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SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO NO PLANEJAMENTO DA CADEIA PRODUTIVA DO SORO DO LEITE: UMA PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO Área temática: Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional & Ergonomia Luane Alcântara Nunes [email protected] Juliano Zaffalon Gerber [email protected] Tiago Nicola Lavoura [email protected] Flávio Pietrobon Costa [email protected] Resumo: Este artigo apresenta uma proposta de integração do planejamento da Saúde e Segurança do Trabalho SST no planejamento estratégico da cadeia produtiva do soro do leite por meio da ferramenta de gerenciamento de riscos: Análise Preliminar de Riscos APR. Esta proposta de integração torna-se uma alternativa de gestão do negócio em vista a problemática envolvida no reaproveitamento e valorização do soro do leite bem como das pressões legislativas em torno da proteção à integridade física e de saúde do trabalhador e ao meio ambiente. Palavras-chaves: Saúde e Segurança do Trabalho, Cadeia Produtiva, Soro do Leite, APR ISSN 1984-9354

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SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO NO

PLANEJAMENTO DA CADEIA PRODUTIVA DO SORO DO LEITE: UMA PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO

Área temática: Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional & Ergonomia

Luane Alcântara Nunes

[email protected]

Juliano Zaffalon Gerber

[email protected]

Tiago Nicola Lavoura

[email protected]

Flávio Pietrobon Costa

[email protected]

Resumo: Este artigo apresenta uma proposta de integração do planejamento da Saúde e Segurança do Trabalho –

SST no planejamento estratégico da cadeia produtiva do soro do leite por meio da ferramenta de gerenciamento de

riscos: Análise Preliminar de Riscos – APR. Esta proposta de integração torna-se uma alternativa de gestão do

negócio em vista a problemática envolvida no reaproveitamento e valorização do soro do leite bem como das pressões

legislativas em torno da proteção à integridade física e de saúde do trabalhador e ao meio ambiente.

Palavras-chaves: Saúde e Segurança do Trabalho, Cadeia Produtiva, Soro do Leite, APR

ISSN 1984-9354

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XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

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1. INTRODUÇÃO

Ao analisar atividades produtivas de desenvolvimento industrial passadas, torna-se evidente

que as consequências ecológicas, sociológicas ou de saúde dessas superaram de modo negativo,

quaisquer lucros econômicos (SACHS, 2007) e o setor de laticínios também está inserido neste

contexto.

Laticínios, em geral, produzem uma considerável quantidade de resíduos durante a produção

dos derivados lácteos, em especial o soro de leite, sendo considerado 100 vezes mais poluente que o

esgoto doméstico (PRAZERES, 2012).

Por cerca de 80% do soro do leite ser proveniente de empresas de pequeno e médio porte, que

ainda não realizam o seu total reaproveitamento, estudos vêm sendo desenvolvidos para dar novos

destinos a este material, planejando sua valorização e aproveitando assim suas propriedades funcionais

e nutritivas (TONI et al., 2012; COSTA, 2011; GUIMARÃES et al., 2010).

Nunes et al., (2014) apresenta um método de planejamento da cadeia produtiva do soro do leite,

por meio da logística reversa, de forma que funcione como uma alternativa para seu reaproveitamento

e valorização. Martins et al. (2013) por sua vez, salienta que o soro do leite serve como matéria prima

para uma gama de outros produtos com elevado valor agregado, como por exemplo: rações animais,

queijos especiais, suplementos proteicos, bebidas lácteas e até medicamentos.

Se por um lado tem-se a possibilidade de planejamento e execução de uma cadeia de produtiva

que faz uso do soro do leite, por outro, observa-se que o mercado juntamente com os órgãos

normativos e fiscalizadores, passaram a impor que os produtos e serviços tragam consigo a

responsabilidade das organizações em atender aos padrões internacionais de qualidade,

sustentabilidade ambiental, além de proteção à integridade física e de saúde de seus trabalhadores

(SGS, 2014).

