Upload
lydung
View
212
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Saúde Suplementar
em Exame nº 9
Março/2016
SOBRE O BOLETIM
O boletim eletrônico Saúde Suplementar em Exame traz informações relevantes
a respeito do mercado de saúde suplementar brasileiro, e que possam impactar
seus diversos players. Aqui você encontrará informações sobre legislação,
regulamentação, jurisprudência selecionada, clipping de notícias, entre outros
assuntos de interesse.
O boletim é preparado bimestralmente pelos integrantes da área especializada em
Saúde Suplementar de Pinheiro Neto Advogados, sob coordenação de Théra
van Swaay De Marchi ([email protected]), Maria Silvia L. de Andrade
Marques ([email protected]) e Luciana Mayumi Sakamoto
Ressaltamos que as informações contidas neste boletim têm caráter apenas
informativo e não refletem a opinião do escritório para qualquer operação ou
negócio específico. Se desejar mais informações, entre em contato com nossos
advogados, ou visite o nosso website: www.pinheironeto.com.br.
Para indicar outros destinatários que possam se interessar pelo conteúdo deste
boletim, envie o nome completo e endereço de e-mail para [email protected].
Acesso rápido Clique no título da seção desejada para acessá-la rapidamente.
Legislação e regulamentação
Jurisprudência selecionada
Notícias
Câmaras técnicas em andamento – ANS
Grupos técnicos em andamento – ANS
Consultas públicas (CP)
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-2-
LEGISLAÇÃO
E REGULAMENTAÇÃO
Resolução Normativa -
RN Nº 397, de 4 de
fevereiro de 2016
Altera o Regimento Interno da Agência Nacional de
Saúde Suplementar - ANS, instituído pela Resolução
Normativa - RN nº 197, de 16 de julho de 2009, e a RN
nº 198, de 16 de julho de 2009, que define o quadro
de cargos comissionados e cargos comissionados
técnicos da ANS.
Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.
Resolução Normativa -
RN Nº 398, de 5 de
fevereiro de 2016
Dispõe sobre a Obrigatoriedade de Credenciamento de
Enfermeiros Obstétricos e Obstetrizes por Operadoras
de Planos Privados de Assistência à Saúde e Hospitais
que Constituem suas Redes e sobre a Obrigatoriedade
de os Médicos Entregarem a Nota de Orientação à
Gestante.
Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.
Resolução Normativa -
RN Nº 399, de 12 de
fevereiro de 2016
Altera a Resolução Normativa - RN nº 205, de 8 de
outubro de 2009, que estabelece novas normas para o
envio de informações do Sistema de Informações de
Produtos – SIP.
Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.
Resolução Normativa -
RN Nº 400, de 25 de
fevereiro de 2016
Dispõe sobre os parâmetros e procedimentos de
acompanhamento econômico-financeiro das
operadoras de planos privados de assistência à saúde
e de monitoramento estratégico do mercado de saúde
suplementar.
Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.
Resolução Normativa -
RN Nº 401, de 25 de
fevereiro de 2016
Altera a Resolução Normativa - RN nº 316, de 30 de
novembro de 2012, que dispõe sobre os regimes
especiais de direção fiscal e de liquidação extrajudicial
sobre as operadoras de planos de assistência à saúde,
e a RN nº 197, de 16 de julho de 2009, que institui o
Regimento Interno da ANS.
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-3-
Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.
Resolução Normativa -
RN Nº 402, de 4 de
março de 2016
Altera a Resolução Normativa n.º 237, de 21 de
outubro de 2010, que dispõe sobre o Regimento
Interno da Câmara de Saúde Suplementar
Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.
Resolução Normativa -
RN Nº 403, de 9 de
março de 2016
Altera a Resolução Normativa nº 307, de 22 de outubro
de 2012 que dispõe sobre os procedimentos de
adequação econômico-financeira das operadoras de
planos privados de assistência à saúde.
Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.
Instrução Normativa –
IN Nº 62, de 12 de
fevereiro de 2016 –
DIDES
Regulamenta o tratamento dispensado às
reclamações, solicitações de providências ou petições
assemelhadas, doravante denominadas demandas,
que, por qualquer meio, forem recebidas pela DIDES,
relacionadas às Resoluções Normativas nº 363, de 11
de dezembro de 2014, nº 364, de 11 de dezembro de
2014, e nº 365, de 11 de dezembro de 2014.
