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Ano XXXVI - nº 356 - Março/2012 A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração Distribuição Gratuita. Venda proibida.

Saúde

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saúde espiritual

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Ano

XX

XVI -

nº 3

56 -

Mar

ço/2

012

A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração

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ida.

A palavra do Pastor Que a saúde se difunda sobre a terra!

Palavra de vidaA quem iremos, Senhor?

Testemunho de vidaSão Turíbio Afonso de Mogrovejo

A Igreja é notíciaBento XVI: Mensagem da Quaresma

Opiniões que fazem opiniãoSou um padre sujo: lava-me, Senhor!

Círculos bíblicos

Pergunte e responderemosPor que os Sacramentos estão separados em 3 grupos?A Diocese em revista

Fatos em foco

Vida em famíliaSer ou Aparecer?

Paróquias em destaqueParóquia Nossa Sra Aparecida - Maracaju

Rádio Coração

Revista EloMarço/2012 - ano XXXVI - nº 356Diretor: Pe. Alex Gonçalves DiasPropriedade: Mitra Diocesana de DouradosDiagramação e Projeto Gráfi co: Michelle Picolo CaparrózTelefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911Site: www.diocesedourados.com.brContatos e sugestões: [email protected]ão: Gráfi ca InfanteTiragem: 16.450 exemplares

Índice

Expediente

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Pe. Alex Gonçalves [email protected]

ditorial Campanha da Fraternidade:

Para quê? E para quem?A capa da revista Elo traz, neste mês, o tema da

Campanha da Fraternidade 2012. Todos os anos, a Igreja do Brasil apresenta, na quaresma, como objeto de estudo, debate e re� exão, um tema relacionado a problemas sociais que a� igem nossa sociedade.

Um dia desses, após uma reunião realizada na paróquia, perguntava-me o porquê do nosso povo esquecer facilmente os temas das campanhas que a Igreja apresenta a cada ano, e que deveriam ser instrumentos e caminhos de conversão, não só na vida da Igreja, mas para o bem viver da sociedade, na prática da justiça, da igualdade e da solidariedade. Talvez porque nós padres, bispos, agentes de pastoral, educadores e formadores de opinião em geral, pouco difundimos e não cravamos em nosso coração e em nossa vida o que realmente signi� ca viver a fraternidade.

Buscando uma de� nição do que seja fraternidade, � ca evidente que este conceito está profundamente ligado às ideias de  Liberdade  e  Igualdade, assim como a� rmara o pensamento iluminista. Portanto, percebo que a vivência de ambos deve estar intrinsecamente ligada, e exige de nós ações concretas que nos conduzam à alteridade, em outras palavras – ao bem comum. Isto consiste na peça-chave para a plena con� guração da cidadania entre os homens, pois, por princípio, todos são iguais. “De certa forma, a fraternidade não é independente da liberdade e da igualdade, pois para que cada uma efetivamente se manifeste, é preciso que as demais sejam válidas”.

A fraternidade está expressa no primeiro artigo da  Declaração Universal dos Direitos Humanos,  quando a� rma que  todos os “homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e de consciência e devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.

Assim sendo, não nos resta alternativa, a não ser abraçarmos os ideais das CFs, de modo particular a deste ano, a favor da saúde, como causa nossa e não apenas de alguns. Pois, a verdadeira cidadania só acontece, de fato, onde prevalecem a liberdade e a igualdade.

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Que a saúde se difundasobre a terra!

A Palavra do Pastor

Dom Redovino Rizzardo, csBispo Diocesano

«Deus deu aos homens a ciência para que pudessem honrá-lo

por suas maravilhas. Com elas, o médico cura e elimina a dor e o farmacêutico prepara as fórmulas.

Desta maneira, as obras de Deus não têm fi m e a saúde se difunde sobre a terra. Filho, se adoeceres, não te descuides, mas roga

ao Senhor, e ele há de te curar!» (Eclo 38,6-9).

É fundamentada nes-se projeto de Deus que a

Campanha da Fraternidade de 2012 deseja atuar para envolver os cristãos e demais

pessoas de boa vontade num grande mutirão em defesa e na promoção da saúde. Tendo como tema “Fraternidade e saúde pública” e lema “Que a saúde se difunda sobre a terra!”, ela inicia na Quaresma, que é sempre um momento privilegiado de conversão e de tomada de posição para quantos vivem a fé.

“Inicia”, porque ela não termina nem se esgota com a coleta do Domingo de Ramos. Pelo contrário, ao longo do ano – já que a fé se manifesta nas obras e se alimenta da caridade –, ela precisa concretizar-se em iniciativas destinadas a acabar com o caos em que jaz a saúde pública num país que se vangloria de ser a sexta – ou a quinta? – economia mundial.

O que levou Jesus a vir morar conosco foi «para que todos tenham vida, e vida em abundância» (Jo 10,10) Vida e saúde se completam e se exigem mutuamente. Que o diga quem passa semanas ou meses internado num hospital; quem sofre de doenças crônicas ou incuráveis; quem fi ca horas e dias numa maca, em corredores dos hospitais; quem, por não ter plano de saúde, precisa aguardar meses ou anos para uma consulta; quem perdeu um ente querido por descuido médico. Viver, só vale a pena quando se tem saúde! Mas, cuidado: pode haver enfermos mais sadios do que pessoas que esbanjam vigor por todos os poros! A saúde física só tem sentido se for acompanhada pela saúde espiritual; caso contrário, ela faz mais mal do que bem.

Infelizmente, o paganismo que tomou conta da sociedade atual olha para o doente como um meio para

«Deus deu aos homens a ciência para que pudessem honrá-lo

por suas maravilhas. Com elas, o médico cura e elimina a dor e o farmacêutico prepara as fórmulas.

Desta maneira, as obras de Deus não têm fi m e a saúde se difunde sobre a terra. Filho, se adoeceres, não te descuides, mas roga

ao Senhor, e ele há de te curar!

É fundamentada nes-se projeto de Deus que a

Campanha da Fraternidade de 2012 deseja atuar para envolver os cristãos e demais

ganhar dinheiro. Não é por nada que as faculdades de medicina são as mais concorridas... Em muitas cidades, onde menos se investe, é na saúde pública. Por isso, é sempre uma graça deparar-se com profi ssionais da saúde que cumprem seu dever com atenção, carinho e o respeito que merece toda pessoa humana, independentemente de sua classe social ou econômica. Mais do que uma profi ssão, o que eles exercem é uma missão e um sacerdócio – como se dizia antigamente.

Uma das atitudes de Jesus que mais impressionou os autores dos Evangelhos era o seu relacionamento com os doentes. Mateus cita o profeta Isaías – «Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças» (Mt 8,17) – para dizer que ele se fez doente com os doentes, para melhor amá-los e socorrê-los. Mais tarde, quando enviou seus discípulos em missão, deu-lhes uma tarefa precisa: «Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purifi cai os leprosos e expulsai os demônios!» (Mt 10,8). E para que entendessem corretamente como agir, contou-lhes a parábola do “Bom Samaritano”, onde santo diante de Deus não é nem o sacerdote nem o levita, apesar de cumprirem fi elmente seus deveres religiosos, mas um pagão dotado de coração.

O texto bíblico escolhido como lema da Campanha se encerra com esta admoestação: «Filho, se adoeceres, não te descuides, mas roga ao Senhor, e ele há de te curar!» Advertência sábia e sempre atual, já que muitas enfermidades nascem da falta de cuidados e dos excessos na comida, na bebida e até mesmo no trabalho. A primeira vontade de Deus é cultivar a saúde – não por egoísmo, mas para melhor servir os irmãos. Mas, «se adoeceres, roga ao Senhor e ele há de te curar!». A oração é fonte de saúde, se não sempre para o corpo, pelo menos para a alma – que é o mais importante, de acordo com Jesus, que antes de ordenar ao paralítico: «Levanta-te do teu leito e vai para casa», lhe disse: «Teus pecados estão perdoados» (Mt 9,5-6).

Março de 2012 3

“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)

Palavra de Vida

Chiara LubichFundadora do

Movimento dos Focolares

Jesus falava do Reino de Deus às multidões que acorriam. Fazia isso com palavras simples, com parábolas tiradas do dia a dia. E, no entanto, o seu falar exercia um fascínio especial. O povo se encantava com o seu ensinamento, porque ele ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas. Inclusive os guardas enviados para prendê-lo, ao serem questionados pelos sumos sacerdotes e pelos fariseus por não terem cumprido as ordens, responderam: «Ninguém jamais falou como este homem» (Jo 7,46).

