve a fi-nalidade de listar ou classificar osdons. Ele apenas preocupou-se como uso destes, entre muitos outros,que podem trazer conforto, unida-de e crescimento para a igreja. .

    42 Lies Bblicas

  • 1. Profecia.,A profecia umdos dons verbais colocados dis-posio dos santos com o propsi-to de exortar, edificar e consolar aigreja. Ela concedida ao crentepelo Esprito Santo, de forma dire-ta e imediata, a fim de trazer luza verdade divina. Este dom deve serexercido segundo a medida da f(v.6); isto : o poder espiritual dadoa cada crente para o desempenhode sua responsabilidade especfica.H dois pontos que devem ser con-siderados:

    a) O crente que profetiza tem desaber perfeitamente quando estindo alm do que lhe foi dado, edeve estar consciente de sua res-ponsabilidade de entregar somen-te o que Deus lhe autorizou. ne-cessrio que o servo de Deus estejatotalmente sob o controle do Esp-rito de Deus.

    b) O crente que profetiza temde saber que toda a profecia deveser julgada, provada (l Co 14.29;l Ts 5.19-21). Toda verdade con-cedida pelo Esprito Santo coeren-te e no se contradiz. Sendo assim,qualquer profecia, para ser aceita,deve ser submetida ao padro esta-belecido pela Profecia Escrita, a Pa-lavra de Deus (Gl 1.8; l Jo 2.20,27;4.1-3).

    2. Servio. a disposio, oucapacidade, concedida por Deus,para o crente servir e prestar as-sistncia prtica aos membros e aoslderes da igreja. Este dom se ma-nifesta em toda forma de ajuda queos cristos possam prestar uns aosoutros, em nome de Jesus. Os que

    possuem este dom tm prazer emministrar aos santos as coisas ma-teriais que lhes so necessrias. Odom do servio, como qualqueroutro, essencial para o bom fun-cionamento do corpo de Cristo.Quem o tem deve exerc-lo empre-gando toda a sua energia, no temordo Senhor.

    3. Ensino. Diferente da profe-cia, que de inspirao direta eimediata (l Co 14.30), o ensino resultado da preparao do mestre.Ele exortado a estudar, a ler, ameditar na Palavra de Deus (l Tm4.14-16). Quem ensina recebe deDeus uma capacidade especial paraexpor e esclarecer as Escrituras compoder e eficincia, a fim de edificaro corpo de Cristo. ' S'

    4. Exortao. H uma diferen-a fundamental entre exortar e en-sinar. O ensino tem por objetivotransmitir o conhecimento, lidarcom o intelecto, a mente. A exorta-o toca no corao e atinge a cons-cincia e a vontade de quem estsendo exortado, de modo que a suaf estimulada. O crente passa ater um maior compromisso com oReino de Deus. Na exortao, asverdades ensinadas so aplicadasimediatamente vida crist. Quemtem o dom de exortar no neces-sariamente um mestre, emborapossa s-lo (At 11.23).

    5. Repartir. H pessoas espe-cialmente capacitadas por Deuspara dar, repartir com os que notm. Estas devem faz-lo com sim-plicidade, lembrando-se das pala-vras do Mestre: "no saiba a tua

    Lies Bblicas 43

  • mo esquerda o que faz a tua di-reita" (Mt 6.1-4).

    6. Governo. o dom de exer-cer governo ou presidir, de algu-ma forma, na Igreja. a tarefa decuidar do povo e dos bens do Rei-no (Hb 13.7; l Tm 5.17; l Ts5.12,13). Aos que tm este dom, oapstolo Pedro diz: "apascentaicom cuidado, no por fora, masvoluntariamente; nem por torpeganncia, mas de nimo pronto,nem como tendo domnio sobre orebanho de Deus, mas servindo deexemplo ao rebanho" (l P 5.2-4).

    7. Misericrdia. o dom deministrar e prestar ajuda aos neces-sitados e aflitos. Este dom deve serposto em prtica com todo o cora-o, bom nimo e entusiasmo.Aquele que tem este dom comuni-ca todo o amor divino aos angusti-ados.

    CONCLUSOQue dom recebeu voc de Cris-

    to? Voc o tem exercido com amore piedade? Ou j o enterrou de for-ma egosta? No Reino de Deus, himportantes obras a serem executa-das. Por isso, de fundamental im-portncia exercermos os dons queo Esprito Santo tem nos concedido,a fim de que o Reino se expanda ataos confins da Terra. Que Deus nosajude nesta to gloriosa tarefa!

    Dom: Ddiva; carisma; recursosextraordinrios concedidos pelo Es-prito Santo Igreja.

    Enaltecer: Tornar alto; elevar;exaltar.

