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Sa úde Caderno F MANAUS, DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017 e bem- estar Não durma com lentes de contato Página 3 DIVULGAÇÃO Como conversar com as crianças quando elas começam a ter dúvidas sobre o próprio corpo É natural das crianças terem dúvidas sobre tudo e ques- tionarem para saber. Mas, quando o assunto são as mu- danças no corpo e a sexualidade... Alguns pais podem ter algum tipo de receio. Contudo, especialistas afir- mam que o tema deve ser tratado com bastante naturalidade, tendo em vista que tais questionamentos estão surgindo cada vez mais cedo, e devem ser esclarecido primeiro, de preferência, no âmbito familiar. O administrador de empresas Carlos Almeida nunca imaginou que precisa- ria ter uma conversa sobre sexo com o filho de apenas 9 anos tão preco- cemente. Para ele, o tema chegava até a ser absurdo nessa idade. “Eu, com essa idade, queria era brincar de carrinhos, jogar bola, correr na rua com as outras crianças. Daí, tudo mudou quando meu filho tascou logo um ‘pai, por que meu pinto fica duro?’. Fui pego de surpresa”, lembra. No primeiro momento, Almeida des- conversou e tentou “empurrar com a barriga” o assunto, mas o filho, muito curioso, não deu alternativas para o pai. “Eu tentei enrolar, mas não teve jeito. Busquei a ajuda de um psicólogo para saber como deveria abordar essas questões com ele. E ainda estamos nesse processo de contar aos poucos. Porque ele precisa saber e deve saber de mim que sou o pai”, disse. Naturalidade A escolha de cada pai sobre como ter a temida conversa é pessoal, já que cada um decide a melhor maneira de educar os filhos. No caso da funcioná- ria pública federal Antônia Silva, que sempre esteve aberta a qualquer tipo de diálogo com o filho, que atualmente tem 14 anos, a saída foi levar tudo com a maior naturalidade, fornecendo informações de todos os tipos. Ela lem- bra que as perguntas do adolescente começaram quando ele tinha 11 anos e chegaram bem “comportadas”. “Ele queria saber se eu deixaria trazer a namorada para namorar em casa”, lembra Antônia. Essa foi a única pergunta necessária para que a mãe do jovem começasse a dar explicações sobre tudo para ele, inclusive o incentivando a assistir fil- mes mais adultos para que na hora “H”, quando chegar, ele não passe nenhum tipo de vergonha. “Ele precisa saber, precisa ter informações”, avalia. Na opinião de Antônia, os pais devem oferecer um ambiente saudável para que os filhos os procurem, de maneira que as dúvidas sobre as mudanças no corpo e sobre sexo sejam esclarecidas em casa. “Hoje há muita informação, mas sempre quis que ele se sentisse confortável em perguntar e eu o in- centivo a isso. Nós conversamos sobre tudo, inclusive sobre os cuidados que ele tem que tomar, usar preservativos e tudo mais”, completa. Ajuda O psicanalista Waieser Bastos diz que não é de hoje que as crianças estão descobrindo as mudanças do corpo cada vez mais cedo, e as dúvi- das sobre o universo sexual também surgem precocemente impulsionados, também, pelo discurso publicitário. Diante disso, os pais devem abordar o assunto de forma simples. “Os pais devem tratar de forma simples e lúdica, sem fazer uso de discursos morais para dialogar sobre o tema da sexualidade com os filhos. A chegada da sexualidade não trau- matiza as crianças, mas a forma mo- ralista como são tratadas as questões da sexualidade é que podem produzir efeitos traumáticos”, afirma. O especialista ressalta, ainda, que dú- vidas sobre esses temas são marcadas pela singularidade de cada criança. Des- sa forma, os pais devem ficar atentos para o comportamento dos filhos. E, segundo Waieser, não há uma universalidade cronológica para a che- gada das questões sobre a sexualidade da criança. Para algumas chega muito cedo, até porque a sexualidade ainda é infantil, mas é importante saber que esse tipo de questionamento chega sim, na maioria das vezes, por meio do acesso dessas crianças a programas com faixa etária superior a idade a delas. Isso desperta o interesse, con- forme o especialista. “A idade ideal é aquela que surge no momento em que a criança passa a revelar comportamentos como peque- nos toques corporais, masturbações inconscientes, perguntas de cunho se- xual, entre outras questões apresenta- das pela criança”, defendeu. De acordo com o psicanalista, esse tipo de discussão no âmbito familiar é muito importante para o desenvol- vimento da criança. “Desde cedo eles precisam reconhecer a função do sexu- al não apenas como ato de reprodução humana, mas como encontro de afetos, desejos, carinhos e principalmente res- peito mútuo”, explica. Para Waieser, em geral, meninas se sentem mais à vontade em tratar desses assuntos com as mães, e os garotos com os pais, mas em alguns casos a ajuda de um terceiro pode se fazer necessária, inclusive, a orienta- ção de um especialista. ALIK MENEZES Especial EM TEMPO Curiosidade infantil

Saúde - 31 de maio de 2015

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MANAUS, DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017

e bem-estar Não durma com lentes de contato

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Como conversar com as crianças quando elas começam a ter dúvidas sobre o próprio corpo

É natural das crianças terem dúvidas sobre tudo e ques-tionarem para saber. Mas, quando o assunto são as mu-

danças no corpo e a sexualidade... Alguns pais podem ter algum tipo de receio. Contudo, especialistas afi r-mam que o tema deve ser tratado com bastante naturalidade, tendo em vista que tais questionamentos estão surgindo cada vez mais cedo, e devem ser esclarecido primeiro, de preferência, no âmbito familiar.

O administrador de empresas Carlos Almeida nunca imaginou que precisa-ria ter uma conversa sobre sexo com o fi lho de apenas 9 anos tão preco-cemente. Para ele, o tema chegava até a ser absurdo nessa idade. “Eu, com essa idade, queria era brincar de carrinhos, jogar bola, correr na rua com as outras crianças. Daí, tudo mudou quando meu fi lho tascou logo um ‘pai, por que meu pinto fi ca duro?’. Fui pego de surpresa”, lembra.

