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Farmacologia e teraputica medicamentosa
Sebenta
CLE 2012-2016
Ins Sofia Ramalho n4933 Raquel Caramelo n5349 Rita Puppe n4961 Victria Esquvel n Hugo Sargao
Escola Superior De Enfermagem de Lisboa
Sebenta de Farmacologia e Teraputica Medicamentosa CLE 2012-2016
1
I. Introduo farmacologia
1. Conceitos introdutrios
Farmacologia:Farmacologia:Farmacologia:Farmacologia: ramo da cincia que estuda os frmacos
Vasto leque de conhecimentos:
Origem dos frmacos
Aces que provocam no corpo humano e mecanismos pelos quais actuam
Frmaco:Frmaco:Frmaco:Frmaco: agente qumico que modifica as funes dos seres vivos
Medicamento:Medicamento:Medicamento:Medicamento: Toda a substncia ou associao de substncias apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenas em seres humanos ou dos seus sintomas ou
que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um diagnstico
mdico ou,
MatriaMatriaMatriaMatria----prima:prima:prima:prima: qualquer substncia, activa ou no, e qualquer que seja a sua origem, empregue na produo de um medicamento, quer permanea inaltervel, quer se modifique
ou desaparea no decurso do processo (Decreto de Lei)
Excipiente:Excipiente:Excipiente:Excipiente: qualquer matria-prima que, includa nas formas farmacuticas, se junte s substncias activas ou suas associaes para servir-lhes de veculo, possibilitar a sua
preparao ou estabilidade, modificar as suas propriedades organolpticas1 ou determinar as
propriedades fsico-qumicas do medicamento e a sua biodisponibilidade (Decreto de Lei)
Medicamento: substncia activa + excipientes
Os medicamentos podem ter vrios excipientes. As formulaes lquidas tm muitos
excipientes.
DCI:DCI:DCI:DCI: denominao comum internacional recomendada pela OMS para substncias activas de medicamentos, de acordo com regras definidas e que no pode ser objecto de registo de
marca ou nome
Nome do medicamento:Nome do medicamento:Nome do medicamento:Nome do medicamento: designao do medicamento, a qual pode ser constituda por uma marca insusceptvel de confuso com a denominao comum.
MG medicamento genrico
1 Propriedades Organolpticas: cheiro, sabor
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Forma farmacutica:Forma farmacutica:Forma farmacutica:Forma farmacutica: estado final que as substancias activas ou excipientes apresentam depois de submetidas s operaes farmacuticas necessrias, a fim de facilitar a sua
administrao e obter o maior efeito teraputico desejado (Decreto de Lei)
Dosagem:Dosagem:Dosagem:Dosagem: teor de substncias activa, expresso em quantidade por unidade de administrao ou por unidade de volume ou de peso, segundo a sua apresentao (Decreto de Lei)
Dose:Dose:Dose:Dose: quantidade que se toma que pode no ser da substncia activa
Posologia:Posologia:Posologia:Posologia: referncia a uma dose com frequncia a que se administra
Apresentao:Apresentao:Apresentao:Apresentao: no a forma farmacutica dimenso da embalagem tendo em conta o nmero de unidades (Decreto de Lei)
Classificao dos medicamentoClassificao dos medicamentoClassificao dos medicamentoClassificao dos medicamentos qus qus qus quanto dispensaanto dispensaanto dispensaanto dispensa Sujeitos a receita mdica
Receita mdica renovvel
Receita mdica especial (opiceos, morfinas elevado potencial de abuso)
Receita mdica restrita, de utilizao reservada a certos meios especializados
No sujeitos a receita mdica (automedicao)
Classificao dos medicamentosClassificao dos medicamentosClassificao dos medicamentosClassificao dos medicamentos Com base na estrutura qumica
Tm em comum a estrutura qumica
Penicilinas
Opiceos
Com base no efeito farmacolgico:
Analgsicos
Antipsicticos
Antidepressores
Por local de aco
Agrupados de acordo com a enzima ou o receptor onde interagem
IECA (inibidores da enzima da converso da angiotensina)
Anticolinrgicos
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Classificao ATCClassificao ATCClassificao ATCClassificao ATC Publicado pela OMS em 1976
Classifica os frmacos de acordo com o rgo ou sistema em que actuam, as suas
propriedades teraputicas e qumicas, para uma determinada indicao ou uso
- Um frmaco pode ter mais do que um cdigo
Exemplo:
cido acetilsaliclico 100 mg: B01AC06 (anti-agregante de plaquetas)
cido acetilsaliclico 500 mg: N02BA01 (para as dores)
Off-label: usar um medicamento com a finalidade que no aprovada
Classificao farmacoteraputica (CFT) de medicamentosClassificao farmacoteraputica (CFT) de medicamentosClassificao farmacoteraputica (CFT) de medicamentosClassificao farmacoteraputica (CFT) de medicamentos a classificao de medicamentos oficial em Portugal
Abrange:
- Processos para a autorizao de introduo no mercado de medicamentos
- Sistema de comparticipao de medicamentos
Trabalho autnomo
1. Ser que os excipientes so sempre inactivos? Ou podem apresentar riscos?
- Pais, J (2011)
- Guerreiro, M (2005)
2. Consulte o pronturio teraputico na edio actual
- Liste os grupos da classificao farmacoteraputica
- Identifique o grupo e subgrupo farmacoteraputico a que pertence o paracetamol
1. Os excipientes so assumidos como inactivos de uma forma equvoca, podendo muitas
das reaces adversas que ocorrem ser causadas pelos excipientes e no pelas
substncias activas. As reaces podem ser hipersensibilidades, alergias, reaces
cutneas ou inflamaes que mucosas os do local da administrao.
2. Lista de grupos de classificao farmacoteraputica:
Grupo 1: Medicamentos anti-infecciosos
Grupo 2: Sistema Nervoso Central
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Grupo 3: aparelho Cardiovascular
Grupo 4: Sangue
Grupo 5: Aparelho respiratrio
Grupo 6: Aparelho Digestivo
Grupo 7: Aparelho Genitourinrio
Grupo 8: Hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenas endcrinas
Grupo 9: Aparelho Locomotor
Grupo 10: Medicao antialrgica
Grupo 11: Nutrio
Grupo 12: Correco da volmia e das alteraes electrolticas
Grupo 13: Medicamentos usados em afeces cutneas
Grupo 14: Medicamentos usados em afeces otorrinolaringolgicas
Grupo 15: Medicamentos usados em afeces oculares
Grupo 16: Medicamentos antineoplsicos e imunomoduladores
Grupo 17: Medicamentos usados no tratamento de intoxicaes
Grupo 18: Vacinas e imunoglobulinas
Grupo 19: Meios de diagnstico
Grupo e subgrupo farmacoteraputico do paracetamol: Grupo 2 Sistema Nervoso
Central e subgrupo 2.10 Analgsicos e antipirticos
2. Origem dos medicamentos
Os frmacos podem ter origem natural (mineral, vegetal ou animal) ou sinttica
- Um mesmo frmaco pode ser obtido de uma fonte natural ou sintetizado quimicamente (ex.:
cloranfenicol foi inicialmente sintetizado a partir de um fungo (streptomices venezuelae) e
agora obtido por sntese qumica)
Actualmente: marcado desenvolvimento da qumica medicinal, que investiga
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Estudos pr-clnicos:
Realizados em animais ou in vitro
Trabalho autnomo
3. Na base de dados Infomed pesquise o medicamento Ben
- Indique as formas farmacuticas
- Indique as dosagens disponveis
- Com base no resumo das caractersticas:
Como se classifica o medicamento face
Face lista de excipientes considera o medicamento indicado para intolerantes lactose?
Posologia
Dose diria mxima
- Indique a classificao ATC do m
1. Formas farmacuticas disponveis: comprimido, cpsula, p para soluo oral,
supositrio, xarope.
Dosagens disponveis: 1000mg, 500mg, 250mg, 125mg, 75mg, 40mg/ml
Dispensa: MRSM (medicamento sujeito a receita mdica)
Indicado para intolerantes lactose
3 a 6 anos - Pesquisa e desenvolvimento do frmaco- Fase pr-clnica
Sebenta de Farmacologia e Teraputica Medicamentosa
in vitro
Na base de dados Infomed pesquise o medicamento Ben-U-Ron:
farmacuticas disponveis
disponveis
base no resumo das caractersticas:
e classifica o medicamento face dispensa
Face lista de excipientes considera o medicamento indicado para intolerantes lactose?
Indique a classificao ATC do medicamento 500 mg de comprimido
Formas farmacuticas disponveis: comprimido, cpsula, p para soluo oral,
: 1000mg, 500mg, 250mg, 125mg, 75mg, 40mg/ml
: MRSM (medicamento sujeito a receita mdica)
Indicado para intolerantes lactose: sim
6 a 7 anos- Fase clnica
- Aprovao pela
entidade reguladora
Farmacovigilncia
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Face lista de excipientes considera o medicamento indicado para intolerantes lactose?
Formas farmacuticas disponveis: comprimido, cpsula, p para soluo oral,
Farmacovigilncia
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Posologia: Dependente da forma farmacutica do medicamento
DDM: A dose a administrar depende da idade e do peso corporal. A dose nica usual de 10 -
15 mg de paracetamol por kg de peso corporal e a dose diria total de at 50 mg/kg de peso
corporal.