Clique aqui para acessar a Instrução na íntegra.
Portaria Nº 1, de 26 de
fevereiro de 2016
Designar os representantes do Grupo de Trabalho
Externo de OPME da ANS/ANVISA - GTE OPME
ANS/ANVISA, que tem por finalidade realizar, no
âmbito da ANS e ANVISA, o acompanhamento e o
gerenciamento da implementação do conjunto de
propostas definidas no Relatório Final do GTI-OPME
Clique aqui para acessar a Portaria na íntegra.
voltar ao início
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-4-
JURISPRUDÊNCIA
SELECIONADA
Recurso Especial nº.
1.471.569 – RJ –
Terceira Turma do
Superior Tribunal de
Justiça
A Terceira Turma, por unanimidade de votos, deu
provimento ao recurso especial interposto por
operadora de plano de saúde, ao reconhecer a validade
da majoração das mensalidades cobradas dos
beneficiários que migraram do plano coletivo
empresarial para o plano individual, em razão da
extinção do contrato primitivo.
Conforme o voto do Relator Ricardo Villas Bôas Cueva,
não é assegurado aos beneficiários a manutenção dos
valores praticados no plano coletivo rescindido,
devendo as mensalidades guardar relação com as
peculiaridades de cada tipo contratual, sob pena de
inviabilização do mercado de saúde suplementar.
Clique aqui para acessar a íntegra do acórdão.
voltar ao início
NOTÍCIAS
Fonte: Valor Econômico
- Murillo Camarotto -
Caderno Empresas -
pg.B6 – 3.2.2016
Governo estuda flexibilizar plano de saúde
individual
Ganhou força nas últimas semanas o pleito das
operadoras de planos de saúde para a liberação dos
reajustes dos contratos individuais, que hoje são
regulados pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS). Além da liberdade para aumentar
os preços, as empresas querem ter o direito de
rescindir esses contratos de forma unilateral.
O assunto foi debatido no último dia 26, em uma
reunião realizada na Casa Civil. Estavam presentes
representantes dos ministérios da Saúde e da Justiça,
além do diretor-presidente da ANS, José Carlos de
Souza Abrahão.
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-5-
Para autorizar a rescisão unilateral dos contratos, será
necessária uma mudança na Lei 9.656/98, que dispõe
sobre os planos de saúde e veta a ruptura - salvo em
casos de fraude ou inadimplência superior a 60 dias.
Existe na ANS a expectativa de que uma consulta
pública seja aberta para debater o assunto. A ideia é
que a mudança atinja apenas os novos contratos que
venham a ser comercializados, já que os beneficiários
que adquiriram os planos sob as regras antigas teriam
direito adquirido.
Para liberar os reajustes, é exigida apenas a
aprovação, por maioria simples, da diretoria da
agência, que é composta por cinco membros: José
Carlos de Souza Abrahão (presidente), Martha Regina
de Oliveira (desenvolvimento setorial), Leandro Reis
Tavares (normas e habilitação), Simone Freire
(fiscalização) e Karla Santa Cruz Coelho (gestão).
Durante a reunião na Casa Civil, a ANS foi orientada a
retomar os estudos referentes à liberação dos
reajustes dos planos individuais, uma demanda antiga
das operadoras. Até pouco tempo atrás, a maioria do
colegiado resistia à ideia, mas o Valor apurou que o
cenário mudou e está bem mais favorável às
operadoras.
A avaliação é de que a situação econômica do país vai
puxar para cima os custos das empresas, levando os
reajustes dos planos individuais a patamares mais
próximos dos corporativos, cujos preços são livres. No
ano passado, a ANS autorizou um reajuste de 13,55%
para os contratos individuais, enquanto que os
coletivos subiram ao redor de 19%.
"Com a situação econômica atual, a tendência é de que
os cálculos para reajuste dos planos individuais
cheguem perto dos 20%, que é o patamar dos
corporativos", explicou uma fonte na ANS. Os valores
da próxima revisão serão apresentados em maio ao
Ministério da Fazenda.