No primeiro momento, Almeida des-

conversou e tentou “empurrar com a barriga” o assunto, mas o fi lho, muito curioso, não deu alternativas para o pai. “Eu tentei enrolar, mas não teve jeito. Busquei a ajuda de um psicólogo para saber como deveria abordar essas questões com ele. E ainda estamos nesse processo de contar aos poucos. Porque ele precisa saber e deve saber de mim que sou o pai”, disse.

NaturalidadeA escolha de cada pai sobre como

ter a temida conversa é pessoal, já que cada um decide a melhor maneira de educar os fi lhos. No caso da funcioná-ria pública federal Antônia Silva, que sempre esteve aberta a qualquer tipo de diálogo com o fi lho, que atualmente tem 14 anos, a saída foi levar tudo com a maior naturalidade, fornecendo informações de todos os tipos. Ela lem-bra que as perguntas do adolescente começaram quando ele tinha 11 anos e chegaram bem “comportadas”. “Ele queria saber se eu deixaria trazer a namorada para namorar em casa”, lembra Antônia.

Essa foi a única pergunta necessária para que a mãe do jovem começasse a dar explicações sobre tudo para ele, inclusive o incentivando a assistir fi l-mes mais adultos para que na hora “H”, quando chegar, ele não passe nenhum tipo de vergonha. “Ele precisa saber, precisa ter informações”, avalia.

Na opinião de Antônia, os pais devem oferecer um ambiente saudável para que os fi lhos os procurem, de maneira que as dúvidas sobre as mudanças no corpo e sobre sexo sejam esclarecidas em casa. “Hoje há muita informação, mas sempre quis que ele se sentisse confortável em perguntar e eu o in-centivo a isso. Nós conversamos sobre tudo, inclusive sobre os cuidados que ele tem que tomar, usar preservativos e tudo mais”, completa.

AjudaO psicanalista Waieser Bastos diz

que não é de hoje que as crianças estão descobrindo as mudanças do corpo cada vez mais cedo, e as dúvi-das sobre o universo sexual também surgem precocemente impulsionados, também, pelo discurso publicitário. Diante disso, os pais devem abordar o assunto de forma simples.

“Os pais devem tratar de forma simples e lúdica, sem fazer uso de discursos morais para dialogar sobre o tema da sexualidade com os fi lhos. A chegada da sexualidade não trau-matiza as crianças, mas a forma mo-ralista como são tratadas as questões da sexualidade é que podem produzir efeitos traumáticos”, afi rma.

O especialista ressalta, ainda, que dú-vidas sobre esses temas são marcadas pela singularidade de cada criança. Des-sa forma, os pais devem fi car atentos

para o comportamento dos fi lhos. E, segundo Waieser, não há uma

universalidade cronológica para a che-gada das questões sobre a sexualidade da criança. Para algumas chega muito cedo, até porque a sexualidade ainda é infantil, mas é importante saber que esse tipo de questionamento chega sim, na maioria das vezes, por meio do acesso dessas crianças a programas com faixa etária superior a idade a delas. Isso desperta o interesse, con-forme o especialista.

“A idade ideal é aquela que surge no momento em que a criança passa a revelar comportamentos como peque-nos toques corporais, masturbações inconscientes, perguntas de cunho se-xual, entre outras questões apresenta-das pela criança”, defendeu.

De acordo com o psicanalista, esse tipo de discussão no âmbito familiar é muito importante para o desenvol-vimento da criança. “Desde cedo eles precisam reconhecer a função do sexu-al não apenas como ato de reprodução humana, mas como encontro de afetos, desejos, carinhos e principalmente res-peito mútuo”, explica.

Para Waieser, em geral, meninas se sentem mais à vontade em tratar desses assuntos com as mães, e os garotos com os pais, mas em alguns casos a ajuda de um terceiro pode se fazer necessária, inclusive, a orienta-ção de um especialista.

ALIK MENEZESEspecial EM TEMPO

Curiosidade infantil

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MANAUS, DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2015F2 Saúde e bem-estar

EditorMellanie [email protected]

RepórterAlik Menezes

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Muitos alimentos e receitas incluem grande quanti-dade de sal (sódio), o que pode aumentar a pressão arterial, um problema que já afeta 25% da população brasileira. O ideal é reduzir o consumo de sódio na dieta e assim proteger a saúde do coração. Para isso, consuma verduras frescas, ou enlatadas e congeladas sem adição de sal; prefi ra carnes, aves e peixes fres-cos aos produtos processados e enlatados; tempere os alimentos com ervas , especiarias e condimentos sem sal, e evite macarrão instantâneo, arroz e outros alimentos com temperos pré-embalados.

Aprenda a comer menos sal

A maioria dos homens e muitas mulheres eventualmente têm queda de cabelo perceptível. A perda de fi os está re-lacionada à hereditariedade, envelhecimento e alterações hormonais. A repentina queda de cabelo pode acontecer por diferentes causas, incluindo estresse físico e emocional. Alguns dos gatilhos para fi car atento são infecção grave ou com febre alta; pós-parto; ter sido submetido a grandes cirurgias, ter uma doença grave ou perder muito sangue; seguir uma dieta radical, especialmente pobre em prote-ínas; tomar certos medicamentos, incluindo antidepressi-vos, alguns remédios para o coração, anticoncepcionais e anti-infl amatórios não esteróides (AINEs).

Razões da queda de cabelo

RevisãoDernando Monteiro

DiagramaçãoAdyel Vieira

Platão e Sócrates: respeito ao mestre

João Bosco [email protected] / www.historymedicine.net

A História continua reverenciando Sócrates e não lembra dos nomes dos algozes”

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa, França;

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Humberto Figliuolo

Medicamentos biológicos

Humberto Figliuolo

farmacêutico

Os insumos farmacêu-ticos ativos utilizados no Brasil foram fabricados na China e 30% na Índia”

O caminho para que um medica-mento chegue às mãos do consu-midor, embalado e pronto para ser consumido com segurança, é longo. E todo processo tem inicio com os insumos farmacêuticos. Conside-rados a matéria prima dos medi-camentos, são eles os responsáveis para dar a capacidade terapêutica e também por garantir que possam ser comercializados no formato e tamanho mais adequado.

