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SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA – SESAB
SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS NA SAÚDE – SUPERH
DIRETORIA DE GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE – DGTES
COORDENAÇÃO ESTADUAL DE HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE
I PLANO ESTADUAL DE HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO
E DA GESTÃO DO SUS/BA
Fevereiro/2017
2
Secretário da Saúde do Estado da Bahia – SESAB
Fábio Vilas-Boas Pinto
Superintendência de Recursos Humanos – SUPERH
Maria do Rosário Costa Muricy
Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde – DGTES
Bruno Guimarães de Almeida
Assessoria Técnica
Luciano de Paula Moura
Coordenação Administrativa
Iraildes Conceição
Coordenação Estadual de Humanização na Saúde
Érica Cristina Silva Bowes
Coordenação de Gestão do Trabalho na Saúde
Cíntia Santos Conceição
Coordenação de Saúde e Segurança do Trabalhador
Ana Flávia Barros Cruz
Núcleo Técnico de Comunicação e Informação da Gestão e Humanização do Trabalho na Saúde
Rejane Andrade Cardoso
3
Comitê Técnico de Humanização
Alan Silva Reis (APG), Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Cristina de Oliveira Guimarães (SAFTEC), Ana
Flavia Barros Cruz (DGTES), Ana Otilia Teles Ramos (ASMUSADECAR), Antônio Alexandre Rocha Cavalheiro
(COSEMS), Breno da Cunha Holanda (DGTES), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Carlos Alberto Cunha
(SUREGS), Carmen Martinez Gomes (EESP), Cintia Santos Conceição (DGTES), Claudenice Oliveira dos Santos
(ABAMPS), Cláudia Luiza Ribeiro Elpídio (MPBA), Derbeth Silva Carmo (EESP), Eduardo Calliga (AMEA), Eduardo
José Amaral de Jesus (CONDISI), Edvane Gomes Silva (EFTS), Eliane Araújo Simões (CES), Enaura Oliveira Pinheiro
(ABACI), Erica Cristina Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Gilvan Dias Medeiros
(ASMUSADECAR), Helisleide Bonfim (AMEA), Iara dos Santos Matos (HEMOBA), Iara Saldanha de Lucena
(EFTS), Ignês Beatriz Oliveira Lopes (DIVAST), Isabella Oliveira Andrade (DAB), Ivanete Fraga Santos (CEAPLER),
Joana Evangelista Conceição Silva (FNMN), Joilda Gomes Rua Cardoso (CEAPLER), Joílson da Conceição da Silva
(PASTORAL CARCERÁRIA), José Silvino Gonçalves dos Santos (CES), Joselito Pereira da Luz (APALBA), Josenice
Souza França (CONDISI), Julio César Araújo (APG), Larissa Carneiro Rocha (HEMOBA), Libiene Lopes da Costa
(FNMN), Luciana Fernandes Moura Macedo (DGRP), Luciano de Paula Moura (DGTES), Ludimille Sampaio Barbosa
(OUVIDORIA SUS), Lyann Guaracyara Valois Rios de Araújo (SUREGS), Marcia de Sá de Oliveira Maurício
(NUCON), Márcia de Oliveira (ABAMPS), Márcia Veiga (DAE), Maria Ângela da Mata Santos (CES), Maria Antônia
Santana Vieira (ABACI), Maria Aparecida Machado Bezerra (PASTORAL CARCERÁRIA), Maria Cecília Fiais Santos
(SUREGS), Maria Claudina Gomes de Miranda (SAFTEC), Maria das Graças Cardoso de Freitas Lima (OUVIDORIA
SUS), Maria Helena Machado Santa Cecília (APALBA), Maria Inez Morais Alves de Farias (FESFSUS), Matary
Tayguara Cabral Brito (DGRP), Priscila Soares Macedo (DGTES), Raimundo Rodrigues Cintra (CES), Rita de Cassia
Lopes Gomes (DIVAST), Rivanda Leal (DAE), Rogério Luís Gomes de Queiroz (MPBA), Rosana Santos Batista
Adorno (DARH), Rute Maria Coutinho (DAB), Sheila Virgínia de Almeida Bahia (DGC), Sheilla Carla Neves dos
Santos (FESFSUS), Silvio Marcus Ramos Costa (COSEMS), Silvio Roberto dos Anjos e Silva (SINDSAUDE), Telma
A. Mercês de Moura (COSEMS), Ubiraci Matildes de Jesus (DGC)
Equipe Técnica de Elaboração do Documento
Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Flávia Barros Cruz (DGTES), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES),
Cíntia Santos Conceição (DGTES), Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Rita de Cássia
Lopes Gomes (DIVAST)
Câmara Técnica
Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Angélica Araújo de Menezes (DGTES), Bruno Guimarães de Almeida
(DGTES), Cíntia Santos Conceição (DGTES), Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES),
Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Maria Ângela da Mata Santos (CEAPLER), Rita de Cássia Lopes Gomes
(DIVAST)
Revisão Final
Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Luciano de Paula Moura (DGTES),
Karla Hegouet (Estagiária/DGTES/UFBA) e Ana Cristina Coelho Ramos (DGTES)
4
Participantes e colaboradores que contribuíram na construção deste documento
1ª OFICINA - 19/08/2016
Eixo Comunicação
Adriana Araújo dos Santos (EFTS), Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Flávia Barros Cruz (DGTES), Derbeth
Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Flávia de Jesus Santos Sampaio (HGRS), Geisa Cristina
dos Santos (UEMHJ), Geórgia Neves da Silva (DAE), Joildes Zacarias Santos (UEMHJ), Karla Guedes de Azevedo
Hegouet (Estagiária UFBA/DGTES), Leila Maria Coutinho Mazzafera (EFTS), Maria Inês Farias (FESF), Mayra
Zenaide Soeiro Argollo (HGRS), Rita de Cássia Lopes Gomes (DIVAST), Rivanda Leal (DAE), Rosiane M Senna
(UEPirajá), Sara Jane de C. Valejo (MTB), Terezinha Marques da Silva (ISC/UFBA), Ubiraci Matildes de Jesus (DGC)
e Vivina Machado (Via Vida).
2ª OFICINA – 23/08/2016
Eixo Gestão do Trabalho e Educação na Saúde
Adriana Araújo dos Santos (EFTS), Alessandra Gomes (CEDAP), Alina Mendes F. Lins (UCSAL), Ana Cristina Coêlho
Ramos (DGTES), Anamaria Rizzato (CEDAP), Carmen Martinez Gomes (EESP), Cíntia Santos Conceição (DGTES),
Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Flávia de
Jesus Santos Sampaio (HGRS), Geórgia Neves da Silva (DAE), Joildes Zacarias Santos (UEMHJ), Karla Guedes de
Azevedo Hegouet (Estagiária UFBA/DGTES), Laíse Rezende de Andrade (EESP), Leila Maria Coutinho Mazzafera
(EFTS), Loide Góes F. Bonina (HGE), Maria Evangelista Santana (DGTES), Mayra Zenaide Soeiro Argollo (HGRS),
Rita de Cássia Lopes Gomes (DIVAST), Rivanda Leal (DAE), Rosiane M Senna (UEPirajá), Sheilla Carla Neves dos
Santos (FESF), Silvana Monteiro Almeida (UCSAL).
3ª OFICINA – 01/09/2016
Eixo Gestão do Trabalho e Educação na Saúde
Alessandra Gomes (CEDAP), Angélica Araújo de Menezes (DGTES), Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina
Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Geórgia Neves da Silva (DAE), Joildes Zacarias
Santos (UEMHJ), Karla Guedes de Azevedo Hegouet (Estagiária UFBA/DGTES), Leila Maria Coutinho Mazzafera
(EFTS), Maria Aparecida Machado Bezerra (CES-Pastoral Carcerária), Maria Leonor Sales Santos Carvalho
(SAFTEC), Monica Maria Rozendo Guimarães (HGMF), Maria Claudina Gomes de Miranda (DITEC), Rivanda Leal
(DAE), Sheilla Carla Neves dos Santos (FESF), Ubiraci Matilde de Jesus (DGC).
4ª OFICINA – 12/09/2016
Eixo Transversalização da Humanização nas
Redes de Atenção à Saúde
Adriana Araújo dos Santos (EFTS), Alessandra Gomes (CEDAP), Alina Mendes F. Lins (UCSAL), Ana Cristina Coêlho
Ramos (DGTES), Angélica Araújo de Menezes (DGTES), Antônio Alexandre Rocha Cavalheiro (COSEMS), Carmen
Martinez Gomes (EESP), Cássio Garcia (DIPRO/GASEC), Derbeth Silva Carmo (EESP), Enaura Dória (ABACI),
Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Flávia de Jesus Santos Sampaio
(HGRS), Geisa Cristina dos Santos (UEMHJ), Joildes Zacarias Santos (UEMHJ), Juliane Odette de B. Almeida
(PermanecerSUS),Karla Guedes de Azevedo Hegouet (Estagiária UFBA/DGTES), Leila Maria Coutinho Mazzafera
5
(EFTS), Liliana Mascarenhas (DGC), Lis Bandarra Monção (DGTES), Loide Góes F. Bonina (HGE), Mayra Zenaide
Soeiro Argollo (HGRS), Monica Maria Rozendo Guimarães (HGMF), Nathali Santana (HGPV), Patricia Sodré Arapujo
(SAFTEC), Rita de Cássia Lopes Gomes (DIVAST), Rivanda Leal (DAE), Rute Maria Coutinho (DAB), Sheilla Carla
Neves dos Santos (FESF), Silvania Kátia Simões Silva (MJBC), Walmyra Monteiro (Ouvidoria-CREASI).