O Evangelho de João nos apresenta também luminosos diálogos individuais com pessoas como Nicodemos ou a samaritana. Com os seus apóstolos, Jesus vai ainda mais em profundidade: fala abertamente do Pai e das coisas do Céu, não mais recorrendo a fi guras; eles se sentem conquistados, e não voltam atrás nem mesmo quando não compreendem completamente as suas palavras, ou quando elas parecem ser exigentes demais.

«Esta palavra é dura» (Jo 6,60), responderam-lhe alguns discípulos quando o ouviram dizer que lhes daria o seu corpo para comer e o seu sangue para beber. Jesus, vendo que os discípulos se retiravam e não iam mais com ele, dirigiu-se aos doze Apóstolos: «Vós também quereis ir embora?» (Jo 6,67). Pedro, que já se sentia vinculado a Jesus para sempre, fascinado pelas palavras que tinha ouvido pronunciar por Ele desde o dia em que o encontrara, respondeu em nome de todos: «A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna!»

Pedro tinha entendido que as palavras do seu Mestre eram diferentes das palavras dos outros mestres. As palavras que vão da terra para a terra pertencem à terra e têm o destino da terra. As palavras de Jesus são “espírito e vida” porque vêm do Céu. Elas são uma luz que desce do Alto e tem a potência do Alto. As suas palavras possuem uma densidade e uma profundidade que as outras não têm, sejam elas de fi lósofos, de políticos, ou de poetas. São “palavras de vida eterna” porque contêm, expressam e transmitem a plenitude daquela vida que não tem fi m, porque é a própria vida de Deus.

Jesus ressuscitou e vive. E as suas palavras, embora pronunciadas no passado, não são uma simples recordação, mas são palavras que Ele dirige hoje a todos nós e a cada pessoa de todos os tempos e de todas as culturas. São palavras universais, eternas.

Teresinha do Menino Jesus escreveu a 9 de maio de 1897: «Às vezes, quando leio certos tratados espirituais, o meu pobre e pequeno espírito não demora em se cansar. Fecho o livro dos sábios, que despedaça a minha cabeça e resseca o meu coração, e tomo em mãos a Sagrada Escritura. Então tudo se torna luminoso para mim; uma só palavra descortina horizontes infi nitos à minha alma e a perfeição me parece fácil».

São muitos os mestres que nos induzem a adotar soluções fáceis, a fazer concessões. Queremos escutar o único Mestre e segui-lo, a Ele, o único que diz a verdade, que tem “palavras de vida eterna”. Assim também nós podemos repetir com Pedro: «A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna!».

Neste período de Quaresma, em que nos preparamos para a grande festa da Ressurreição, devemos colocar-nos efetivamente na escola do único Mestre e tornarmo-nos seus discípulos. Também em nós deve nascer um amor apaixonado pela Palavra de Deus.

Vamos acolhê-la com atenção quando for proclamada nas igrejas; leiamos, estudemos, meditemos a Palavra; mas, sobretudo, somos chamados a vivê-la, de acordo com o ensinamento da própria Escritura: «Sede praticantes da Palavra, e não meros ouvintes, enganando-vos a vós mesmos!» (Tg 1,22). É por isso que, a cada mês, tomamos uma Palavra em especial, deixando que ela nos penetre, nos modele, “seja ela a viver em nós”. Vivendo uma Palavra de Jesus, vivemos todo o Evangelho, porque em cada uma de suas Palavras, Ele se doa inteiramente, é Ele mesmo que vem viver em nós. É como se uma gota de sabedoria divina Dele, do Ressuscitado, lentamente fosse escavando-nos por dentro e substituindo o nosso modo de pensar, de querer, de agir em todas as circunstâncias da vida.

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São Turíbio Afonso de Mogrovejo

Testemunho de Vida

Turíbio era um brilhante advogado espanhol, tanto que fora nomeado juiz em Granda pelo rei Felipe II. Nascera na cidade de León, em 1538, e pertencia a uma família nobre e rica. Estudara nas melhores universidades da Espanha e de Portugal: Valladolid, Coimbra, Salamanca e Santiago de Compostela.

Apesar de ser correto e bom cristão, Turíbio jamais pensara em ser padre. Mas, por ser amigo do rei e homem de sua inteira confi ança, seu nome foi apresentado como candidato para ser arcebispo de Lima, no Peru. Foi assim que, em agosto de 1580, aos 42 anos, em poucos dias, ele recebeu o diaconato, o presbiterato e o episcopado...

No ano seguinte, embarcou para Lima, uma diocese então muito maior do que o país que deixava.

A situação que encontrou no Peru era simplesmente alarmante. Os espanhóis haviam ocupado o país a ferro e fogo, destruindo sem piedade as civilizações locais. Por sua vez, os missionários se dividiam em dois grupos: uns preferiam dedicar-se aos colonizadores, sem criar problemas para ninguém. Outros, pelo contrário, assumiam com coragem a causa dos indígenas autótenes e dos escravos negros trazidos da África.

Mais por medo dos conquistadores do que por convicção pessoal, índios e

escravos se faziam batizar em massa, dando origem

a um continente que se costumou denominar “de batizados, mas não de evangelizados”.

Dom Turíbio dirigiu a arquidiocese

de Lima por 25 anos, até a sua morte, ocorrida

no dia 23 de março de 1606 – dia em que também

se celebra a sua festa litúrgica.

O território diocesano era

imenso: iniciava no Panamá e se estendia até quase a Argentina. A primeira tarefa do bispo foi conhecer a diocese. A pé ou a cavalo, percorreu-a quatro vezes, administrando o sacramento da crisma para 60.000 cristãos. Em 1591, construiu o primeiro seminário da América Latina para a formação do clero local.

Publicou vários textos de catequese e diretórios pastorais e legislativos. Alguns deles foram traduzidos para as línguas locais. Aliás, para uma sintonia e proximidade maior com os índios, aprendeu as quatro línguas das etnias mais numerosas da diocese.

A esse respeito, conta-se um fato pitoresco. Em certa ocasião, num encontro de padres, alguns deles afi rmavam que os europeus eram dotados de uma inteligência muito superior à dos índios. A resposta de Dom Turíbio foi curta e taxativa: «Contudo, até hoje, eu encontrei muitos índios que aprenderam a lingua dos espanhóis, mas quase nenhum espanhol que aprendeu a lingua dos índios...».

Apesar de nunca ter sido acusado de fazer acepção de pessoas, seus preferidos foram sempre os índios, os negros e os mestiços, pois era neles que mais via esculpida a imagem de Jesus marginalizado, abandonado e desprezado. Seguindo o exemplo dos conterrâneos Bartolomeu de Las Casas (1474/1566) e Antônio de Montesinos (1480/1545), defendeu-os corajosamente contra as injustiças e violências perpetradas pelos colonizadores. Suas visitas mais frequentes e demoradas eram às aldeias indígenas. Foi numa delas que a morte o encontrou, aos 68 anos.

Costuma-se dizer que um santo faz surgir outros santos ao seu redor. Foi o que aconteceu com São Turíbio. Durante o seu serviço pastoral na América Latina, teve a alegria e o apoio de cinco santos. Dois deles, viveram ao seu lado, na capital do Peru: Rosa de Lima (1586/1617) e Martinho de Porres (1579/1639). E três eram missionários espanhóis: Francisco Solano (1549/1610), que colaborou com ele em toda a diocese, a partir de 1589; Luís Beltrão (1526/1581), que atuou por oito anos (1562/1570) na Colômbia; e Pedro Cláver (1580/1654), conhecido como o apóstolo dos negros, em Cartagena, na Colômbia.

por convicção pessoal, índios e escravos se faziam batizar

em massa, dando origem a um continente que se costumou denominar “de batizados, mas não de evangelizados”.

Dom Turíbio dirigiu a arquidiocese

de Lima por 25 anos, até a sua morte, ocorrida

no dia 23 de março de 1606 – dia em que também

se celebra a sua festa litúrgica.

O território diocesano era

escravos se faziam batizar em massa, dando origem

a um continente que se costumou denominar “de batizados, mas não de evangelizados”.