Todas as etapas do processo produtivo são fundamentais para a elaboração de um medicamento seguro, mas a qualidade da matéria prima é vital para garantir que toda a cadeia a seguir resulte um produto efi caz. Não é possível a elaboração de um medicamento de qualidade se o início for duvidoso.

Apesar de representarem a es-sência dos medicamentos, os insu-mos farmacêuticos produzidos no Brasil estão longe de suprirem a demanda do consumo do medica-mento interno. Os 50 fabricantes que atuam no País conseguem produzir apenas 350 dos 2,2 mil moléculas necessárias para a fa-bricação de todos os medicamen-tos consumidos pela população de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Farmacêu-tica e Farmoquímica.

Essa produção nacional é capaz

de suprir apenas 20% da necessida-de total de insumos farmacêuticos no país. O restante é comprado de outros países, o que fez o governo federal gastarem bilhões de reais com importações de matérias-pri-mas farmacêuticas. Convém lem-brar que nenhum país no mundo é autossufi ciente na produção de insumo todos importam uma quan-tidade razoável. Mas, no Brasil o percentual é muito alto.

Dos insumos farmacêuticos ati-vos utilizados no Brasil foram fa-bricados na China e 30% na Índia. Os países em desenvolvimento se destacam na produção de ma-térias-primas mais comuns e de uso em longo escala, enquanto as nações consideradas de primeiro mundo se aperfeiçoam em molé-culas inovadoras, com alto grau de tecnologia, marcará defi nitiva-mente uma alternativa inovado-ra e importante para o mercado farmacêutico: remédios feitos a partir de cultura de células vivas, com tecnologia de ponta.

Trata-se dos medicamentos bio-lógicos que apesar de represen-tarem menos de 20% do setor farmacêutico global, projetam um futuro acima de 80% de crescimen-to. Os medicamentos biológicos ainda são produtos muitos com-plexos, muitos deles só ao alcance

de pacientes da rede hospitalar privada ou do SUS e administrados no hospital.

Os medicamentos biológicos são o resultado de uma cultura de célu-las geneticamente modifi cadas que agem diretamente sobre a doença que pretendem combater. Além disso, os medicamentos biológicos são formados por moléculas gran-des, complexas e constituídas de milhares de átomos. São instáveis e sensíveis a alterações quando sub-metidas a pequenas variações das condições de conservação. Por esta razão, os medicamentos biológicos geralmente são administrados por via injetáveis ou por inalação.

Os benefícios foram novas alter-nativas terapêuticas para doenças graves para as quais anteriormente não havia tratamentos efi cazes. Por exemplo, pacientes com insufi -ciência renal crônica, artrite reuma-toide, escleroses múltiplas, câncer de mama e, portanto houve redução de riscos de complicações e o futuro do medicamento biológico é bastante promissor. Eles vieram para melhorar os prognósticos e a qualidade de vida de milhares de pacientes. A expectativa para o futuro próximo é que tenhamos moléculas para o tratamento de doenças que ainda não tem opção terapêutica efi caz e segura.

A infl uência de Sócrates sobre Platão foi tão grande que, sobretudo nas suas primeiras obras, é difícil distinguir quem de fato, está falan-do: se o mestre ou o discípulo. Em muitos escritos platônicos, Sócrates é apresentado como o tipo ideal do fi lósofo e o mártir do pensamento e da busca da verdade e do bem.

Platão jamais aceitou a injustiça da condenação do mestre e em vários livros renasce Sócrates com as mais belas palavras sobre a verdadeira piedade e sobre a reta educação da juventude. Na parte fi nal do Fe-dro, 118, onde relata de maneira emocionante a morte do insuperável mestre, Platão defi ne Sócrates: “O homem... que, entre todos os de seu tempo, era o melhor, o mais sábio e o mais justo”.

A História continua reverenciando Sócrates e não lembra dos nomes dos algozes.

Depois da morte do mestre, Platão retirou-se para Mégara, junto de Euclides e de Terpsíon, também discí-pulos de Sócrates. Parece que, algum tempo depois, retornou à Atenas e junto aos seus irmãos, se engajou nas campanhas militares de 395 a 394 a. C, na guerra de Corinto.

Como era comum, naquela época, a grandeza do saber estava relaciona-

do ao conhecimento de outros povos e lugares. Em torno do ano 390 a.C., foi ao Egito levando uma carga de azeite para pagar a viagem. A civi-lização egípcia, com pouca variação, há milhares de anos, infl uenciou o pensamento de Platão quanto ao pressuposto de ser preferível que os governantes mantenham o equilíbrio social em torno de antigas idéias do que forçar a obediência coletiva às novas ordens. Do Egito, dirigiu-se para Cirene, onde frequentou a escola do matemático Teodoro, que seria um dos personagens do seu livro “Teeteto”. De Cirene, viajou para a Itália, onde conheceu os pitagóri-cos Filolau, Árquitas e Timeu. Não existe consenso se elas tenham tido alguma infl uência na reconhecida crença platônica da transmigração e eternidade das almas. Quando retornou à Atenas, no ano 388 a. C., com quarenta anos de idade, a guerra estava próxima do fi m por meio da paz de Antálquidas. Con-tudo, o antigo esplendor ateniense passava por período político con-turbado. Esse ambiente, pleno de decadência dos valores, onde, de certa forma, predominava o subje-tivismo gnosiológico e ético, que se ergue imponente a fi gura de Sócra-tes, de quem Platão recebeu a maior

infl uência fi losófi ca e foi amigo e fi el ouvinte durante cerca de oito anos, até à morte do Mestre.

Platão começou a ensinar, mas diverso do mestre Sócrates, para reunir os seus discípulos, comprou um pequeno terreno nas proximidades do ginásio de Academo, perto de Colona, terra natal de Sófocles.

Não se sabe certo o ano em que Platão morreu, porém fi xado em 347 ou 346 a.C. A Academia sobreviveu até o ano 529 d. C., quando Justiniano determinou a sua extinção.

Entre outras obras, Platão escre-veu 28 diálogos: Mentira: Hípias menor; Dever: Críton; Natureza hu-mana: Alcibíades; Sabedoria: Cár-mides; Coragem: Laques; Amizade: Lísis; Piedade: Eutífron e Retórica: Górgias e Protágoras.