5ª OFICINA – 13/09/2016
Eixo Defesa dos Direitos dos Usuários do SUS
Adriana Araújo dos Santos (EFTS), Alessandra Gomes (CEDAP), Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Andréa
Nogueira Ribeiro (MAS), Carmen Martinez Gomes (EESP), Derbeth Silva Carmo (EESP), Edla Denise Pinheiro Santos
(MAS), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Flávia de Jesus Santos Sampaio
(HGRS), Geisa Cristina dos Santos (UEMHJ), Joildes Zacarias Santos (UEMHJ), Juliane Odette de B. Almeida
(PermanecerSUS), Karla Guedes de Azevedo Hegouet (Estagiária UFBA/DGTES), Leila Maria Coutinho Mazzafera
(EFTS), Loide Góes F. Bonina (HGE), Mayra Zenaide Soeiro Argollo (HGRS), Monica Maria Rozendo Guimarães
(HGMF), Moysés Toniolo (CES-Rede Bahia), Rita de Cássia Lopes Gomes (DIVAST), Rivanda Leal (DAE), Rosiane
M Senna (UEPirajá), Rute Maria Coutinho (DAB), Sheila Virgínia de Almeida Bahia (DGC), Silvania Kátia Simões
Silva (MJBC), Ubiraci Matilde de Jesus (DGC), Walmyra Monteiro (Ouvidoria-CREASI).
6ª OFICINA – 19/09/2016
Eixo Defesa dos Direitos dos Usuários do SUS
Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Rita de
Cássia Lopes Gomes (DIVAST)
VÍDEO CONFERÊNCIA – 26/09/2016
Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES),
Débora Jane Ferreira Andrade, Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Flavia de Jesus
Santos Sampaio (HGRS), Joelma Bárbara da Conceição Santos, Karla Guedes de Azevedo Hegouet (Estagiária
UFBA/DGTES), Leila Maria Coutinho Mazzafera (EFTS), Luciene Lessa Andrade (FTC), Maria Ângela da Mata
Santos (CES/CEAPLER), Maria das Graças Cardoso de Freitas Lima (Ouvidoria SUS), Mayra Zenaide Soeiro Argollo
(HGRS), Rita de Cássia Lopes Gomes (DIVAST), Rosana Santos B. Adorno (DARH), Simone Silva de Souza Costa
(HCM), Walmyra Monteiro (Ouvidoria-CREASI) e trabalhadores representando os municípios do Estado da Bahia
(ambiente virtual).
6
7
LISTA DE SIGLAS
ABACI: Associação Baiana para Cultura e Inclusão
ABAMPS: Associação Baiana de Amigos da Mucopolissacaridose
AMEA: Associação Metamorfose Ambulante
APALBA: Associação de Pessoas com Albinismo na Bahia
APG: Assessoria, Planejamento e Gestão
ASMUSADECAR: Associação das Musas de Castro Alves do Recôncavo
CEAPLER: Centro de Estudo, Prevenção e Apoio aos Portadores de LER / DORT
CEDAP: Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa
CES : Conselho Estadual de Saúde
CONDISI: Conselho Distrital de Saúde Indígena
COSEMS: Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde
CREASI: Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso
DAB: Diretoria de Atenção Básica
DAE: Diretoria de Atenção Especializada
DARH: Diretoria de Administração de Recursos Humanos
DGTES: Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde
DGC: Diretoria de Gestão do Cuidado
DGRP: Diretoria de Gestão da Rede Própria
DITEC: Diretoria de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde
DIVAST: Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador
EFTS: Escola de Formação Técnica em Saúde Professor Jorge Novis
EESP: Escola Estadual de Saúde Pública Prof. Francisco Peixoto de Magalhães Netto
FESF SUS: Fundação Estatal Saúde da Família do Sistema Único de Saúde
FNMN: Fórum Nacional de Mulheres Negras
FTC: Faculdade de Tecnologia e Ciências
GASEC: Gabinete do Secretário de Saúde
HCM: Hospital Couto Maio
HEMOBA: Fundação de Hemoterapia da Bahia
HGE: Hospital Geral do Estado
HGRS: Hospital Geral Roberto Santos
ISC: Instituto de Saúde Coletiva
MAS: Maternidade Albert Sabin
MPBA Ministério Público da Bahia
MTB: Maternidade Tsylla Balbino
NUCON: Núcleo de Contratualização do SUS
8
OUVIDORIA SUS: Ouvidoria do Sistema Único de Saúde da Bahia
PASTORAL CARCERÁRIA: Pastoral Carcerária
REDE BAHIA: Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids - núcleo Bahia