Surge assim, a oportunidade de integração das questões concernentes à Saúde e Segurança do

Trabalho - SST às diversas áreas de negócio, incluindo o Planejamento da Cadeia Produtiva, como

pode ser observado nos estudos listados a seguir.

Saurin et al (2002) apresenta um modelo integrado para o planejamento da produção e da

segurança dos trabalhadores em um canteiro de obras de construção civil. Maciel (2001) associa a

gestão da segurança à gestão da qualidade total no setor metal mecânico. Bobsin e Lima (2006)

desenvolveram um sistema de avaliação de desempenho com a integração da segurança, meio

ambiente e saúde no setor petroquímico. Além de Benite (2004) que propôs um sistema de gestão da

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SST em empresas da construção civil; Kosiba (2011) que indicou a integração de políticas públicas de

SST na educação e Chaib (2005) que indicou uma proposta de implementação de SST em empresas de

pequeno porte.

No âmbito do Planejamento, tem-se Saurin et al. (2002) que menciona que os processos de

Saúde e Segurança do Trabalho - SST e o Planejamento e Controle da Produção - PCP, podem ser

considerados da mesma natureza porque diversos requisitos do processo de PCP, tais como: a

hierarquização da tomada de decisões, a continuidade e a visão sistêmica são também requisitos

necessários ao processo de SST, em consequência, podem ser integrados com base em princípios

comuns.

No entanto, cabe a ressalva que a integração da SST ao Planejamento deve ser desenvolvida

sob um enfoque mais amplo, independente de técnicas específicas. Neste sentido, Suraji e Duff (2001)

apontam que a integração das questões relativas à SST na fase de planejamento de longo prazo em um

empreendimento, evitam deficiências de controle em 45,4% dos casos.

Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo propor um modelo de integração da gestão

de SST ao planejamento de longo prazo da cadeia produtiva do soro de leite, de forma a colaborar com

um método integrado de planejamento de gestão do negócio. Para tal propósito, foi realizado um

levantamento teórico a cerca da Saúde e Segurança do Trabalho nas Empresas, do Planejamento e

Gestão de Cadeias Produtivas e em especial, do soro do leite. Em seguida foram listadas as etapas de

um planejamento da cadeia produtiva do soro do leite para então relacionar as atividades necessárias

de SST às funções existentes no processo, em consonância com as exigências legislativas para o setor

produtivo.

2 Referencial Teórico

Este tópico aborda questões sobre a Saúde e Segurança do Trabalho nas empresas, Análise

Preliminar de Riscos – APR e Planejamento e Gestão de Cadeias Produtivas, que se subdivide no

Planejamento da Cadeia Produtiva do Soro do Leite.

2.1 A Saúde e Segurança do Trabalho nas Empresas

A política competitiva a qual vive as empresas brasileiras acaba refletindo nas condições de

trabalho e saúde de seus colaboradores, que muitas das vezes acabam sofrendo os impactos das novas

regras e processos produtivos em suas atividades e ambientes ocupacionais (PADOVANI, 2007).

Segundo o Portal Brasil (2015) o Brasil, país que ocupa a quarta posição no ranking mundial de

acidentes e doenças associadas ao meio de trabalho, possui em suas maiores causas as inadequações do

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trabalhador aos procedimentos de segurança em legislação vigente, a falta de oferecimento ou de uso

dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI e coletiva – EPC, o descuido, a imprudência, a

negligência e jornadas de trabalho intensivas.

As consequências apresentadas pelos acidentes e doenças do trabalho afetam aos trabalhadores,

o governo e a sociedade como um todo. Como objeto de efeito, resultante da inadimplência da

segurança nos processos produtivos, a Organização Mundial da Saúde – OMS, estabeleceu a ordem

que os estados deveriam adotar políticas capazes de oferecer ambientes de trabalho saudáveis que

protegessem a saúde do trabalhador de maneira compatível ao desejo de desenvolvimento econômico

(OMS, 2002 apud VASCONCELLOS, 2007).