Entre 387 e 361 a.C., escreveu os seguintes livros com os enfoques sobre: Menexeno e Ménon: a virtu-de; Eutidemo: a erística; Crátilo: a justeza dos nomes; O Banquete: o amor; Fédon e A República: a justiça; Fedro e Teeteto: a ciência.

Os diálogos da maturidade: O Sofi sta: o ser; O Político e Timeu: a natureza; Crítias: a Atlântida; Filebo: o prazer e As leis: organização social.

É difícil expressar na linguagem oral a grandeza humana de Platão!

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MANAUS, DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2015 F3Saúde e bem-estar

Vitamina D

Nutrição em [email protected]

Nutrição em foco Flávia Cunha

Flávia CunhaNutricionista Clínica

99322-1385

Adoro falar sobre a mi-nha queridíssima vitamina D. Ela é danada! Sua de-ficiência causa males fu-turos, e estar em dia com ela, só nos traz benefícios. Então, vamos a ela!

Primeiramente, de nada adianta suplementar cálcio se a sua dosagem desta vi-tamina está baixa, pois ela tem o papel de absorver o cálcio, evitando assim, per-da de massa óssea e uma futura osteoporose. Controla a pressão arterial (aliada de hipertensos); previne vários tipos de cânceres, tais como: de mama, de próstata e de intestino; previne diabetes1 e 2, doenças cardiovasculares, gripe, dor muscular, asma, de-pressão, insônia, enxaqueca e tantas outras doenças. Ufa!

Nos seres humanos, apenas 10% da vitamina D necessá-ria às funções no organismo provém da dieta. As princi-pais fontes dietéticas são de origem animal, presente nos peixes gordurosos de água fria e profunda, como atum e salmão. Mas se você não é muito fã desses peixes ou se na sua região (a nossa!) não são muito fáceis de serem encontrados ou são muito ca-ros, não se desespere! Tenho mais duas opções.

É preciso que você dispo-nha de uns 20 minutos, entre meio-dia e 13h. Isso mesmo. Este é o melhor horário para absorver a vitamina D. A ex-posição ao sol deve ser sem protetor solar, pelo menos 4 dias na semana. Tal vitami-na fi ca na pele, penetra e é absorvida. Já sei...você não tem tempo, certo? Ou ainda, não está disposto a fi car no

sol por quatro dias. E agora?? Vamos à melhor opção?

Suplementa! Agora sim! Nada de comprar a vitami-na D em drogarias, cápsulas, defi nitivamente, não são a melhor forma de consumir tal vitamina. Você deve mandar manipular em far-mácias (muitas em Manaus) de acordo com a quantidade que lhe prescrever seu Nu-tricionista. Já pensou que, por volta de R$50,00 men-sais, você se previne de um mundo de doenças? Vale a pena ou não vale?

É “normal” a maioria das pessoas estarem com o ní-vel da vitamina D abaixo do mínimo. Isto pode ser cons-tatado em exame de sangue e também, a olho clínico. Pa-cientes com muitas alergias, asma, doenças neurológicas, diabetes e dislipidemias são pacientes propensos a terem defi ciência desta vitamina. O ideal mesmo é fazer o exame de sangue, pelo menos, duas vezes ao ano.

Você acredita que 50% da população mundial apresen-ta quantidade menor do que a necessária?? Muita gente, hein? Deixe-me citar alguns fatores que levam a essa defi ciência para que você saiba se pode estar dentre este número:

• Idade avançada: a pele de um indivíduo de 70 anos, por exemplo, produz ape-nas um quarto da quan-tidade fabricada por um jovem de 20 anos;

• Sobrepeso: em geral, a necessidade desta vitamina é maior do que a apresenta-da por uma pessoa de peso normal (eutrófi ca);

• Pele escura: a melanina reduz a absorção dos raios solares necessários à produ-ção da vitamina;

• Trabalhar em ambientes confinados, isolados da luz solar.

Embora seja chamada de vitamina, a substância já foi descoberta como um pró-hor-mônio, ou seja, dá origem a outros hormônios importan-tes para o corpo.

E então? Será que con-segui te convencer da im-portância deste pró-hor-mônio? Aliás, quando foi a última vez que você verifi-cou a quantidade dele no teu exame de sangue?

Deixo aí a tua tarefa desta semana: averiguar a que pé está a quantidade desta substância no teu organismo.

Grande abraço e até a próxima!

É seguro dormir com as suas lentes de contato?Atenção na hora do sono: dormir com as lentes de contato limita severamente a transmissão de oxigênio para os olhos

Se você é um usuário de lentes de contato, as chances que você já tenha cochilado com

suas lentes de contato, em pelo menos uma ou duas vezes por semana, são reais. Talvez você apenas faça isso de vez em quando, quando você cai no sono profundamente em frente à TV ou se esquece de levar a solução de limpeza em uma viagem. Ou talvez, essa seja uma prática regular e você durma todas as noites com suas lentes de contato.

“Em qualquer uma das si-tuações apresentadas acima, a ideia não é boa. Isso por-que quando você dorme com suas lentes de contato, você está privando suas córneas de oxigênio”, afi rma o ost al-mologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

“É como ter um saco plástico sobre sua cabeça quando você dorme. Não é o ideal para a tro-ca de oxigênio. A córnea recebe oxigênio do ar quando você está acordado, mas quando você está dormindo, ela recebe nutri-ção e lubrifi cação de lágrimas e um fl uido intraocular chamado humor aquoso. Se há uma lente de contato em seus olhos quan-do você está dormindo, então a

lente de contato funciona como uma barreira entre a pálpebra fechada e a córnea”, explica a ost almologista Sandra Alice Falvo, que também integra o corpo clínico do IMO.

Segunda a médica, quando estamos acordados, a lente de contato deve se mover um pouco - cerca de um milíme-tro de movimento com cada piscar -, a fi m de permitir que a córnea obtenha oxigênio. Mas quando dormindo com as lentes, a lente de contato é incapaz de se mover, porque os olhos não estão piscando.