Classificao ATC para comprimido de 500mg: N02BE01 PARACETAMOL
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II. Vias de administrao de medicamentos
a forma pela qual o medicamento entra em contacto com o organismo
Depende do frmaco e da sua formulao em medicamento e de variveis relacionadas com o
doente
Tradicionalmente dividida em:
1. Entrica (utiliza o trato GI, inclui a administrao atravs de sonda
nasogstrica)
2. Parentrica (no utiliza a via digestiva, associada a administrao de
injectveis)
3. Tpica (administrao feita directamente sobre pele ou mucosas)
A administrao entrica nem sempre pretende um efeito sistmico e a tpica um efeito local
1.1 1.1 1.1 1.1 Via OralVia OralVia OralVia Oral Pretende-se geralmente um efeito sistmico, mas existem excepes:
Administraes de vancominica por via oral para tratamento da colite
pseudomembranosa causada por Clostridium difficile
Administrao de messalazina para o tratamento da doena inflamatria intestinal
Formas farmacuticas:
Orais slidas
Comprimido, cpsula, cpsula mole, granulado
Orais lquidas
Xarope, soluo oral, emulso oral, suspenso oral, gotas orais, soluo, suspenso ou
emulso
Forma de libertao modificada
Soluo: partculas da substncia activa misturadas nos excipientes
Emulso: partculas em suspenso lquidas
Suspenso: partculas em suspenso slidas
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Vantagens:Vantagens:Vantagens:Vantagens: Conveniente
No invasiva
Adaptvel maioria dos frmacos
Limitaes:Limitaes:Limitaes:Limitaes: Necessria colaborao do doente
No adequada em caso de vmitos ou diarreia
Efeito mais demorado (versus via parentrica)
Efeito de primeira passagem (sistema porta encaminha para o fgado a partir do
intestino o que foi absorvido, metabolizando o fgado uma parte do medicamento
absorvido, chegando apenas uma parte do absorvido s clulas)
Trabalho autnomo:
1. Que questes devem ser consideradas na administrao de medicamentos por sonda?
- Mendes, AP (2011). Administrao de medicamentos por sonda
2. Ser que todos os comprimidos podem ser divididos?
- Martinho, JF, Guerreiro, MP, Simn, A (2010). O fraccionamento de comprimidos no
ambulatrio: implicaes para a prtica clnica.
1. Na administrao por sonda deve ser tido em conta o medicamento que
administrado, se pode ou no ser triturado ou degradado para que possa ser
administrado por sonda, a sua forma farmacutica, o local onde se localiza a
extremidade da sonda, se se localiza no estmago, duodeno ou jejuno, se
administrado em conjunto com a NE, as horas a que administrado, se tem
revestimento ou no o medicamento administrado e se corre o risco de causar
obstruo na sonda pelas suas caractersticas.
2.1 2.1 2.1 2.1 Via SubcutneaVia SubcutneaVia SubcutneaVia Subcutnea Administrao na hipoderme ou tecido subcutneo
Requer frmacos solveis, passveis de administrao em pequenos volumes (cerca 2
ml para um adulto) e no irritantes
Vacinas
Insulina
Heparina
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2.2 2.2 2.2 2.2 Via IVia IVia IVia Intramuscularntramuscularntramuscularntramuscular Administrao em regies musculares especficas
Incio de aco mais rpido do que para a via oral e subcutnea
Podem ser administradas no s solues aquosas mas tambm solues oleosas
2.3 2.3 2.3 2.3 Via IntravenosaVia IntravenosaVia IntravenosaVia Intravenosa Administrao directa no sangue venoso
Vantagens Vantagens Vantagens Vantagens Incio de aco imediato
Permite a administrao de volumes mais elevados
Evita a irritao ou leso tecidular (diluio no sangue)
Obvia problemas de insuficincia circulatria
Pode ser utilizada atravs de um acesso perifrico, de forma contnua
Limitaes Limitaes Limitaes Limitaes Maior risco de incidentes (normalmente usada quando no possvel outra via)
3.1 Via Sublingual3.1 Via Sublingual3.1 Via Sublingual3.1 Via Sublingual A absoro ocorre directamente na cavidade oral, o que pode ser til quando se pretende uma
resposta rpida
Quando possvel tambm utilizada para frmacos:
Instveis no pH gstrico ou metabolizados de forma rpida pelo fgado
Frmacos passam para a circulao sistmica sem entrar no sistema porta (evita-se efeito de
primeira passagem)
Exemplo: Nitroglicerina
Formas farmacuticas:
Comprimidos sublinguais
3.2 Via Rectal3.2 Via Rectal3.2 Via Rectal3.2 Via Rectal Efeito local: administrao de anti-inflamatrios intestinais para tratamento da colite
ulcerosa
Efeito sistmico: administrao de diazepam em crianas com status epilptico
A absoro errtica mas esta via pode ser til em doentes com vmitos ou incapazes de
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colaborar
Formas farmacuticas:
Supositrios
Enemas (soluo/suspenso ou emulso rectal)
Creme/pomada rectal
3.3 3.3 3.3 3.3 Via CutneaVia CutneaVia CutneaVia Cutnea Utilizada quando se pretende um efeito tpico na pele
A maior parte dos frmacos tem uma absoro muito limitada atravs da pele ntegra
Pode ocorrer absoro, levando a efeitos sistmicos
Formas farmacuticas:
Creme
Gel
Pomada
Pasta
Champ
Soluo/suspenso/emulso cutnea
3.4 3.4 3.4 3.4 Via transdrmiVia transdrmiVia transdrmiVia transdrmicacacaca Frmaco incorporado num sistema adesivo, que aplicado na pele
Hormonas sexuais para teraputica hormonal de substituio ou contracepo
Nitroglicerina para tratamento da angina de peito
Libertao do frmaco feita de forma constante e evita-se efeito primeira passagem
Requer frmacos lipossolveis e aplicao em pele ntegra
Custo relativamente elevado
3.5 3.5 3.5 3.5 Via oftlmicaVia oftlmicaVia oftlmicaVia oftlmica Administrao do medicamento no saco conjuntival, para produzir um efeito local
Acetazolamida administrada para o tratamento do glaucoma, minimiza-se efeitos
secundrios inerentes administrao oral
Pode ocorrer efeito sistmico resultante de absoro
Broncospasmo em doentes asmticos, tratados com timolol em gotas oftlmicas para
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o glaucoma
Formas farmacuticas:
Colrio (soluo/suspenso/emulso)
Creme oftlmico
Pomada oftlmica
Gel oftlmico
Importante: formulaes estreis, prazo de utilizao limitado
3.6 3.6 3.6 3.6 Via NasalVia NasalVia NasalVia Nasal Administrao do medicamento nas narinas
Pretende-se geralmente um efeito local
Descongestionantes nasais
Pode ser utilizada para obter um efeito sistmico
Pensa-se que a absoro ocorra atravs do sistema linfide da mucosa nasal
Calcitonina em spray nasal, para o tratamento da osteoporose ps-menopausica
Formas farmacuticas:
Gel nasal
Pomada nasal
Gotas nasais (soluo, suspenso, emulso)
Soluo/suspenso/emulso para pulverizao nasal
3.73.73.73.7 Via InalatriaVia InalatriaVia InalatriaVia Inalatria Administrao do medicamento nos pulmes onde pode ser pretendido um efeito sistmico
- Elevada rea para absoro e marcada vascularizao torna possvel ajustamentos rpidos
nas concentraes plasmticas (anestsicos gasoso e volteis)
Tambm pode ser utilizada para efeito local
Dispositivos:
Inaladores pressurizados com vlvula doseadora
Inaladores de p seco
De dose unitria
Rotahaler
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Aeroliser
Diskhaler
Spinhaler
De dose mltipla
Diskus
Turbohaler
4. Incidentes com medicamentos
So comuns em ambiente hospitalar e no ambulatrio
Geralmente mltiplos factores contribuintes: erros, infraces e problemas do
sistema
Podem resultar ou resultam em dano desnecessrio para o doente
Os incidentes com dano eventos adversos causam:
Sofrimento humano
Custos adicionais
Insatisfao com os cuidados prestados e perda de confiana nos profissionais
de sade
Nas ltimas dcadas esta problemtica tem recebido ateno crescente
internacional e nacionalmente
Os cinco certos na administrao de medicamentosOs cinco certos na administrao de medicamentosOs cinco certos na administrao de medicamentosOs cinco certos na administrao de medicamentos Doente certo (orientao da DGS Mecanismos e procedimentos de identificao
inequvoca dos doentes em instituies de sade, 23.05.2011)
Medicamento certo
Tempo certo
Dose certa
Via certa
Alguns autores propem a adio de mais certos
Documentao
Razo certa para administrar o medicamento, etc.
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III. Teraputica medicamentosa em grupos
populacionais especiais
1. Farmacologia da mulher grvida
2% A 3% das anomalias congnitas decorrem do uso de medicamentos
80% Das grvidas utilizam 4 medicamentos durante a gravidez
46% Fazem medicamentos no 1 trimestre
65% Fazem-no sem prescrio mdica
Medicamentos podem atravessar a barreira placentria (por difuso habitualmente)
ou ser eliminados atravs do leite materno
Uso de medicamentos por grvidas
Uso inadvertido:
Doenas crnias (epilepsia, hipertenso arterial, diabetes)
Doenas agudas e controlo de sintomas (diabetes gestacional, eclampsia, pr-
eclampsia)
necessrio controlar os riscos no feto ou na criana (digoxina controlar taquicardia
ou insuficincia cardaca no feto)
1.1 Farmacocintica dos medicamentos administrados a grvidas
Alteraes anatmicas e fisiolgicas da mulher grvida alteram a farmacocintica dos
medicamentos envolvendo os sistemas endcrino, gastrointestinal, cardiovascular, circulatrio
e renal.