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-6-
Por ora, a ANS já começou a trabalhar na elaboração
de um novo modelo de cálculo para os reajustes dos
planos individuais, que deixaram de ser
comercializados. O Brasil conta hoje com cerca de 10
milhões de contratos desta categoria.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar
(FenaSaúde), que representa as principais operadoras
do país, informou que desconhece a existência desses
debates no governo. A entidade salientou, entretanto,
que vem alertando a ANS para o "urgente"
equacionamento da regulação dos planos individuais.
"As atuais políticas, em especial aquelas referentes às
definições dos índices de reajuste dos planos
individuais, não contribuem para a expansão da oferta.
O desequilíbrio nas despesas assistenciais - e que,
inevitavelmente, se reflete nas mensalidades - não
encontra solução pelo controle dos reajustes. Há
inúmeros exemplos de fracasso no país dessa política",
registrou, em nota, a FenaSaúde.
Além da rescisão unilateral e da liberação dos
reajustes, as operadoras pedem redução nas multas
aplicadas pela ANS. A recusa de um atendimento, por
exemplo, pode render uma punição de R$ 80 mil, cifra
que as empresas consideram desproporcional se
comparada aos cerca de R$ 60 pagos por uma
consulta.
Oficialmente, a agência não comenta as discussões.
Por meio de sua assessoria, informou que não há
estudos para mudanças nas regras atuais. O Ministério
da Saúde não se manifestou até o fechamento desta
edição.
Fonte: Conselho
Nacional de Justiça –
24.2.2016 – disponível
em www.cnj.jus.br
CNJ deve editar resolução sobre modelo de
atenção à saúde nos tribunais
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deverá editar
uma Resolução para orientar os tribunais a adotarem o
modelo de autogestão na assistência à saúde de
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-7-
magistrados e servidores. Esse modelo foi considerado
economicamente mais viável pelo fato de ser mantido
pelos próprios beneficiários e, dessa forma, evitar a
intermediação das operadoras de planos de saúde
tradicionais. A decisão foi tomada nesta terça-feira
(23/2) na primeira reunião do Comitê Gestor Nacional
de Atenção Integral à Saúde dos Magistrados e
Servidores do Poder Judiciário, criado pelo CNJ.
“Os participantes da reunião comungam do
entendimento de que a autogestão seria a melhor
proposta para efetivação em nível nacional. Já
partimos de um patamar importante que foi
estabelecido nesta nossa primeira reunião”, afirmou o
conselheiro do CNJ Arnaldo Hossepian, coordenador do
comitê gestor instituído pela Portaria n. 6/2016. O
comitê tem como principal atribuição auxiliar na
coordenação da Política de Atenção Integral à Saúde
de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário,
instituída pela Resolução n. 207/2015, do CNJ.
O Comitê Gestor é encarregado de orientar e
monitorar, no âmbito dos órgãos judiciais, a execução
de ações que promovam um ambiente de trabalho
seguro e saudável aos profissionais do Poder Judiciário,
sejam eles magistrados, servidores ou terceirizados. É
também dever do Comitê auxiliar os tribunais em
relação à definição de padrões mínimos de cobertura
de planos de saúde e auxílio saúde dos servidores e
magistrados.
Segundo o conselheiro Arnaldo Hossepian, o tema da
autogestão na assistência à saúde voltará a ser
discutido em uma nova reunião do comitê, marcada
para 17 de março. Serão convidados a participar
representantes da Justiça Federal, da Justiça do
Trabalho, do Ministério Público Federal (MPF), do
Superior Tribunal Militar (STM) e da Justiça Estadual.
O objetivo é levantar as necessidades de atenção à
saúde desses ramos da Justiça e suas condições para
arcarem com os custos dessa assistência. Em uma
outra reunião, ainda sem data marcada, o comitê vai
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-8-
discutir o assunto com agentes privados do setor de
saúde.
