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Sa úde Caderno E e bem- estar [email protected] MANAUS, DOMINGO, 20 DE MAIO DE 2012 (92) 3090-1017 Saúde e bem-estar E6 TAB: Transtorno Afetivo Bipolar Família feliz é família saudável Andar de bicicleta, correr e até as simples brincadeiras entre pais e filhos são excelentes alternativas para manter a saúde em dia C ada vez mais, pessoas têm aderido a um estilo de vida mais saudável com a prá- tica regular de exercícios físicos e alimentação equili- brada. E, quando praticadas em família, as atividades ao ar livre podem se tornar ain- da mais prazerosas. “Desde o início do ano faço passeios de bicicleta com a minha filha de nove anos e, além do exercício físico, a ativi- dade conjunta estreitou ainda mais nossos laços afetivos”, afirma o ana- lista de sistema Paulo Rogério Souza Albu- querque. Já nos seus 40 anos há oito meses Paulo começou a pedalar diariamente, a princípio como alternativa de um meio transporte mais rápido. Logo que adquiriu sua “magrela”, uma das pri- meiras medidas do iniciante foi procurar orientação com pessoas mais experientes na modalidade, como o grupo Pedala Manaus. “Além de ressaltar os bene- fícios que o hábito de andar de bicicleta traz para a saúde, o grupo frisa a importância de todo ciclista andar com equipamentos de segurança”, comenta Paulo. Noções de rit- mo, regras de trânsito, entre outros cuidados também fa- zem parte da disciplina do bom ciclista. Rotina mais saudável São, em média, 20 quilôme- tros diários percorridos entre a casa e o trabalho do analista de sistemas, que gasta 40 mi- nutos pedalando em cada tre- cho. “Me sinto melhor agora, mais magro e mais disposto. Andar de bike é uma atividade muito prazerosa”, diz o entu- siasta da prática. Nas terças, quintas e aos finais de semana Paulo parti- cipa da programação do Pe- dala Manaus. “Por enquanto só eu e minha filha, mas já estamos providenciando para que minha esposa também entre nesse ritmo de vida mais saudável”, completa. Paulo Albuquerque revela que passou dos 96 para os 82 quilos, somente com a ati- vidade sobre rodas, somada a uma alimentação mais rica em frutas e verduras. “Além de mim, a minha pequena Luiza e minha querida Gilmara Arouca passamos a ter uma qualidade de vida melhor, galgada na prática de exercícios físicos Pegando carona no su- cesso dos adesivos para carros da “Família Feliz”, e também estimulando há- bitos de vida mais saudá- veis no convívio familiar, a Sociedade Brasileira de Hipertensão, apoiada pelo Ministério da Saúde, So- ciedade Brasileira de Car- diologia e Sociedade Brasi- leira de Nefrologia, lança a campanha nacional “Famí- lia Menos Pressão”. De acordo com a pre- sidente da SBH, Maria Cláudia Irigoven, estudos atuais apontam que rotinas familiares podem trazer vários benefícios para a saúde, como manter corpo e mente em dia, cultivando ainda o bom relacionamen- to dentro de casa. O objetivo da campanha é alertar a população sobre os riscos da hipertensão, bem como prevenir a do- ença por meio de hábi- tos saudáveis. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as Doenças Crônicas Não Transmis- síveis (DCNT), inclusive a hipertensão, são respon- sáveis por 59% dos óbitos no mundo, chegando a 75% das mortes nos países das Américas e Caribe. Dados do Ministério da Saúde apontam ainda que a doença atinge mais de 50% das pessoas na ter- ceira idade, estando pre- sente em 5% das crianças e adolescentes brasileiros e sendo responsável por 40% dos casos de infartos, além de 80% dos acidentes vascular cerebral (AVC) e 25% dos casos de insufi- ciência renal. A principal ação da ini- ciativa é ditribuição de adsivos da nova família feliz, que em vez de ficar parada estará em movi- mento, ilustrando alguma prática de atividade física realizada em família. Campanha contra hipertensão Hábitos saudáveis em família é alvo de campanha nacional Para a pequena Luiza Arouca, de 9 anos, andar de bicicleta é um esporte divertido e saudável Paulo ensina a filha desde novinha a ter uma alimentação saudável e praticar exercicios físicos FOTOS: ARQUIVO PESSOAL ALITA MENEZES Equipe EM TEMPO

Saúde - 20 de maio de 2012

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Saúde - Caderno de saúde do jornal Amazonas EM TEMPO

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SaúdeCa

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e [email protected], DOMINGO, 20 DE MAIO DE 2012 (92) 3090-1017

Saúde e bem-estar E6

TAB: Transtorno Afetivo Bipolar

Família feliz é família saudável Andar de bicicleta, correr e até as simples brincadeiras entre pais e fi lhos são excelentes alternativas para manter a saúde em dia

Cada vez mais, pessoas têm aderido a um estilo de vida

mais saudável com a prá-tica regular de exercícios físicos e alimentação equili-brada. E, quando praticadas em família, as atividades ao ar livre podem se tornar ain-da mais prazerosas. “Desde o início do ano faço passeios de bicicleta com a minha fi lha de nove anos e, além do exercício físico, a ativi-dade conjunta estreitou ainda mais nossos laços afetivos”, afi rma o ana-lista de sistema Paulo Rogério Souza Albu-querque.

Já nos seus 40 anos há oito meses Paulo começou a pedalar diariamente, a princípio como alternativa de um meio transporte mais rápido. Logo que adquiriu sua “magrela”, uma das pri-meiras medidas do iniciante foi procurar orientação com pessoas mais experientes na modalidade, como o grupo Pedala Manaus.

“Além de ressaltar os bene-fícios que o hábito de andar de bicicleta traz para a saúde, o grupo frisa a importância de todo ciclista andar com equipamentos de segurança”, comenta Paulo. Noções de rit-mo, regras de trânsito, entre outros cuidados também fa-zem parte da disciplina do bom ciclista.