Logo, no Brasil existem atualmente trinta e seis Normas Regulamentadoras – NR que são

citadas no capitulo V, título II da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e fornecem orientações

sobre os demais procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e saúde do trabalho. (BRASIL,

2014).

Metodologias de SST foram então estabelecidas pelas Normas como obrigatórias para organizações

privadas e públicas, pelos órgãos públicos que obtenham funcionários regidos pela Consolidação das Leis

do Trabalho – CLT, bem como aos trabalhadores avulsos e aos sindicatos representativos das respectivas

categorias profissionais (BRASIL, 2014b).

Porém, os esforços de gerenciamento para as questões de saúde e segurança no trabalho devem

ser iguais a outros aspectos de gestão em uma empresa e necessita de uma abordagem estruturada que

pode ser fornecida também pela norma OHSAS 18000 que age sobre o aperfeiçoamento contínuo das

implementações de ações e operações com verificações e ações corretivas relacionadas ao tema

(CORRÊA; CORRÊA, 2012).

Segundo Rodrigues e Santana (2010), a avaliação dos riscos em uma empresa ou projetos pode

ser realizada em diferentes graus de profundidade e usando um ou muitos métodos que vão do simples

ao complexo. A seguir, expõe-se uma ferramenta de avaliação e gerenciamento de riscos indicada pela

norma ISO 31010 (IEC, 2009).

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2.1.1 Análise Preliminar de Riscos – APR

A Análise Preliminar de Riscos – APR consiste em um método simples e indutivo de análise,

cujo objetivo é identificar os perigos, situações de risco e eventos que podem causar danos para uma

atividade, instalação ou sistema (IEC, 2009).

É mais comumente realizada no início do desenvolvimento de um projeto, podendo ser um

precursor para mais estudos ou para fornecer informações para a especificação do planejamento de um

sistema (RODRIGUES e SANTANA, 2010).

Caracteriza-se por meio da elaboração de uma tabela que considera as seguintes entradas:

informações sobre o sistema a ser avaliado; lista de perigos; situações de risco genéricas para cada

informação relatada; materiais e equipamentos utilizados; ambiente operacional; interfaces entre os

componentes do sistema e medidas preventivas ou de controle (IEC, 2009).

Aconselha-se a atualização da APR durante as fases de projeto, construção e testes, com o

objetivo de identificar novos perigos e fazer as correções, caso seja necessário.

2.2 Planejamento e Gestão de Cadeias Produtivas

Uma cadeia produtiva corresponde ao conjunto de processos requeridos para obter materiais,

agregar-lhes valor e distribui-los aos clientes, correspondendo assim, na movimentação de matérias

primas e equipamentos desde o ponto de origem, passando pela produção e processamento, até a

entrega ao consumidor final (FERNANDES e GODINHO, 2010; TUBINO, 2009).

Ballou (2010) caracteriza a Cadeia Produtiva no Supply Chain Management, Gerenciamento da

Cadeia de Suprimentos, que corresponde a gestão unificada da logística de suprimentos, logística de

produção e logística de distribuição.

A gestão unificada de vários setores de uma organização pode ser alcançada por intermédio de

diversas práticas gerenciais, técnicas, ferramentas e por sistemas de gestão integrados, também

chamados de SGI – Sistema de Gestão Integrado ou ERP - Enterprise Resource Planning (CAIÇARA

Jr, 2008).

Neste contexto, têm-se o planejamento da cadeia produtiva do soro do leite, objeto deste estudo

que será apresentado com mais detalhes a seguir.

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2.2.1 Planejamento da Cadeia Produtiva do Soro do Leite

O beneficiamento do soro do leite pode ser feito por meio de seu processamento para a geração

de novos produtos, tais como: Whey Protein; Bebidas lácteas; Ricota; Rações; Lactose; Biogás; Soro

do leite em pó, Concentrado e Desmineralizado.