    E s t r i b a r : Firmar; assentar;apoiar.

    QUESTIONRIO1. O que significa apresentar-se a Deus como sacrifcio vivo, santo

    e agradvel?

    2. De que maneira devemos fazer o servio que nos incumbiu oSenhor?

    3. Como medido o valor de cada membro no corpo de Cristo?

    4. Qual o propsito do dom de profecia?

    5. Qual a principal diferena entre profecia e ensino?

    44 Lies Bblicas

  • j Lio 10O CRISTO E O ESTADO

    5 de marco de 2OO6

    TEXTO UREO"Portanto, dai a cada um o que

    deveis: a quem tributo, tributo; aquem imposto, imposto; a quem

    temor, temor; a quem honra,honra" (Rm 13.7).

    RDADE PRATICA

    O crente tem como obrigaocumprir os seus deveres como ci-dado, visando acima de tudo a gl-ria do nome de Deus.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEROMANOS 13.1-7;l PEDRO 2.13-17Romanos 131 Toda alma esteja sujeita s auto-ridades superiores; porque no hautoridade que no venha de Deus;e as autoridades que h foram orde-nadas por Deus.2 - Por isso, quem resiste autorida-de resiste ordenao de Deus; e osque resistem traro sobre si mes-mos a condenao.

    Segunda - Jo 19.11 Deus quem concedeautoridade aos homens

    Tera - Dn 3.4-6Quando o Estado fere osprincpios da Palavra

    Quarta - l Tm 2.1,2Devemos orar pelos quegovernam

    Quinta - Rm 13.3,4Ao Estado compete punir oerrado

    Sexta - Tt 3.1O crente deve ser obediente sautoridades

    Sbado - Ec 8.2-4Obedecendo ao governo porcausa do Senhor

    Lies Bblicas 45

  • 3 - Porque os magistrados no soterror para as boas obras, mas paraas ms. Queres tu, pois, no temer aautoridade? Faze o bem e ters lou-vor dela.4 - Porque ela ministro de Deuspara teu bem. Mas, se fizeres o mal,teme, pois no traz debalde a espa-da; porque ministro de Deus evingador para castigar o que faz o mal.5 - Portanto, necessrio que lheestejais sujeitos, no somente pelocastigo, mas tambm pela conscin-cia.6 Por esta razo tambm pagaistributos, porque so ministros deDeus, atendendo sempre a isto mes-mo.

    7 Portanto, dai a cada um o quedeveis: a quem tributo*,' tributo; aquem imposto, imposto; a quemtemor, temor; a quem honra, hon-ra.

    l Pedro 213 Sujeitai-vos, pois, a toda orde-nao humana por amor do Senhor;quer ao rei, como superior;14 - quer aos governadores, comopor ele enviados para castigo dosmalfeitores e para louvor dos quefazem o bem.15 - Porque assim a vontade deDeus, que, fazendo o bem, tapeis aboca ignorncia dos homens lou-cos;16 - como livres e no tendo a liber-dade por cobertura da malcia, mascomo servos de Deus.

    17 - Honrai a todos. Amai a fraterni-dade. Temei a Deus. Honrai o rei.

    INTRODUODepois de apresentar aos roma-

    nos a maravilhosa doutrina da sal-vao, Paulo pe-se a explicar-lheso que ela significa na vida prticado crente. Em primeiro lugar, dis-corre sobre a nossa relao comDeus (12.1,2); em seguida, acercade nosso relacionamento com os ir-mos (12.3-16); depois, com a so-ciedade e at com os que nos odei-am (12.17-21). Por ltimo, trata denossa relao com os governos hu-manos (13.1-7). A Bblia, por con-seguinte, engloba todas as relaeshumanas, inclusive com os poderesconstitudos.

    Paulo afirma que o evangelhono algo apenas para se crer,mas tambm para se praticar. Ocristianismo uma prtica devida. Nesta lio, veremos o quea Bblia diz acerca de nosso rela-cionamento com as autoridadeshumanas responsveis pelo funci-onamento do Estado.

    i. EMBORA CIDADOS DOSCUS, VIVEMOS NO MUNDO1. Os cidados dos cus

    num mundo corrupto. O NovoTestamento descreve o Estadocomo um instrumento de Deus parapromover a justia e a ordem.Quanto a ns, embora no sejamosespiritualmente deste mundo (Jo

    46 Lies Bblicas

  • 17.14), temos por obrigao orarpelas autoridades, a fim de quepossam desincumbir-se das tarefasque Deus lhes confiou. Deste modo,poderemos viver de modo tranqui-lo e sem sobressaltos (l Tm 2.1,2).

    No resta dvida de