Rotina mais saudávelSão, em média, 20 quilôme-

tros diários percorridos entre a casa e o trabalho do analista de sistemas, que gasta 40 mi-nutos pedalando em cada tre-cho. “Me sinto melhor agora, mais magro e mais disposto. Andar de bike é uma atividade muito prazerosa”, diz o entu-siasta da prática.

Nas terças, quintas e aos fi nais de semana Paulo parti-cipa da programação do Pe-dala Manaus. “Por enquanto só eu e minha fi lha, mas já estamos providenciando para que minha esposa também entre nesse ritmo de vida mais saudável”, completa.

Paulo Albuquerque revela que passou dos 96 para os 82 quilos, somente com a ati-vidade sobre rodas, somada a uma alimentação mais rica em frutas e verduras. “Além de mim, a minha pequena Luiza e minha querida Gilmara Arouca passamos a ter uma qualidade de vida melhor, galgada na prática de exercícios físicos

Pegando carona no su-cesso dos adesivos para carros da “Família Feliz”, e também estimulando há-bitos de vida mais saudá-veis no convívio familiar, a Sociedade Brasileira de Hipertensão, apoiada pelo Ministério da Saúde, So-ciedade Brasileira de Car-diologia e Sociedade Brasi-leira de Nefrologia, lança a campanha nacional “Famí-lia Menos Pressão”.

De acordo com a pre-sidente da SBH, Maria Cláudia Irigoven, estudos atuais apontam que rotinas familiares podem trazer vários benefícios para a saúde, como manter corpo e mente em dia, cultivando ainda o bom relacionamen-to dentro de casa.

O objetivo da campanha é alertar a população sobre os riscos da hipertensão, bem como prevenir a do-ença por meio de hábi-tos saudáveis. Segundo a

Organização Mundial de Saúde (OMS), as Doenças Crônicas Não Transmis-síveis (DCNT), inclusive a hipertensão, são respon-sáveis por 59% dos óbitos no mundo, chegando a 75% das mortes nos países das Américas e Caribe.

Dados do Ministério da Saúde apontam ainda que a doença atinge mais de 50% das pessoas na ter-ceira idade, estando pre-sente em 5% das crianças e adolescentes brasileiros e sendo responsável por 40% dos casos de infartos, além de 80% dos acidentes vascular cerebral (AVC) e 25% dos casos de insufi -ciência renal.

A principal ação da ini-ciativa é ditribuição de adsivos da nova família feliz, que em vez de fi car parada estará em movi-mento, ilustrando alguma prática de atividade física realizada em família.

Campanha contra hipertensão

Hábitos saudáveis em família é alvo de campanha nacional

Para a pequena Luiza Arouca, de 9 anos, andar de bicicleta é um esporte divertido e saudável

Paulo ensina a fi lha desde novinha a ter uma alimentação saudável e praticar exercicios físicos

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

ALITA MENEZESEquipe EM TEMPO

DIVULGAÇÃO/STCK

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE MAIO DE 2012E2 Saúde e bem-estar

Uma doença cerebral dege-nerativa progressiva, que tem como consequência principal a demência em idosos, começan-do a se manifestar na idade adulta e vai progredindo. Calcu-la-se que, hoje afeta mais de 37 milhões de pessoas no mundo. Aos 65 anos, 1,4 % das pessoas desenvolvem um quadro demen-cial; a porcentagem dobra a cada cinco anos. Os distúrbios iniciais referem-se à memória, o individuo começa a apresentar dificuldades para se lembrar de fatos recentes. O sintoma da amnésia vem acompanhando pela desorientação no tempo e no espaço, e pode permanecer durante longo tempo como úni-co sintoma da doença. Natural-mente, a correlação não pode ser feita com pequenos distúr-bios de memória provocados por cansaço físico e mental tão frequente em nossos dias.

Como se sabe, a moléstia de Alzheimer é progressiva e em dois ou três anos, aparecem os sinto-mas. Além da memória, há perda da parte cognitiva, difi culdade de julgamento e de compreensão, raciocínio lento e difícil, etc.

Com o desenvolvimento dos

sintomas cognitivos notam-se, por acréscimo, os sintomas emocionais caracterizados por ansiedade e depressão, rela-cionados naturalmente com as dificuldades que o paciente vem notando em si mesmo. O quadro psicológico é igualmente evolu-tivo com aparecimento de aluci-nações em pequeno número de pacientes. Um desafio para os profissionais médicos.

Alta incidência de Alzheimer estimula pesquisa sobre a do-ença que chega a 25% dos idosos com mais de 85 anos de idade. Com o aumento da expectativa de vida, os casos da doença devem aumentar nas duas próximas décadas.

É interessante notar que uma moléstia tão bem descrita, com quadro clínico e patológico tão bem definido, não apresente ainda um fator etiológico defi-nido. Existem hoje vários grupos de estudiosos preocupados em definir a etiologia da doença, investimento em pesquisas. As-sim há a forte possibilidade de um agente vírico, como também o de um distúrbio metabólico ou ainda de uma alteração gené-tica, entre os fatores que são

considerados pelos cientistas.Mas o diagnóstico precoce não

basta. É preciso desenvolver méto-dos efi cazes para prevenir ou frear o desenvolvimento da doença.

O desafi o agora, diante da gravidade desta enfermidade é mais pesquisas, para desenvol-ver métodos efi cazes para pre-venir ou frear o desenvolvimento da doença. A prevenção ainda é um dos fatores mais importantes para a segurança do povo.

Novas esperanças, o Sistema Único de Saúde passa a distri-buir um medicamento que pode retardar a evolução da doença que afeta pelo menos 5% dos idosos. Embora seja longe de representar a cura o medica-mento pode melhorar a atividade cerebral e o desempenho do idoso nas questões de memórias e de locomoção. A outra notícia são as recentes descobertas divulgadas pelos cientistas na Espanha, que estão aproximando-se dos Astró-citos, células, mas presente nos cérebro e tem importante papel no desenvolvimento do Alzhei-mer. Eles interferem na formação da doença (processo infl amató-rio). Esperamos que sejam os cientistas da cura.