SAFTEC: Superintendência de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde
SAIS: Superintendência de Atenção Integral a Saúde
SINDSAÚDE: Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia
SUPERH: Superintendência de Recursos Humanos na Saúde
SUREGS: Superintendência de Gestão dos Sistemas de Regulação da Atenção a Saúde
SUVISA: Superintendência de Vigilância da Saúde
UEMHJ: Unidade de Emergência Mãe Hilda Jitolu
UFBA: Universidade Federal da Bahia
UE PIRAJA: Unidade de Emergência de Pirajá
UCSAL: Universidade Católica do Salvador
VIA VIDA: Via Vida Consultoria Organizacional
9
Sumário
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... 9
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 10
I PLANO ESTADUAL DE HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO E DA GESTÃO DO SUS/BA12
EIXO – GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE ........................................ 14
EIXO – TRANSVERSALIDADE DA HUMANIZAÇÃO NAS RAS .................................... 16
EIXO – DEFESA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS ............................................................ 17
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 19
10
AGRADECIMENTOS
O processo de construção desse I Plano Estadual de Humanização contemplou a participação
de diversos atores que contribuíram direta e indiretamente para sua elaboração, sobretudo apostando
na Humanização como “modus operandis” das práticas de saúde. Nesse sentido, agradecemos ao
Secretário Estadual de Saúde Dr. Fábio Villas-Boas Pinto; aos Diretores e Trabalhadores das
Unidades da Saúde da Rede Própria que contribuem com a transversalização da humanização nas
ações dos serviços; aos Coletivos da Humanização: Fórum de Apoiadores da Gestão e Humanização
do Trabalho na Saúde (FAGHTS), Núcleo Técnico de Humanização (NTH) e Comitê Técnico de
Humanização (CTH) pelo compromisso e dedicação. Assim como, colegas de nossa rede que
protagonizaram processos educativos qualificando os participantes das oficinas para construção das
propostas do Plano: Ubiraci Matilde de Jesus, Moysés Torniolo,Cássio Garcia,Drª Liliana
Mascarenhas, Laíse Rezende, Profª Vivina Machado, Profª Thereza Marques, Cíntia Conceição, Ana
Flávia e Angélica Menezes. Aos movimentos Sociais que estão presentes no Comitê Técnico de
Humanização e as pessoas que fizeram parte da Consulta Pública desse Plano. Por fim, ao Gestor e
trabalhadores da Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (DGTES), em especial a
equipe da Coordenação Estadual de Humanização pela luta construída em torno dessa temática
cotidianamente.
11
APRESENTAÇÃO
A Política Estadual de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS – Bahia (PEH-Bahia)
aprovada no dia 13 de outubro de 2016 no Conselho Estadual de Saúde, em consonância com a
Política Nacional de Humanização, atua de forma transversal às demais políticas de saúde, a fim de
impactá-las e interferir na qualificação da atenção e gestão do SUS.
Sua criação se deve à necessidade de avanço e qualificação da atenção e gestão do SUS no
estado da Bahia reconhecendo suas particularidades, desafios e potencialidades na relação e nos
processos de atenção ao usuário, bem como no processo de trabalho de gestores e trabalhadores
reconhecendo a singularidade e a capacidade criadora de cada sujeito envolvido.
A PEH-Bahia sistematiza a concepção da Humanização na saúde como:
modo transversal de orientar o trabalho na saúde em rede, com envolvimento dos usuários,
trabalhadores e gestores, pautado nos princípios éticos emancipatórios, que confluem para
construção de trocas solidárias comprometidas com o respeito às diversidades territoriais,
singularidades dos sujeitos e no atendimento às necessidades de saúde dos territórios
(BAHIA, RELATÓRIO DAS OFICINAS PARA ELABORAÇÃO DA PEH, 2014).
