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O Divirta-se testou aplicativos culturais; confira o resultado
MEU IBIRA
Lançado em abril, o Meu Ibira funciona como uma rede social do Parque Ibirapuera. O
aplicativo é voltado tanto para turistas quanto para frequentadores assíduos.
Após se cadastrar – pode usar sua conta do Facebook mesmo -, você é direcionado para uma
página de roteiro, dividida por temas como ‘Meu Ibira é Desafio’, focado nos esportes, e ‘Meu
Ibira é Comida’, sobre gastronomia. As listas contêm as atrações oficiais, mas também várias
sugestões de outros usuários. Com seu perfil, também é possível criar atividades preferidas,
compartilhar suas experiências e fotos, além de marcar o que você já fez ou pretende
fazer. Também dá para explorar todo o parque por meio de um mapa, que é marcado com
todas as atividades e espaços.
Infelizmente, o aplicativo pode ser pesado para o celular, o que gera alguns bugs incômodos.
PONTO ALTO: Funciona como uma rede social, na qual você pode compartilhar fotos e
suas atividades preferidas no parque.
PONTO BAIXO: As listas não englobam toda a programação. Por exemplo, não estavam
registradas as mostras em cartaz na Oca.
DISPONÍVEL PARA: iOS e Android
Verdejando terá domingo de atrações aéreas e oficinas de preservação
Domingo aéreo terá exposição de aeronaves e viaturas no Campo de Marte.
Público poderá participar ainda de eventos de conscientização ambiental.
O Verdejando promove neste domingo (4), o Domingo Aéreo, em parceria com a Força
Aérea Brasileira (FAB). O público poderá acompanhar exposição de aeronaves e
viaturas, apresentações militares e ainda participar das oficinas voltadas à preservação
ecológica e conscientização ambiental. O Domingo Aéreo será no Campo de Marte, na
Zona Norte de São Paulo. A entrada é gratuita.
Nesta sexta-feira (2), o Parque recebe 50 novas árvores, entre ipês amarelos, jerivás e
outras espécies, com o objetivo de neutralizar a emissão de carbono proveniente o
evento.
Atualmente em seu terceiro ano, o Verdejando já ajudou a plantar mais de mil novas
árvores e distribuiu cerca de 50 mil mudas, englobando reportagens especiais,
mutirões de distribuição de mudas e remanejamento de árvores, oficinas educativas,
filmes institucionais e ação com universitários.
Domingo Aéreo
Data: 4/10, domingo
Horário: 9h às 17h
Local: Campo de Marte – Avenida Santos Dumont, 2241 – Santana
Entrada gratuita e classificação livre
Cantareira tem maior chuva para setembro em 19 anos, diz Sabesp
A chuva registrada pelo Sistema Cantareira em setembro foi a maior para o mês em 19
anos, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O
volume de precipitação recebido pelo manancial neste último mês, de 154,5
milímetros, é o maior desde 1996, quando choveu 177 milímetros.
O maior acumulado para setembro já registrado pela Sabesp é de 1983, com 280
milímetros.
O desempenho de setembro de 2015 é quase 80% melhor do que o de setembro do
ano passado, ano com estiagem mais severa da crise hídrica. Trata-se do primeiro mês
desde março que a precipitação fica acima da média prevista, mas mesmo assim o
reservatório não conseguiu recuperar o primeiro volume morto, e segue no vermelho,
em -13%, segundo medição desta quarta-feira (30).
A vazão de retirada do sistema também continua reduzida e parte da população sofre
com cortes de água por causa da redução de pressão na rede.
A primeira cota do volume morto foi adicionada ao sistema em maio do ano passado e,
desde então, não foi recuperada. No melhor dos cenários, isso só ocorreria em 23 de
novembro, segundo o último relatório do Centro Nacional de Monitoramento e alerta
de desastres naturais (Cemaden). A previsão mais otimista do órgão é feita estimando
uma chuva 50% acima da média histórica.
A chuva acumulada de janeiro a setembro pelo Sistema Cantareira, no entanto, é
apenas 1,91% maior do que a média histórica. O manancial recebeu 1065,7 milímetros
de chuva no período, contra 1045,7 no mesmo intervalo de 2014. De acordo com o
Cemaden, se a precipitação se mantiver na média histórica, o Cantareira só deve sair
do volume morto no dia 16 de dezembro.
A previsão foi feita no dia 23 de setembro, antes da interligação entre os sistemas Rio
Grande e Alto Tietê. A principal obra do governo contra a crise foi inaugurada nesta
quarta e deve reduzir o número de clientes atendidos pelo Cantareira. Isso pode
antecipar sua recuperação.
Atraso – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), entregou na tarde desta
quarta-feira (30) a obra de interligação entre os sistemas Rio Grande e Alto Tietê. A
entrega estava marcada inicialmente para esta manhã, mas o governo anunciou que
ela havia sido adiada por causa de um vazamento. O problema acabou resolvido e a
obra foi entregue em uma cerimônia realizada durante a tarde de quarta.