A moléstia de Alzheimer

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Humberto Figliuolo

Humberto Figliuolo,

Farmacêutico

EditoraVera [email protected]

RepórteresAlita MenezesCamila Henriques

DiagramaçãoMarcelo Robert

RevisãoMarco Adolfs Dernando Monteiro

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Sabe quando a saúde parece estar perfeita, mas vez ou outra vem aquela fraqueza ou fadiga para realizar as atividades corriqueiras? Pois é, além dessa falta de ânimo, as incômodas cãimbras musculares, a constipa-ção intestinal e a dor abdominal podem ser sinais de falta de potássio no organismo. O consumo regular de tomate, banana, espinafre, sardinha e frutas cítricas podem auxiliar no combate dessa carência, conhecida como hipocalemia. A ingestão adequada para adultos é de 4.700 miligramas por dia.

Dê um ‘tchau’ para fadiga e cãimbras musculares

Substituir os alimentos processados pelos equivalen-tes integrais é uma recomendação comum para uma nutrição saudável, pois possibilita melhor aproveita-mento dos nutrientes que são preservados quando o processo de refi no não é aplicado. Além disso, a inclusão de alimentos integrais em planos alimentares para redução de peso, também é importante, principalmente pela retenção do conteúdo de fi bras que, entre outros benefícios, prolongam a saciedade. Entre os principais alimentos integrais estão: arroz integral, açúcar masca-vo, sal marinho, farinha de trigo integral e os cereais matinais, como a aveia em fl ocos, farelo de trigo, farelo de aveia, fl ocos de arroz e fl ocos de milho.

O Alzheimer atinge 25% dos idosos acima de 85 anos e a expectativa é que, com o aumento da expectativa de vida, esse número do-bre em duas décadas

As relações da medicina com a compreensão mítica da realidade se perderam no tempo. É impos-sível separar as idéias míticas do entendimento do homem sobre a saúde e a doença. Esse fato se deve ao apoio oferecido pelo mito como forma de conheci-mento nas sociedades que ainda não conseguem explicar as con-tradições da saúde e da doença de outra forma. Das primitivas relações do homem com o ani-mal, posteriormente substituídas pelas relações com a terra, surgiu empiricamente o uso das plantas na busca da saúde.

A utilização do vegetal, indis-pensável para a sobrevivência do homem, se processou em com-plexa compreensão mítica, que foi marcada pelas explicações que se sucederam nos milênios sobre a origem primeira e do destino fi nal do ser humano. Ape-sar da melhor compreensão que temos hoje da transformação do pensamento mítico, a difi cul-dade da interpretação aumenta na proporção que recuamos no tempo. Entretanto, parece ser a partir do século 6 a.C. e da Grécia que chegou a nós material histo-riográfi co sufi ciente para traçar, com alguma segurança, um perfi l da medicina da mitologia.

Os registros históricos que se

ocupam da medicina na mitolo-gia grega são, provavelmente, o produto das complexas rela-ções do homem que antecedeu a formação do pensamento grego. É possível estabelecer certo paralelismo entre muitos aspectos das relações médico-míticas das civilizações babilô-nica, egípcia e indiana com as da Grécia antiga.

De acordo com a mitologia grega, a medicina começou com Apolo, fi lho da união de Zeus com Leto. Inicialmente, conside-rado como o deus protetor dos guerrilheiros. Posteriormente, foi identifi cado como Aplous, aquele que fala verdade. Um dos seus fi lhos, Asclépio recebeu educação do centauro Quiron para ser médico. A escolha do centauro foi feita porque ele do-minava o completo conhecimen-to da música, magia, adivinhações, astronomia e da medicina.

Para os gregos daquela época, Asclépio divinizou a medicina na mitologia. Ele era celebrado em grandes festas públicas no dia 18 de outubro, data em que até hoje se comemora o dia do médico no Ocidente. Mais cirurgião do que médico, ele criou as tiras, as ligaduras e as tentas para drenar as feridas. Asclépio deixou duas fi lhas, Hígia e Panaceia, a pri-

meira foi celebrada como a deusa da medicina e a segunda curava todos os doentes com os segre-dos das plantas medicinais. Além delas, teve dois fi lhos, Machaon e Podalírio, médicos guerreiros que se destacaram na guerra de Troia. Panaceia continuou a li-nhagem de médicos que começou com Apolo, fazendo do seu fi lho Hipocoonte um médico famoso e ancestral de Hipócrates.

O simbolismo da serpente com a medicina já estava presente na civilização babilônica, dez séculos antes da formação da polis grega. Existem várias explicações para a relação da medicina com a serpente. As mais conhecidas são: a serpente pode viver em cima e embaixo da terra, atuando como mediador entre os dois mundos e a capacidade da serpente de mudar a sua pele de tempos em tempos, encenando o renasci-mento. Essa última interpretação está relatada no Rig Veda (1.791), no qual os Adityas são descritos como os descendentes das ser-pentes e ao perderem a pele velha adquiriram a imortalidade.

Seja qual tenha sido a razão que levou o homem, no passado, a estabelecer um elo da serpente com a medicina, provavelmente estava relacionada com a luta pela sobrevivência.

Medicina na mitologia grega

João Bosco [email protected]

João Bosco Botelho

A medicina e a mitologia foram relacio-nadas em vá-rios povos da antiguidade, mas na mi-tologia grega ganhou teorias defendidas ainda hoje

João BoscoBotelho,

Doutor Honoris Causa na França

PERSONAL FITNESS

Integralmente favoráveis à alimentação saudável

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Page 3: Saúde - 20 de maio de 2012

MANAUS, DOMINGO, 20 DE MAIO DE 2012 E3Saúde e bem-estar

Cuidado de mãe para filho

Especialmente para gestantes

A academia Atala, locali-zada no conjunto Vieiralves, Zona Sul de Manaus, prepa-rou uma semana com aulas especiais e gratuitas para queimar as calorias indese-jadas das mães e convidadas dos alunos da academia.

Na última quinta-feira (10), a academia levou os professores do Centro de Convivência do Idoso, Taner Teixeira e George Barreto, para realizar a aula denomi-nada “Village People”.

A coordenadora do pro-grama, professora Luciany Pacheco, 30, informa que em todas as datas especiais, como foi o Dia das Mães, a academia realiza um traba-lho recreativo e de condicio-namento para os convida-

dos. Segundo ela, em apenas uma aula é possível perder entre 800 a 900 calorias.