Participaram da reunião, além do conselheiro Arnaldo
Hossepian, o ministro Antônio Carlos Ferreira, do
Superior Tribunal de Justiça (STJ); o juiz auxiliar da
Presidência do CNJ Walter Godoy dos Santos Júnior; o
subprocurador-geral de Justiça do Ministério Público do
Estado de São Paulo, Sérgio Turra Sobrane; o promotor
de Justiça Michel Romano, do MPF; o médico
coordenador de Saúde Ocupacional e Prevenção do
STJ, Andral Codeço Filho; a secretária de Gestão de
Pessoas do CNJ, Raquel Wanderley da Cunha; o juiz
federal Nelson Gustavo Alves, do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF-4); a Secretaria de Gestão
do STF-MED, Mônica Maria Gomide Madruga Ribeiro; e
a servidora do STF Cleusa Souza Vasconcellos.
Fonte: DCI - Caderno
Negócios - pg.8 –
29.2.2016
ANS suspende 46 planos
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
divulgou nesta sexta-feira, 26, a lista de 46 planos de
saúde, de oito operadoras, cuja comercialização estará
proibida a partir do dia 4 de março, por pelo menos
três meses.
A punição foi aplicada em função de reclamações
registradas por consumidores relativas à cobertura
assistencial, como negativa e demora no atendimento.
As operadoras terão de resolver os problemas
assistenciais para que possam voltar a comercializar os
planos. A medida faz parte do monitoramento periódico
realizado pela ANS. A lista de planos punidos pode ser
vista no site da agência.
Os planos de saúde suspensos possuem, juntos, 314,3
mil beneficiários. Esses clientes continuam a ter a
assistência regular a que têm direito. Das oito
operadoras com planos suspensos neste ciclo, quatro
já tinham planos suspensos no período anterior.
Multas
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-9-
As operadoras que negaram indevidamente cobertura
também estão sujeitas a multas (R$ 80 mil a R$ 100
mil). Simultaneamente à suspensão, 33 planos de 16
operadoras podem voltar a ser comercializados, após
três meses impedidos de serem vendidos. Das 16
operadoras, 12 foram liberadas para voltar a
comercializar todos os produtos suspensos e quatro
tiveram reativação parcial.
Fonte: Website da ANS
– 29.2.2016 –
disponível em
www.ans.gov.br
ANS e SENACOM divulgam segunda edição de
boletim
A manutenção de planos de saúde para aposentados e
demitidos é o assunto da segunda edição do boletim
informativo que a Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) elabora em parceria com a
Secretaria Nacional do Consumidor (SENACON/MJ).
Lançada em janeiro de 2016, a publicação tem por
objetivo ampliar a disseminação de informações entre
os órgãos de defesa do consumidor e, dessa forma,
contribuir para que toda a sociedade tenha maior
acesso aos direitos e deveres do contratante de plano
de saúde.
Nesta edição, o consumidor terá acesso a informações
relacionadas à Lei nº 9.656/98 e a posteriores
regulamentações da ANS que garantem ao beneficiário
de plano coletivo empresarial o direito de manutenção
do plano de saúde nos casos de demissão sem justa
causa ou de aposentadoria.
O boletim esclarece, por exemplo, que para ter esse
direito, o ex-empregado deve ter contribuído com
desconto mensal para o pagamento do plano de saúde
e o contrato com a operadora deve ser posterior a 2 de
janeiro de 1999.
Os boletins Consumo e Planos de Saúde estão
disponíveis nos portais da ANS e da Secretaria Nacional
do Consumidor e são enviados para os órgãos que
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-10-
integram o Sistema Nacional de Defesa do
Consumidor.
Para ver o boletim no portal da SENACOM e na sala de
imprensa da ANS, clique aqui
Fonte: DCI - Vivian Ito
- Caderno Negócios -
pg.10 – 1.3.2016
Terceirizar gerenciamento de saúde pode reduzir
custo para contratante
Aumentar o acompanhamento do uso do plano e
manter funcionários longe dos consultórios se torna
foco de empresas e abre espaço para comercialização
de programas de gestão integrada
São Paulo - Com a dificuldade das empresas de conter
o aumento da sinistralidade e o reajuste dos planos de
saúde, especialistas avaliam que a terceirização do
gerenciamento médico nas contratantes deve se tornar
tendência no País. O objetivo é diminuir um desperdício
estimado em R$ 60 bilhões, metade da receita do setor
privado.