Entretanto, a carência de conhecimento dos pequenos e médios produtores bem como a prática

ainda falha de fiscalizações ambientais nessas empresas, favorece o descarte inadequado do soro do

leite na natureza, o que contribui para um grande impacto ambiental negativo nas regiões em que isso

acontece (COSTA, 2011; BIEGER e LIMA, 2008; GUIMARÃES et al., 2010; TONI et al., 2012).

Devido a essa problemática, Nunes et al. (2014) identificaram a necessidade de expor um plano

de longo prazo de reaproveitamento para esse resíduo, por meio de sua integração a uma nova cadeia

produtiva.

Uma sugestão das etapas básicas das cadeias produtivas do queijo e do soro do leite é

apresentada na Figura 1, que destaca a produção do soro do leite oriunda da prática da logística reversa

e do canal de reciclagem.

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Figura 1 – Cadeias Produtivas do Queijo e do Soro do Leite

Fonte: Adaptado de Ballou (2010) e Nunes et al. (2014)

A Logística Reversa, prática relacionada à administração da movimentação e controle dos

materiais envolvidos nos processos de reciclagem, reuso, descarte e gerenciamento de resíduos, visa

recapturar o valor ou destinar à eliminação adequada, cuidando do impacto dos custos envolvidos

(Leite, 2009), proposição esta que se encaixa plenamente a resolução do problema do soro do leite

versus meio ambiente.

Neste contexto, a Tabela 1 apresenta as fases do planejamento da cadeia produtiva do soro do

leite, as principais ações necessárias para efetiva-las e a base teórica que as sustentam.

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Tabela 1: Planejamento de longo prazo para uma cadeia produtiva do soro do leite.

ETAPAS AÇÕES TEORIA

1 - OS

PRODUTORES

Definir a área da

região de interesse

Definir a localização e

quantidade de produtores de

soro do leite.

Calcular a quantidade de

produção do resíduo soro de

leite na região.

Corrêa e

Corrêa 2012

2 - O

MERCADO

Realizar a pesquisa

de mercado.

Escolher o produto oriundo

da reciclagem (whey protein

, ração, bebida láctea, etc.)

Estimar o público-alvo

(mercados,escolas,etc) através

de uma previsão de demanda.

Fernandes e

Godinho

2010

3 - A

LOGÍSTICA DE

SUPRIMENTOS

Definir a política de

gerenciamento de

coleta entre os

fornecedores de soro.

Estabelecer o sistema de

armazenagem, transporte e

embalagem do soro.

Estimar a roteirização de

transporte do soro ao ponto de

armazenagem.

Ballou 2010

4 - A

LOGÍSTICA DE

PRODUÇÃO

Desenvolver um

Plano de Produção-

Nível Estratégico

Desenvolver as decisões

estruturais.

Desenvolver as decisões

infra-estruturais.

Tubino 2009

5 - A

LOGÍSTICA DE

DISTRIBUIÇÃO

Definir a política de

gerenciamento de

distribuição aos

clientes

Determinar o sistema de

armazenagem, transporte e

embalagem do produto

reciclado acabado.

Estimar a roteirização e

transporte para distribuição

do produto reciclado.

Ballou 2010

Fonte: Nunes et al. (2014)

Segundo Nunes et al. (2014), a aplicação deste plano colabora com uma perspectiva sustentável

para a preservação do meio ambiente, para o prolongamento da vida útil do leite e para otimizar os

lucros produtivos.

A seguir é abordado o método da pesquisa para no momento seguinte ser apresentada a

proposta integradora da SST ao planejamento da cadeia produtiva do soro do leite e seus resultados.

3 Método da Pesquisa

Esta pesquisa, segundo Gil (2002), caracteriza-se como descritiva e de natureza aplicada.

Primeiramente utilizou-se de pesquisa bibliográfica e legislações, que permitiu estabelecer o

referencial teórico de SST a qual foi associada ao modelo de planejamento da cadeia produtiva do soro

do leite. Em seguida, os resultados apresentam o planejamento da segurança no nível de longo prazo

da cadeia produtiva do soro, que considerou as principais etapas do processo: a logística de

suprimentos, de produção e de distribuição do soro do leite.