Sistema Parmetros Modificaes
Gastrointestinal Motilidade Secreo gstrica Secreo de muco
Diminuda Diminuda (30-50%) Aumentada
Respiratrio Ventilao alveolar Volume corrente Volume residual Dbito sanguneo
Aumentada Aumentada (40%) Diminudo (20%) Aumentado
Cardiovascular Dbito cardaco Ritmo Volume de ejeco Dbito cardaco perifrico Irrigao: pele, mucosa
Aumentado (30-40%) Aumentado (0-20%) Aumentado (10%) Aumentado Aumentado
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Renal Irrigao Filtrao glomerular
Aumentada Aumentada
Metabolismo Consumo de oxignio Temperatura corporal Metabolismo heptico Metabolismo placentrio e fetal
Aumentada (15%) Aumentado 0,5C Inalterado ou aumentado Presente
Sanguneo
Volume sanguneo total gua corporal aumentada Colesterol Reservas lipdicas Protenas
Aumentada (35-40%) Aumentada (7-8L) Aumentada Aumentadas (3-4Kg) Diminuda (40%)
Absoro: barreira placentria e leite materno
Placenta Leite materno
Peso molecular > a 1000g/mol no atravessam a membrana
Peso molecular
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Classificao dos medicamentos com base no risco de teratogenecidade (FDA)
Medicamentos teratognicos
Agentes andrognicos
Anticonvulsisivantes em geral
Anti-inflamatrios no esterides
Antimetablitos e agentes alquilantes
Anti-tiroideus (propiltiouracilo e metibazol)
Bloqueadores dos receptores de angiotensina II
Hipoglicemiantes orais
IECAs
Ltios
Misoprostol
Opiceos
Benzodiazepinas
Talidomida
Tetraciclinas
Varfarina
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Medicao proibida em grvidas
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Medicamentos que podem ser administrados com cuidado
2. Medicamentos nas crianas
Apenas 20% dos medicamentos so aprovados para crianas
Clculo das doses de medicamentos nas crianas e adolescentes
Peso (Kg)
3 Recm6
10 20 30 40 50
recm-nascido at 28 dias
Sebenta de Farmacologia e Teraputica Medicamentosa
Medicamentos que podem ser administrados com cuidado
Medicamentos nas crianas
20% dos medicamentos so aprovados para crianas
Clculo das doses de medicamentos nas crianas e adolescentes
Idade rea de Superfcie % dose de adulto
Recm-nascido 0,2 3 meses 0,3
1 ano 0,45 5,5 anos 0,8 9 anos 1
12 anos 1,3 14 anos 1,5
medicamentos peditricos
idade: at 16 anospeso: at 50Kg
at 1 ano 2-12 anos
17
% dose de adulto
12 18 28 48 60 78 90
13-16 anos
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Idade: Regra de Young
Dose = dose de adulto x (idade (anos) / idade + 12)
Peso: Regra de Clark
Dose = dose de adulto x (peso (Kg) / 70)
2.1 Farmacocintica nas crianas
2.1.1 Absoro
Via oral
Absoro gastrointestinal
Acidez gstrica pH gstrico
Bsico: melhor absoro de medicamentos bsicos Penicilina, Ampicilina
cido: melhor absoro de medicamentos acdicos Fenobarbital, Fenitona
Tempo de esvaziamento
Idade gestacional
Imaturidade da secreo biliar e pancretica
Alimentao
Tempo prolongado pode atrasar a absoro: mais tempo para atingir a
concentrao mxima e concentrao mxima mais baixa
Integridade e motilidade intestinal
Peristaltismo irregular:
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Rpido: diminui o efeito teraputico
Lento: possibilidade de toxicidade
Via rectal
Absoro rectal
Rpida e eficaz
Pode evitar efeito de 1 passagem
Alternativa a via IV
Pode ocorrer absoro irregular baixa eficcia ou toxicidade
Via cutnea
Absoro intramuscular
No utilizar nos recm-nascidos
Absoro percutnea
Maior absoro no recm-nascido
Falhas na integridade da pele
Importante: pode implicar toxicidade (hidrocortisona, cido saliclico)
2.1.2 Distribuio
pH
Composio e volume dos compartimentos do corpo
gua total do corpo
gua intra e extracelular
gua extra corporal aumentada volume de distribuio
aumentado
Medicamentos hidrossolveis (aminofilina, ampicilina) implicam
aumento da dose mg/Kg Tecido adiposo
% Peso corporal
Recm-nascido
prematuro
1 dia 1 ms 1 ano 10 anos Adulto
gua 80 77 73 61 61 62 gua
extracelular 44 38 26 26 20
Plasma 4 4 4 4 4 Gordura 13 18 28 20 15
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Pouco tecido adiposo volume de distribuio diminudo
Medicamentos (diazepam) de doses de mg/Kg baixas recm-nascido
Ligao s protenas plasmticas
Diminuda baixa concentrao de protenas ligantes
Hemoglobina fetal
Diminui a afinidade para os frmacos
pH diminudo no plasma
diminui a ligao das protenas a frmacos acdicos
Presena de substncias endgenas
bilirrubina e cidos gordos livres
Aumento da fraco livre
Aumento do frmaco livre
Aumento do frmaco disponvel para se ligar ao receptor
Possibilidade de efeito txico
Permeabilidade das membranas
Permeabilidade barreira hemato-enceflica elevada incidncia das
depresses respiratrias (mes a fazer analgsicos opiceos morfina)
Factores hemdinmicos
Dbito cardaco
Fluxo sanguneo
2.1.3 Metabolismo
Reaces fase I (oxi-reduo) e fase II (reaces conjugao)
Reduzidas nas crianas por imaturidade do sistema heptico
Reduzido fluxo sanguneo
Capacidade reduzida das enzimas hepticas citocromo P450 e outras
< clearance heptica > t (semi-vida)
2.1.4 Eliminao
Filtrao glomerular
Secreo tubular
Reabsoro tubular
Reduzidas medicamentos esto mais tempo em circulao doses devem ser
diminudas
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21
> T 1/2:
Acetaminofeno
Diazepam
Digoxina
Fenobarbital
Fenotina
Salicilato
Teofilina
2.1.5 Resposta a um frmaco
Presena de receptores
Ligao frmaco-receptor
Crescimento da criana
Maturidade bioqumica
Maturidade estrutural
Grupos teraputicos com variabilidade farmacodinmica:
Anti-infecciosos
Metilxantinas teofilina
Anti-histamnicos
3. Medicamentos na pessoa idosa
Idade cronolgica 60-65 anos grupo muito heterogneo
Alteraes fisiolgicas
Multipatologias
Polimedicados
Utilizao de servies de sade pelas pessoas idosas
3.1 Alteraes fisiolgicas com influncia na farmacocintica
3.1.1 Absoro
Aumento do pH gstrico
Diminuio da superfcie de absoro
Diminuio da perfuso dos rgos abdominais
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Diminuio da motilidade gastrointestinal
Importante: no significativa a diminuio da absoro no idoso
Excepto Indometacina, Digoxina
Importante: alguns podem retardar a motilidade intestinal
Anti-depressivos tricclicos
Opiides
Anti-histamnicos
Anti-muscarnicos
Absoro Oral
Transporte mediado por transportador
Taxa mais lenta de absoro:
Ferro
Clcio
Vitaminas
Absoro cutnea
Pele atrofiada menor eficincia e menor fluxo menor taxa de absoro
3.1.2 Distribuio
A concentrao de um medicamento no plasma inversamente proporcional ao volume de
distribuio.
Diminuio do dbito cardaco
Diminuio do compartimento aquoso
Diminuio da massa muscular
Diminuio da concentrao srica de albumina
Aumento do compartimento adiposo
Importante: Sndrome da Fragilidade (menor peso, menor volume de distribuio, maior
concentrao plasmtica, maior risco de efeitos secundrios).
Composio corporal da pessoa idosa
% Peso corporal Pessoas 25-30 anos Pessoas idosas 65-80 e mais anos
gua corporal (% peso) 61 53 Massa magra (% peso) 19 12 Massa gorda (% peso) 26-33 mulheres
18-20 homens 38-45 36-38
Albumina Srica 4,7 3,8
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Medicamentos lipossolveis maior volume de distribuio
Diazepam
Lidocana
Medicamentos hidroflicos menor volume de distribuio
Aspirina
Ltio
Famotidina
Etanol
3.1.3 Metabolizao
Reaces da I fase sofrem alteraes com a idade;
Reaces da II fase sofrem menos alteraes com a idade;
Declnio da induo enzimtica.
Metabolismo no fgado:
Concentrao elevada no sangue
Eritromicina
Anti-depressivos
Hipnticos
Bloqueadores de canais de clcio
Levodopa
Omeprazol
Varfarina
3.1.4 Eliminao
Aumento do tempo de semi-vida dos frmacos. Diminuio do fluxo renal e da filtrao
glomerular. preciso monitorizao teraputica.
Diminuio da clearence da creatinina pode ir at 50% Clearence da creatinina (mL/min) =
(140 Idade) x Peso (Kg) / 72 x creatinina srica (mg / dl)
Atenolol
Digoxina
Penicilinas
Quinolonas
IECA captopril e enalapril
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24
3.2. Alteraes fisiolgicas com influncia na Farmacodinmica
A farmacodinmica estuda as aces farmacolgicas e os seus mecanismos.
Teoria dos receptores
Receptores especficos afinidade
N de receptores intensidade da resposta
Depende da concentrao do medicamento ao nvel dos receptores
Da intensidade da resposta celular e dos mecanismos reguladores
Nos idosos:
Diminuio do n de receptores: musculatura cardaca e menor resposta dos beta-
adrenrgicos (menor resposta anti-hipertensiva);
Diminuio da sensibilidade a determinados medicamentos e aumento a outros:
sistema nervoso central com diminuio de receptores maior risco de reaces
extra-piramidais;
Alteraes dos mecanismos homeostticos condicionam a compensao da resposta a
determinados medicamentos;
Diminuio de receptores colinrgicos;
Maior vulnerabilidade a reaces adversas.