Atualmente, o plano de saúde corresponde a algo entre
10% e 17% da folha de pagamentos e a previsão é que
chegue a 20% em curto prazo com o aumento dos
custos médicos (VCMH), que crescem de forma mais
rápida que a inflação geral do País. Para o conselheiro
da Aliança para a Saúde Populacional (Asap), Paulo
Hirai, o reajuste tem aumentado também pela falta de
racionalidade no uso, que abre espaço para fraudes e
exames repetidos. "Cerca de 20% dos exames não são
sequer retirados."
De acordo com Hirai, além de oferecer o plano aos
funcionários, as contratantes devem ter programas de
gerenciamento do mesmo, além de promover ações de
prevenção de doenças. "Uma especialização em gestão
médica reduz gastos entre 10% e 15% no primeiro
ano", ressalta.
Entre as ações para rever as despesas do plano está a
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-11-
inclusão de um clínico-geral na empresa, para que
possa dar uma segunda opinião médica, triagem prévia
para indicar o especialista e controle de pacientes
crônicos. "Um médico interno acaba com 80% das
necessidades médicas dos funcionários." A mesma
redução se aplica para os exames desnecessários.
Enquanto no ambulatório interno o número de exames
solicitados por consulta é de 0,2, o do plano é de 2,5.
"Claro que é necessário conhecimento técnico, mas
tem aparecido bastante empresa que terceiriza o
serviço", aponta. Para Hirai, mesmo que a terceirização
traga uma nova despesa, a economia com os
programas de gerenciamento é cinco vezes maior que
o investimento. Ele ainda explica que as ações de
redução de custo são mais eficientes quando partem
da empresa, uma vez que a relação entre o beneficiário
e o plano de saúde tem mais desconfiança. "O paciente
pensa que a operadora quer economizar em cima
dele."
Novo produto
Vendo esta necessidade, o Hospital Alemão Oswaldo
Cruz criou um programa de saúde integrada próprio
para seus funcionários - que já trouxe resultado - e
agora está sendo comercializado. Segundo o gerente
de qualidade de vida e saúde do hospital, Rodrigo
Bornhausen Demarch, a proposta é aprimorar a
experiência do paciente, melhorar a saúde dessa
população e reduzir o custo per capita. "Começou como
uma iniciativa de promoção de saúde, ganhou
abrangência maior para gerenciamento de doenças e
hoje é um programa de gestão de saúde populacional",
diz.
O programa "Bem-Estar' foi implementado em 2010,
em parceria com a Universidade de Stanford, e já
trouxe resultados como a redução do sedentarismo em
20%, além de três anos sem reajuste. Hoje, o
programa abrange 5,7 mil pessoas, entre funcionários
e dependentes. Nos resultados do programa também
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-12-
foi possível observar o benefício de uma academia
interna. "Os usuários da academia interna custam 28%
menos", diz. A mesma lógica vale para fumantes: os
que fazem exercício no espaço próprio também custam
menos para o sistema.
Agora, além de oferecer a plataforma tecnológica, o
hospital ofertará alguns serviços que fazem parte do
programa para empresas interessadas, como coaching
e segunda opinião médica. O hospital já tem uma
empresa grande em fase piloto e dois clientes em fase
de negociação.
Opções
Outro exemplo é a Carelink, que oferece programas de
gerenciamento, relacionamento, acompanhamento e
obtenção de indicadores. De acordo com o diretor da
empresa, Francisco Vignoli, o sistema reúne 560 mil
vidas e já conseguiu entre 20% e 30% de redução de
custo per capita entre os clientes. Segundo ele, apesar
de ser uma terceirização, o processo ainda exige uma
equipe qualificada da empresa para a tomada de
decisões e verificação de resultados. "A empresa tem
que assumir seu papel de protagonismo para
renegociar a rede e o gasto da operadora", aponta.
Para ele, o sistema é um auxílio, mas a empresa tem
que ter um plano de gestão baseado em suas
necessidades. "É onde o funcionário passa a maior
parte do tempo. É lá que se conseguem mais
informações sobre o paciente", diz.
Antes de implementar qualquer tipo de programa, o
executivo aponta que é determinante que a empresa
entenda as necessidades de seus funcionários, ou as
ações de saúde irão virar custo. "As necessidades
mudam. Para que um programa antitabagismo se não
tenho fumantes?", questiona.