Para pontuar o planejamento da SST foi utilizada a ferramenta de Análise Preliminar de Riscos

– APR orientada pelas Normas Regulamentadoras – NRs de SST, que estão dispostas na lei nº 6.514

(Brasil, 2014).

Por meio desta ferramenta, foram elaboradas tabelas, por meio da qual às medidas de controle

foram indicadas conforme os riscos identificados nas principais etapas do processo mencionadas.

Após, foi elaborada as considerações finais do trabalho, onde foram indicadas sugestões de

melhoria e procedimentos que podem dar continuidade à aplicação dos cuidados para à SST no setor

empresarial em questão.

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4 Integração da SST ao Planejamento da Cadeia Produtiva do Soro do Leite:

Resultados

Ao seguir o planejamento de reaproveitamento em rede da cadeia produtiva do soro do leite de

Nunes et al. (2014) tem-se o desenvolvimento das cinco etapas subsequentes, a saber: os produtores, o

mercado, a logística de suprimentos, a logística de produção e a logística de distribuição.

Para o planejamento da segurança no nível de longo prazo na cadeia produtiva do soro

considerou-se as principais etapas do processo (Logística de Suprimentos, Logística de Produção e

Logística de Distribuição) e foi utilizada a ferramenta APR para pontuar as ações de segurança, técnica

indicada pela norma ISO 31010 (IEC, 2009), que abrange as principais etapas do ciclo de

gerenciamento de riscos.

Os procedimentos adotados para a elaboração das Análises Preliminares de Riscos - APRs

foram:

Reconhecer que a Política de SST é parte integrante do desempenho do negócio.

Obter Princípios de Prevenção e Controle de riscos em máquinas, ferramentas, equipamentos e

instalações.

Efetuar análise e cuidados no transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais.

Realizar sinalização de segurança.

Fazer uso de EPI e EPC.

Realizar Programa de prevenção de Riscos Ambientais com análise de ruído, calor, radiações

ionizantes e não ionizantes.

Verificar a existência de agentes químicos, físicos e biológicos.

Identificar os limites de tolerância e de Exposição.

Obter Ficha de Informação de Segurança para produtos químicos.

Identificar atividades e operações insalubres e perigosas.

Obter princípio de análise, avaliação e gerenciamento de riscos.

Fazer inspeção de segurança periodicamente.

As Tabelas 2, 3 e 4 expõem a APR das fases do planejamento da Logística de Suprimentos, da

Logística de Produção e da Logística de Distribuição, respectivamente, juntamente com as medidas de

controle aconselhadas pelas Normas Regulamentadoras de SST disponíveis no Ministério do Trabalho

e Emprego (MTE, 2015).

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A Tabela 2, apresentada a seguir, refere-se a APR da Logística de Suprimentos, nela tem-se a

descrição das atividades referentes ao abastecimento dos recursos necessários para o início de uma

atividade produtiva com a matéria prima soro do leite, a identificação de possíveis riscos para cada

etapa e a sugestão de medidas de controle ou de prevenção para os riscos identificados.

Tabela 2: APR da Logística de Suprimentos

Descrição da Atividade Riscos Medidas de Controle

Gerenciamento de coleta

entre os fornecedores de soro

do leite

Ausência de medidas preventivas de

acidentes no gerenciamento

Elaborar o detalhamento da atividade e as

medidas de proteção ao trabalhador.

Armazenagem e embalagem

do soro do leite

Desperdício de líquidos Providenciar e verificar o lacre nas

Embalagens

Contaminação do soro do leite por

armazenagem e embalagem

inadequadas

Adotar o regulamento de inspeção sanitária e

industrial para Leite e derivados (SEAB,

2005).

Peso excessivo

- Centralizar a carga em relação às pernas

- Utilizar equipamento de transporte

mecânico, conforme às instruções da NR 11.

Postura inadequada no transporte Não torcer o corpo para pegar ou movimentar

cargas, atentar para a ergonomia na NR – 17.