Riscos“E depois há a questão da

infecção. Quaisquer abrasões microscópicas à córnea - que podem ser provocadas pelo contato com a superfície de trás das lentes de contato - podem ser estar infectadas por bactérias ou parasitas. Estes microrganismos podem entrar nos olhos através das próprias lentes de contato (por exemplo, quando uma lente de contato não é limpa adequadamente ou quando você excede o número de horas de uso da lente) ou por meio da água, mesmo quando a água é potável. Um parasita encontrado na água chamado Acanthamoeba, por exemplo,

pode causar graves infecções oculares. As úlceras da cór-nea, que são feridas abertas na camada externa da córnea, também são um risco poten-cial”, alerta Sandra.

Na verdade, um estudo de 2012, publicado na revista Ophthalmology, mostrou que o risco de ceratite - infl ama-ção da córnea - aumentou 6,5 vezes com o uso de lentes de contato durante a noite, mesmo que ocasionalmente, entre as pessoas que usavam lentes que deveriam ser removidas no fi nal do dia. “Existem algumas lentes de contato que são aprovadas para uso prolongado, ou seja, você pode usá-las por vários dias. Contudo, ainda assim não é uma boa ideia usar essas lentes durante a noite, porque ainda há um risco de infecção”, alerta Sandra Falvo.

De acordo com a Academia America de Ost almologia, as pessoas que usam lentes de uso prolongado têm de 10 a 15 vezes mais riscos de desen-volver ceratite ulcerativa, em comparação com as pessoas que fazem uso de lentes diárias. “O desgaste noturno da lente independentemente do tipo de lente aumenta a probabilidade de infecção da córnea”, explica a ost almologista do IMO. Dormir com lentes de contato pode causar sérios danos à córnea, além de infecções e úlceras

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AÇÃO

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2015 F5

A doença neurológica é conhecida por comprometer os movimentos de muitos idosos. Crônica e progressiva, atinge o sistema nervoso central

Vivendo com

Parkinson

Simples ações do cotidiano como segurar um copo com água, atender um telefone ou, ainda, varrer uma casa

podem ser um grande desafi o para alguns idosos. A limitação pode não se dá por conta da idade, mas em decorrência da doença de Pa-rkinson, enfermidade que não tem cura. Contudo, especialistas orien-tam sobre a importância de passar pelo tratamento para que essas pessoas possam ter qualidade de vida, mesmo com a doença.

A doença de Parkinson atinge, principalmente, pessoas com idade a partir de 60 anos e tem como prin-cipais sintomas tremores intenso e rigidez muscular. Sensações que a aposentada Maria Josefa, 72, começou a sentir há exatos dez anos. “Fiquei desesperada. Nunca imaginei que teria essa doença. Eu sempre fui muito sadia”, conta.

Josefa relata, ainda, sempre foi muito ativa. A aposentada come-çou a trabalhar ainda na infân-cia como empregada doméstica, e nunca gostou de “depender de ninguém”. Por conta disso, teve a sensação de que a vida não tinha mais sentido após ser diagnosti-cada com a doença.

“Eu fi quei louca da vida. Eu nunca esperei nada de ninguém, sempre corri atrás das minhas coisas. Agora, imagina, eu iria depender de todo mundo! Eu não queria isso. Meu mun-do veio abaixo naquele dia”, lembra.

Aprendendo a conviverCom o passar dos anos, os tre-

mores foram fi cando cada vez mais intensos e a aposentada foi obrigada a deixar de fazer muitas

coisas que sentia prazer, como cozinhar e jogar cartas com as amigas. “Logo no início eu me sentia muito humilhada, não por causa da doença em si, mas pelo que as pessoas achavam”, diz.

Determinada como foi desde a infância, Josefa contou que foi a procura de especialistas para entender a doença e qual o tra-tamento. “Eu sou do interior, não tenho muito estudo, por isso logo que soube que tinha a doença não corri atrás de tratamento, eu achava que não tinha. Andei muito, mas consegui o tratamento que é por meio de medicação e, às vezes, fi sioterapia. Hoje eu consigo convi-ver melhor com ela”, contou.

SintomasParkinson é uma doença neuro-

lógica, crônica e progressiva que atinge o sistema nervoso central. Segundo a neurologista Roberta Saba, a causa se dá pela morte de células do cérebro, principalmente da região que produz dopamina, um neurotransmissor responsá-vel pelo controle dos movimentos. Entre os principais sintomas a especialista destacou a lentidão dos movimentos, tremor de re-pouso e rigidez.

“No início, o paciente pode se queixar de sensação de cansa-ço, principalmente ao fi nal do dia, marcha mais lenta, maior tempo para executar tarefas do dia a dia, comprometimento da escrita ou surgimento de tremores. Alguns pacientes podem apresentar – an-tes das manifestações motoras – quadros de depressão, distúrbios do sono e alteração do olfato”, alerta.

A doença surge, principalmente, a partir dos 60 anos, mas existem

casos precoces que iniciam aos 40 anos de idade. Não há tratamentos preventivos comprovados cientifi -camente. Segundo a especialista, 1 a 3 % da população mundial tem doença de Parkinson.

Qualidade de vidaDe acordo com Roberta, ainda

não existe cura para Parkinson, mas existem tratamentos efi ca-zes para o controle dos sintomas, que colaborarão para a melhora da qualidade de vida dos pa-cientes. A especialista destacou o tratamento medicamentoso e não medicamentoso.

“O tratamento não medicamen-toso se dá por meio de fi sioterapia, fonoterapia e, se necessário, até acompanhamento psicológico. Já no caso do tratamento medica-mentoso, podemos utilizar drogas dopaminérgicas e não dopaminér-gicas – a escolha do medicamento depende da fase da doença, se inicial, intermediária ou avançada, assim como da idade do paciente e atividades diárias e profi ssionais destes indivíduos”, explica.

Outro ponto fundamental que colabora para a evolução do pa-ciente é o apoio familiar. Logo no início, o idoso não necessitará de tantos cuidados, mas com passar dos anos será necessário o auxílio de um parente ou cuidador, além de demonstração de afeto.

“Nas fases mais avançadas é imprescindível, principalmente nas atividades da vida diárias como vestir-se, tomar banho ou tomar as medicações corretamente. Além disso, a atenção, apoio e carinho são muito importantes e contri-buem para uma melhor qualidade de vida dos portadores de doença de Parkinson”, fi naliza.