“Além de fazermos uma grande confraternização en-tre nós, ainda, estimulamos a prática da atividade física. Durante uma semana, nos-sos convidados participam de aulas na academia de forma gratuita. Na aula direcionada às mães, os professores traba-

lharam exercícios aeróbicos para ganharmos mais condi-cionamento”, ressalta.

Mãe e filha A jornalista Dorrie Omena,

45, foi uma das convidadas da filha, a universitária Tainá Omena, 27, que já malha na academia, para participar da semana em homenagem as mães. Ela conta que faz ca-minhada regularmente, mas após praticar as aulas, sentiu a necessidade de frequentar a academia.

“Depois de passar uma semana frequentando a academia, percebi o quanto melhorou a minha disposi-ção. Vou administrar meus horários para que possa re-tornar a prática de atividade física regularmente na Atala. Aproveitei bastante a opor-tunidade”, afirma.

ACADEMIA

A estudante Tainá e sua mãe Dorrie Omena participaram da programação especial da Atala

Seja de primeira viagem ou até as mais experientes, as grávidas merecem atenção especial quando se fala em alimentação. Mamães, digam adeus às frituras e um olá para as frutas!

Os nove meses de gravidez são de muito cuidado com a saúde, tanto da

mãe quanto do bebê. Afinal, não é todo dia que chega uma vida nova. Portanto, a alimentação da gestante é algo que deve ser observado de perto, e, se possível, com auxílio de um nutricionista.

Além dos enjoos, mudanças de humor e transformações corporais, a gravidez traz novas preocupações para a mulher no que diz respeito à alimentação. A hora é de deixar os hábitos não muito saudáveis de lado e dar iní-cio a uma dieta balanceada, feita especialmente para dar força à mamãe nesse mo-mento tão especial.

De acordo com a nutri-cionista Eliana Rodrigues, uma atitude que deve ser tomada de imediato é tirar o saleiro da mesa. “A ges-tante deve evitar o sal, um verdadeiro inimigo de quem sofre com a hipertensão e que pode desencadear esse problema em quem ainda não tem”, alerta.

Ao todo, a mulher deve fazer seis refeições diárias, sem pular nenhuma e com atenção especial no café da manhã e no almoço. “No jantar, ela pode tomar um

mingau ou uma sopa, e antes de dormir ainda deve fazer uma ceia. Nos lanches entre as refeições, o recomendado é que ela coma coisas leves como frutas. Também re-comendamos que ela coma alimentos da Região Norte, como açaí, tucumã e cupua-çu, que são ricos em nutrien-tes e previnem doenças. Não esquecendo que a gestante também deve tomar muita água”, afirma.

Outros alimentos que são necessários na dieta dos nove meses de gravidez são car-nes, ovos, leites e derivados – ou seja, alimentos de alto valor biológico, como afirma a nutricionista Socorro Car-valho. Embutidos (presuntos de suínos, queijos proces-sados, salsichas, calabresas e salgadinhos industrializa-dos), frituras, bebidas alco-ólicas e refrigerantes devem passar longe da dieta.

DIVULGAÇÃO/STCK

Uma dúvida comum entre as gestantes é: a mãe pode voltar à alimentação que tinha antes da gravidez?

Segundo as nutricio-nistas, ela deve conti-nuar com a dieta pelo menos durante o perí-odo de amamentação, geralmente, seis meses após o nascimento.

E, quanto ao ganho de peso, há um pa-drão? “Não é normal engordar em demasia, o ideal é entre 9 e 12 quilos, exceto em gra-videz gemelar, quando a tolerância sobe para 14 quilos”, responde.

O excesso do ganho de peso na gravidez pode desencadear pro-blemas sistêmicos que podem por em risco a vida do bebê e também da mãe.

“Não existe o risco da gestante engordar se ela seguir à risca a dieta recomendada”, encerra Eliana Rodrigues.

Seis meses após o nascimento

CAMILA HENRIQUESEquipe EM TEMPO

Uma alimentação equilibrada garante a saúde da mãe e do bebê

HUDSON FONSECA

Dieta para combater as rugas

Além de deliciosos alguns alimentos têm propriedades que po-dem prevenir o enve-lhecimento precoce, regenerando os tecidos e combatendo o resseca-mento ou o excesso de oleosidade da pele. Co-nheça alguns alimentos que vão deixar sua pele com um aspecto mais saudável, começando pela cenoura. O ácido lipóico, presente em sua composição, dá uma re-vitalizada geral no rosto e, de quebra, ajuda na hora de pegar uma cor. As frutas vermelhas são eficientes em combater os radicais livres, mesmo consumidas na forma de polpa congelada.

Rico em manganês, o abacaxi tem bromelina, que colabora para com-bater acne, alergias e ou-tros terrores do gênero. Além disso, fortalece o colágeno e as fibras de elastina dos tecidos. As uvas, por sua vez, se des-tacam pela ação laxativa e diurética, estimulando as funções do fígado. E, por último, mas não me-nos importante temos a soja, composta de um hormônio vegetal seme-lhante ao estrógeno, que evita o ressecamento.

PELE BONITA

AURIANE CARVALHOEquipe EM TEMPO INCENTIVO

Nas datas comemora-tiva a academia Atala realiza campanhas de incentivo à prática de atividades físicas como maneira de melhorar a qualidade de vida não só de seus alunos, mas de toda família

AMAZÔNICOSAs futuras mamães amazonenses podem encontrar nos alimen-tos da Região, como o açaí, o tucumã e o cupuaçu, fonte de nutrientes essenciais para evitar doenças durante a gestação

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E4 Saúde e bemestar MANAUS, DOMINGO, 20 DE MAIO DE 2012

Problema do intestino pode ser má alimentaçãoA sensação de queimação no estômago e inchaço, após as refeiçoes, nem sempre é sinal de problema mais sério

Resultado de uma série de agressões estoma-cais, a gastrite está no topo das reclamações

gastrointestinais, sendo de-sencadeadas principalmente pela alimentação desequi-librada. Existem alguns ali-mentos que são naturalmente mais difíceis de digerir, como frituras, alimentos gorduro-sos, doces concentrados, cho-colate, condimentos fortes e outros. “Cada pessoa reage de maneira diferente ao fazer certas refeições e o ideal é que se evite os alimentos que pro-vocam a má digestão”, com-pleta o cirurgião do aparelho digestivo Sidney Chalub.