Este conceito expressa-se na incorporação e desenvolvimento de tecnologias leves e duras
visando a qualificação da atenção e da gestão em saúde, com corresponsabilização, construção de
vínculos de confiança e valorização dos sujeitos, favorecendo a circulação de saberes e poderes para
qualificação do processo de trabalho e atendimento das necessidades de saúde da população.
Com base no disposto nos marcos legais, foram definidos os princípios da PEH, entendidos
como valores éticos que norteiam o trabalho em saúde e as diretrizes como caminhos a serem
percorridos pelos trabalhadores, gestores e usuários, a fim de reafirmarem os princípios e diretrizes
do SUS e da PNH (BAHIA, 2016).
Os princípios desta política se agregam aos princípios do SUS, bem como reafirmam e agregam
aos princípios da Política Nacional de Humanização da atenção e da gestão do SUS (PNH),
descritos abaixo:
Transversalidade
Valorização, Autonomia e Protagonismo dos Sujeitos
Gestão democrática e participativa
Vínculos solidários
12
Respeito às diversidades e singularidades
Diante do desafio de humanizar a atenção e gestão do SUS, subsidiado pela PEH-Bahia foi
elaborado o I Plano Estadual de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS-Ba, conforme
disposto na Portaria de 1440 de 19/09/2013, que tem como proposta efetivar os princípios do SUS
no cotidiano das práticas da atenção e gestão, qualificando a saúde pública na Bahia e incentivando
trocas dialogadas entre gestores, trabalhadores e usuários para a produção de saúde e a qualificação
dos sujeitos na perspectiva da humanização.
O processo do I Plano Estadual de Humanização da Saúde da Bahia, compreendida no período
de 2016-2019, traçará as ações e estratégias, como um marco na trajetória das ações de
humanização na Bahia, iniciada na Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (DGTES)
desde o ano de 2003, e fortalecerá a Política Nacional de Humanização, bem como a Política
Estadual de Humanização da Gestão da Saúde na Bahia, estimulando a gestão compartilhada,
envolvendo os diversos atores nas discussões relacionadas aos processos de trabalho, ampliando a
comunicação entre a assistência e a gestão no SUS/BA.
Para a construção do Plano houve uma oficina ampliada com participação de gestores,
trabalhadores, usuários e instituição de ensino de representação dos municípios do estado com
intuito de realizar análise situacional do território e validar os eixos prioritários; seis Oficinas
temáticas que aconteceram na UCSAL Campus Pituaçú em Salvador/BA, em sala estimada com
capacidade para 50 pessoas, a fim de elaborar estratégias para cada eixo da Política Estadual de
Humanização, com a participação de Apoiadores de Humanização da rede SUS/BA, gestores, CIB,
COSEMS, IES e usuários da CTH, além de uma videoconferência com participação dos municípios
para qualificação das propostas. Compreendeu também a etapa de sistematização do Plano em
Câmara Técnica para submissão em Consulta Pública.
Vale ressaltar que as seis oficinas temáticas por eixos prioritários foram organizadas de modo a
promover a participação dos integrantes. No turno da manhã, a metodologia consistiu na
apresentação dialogada com a presença de convidados especialistas na temática, a fim de propiciar
um alinhamento conceitual, contextualizando o tema com aporte teórico provocando o debate e
reflexão. No período da tarde, a sala foi dividida em grupos com a finalidade de sistematizar as
ações, estratégias e indicadores de cada eixo temático que constitui o Plano. Ao fim se construiu
uma proposta que foi apresentada e discutida na videoconferência, posteriormente sistematizada na
Câmara Técnica e submetida à Consulta Pública.
13
I PLANO ESTADUAL DE HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO E DA GESTÃO DO SUS/BA
EIXO: COMUNICAÇÃO
Comunicação pressupõe que durante o desenvolvimento do processo de trabalho sejam
ampliados os canais de comunicação inter e intra serviços, entre estes e a população, tendo em vista
construir um envolvimento efetivo dos trabalhadores, gestores e usuários do SUS, estimulando o
desenvolvimento de gestões mais horizontais e maior aproximação entre os serviços de saúde e a
população.