3.3 Reaces adversas nas pessoas idosas
Polimedicao aumenta o risco de interaces e reaces adversas
Erros de prescrio mdica: inadequada avaliao das alteraes farmacocinticas e
incompatibilidades de medicamentos
Automedicao: OTC e produtos fitoteraputicos
Adeso medicao
3.4 Grupos teraputicos nos idosos
Medicamentos do SNC
Grupo Alteraes
Analgsicos Maior sensibilidade do sistema respiratrio Sedativos-hipnticos Tempo de semi-vida aumentada
Aumento VD
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Medicamentos Cardiovasculares
10 interaces mais perigosas no idoso
Varfarina AINEs (diclofenac, ibuprofeno)
Varfarina Sulfonamidas (Sulfametoxazol + Trimetoprim)
Varfarina Macrlidos (Eritromicina, azitromicina)
Varfarina Quinolonas (ciprofloxacina, norfloxacina)
Varfarina Fenitona
IECAs Suplementos de Potssio
IECAs Espironolactona
Digoxina Amiodarona
Digoxina Verapamil
Teofilina Quinolonas
Sensibilidade varivel Anti-psicticos e Anti-
depressivos Tempo de semi-vida aumentada
Aumento da fraco livre Diminuio da memria e raciocnio
Maior probabilidade de hipotenso ortosttica
Grupo Alteraes
Anti-arritmicos Tempo de semi-vida aumentada aumento da sensibilidade a efeitos txicos
Anti-hipertensores Efeitos adversos mais relevantes nos idosos
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IV. Farmacocintica
Estudo do percurso dos frmacos e/ou seus metabolitos no organismo
ADME: o que o organismo faz ao frmaco
Quantificao das concentraes do frmaco e metabolitos no sangue, tecidos, urina e
outras secrees, em funo do tempo.
Descrio matemtica das taxas de movimento do frmaco, entre o exterior e o
interior do organismo
Componente cintica: velocidade
Componente de extenso: quantidade ou fraco da dose que sofre o
processo
A farmacocintica permite:
Prever ou compreender a durao e intensidade do efeito de um frmaco no
organismo
Estabelecer via de administrao, forma farmacutica, dosagens e intervalos de
administrao
Compreender a variabilidade interindividual na resposta ao frmaco
Prever e compreender interaces medicamentosas
1. Absoro
Passagem do frmaco do local de administrao para a corrente sangunea
Esta fase, tal como todo o percurso dos frmacos no organismo, depende da
capacidade destas molculas atravessarem as membranas biolgicas
Passagem atravs das membranas celulares ocorre por mecanismos de transporte
membranar
Difuso passiva
Transporte mediado
Pinocitose
Difuso passiva:
Ocorre a favor de um gradiente de concentrao e sem consumo de energia
No saturvel
No inibido por outras molculas
Envolve a passagem atravs de:
Poros aquosos (substncias hidrfilas e de baixo peso molecular)
Difuso atravs da membrana lipdica (processo mais generalizado)
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Permeabilidade do frmaco (lipofilia e tamanho da molcula)
Grau de ionizao do frmaco face ao pH do meio
Transporte mediado:
Ocorre:
A favor do gradiente de concentrao e sem consumo de energia (difuso
facilitada)
Contra o gradiente de concentrao, com gasto de energia (transporte activo)
Utiliza as protenas integrais da membrana plasmtica
Caracteriza-se por ser selectivo e saturvel
Importante para:
Molculas demasiado polares para se difundirem atravs das membranas
celulares e/ou
Molculas de maiores dimenses, incapazes de passar atravs de poros
aquosos
Pinocitose:
Menor expresso que a difuso passiva e o transporte mediado
Ocorre maioritariamente nas membranas capilares e do intestino
Consiste na formao de uma vescula por invaginao da membrana celular
Importante para macromolculas
A velocidade e extenso da absoro depende:
Da forma farmacutica
De factores fsico-qumicos do frmaco
De factores fisiolgicos/patolgicos do indivduo
Influncia da forma farmacutica
A libertao do frmaco depende do tipo de forma farmacutica
Slidas (comprimidos, cpsulas, granulado, supositrios)
Lquidas (suspenses, emulses, solues)
Formas farmacuticas slidas requerem desintegrao para dissoluo
ptima das partculas
Regra geral os medicamentos em formulaes lquidas so mais
facilmente absorvidos
A libertao do frmaco depende do tipo de forma farmacutica
Libertao imediata versus modificada
Tambm aplicada via entricas (ex.: anticoncepcional para implante
SC e glucocorticoide para administrao IM)
Factores fsico-quimicos do frmaco que influenciam a absoro
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Solubilidade do frmaco nos fluidos corporais
Coeficiente de partio lpido-gua
Molculas lipossolveis atravessam melhor as membranas biolgicas
Ionizao
Alguns frmacos so cidos ou bases fracas
Grau de dissociao das molculas depende do pH do meio
Estmago (pH cido): frmacos cidos sofrem menor ionizao
favorece a absoro
Intestino (pH superior): frmacos bsicos sofrem menor ionizao
favorece a absoro
Outros factores desempenham um papel importante na passagem atravs das
membranas celulares, pelo que mesmo no caso de cidos fracos a absoro ocorre
maioritariamente no intestino delgado
Factores fisiolgicos/patolgicos que influenciam a absoro
Irrigao sangunea do local de absoro
Zonas altamente irrigadas favorecem a passagem do frmaco para o sangue
Via SC versus IM
Aplicao de calor ou massagem no local de injeco IM
Administrao conjunta do frmaco e vasoconstritor quando se
pretende efeito local
Superfcie para absoro
Quanto maior for a rea para absoro maior ser a sua velocidade
Intestino delgado versus estmago
Membranas dos alvolos pulmonares
Tempo de contacto no local de absoro
Quanto maior o tempo de contacto com a superfcie absorvente maior a
velocidade de absoro
Motilidade intestinal (ex.: diarreia, obstipao)
Velocidade de esvaziamento gstrico (ex.: alimentos no estmago)
Espessura da estrutura absorvente
Por norma a absoro mais rpida atravs de uma mucosa fina
Mucosa nasal e sublingual apresentam pouca espessura
Mucosa gstrica apresenta maior espessura que a do intestino delgado
1.1 1.1 1.1 1.1 BiodisponibilidadeBiodisponibilidadeBiodisponibilidadeBiodisponibilidade Termo que descreve a velocidade e a extenso com que uma substncia activa absorvida
Equivalentes farmacuticos
Medicamentos que contm a mesma substncia activa, na mesma dose e na
mesma forma farmacutica
Estudo de bioequivalncia
Compara as biodisponibilidades de dois medicamentos considerados
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equivalentes farmacuticos ou alternativas farmacuticas e que tenham sido
administrados na mesma dose molar
2. Distribuio
Transferncia reversvel do frmaco da corrente sangunea para o espao
extravascular (fludos corporais, rgos e tecidos)
Influncia por factores como irrigao sangunea dos tecidos e ligao do frmaco s
protenas plasmticas
Ligao s protenas plasmticas
No plasma os frmacos podem-se ligar s protenas plasmticas (PP)
Depende da afinidade pelos stios de ligao
Albumina a protena mais importante
Alguns frmacos bsicos podem ligar-se beta-globulina e glicoprotena cida
A fraco ligada de frmaco:
incapaz de atravessar as membranas dos capilares (no sofre eliminao)
farmacologicamente inactiva
3. Metabolizao
Alterao da estrutura qumica dos frmacos no organismo, tornando-os mais hidroflicos e de
maior dimenso
Facilita processo de excreo (metabolito menos lipossolvel; no reabsorvido nos
tbulos renais)
Com poucas excrees a metabolizao passa por vias metablicas de fase I e
II
Fase I
Introduo de grupos funcionais
Aumento da polaridade, permitem ao frmaco ser metabolizados por
enzimas da fase II
Altera pouco a hidrossolubilidade do frmaco, mas leva geralmente sua
inactivao farmacolgica
Em certos casos pode levar bioactivao do frmaco: pr-frmacos (ex.:
levodopa)
H metabolitos que conservam a actividade farmacolgica da molcula
original ou que eventualmente so at mais potentes (ex.: benzodiazepinas)
Fase II
Formao de conjugados com os grupos funcionais expostos
Sntese de metabolitos hidrossolveis com PM aumentado
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30
3.1 3.1 3.1 3.1 Ciclo enteroCiclo enteroCiclo enteroCiclo entero----hepticohepticohepticoheptico
3.2 3.2 3.2 3.2 Enzimas metabolizadoras de frmacosEnzimas metabolizadoras de frmacosEnzimas metabolizadoras de frmacosEnzimas metabolizadoras de frmacos Presentes na maior parte dos tecidos
Preponderncia no fgado
Existem tambm no intestino e rim
3.3 3.3 3.3 3.3 Citocromo P450Citocromo P450Citocromo P450Citocromo P450 Responsvel pela maior parte da metabolizao de frmacos na fase I
Super-famlias de hemoprotenas, todas elas monoxigenases de funo mista
Agrupadas em famlias e sub-famlias de acordo com o grau de
similaridade da sequncia de aminocidos
Apenas 3 famlias intervm no metabolismo de frmacos (1, 2 e 3)
Famlias: protenas P450 com 40% ou mais de similaridade na
sequncia de aa
Sub-famlia: protenas P450 da mesma famlia, com 55% ou mais de
similaridade na sequncia de aa
Enzimas (isoenzimas ou isoforma): protenas P450 da mesma sb-
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famlia, cuja similaridade na sequncia de aa pelo menos 97%
Nomenclatura das enzimas
CYP +
N rabe que designa a famlia
Letra maiscula para designar a sub-famlia
N rabe para designar a enzima individual
3.4 3.4 3.4 3.4 Factores ambientais que influenciam a metabolizaoFactores ambientais que influenciam a metabolizaoFactores ambientais que influenciam a metabolizaoFactores ambientais que influenciam a metabolizao Inibio enzimtica
Diminuio da capacidade metablica por um agente inibidor
Resultam na acumulao do frmaco potencial reaco adversa
Alterao do perfil de metabolitos formados
Induo enzimtica
Aumento da capacidade metablica por estimulao especfica da sntese da
enzima
Resulta na diminuio da concentrao de frmaco, com potencial
perda de efectividade
Pode ocorrer toxicidade se forem produzidos metabolitos activos
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32
3.5 3.5 3.5 3.5 Factores fisiolgicos/patolgicos que influenciam a Factores fisiolgicos/patolgicos que influenciam a Factores fisiolgicos/patolgicos que influenciam a Factores fisiolgicos/patolgicos que influenciam a metabolizaometabolizaometabolizaometabolizao
Idade
As diferenas mais marcadas encontram-se em indivduos muito jovens e
muito idosos
RN
Expresso pouco significativa de todas as enzimas
metabolizadoras, excepto CYP 3A7 e SULT