Ele explica que a gastrite é uma inflamação da ca-mada de tecido que recobre o estômago, que age como um forro resistente à acidez intensa, se manifestando quando o mesmo é sobre-carregado, principalmente por alimentos que apresen-tam pH extremamente bai-xo. Queimação, azia, dor na parte superior do estômago, náuseas, empanzinamento e arrotos são os sintomas mais comuns da gastrite.

“Nem sempre os sintomas de má digestão são sinais de gastrite e somente exames

específicos podem dar esse diagnóstico”, co-

menta Sidney. Se-gundo o espe-

cialista, outro problema que norteia o as-sunto é a au-tomedicação,

que camufla sintomas de do-

enças mais sérias.

“A recomendação é que em nenhum dos casos se tome remédio algum, sem a confi rmação de um médico, incluindo os caseiros”, fri-sa o cirurgião do aparelho digestivo. O diagnóstico da gastrite é realizado através da endoscopia digestiva alta, que permite a visualização de toda a mucosa do estômago e a realização de biópsias que permitem o diagnóstico histológico da doença.

Pacientes de riscoDeve-se chamar a atenção

para os pacientes com mais de 55 anos e naqueles com sinais de alarme como sangramento, anemia, perda de peso não intencional, vômito persisten-te, história familiar prévia de câncer gastrointestinal. Esse grupo de paciente deve rea-lizar a endoscopia digestiva em caráter de urgência, para a exclusão de gastrite he-morrágica, úlceras e câncer de estômago. “O diagnóstico da infecção por Hpylori também pode ser realizado por meio do exame de fezes, de testes res-piratórios e exames de sangue”, completa Sidney.

Ele recomenda que antes do tratamento medicamentoso o pa-ciente que sofre de gastrite procu-re mudar sua rotina alimentar. Os medicamentos pró-cinéticos podem ajudar na digestão e os inibidores da acidez são efi cientes para combater a dor e a queimação do estômago.

“É muito mais fácil dige-rir pequenas quantidades de alimentos que o contrário. A recomendação é fazer refeições menores, mais vezes ao dia. Além disso, observe e tente eliminar as situações que provocam nervosis-mo ou aquelas “difíceis de en-golir””, aconselha o médico.

ALITA MENEZESEquipe EM TEMPO

O estresse também pode desencadear crises de gastrite nervosa

A gastrite não é uma doença única, sendo resul-tado fi nal de diversos tipos de agressão ao estômago, podendo ser classifi cada como aguda e crônica. A gastrite aguda, geralmen-te é causada pelo estres-se, nessa situação o corpo aumenta a produção de adrenalina e, consequen-temente, de ácido clorídri-co, que em excesso agride a parede do estômago.

Já a gastrite crônica pode ser provocada pelo con-

sumo frequente de álcool, pelo uso prolongado de medicamentos antiinfl a-matórios, como ácido ace-tilsalicílico, por exemplo, ou mesmo pela presença da bactéria Helicobacter pylo-ri, que costuma se instalar em ambientes ácidos como o estômago, principalmen-te quando a alimentação não anda muito bem. A Hpylori é transmitida atra-vés da saliva, alimentos crus, podendo causar até mesmo úlcera.

Duas causas e um só problema

O consumo de álcool agrava os sintomas da gastrite crônica

FOTOS: DIVULGAÇÃO/STCK

comuns da gastrite.“Nem sempre os sintomas

de má digestão são sinais de gastrite e somente exames

específicos podem dar esse diagnóstico”, co-

menta Sidney. Se-gundo o espe-

cialista, outro problema que norteia o as-sunto é a au-tomedicação,

que camufla sintomas de do-

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E5Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 20 DE MAIO DE 2012

58% da população com mais de 65 anos sofre de doenças reumáticas, mas não se engane, qualquer pessoa pode sofrer com as dores da bursite

A dor é insuportável e qualquer movimento é motivo de reclama-ção, sufi ciente para

impossibilitar a pessoa de fazer qualquer coisa. Quem sofre de doenças reumáticas, como a bursite, a tendinite e a artrite, sabe bem o que é isso. Uma alcunha que acompanha essas “ites” é a de “doença de velho”. Porém, ao contrário do que se imagina, as doen-ças reumáticas podem atingir pessoas de qualquer idade, apesar de, em sua maioria, afetar indivíduos com mais de 65 anos (em um índice que chega a 58%).

A médica-reumatologista Maria do Socorro Albuquer-que confi rma que as doenças que comprometem o sistema musculoesquelético são con-sideradas causa importante de incapacidade em todo o mundo. “Algumas delas, como artrite reumatoide, osteartro-se, osteoporose e as afecções da coluna têm repercussões econômicas maiores que as outras enfermidades crônicas, como as doenças cardiovascu-lares e o câncer”, aponta.

As doenças reumáticas po-dem incluir um grupo de mais de 150 síndromes e enfermi-dades. “Podemos classifi car as doenças reumáticas em grupos: reumatismos extra-articulares (como a bursite, tendinite etc.), doenças difu-sas do tecido conjuntivo (ar-trite reumatoide, lúpus etc),

vasculites, osteoporose, fi bro-mialgia etc..”, exemplifi ca.

E, nada de confundir a bur-site com problemas físicos com as Lesões por Esforço Repetitivo (LER), que não são consideradas doenças. “Na re-alidade, representam um gru-po de afecções do sistema musculoesquelético (tendão, nervo, músculo, ligamento, bolsa sinovial, osso, articula-ção, disco intervertebral, en-

tre outras estruturas) que são decorrentes de sobrecargas mecânicas”, desmistifi ca.