Dom Turíbio dirigiu a arquidiocese

de Lima por 25 anos, até a sua morte, ocorrida

no dia 23 de março de 1606 – dia em que também

se celebra a sua festa litúrgica.

diocesano era

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Bento XVI: mensagem da Quaresma

A Igreja é Notícia

«Prestemos atenção uns aos outros para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (Hb 10,24).

O verbo que aparece na abertura dessa exortação convida a fi xar o olhar no outro, a começar de Jesus, e a estarmos atentos uns aos outros, a não nos mostrar-nos alheios e indiferentes ao destino dos irmãos.

Também hoje a voz do Senhor chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o “guarda” dos nossos irmãos (Gn 4,9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem.

O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e fi lho de Deus: o fato de sermos irmãos na humanidade e, em muitos casos, também na fé, deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infi nitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão do nosso coração a solidariedade, a justiça, a misericórdia e a compaixão.

A atenção ao outro pede que se deseje para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspetos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafi rmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é “bom e faz o bem” (Sl 119, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim, a responsabilidade pelo próximo signifi ca querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades.

O evangelista Lucas narra duas parábolas onde aparecem dois exemplos de uma triste situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, “passam ao largo” do homem

assaltado e espancado pelos salteadores, e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro, que morre de fome à sua porta. Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de “prestar atenção”, de olhar com amor e compaixão.

O fato de “prestar atenção” ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspeto da vida cristã que me parece esquecido: a correção fraterna, tendo em vista a salvação eterna. De forma geral, hoje somos muito sensíveis ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos.

Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas comunidades maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino derradeiro.

É importante recuperar esta dimensão do amor cristão. Não devemos fi car calados diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem

a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto, a advertência cristã nunca há de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e pela misericórdia e brota de uma verdadeira solicitude pelo bem do irmão. Diz o apóstolo Paulo: “Se um homem for surpreendido em alguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi essa pessoa com espírito de mansidão, e tu olha para ti próprio para que não sejas, tu também, tentado” (Gl 6, 1).

Num mundo im-pregnado de individualismo, é necessário redescobrir a importância da correção fraterna, para caminharmos juntos rumo à santidade.

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A Igreja é Notícia

Brasil tem novo Núncio Apostólico

Dom Lorenzo deixa o Brasil

No dia 10 de fevereiro, a Nunciatura Apostólica informou que o Papa Bento XVI acabara de escolher o novo Núncio Apostólico para o Brasil, como sucessor de Dom Lorenzo Baldisseri. Trata-se de Dom Giovanni D’Aniello, até o momento núncio na Tailândia e no Camboja, e Delegado Apostólico em Myanmar e Laos.

Dom Giovanni tem 57 anos, nasceu em Aversa (Itália), foi ordenado sacerdote em dezembro de 1978. É

doutor em Direito Canônico. Ingressou no Serviço Diplomático da Santa Sé em 1983, tendo desempenhado a sua atividade junto às Representações Pontifícias do Burundi,

Tailândia, Líbano, Brasil e Seção para as Relações com os Estados da Secretaria de

Estado, no Vaticano.Foi nomeado Núncio

Apostólico na República Democrática do Congo, em 2001, e em 2010, foi transferido para a Tailândia e Camboja.

doutor em Direito Canônico. Ingressou no Serviço Diplomático da Santa Sé em 1983, tendo desempenhado a sua atividade junto às Representações Pontifícias do Burundi,

Tailândia, Líbano, Brasil e Seção para as Relações com os Estados da Secretaria de

Estado, no Vaticano.

Em meados de fevereiro, depois de nove anos de atuação no Brasil como Núncio Apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri deixou sua função e se transferiu para o Vaticano, para assumir o serviço de Secretário da Congregação para os Bispos.

Em mensagem que dirigiu à Igreja do Brasil no dia 9 de fevereiro, Dom Lorenzo assevera que o período transcorrido entre nós:

«foi para mim um tempo de rica e vasta experiência como Pastor e diplomata, ao permitir conhecer a geografi a e a história do País, bem como a cultura e a profunda religiosidade de seu povo. O contato humano, o trato com as pessoas, as calorosas acolhidas de que fui objeto, o entusiasmo de viver a fé e estendê-la aos demais marcaram o quadro da minha presença e estadia como Núncio Apostólico no Brasil, tornado possível o trabalho pastoral e diplomático, mais efi caz e profícuo. Estou deixando o Brasil com o afeto de muitos, e a constatação de uma Igreja viva e dinâmica, dentro de uma sociedade em rápida evolução».

o quadro da minha presença e estadia como Núncio Apostólico no Brasil, tornado possível o trabalho pastoral e diplomático, mais efi caz e profícuo. Estou deixando o Brasil com o afeto de muitos, e a constatação de uma Igreja viva e

Nos dias 24 a 26 de janeiro, em Crato – Ceará, foi realizado o Seminário Nacional das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), em preparação ao 13º Intereclesial, que acontecerá de 07 a 11 de janeiro de 2014, em Juazeiro do Norte – Diocese de Crato/CE.

O Seminário faz parte do processo formativo dos membros das CEBs, no espírito da Missão Permanente na América Latina e Caribe. Teve como objetivo reafi rmar a identidade das CEBs, como romeiras do Reino de Deus.

Entre os participantes, de todo o Brasil, a Diocese de Dourados esteve representada pelo Pe. Adriano Van de Ven, por Ir. Gema Menegat e Cícera da Silva Lima.

Seminário Nacional das CEBs

Logomarca da JMJNa noite do dia 7 de fevereiro, o arcebispo do Rio de

Janeiro e Presidente do Comitê Organizador da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, Dom Orani João Tempesta, apresentou a logomarca ofi cial do evento. O vencedor do concurso foi o designer gráfi co Gustavo Huguenin, do município de Cantagalo, na Diocese de Nova Friburgo.

A logomarca apresenta o Cristo Redentor envolto por um coração nas cores do Brasil.

Além de uma multidão de jornalistas e de jovens especialmente convidados, a cerimônia contou com a presença do governador do Estado, Sérgio Cabral, do prefeito municipal, Eduardo Paes, do presidente da CNBB, cardeal Dom Raymundo Damasceno, do Núncio Apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri e de todos os 110 bispos (entre eles, Dom Redovino) que, naquela semana, se encontravam no Rio participando de um curso sobre o Concílio Vaticano II.

Março de 2012 7

Sou um padre sujo: lava-me, Senhor!Opiniões que fazem opinião

de comer do teu corpo e beber do teu sangue. Sei que voltarei a sujar a minha vida, mas sei também que a tua misericórdia me chamará de novo para ser purifi cado.

Não há como duvidar, Senhor, que todo pecado é traição do teu amor, mas que os pecados dos teus ministros sacerdotes e bispos de tua Igreja, e mesmo do papa, por mínimos que sejam, são sempre grandes, porque todos os olhos do povo peregrino, nômade, sofrido nas noites escuras, fi xam-se em nós, procurando em nós o rosto de Cristo.

Que te posso dizer, Senhor? Sou um sacerdote sujo: lava-me, purifi ca-me e torna-me capaz de derramar sobre os outros, pelo sacramento da confi ssão, o teu sangue que lava e dá nova vida a todos os pecadores.

Deixa, Senhor, que eu desça de meu pedestal e imite a ti, não só uma vez, no rito de Quinta-Feira Santa, no lava-pés, mas todos os dias eu saiba me cingir de toalhas e lavar os pés dos outros e enxugá-los!

(Artigo publicado por “O Lutador”, 11-20 agosto de 2011).

Toda quinta-feira Santa, sinto-me como sacerdote pequeno-grande, sujo, um pouco traidor e medroso como os apóstolos no Cenáculo.

Sinto-me sujo por fora e por dentro. Tenho caminhado pelas estradas do mundo e tenho me deixado contaminar por tanta sujeira; pela sujeira do relativismo teológico e moral.

Sou sujo porque tenho fugido da cruz e fi ngido amá-la.

Estou sujo pelos meus pecados e pelos pecados dos outros, por todas as vezes que não tenho dado bom exemplo e não tenho falado a verdade por medo dos outros; tenho mimetizado e dulcifi cado o evangelho de Jesus para não perder amigos e amigas.

Tenho o coração sujo porque não sei amar, ou amo fazendo particularidades e separando a humanidade em bons e maus, deixando de lado tantos irmãos e irmãs que vivem ao meu redor e que são, sem dúvida, melhores do que eu.

O coração está sujo porque apegado às coisas da terra, e não sei olhar para o céu.