Padro metablico diferente do adulto
Idosos
Reduo da massa e fluxo sanguneo heptico
Diminuio da actividade de quase todas as enzimas
metabolizadoras
Patologias hepticas
4. Excreo
Difere da eliminao, sendo uma parte integrante desta mesma
Sada do frmaco ou dos seus metabolitos para o exterior do organismo
A via mais importante a renal mas tambm pode ocorrer excreo biliar e atravs do
ar expirado
Excreo atravs do suor e da saliva tm pouca importncia teraputica
Excreo renalExcreo renalExcreo renalExcreo renal Filtrao glomerular
Secreo tubular
Reabsoro tubular
Os frmacos no filtrado glomerular so reabsorvidos por difuso passiva nos
tbulos renais se forem lipossolveis
A ionizao dos cidos e bases fracas depende do pH do fluido tubular
Trabalho autnomo:
1. Farmacocintica (Falco, 2006)
metabolizao
excreo eliminao
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2. Os 5 certos na administrao de medicamentos (ing.) (Nurse Advisor, 2004)
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V. Farmacodinmica
Estudo das vrias formas como o frmaco afecta o organismo
Um frmaco no cria um efeito novo, ele inicia, estimula ou bloqueia um efeito
fisiolgico
No h nenhum frmaco que no tenha efeitos secundrios porque para ter efeitos
teraputicos tem de ter efeitos secundrios
1. Efeito teraputico
Mediado por ligao do frmaco a uma molcula localizada na superfcie ou no interior de um
determinado tipo de clulas
Receptor mesmo sem nunca tomar um determinado tipo de medicamento, nas
clulas existem receptores especficos para esse frmaco porque so parte integrante
das clulas
So molculas s quais o frmaco se liga
Na membrana celular:
No interior da clula: tm de atravessar a membrana celular
Receptores:
Protenas: cujos ligandos so endgenos ou neurotransmissores (frmacos podem
aproveitar estas protenas para se ligarem quando os ligandos naturais falham)
Canais transportadores de ies: clulas so impermeveis a ies (permeabilidade
selectiva); em clulas excitveis e nervosas h grande movimento de ies
Importante: Nas patologias do sistema nervoso associadas aos canais
inicos, os frmacos administrados visam alterar a movimentao
inica actuando nos canais
Enzimas
Uma molcula (do frmaco ou endgena) pode ligar-se a mais do que um receptor originando
mais do que um efeito
Efeitos teraputicos
Efeitos secundrios
Um receptor pode ter a capacidade de ligao a vrias molculas mas da sua estimulao
resulta uma mesma resposta
Resposta dependente do receptor
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35
A maior ou menor atraco que se estabelece entre as molculas do frmaco e do receptor
uma medida de intensidade dessa ligao e designa-se por afinidade
Um frmaco com elevada afinidade para um receptor liga-se e produz um efeito
mesmo em baixas concentraes
Frmacos com elevada afinidade tm um efeito agradvel (pretendido) de resposta
mesmo em baixas concentraes
Efeitos secundrios imediatos podem ser mais intensos em frmacos de grande
afinidade
2. Doses
A dose que habitualmente usada como dose standart para um frmaco aquela que foi
determinada como tendo efeito teraputico em 50% da populao DE50.
A dose que letal para 50% da populao designada por DL50.
ndice teraputico (IT) = DE50/DL50
Quando DE50 e DL50 so semelhantes, IT prximo de 1 e diz-se desses frmacos que
tm um ndice teraputico estreito
O objectivo administrar o frmaco a um doente, numa dose que origine uma concentrao
plasmtica acima da mnima eficaz mas abaixo daquela que origina efeitos adversos
intervalo teraputico
A intensidade do efeito teraputico bem como os vrios efeitos secundrios que
podem ou no manifestar-se, com maior ou menor intensidade traduzem a
variabilidade interindividual da resposta teraputica.
Deve ter-se em conta:
Idade: idosos, crianas
Interaces medicamentosas
Factores genticos: Farmacogentica (cincia que estuda as diferenas na resposta
teraputica farmacolgica inerentes a um gene especfico.
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A estimulao continuada ou a falta da mesma de uma forma crnica pode levar
alteraes na resposta aos estmulos.
Alterao na sensibilidade dos receptores
Hipersensveis:
Dessensibilizar:
Alterao na densidade dos receptores
Tolerncia:
Necessidade de
Dependncia:
Quando ocorre privao surge um quadro de sintomatologia fsica
de abstinncia
Tremores
Suores
Ansiedade generalizada
administrao
absoro
distribuio
metabolismo
excreo
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A estimulao continuada ou a falta da mesma de uma forma crnica pode levar
alteraes na resposta aos estmulos.
Alterao na sensibilidade dos receptores
Hipersensveis: falta de estimulao
Dessensibilizar: estimulao excessiva (tolerncia, dependncia
Alterao na densidade dos receptores
Necessidade de aumentar as doses para obter a mesma eficcia.
Quando ocorre privao surge um quadro de sintomatologia fsica
de abstinncia
Tremores
Suores
Ansiedade generalizada
local de aco
receptor
mecanismo de aco
resposta
efeito
eficcia
efeitos adversos
36
A estimulao continuada ou a falta da mesma de uma forma crnica pode levar a
tolerncia, dependncia)
aumentar as doses para obter a mesma eficcia.
Quando ocorre privao surge um quadro de sintomatologia fsica sndrome
eficcia
efeitos adversos
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VI. Frmacos
1. Agonistas
Afinidade
Estimula os receptores, a clula ou a actividade intrnseca2
2. Antagonista
Afinidade
Inibem a clula (no despertam actividade intrnseca bloqueando os receptores e
diminuindo a sua funo natural
3. Agonista parcial
Afinidade
Tm actividade intrnseca ao se ligarem aos receptores
Estimulam as clulas mas em menor grau do que o agonista total
1.1 Agonismo
A ligao do frmaco ao receptor pode ocorrer no interior da clula ou sua superfcie
Entra na clula (habitualmente):
Endocitose
Transporte activo
Nas ligaes em canais inicos
No entra na clula:
Activao de estrutura interna da clula mensageiro (mecanismo de
aco via 2 mensageiro) altera o funcionamento da clula sem
entrar na mesma, criando apenas estruturas porta-voz no interior da
mesma
Importante: actividade farmacolgica do sistema nervoso: neurotransmissores ligam-se
superfcie e comandam o interior sem nunca entrarem na clula (neurnio). Dentro da clula
actuam as sub-unidades frmacos tm de agir tal como o ligando natural
2 Todos os frmacos possuem uma molcula interna ligando natural que a que se liga ao receptor
em condies naturais. Os agonistas reproduzem essa ligao e efeito exactamente da mesma forma
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2.1 Antagonismo
Uso simultneo de dois agonistas em efeitos contrrios antagonismo no
competitivo (anulao total ou parcial)
Sulfato de protamina (bsica) como antdoto para hemorragias provocadas
pela heparina (cida)
Adrenalina e acetilcolina
Uso simultneo de um agonista e um antagonista dos mesmo recptores
antagonismo competitivo
Morfina (agonista dos receptores opiceos) e naloxona (antagonista dos
receptores opiceos)
O efeito do agonista diminui de acordo com a ocupao de receptores pelo antagonista,
podendo o mesmo chegar a ser anulado se a afinidade do antagonista for muito superior do
agonista
Competitivo em equilbrio
Competitivo irreversvel
4. Efeito teraputico
O efeito teraputico pode resultar das caractersticas fsico-qumicas do frmaco no
mediado por receptores
Anestesia local por diminuio da temperatura
Cloreto de etilo
Neutralizao do cido gstrico
Anti-cidos (no entram na corrente sangunea)
O efeito manifesta-se a partir de um determinado valor da sua concentrao plasmtica
concentrao mnima eficaz (CME)
A intensidade do efeito vai aumentando medida que a concentrao plasmtica aumenta at
alcanar o mximo
O efeito teraputico mximo ocorre quando a concentrao plasmtica atinge a concentrao
de equilbrio (steady-state)
A concentrao de equilbrio corresponde ao estadio em que a quantidade de frmaco
administrado iguala a quantidade que eliminada e normalmente atingida aps 4 ou 5 vezes
o tempo de semi-vida3
3 Tempo para que a dose seja reduzida a metade: t = 8h; 100mg 50mg
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VII. Interaces medicamentosas
Sempre que o efeito de um frmaco alterado pelo facto de se administrar outro em
simultneo, dizemos que estamos perante uma interaco farmacolgica
Aumento do efeito sinrgico
Antibitico + anti-inflamatrio: aumenta o efeito do antibitico)
Diminuio do efeito - antagonismo
Vrias definies na literaturaVrias definies na literaturaVrias definies na literaturaVrias definies na literatura Consistem na alterao do efeito teraputico ou txico de um medicamento pela
presena de:
Outro medicamento
Um alimento
Uma bebida
Outra substncia qumica
Habitualmente so abordadas como interaces medicamentosas casos que no se
enquadram nesta definio estrita (ex.: efeito aditivo de 2 medicamentos)
Podem ser prejudiciais se resultarem em:
Aumento da toxicidade do medicamento
Por potenciao da eficcia teraputica hemorragia por associao
de varfarina/cido acetilsaliclico
Por potenciao de efeitos adversos hipercalimia por associao de
um IECA e diurtico poupador de potssio
Reduo da eficcia do medicamento
Tetraciclinas/anticidos com caties di ou trivalentes
Podem ser benficas
Antihipertensor/diurtico
Podem no ter expresso clnica
1. Interaces medicamentosas versus incompatibilidades
Alguns autores usam dois termos indiscriminantes, ou consideram as
incompatibilidades como um tipo de interaces medicamentosas
No entanto, a maioria dos autores considera que:
Incompatibilidades dizem respeito a reaces fsico-qumicas que ocorrem
quando se misturam medicamentos em fludos IV causando precipitao ou
inactivao (os excipientes podem ter importncia nestes casos)
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40
Ex.: Dois fludos IV reagem entre si in vitro antes da administrao, no
sendo administrado o que seria suposto
Interaces medicamentosas dizem respeito ao que ocorre in vivo quando se
administram medicamentos
1.1 1.1 1.1 1.1 Mecanismo das interaces medicamentosasMecanismo das interaces medicamentosasMecanismo das interaces medicamentosasMecanismo das interaces medicamentosas FARMACOCINTICO: alterao do efeito do medicamento ocorre por interferncia ao nvel da
absoro, distribuio, metabolizao ou eliminao.