Esse tipo de lesão é re-conhecida como parte dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort). O que isso significa? São alterações do aparelho locomotor provocadas por atividades do trabalho de-vido à sobrecarga de deter-minado grupo muscular e/ou atividades laborais que exi-gem da pessoa a realização de tarefas em condições que não são ergonômicas.

CAMILA HENRIQUESEquipe EM TEMPO

Se não tratadas corretamene as

doenças reumáticas e as causadas por esforço repetitivo

podem incapacitar a pessoa de trabalhar

Maria do S. Albuquerque, médica reumatologista

Dor profunda ou difusa, movimentação limitada e crepitação estão entre os sintomas mais comuns dos distúrbios articulares

Existem mais de 150 manifestações das doenças reumáticas

Como diferenciar as lesõesPara poder ser fi rmado

o diagnóstico de Dort, faz-se obrigatório considerar a análise do ambiente de trabalho e a exclusão de diversas possiblidades etiológicas”, explica a mé-dica-reumatologista Maria do Socorro Albuquerque.

Já a bursite nada mais é que a infl amação da bursa, um saco de paredes fi nas revestido de tecido sinovial. A função dessa “bolsa” é fa-cilitar o movimento dos ten-dões e dos músculos sobre as proeminências ósseas.

A bursite pode ser cau-sada por traumatismos, doenças sistêmicas, in-fecção ou uso excessivo de determinada parte do

corpo, como o ombro, ponto mais comum atingido pela doença. Seja um distúrbio resultante dos chamados “ossos do ofício”, ou uma doença reumática de fato, o aparecimento dos sinto-mas dependem do tecido afetado, do segmento cor-poral envolvido e da in-tensidade da agressão que resultou nesse problema.

“Em geral os distúrbios articulares podem ser ca-racterizados por dor pro-funda ou difusa, amplitu-de de movimento limitada durante a movimentação ativa e passiva, bem como tumefação, crepitação, ins-tabilidade ou deformida-des”, enumera Socorro.

A bursite é causada por traumatismo ou doenças sistémicas

Mudança de comportamentoO tratamento desses

distúrbios musculoesque-léticos – sejam eles ocu-pacionais ou não – depende sempre da identifi cação e eliminação das causas, além de medicamentos e fi sioterapias. Em casos raros, o problema pode le-var à cirurgia. “A principal consequência, se as medi-das adequadas não forem

adotadas, é a cronicidade das lesões, promovendo so-frimento para o indivíduo e seus familiares, perda da capacidade para o trabalho e ônus para o empregador e Previdência Social. Todos perdem nesse cenário. A implementação de medi-das preventivas é a melhor atitude a ser adotada”, en-cerra a especialista.

A fi sioterapia auxilia no tratamento das doenças reumáticas

FOTOS: DIVULGAÇÃO/STCK

Doença de velho? Não é bem assim

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE MAIO DE 2012E6 Saúde e bem-estar

Personal Fitness ClubNÉLIO THAI - professor de muay thai

Vida saudável com artes marciaisCotoveladas, joelhadas,

chutes e socos. Calma e não se espante, não esta-mos falando de uma briga no meio da rua, mas do Muay Thai o famoso box tailandês que por ser considerado por algumas pessoas uma arte marcial agressiva, acaba assustando e escondendo os benefícios fascinantes.

Entre eles podemos citar uma maior flexibilidade, mús-culos mais definidos e menos gordurinhas – tudo isso em um treino para lá de agitado e claro sob a orientação de um profissional capacitado e filiado a CMTB (Confederação de Muay Thai do Brasil), já que os treinos começam com um aquecimento de corrida, polichinelos, saltos, alonga-mentos, flexões de braços, abdominais e agachamentos, o que já garante além do aque-cimento a queima de gorduras que pode variar a 600 a 800 calorias a cada uma hora.

Outra grande vantagem é

o aumento da autoestima, pois praticando um esporte de combate, a pessoa passa a se sentir mais segura e confiante, a sua autoestima melhora e ela exibe maior disposição para enfrentar os

desafios da vida, sem esque-cer é claro do aceleramento do metabolismo, pois o aluno faz esforços intensos e para conseguir realizá-los precisa de bastante energia.

Para quem busca o desen-volvimento ou a definição do

corpo o Muay Thai também desenvolve diversos músculos de uma só vez! Por trabalhar com muitos chutes e joelha-das, a modalidade oferece excelente desenvolvimento para os membros inferiores, glúteos e parte central, que compreende abdome e região lombar, claro, dependendo de cada programa você pode até trabalhar os músculos supe-riores, incluindo séries de exercícios especiais.

Os exercícios são funda-mentais para o estímulo à interação entre o Sistema Nervoso Central e o Aparelho Locomotor (ossos, músculos e articulações) o que propor-cionará esse desenvolvimen-to da coordenação motora, a partir da execução de socos com o seu braço não dominan-te, por exemplo, e bloqueio de chutes com a sua perna mais fraca. Uma prática onde o individuo só tem o que ga-nhar e que você encontra na Personal Fitnes Club.

Combatendo a bipolaridadeMuito se fala em transtorno bipolar, mas pouco se entende sobre essa doença de fato e as graves consequências que ela pode desencadear em quem não a percebe. Agressividade e alterações no comportamento estão entre os sintomas

Ela era adorada por muitos, tinha Oscars na prateleira, um marido famoso e era

dona de não uma, mas duas das personagens mais impor-tantes da história do cinema: Scarlett O’Hara, de “...E o Vento Levou”, e Blanche Du-bois, de “Uma Rua Chamada Pecado”. Mas, na intimidade, a atriz Vivien Leigh sofria em silêncio. Em meados dos anos 50, ela perdia a capacidade de controlar o seu humor, se irritava facilmente e lutava contra a falta de energia para continuar trabalhando.

O que se passava com Lei-gh? Naquela época, ninguém sabia. Porém, anos depois que a atriz faleceu (de tubercu-lose, em 1967), saíram mui-tas notícias documentando que ela padecia do chamado transtorno bipolar, e que essa doença foi a responsável pelo seu fim precoce. Além dela, várias personalidades sofre-ram – e ainda sofrem – com esse problema. A mais recen-te foi a roqueira Rita Lee, que admitiu em entrevista ao Fantástico ter sido diagnos-ticada como bipolar.