A obra havia sido anunciada inicialmente para maio deste ano. Em abril, a Sabesp já
havia destacado o tamanho da obra para justificar a impossibilidade de entregar a
interligação em maio: “tratam-se de ajustes normais dado o tamanho e a
complexidade de uma obra desse porte”, informou a companhia à época. Alckmin
justificou durante a inauguração:
Na cerimônia, o governador disse que o rodízio de água na região metropolitana de
São Paulo está praticamente descartado. “Praticamente o rodízio está descartado. Nós
queremos e vamos continuar com as campanhas para não ter desperdício. Eu diria que
está descartado. Até porque agora também começa o período chuvoso e nós ainda
temos uma reserva grande. Eu acho que não há hipótese (de não chover) nos meses
com ‘r’”, afirmou.
Reforço – O bombeamento da água para o Sistema Alto Tietê poderá favorecer ainda o
Sistema Cantareira, já que a água vai ser levada a partes das zonas norte e leste
originalmente atendidas por esse sistema. O Cantareira também vive situação crítica e
opera na segunda cota do volume morto, com 16,2% da capacidade.
Já o Sistema Rio Grande, que vai fornecer a água através de um braço da represa
Billings considerado mais limpo, vive uma realidade mais confortável e opera com
85,6% da capacidade.
O investimento previsto inicialmente para a interligação dos sistemas Rio Grande e
Alto Tietê foi de cerca de R$ 130 milhões. As obras incluíram a instalação de quatro
bombas com capacidade para empurrar a água 80 metros acima, superando o morro
que divide a região do ABC de Suzano. A água atravessa 11 km de tubulação para ser
levada de um sistema ao outro.
A obra é uma das medidas traçadas pelo governo para tentar conter a crise hídrica no
estado. Outras intervenções previstas são a interligação do sistema Cantareira com a
bacia do Rio Paraíba do Sul e criação do sistema produtor do Rio São Lourenço, que vai
captar água em Ibiúna. As duas obras estão previstas para 2017.
“Estamos aqui entregando uma obra estruturante, uma obra extremamente
importante, que é a ligação do Rio Grande com a represa de Taiaçupeba”, disse
Alckmin. “Com isso nós teremos mais 4 metros cúbicos por segundo, o que equivale a
perto de 1,2 milhão de pessoas abastecidas com água nova, aqui do Rio Grande,
reforçando lá o Alto Tietê”, complementou.
Alckmin fez um balanço das obras de transferência entre represas.
“Temos 1 m³/s do Guaió para Taiaçupeba-Alto Tietê, 1 m³/s do Guarapiranga para ETA
Boa Vista e 4 m³/s do Rio Grande para Taiaçupeba. Então, são 6 m³/s a mais e isso faz
toda a diferença. E praticamente em tempo recorde. Normalmente, as obras, só para
você entre licitar e começar, às vezes, demora mais de meio ano. Em um tempo menor
do que esse as obras foram executadas”, afirmou.
O governador destacou a importância da integração entre os sete sistemas de
abastecimento de água em São Paulo: Guarapiranga, Cantareira, Alto Tietê , Rio
Grande, Rio Claro, Alto e Baixo Cotia.
“Alguns estão lotados de água. O Guarapiranga está com 76%. E a Billings, que passa 4
metros por segundo pelo braço Taquacetuba, está mais cheia ainda. É desigual. Um
sistema está mais baixo e outro está mais alto. Essa integração dos sete sistemas que
passou a ser feita é uma grande segurança”, afirmou.
O governador disse que a outra estratégia é a integração de bacias. “Quando chove,
chove demais. Quando faz seca, faz seca de demais. E até simultaneamente. Qual o
caminho para diminuir a vulnerabilidade? É integrar as bacias. Integrando bacias,
aumenta a capacidade de reservação”, disse.
Questionamento – Durante a inauguração desta quarta-feira, o vereador Cleson Alves
de Sousa (PT) quis saber do governador Alckmin qual será a contrapartida para Rio
Grande da Serra após a obra para retirada da água.
Segundo ele, a obra tirou a fonte de lazer da população local, mudou o curso do rio e
provocou a morte de animais. “O que Rio Grande da Serra vai ganhar com isso?”,
questionou. “Nós vamos te responder depois”, afirmou o governador. Sousa insistiu
outras vezes durante a visita e discutiu com seguranças do governador.
Prêmio A Câmara dos Deputados anunciou na semana passada que o governador
Geraldo Alckmin vai receber o Prêmio Lúcio Costa de Mobilidade, Saneamento e
Habitação 2015. A indicação foi feita pelo deputado federal João Paulo Papa (PSDB-SP).
Segundo o político, “a indicação do governador ocorreu pelo fato de ele governar o
estado brasileiro que mais se aproxima da universalização do saneamento”.