FARMACODINMICO: alterao do efeito do medicamento ocorre por interferncia ao nvel dos
receptores, locais de aco ou sistemas fisiolgicos
As interaces farmacocinticas dependem das caractersticas do frmaco e no se
podem generalizar para o grupo farmacoteraputico
A extrapolao da interaco observada com um frmaco para outros do mesmo
grupo farmacoteraputico aceitvel quando envolve mecanismos farmacodinmicos
Os mecanismos podem interagir por diferentes mecanismos:
Farmacocinticos e farmacodinmicos
Diferentes fases da farmacocintica
2. Interaces farmacocinticas
Absoro:
Adsoro (adeso de molculas de um fludo o adsorvido a uma superfcie slida o
adsorvente) e quelao (formao de um complexo entre duas molculas, o que reduz a sua
absoro)
Carvo activado
Tetraciclina e anticidos (Al 3+, Ca 2+, Mg 2+, Bi 2+), leite, Zn 2+ e Fe 2+
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Quinolonas e anticidos (Al 3+, Mg 2+, leite e Fe 2+
Alterao na motilidade GI
Antidepressores tricclicos e alguns medicamentos
Metoclopramida ou domperidona e paracetamol
Distribuio:
Ocorrem geralmente por deslocao do frmaco ligado s protenas plasmticas. A relevncia
clnica depende:
De uma elevada afinidade para as protenas plasmticas (>90%),como no caso
da varfarina e fenitona
Da presena da maioria do frmaco no plasma e no nos tecidos (baixo
volume de distribuio)
Da taxa de eliminao do frmaco
Metabolizao:
A inibio e induo enzimticas so os mecanismos responsveis pela maioria das interaces
a este nvel. Os frmacos que sofrem um marcado efeito de primeira passagem so
particularmente sensveis.
So de particular relevncia as enzimas do citocromo P450 que catalisam a maioria das
reaces de oxidao de Fase I. o significado clnico depende do efeito na concentrao
plasmtica do medicamento afectado (se as concentraes se mantiverem dentro do
intervalo teraputico a interaco pode no ser relevante)
Induo enzimtica
Aumento da capacidade metablica por estimulao especfica da enzima. Demoram algum
tempo a manifestar-se e pode existir ainda resultados desta induo mesmo aps paragem da
toma do medicamento por acumulao da enzima no fgado.
Resulta na diminuio da concentrao de frmaco, com potencial
perda de efectividade
Pode ocorrer toxicidade se forem produzidos metabolitos activos
A sua manifestao depende do frmaco e da dose
Pode levar desde dias at 2 a 3 semanas a desenvolver-se de forma
cabal e manter-se por igual perodo aps a suspenso do frmaco
Pode ocorrer com frmaco no utilizados como medicamentos
Inibio enzimtica
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Diminuio da capacidade metablica por um agente inibidor
Resultam na acumulao do frmaco potencial reaco adversa e/ou
alterao do perfil de metabolitos formados
Manifesta-se rapidamente (2 a 3 dias) aps administrao do inibidor
mais comum que a induo enzimtica
Excreo:
Alterao do pH urinrio. Na prtica poucos frmacos so afectados
cido acetilsaliclico em doses analgsicas e anticidos
cidos e bases fracas so metabolizadas em compostos inactivos; poucos
frmacos
Alterao na excreo renal tubular activa
Alterao do ciclo entero-heptico
Contraceptivos orais e alguns antibiticos
3. Interaces farmacodinmicas
Efeito aditivo ou sinrgico
Frmacos tm efeito farmacolgico semelhante
Potenciao da sonolncia por associao de benzodiazepinas e lcool
Potenciao da hipocaliemia por associao de agonistas beta e frmacos
espoliadores de potssio
Efeito antagnico
Frmacos tm efeito farmacolgico contrrio
IECA e AINE ao nvel da presso arterial
4. Interaces medicamentosas na prtica clnica Efeito e gravidade das interaces podem variar entre os doentes
Dependem de factores inerentes aos frmacos envolvidos como:
Dose
Durao da teraputica
Dependem tambm de factores relacionados com o doente como:
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Outras patologias (insuficincia renal ou heptica)
Idade
Farmacogentica (metabolizadores rpidos ou lentos)
Intervenes
Deve ser decidida casuisticamente
Depende da informao disponvel sobre a interaco
Bem estabelecida ou baseada em evidncias pouco robustas?
Qual a gravidade?
Depende das caractersticas do regime teraputico e do doente
Raramente implica a contraindicao utilizao simultnea dos medicamentos que
interagem
Gesto de interaces
Escolher um medicamento alternativo, para evitar a interaco
Distanciar a toma de medicamentos
Ajustar a dose do medicamento afectado ou do que provoca a interaco
Monitorizar o regime teraputico
Laboratorialmente
Avaliao de sinais e sintomas
Determinao da parmetros fisiolgicos
Conhecer as interaces medicamentosas mais importantes
Manter os conhecimentos actualizados sobre este tpico
Em caso de dvida, consultar vrias fontes de informao fiveis e um farmacutico
Trabalho autnomo:
1. Estudar a patologia bsica da Asma e DPOC (Essentials of Pharmacology for Nurses e
Drug Therapy in Nursing)
2. Estudar a patologia bsica das doenas do tracto GI (Introducing Pharmacology for
Nursing and Helthcare)
3. Os 5 certos na administrao de medicamentos: a identificao dos doentes
(Orientao da DGS, 2011)
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VIII. Aparelho respiratrio
Grupo farmacoteraputico 5 do Pronturio Teraputico
1.1.1.1. BroncodilatoresBroncodilatoresBroncodilatoresBroncodilatores 1.1 Agonistas adrenrgicos beta-2
1.2 Antagonistas colinrgicos
1.3 Xantinas
2.2.2.2. AntiAntiAntiAnti----inflamatriosinflamatriosinflamatriosinflamatrios 2.1 Glucocorticides inalados
2.2 Antagonistas dos leucotrienos
3.3.3.3. AntiAntiAntiAnti----asmticos de aco profilcticaasmticos de aco profilcticaasmticos de aco profilcticaasmticos de aco profilctica
Monitorizao
Efectividade
Segurana
Aspectos do ciclo vital
1. Broncodilatadores
1.1 Agonistas dos receptores adrenrgicos beta-2
Salbutamol
Indicaes teraputicas Tratamento do broncospasmo na asma e na DPOC
Tambm usado no tratamento da bronquite crnica, do enfisema pulmonar com
obstruo reversvel e na preveno do broncospasmo
Pode ser usado como preventivo antes da prtica desportiva
Vias de administrao Oral (comprimidos 4 mg, xarope 0,4 mg/ml)
Inalatria (soluo para nebulizao 5 mg/ml, inalador pressurizado 100 g/dose,
rotacaps)
Injectvel (soluo injectvel SC, IM ou IV 0,5 mg/1 ml, soluo para perfuso IV 5mg/
5 ml)
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Farmacocintica Absoro por inalatria
Ocorre broncodilatao em cerca de 5 minutos (rpida aco)
10 a 20% da dose atingem as vias respiratrias inferior; restante fica retido no
inalador ou depositado na orofaringe onde deglutido (absoro no
intestino)
A fraco depositada nas vias respiratrias absorvida para os tecidos
pulmonares (sem efeito de 1 passagem)
Absoro por via oral
Considervel efeito de
primeira passagem
Ligao s protenas plasmticas
de 10%
Metabolizao essencialmente
pelo fgado a sulfato fenlico
Maioria da dose administrada
por via IV, oral ou inalatria
excretada em 72 horas,
principalmente pela urina, sob a
for inalterada e de metabolito
Agonista adrenrgico beta-2
selectivo: a activao dos
receptores beta-2 no msculo liso brnquico promove a broncodilatao, diminui a
resistncia das vias areas, facilita a mucocinese e melhora a capacidade vital
Activao de adenilciclase atravs de uma protena G, aumentando a sntese
de AMPc;
AMPc causa relaxamento do msculo liso brnquico por activao de uma
protena kinase A.
Reaces adversas So mais frequentes com a administrao injectvel e oral (versus inalatria). Entre as mais
frequentes contam-se:
Tremor (principalmente das mos)
Agitao
Nervosismo
Palpitaes
Cefaleias
Taquicardia
Arritmias
Aumento da presso arterial
Importante: no de esperar estas reaces adversas sendo ele um medicamento para
receptores selectivos. Ocorre porque a selectividade no total, podendo assim ligar-se, mas
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com menor afinidade, a receptores beta-1, provocando algumas destas reaces adversas a
nvel cardaco.
Raramente podem ocorrer reaces de hipersensibilidade incluindo broncospasmo paradoxal,
urticria e angioedema.
Hipocaliemia4
Associada geralmente utilizao de doses elevadas (como na nebulizao e
administrao parentrica);
Potenciada pelo tratamento concomitante com xantinas, esterides, diurticos
e pela hipoxia (como sucede na asma aguda grave).
Importante: mais comum em doentes que tm cocktails com estes medicamentos.
Broncospasmo por efeito rebound (ricochete).
Geralmente associado a suspenso sbita.
Tolerncia: internalizao dos receptores. Ocorre em doentes que no usam o
salbutamol de forma indicada.