Segundo o psiquiatra William Capellazzo, o TAB (transtorno afetivo bipolar) é um problema complexo, por isso classificado em dois tipos: o Tipo I, onde estão presentes as modalidades clássicas de mania, que alternam com a de-pressão maior; e o Tipo II, que traz episódios de hipomania e depressão maior. O primeiro é mais comum, e afeta aproxi-madamente 1% da população

geral. “O TAB Tipo I é poten-cialmente mais grave, e pode vir acompanhado de sintomas psicótivos, como agitação, agressividade, perda da ca-pacidade de discernir o certo e o errado, além de alterações de comportamento e conduta inadequada”, enumera.

Apesar da imagem que a doença possui, o paciente bi-polar é uma pessoa comum, que pode constituir família e realizar as atividades do dia a dia sem problemas. O trans-torno geralmente começa a se manifestar aos 30 anos, tan-to para homens quanto para

mulheres. O indivíduo come-ça a experimentar períodos – que podem ir de semanas a meses – de depressão pro-funda, tristeza e até mesmo pensamentos suicidas. Outros abrem o quadro de sintomas com o episódio maníaco: fi-cam insones, com pensamen-to acelerado, tornam-se muito impulsivos, querendo iniciar diversas atividades, sem levar em questão qualquer plane-jamento prévio. Geralmente, aumenta a procura pelo sexo, pelo álcool e outras drogas, há maior interesse em fazer compras desnecessárias.

CAMILA HENRIQUESEquipe EM TEMPO

PROBLEMAEntre as causas da bipolaridade estão os fatores biológicos e genéticos, além de acontecimentos drás-ticos na vida, estres-se ambiental e parti-cularidades no humor e na personalidade

Estabilizadores de humor e medicamentos antipsicóticos fazem parte do tratamento do TAB

De acordo com Ca-pellazzo, o que se discute não é a cura, e sim o con-trole dos sintomas. “Ge-ralmente o tratamento é realizado com medi-camentos chamados es-tabilizadores do humor, junto a medicamentos antipsicóticos – asso-ciados à psicoterapia”, explica o psiquiatra.

Obedecer o trata-mento e seguir à risca o que o médico reco-menda é importante para que o TAB não se intensifique a ponto de desenvolver graves sintomas psicótico.

Raiz do problemaVárias causas são

atribuídas ao TAB. “Po-demos citar os fatores biológicos (associados à neuroquímica da des-regulação de neuro-transmissores), fatores genéticos (parentes de primeiro grau de pacien-tes com TAB tem de 8 a 18 vezes mais chance de desenvolver TAB) e fatores psicossociais (acontecimentos na vida e estresse ambiental). As causas que mais estão relacionadas com o TAB são os fatores genéti-cos”, conclui.

Controlando as crises psicóticas

DIVULGAÇÃO/STCK

BENEFÍCIOSA prática do Muay Thai favorece uma maior flexibilidade, musculatura mais definida, aumento da autoestima, sem falar no melhoramento da segurança com as téc-nicas de autodefesa

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MANAUS, DOMINGO, 20 DE MAIO DE 2012 E7Saúde e bem-estar

EstéticaNICÉA ARIE - Esteticista

Bronzeamento rápido e saudávelA maioria das mulheres

deseja manter durante todo o ano, aquela corzinha de ve-rão, a pele dourada como se tivesse acabado de passar o dia na praia ou piscina. Porém, é difícil por uma série de fatores, afinal o verão, até em Manaus, não dura o ano inteiro e mesmo que durasse as mulheres de hoje em dia dificilmente têm tempo para passar o dia pegando aquele bronze.

Há alguns anos, usava-se câmaras de bronzeamento, entretanto começaram a surgir inúmeros casos de câncer de pele, o que fez com que o seu uso fosse proibido. Para resolver essa questão, o bronzeamento artificial a jato tornou-se uma maneira segura de criar um bronze-ado com aparência natural

dourada, sem exposição ao sol e sem a incidência de raios UVA e UVB, que são prejudiciais à saúde.

É um método de bronze-amento instantâneo, onde profissionais devidamente treinados, usarão para a apli-cação da cor um aerógrafo, espécie de pistola que jorra jatos de tinta especialmente elaborada para essa finali-dade. Hoje pode se obter um bronzeado semelhante ao do mar em apenas 20 minutos e com marquinhas.

O diferencial desse produ-to é que ele foi elaborado de uma fórmula exclusiva, que possui componentes natu-rais, ricos em propriedades umectantes e nutritivas que permitem obter um bronzea-do saudável com marquinhas (ou sem, se preferir), e o me-

lhor, sem ressecar a pele.As loções contém um ativo

orgânico, derivado da cana de açúcar, o DHA, que provo-ca uma reação com os ami-noácidos da camada mais externa da pele, produzindo assim um bronzeado igual ao obtido no sol, com o bônus de não causar nenhum dano à saúde, diferente das câ-meras de bronzeamento que estão proibidas no Brasil.

Esse sistema, que já re-volucionou o mercado na Europa e EUA, tornando-se a forma mais segura e sau-dável (é bom dar ênfase) de obter um bronzeado natural sem consequências danosas para a pele, foi desenvolvido especialmente para atender as características da pele dos brasileiros, não deixando aquele tom amarelado.

Entre os benefícios ob-tidos estão: visual que aparenta até dois quilos a menos; camufla celulite, vasos, varizes e estrias, além de não provocar o envelhecimento. O auto-bronzeador lhe permite ver a cor do bronze a partir do primeiro momento, que irá escurecendo após as pri-

meiras 8 horas. No dia da aplicação não use cremes, óleos de banho, desodo-rantes e maquiagem, pois esses produtos podem blo-quear a absorção da loção autobronzeadora.

As depilações devem ser feitas 48 horas antes da sessão de bronzeamento. Sempre digo para minhas

clientes que elas não de-vem tomar banho durante as primeiras 8 horas após a aplicação, assim como não realizar exercícios físicos e nem trabalhos que proporcione transpi-ração. Passado esse perí-odo, pode-se tomar banho normalmente e aplicar cre-mes de uso habitual.