Senhor, sinto-me sujo. É por isso que em cada Quinta-Feira Santa quero

que tu me laves, não os pés, mas todo o corpo, a alma, o coração, para que possa sentar-me na Ceia e ser digno

Frei Patrício Sciadini, OCD

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1º Encontro“Ele se aproximou e se compadeceu”

Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar um pequeno altar com a bíblia, vela e fi guras relacionadas ao tema do dia. Acolher todos os presentes com um abraço fraterno de boas vindas. Canto:Amigo/a, que bom que você veio...

Animador/a:O tema de hoje: “Ele se aproximou e se compadeceu” nos leva à certeza de que Jesus é aquele que se compadece de nossas enfermidades, de nossas chagas, de nossas feridas, de nossas dores... Com esta motivação, iniciemos cantado o sinal de cruz, sinal da vitória de Cristo sobre a morte, sinal da Santíssima Trindade. Em nome do Pai...Canto: A tua ternura Senhor...

Leitor/a 1: No livro do Atos dos Apóstolos, São Pedro numa de suas pregações sobre Jesus após a sua ressurreição, dá testemunho de que Jesus andou por toda a parte, fazendo o bem e curando...(At. 10, 38) desta forma ele se fez bem próximo das pessoas que Deus colocou em seu caminho, sejam eles: doentes, marginalizados e excluídos, principalmente os mais

fragilizados na sua saúde.Todos/as: Senhor, fazei-nos, solidários e solidárias às dores e enfermidades do povo.

Leitor/a 2: Nesta Campanha da Fraternidade – 2012, que tem como lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra”, o apelo de Deus a cada um de nós é que nossa conversão nos leve a ter um cuidado especial com todos os que estão enfermos em primeiro lugar e insistir que as instituições que tratam da saúde sejam um bem de todos.

Todos/as: Senhor, fazei-nos, solidários e solidárias às dores e enfermidades do povo.

Leitor/a 3: Nesta quaresma,fazendo mais uma vez a experiência do Cristo Sofredor que veio para curar

a todos e todas, lembremos neste encontro de todos os idosos, doentes de nossa comunidade.

Todos/as: Senhor, fazei-nos, solidários e solidárias às dores e enfermidades do povo.

Leitor/a 4: A Palavra de Deus que vamos ouvir neste encontro, nos fala de um encontro de Jesus com alguém que estava acamada, passando pelos desafi os de uma saúde frágil. Cantemos juntos, aclamando o Evangelho.

Canto: A vossa palavra Senhor, é sinal de interesse por nós.../ ou Buscai primeiro...

Evangelho:Mc 1, 29-34.

1. Comente sobre a atitude de Jesus e a nossa, frente aos doentes e necessitados.

ANIMADOR/A: O compromisso de Jesus nos leva à consciência de que a

saúde começa dentro de casa, começa pela família, e se estende a todos aqueles e aquelas que o Evangelho nos leva a conhecer, “eu estava doente, e cuidaram de mim” (Mt 25, 36.

2. Qual o compromisso que podemos assumir concretamente frente à Palavra de Deus que acabamos de ouvir?

Leitor/a 5: Animados pela Palavra e iluminado por este tempo de penitencia e conversão que a Igreja nos propicia, preparemos nossos corações elevando a Deus nossa oração por todos os que estão em situação de sofrimento, com a saúde comprometida, necessitando de cuidados especiais, rezemos.

Todos/as:Vem em nosso auxilio, Senhor.

Leitor/a 6: Como forma de compromisso frente aos apelos da Campanha da Fraternidade-2012 “Que a saúde se difunda sobre a terra”, que o nosso empenho para uma vida digna não permaneça somente neste tempo da quaresma, mas seja uma inquietude constante nos nossos corações durante toda a nossa vida, rezemos.

Todos/as: Ajuda-nos, Senhor para que sejamos luz aos irmãos!

Animador/a: Rezemos juntos/as a ORAÇÃO DA CAMPANHA 2012.(procurá-la no encontro anterior)

Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai...

BÊNÇÃO FINALQue o Senhor nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo o mal. Pai, Filho e Espírito Santo. AMÉM!

Canto Final: Cristo, quero ser instrumento de tua paz e do teu infi nito amor...

ABRINDO OS OLHOS PARA VER

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS

PARTILHANDO A PALAVRA

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REZANDO A PALAVRA

ORAÇÃO FINAL

Março de 2012 9

2º EncontroCheio de compaixão, Ele os tocou

Círculos Bíblicos

Acolhida: Colocar em destaque a Bíblia,vela,ramos de plantas medicinais e uma vasilha com chá. Com palavras de boas vindas, alguém da casa motiva uma acolhida mútua, com um abraço fraterno.

Animador/a: Dando continuidade ao período quaresmal, prossigamos com entusiasmo o nosso encontro fraterno, invocando a Trindade Santa, cantando:Nas horas de Deus Amém/ Pai, Filho,Espírito SantoLuz de Deus em todo canto/ nas horas de Deus, Amém

Animador/a: Jesus Cristo vivenciou profundamente nossa condição humana com tudo o que ela supõe: Dores, angustias, medos,desesperanças... Portanto, Ele é capaz de uma verdadeira compaixão, porque foi solidário com as fraquezas humanas, experimentando-as em si mesmo na cruz. Dessa forma, podemos nos recorrer a Ele, como aquele que se faz Deus conosco, aproximar -nos dEle com toda a confi ança e abertura de coração.

Leitor/a1:Quaresma e o tempo oportuno, caminho que nos leva ao encontro do Crucifi cado-Ressuscitado. Este caminho supõe mudança de vida, transformação da pessoa que recebeu, desde o seu batismo a graça de ser discípulo(a) missionário(a), na compaixão e solidariedade, conforme

nos ensinou Jesus com sua própria vida.Lado A: Senhor Deus de amor, Pai de bondade, nos vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida, pelo amor com que cuidais de toda a criação.

LadoB: Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores; sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.

Todos/as: Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito. Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão, se faça sempre mais solidária as dores e enfermidades do povo, e que a saúde se difunda sobre a terra. Amém.

CANTO: Conversão, justiça, comunhão e alegria no cristão é missão de cada dia.Feliz quem tem coração de pobre, dele e o reino, Cristo falou.Grito de Fé e de Esperança num só caminho de paz e amor.

Animador/a: Palavra de Deus a qual vamos hoje refl etir, nos ajuda rezar a sensibilidade de Jesus para com as necessidades daqueles que o procuram. A sua compaixão é sem medida. Sua atitude aguça a nossa Fé e provoca seguimento.

CANTO: (se possível, da CF 2012) ou:Senhor, que queres que eu faça/ Senhor, que queres de mim.Mostra-me os teus caminhos/Senhor, que queres de mim.

EVANGELHO: Mt 20, 29-341. Qual o versículo que chamou mais a sua atenção? Comente.2. O que diz esta Palavra de Deus como iluminação para a sua vida?3. A que compromisso concreto te conduz?

CANTO: (à escolha do grupo )

Salmo 25

Lado a: A Ti, Javé, elevo a minha alma. Em Ti confi o, meu Deus.

Lado b: Mostra-me os teus caminhos, Javé, ensina-me as tuas veredas.

Lado a: Guia-me com a tua verdade. Ensina-me, pois tu és o meu Deus

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salvador, e em ti espero o dia todo.

Todos/as: Javé é bondade e retidão, e aponta o caminho aos pecadores.Ele encaminha os pobres conforme o direito, e ensina aos fracos o seu caminho.As veredas de Javé são todas amor e verdade,Para os que guardam sua aliança e seus preceitos.Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.......

Animador/a: No Evangelho que rezamos hoje, Jesus pergunta aos dois personagens:“O que vocês querem que eu faça por vocês”?Como nosso compromisso concreto, a quem precisamos dirigir esta mesma pergunta?

Chegando ao fi nal do nosso encontro, demo-nos as mãos e rezemos com fé a oração ensinada pelo próprio Jesus... Pai Nosso.

Que o Deus misericordioso e compassivo nos acompanhe, nos oriente e nos conduza!Que ele nos dê a sua benção e suas graças, todos os dias de nossa vida.Ele que é Pai, Filho, Espírito Santo! Amém.CantoFinal: (Abraço da Paz)

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3º Encontro“Bom Samaritano é aquele que cuida”

Círculos Bíblicos

Acolhida: Criar um bom ambiente; dar as boas-vindas, colocando as pessoas à vontade!Preparar símbolos: Bíblia, vela acesa e azeite/óleo e algodão.