Vignoli acredita que, mais do que ações práticas, é
importante a logística de informação de saúde, na qual
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-13-
uma equipe especializada acompanha desde a primeira
eventualidade médica para saber qual foi o hospital e
o tratamento. "Com as informações ele pode
questionar a operadora sobre por que um hospital está
na rede e outro não, por exemplo."
Para a CEO da Asap, Milva Gois, um dos desafios de
aplicar este tipo de gerenciamento no mercado é o
desconhecimento da contratante. "Com a crise vemos
muitas empresas fazendo downgrade da carteira e isso
preocupa", aponta.
Segundo ela, as empresas não imaginam o desperdício
que é possível cortar e optam por um plano de saúde
que não encaixa em sua população. "Ela precisa
identificar no dia a dia a necessidade e fazer a escolha
do plano certo", diz.
Para abordar o tema de forma mais abrangente, o
Fórum Asap este ano debaterá os rumos e a
sustentabilidade da saúde no dia 7 de abril, em São
Paulo, com a apresentação completa do estudo do
Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Fonte: Valor Econômico
- Murillo Camarotto -
Caderno Empresas -
pg.B1 – 4.3.2016
ANS vai restringir a venda de plano para
combater 'empresas falsas'
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai
restringir a venda de planos coletivos empresariais de
assistência médica. O texto de uma resolução
normativa que muda as regras de contratação desses
planos já foi aprovado pela diretoria da agência e
entregue para a Advocacia Geral da União (AGU), a
quem cabe avaliar a legalidade - e não o mérito - das
mudanças.
O objetivo da nova norma é combater o crescente
fenômeno da "falsa coletivização" dos planos de saúde.
Com a oferta cada vez mais escassa de convênios
individuais e familiares - que funcionam sob regras
bem mais rígidas -, corretores criam um CNPJ fictício e
oferecem planos empresariais para pessoas físicas.
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-14-
Para inibir essa prática, a nova norma vai determinar
que somente empresas cujo CNPJ tenha sido criado há
mais de 12 meses poderão contratar esses convênios.
A regra está limitada a planos coletivos empresariais
com até 30 vidas e nos quais a maior parte dos
beneficiários tenha algum tipo de vínculo familiar.
A ANS avalia que a medida poderá abalar as finanças
das operadoras. Apesar de não disporem de números
precisos, fontes na agência reguladora garantem que,
atualmente, as vendas de planos de saúde estão
concentradas nos convênios empresariais coletivos
com até 30 segurados. Dos quase 1,7 milhão de
contratos vigentes em todo o país, mais de 90% estão
nessa categoria.
Mais disponíveis no mercado, esses planos também são
bem mais baratos do que os individuais e familiares,
mas as vantagens param por aí. Além de terem os
reajustes "liberados", os coletivos empresariais podem
ter seus contratos rescindidos unilateralmente pelas
operadoras, o que representa menos segurança para
os beneficiários.
Segundo fontes na ANS, a rescisão é uma prática
recorrente, adotada pelas operadoras sempre que os
segurados "utilizam demasiadamente" o plano. Para
evitar que isso continue acontecendo, a nova instrução
normativa também proíbe a rescisão unilateral dos
convênios coletivos empresariais com abrangência de
até cinco vidas. Assim que entrar em vigor, a regra
valerá apenas para os novos contratos.
As empresas do setor têm pressionado o governo para
estender aos planos individuais a liberação dos
reajustes e a rescisão unilateral. Apesar da resistência
de parte da diretoria colegiada da ANS, a demanda
vem ganhando força. Uma nova reunião para debater
o assunto foi realizada no final de fevereiro, na Casa
Civil.
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-15-
Participaram representantes dos ministérios da Saúde,
da Fazenda e do Planejamento, além do diretor-
presidente da ANS, José Carlos de Souza Abrahão.
Ficou definida a data de 30 de abril para a
apresentação da primeira versão das mudanças. A
versão revisada seria discutida em junho, com
lançamento de consulta pública em agosto. A
expectativa é de que as novas regras sejam
anunciadas em outubro.