Reaces locais de dor (associada via injectvel)
Tolerncia ao Salbutamol A sua utilizao prolongada bem como de outros agonistas beta-2 pode levar ao aparecimento
de tolerncia por internalizao dos receptores, causando diminuio no nmero de
receptores superfcie das clulas musculares, o que conduz a uma resposta decrescente ao
frmaco, independentemente da via de administrao. A utilizao de corticosterides
permite obviar este efeito.
Contra-indicaes Hipersensibilidade substncia activa ou a qualquer um dos excipientes. Outras associadas aos
efeitos dos receptores beta-2 (interferncia tambm com os beta-1 aces musculares
cardacas)
Precaues Doena coronria, outras doenas cardiovasculares
Arritmias
Hipertenso
Hipertiroidismo
Hipocaliemia
Diabetes
Gravidez (considerar se o benefcio esperado para a me for maior do que o possvel
risco para o feto fenda palatina pode estar associada): pode ser usado
como tocoltico (evita o parto prematuro)
Aleitamento (provavelmente excretado no leite materno, desconhece-se se tem o
efeito prejudicial no recm-nascido)
4 Diminuio do io potssio no sangue
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Outros agonistas Incio de aco rpida: salbutamol e terbutalina
Incio de aco mdia/lenta: salmeterol, formoterol e indacaterol
Adrenalina e isoprenalina tm aco quase instantnea mas j no so vulgarmente
utilizados como broncodilatadores.
1.2 Antagonistas dos receptores colinrgicos
Brometo de Ipratrpio
Indicaes teraputicas Por via inalatria:
Soluo para nebulizao 0,25 mg/2 ml;
Inalador pressurizado 20 g/dose.
Tratamento prolongado da DPOC, na bronquite crnica, no enfisema e no tratamento da asma
(em doentes que no respondem adequadamente aos agonistas adrenrgicos)
Farmacocintica Absoro por via inalatria
Incio de aco entre
15 a 30 minutos; o
efeito mximo
atingido em 1 a 2
horas e a durao de
aco de 4 a 6 horas
10 a 30% da dose so
depositados nos
pulmes, dependendo
da formulao e da
tcnica inalatria. A
maior parte da dose
engolida, passando ao
tracto gastrointestinal
Fraca absoro
sistmica
Ligao s protenas
plasmticas
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pequeno calibre.
Reaces adversas Ocasionalmente:
Secura da boca
Reteno urinria
Obstipao
Viso turva
Tosse
Rouquido
Irritao da garganta
Pode ocorrer dilatao pupilar (midrase) e outros sintomas oculares, normalmente associados
utilizao de um nebulizador sem mscara.
Raramente podem ocorrer reaces de hipersensibilidade incluindo broncospasmo paradoxal,
urticria e angiodema.
Outro antagonista Brometo de tiotrpio: estruturalmente semelhante ao brometo de ipratrpio mas tem
aco selectiva para os receptores muscarnicos 1 e 3. Tem uma aco
broncodilatadora longa (permite uma administrao diria) e est aprovado apenas
para o tratamento da DPOC, estando disponvel em rotacaps 18 g/cpsula e em
inalador pressurizado 2,5 g/dose.
1.3 Xantinas
Exemplo: cafena
Teofilina
Indicaes teraputicas Sintomas da asma crnica e do broncospasmo reversvel associado a outras doenas
pulmonares crnicas.
Administrao por via oral (apenas!) em comprimidos de aco prolongada 250 mg e
400 mg.
Preveno das crises e tratamento dos ataques agudo de asma.
Administrada em perfuso lenta por soluo injectvel comercializada apenas sob a
forma de aminofilina.
Farmacocintica Absoro por via oral
Bem absorvida
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Pico de efeito s 2 horas, durao de aco de 4 a 6 horas
Administrada geralmente em formulaes de libertao prolongada, que
permite 2 tomas dirias
Ligao s protenas plasmticas em cerca de 60%
Excretada pela urina /10% na forma inalterada)
Efeito relaxante no msculo liso do tracto respiratrio
Vrios mecanismos de aco propostos:
Inibio das fofodiesterases
Inibio competitiva dos receptores de adenosina
Aco teraputica nas doenas respiratrias conseguida por outras vias:
Potencia a clearance mucociliar.
Melhoria da contractilidade diafragmtica
Reaces adversas A nvel cardiovascular
Taquicardia
Palpitaes
Arritmia ventricular
A nvel do SNC
Tremor
Insnia
Irritabilidade
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Cefaleias
Convulses (via IV rpida)
A nvel gastrointestinal
Nuseas
Vmitos
Diarreia
Hemorragia
Dispepsia (digestes lentas e difceis, dores no estmago)
Monitorizao das concentraes plasmticas de teofilina Janela teraputica estreita (10-20 g/ml). Recomenda-se a monitorizao srica:
Quando existem factores de risco (idoso, insuficincia heptica IH insuficincia
renal IR);
Sempre que os efeitos esperados no so atingidos com a dose usual;
Sempre que o doente apresenta reaces adversas;
Quando se est em presena de factores que alteram a metabolizao da teofilina.
Contra-indicaes Hipersensibilidade teofilina ou a qualquer um dos excipientes.
Precaues Enfarte agudo do miocrdio
Doena cardaca grave
Hipertenso
Epilepsia no controlada
Hipertiroidismo
lcera pptica
IH e IR
Hipocaliemia
Gravidez (atravessa a barreira placentria, utilizar apenas quando no exista uma
alternativa segura)
Aleitamento (excretada no leite materno)
Interaces medicamentosas Associada a um nmero importante de interaces medicamentosas:
Com outros medicamentos
lcool
Fumo do tabaco
Plantas medicinais (Hypericum perforatum)
Muitas interaces descritas ocorrem ao nvel da metabolizao, por induo
enzimtica.
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Outras xantinas Aminofilina: mistura estvel de teofilina e etilenodiamina que tem maior solubilidade
em gua do que a teofilina.
Diprofilina: menos utilizada que a teofilina na asma e doenas pulmonares crnicas e
mais tolerada a nvel gastrointestinal que a teofilina (menos nuseas e menos irritao
gstrica). Aco broncodilatadora menos marcada e monitorizao dos nveis sricos
menos disseminada
2. Anti-inflamatrios
2.1 Glucocorticides
Beclometasona
Indicaes teraputicas Tratamento preventivo de base da asma e de outras doenas pulmonares com obstruo
reversvel
Administrado por via inalatria por inalador pressurizado 50 g/dose e 250 g/dose.
Farmacocintica O dipropionato de beclometasona (DPB) um pr-frmaco5 metabolizado no pulmo a 17-
monopropionato de beclometasona (17-MPB) que um metabolito activo.
Quando administrado por via inalatria ocorre absoro do pr-frmaco atravs dos
pulmes, sendo a absoro oral da dose deglutida desprezvel;
O metabolito activo rapidamente absorvido nos pulmes:
Quando absorvido para a circulao sistmica, o DPB metabolizado pelas esterases
existentes na maior parte dos tecidos;
60% da dose absorvida de DPB e 17-MPB excretada nas fezes.
Farmacodinmica Modulao da sntese de protenas atravs da ligao a um receptor intracelular
Diminuio da produo de citoquinas;
Estimulao da produo de lipocortina: inibe a fosfolipase A2, reduzindo a produo
de leucotrienos e prostaglandinas.
Outros mecanismos de aces possveis:
Reduo da migrao e actividade das clulas inflamatrias;
Aumento da sntese de receptores beta-2 adrenrgicos;
5 Um pr-frmaco um frmaco na sua forma inactiva ou substancialmente menos activa quando
administrado. Sofrem biotransformao in vivo passando a produzir metablitos activos. Melhoram a absoro e aco do frmaco no organismo.
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Diminuio da produo de muco.
Reaces adversas Muito frequentes/frequentes:
Irritao da garganta (pode ser til bochechar aps a administrao)
Disfonia
Candidase orofarngea (Geralmente em doses altas >400 g/dia. Pode ser
minimizada por medidas que diminuam a deposio na orofaringe. Utilizao
da cmaras expansoras, bochechar e gargarejar aps a administrao)
Muito raras:
Broncospasmo paradoxal
Osteoporose
Supresso da supra-renal
Glaucoma
Cataratas
2.2 Antagonistas dos leucotrienos
Antagonistas competitivos e selectivos dos receptores do leucotrieno D4;
Indicados na profilaxia e tratamento da asma
No esto indicados na agudizao da asma
Administrados oralmente por montelucaste comprimidos 10 mg e comprimidos
mastigveis 5 mg ou zafirlucaste comprimidos 20 mg.
Importante: O zileuton, que inibe a sntese dos leucotrienos, no comercializvel em
Portugal6.
6 Confirmar o esquema no ppt da aula terica sobre asma
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3. Anti-asmticos de aco profilctica
Pouco utilizados na prtica clnica: Cromoglicato de sdio e Nedocromil.
Sntese
Broncodilatadores Anti-inflamatrios
Agonistas Beta-2: Aco rpida/mdia: Salbutamol Terbutalina Aco Lenta: Salmeterol Formeterol Indacaterol
Glucocorticides: Beclometasona Budesonida Fluticasona
Antagonistas Colinrgicos: Brometo de Ipratrpio Brometo de Tiotrpio
Antagonistas Leucotrienos: Montelucaste Zafirlucaste
Xantinas: Teofilina
Anti-asmticos de aco profilctica: Cromoglicato de sdio Nedocromil
4. Teraputica medicamentosa da Asma e DPOC
A via de eleio para a teraputica inalatria.
Elevada potncia local;
Baixa frequncia de efeitos adversos sistmicos.
instituda em degraus, segundo o controlo da doena e factores de risco.
Recurso a glucocorticides inaladas como anti-inflamatrios geralmente
recomendado, excepto em situaes de asma com acessos intermitentes
muito espaados.
Facilitam o controlo rpido dos sintomas;
Previnem a deteriorao da funo pulmonar.