Animador/a: Amadas irmãs e irmãos, boas vindas! Que bom estarmos aqui para mais um encontro fraterno! Estamos em tempo de quaresma. Nele também celebramos a Campanha da Fraternidade com o Tema: Fraternidade e Saúde Pública e o Lema: Que a saúde se difunda sobre a terra.Com alegria iniciemos cantando: Em nome do Pai...

Leitor /a 1 : O Brasil possui mais de 192 milhões de habitantes (IBGE 2010). Vários municípios, porém, principalmente das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, não dispõem de profi ssionais de saúde para os cuidados básicos; em centenas deles não há profi ssional médico para atendimento diário à população. Cerca de 150 milhões de brasileiros dependem do SUS para ter acesso aos serviços de saúde (cerca de 78% da população). O Brasil está longe de dedicar à saúde pública a devida atenção; em 2008, o SUS apenas gastou 3, 24% do PIB (Produto Interno Bruto).

CANTO: “Vem, ó Senhor, com teu povo caminhar. Tua Palavra, vida e força vem nos dar”

Leitor /a 2: Senhor, nosso Deus, Pai e Mãe, tu conheces o íntimo de cada pessoa; suas tristezas e alegrias, suas angústias e esperanças. Olha para nós, com carinho e ternura! Lembra-te, de um modo especial, do teu povo doente, sofredor, machucado e marginalizado. Que encontrem em sua vida um Bom Samaritano, cheio de misericórdia!Todos/as: Toca, Senhor, o nosso coração para acolher e cuidar, com bondade e misericórdia, de nossos

irmãos e irmãs doentes, em casa ou nos hospitais; cuidar com bondade de todas as pessoas que sofrem em abrigos, nas ruas da cidade ou mesmo à beira da estrada. Fortalece o nosso compromisso no cuidado e na defesa de melhores condições de vida e de saúde para todos e todas!

Animador/a: A parábola do Bom Samaritano indica qual deve ser a conduta do verdadeiro discípulo ou discípula de Jesus, como condição indispensável para um dia participar da Vida Eterna: a acolhida, o cuidado, o amor ao próximo sem limites, seja quem ele for! O Bom Samaritano, considerado pelos judeus sem religião, é movido de compaixão. Seu amor pelo desconhecido, que está ferido à beira da estrada, é espontâneo, desinteressado e efi caz!

Canto de aclamação. (à escolha do grupo)

Leitor/a 3: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 10, 25 – 37

Animador/a: 1)O que diz esta Palavra de Deus para sua vida? 2) O que falta ainda para sermos uma comunidade samaritana?

Canto: Um refrão da C.F ou à escolha do grupo.

Oração da CF 2012

Todos/as: Senhor, Deus de Amor, Pai de bondade, nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida; pelo amor com que cuidais de toda a criação.

Leitor/a 4: Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores; sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.

Todos/as: Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito. Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão, se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo, e que a saúde se difunda sobre a terra. Amém!

Animador/a: A Igreja, como mãe, aproxima-se e cuida dos doentes, dos fracos, dos feridos, de todas as pessoas que se encontram à beira da estrada. “Vai e faz a mesma coisa!”, foi a ordem de Jesus na Parábola do Bom Samaritano.3. O que posso fazer de concreto, em minha comunidade pelos doentes e sofredores que necessitam de cuidado?

Animador/a: Terminemos este nosso encontro bíblico com a oração da fraternidade, a qual nos faz irmãos e irmãs, comprometidos com o cuidado mútuo e sincero.PAI NOSSO... (poderá ser cantado)

(Ungir os presentes com óleo)

Animador/a: Que o Deus, Pai e Mãe, com sua mão protetora, nos guie em nossa caminhada! Amém.- Que Ele nos guarde em seu amor e em sua paz! Amém. - Faça brilhar sobre nós a sua face misericordiosa! Amém.- Que sua bênção nos acompanhe; a bênção do Pai, do Filho e do Espírito Santo! Amém.

Canto Final e abraço da paz

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Março de 2012 11

Círculos Bíblicos

4º Encontro“Antes prevenir do que remediar”

Acolhida: Criar um ambiente agradável e acolhedor. Pensar em alguns símbolos que possam favorecer o encontro.

Animador/a: Amados irmãos e irmãs! Que bom poder nos encontrar hoje e dar continuidade aos nossos encontros da quaresma em preparação à grande Páscoa do Senhor.Vamos nos acolher mutuamente com um abraço fraterno. Iniciemos agora o nosso encontro, invocando a Trindade Santa, cantando: Em nome do Pai, do Filho também/ Em nome do Espírito Santo Amém. Amém aleluia, amém aleluia, amém aleluia, aleluia, amém.

Animador/a: Vamos recordar que nestas semanas da quaresma, estamos rezando em torno do Tema da C.F: “Fraternidade e saúde pública. E o Lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra. Isto nos faz lembrar que a saúde é um precioso bem e um direito necessário a todos.

Leitor/a 1: Mais importante que curar, é promover condições para que todos tenham vida em abundância, evitando as doenças e os sofrimentos como conseqüência da mesma.

Leitor/a 2: Nos últimos anos, através dos diversos meios de comunicação, a Igreja tem marcado importante presença em campanhas de esclarecimentos sobre os principais e necessários cuidados com a saúde e prevenções contra diferentes tipos de doenças as quais vem atingindo grande parte da população brasileira.

Animador/a: Em comunhão com tantas outras comunidades como a nossa, rezemos a oração própria da Campanha da Fraternidade 2012.

Todos/as: Senhor, Deus de Amor, Pai de bondade, nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida; pelo amor com que cuidais de toda a

criação.

Leitor/a 3: Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores; sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.

Todos/as: Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito. Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão, se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo, e que a saúde se difunda sobre a terra. Amém!

Animador/a: “Prudência e vigilância” são as palavra chaves do Evangelho de hoje.Com o coração aberto e acolhedor, preparemo-nos para a escuta atenta da Palavra de Deus, cantando:Canto de aclamação. (à escolha do grupo)

Leitor/a 5: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mt 25, 1-13

Animador/a: 1)Você tem planos para o futuro? Você vive com prudência e vigilância, evitando excessos, discernindo entre o certo e o errado para sua vida e saúde? 2) Para você, quem são as virgens prudentes hoje? Quem são as virgens descuidadas? O esposo? O que é o óleo?

Canto: Um refrão da CF ou à escolha do grupo.

SALMO 103:Lado A: Bendiga a Javé, ó minha alma/ e todo o meu ser ao seu nome santo!Bendiga a Javé, ó minha alma/ e não se esqueça nenhum dos seus benefícios.

Lado B: Ele perdoa suas culpas todas/e cura todos os seus males.

Ele redime da cova a sua vida/ e a coroa de amor e compaixão.

Lado A: Ele sacia seus anos de bens e sua juventude se renova, como a da águia.

Lado B: Javé faz justiça e defende todos os oprimidos.Revelou seu caminho a Moisés/ e suas façanhas aos fi lhos de Israel.

Lado A: Javé é compaixão e piedade/ lento para a cólera e cheio de amor.Glória ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo....

Animador/a: Que o Senhor, Deus da vida e do amor nos abençoe e nos proteja. Amém...

Animador/a: Mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém...

Animador/a: Volva para nós o seu rosto e nos dê a paz. Amém...

Animador/a: O Senhor nos Abençoe, Ele que é Pai, Filho, Espírito Santo. Amém...

Animador/a: Vamos em paz e que o Senhor nos acompanhe.

Canto fi nal à escolha do grupo.

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Pe. Alexsandro S. LimaParóquia Rainha dos

Apóstolos

A partir daquilo que foi comentado na edição anterior da Revista Elo, por que os 7 Sacramentos estão divididos em três grupos?

Pergunte e Responderemos

A pergunta é muito signifi cativa, visto que é preciso compreender os sacramentos como ação divina durante toda a nossa vida.

Quando nascemos nossos pais ou responsáveis nos apresentaram à Comunidade, a fi m de sermos batizados. A partir da fé recebida dos Apóstolos (cf. Mateus 28,19) somos, então, admitidos entre os fi lhos e fi lhas de Deus. Logo após, durante o processo natural de desenvolvimento humano, recebemos a instrução da fé em Jesus Cristo (ao menos deveria ser assim) à recepção dos demais sacramentos. Esta educação na fé cristã chamamos de catequese. Este período deve ser compreendido por um tempo em que o jovem, à semelhança dos discípulos de Emaús (cf. Lucas 24, 13-35), faz um caminho catequético. Nele, o catequizando será iniciado na Sagrada Escritura, no testemunho e na Tradição da Igreja, bem como, na doutrina e ensinamentos da mesma. Após este itinerário receberá os outros dois sacramentos: Eucaristia (1ª Comunhão) e Confi rmação (Crisma).