Repetitividade Observar os EPI necessários para a execução

da atividade, NR - 17.

Transporte do soro do leite ao

local de produção

Acidentes - Inspeção de peças e condições do veículo

- Treinamento para o condutor do veículo

Excesso de carga - Obedecer aos requisitos da NR 11.

Fonte: Elaborado pelos autores

A tabela 3, refere-se a APR da Logística de Produção, nela tem-se a descrição das atividades

de um plano de produção de nível estratégico que contém uma abordagem de decisões estruturais, tais

como: capacidade de produção, estrutura das instalações, tecnologias, integração vertical, etc., e as

decisões infraestruturais como o número de trabalhadores, a qualidade total, medidas de desempenho,

planejamento e controle da produção, níveis de estoque, transporte de cargas e recursos (TUBINO,

2009). Após, tem-se a identificação de possíveis riscos para cada etapa e a sugestão de medidas de

controle ou de prevenção para os riscos identificados.

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Tabela 3: APR da Logística de Produção – parte 1

Descrição da Atividade Riscos Medidas de Controle

Estrutura organizacional e

produtiva para produtos

provenientes do soro do

leite

Arranjo físico inadequado Estabelecer Programas de Prevenção de Riscos Ambientais -

NR – 9.

Ambientes Insalubres Planejar ambientes arejados para circulação humana conforme

NR – 15 – Atividades e operações insalubres.

Danos Ambientais Considerar instruções de gestão ambiental da ISO 14000.

Calor Estabelecer condições de trabalho conforme NR – 15.

Ruído Estabelecer condições de trabalho conforme NR – 15.

Vibrações Estabelecer condições de trabalho conforme NR – 15.

Processo produtivo:

Whey Protein; Bebidas

lácteas; Ricota; Rações;

Lactose; Soro do leite em

pó, Concentrado e

Desmineralizado

Máquinas e equipamentos

sem proteção

Estabelecer condições de trabalho conforme NR – 12 –

segurança em máquinas e equipamentos.

Produtos contaminados

Atentar para as condições sanitárias da NR – 24 e estabelecer

os Procedimentos padrões de Higiene Operacional – PPHO

(BRASIL, 2003).

Probabilidade de incêndio

e explosão

Cumprir requisitos da NR – 23 e Formar uma brigada de

incêndio na organização conforme NBR 14726.

Ritmo excessivo de

trabalho

Considerar Pausas periódicas para descanso ou troca de

atividades.

Repetitividade Treinar execução da atividade conforme NR - 17.

Postura inadequada de

trabalho Treinar execução da atividade conforme NR - 17.

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Tabela 3: APR da Logística de Produção – parte 2

Descrição da Atividade Riscos Medidas de Controle

Previsão de Demanda para

cada tipo de produto

Sobras ou faltas de

materiais Rever técnicas de previsão de demanda e simular processo

Balanceamento da

produção com a demanda

Ritmo excessivo de

trabalho

Avaliar a jornada de trabalho para atender a demanda.

Recursos produtivos e suas

cargas

Recursos sem instrução

de uso Avaliar formas de uso e oferecer treinamento aos trabalhadores

Transporte de cargas sem

treinamento

Dispor de equipamentos de transporte de cargas conforme NR

– 12.

Número de trabalhadores Ausência de controle de

EPI e EPC Verificar requisitos dos EPIs na NR – 6.

Planejamento da

capacidade

Excesso ou mínimos da

capacidade real Revisar e controlar os níveis de capacidade dos processos.

Níveis de estoque de

segurança

Armazenamento

inadequado Utilizar técnicas de PCP e cumprir requisitos da NR - 11.

Qualidade

Ausência de sinalizações Estabelecer procedimentos da NR – 26.

Ausência de treinamentos Estabelecer uma Comissão interna de Prevenção de acidentes –

NR 5.

Ausência de controle da

qualidade na organização

Efetuar a qualidade total nos processos conforme a ISO 9000.