ALIK MENEZESEspecial EM TEMPO

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2015 F5

A doença neurológica é conhecida por comprometer os movimentos de muitos idosos. Crônica e progressiva, atinge o sistema nervoso central

Vivendo com

Parkinson

Simples ações do cotidiano como segurar um copo com água, atender um telefone ou, ainda, varrer uma casa

podem ser um grande desafi o para alguns idosos. A limitação pode não se dá por conta da idade, mas em decorrência da doença de Pa-rkinson, enfermidade que não tem cura. Contudo, especialistas orien-tam sobre a importância de passar pelo tratamento para que essas pessoas possam ter qualidade de vida, mesmo com a doença.

A doença de Parkinson atinge, principalmente, pessoas com idade a partir de 60 anos e tem como prin-cipais sintomas tremores intenso e rigidez muscular. Sensações que a aposentada Maria Josefa, 72, começou a sentir há exatos dez anos. “Fiquei desesperada. Nunca imaginei que teria essa doença. Eu sempre fui muito sadia”, conta.

Josefa relata, ainda, sempre foi muito ativa. A aposentada come-çou a trabalhar ainda na infân-cia como empregada doméstica, e nunca gostou de “depender de ninguém”. Por conta disso, teve a sensação de que a vida não tinha mais sentido após ser diagnosti-cada com a doença.

“Eu fi quei louca da vida. Eu nunca esperei nada de ninguém, sempre corri atrás das minhas coisas. Agora, imagina, eu iria depender de todo mundo! Eu não queria isso. Meu mun-do veio abaixo naquele dia”, lembra.

Aprendendo a conviverCom o passar dos anos, os tre-

mores foram fi cando cada vez mais intensos e a aposentada foi obrigada a deixar de fazer muitas

coisas que sentia prazer, como cozinhar e jogar cartas com as amigas. “Logo no início eu me sentia muito humilhada, não por causa da doença em si, mas pelo que as pessoas achavam”, diz.

Determinada como foi desde a infância, Josefa contou que foi a procura de especialistas para entender a doença e qual o tra-tamento. “Eu sou do interior, não tenho muito estudo, por isso logo que soube que tinha a doença não corri atrás de tratamento, eu achava que não tinha. Andei muito, mas consegui o tratamento que é por meio de medicação e, às vezes, fi sioterapia. Hoje eu consigo convi-ver melhor com ela”, contou.

SintomasParkinson é uma doença neuro-

lógica, crônica e progressiva que atinge o sistema nervoso central. Segundo a neurologista Roberta Saba, a causa se dá pela morte de células do cérebro, principalmente da região que produz dopamina, um neurotransmissor responsá-vel pelo controle dos movimentos. Entre os principais sintomas a especialista destacou a lentidão dos movimentos, tremor de re-pouso e rigidez.

“No início, o paciente pode se queixar de sensação de cansa-ço, principalmente ao fi nal do dia, marcha mais lenta, maior tempo para executar tarefas do dia a dia, comprometimento da escrita ou surgimento de tremores. Alguns pacientes podem apresentar – an-tes das manifestações motoras – quadros de depressão, distúrbios do sono e alteração do olfato”, alerta.

A doença surge, principalmente, a partir dos 60 anos, mas existem

casos precoces que iniciam aos 40 anos de idade. Não há tratamentos preventivos comprovados cientifi -camente. Segundo a especialista, 1 a 3 % da população mundial tem doença de Parkinson.

Qualidade de vidaDe acordo com Roberta, ainda

não existe cura para Parkinson, mas existem tratamentos efi ca-zes para o controle dos sintomas, que colaborarão para a melhora da qualidade de vida dos pa-cientes. A especialista destacou o tratamento medicamentoso e não medicamentoso.

“O tratamento não medicamen-toso se dá por meio de fi sioterapia, fonoterapia e, se necessário, até acompanhamento psicológico. Já no caso do tratamento medica-mentoso, podemos utilizar drogas dopaminérgicas e não dopaminér-gicas – a escolha do medicamento depende da fase da doença, se inicial, intermediária ou avançada, assim como da idade do paciente e atividades diárias e profi ssionais destes indivíduos”, explica.

Outro ponto fundamental que colabora para a evolução do pa-ciente é o apoio familiar. Logo no início, o idoso não necessitará de tantos cuidados, mas com passar dos anos será necessário o auxílio de um parente ou cuidador, além de demonstração de afeto.

“Nas fases mais avançadas é imprescindível, principalmente nas atividades da vida diárias como vestir-se, tomar banho ou tomar as medicações corretamente. Além disso, a atenção, apoio e carinho são muito importantes e contri-buem para uma melhor qualidade de vida dos portadores de doença de Parkinson”, fi naliza.

ALIK MENEZESEspecial EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2015F6 Saúde e bem-estar

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Como mudar sua rotina de treinos de musculação

Se você estiver no mesmo lugar em cada treino, sempre repete os seus exercícios, as séries, a ordem dos exercí-cios repetições, a base da estabilidade (em pé, sentado, etc), o volume de trabalho (conjuntos x repetições x dis-tância percorrida), velocida-de de repetição, amplitude de movimento, o ângulo de exercício (inclinado, curva-do, de pé, etc), frequência de treinamento por semana, etc e intervalos de descanso, então saiba que o seu cor-po não tem nenhuma base para melhorar a sua condição atual. A melhor forma de es-truturar os seus treinos para obter os melhores resultados é ser consistente e tentar melhorar continuamente a um método de formação específi ca por um período de tempo específi co.

Modifi car os Treinos de Musculação é fundamental, pois o corpo humano é sur-preendente. Não importa a

que condições o expomos, ele se adapta rapidamente. Todo processo de construção muscular acontece graças a adaptação do corpo ao au-menta de carga e stress. Você não terá grandes progressos usando a mesma rotina de treinos de musculação por um longo período de tempo. O corpo humano se adapta ao stress muito rápido. E uma vez que seu corpo se adapta ao nível de stress de sua rotina atual. Algumas orientações podem ajudar:

- Aumentar a Intensida-de: A intensidade constrói o músculo, quando você usa uma rotina de treinos por um longo período de tempo, por mais que pareça que o treino está pesado, o seu nível de intensidade cai sem que você perceba.