Estes três sacramentos são denominados de Iniciação

Cristã. Signifi ca que eles nos introduzem, nos alimentam e nos enviam à missão para a qual somos convocados a viver no mundo.

Quando se fala em convocar, isto é, em

vocação, precisamos nos remeter àqueles sacramentos, en-tendidos como de

serviço à pessoa humana. São dois:

o Matrimônio e a Ordem. Ambos foram

instituídos por Cristo, em vista do bem comum. Não somos seres isolados no mundo, ao contrário, todas as nossas ações e escolhas trazem, naturalmente, implicações à comunidade na qual estamos inseridos.

Há séculos homens e mulheres se consagram a Deus, seja numa vocação mais restrita a uma pequena comunidade familiar - Matrimônio, ou mesmo a um grande número de pessoas, em uma comunidade mais abrangente – Ordem.

Nesta nossa caminhada, ora estamos eufóricos com os êxitos alcançados, ora nos encontramos desanimados, pelo fato de nos depararmos com nossas incongruências e limites, na vivência de nossa vocação. Em outras palavras, nos defrontamos com o pecado. Ele se constitui uma realidade latente em nossas vidas, do qual nenhum de nós passa ileso. Todavia, na Igreja, temos a graça de recebermos, sempre quando necessário, os sacramentos de cura - Reconciliação (Confi ssão) e Unção dos Enfermos. Sendo que o primeiro vai ao encontro desta nossa realidade de pecado. A Reconciliação não é recebida uma única vez, mas sempre que sentimos urgência de, como o fi lho arrependido, voltar aos braços do Pai amoroso, que nos aguarda ansiosamente, a fi m de perdoar nossas faltas e nos envolver com seu amor (cf. Lucas 15, 20-21). Se no início afi rmei que os sacramentos nos acompanham durante toda nossa vida, devo admitir que também faz parte de nossa natureza adoecer. Isto não constitui um castigo ou provação, visto que a enfermidade é consequência do tempo, que inevitavelmente nos leva ao envelhecimento. Isto signifi ca dizer que, felizes àqueles que conseguem chegar à longevidade vendo-se fragilizados em seu corpo, mas não em sua fé. O sacramento da Unção dos Enfermos, está para nós como um remédio espiritual, a fi m de nos dar força, esperança e capacidade para superarmos as intempéries de uma enfermidade grave ou cirurgia de risco. Por este sinal, visível e efi caz, distribuído por Sua Igreja, nosso bom Deus vem nos visitar, para nos dar a certeza de que tudo aquilo que Ele realiza em nós, é, em última instância, prova do seu amor e de sua permanência ao nosso lado.

Sendo assim, busquemos nos sacramentos, fonte de esperança e reconciliação, o amor de Deus, que dá sentido verdadeiro à nossa vida e nos encaminha à salvação.

Estes três sacramentos são denominados de Iniciação

Cristã. Signifi ca que eles nos introduzem, nos alimentam e nos enviam à missão para a qual somos convocados a viver no mundo.

Quando se fala em convocar, isto é, em

vocação, precisamos nos remeter àqueles sacramentos, en-tendidos como de

serviço à pessoa humana. São dois:

o Matrimônio e a Ordem. Ambos foram

instituídos por Cristo, em vista do bem comum. Não somos seres isolados no mundo, ao contrário, todas as nossas ações e escolhas trazem, naturalmente, implicações à comunidade na qual estamos inseridos.

Março de 2012 13

A Diocese em Revista

Escola CatequéticaA c o n t e c e u

nos dias 16 a 22 de Janeiro, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Maracaju, o I Curso Intensivo de Técnica vocal, ministrado pelo professor de

Música Joaquim Dias Satelis. O curso foi organizado em âmbito paroquial e contou com a presença de 35 pessoas.

A motivação surgiu do desejo de conhecer e aprimorar o conhecimento técnico-musical dos cantores. O curso foi desenvolvido a partir de um repertório, nos aspectos teórico e prático, sendo alguns dos assuntos abordados: aquecimento vocal, os pilares do canto: respiração, articulação e ressonadores, extensão vocal, tipologia vocal, timbres, falsetes, as vozes corais, exercícios de trava-língua, o uso do microfone, dicas de ensaio, a infl uência dos medicamentos na voz, higiene e conservação da voz.

A Comunidade São Sebastião, situada no Distrito de Vista Alegre há 54 km de Maracaju, realizou a festa em honra ao seu padroeiro. Após o novenário, marcado pela participação e oração do povo, no dia dedicado ao santo, 20 de janeiro, houve procissão, missa com batizado. No dia 21 o tradicional baile, e dia 22, o evento foi fi nalizado com almoço festivo.

I Curso de Técnica vocal

Festa de São Sebastião

Pastoral da CriançaAconteceu no dia 11 de janeiro na

Paróquia São João Batista em Dourados, uma celebração Eucarística, em memória à Dra. Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral da Criança. A celebração foi organizada pelo Coordenador de Ramo e equipe.

O Pároco e Assessor da Pastoral da Criança na diocese, Pe. Alberto Wiese, enalteceu a dedicação realizada pela Dra.; agradeceu o trabalho das líderes e

pediu a Deus: bênção, ânimo e perseverança, a fi m de que todas continuassem com fi rmeza a missão da Pastoral.

Nos dias 11 e 12 de fevereiro, aconteceu no IPAD, a primeira etapa da Escola Bíblico Catequética Maria de Nazaré, com as disciplinas

de Eclesiologia e História da Igreja. Estiveram presentes 105 catequistas, provenientes de quase toda a diocese.

Agradecemos o apoio dos párocos pelo incentivo e envio dos catequistas. Esperamos contar com maior participação de catequistas, que desejam aprtimorar, renovar e apronfudar o conhecimento acerca da fé.

EFAPA c o n t e c e u

nos dias 23 a 28 de janeiro, no IPAD, a Escola de Formação de Agentes de Pastoral, contou com a participação de pessoas atuantes nas comunidades e religiosas de quatro dioceses. Concluíram o curso, realizado por módulos, Ana Cláudia T. Marques e Leonice D. Reginatto, ambas de Glória de Dourados.

Jovens em oraçãoO Ministério jovem

“Agnus Dei”, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Dourados, realizou nos dias 3 a 5 de fevereiro o Acampamento de 1ª Experiência. Cerca de 120 jovens participaram

do encontro. O evento aconteceu na Escola Agrícola André Capelli em Dourados. No mesmo fi nal de semana, o Ministério jovem “Ruah” da paróquia Rainha dos Apóstolos, realizou o retiro de 1ª experiência, no IPAD, com 130 participantes.

O Ministério jovem “Abba”, da Comunidade Santo André também realizou retiro com aproximadamente 50 jovens. Os jovens do acampamento “FAC” também estiveram acampados naquele fi nal de semana e reuniram cerca de 126 jovens e adolescentes.

Ruah

Agnu

s Dei

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A Diocese em Revista

Mensagens recebidasColetas

Quero parabenizar pela revista Elo, recebi na paróquia e quero dizer que fi cou muito bonita, explicativa, e trouxe muitas informações que evangelizam. Vou ler com bastante atenção, e colocar junto com as revistas da Toca de Assis e da Canção Nova e doar a alguns lugares para evangelização. (hospitais, consultórios, orfanatos, etc...)

