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Saúde da Família: estratégia de reorientação do modelo assistencial,
instrumentalizada pelas ações de equipes multiprofissionais em uma lógica afeita às complexidades
do território
Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica
delimitada.
As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e
na manutenção da saúde da comunidade.
O PSF - Programa Saúde da Família - é tido como uma das principais estratégias de
reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais neste nível de
assistência.
Traz, portanto, muitos e complexos desafios a serem superados para consolidar-se enquanto
tal.
Após as duas décadas de
vigência do SUS em nosso país, verifica-se, de forma cada vez mais ampla, o reconhecimento
acerca da importância de se criar um
novo modo de produzir saúde
Desde há alguns anos, o PSF é definido como Estratégia de Saúde da Família (ESF), ao invés de somente programa, visto que o termo programa usualmente aponta para uma atividade com
instalação, início, desenvolvimento, conclusão e desmontagem.
A ESF comporta em sua perspectiva a reorganização da atenção primária e não prevê um tempo para finalizar esta reorganização.
Estes pressupostos, tidos como capazes de produzir um impacto positivo na orientação do novo modelo
e na superação do anterior (nitidamente calcado na supervalorização das práticas da assistência curativa, especializada e hospitalar, e que induz ao excesso de
procedimentos tecnológicos e medicamentosos e, sobretudo, na fragmentação do cuidado) encontra, em relação aos
recursos humanos para o SUS, desafios
Desafios: fronteiras
a) Situações de vulnerabilidade e risco de crianças, adolescentes e idosos (as
interfaces com o as figuras do excesso);
b) Drogadições;
c) Situações de crises que põem em xeque a territorialidade;
Dispositivo:
é uma montagemou artifício produtor de inovações que gera
acontecimentos diversos, atualiza virtualidades e inventa a possibilidade do novo.
Trabalhar com a bricolagem seria produzir algo novo a partir de fragmentos de outros objetos/dejetos (esquecidos, ejetados, presenteados, etc.), no qual se podem perceber as partes ou pedaços anteriores. Não podemos nos esquivar do corpo-órgãos como portando esta dimensão (corpo-órgãos-metabolismo em frangalhos) A idéia de que “isso sempre pode servir” (muitas vezes a partir de pouco) percorre a prática da bricolagem.
Enfim, trata-se de uma reterritorialização
É um constante exercício das ‘maneiras de lidar com’ e da produção de vida face (e, às vezes, de encontro) à vida produtiva.
Por conseguinte, o bricoleur seria
aquele capaz de transformar e de utilizar no seu trabalho
quaisquer materiais
encontrados. Ele sempre
busca fazer com que
determinado material sirva na construção
de outra categoria (no
caso, de sujeito)
Trata-se de inventaruma nova ordem de articulações que
fomenteo compromisso das equipes com a
produçãode saúde, sem cobrar-lhes onisciência
ou onipotência