Iniciativa Indicadores* (Poderão ser mais de 01 indicador por
iniciativa – incluindo segregação por periodicidade:
Quadrimestral ou anual)
Ação/Objetivo
Estratégias
1. Promover processos
dialógicos que
potencializem uma rede de
comunicação humanizada
inter/intra serviços;
2. Qualificar os sujeitos e
humanizar os serviços de
saúde das portas de entrada
do SUS-BA
1. Realizar oficinas de sensibilização (gestores,
trabalhadores e usuários do SUS);
2. Democratizar o acesso as informações;
3. Publicizar a carteira de serviços de saúde ofertados no
território 4. Sinalização adequada identificando os setores dos
serviços a fim de facilitar a movimentação do usuário do
SUS 5. Elaboração de instrumentos de comunicação com
adequação da linguagem para orientação dos usuários
acerca da oferta de serviços nas unidades de saúde 6. Promover processos de educação em saúde junto aos
usuários visando seus direitos e deveres no SUS 7. Utilizar mídias sociais ou veículos de comunicação
para publicizar as ações de Humanização dos serviços de
saúde
Nº de processos educativos realizados; Nº de participantes nos processos educativos;
Nº de diversas estratégias de comunicação
implantadas;
2. Ampliar espaços de
escuta e participação dos
usuários do SUS
1. Implantar/Fortalecer as ouvidorias do SUS;
2.Fomentar espaços colegiados com participação dos
usuários
Nº de ouvidorias implementadas no SUS-BA; Nº espaços colegiados com participação de usuários
implementados;
3. Democratizar as práticas
de gestão do SUS
considerando a
participação dos diferentes
sujeitos
1. Implantar sistemas de Co-gestão;
2. Promover espaços de participação dos Trabalhadores
para dialogar suas necessidades
Nº de unidades de saúde com espaço de co-gestão
implementadas
Nº de instâncias de participação dos trabalhadores
para discussão das suas condições de trabalho (ex:
comissões locais de saúde do trabalhador)
4. Apresentar a PEH na
rede SUS-BA
1. Socialização da PEH nas instâncias colegiadas (CIB,
COSEMS, CIR) 2. Disponibilizar a PEH no site da SESAB
Nº de apresentações da PEH realizadas;
Disponibilização da PEH no site da SESAB
14
15
EIXO – GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE
Gestão do Trabalho e Educação na Saúde pressupõe o trabalho na saúde como uma
produção histórica, cultural e política e os trabalhadores e estudantes em formação como agentes
transformadores de seus saberes e práticas. Portanto, contém uma dimensão educativa, sendo uma
atividade através da qual o sujeito aprende e ressignifica as suas práticas e a si mesmo. Na saúde,
configura-se como um processo de trocas, criatividade, corresponsabilização, enriquecimento e
comprometimento dos trabalhadores para com a efetividade, qualidade e humanização das práticas
de atenção à saúde da população, a eficiência e democratização da gestão do SUS (BAHIA, 2012).
Iniciativa Indicadores* (Poderão ser mais de 01
indicador por iniciativa – incluindo
segregação por periodicidade:
Quadrimestral ou anual)
Objetivo/ Ação
Estratégias
1. Fortalecimento da Gestão e Humanização do
Trabalho e Educação na Saúde no SUS/BA
1. Implementação da mesa de negociação do
SUS;
2.Dimensionamento da força de trabalho
que contemple a participação dos
trabalhadores e gestores considerando as
necessidades de saúde;
3. Qualificar os trabalhadores que atuam na
Gestão do Trabalho e Educação na Saúde;
4. Capilarização das Políticas Estaduais de
Humanização da Atenção e da Gestão do
SUS-Ba (PEH) e de Gestão do Trabalho e
Educação na Saúde (PGTES); 5. Promoção de espaços colegiados de
gestão e humanização do trabalho e
educação na saúde na unidade, com plano
de ação articulado entre os serviços e
atribuições definidas 6. Realização de Mostra Baiana de
Humanização do SUS
Percentual de mesas de negociação
implantadas nos municípios;
Nº de metodologias para o
dimensionamento da força de trabalho
elaboradas por tipologia de
serviços/unidades;
Percentual de unidades dimensionadas;
Nº de espaço colegiado de gestão e
humanização do trabalho e educação na
saúde implementados na unidade, a
exemplo do NUGTES
1. Fomentar práticas democráticas e participativas
nos modos de cuidar e gerir da saúde 1. Implantação e implementação de sistemas
de cogestão e colegiados ampliados;
2. Implementação de diretrizes e protocolos
de atenção à saúde, elaborados de forma
coletiva com a equipe responsável pelo
cuidado.