Parabéns a todos por esta nova revista.Marluce - Paróquia São Carlos - Dourados

PARÓQUIA MISSIONÁRIA EVANGELIZAÇÃO

Amambai 883,00 1.300,00

Antônio João 150,00 52,25

Aral Moreira 550,00 550,00

Caarapó 638,95 924,00

Coronel Sapucaia 363,00 368,00

Deodápolis 1.060,00 830,00

Douradina 425,65 1.264,00

Ddos – Bom Jesus 1.782,35 1.352,55Ddos – N S Aparecida 398,30 307,00

Ddos – N S Auxiliadora/ Indápolis 906,05 780,00

Ddos – N S da Conceição 3.976,05 3.558,00

Ddos – N S de Fátima 2.617,50 2.063,70

Ddos – N S do Carmo 250,00 250,00Ddos – Rainha dos Apóstolos 1.067,00 1.451,05Ddos – Sagrado Coração de Jesus 1.285,35 830,90

Ddos – Santa Teresinha 741,60 530,50Ddos – São Carlos 2.408,75 2.679,20

Ddos – São João Batista 1.293,20 1.699,50

Ddos – São José Operário 2.422,00 2.020,00

Ddos – São Pedro/ Vila São Pedro 226,00 369,75

Fátima do Sul 610,00 1.232,00Glória de Dourados 600,00 1.091,25

Itamaraty 603,00 812,00

Itaporã 620,00 780,50

Laguna Carapã 925,00 534,85

Maracajú 4.892,70 5.068,65Nova Alvorada do Sul 405,70 703,55

Ponta Porã – Div Espírito Santo 930,00 1.030,00

Ponta Porã – São José 2.534,00 1.500,00Rio Brilhante 3.283,85 1.252,00

Vicentina 626,25 150,00

TOTAL 39.475,25 37.335,20

Obrigado pelo envio da Revista ELO e parabéns pela audácia e pela beleza.

Digo audácia por saber que não é facil manter um periódico assim,mas confi o na capacidade de voces e na proteção da Imaculada! Avante e parabéns!

Li e gostei da apresentação! Deus seja louvado pois isto ennaltece o Regional!

Dom José Moreira

Bispo de Três Lagoas

“A Diocese de Dourados está de parabéns! A revista fi cou ótima! Uma iniciativa que honra e rejubila a Igreja do Mato Grosso do Sul!”

Dom AntoninoBispo de Coxim

Estimados,Quero parabenizá-los pela nova confi guração do

Elo agora em forma de Revista.Como gostaria de receber esta Revista. Se me for

enviado serei eternamente grato. Abraços.

Pe. Afonso, CSsRManaus - AM

Primeiramente, gostaria de parabenizar a Equipe pela melhoria da revista. Em segundo lugar, desejo deixar uma sugestão. Acredito que algumas coisas importantes que eram divulgadas nas edições anteriores deveriam continuar, como a “Psicologia para a Família” e “Só Para Crianças”, pois as mensagens são excelentes, e eu mesma utilizo para enviar por e-mail aos amigos.

Maria Aparecida Furtuoso Gomes

Foi motivo de muita alegria receber a primeira edição do Elo em forma de revista. Assim, eu tive a oportunidade de acompanhar mais de perto a caminhada da “Igreja Coração”, que está em Dourados, no Mato Grosso do Sul.

Dom Francisco ZuglianiBispo Emérito de Amparo

Março de 2012 15

Fatos em foco

Aniversariantes

Nascimento10. Roberto de Souza (Comunidade Betel)

25. Ir. Geni Oliva Giareton, imc

26. Ir. Maurilia Carra, isj

30. Ir. Tânia Elisabete dos Santos, ufcc

Padres e Diáconos

Nascimento

01. Pe. Júnior César C. da Silva

10. Diác. Heitor Espíndola

11. Pe. Laurindo Zeni, SAC

13. Fr. Bernardo Dettling, OFM

21. Pe. Roberto D. Vicente, MPS

23. Pe. Marcos Roberto P. da Silva

25. Fr. Rogério Viterbo de Souza, OFM

30. Diác. Luiz Wanderlei Schluchting

Agenda Diocesana

Datas Signifi cativas

01 a 04 – Convivência do Caminho Neocatecumenal, no IPAD02 a 04 – Acampamento de Casais (Campistas)03 e 04 – Formação para a Pastoral da Criança, em Amambai – Encontro das Pastorais Sociais, em Indápolis04 – Crismas em Antônio João05 a 08 – Reti ro para sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, no IPAD08 e 09 – Encontro para sacerdotes e religiosos chegados recentemente à Diocese09 a 11 – Convivência do Caminho Neocatecumenal, no IPAD10 e 11 – Crismas em Dourados (Paróquia Nossa Senhora de Fáti ma)13 – Reunião da Coordenação Diocesana de Pastoral e dos Vigários Forâneos15 a 18 – Convivência do Caminho Neocatecumenal, no IPAD17 a 18 – Formação para a Pastoral da Criança, em Ponta Porã – Escola Catequéti ca Diocesana, no IPAD – Encontro da

Cáritas Diocesana18 – Crismas em Aral Moreira – Formação para Agentes do SAV nas Foranias de Dourados22 a 25 – Convivência do Caminho Neocatecumenal, no IPAD23 a 31 – Encontro Regional da Pastoral da Criança24 - Inauguração do Templo do Coração Eucarísti co, na Toca de Assis25 – Crismas em Dourados (Paróquia Nossa Senhora do Carmo) - Missa do bispo diocesano na catedral, pelo seu 11º aniversário de ordenação episcopal – Encontro dos Ministros Veteranos da Forania de Amambai26 a 28 – Reunião do Conselho Regional de Pastoral, em Campo Grande29 – Reunião do Conselho Diocesano de Assuntos Econômicos29 a 31 – Convivência do Caminho Neocatecumenal, no IPAD

02 – 1ª Sexta-feira do mês – Dia de oração pela Igreja diocesana04 – 2º Domingo da Quaresma08 – Dia Internacional da Mulher11 – 3º Domingo da Quaresma18 – 4º Domingo da Quaresma19 – São José, padroeiro da Igreja20 – Início do Outono

21 – Dia Internacional contra a Discriminação Racial22 – Dia Mundial da Água24 – Martí rio de Dom Oscar Romero, em El Salvador25 – 5º Domingo da Quaresma 26 – Anunciação do Senhor

Religiosas

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Fatos em foco

Dom Leonardo visita DouradosDom João Braz de Aviz é nomeado cardeal

Frei Érico

Frei Éterson

Frei Aguinaldo

O Papa Bento XVI nomeou no dia 6 de janeiro de 2012, 22 novos cardeais. Entre eles está o brasileiro Dom João Braz de Aviz, que desde o dia 4 de janeiro de 2011 é o Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada. Antes, Dom João esteve à frente da arquidiocese de Brasília. Ele é irmão do Pe. Amauri, que trabalhou

durante vários anos em nossa diocese.

No fi nal de janeiro, Dom Leonardo Stainer, Secretário Geral da CNBB, esteve em Dourados visi-tando algumas al-deias indígenas da Diocese para conhecer mais de

perto a realidade e expressar, em nome da Igreja Católica, o compromisso de fazer o possível, junto a quem de direito, para que se chegue a uma solução justa para todos.

No dia 11 de janeiro, Frei Érico, Ofm, completou 41 anos de vida missionária no Brasil. Desde 1982 está presente na diocese de Dourados. Trabalhou nas paróquias São José de Itaporã e Divino Espírito Santo em Rio Brilhante, onde atualmente reside. Com grande ardor missionário, dedicou sua vida à Juventude, à Pastoral familiar, ao povo Sem-Terra, às crianças, ao estudo bíblico dos leigos, sem contar o serviço aos pobres, garantindo-lhes dignidade, luta por moradias e perseverança na fé. Parabéns Frei Érico por sua vida, dedicação e vocação aos pobres.

Toca de AssisNo sábado à tarde, dia 24 de março, a Toca de Assis

inaugurará solenemente o templo do Coração Eucarístico de Jesus, destinado à adoração perpétua. A celebração será presidida pelo bispo diocesano, Dom Redovino Rizzardo. As Irmãs da Toca convidam os amigos e colaboradores a participarem de um evento que vem coroar um sonho acalentado há longos anos.

Posse do Frei Éterson Antônio Terce na Paróquia São José Operário em Dourados.

(19/02/12)

Posse do Frei Aguinaldo Santana Pereira na Paróquia Divino Espírito Santo em Rio Brilhante.

(19/02/12)

Crisma

Dom Redovino confere o Sacramento da Crisma no dia 18 de fevereiro a 41 jovens da paróquia Rainha dos Apóstolos de Dourados.

Studio 7 ProduçõesO XXIII Carnaval com Cristo, promovido pela Renovação Carismática Católica, reuniu milhares de pessoas da cidade de Dourados, num ambiente sadio e agradável, no qual todos puderam louvar a Deus, se divertir muito e fazer novas amizades. Foram dias de muita oração, adoração, meditação da Palavra, shows e animação.

Março de 2012 17

Vida em família

Ser ou Aparecer?