Passo a passo do procedimento

O bronzeamento artificial a jato camufla celulites e estrias, e ainda previne o envelhecimento

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Medo de falar em público é uma fobia social comumO que para a maioria das pessoas é apenas uma situação nervosismo, para outras são momentos de total desespero

Taquicardia, voz em-bargada, mãos trêmu-las e suor escorrendo pelo rosto são sinto-

mas facilmente associados à síndrome do pânico, mas também podem ser apresen-tados em fobias sociais menos severas, como a glossofobia – medo de falar em público. Esse é o tipo de problema capaz de acabar com a vida profissional.

“Eu não sou tímida, mas simplesmente não consigo falar na frente de um grupo de pessoas. Falta-me ar e chego a ficar tonta. Para falar a verdade não é um medo que eu queria perder, pois não quero ter que um dia en-carar de frente um grupo de pessoas”, explicou a dentista Lúcia Santos.

Segundo ela, alguns amigos acham que esse comporta-mento é apenas uma brinca-deira. “Todo mundo pensa que estou exagerando, mas só eu sei o mal-estar que sinto ao pensar em encarar o proble-ma”, completa.

De acordo com uma pesqui-sa realizada pelo jornal ame-ricano New York Times, essa é a principal fobia social de parte da população mundial, seguida dos medos relaciona-dos à problemas financeiros, doenças e morte.

Dados revelam que o início dessa fobia nem sempre é percebido pelo paciente, que tem os sintomas agravados quando alimenta o medo de

ser observado, humilhado e fica em uma situação de ex-tremo desconforto diante do público.

Causas relacionadasSegundo a psicóloga do Sis-

tema Hapvida de Saúde, Ro-chele Almeida, o medo de falar em público não é uma carac-terística isolada. “Pode fazer parte de uma personalidade essencialmente introspectiva, como também pode ser fruto

de um ou mais traumas vi-venciado nesse sentido, como algum tipo de bullying sofrido na infância ou adolescência”, explica.

Para a especialista, indepen-dente da causa, esse medo pode atrapalhar muito a vida das pessoas. “A psicoterapia, nesses casos, pode ser indica-da, principalmente com tera-peutas que trabalham com o psicodrama e a terapia com-portamental”, finaliza.

O psicodrama e a terapia comporta-

mental são técnicas terapêuticas bas-

tante eficientes para tratar o medo de falar em público

Rochele Almeida, psicóloga

A maioria das pessoas que sofre com o medo de falar em público sabe que tem a síndrome, mas dificilmente consegue evitá-la

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E8 MANAUS, DOMINGO, 20 DE MAIO DE 2012Saúde e bem-estar

Mais saúde e vida plena: conheça o BiofeedbackA técnica norte-americana permite melhorar e até recuperar a saúde e desempenho das atividades físicas e mentais

Existem várias defini-ções para Biofeedba-ck, mas originalmente, o termo foi descrito no

final dos anos 60, por um grupo de profissionais sediado em Santa Mônica, na Califórnia. A palavra deriva da união de outras três: bios (do grego “vida”), feed (do inglês “ali-mentar”) e back (também do inglês “retorno ou volta”). Em uma tradução literal, significa retroalimentação da vida. O objetivo da técnica, que tem sido pesquisada há mais de 40 anos, é conceder uma visuali-zação das próprias alterações orgânicas (frequência cardía-ca, taxa de sudorese, atividade elétrica cerebral).

Através da terapia, o pacien-te consegue controlar algumas funções fisiológicas das quais as pessoas normalmente não têm consciência, com a finali-dade de recuperar, manter ou melhorar sua saúde ou seus desempenhos. Paralelamente à aplicação do Biofeedback, técnicas de relaxamento e concentração são ensinadas para que a pessoa, ao reali-zá-las, perceba que as mes-mas influenciam as variáveis fisiológicas monitoradas pelo equipamento. “Esta percepção

serve como um reforço positivo que facilita o aprendizado do controle das manifestações or-gânicas associadas ao estres-se e ansiedade”, aponta Káritas de Toledo Ribas, administrado-ra de Empresas, especialista em Medicina Comportamental e Coach Ontológica. Quando

um mesmo estímulo é percebi-do pelo cérebro, esse constrói uma determinada interpreta-ção, que não é necessariamente a mesma em diferentes indiví-duos. Partindo do princípio que a interpretação à sucessão de estímulos tenha sido de medo, surgirão respostas fisiológicas associadas a essa emoção, como alterações respiratórias, tensão muscular, taquicardia, tremores e sudorese.

O biofeedback tam-bém é indicado para pessoas que desejam desenvolver suas habi-lidades físicas e men-tais, tornando-as mais compassivas, além de pessoas que queiram desenvolver níveis mais elevados de cons-ciência externa e de autoconsciência.

A técnica é útil para alunos em fase pré-vestibular, que desejam aprender técnicas de rela-xamento psicofisiológico destinadas ao controle do estresse e da ansiedade. Também podem ser no-tadas mudanças positivas na capacidade de con-centração, nos níveis de percepção da linguagem corporal e na memória, trabalhando ainda o con-trole das emoções.

Melhorando o desempenho físico e mental

Os benefícios do biofeedback são eficientes para toda família, independentemente da idade

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“Quando uma pessoa é ansiosa, quando ela é pre-ocupada e se sente pertur-bada isso se caracteriza, em indivíduos normais, por uma tensão excessiva, com ten-são generalizada nos mús-

culos estriados, geralmente por todo o corpo”, detalha Káritas. A especialista em medicina comportamental destaca que os benefícios têm sido aplicados com sucesso no controle das

manifestações de estresse, nos quadros ansiosos, dis-túrbios de aprendizagem, em especial os devidos ao déficit de atenção com ou sem hiperatividade, enxa-queca e dores de cabeça.

Eficácia nos quadros emotivos

ESTUDANTESA técnica é eficaz para alunos que irão pres-tar vestibular, porque trabalha o controle do estresse e da ansieda-de, melhorando ainda a capacidade de concen-tração e memorização do conteúdo estudados

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