Crianas, adolescentes e adultos:
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4.1 Monitorizao da efectividade do tratamento farmacolgico da asma4.1 Monitorizao da efectividade do tratamento farmacolgico da asma4.1 Monitorizao da efectividade do tratamento farmacolgico da asma4.1 Monitorizao da efectividade do tratamento farmacolgico da asma Verificao da tcnica de inalao e limpeza do dispositivo inalatrio
Avaliao de sintomas
Frequncia dos sintomas diurnos (tosse, pieira ou sibilncia, dispneia)
Limitao de actividades
Sintomas nocturnos e ao despertar
Frequncia de utilizao de medicao de alvio
Avaliao da funo respiratria
Dbito expiratrio mximo instantneo (DEMI)
Verificar reaces adversas mais frequentes
Antagonistas beta-2, antagonistas colinrgicos (se a teraputica for inalada
podem indicar uso excessivo de medicao de alvio)
Corticosterides inalados, me particular em doses mdias ou altas: candidase
orofarngea (utilizao de cmaras expansoras, gargarejar e deitar fora aps
inalao)
Verificar interaces medicamentosas
Em particular no caso do regime teraputico incluir administrao por via oral.
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4.2 Tratamento farmacolgico da asma 4.2 Tratamento farmacolgico da asma 4.2 Tratamento farmacolgico da asma 4.2 Tratamento farmacolgico da asma aspectos a considerar ao longo do aspectos a considerar ao longo do aspectos a considerar ao longo do aspectos a considerar ao longo do ciclo vitalciclo vitalciclo vitalciclo vital
4.2.1 Crianas4.2.1 Crianas4.2.1 Crianas4.2.1 Crianas Medicamentos aprovados:
Idade pr-escolar
> 6anos
Teraputica inalatria:
6 anos: inaladores de p seco
Utilizao de anti-asmticos na populao peditrica
Substncia activa Informao no RCM (medicamento de referncia)
Salbutamol Toda a populao peditrica (inalador pressurizado)
Brometo de Ipratrpio > 5 anos
Teofilina > 6 anos
Beclometasona > 4 anos
Montelucaste > 6 anos
Zafirlucaste > 12 anos
4.2.2 Idosos4.2.2 Idosos4.2.2 Idosos4.2.2 Idosos Teraputica inalatria:
Inaladores de p seco so primeira linha;
Inaladores pressurizados: usar cmaras expansoras em caso de dificuldade em
coordenar a inspirao com o accionar do dispositivo;
Podem ser consideradas associaes de dose fixa para facilitar o regime
teraputico (budesonida + formoterol, fluticasona + salmeterol)
Via oral em caso de incapacidade em usar via inalatria:
Antagonistas dos leucotrienos podem ser uma opo no tratamento inicial.
Trabalho autnomo:
1. Antitssicos (Drug Therapy in nursing)
2. Expectorantes (Drug Therapy in nursing)
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IX. Aparelho Gastrointestinal
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X. Vacinas
Vacinas ligadas imunidade mediada por anticorpos Imunidade Humoral
Antignio (Ag)
Anticorpo (Ac)
1. Imunizao
Processo utlizado para induzir imunidade, no qual se estimula a capacidade de defesa perante
uma determinada doena ou agresso pela:
Administrao de antignios vacinao ou imunizao activa
Administrao de anticorpos especficos imunizao passiva ou seroproteco
O que uma vacina? Suspenso de microrganismo vivos (atenuados) ou inactivos, completos ou fraccionados, que
possui a propriedade de imunizar de forma activa o organismo de um individuo contra uma
doena infecciosa. OMS
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2. Composio das vacinas
3. Vias de administrao
Injectvel
Intradrmica
BCG
SC
VASPR (vacina contra sarampo, papeira e rubola)
IM
Hepatite B
Ocasionalmente podem ser usadas outras vias (fora do Plano Nacional de Vacinao
2012)
Febre Tifide
liqudo de suspenso
gua destilada ou soro fisiolgico
estabilizadores
para manter vacina inalterada mesmo em condies ambientais que a possam alterar (luz, calor, acidez)
glutamado de sdio, sulfitos
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2. Composio das vacinas
Vias de administrao
VASPR (vacina contra sarampo, papeira e rubola)
Hepatite B
Ocasionalmente podem ser usadas outras vias (fora do Plano Nacional de Vacinao
Febre Tifide e Clera (Vacinas para quando viajamos
estabilizadores
para manter vacina inalterada mesmo em condies ambientais que a possam alterar (luz, calor, acidez)
glutamado de sdio, sulfitos
conservantes
antibiticos -evitar o crescimento de contaminantes nos cultivos vacinais
neomicina, canamicina e polimixina B
Anti-spticos-impedem a contaminao dos meios de cultivo por vrus e bactrias
Formaldedo
timerosal -contm mercrio
promovem resposta imunitria mais rpida, potente e duradoura
estimula a produo de Ac vacinais
alumnio
58
Ocasionalmente podem ser usadas outras vias (fora do Plano Nacional de Vacinao
e Clera (Vacinas para quando viajamos via oral)
adjuvantes
promovem resposta imunitria mais rpida, potente e duradoura
estimula a produo de Ac vacinais
alumnio
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3. Objectivo da Vacinao
4. Tipos de vacinas
1. Vivas atenuadas Inactivadas
1.1. Virais 1.1.1. VASPR (sarampo, papeira,
rubola) 1.1.2. Rotavrus 1.1.3. Febre amarela 1.1.4. Varicela 1.1.5. Herpes Zooster
Inteiras: Virais Bacterianas
1.2. Bacterianas 1.2.1. BCG
Fraccionadas: Agentes proteicos sub-unidades Toxides Polisacardicas sub-unidades poliosidicas puras e poliosidicas conjugadas
1.1.1.1. Vacinas Vivas AtenuadasVacinas Vivas AtenuadasVacinas Vivas AtenuadasVacinas Vivas Atenuadas Constitudas por microrganismos que, por culturas repetidas vo perdendo o poder infeccioso,
mas mantm a capacidade antignica.
Vantagens:
Mantm capacidade de replicao no organismo do individuo vacinado resposta
imunitria semelhante da infeco natural, sem causa doena ( de esperar apenas
neste tipo de vacinas).
Uma nica dose produz imunidade para toda a vida (excepto vacinas administradas
por via oral).
Desvantagens:
Por mutao podem desencadear doena ou induzir sintomas semelhantes aos da
doena (embora mais ligeiros).
Erradicar doenasevitar epidemiasproteger o indivduo
e a comunidade
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Risco de infeco do feto no caso de vacinao em g
2.2.2.2. Vacinas InactivadasVacinas InactivadasVacinas InactivadasVacinas InactivadasConstitudas por microrganismos que so inactivados pelo calor, aco qumica ou radiaes.
Vantagens:
Total ausncia de poder infeccioso do agente (incapacidade de se multiplicar no
organismo do vacinado), mantendo as suas ca
Podem ser administradas em simultneo com qualquer vacina.
Desvantagens:
Induz uma resposta imunitria subptima requerendo:
Associao de adjuvantes ou protenas transportadoras
Administrao de vrias doses de reforo para in
anticorpos.
5. Intervalos de administrao
Regras gerais a considerar:
Inteiras / whole-cell vaccines
vrus ou bactrias intactos
virais: polio, raiva, hepatite A
bacterianas: clera, febre tifide
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Risco de infeco do feto no caso de vacinao em grvidas.
Vacinas InactivadasVacinas InactivadasVacinas InactivadasVacinas Inactivadas Constitudas por microrganismos que so inactivados pelo calor, aco qumica ou radiaes.
Total ausncia de poder infeccioso do agente (incapacidade de se multiplicar no
organismo do vacinado), mantendo as suas caractersticas imunolgicas.
Podem ser administradas em simultneo com qualquer vacina.
Induz uma resposta imunitria subptima requerendo:
Associao de adjuvantes ou protenas transportadoras.
Administrao de vrias doses de reforo para induzir nveis satisfatrios de
Intervalos de administrao
fraccionadas
contm apenas as fraces do m.o. que so antignicas
protenas de superfcie
sub-unitrias: vacina antigripal, vacina contra a clera
toxoide: vacina contra o ttano e difteria
polissacardicas
puras (induzem imunidade curta): vacina antipneumoccica de 23 sertipos
conjugadas (polissacridos + protenas transportadoras - melhora imunogenicidade): vacina meningoccica do serogrupo C, vacina antipneumoccica (7, 10 e 13 valncias), vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b
fraccionadas / DNA recombinante
novas vacinas
desenvolvidas por recombinao gentica
o antignio expresso por outros microrganismos (ex. leveduras), o qual recebe o gene viral e o replica: vacina contra hepatite B e contra o papilomavrus humano (HPV)
60
Constitudas por microrganismos que so inactivados pelo calor, aco qumica ou radiaes.
Total ausncia de poder infeccioso do agente (incapacidade de se multiplicar no
ractersticas imunolgicas.
duzir nveis satisfatrios de
fraccionadas / DNA recombinante
novas vacinas
desenvolvidas por recombinao gentica
o antignio expresso por outros microrganismos (ex. leveduras), o qual recebe o gene viral e o replica: vacina contra hepatite B e contra o papilomavrus humano
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61
Todas as vacinas injectveis podem ser administradas em simultneo, mas preconiza-
se que seja em locais diferentes;
Aumentar o intervalo entre doses de vacina multidose, no elimina a sua efectividade.
A interrupo do esquema vacinal apenas requer que se complete o esquema
estabelecido, e no que se recomece o esquema (excepto na vacina oral da febre
tifide);
Diminuir o intervalo entre doses pode interferir com a resposta dos anticorpos com a
proteco e a segurana.
6. Contra-indicaes das Vacinas
Verdadeiras Falsas
Reaco alrgica grave a dose anterior da vacina
Doena aguda ligeira (diarreia ou afeco das vias areas superiores) Reaco local ou febre moderada em vacinao anterior Histria familiar de alergias ou de reaco alrgica a vacinas