Padre Reginaldo CarreiraConferencista, cantor e

compositor

Lamentável! Não é possível fi car alheio a um fato tão violento como o ocorrido naquela escola do Rio de Janeiro. E, tristemente, uma das consequências se deu com outro ex-aluno de outra escola que ameaçou abrir fogo contra sua ex-diretora e quem estivesse por perto. Não existem justifi cativas, é óbvio. Mas, sem querer abordar aqui as motivações inconscientes dos problemas sociais, familiares ou mentais que levaram a tal atitude, o fato trágico, que terminou com a morte de diversas crianças e o trauma de toda uma sociedade, trouxe de volta a discussão sobre o porte de armas e suas consequências. Assim como a importância dos valores familiares e sociais que fundamentam a estrutura e a formação do indivíduo.

Muito se foi abordado nos meios de comunicação e nos comentários de internet sobre o porte de arma e assuntos de segurança; mas o que quero refl etir aqui é sobre qual valor orientou o assassino e tantos outros, até crianças, que pensam poder tudo e fazer tudo porque lhes foi tirado supostamente tudo.

Segundo apontam as primeiras investigações, um dos motivos que nortearam o assassino foi a confi rmação de que ele sofria bullying, e que por isso precisava se vingar não diretamente dos agressores, mas da história de vida com sofrimento e isolamento motivados por tais agressões e xingamentos.

Sem negar aqui as consequências e a gravidade do bullying, há de se pensar no que se passa na mente e no coração de quem sofre com tal perseguição: a necessidade humana, e coerente, de ser aceito e reconhecido, mas também, por diversas vezes, o excesso desta necessidade, a ponto de achar que não ser aceito, reconhecido ou aplaudido é sinônimo de fracasso. E é esse contexto que quero abordar neste artigo.

Nos meios de comunicação e na internet, portanto na mente de quase todo adolescente e jovem, é mais importante ou admirável ser o astro da TV, conhecido e reconhecido, do que ser aquele trabalhador bem-sucedido e realizado no que faz, mas que não é aplaudido por todos ao seu redor. A questão não é julgar qual profi ssão é mais digna ou menos digna, mas entender que o valor do “ser” está sendo superado pelo do “aparecer”.

Reality shows são usados para reafi rmar isso: a necessidade de aparecer, para ser reconhecido e ser feliz. Inclusive muitas personagens de TV são

caricaturas de pessoas que querem a fama a todo custo. Na verdade, quando a fama é consequência

de um trabalho, pode ser boa, mas quando é o objetivo de um trabalho, jamais

será sadia. Aquele que precisa aparecer para ser feliz sofre

para manter essa postura, e quando não o é, se isola, cai nos vícios, agride e, em alguns casos, perde até o sentido da vida, podendo chegar inclusive ao suicídio.

Se insistirmos em acreditar que apenas

“ a p a r e c e n d o ” é que alcançaremos algo, seremos dignos de pena, pois não manteremos sempre nossa “máscara”, e a mentira não subsistirá. Porém, se cultivarmos o valor de “ser” o que se é de fato, e formos felizes em ser quem somos, teremos a possibilidade de crescer muito mais, pois o fundamento será sólido: a verdade, que liberta, e que é Jesus! (cf. Jo 14,6).

Artigo extraído da Revista Família Cristã, edição de maio de 2011.

atitude, o fato trágico, que terminou com a morte de diversas crianças e o trauma de toda uma sociedade, trouxe de volta a discussão sobre o porte de armas e suas consequências. Assim como a importância dos valores familiares e sociais que fundamentam a

Muito se foi abordado nos meios de comunicação e nos comentários de internet sobre o porte de arma e assuntos de segurança; mas o que quero refl etir aqui é sobre qual valor orientou o assassino e tantos outros, até crianças, que pensam poder tudo e fazer tudo

Reality shows são usados para reafi rmar isso: a necessidade de aparecer, para ser reconhecido e ser feliz. Inclusive muitas personagens de TV são

caricaturas de pessoas que querem a fama a todo custo. Na verdade, quando a fama é consequência

de um trabalho, pode ser boa, mas quando é o objetivo de um trabalho, jamais

será sadia. Aquele que precisa aparecer para ser feliz sofre

para manter essa postura, e quando não o é, se isola, cai nos vícios, agride e, em alguns casos, perde até o sentido da vida, podendo chegar inclusive ao suicídio.

é que alcançaremos algo, seremos

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Paróquias em Destaque

Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Maracaju

Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Diác. Arcizo Carlos

Diác. Heitor Espíndola

Pe. Flávio de Alencar

Pe. Luiz Fernando

Durante cinco anos, ele e o colega, Pe. Amado Decleene, levaram adiante ambas as paróquias, revezando-se nos cargos de pároco e vigário paroquial.

A 29 de janeiro de 1938, os salesianos deixaram a paróquia, e o bispo de Corumbá, Dom Vicente Bartolomeu Maria Priante, a ofereceu aos franciscanos, que acabavam de se

estabelecer em Rio Brilhante. Mantendo sua residência nesta cidade, os freis Antonino Schwenger, Francisco Brugger e Nidgar Krätzscmar passaram a atender também Maracaju, até o dia 12 de janeiro de 1941, quando se estabeleceu na localidade um pároco estável, na pessoa de Frei Julião Lauer.

Os franciscanos conduziram os destinos da comunidade paroquial por 18 anos, até o fi nal de 1956, quando foram substituídos pelos capuchinhos. A 18 de janeiro de 1957, tomou posse da paróquia Frei Gregório de Protásio Alves. Contudo, a sua permanência em Maracaju foi muito curta: no dia 7 de julho de 1959, ele deixou repentinamente a cidade. Dom José de Aquino Pereira, que havia assumido a diocese de Dourados no ano anterior, viu-se obrigado a chamar de volta os salesianos, que levaram adiante a paróquia até o fi nal de 1978, quando se retiraram defi nitivamente.

Dom Teodardo Leitz confi ou, então, a comunidade aos cuidados do clero diocesano. No dia 4 de fevereiro de 1979, tomou posse da paróquia o Pe. Wilbert Maciel da Silva, que a dirigiu por 26 anos, até o dia 13 de fevereiro de 2005, quando foi substituído pelo Pe. Edson Nogueira Lima. Após a sua morte repentina e

inesperada, ocorrida a 19 de dezembro de 2009, o Pe. Flávio Silveira de Alencar – até então seu vigário paroquial – assumiu o seu lugar e continua administrando a comunidade até hoje, auxiliado pelo Pe. Luiz Fernando dos Santos, pelos diáconos permanentes Arcizo Carlos de Souza e Heitor Espíndola e pelas Irmãs Servas de Nossa Senhora da Anunciação.

As primeiras notícias sobre a vida religiosa na região de Maracaju remontam ao ano de 1888, quando Dom Carlos Luiz D’Amour, bispo de Cuiabá, esteve na Fazenda Boa Esperança, de propriedade de Antônio Francisco Rodrigues Coelho.

Dez anos depois, no dia 19 de setembro de 1898, esta e outras propriedades foram visitadas pelo salesiano

italiano, Pe. José Solari, acompanhado de dois irmãos da mesma Congregação. Os três missionários demoraram-se ali por alguns dias, ensinando o catecismo e administrando os sacramentos aos poucos e dispersos moradores que encontravam.

A região continuou sendo assistida pelos salesianos. Primeiramente, eles vinham de Campo Grande e, a partir de 1930, de Ponta Porã, onde se haviam estabelecido em 1924. A 20 de janeiro de 1928, o Pe. João Crippa inaugurou a capela de São Sebastião, em Vista Alegre.

Maracaju foi elevado à categoria de município no dia 7 de julho de 1928. Sua importância social, econômica e política foi se destacando tanto que, em 1943, quando da criação do Território Federal de Ponta Porã, a localidade mereceu ser escolhida como sua capital – por pouco tempo, pois em

1946 o território foi novamente incorporado ao Estado do Mato Grosso.

A Paróquia Nossa Senhora Aparecida foi a segunda a ser criada na atual diocese de Dourados – sete anos depois de Ponta Porã. Nasceu no dia 29 de janeiro de 1931, por decreto de Dom Antônio de Almeida Lustosa, bispo de Corumbá. O Pe. João Sobel – que atuava em Ponta Porã – foi nomeado pároco de Maracaju.

Ir. Ivone e Ir. Maria Andreia Março de 2012 19