Durante a última reunião, foi sugerido que a aferição
da variação dos custos do setor seja aprimorada. Uma
proposta de reequilíbrio econômico-financeiro das
operadoras com alta sinistralidade está sendo
formulada. Também está nos planos a criação de um
índice de preços para os serviços médico-hospitalares.
A ANS ainda está discutindo a inclusão do exame para
detecção do zika vírus no rol de procedimentos que
devem ser cobertos pelos planos de saúde. Entre as
doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, as
operadoras pagam atualmente apenas os exames para
identificação da dengue e da febre chikungunya.
Segundo apurou o Valor, a exigência de cobertura para
o diagnóstico do zika vírus ainda está distante. Isso
acontece devido ao estágio "inconclusivo" em que se
encontram hoje os testes.
Fonte: website do
Instituto de estudos de
Saúde Suplementar –
IESS – publicado em
16.3.2016
IESS atualiza números do setor de saúde no
Brasil
Infográficos didáticos traduzem a Saúde Suplementar
de forma simples e Prática
O IESS acaba de atualizar os infográficos com as
informações mais recentes sobre a variação no total de
beneficiários de planos de saúde, os números de
estabelecimentos ambulatoriais e muito mais.
Acompanhe os avanços no setor de saúde brasileiro de
forma fácil e prática:
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-16-
Números do setor
Entenda o setor
Fonte: Website da ANS
– 28.3.2016 –
disponível em
www.ans.gov.br
ANS divulga lista de hospitais que atendem
critérios de qualidade
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
divulgou a lista de hospitais que atendem critérios de
qualidade importantes para aferir o padrão de
assistência prestada à população. Os dados mostram o
desempenho dos estabelecimentos segundo três
indicadores: acreditação, índice de readmissão
hospitalar e segurança do paciente. É a primeira vez
que a ANS disponibiliza informações sobre atributos
dos prestadores, oferecendo subsídios para que os
consumidores possam acompanhar e avaliar os
serviços.
“A qualidade é prioritária para a ANS e esta
classificação dos hospitais traz transparência e
segurança para o sistema de saúde”, destaca a diretora
de Desenvolvimento Setorial da ANS, Martha Oliveira.
“Em breve vamos expandir a avaliação para os
Serviços de Apoio à Diagnose e Terapia (SADT) e para
os consultórios e vamos ampliar a discussão sobre
qualidade do Programa de Monitoramento da
Qualidade dos Prestadores de Serviços (Qualiss)”,
explica a diretora.
A lista de hospitais acreditados mostra todos os
estabelecimentos que possuem certificação máxima de
qualidade emitida por instituições acreditadoras de
serviços de saúde. A acreditação é um procedimento
de verificação externa dos recursos institucionais e dos
processos adotados pelas instituições e mede a
qualidade da assistência através de um conjunto de
padrões previamente estabelecidos. Seu caráter
voluntário pressupõe que apenas as instituições
realmente interessadas na melhoria da qualidade dos
seus serviços se habilitem para a avaliação.
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-17-
A relação que avalia a taxa de readmissão hospitalar
mostra os estabelecimentos que atenderam às
exigências da ANS com relação ao índice de
reinternação em até 30 dias da última alta. Este
indicador mede a capacidade progressiva do prestador
em ajudar as pessoas a se recuperarem de forma tão
eficaz quanto possível e é frequentemente utilizado
como parâmetro para a qualidade assistencial.
“Para que o índice seja atingido, espera-se que o
hospital promova melhorias no gerenciamento do
quadro clínico dos pacientes, adequado planejamento
de alta, capacitação constante da equipe do hospital e
identificação de falhas em fluxos e protocolos de
atendimento, para prover o cuidado efetivo ao
paciente, a fim de que haja a desejada redução de
readmissões hospitalares”, explica Martha.
Também está disponível a relação de hospitais que
possuem Núcleo de Segurança do Paciente cadastrado
na Anvisa. O indicador objetiva estimular a melhoria
contínua dos processos de cuidado e do uso seguro de
tecnologias da saúde, a disseminação sistemática da
cultura de segurança, a articulação e a integração dos
processos de gestão de risco e a garantia das boas
práticas de funcionamento do serviço de saúde.