Alckmin disse que vai a Brasília receber o prêmio e que ele é “modestia à parte,
merecido”. “O prêmio não é para mim, mas para toda população de São Paulo, e ao
esforço feito pela Secretaria de Recursos Hídricos e pela Sabesp”, disse. Alckmin
comentou nesta quarta-feira a petição pública que pede que o prêmio não seja
entregue a ele. “Já estou acostumado. A vida pública é uma luta política 24 horas. Por
mais que você faça, quem é do contra vai sempre falar mal. Isso faz parte.”
O governador afirma que várias medidas foram adotadas para contornar a crise. Além
das obras, ele cita a adoção de um bônus na conta de água para quem economiza, a
multa para quem aumenta o consumo e a interligação entre sistemas em
determinados bairros para desafogar o Sistema Cantareira.
Metas já na mesa levam o mundo a 2,7 graus
Vamos primeiro à boa notícia: os planos apresentados pelos maiores emissores do
mundo para a conferência de Paris já conseguiram tirar o planeta do rumo de aquecer
3,1oC até o final do século, segundo o grupo mais respeitado do mundo nesse tipo de
análise. A má notícia é que agora estamos rumando para 2,7oC – ainda distantes da
meta de limitar o aquecimento a 2oC.
Mais preocupante ainda: segundo o Climate Action Tracker, um estudo realizado por
quatro think-tanks europeus, se a conferência de Paris não bater o martelo sobre
revisões quinquenais que aumentem a ambição das metas, os 2oC estarão
praticamente fora de alcance. E a proposta de limitar o aquecimento a 1,5oC, pleito
das nações-ilhas do Pacífico, estará de vez fora do baralho.
A análise foi divulgada nesta quinta-feira (1o de outubro), final do prazo informal para
que os países-membros da Convenção do Clima das Nações Unidas registrassem seus
pleitos. Conhecidos como INDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas
Pretendidas), esses planos detalham quanto cada país pretende cortar de suas
emissões, em que prazo (2025 ou 2030) e como pretende se adaptar a mudanças
inevitáveis no clima.
O Climate Action Tracker, que tem entre seus autores principais a brasileira Márcia
Rocha, da Climate Analytics, analisou as INDCs de 19 grandes poluidores, que
respondem juntos por 77% das emissões do planeta. A INDC do Brasil registrada na
última segunda-feira (28/9), foi incluída na análise. O compromisso da Índia (redução
de intensidade de carbono do PIB de 33% a 35% até 2030) ainda não havia sido
apresentado quando o estudo foi divulgada, então o Tracker usou informações
anteriores sobre o gigante asiático.
A conclusão principal é que as INDCs ajudam a reduzir o buraco na conta do clima.
Apenas com as políticas em curso nesses 19 países (incluindo a União Europeia,
tratada como um único país), o mundo esquentaria em média 3,6oC até 2100. Quando
incluídas as INDCs, a média de aquecimento cai para 2,7oC. Ou seja, as promessas dos
países “resfriam” o planeta em quase 1oC comparado a não fazer nada além do que já
se faz.
Isso significa que, em 2025, as emissões globais seriam de 52 a 54 bilhões de toneladas
de CO2, crescendo para 53 a 55 bilhões em 2030. O hiato para atingir os 2oC, nesse
cenário, seria de 11 bilhões a 13 bilhões de toneladas de CO2 em 2025 (para
comparação, o Brasil emite hoje 1,6 bilhão de toneladas), crescendo rapidamente para
15 bilhões a 17 bilhões em 2030. Isso porque, quanto mais demorarmos para cortar
emissões, maior fica a conta climática, exigindo cortes mais abruptos em menos
tempo.
Para 1,5oC a brecha fica praticamente impossível de fechar: 21 bilhões de toneladas de
CO2 pelo menos.
Segundo o Tracker, é fundamental, portanto, que os ciclos de revisão do acordo de
Paris sejam de cinco anos. Assim será possível ajustar mais rapidamente a ambição,
para não perder os 2oC de vista.
O Brasil entra bem posicionado nesse quesito, já que apresentou uma meta para 2025
de 37% de redução em relação a 2005, mais uma meta indicativa de 43% para 2030.
A INDC brasileira foi qualificada como “média” pelo Climate Action Tracker. Isso
significa que ela só é compatível com uma trajetória de 2oC se outros países
turbinarem suas propostas.
Além do Brasil, outros sete países tiveram suas metas qualificadas como “médias”,
incluindo China, EUA e UE. Outras oito INDCs foram consideradas “inadequadas”,
incluindo Austrália, Coreia do Sul, África do Sul, Rússia e Japão. Apenas duas –
Marrocos e Etiópia – tiveram o nível adequado de ambição, embora esses dois países
respondam, juntos, por apenas 0,35% das emissões mundiais.