Percentual de espaços de cogestão
implementados;
Percentual de espaços que discutam a
gestão do trabalho e a educação na saúde,
de forma integrada, existente (NUGETS);
Nº de diretrizes e protocolos por Linha de
Cuidado implementados
1. Promover a discussão e revisão dos processos de
trabalho em saúde e fluxos organizacionais 1. Elaboração coletiva (gestores e
trabalhadores) de fluxos, protocolos, normas
e rotinas orientados pelas características da
Nº de protocolos e fluxos descritos de
trabalho, discutidos, pactuados e
considerando as linhas do cuidado;
16
unidade e linhas do cuidado.
Nº de dispositivos da PNH implantados e
implementados ;
1. Contribuir na promoção de qualidade de vida no
trabalho
1. Realizar atividades de enfrentamento à
violência no trabalho;
2. Implementação de diretrizes e
dispositivos da Política Nacional e Estadual
de Humanização e a Política de Saúde do
Trabalhador;
3.Qualificar os trabalhadores e gestores para
atuarem na gestão de conflitos; 4. Implementação e fortalecimento de
serviços de atenção à saúde do trabalhador e
comissões locais de saúde do trabalhador;
5. Formar/fortalecer apoiadores de
humanização
Nº de estratégias de Saúde do Trabalhador
implementados;
Nº de Serviços de Saúde do Trabalhador
implementados;
Aumento da satisfação dos trabalhadores
no ambiente de trabalho
Contribuir com a formação de trabalhadores,
gestores e estudantes na perspectiva da
humanização
1.Elaboração e implementação de plano de
educação permanente nos serviços que
contemple conteúdos da humanização;
2.Transversalização dos conteúdos da
humanização nos diversos cursos e
processos formativos;
3. Estabelecimento de carga horária
destinada aos processos educativos para os
trabalhadores dentro da jornada de trabalho
pactuada e oficializada pelo gestor dos
serviços;
4. Investimentos em práticas de estágio em
vivência na humanização da atenção e da
gestão do SUS, a exemplo do Programa
PermanecerSUS; 5. Articulação com as universidades que
ofereçam cursos na área da saúde para incentivar a abordagem da PNH e da
PEH durante a graduação; 6. Qualificação de gestores do SUS para
processos de gestão participativa e
democrática
1. Plano de educação permanente com
presença de conteúdos da humanização
elaborado e implementado;
2. Percentual de cursos formativos com
presença de conteúdos da humanização;
3. Percentual de serviços com
regulamentação de Carga horária destinada
a educação permanente dentro da jornada
de trabalho;
4. Percepção dos usuários sobre o
atendimento humanizado
5. Existência de estágio que fomente a
experiência nos princípios e diretrizes da
humanização
17
EIXO – TRANSVERSALIDADE DA HUMANIZAÇÃO NAS RAS
As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde,
de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico,
logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 –
portaria nº 4.279, de 30/12/2010).
A RAS tem como proposta maior a resolutividade e eficácia na produção de saúde, promovendo
a integração das ações e serviço de saúde de forma continua integral e humanizada, além da
melhoria na eficiência da gestão no que diz respeito à organização da regionalização do território
assegurando ao usuário uma assistência de qualidade firmada nos princípios e diretrizes do SUS. Na
Bahia são cinco redes temáticas; 1. Rede Cegonha, 2. Rede Atenção Psicossocial, 3. Rede de
Doenças Crônicas, 4. Rede de Pessoas com Deficiência e 5. Rede de Urgência e Emergência.
Iniciativa Indicadores* (Poderão ser mais de 01 indicador por
iniciativa – incluindo segregação por periodicidade:
Quadrimestral ou anual)
Ação/Objetivos
Estratégias
1. Contribuir para o
fortalecimento das RAS
considerando a
transversalização da
Humanização
1. Promoção da participação dos apoiadores da
humanização nos diferentes espaços de Co-gestão das
RAS;
2. Qualificação da equipe multiprofissional e dos
gestores do SUS nas perspectivas do trabalho em rede de
atenção à saúde transversalizando os conteúdos
humanização;
3. Promoção da participação dos membros do controle
social do SUS nos Fóruns das RAS e CTH;
4. Fomentar a participação dos apoiadores da
humanização nos processos de planejamentos das RAS;
1. Nº de apoidadores da PEH com participação nos
espaços de co-gestão das RAS;
2. Percentual de implantação dos dispositivos da
humanização nas RAS;
3. Nº de trabalhadores, gestores e usuários
qualificados nas RAS e PEH
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EIXO – DEFESA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS
Com base na Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde que foi aprovada pelo Conselho
Nacional de Saúde (CNS) em sua 198ª Reunião Ordinária, realizada no dia 17 de junho de 2009,
cada cidadão deve conhecer seus direitos para poder ajudar o Brasil a ter um sistema de saúde com
muito mais qualidade. O documento, que tem como base seis princípios básicos de cidadania,
caracteriza-se como uma importante ferramenta para que o cidadão conheça seus direitos e deveres
no momento de procurar atendimento de saúde, tanto público como privado. Ela foi elaborada de
acordo com seis princípios basilares que, juntos, asseguram ao cidadão o direito básico ao ingresso
digno nos sistemas de saúde, sejam eles públicos ou privados:
1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde;
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema;
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer
discriminação;
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus
direitos;
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma
adequada;
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios
anteriores sejam cumpridos.