- Varie nos Exercícios: Cada grupo muscular tem uma grande variedade de exercícios, e muitos nunca são executados pela grande

Cristiane Burgos

Personal Trainer na Academia Personal Fitness Club

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maioria dos praticantes de musculação. As vezes cor-tamos os exercícios chatos e treinam a mesma coisa o ano inteiro.

- Alterne os Dias de Treino: Alternar a ordem dos seus treinos de musculação pode causar um grande impacto sobre seus músculos. Porém, antes de modifi car sua rotina você deve garantir que os músculos tenham o devido descanso para crescer.

- Treino invertido - É uma técnica muito simples que faz

a musculatura sair da rotina programada, gera uma espé-cie de confusão muscular. A partir da planilha de treina-mento, editada pelo treina-dor, após criar cronograma dos exercícios e atividades a serem desenvolvidas, basta inverter completamente o seu programa de treino. Comece pelo último exercício e termi-ne com o primeiro.

– Mude o Horário do Trei-no: Se for possível, mude o horário que você vai para a academia. Talvez você seja

uma pessoa do dia ou uma pessoa da noite, quem sabe mudando o horário do treino a sua disposição mude e seu treino renda mais.

- Inclua exercícios de outros tipos de treinamento, como funcional, cross fi t, boxe, exer-cícios localizados e outros

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Entendendo melhor a

epilepsiaDados indicam que 5% da população no mundo poderá ter um episódio de epilepsia ao longo da vida. No Brasil, atinge cerca de dois milhões

As crises de epilepsia estão relacionadas a al-gumas doenças e traumas como acidentes vasculares, derrames e algumas infecções e podem se manifestar em qualquer fase

da vida. Diferente do que se pensa, muitas pessoas sofrem com essas crises e caso não procurem tratamento adequado podem ser prejudicadas em várias áreas.

A administradora de empresas Mariana Melo, 25, teve a primeira crise aos 19 anos, enquanto dormia. Ela sentiu fortes dores de cabeça e foi levada inconscien-te para o hospital. “Eu comecei a sentir uma dor de cabeça muito forte. Não me lembro direito, mas minha mãe disse que eu me contorcia toda na cama”, lembra.

A jovem passou por exames e foi diagnosticada a epilepsia que, segundo o médico, foi causada por uma pancada na cabeça. Mariana precisou fi car internada por dois dias e teve muitas crises.

“Eu contei para ele que naquele dia eu fui atingida na cabeça por uma bola de basquete. Ele disse, então, que essa foi a causa”, relata.

Desde então a administradora faz tratamento me-dicamentoso. São dois comprimidos por dia. As crises de Mariana aconteciam, geralmente, à noite e estão, também, ligadas ao emocional. “Eu não posso me estressar, não posso sentir raiva. Quando passo por alguma emoção forte eu corro o risco”, diz.

Mariana precisou adiar alguns sonhos e metas por causa da doença. Em 2013, ela abandonou os estudos porque não conseguia se concentrar e precisava ser acompanhada pela mãe se quisesse sair de casa. “Esse ano foi bem difícil. Eu quase não saia de casa e quando saia precisava de acompanhan-te porque podia ter crises na rua e me machucar. Graças a Deus hoje estou mui-to bem, já ate consegui me formar”.

CausasSegundo o médico neurofi siologista clínico Francisco

Arruda, existe vários tipos de epilepsias e, consequen-temente, várias causas, com destaque para defeitos genéticos, infecções, traumatismos, malformações con-gênitas, traumas de parto e isquemias.

Poe conta da doença, muitas pessoas podem deixar de fazer algumas atividades, como sair com os amigos, estudar e até trabalhar. Por isso, o especialista orientou que todas as pessoas devem passar pelo tratamento. “Pessoas com epilepsia, que estejam com as crises controladas, têm toda capacidade de levar uma vida normal, podem estudar, trabalhar, dirigir, entre outros”.

De acordo com Arruda, muitas epilepsias se curam espontaneamente porque podem se

manifestar durante uma fase na vida. “Mas, de modo geral, requerem tratamentos por muitos anos, frequentemente pela vida inteira. Nos

casos em que há indicação cirúrgica, a cirurgia pode levar à cura”, observa. A base do tratamento são os medicamentos anticon-

vulsivantes, que são sufi cientes para controlar as crises em pelo menos 70% dos casos. “Quando estes não são capazes de controlar as crises, existem outras opções, como a cirurgia, e também recursos mais modernos, como a neuromodulação, o estimulador do nervo vago ou estimulador talâmico”, explica.

Para o médico, as crises correm de forma espontânea. Contudo, existem casos especiais que podem ser pro-vocados por estímulos específi cos como luzes, sons e até o banho. “Também pode ser facilitada por estresse, privação de sono e períodos menstruais”, exemplifi cou.

O que fazer para ajudar durante as crises? Arruda orientou que é necessário fazer o possível para

que o paciente não se machuque e também assegurar que ele consiga respirar. “Nos

casos de convulsões, onde pode haver acúmulo de secreção, deitar o

paciente de lado. A lenda de colocar a mão na boca do

paciente, ‘puxar a língua’, não é necessária e deve ser evitada”.

ALIK MENEZESEspecial EM TEMPO

MANAUS, DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2015 F7Saúde e bem-estar

Os distúrbios do sono nas fases da gestaçãoInsônias estão relacionadas a dores na lombar, atividade fetal noturna e obstrução nasal no 3º trimestre de gestação

Mais da metade das gestan-tes apresentam insônia a partir do terceiro trimestre da gravidez. Muitas mulhe-

res sofrem com distúrbios do sono ao longo da vida, mas, durante a gestação, esse problema pode afetar de 66% a 90% delas, segundo a ginecologista Carla Realti. “As noites mal dormidas são frequentes nesse período, mas nem sempre estão relacionadas aos níveis hormonais e sim ao aumento da frequência urinária noturna e diurna, atividade fetal noturna exacerbada, obstrução nasal pelo edema gravídi-co, azia noturna, calor e pernas irre-quietas são alguns dos causadores da insônia”, explica.