Segundo a Resolução nº 36/2013 da Anvisa, todos os
serviços de saúde abrangidos pela norma devem
constituir núcleos de segurança do paciente. De 2014
até hoje, temos 1.338 núcleos cadastrados de um total
de 6.000 estabelecimentos hospitalares. A meta é ter
100% dos hospitais que compõem a rede assistencial
dos planos privados de assistência à saúde com
núcleos cadastrados.
Confira, abaixo, os hospitais que atingiram os
indicadores de qualidade:
Lista de hospitais com acreditação máxima.
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-18-
Lista de hospitais que atenderam exigências da ANS
com relação à taxa de readmissão hospitalar.
Lista de hospitais com Núcleo de Segurança do
Paciente cadastrados na Anvisa.
Fator de Qualidade – A ANS também divulgou a lista
de hospitais que estão sujeitos ao Fator de Qualidade
- índice de reajuste aplicável nos contratos entre os
estabelecimentos e as operadoras de planos de saúde.
O Fator de Qualidade faz parte de um novo modelo de
remuneração implantado para hospitais e profissionais
da área médica que atendem a saúde suplementar e
foi estabelecido pela Lei nº 13.003/2014 e
regulamentado pela Instrução Normativa nº 61/2015.
É aplicado nas situações em que não há negociação
entre operadoras e prestadores e quando não há um
índice previsto no contrato ou acordo entre as partes.
O índice possui três níveis - 105%, 100% e 85% do
valor do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) - e é aplicado da seguinte forma:
105% do IPCA: Têm direito a este índice de reajuste
os estabelecimentos acreditados, ou seja, que
possuem certificação máxima de qualidade emitida por
instituições acreditadoras de serviços de saúde. Confira
a relação aqui
100% do IPCA: Este índice intermediário é aplicado
a hospitais não acreditados, mas que participam e
cumprem critérios estabelecidos nos projetos de
melhoria da qualidade em saúde desenvolvidos pela
ANS – como o Projeto Parto Adequado - e atendam a
outros indicadores de qualidade. Confira a relação aqui
85% do IPCA: Este índice se aplica aos hospitais que
não atendem a nenhum desses critérios.
O Fator de Qualidade também deve servir como
parâmetro de reajuste para os contratos firmados
entre operadoras e profissionais de saúde como
médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos. Os
critérios para essa categoria de prestador ainda estão
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-19-
em discussão e deverão ser definidos conjuntamente
com próprias entidades de classe. Para este grupo, as
normas começam a valer a partir de 2017, assim como
para laboratórios, clínicas e outras unidades de
prestação de serviço de saúde.
Clique aqui para acessar a notícia na íntegra.
voltar ao início
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-20-
CÂMARAS TÉCNICAS EM ANDAMENTO – ANS
Câmara Técnica da Regulamentação do Pedido de Cancelamento/Exclusão de
Beneficiários em Planos de Saúde
Câmara Técnica sobre a Qualificação da Entrada de Beneficiários em Planos de
Saúde: Doenças ou Lesões Preexistentes
GRUPOS TÉCNICOS EM ANDAMENTO – ANS
Grupo Técnico Externo de Órteses, Próteses e Materiais Especiais
Grupo Técnico Permanente de Estudos da Metodologia do Monitoramento da
Garantia de Atendimento
Grupo Técnico de Medicamentos Antineoplásicos Orais
Grupo Técnico FormSUS – Procedimentos – DUT
Grupo Técnico Genética
Informações a respeito das Câmaras e Grupos Técnicos podem ser obtidas no
website da ANS (www.ans.gov.br)
Saúde Suplementar em Exame nº 9
Março/2016
-21-
CONSULTAS PÚBLICAS (CP)
Norma / Consulta
Pública (CP) Assunto Data de Publicação Prazo
Não há consultas públicas em andamento.
_______________________________________________________________
Este boletim é compilado pelas integrantes da área especializada em Saúde
Suplementar de Pinheiro Neto Advogados.
Colaboraram com esta edição:
Théra van Swaay De Marchi ([email protected]), Maria Silvia L. A. Marques
([email protected]), Luciana Mayumi Sakamoto ([email protected]) e
Sasha Roéffero ([email protected]).