Para o Conselho Nacional de Saúde é importante que todos se apossem do conteúdo da Carta,
elaborada com uma linguagem acessível e, assim, permitir o debate e apropriação dos direitos e
deveres nela contidos por parte dos gestores, trabalhadores e usuários do SUS.
Iniciativa Indicadores* (Poderão ser mais de 01 indicador por
iniciativa – incluindo segregação por periodicidade:
Quadrimestral ou anual)
Ação/Objetivos
Estratégias
1. Ampliar e qualificar o
acesso dos usuários aos
serviços de saúde;
2. Fomentar a elaboração
de fluxos de serviços de
saúde em rede na
perspectiva da
corresponsabilização dos
pontos de atenção;
1.1 Implantar/implementar o dispositivo do ACCR e
realizar processos educativos junto aos trabalhadores,
gestores e usuários nas unidades de saúde; 1.2. Publicização da carta dos direitos dos usuários em
todos os serviços do SUS; 1.3 Qualificação do atendimento multiprofissional com
base em práticas clínicas seguras, cuidadoras e
humanizadas centradas nas necessidades dos usuários;
2.1 Qualificar os trabalhadores e gestores para elaboração
de fluxos com base na análise da situação de saúde da
população do território; 2.2. Fomentar a criação de espaços colegiados
considerando a tríplice inclusão dos sujeitos como
preconizados na PNH (Gestores, Trabalhadores e
Satisfação dos usuários;
Percentual de unidades com fluxos de serviços
pactuados entre os pontos de atenção;
Percentual de unidades com ACCR implementados;
Nº de espaços de qualificação e/ou de educação
permanente realizado.
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usuários); 2.3 Realização do atendimento em linhas de cuidado de
forma articulada entre os pontos de atenção; 2.4 Promoção da integralidade da atenção e do cuidado
junto aos usuários fortalecendo a rede de atenção a saúde
de modo corresponsável e solidário; 2.5 Implantação e implementação de ouvidorias do SUS
compreendendo como instância de controle social para
garantia dos direitos dos usuários.
1. Desenvolver o cuidado
considerando a
humanização como modus
operandis da atenção à
saúde
1- Implantação/implementação das diretrizes e
dispositivos das Políticas Nacional e Estadual de
Humanização da Atenção e da Gestão do SUS, tais como:
Clínica Ampliada, Visita Aberta, Cuidado Terapêutico;
2. Sinalização afixada no leito com identificação do
usuário, da equipe de referência de seu cuidado e data de
internação;
3. Promoção e implementação de iniciativas voltadas à
segurança do paciente em diferentes áreas da atenção,
organização e gestão de serviços de saúde
Nº de dispositivos da PNH implementados; Percentual de unidades com Núcleos de Segurança do
Paciente implantado
1. Promover o respeito às
diversidades e
singularidades, com vista a
fortalecer a equidade em
saúde
1- Desenvolvimento de ações que promovam o respeito
às crenças religiosas dos usuários em acordo com a
Portaria 880/2014; 2. Realização do acolhimento aos usuários respeitando
seu nome social, sua identidade de gênero, conforme
preconizado no Decreto 8.727/2016;
3. Ações de promoção a saúde integral e humanizadas às
populações historicamente vulneráveis;
4. Desenvolvimento de ações de enfrentamento à
violência institucional visando o acolhimento das
diversidades e singularidades dos usuários do SUS;
5. Realizações de ações sistemáticas no combate ao
racismo institucional nos serviços de saúde
Satisfação dos usuários Percentual de unidades com Núcleos de Assistência
Religiosa implementado; Percentual unidades com Núcleos de Programa de
combate ao racismo implementado
1. Assegurar a
identificação da situação
de trabalho dos usuários
atendidos nas unidades de
saúde
1. Incorporação da informação acerca da atividade
laborativa do usuário na ficha de admissão no serviço de
saúde
Percentual de unidade/serviço de saúde com quesito
de atividade laborativa do usuário inclusa na ficha de
admissão
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