As noites de insônia podem trazer sérias consequências para o dia a dia das futuras mães. Entre elas estão alteração no humor, aumento da ansiedade e também a queda da imunidade. “Muitas mulheres não encontram posição para dormir por conta de hiperlordose na coluna e tam-bém aumento do calor corpóreo. Isso afeta diretamente a disposição para o dia seguinte, pois não descansam o suficiente durante a noite”, comenta a ginecologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

Sem desconfortoTodos esses sintomas são comuns

e pioram nas mulheres que ganham muito peso durante a gravidez, pois aumentam o inchaço e as dores na coluna e nos joelhos. Para evitá-los, é recomendado manter pressão e peso estáveis, seguir uma dieta adequada, praticar exercícios físicos, e até mes-mo, administrar algum tratamento com medicamentos. De acordo com Carla Realti, a dieta deve conter muitas frutas e legumes cozidos e evitar embutidos, pelo excesso de sódio presente e po-tencial para aumentar o inchaço.

“A homeopatia também é indicada para atenuar os diversos efeitos da insônia, como a diminuição da ansie-dade, melhora da azia, formigamentos e dores na coluna, obstrução nasal e enjoos, além de eliminar as câimbras noturnas”, explica a médica. Esse tipo de medicação, segundo a especialis-ta, pode ser utilizada pelas pacientes grávidas, pois não apresenta efeitos colaterais indesejáveis.

É importante lembrar que o proble-ma pode perdurar no pós-parto por conta de hábitos adquiridos na fase de amamentação, como tomar café para ajudar a ficar acordada, ansiedade, vigilância do recém-nascido, depres-

são pós-parto e também a demora na normalização hormonal.

Confira os diversos fatores que con-tribuem para má qualidade do sono em cada período da gravidez.

Primeiro trimestreNessa fase, a sonolência ge-

ralmente é causada por altera-ções no metabolismo. É comum apresentar sono muito forte a qualquer hora do dia. A pro-gesterona tem efeito sedativo e hipnótico, e aumenta no início da gestação.

Segundo trimestreOs maiores problemas com

o sono têm origem na vontade constante de ir ao banheiro, ori-ginada pelos estímulos hormonais e pelo peso do útero na bexiga.

Terceiro trimestreA mulher tem dificuldade em achar

uma posição confortável para dormir e o metabolismo se acelera. Os hormônios trabalham para que a gestante durma menos e esteja preparada para o inten-so ritmo de amamentação e cuidados intensos com o bebê.

Sintomas são comuns e pioram nas mulheres que ganham muito peso durante a gravidez

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F8 MANAUS, DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2015Saúde e bem-estar

Será que você tem Distimia?

Psicologia no divã[email protected]

Psicologia no divã Fabíolla Fonseca

Como é fácil lidar com quem é gentil, alegre, sorri-dente, com quem está sem-pre de bem com a vida, com quem sempre tem um sorriso estampado no rosto não é?

Costumo dizer que o grande desafi o da vida é aceitarmos e compreendermos aquelas pes-soas que vivem carrancudas, reclamando de tudo, que vão de encontro com as nossas conve-niências e pior, vivem de mau humor o tempo todo.

Se você é daquelas pessoas que dorme e acorda reclamando de tudo, nada para você está bom, não sorrir de nada e nem com nada, acha tudo sem graça e sempre pensa o pior de tudo e de todos, você é um portador de DISTIMIA mais conhecida como MAU HUMOR e é patológico. A maioria das pessoas não sabe que o mau humor é uma doença grave e que infelizmente afeta uma grande parcela da popula-ção de todas as faixas etárias. É normal apresentar uma mu-dança de humor nas situações adversas, mas, quando isso é uma constante e sem controle algum, esta condição torna-se uma forma crônica de depres-são com sintomas mais leves e também pode ser em forma de uma depressão grave, que torna a pessoa apática e a distimia faz com que esse individuo, só veja o lado negativo de tudo tornando-se um pessimista em potencial, mais acentuado nas

mulheres, que são as mais aco-metidas por causa da variação dos hormônios femininos. Além disso, os distímicos não sentem prazer e nem alegria em absolu-tamente nada até mesmo num momento bom e feliz.

Essa doença é herdada e tem início mais precisamente na adolescência e pode surgir de qualquer acontecimento mar-cante, porém, como essa fase da vida é conturbada existe muita difi culdade para diagnosticar o distúrbio. Vale ressaltar, que para ser considerado patológico os sintomas têm que prevalecer por no mínimo dois anos.

Não pense que é fácil para uma pessoa mau humorada conviver com esse problema, o sofrimento é tanto para o indi-viduo, bem como, para aqueles que convivem com ele. Pode-mos afi rmar categoricamente, que em cada família existe um membro mau humorado e a reação até compreensível da maioria das pessoas, é manter o máximo de distancia possível desse ser. Contudo é preciso que se entenda que o portador de Distimia é portador de um Transtorno de Personalidade e que deve ser tratado por medi-cação e psicoterapia.

Geralmente o paciente com Distimia costuma ter o humor algo depressivo a maior parte do tempo, mas não expres-sivamente depressivo como acontece na Depressão Maior.

Não pense que é fácil para uma pessoa mau humorada conviver com esse problema, o sofrimento é tanto para o individuo, bem como, para aqueles que convivem com ele”

Psicólogacontato pelo fone:

991610218

Pode apresentar inquietação, ansiedade e sintomas neurove-getativos, como por exemplo, queixas digestivas, cardiocir-culatórias, musculares, dor de cabeça. É muito marcante nos distímicos a tendência em de-dicar pouco tempo para ativi-dades de lazer, valorizando em excesso atividades produtivas.

Outros sintomas que chama a atenção é a tendência à irrita-bilidade, ironias, crises de raiva e excesso de críticas.

E como vencer o mau hu-mor? Caso a pessoa tenha boa vontade e predisposição para tanto, é possível sim comba-tê-lo seguindo esses passos: 1-Faca algo que proporcione

prazer; 2-Exercite-se; 3-Dur-ma bem; 4-Alimente-se sau-davelmente; 5-Viaje e prin-cipalmente sorria pra a vida porque ela é bela e jamais deixe que situações e pessoas desagradáveis e ruins tirem esse sorriso lindo!!! Caso você não consiga fazer isso sozinho busque ajuda especializada.

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