Medidas de Desempenho Ausência de medidas de

desempenho

Estabelecer indicadores de desempenho em planos de curto

prazo.

Análise e Diagnóstico das

Informações obtidas

Ausência de revisão dos

procedimentos

estipulados

Estabelecer reuniões semanais para revisão dos diagnósticos

obtidos no processo.

Fonte: Elaborado pelos autores.

A tabela 4, apresentada a seguir, refere-se a APR da Logística de Distribuição, que, devido a

descrição das atividades do processo ser igual às etapas da logística de suprimentos, foram alterados

apenas o tipo de produto envolvido, as partes interessadas do processo, os fornecedores e os clientes.

Possuindo, em sua maioria, as mesmas identificações de riscos envolvidos e, por relevância, as

mesmas medidas de controle e prevenção.

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Tabela 4: APR da Logística de Distribuição

Descrição da Atividade Riscos Medidas de Controle

Gerenciamento da

distribuição aos clientes.

Ausência de medidas preventivas

de acidentes no gerenciamento.

Elaborar o detalhamento da atividade e as medidas de

proteção ao trabalhador.

Armazenagem e

embalagem do produto

acabado.

Produtos danificados Elaborar um procedimento padrão para armazenagem

e embalagem do produto

Peso excessivo

- Centralizar a carga em relação às pernas

- Utilizar equipamento de transporte mecânico,

conforme às instruções da NR 11.

Postura inadequada no transporte Não torcer o corpo para pegar ou movimentar cargas,

atentar para a ergonomia na NR – 17.

Repetitividade Observar os EPI necessários para a execução da

atividade, NR - 17.

Transporte do produto

acabado aos clientes.

Acidentes - Inspeção de peças e condições do veículo

- Treinamento para o condutor do veículo

Excesso de carga - Obedecer aos requisitos da NR 11.

Fonte: Elaborado pelos autores

A partir da visualização e dimensionamento das fases deste plano de cadeia produtiva do soro

do leite, estima-se os possíveis riscos provenientes da execução futura das atividades associadas a cada

etapa.

Por ser um plano estratégico de cadeia produtiva é caracterizado em uma estimativa de longo

prazo, e logo, as medidas de controle para os riscos identificados funcionam como um planejamento

integrado de longo prazo para a SST do setor avaliado, segundo as normas vigentes.

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5 Considerações Finais

Pode-se afirmar que o método de integração do planejamento de longo prazo da SST na fase de

planejamento de uma cadeia produtiva, que no caso, foi a do soro do leite, apresenta-se positivo, visto

que considera os principais intervenientes encontrado na literatura e assegura o reconhecimento da

SST como parte importante para um desempenho eficaz do negócio.

Vale ressaltar, que o planejamento da SST nesta fase não impede, nem exclui o

desenvolvimento de planos de médio e curto prazo, e que este serve apenas para delinear o caminho a

ser tomado e as exigências legislativas impostas para cada fase de processo. Visto que as fases do

processo não foram estratificadas, com o detalhamento de cada atividade do trabalhador, recomenda-se

aplicações de APR periódicas durante a execução do trabalho, de forma que possa assegurar as

medidas de controle indicadas no plano de longo prazo.

A aplicação de técnicas e ferramentas de gerenciamento de riscos em um empreendimento tem

objetivo apenas de controle, pois riscos residuais sempre permanecem em uma empresa.

Dessa forma, sugere-se manter os riscos residuais dentro de um nível tolerável, sendo dado aos

planejadores de médio e curto prazo a missão de definir o que é tolerável ou não por meio de medidas

de desempenho do processo. Medidas como número de operações preventivas não executadas, número

de acidentes e quase acidentes ocorridos, número de paradas de produção por ausência de segurança

entre outras servem para controlar os níveis desejados de segurança nos processos.

Considera-se, portanto, que o método de integração de SST ao planejamento estratégico de uma

cadeia produtiva do soro do leite pode ser padronizado e alterado somente em relação às medidas de

controle determinadas em função da particularidade de cada processo.

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