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1
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃODEPARTAMENTOS DE POLÍTICAS E
PROGRAMASEDUCACIONAIS COORDENAÇÃO ESTADUAL
DO PDE
MARIA JOSÉ CREMASCO ZECHIM
CADERNO PEDAGÓGICO DEATIVIDADES PRÁTICAS E EXPERIMENTAIS
PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE CONCEITOS FÍSICOS NA CIÊNCIA
BANDEIRANTES, PARANÁ
2
2008
MARIA JOSÉ CREMASCO ZECHIM
CADERNO PEDAGÓGICO DEATIVIDADES PRÁTICAS E EXPERIMENTAIS
PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE CONCEITOS FÍSICOS EM CIÊNCIAS
Material didático desenvolvido como requisito do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação, na área de Ciências, sob a orientação do Professor Márcio Akio Ohira.
3
BANDEIRANTES, PARANÁ
2008
LISTA DE FIGURAS
Fig. 1, 2 e 3: Materiais utilizados e procedimentos da atividadeprática: Estados físicos da matéria.......................................................20
Fig. 4, 5 e 6: Realização da atividade prática: Os estados físicos da matéria.................................................................................................21
Fig. 7 e 8: Término da atividade prática...............................................21
Fig. 9: modelo esquemático das mudanças dos estados físicosda matéria.............................................................................................24
Fig. 10 e 11: Materiais para realização da atividade prática: ponto defusão......................................................................................................25
Fig. 12, 13, 14: materiais e procedimento da atividadeprática: solidificação..............................................................................28
Fig. 15, 16 e 17: Realização da atividade prática..................................29Fig. 18,19 e 20: Materiais e procedimentos da atividade prática:evaporação dos líquidos........................................................................32
Fig. 21, 22 e 23: Matérias e realização da atividade prática:evaporação............................................................................................34
Fig. 24 e 25: Materiais e procedimentos da atividade prática:ebulição da água....................................................................................37
Figuras 27: Modelo do Gráfico representando o aquecimento da águapura até a sua ebulição, pressão de 1 atm.............................................39
Fig. 28, 29 e 30: Material e realização da atividade prática:condensação...........................................................................................41
Figuras 31, 32, 33: Materiais e realização da atividade prática terrário.....................................................................................................42
Fig. 34, 35, 36: Materiais e realização da atividade prática:destilação.................................................................................................44
Fig. 37 e 38: modelo de destilador...........................................................46Fig. 39: Naftalina: estado sólido da matéria.............................................47
4
Fig. 40, 41, 42: Materiais e realização da atividade prática:sublimando e cristalizando.......................................................................48
Fig. 43, 44, 45: Materiais e realização da atividade prática:Formação da geada..................................................................................50
Fig. 46: Materiais e realização da atividade prática:Corpo Quente e corpo frio........................................................................53
Fig. 47 e 48: Materiais e realização da atividade prática:sublimando e cristalizando.......................................................................53
Fig.: 49 e 50 Materiais e realização da atividade prática:transferência de energia térmica..............................................................55
5
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: exemplo de tabela para ser preenchida na realizaçãoda atividade...................................................................................................17
Tabela 2: do Pontos de fusão e ebulição de algumas substâncias,sob a pressão atmosférica de 1 atm.........................................................39
6
SUMÁRIO
1.APRESENTAÇÃO....................................................................................9
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................10
3.AVALIAÇÃO..........................................................................................14
4. ORIENTAÇÕES.....................................................................................15
5. UNIDADE l ..........................................................................................16
5.1 ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA...........................................................16
5.1.1 Atividades para verificar os conhecimentos prévios ........................17
5.1.2 Conclusão.........................................................................................17
5.1.3 O ESTADO SÓLIDO............................................................................18
5.1.4 OESTADO LÍQUIDO...........................................................................18.
5.1,5 O ESTADO GASOSO......................................................................... 19
5.1.6 Atividade Prática: Os Estados Físicos da Matéria..............................20
5.1.6.1 OBJETIVO.......................................................................................20
5.1.6.2 MATERIAL......................................................................................20
5.1.6.3 PROCEDIMENTO............................................................................21
5.1.6.4 Sugestão de questões...................................................................22
5.1.6.5 Conclusão: ....................................................................................22
6. UNIDADE ll..........................................................................................23
6.1 MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO DA MATÉRIA......................................23
6.2
FUSÃO.......................................................................................................24
6.2.1 Atividade Prática: Ponto de Fusão....................................................25
6.2.1.1 OBJETIVO.......................................................................................25
6.2.1.2 MATERIAL......................................................................................25
6.2.1.3 PROCEDIMENTO............................................................................25
6.2.1.4 Sugestão de Questões..................................................................26
7
6.2.1.5 Conclusão......................................................................................26
6.3
SOLIDIFICAÇÃO.........................................................................................27
6.3.1 Atividade Prática: Solidificação........................................................28
6.3.1.1
MATERIAL..................................................................................................28
6.3.1.2
PROCEDIMENTO........................................................................................28
6.3.1.3 Sugestão de questões...................................................................29
6.3.1.4 Conclusão da atividade.................................................................30
6.4
VAPORIZAÇÃO...........................................................................................31
6.5
EVAPORAÇÃO.............................................................................................31
6.5.1 Atividade Prática: Evaporação dos Líquidos.....................................32
6.5.1.1 Objetivos.......................................................................................32
6.5.1.2 Material.........................................................................................32
6.5.1.3 Procedimento................................................................................32
6.5.1.4 Sugestão de questões...................................................................33
6.5.1.5 Conclusão......................................................................................33
6.5.2 Atividade Prática: Evaporação de mistura de substâncias...............34
6.5.2.1 Objetivos.......................................................................................34
6.5.2.2 Material.........................................................................................34
6.5.2.3 Procedimento.................................................................................34
6.5.2.4 Sugestão de questões...................................................................35
6.5.2.5 Conclusão......................................................................................35
6.6 EBULIÇÃO............................................................................................36
6.7 CALEFAÇÃO.........................................................................................36
6.7.1 Atividade Prática: Ebulição da água.................................................37
6.7.1.1 Objetivos........................................................................................37
6.7.1.2 Material.........................................................................................37
6.7.1.3 Procedimento................................................................................38
6.7.1.4 Sugestão de questões...................................................................38
8
6.7.1.5 Conclusão......................................................................................39
6.8 CONDENSAÇÃO OU LIQUEFAÇÃO........................................................40
6.8.1 Atividade prática: Condensação.......................................................41
6.8.1.1 Objetivo.........................................................................................41
6.8.1.2 Material.........................................................................................41
6.8.1.3 Procedimento.................................................................................41
6.8.1.4 Sugestão de questões...................................................................41
6.8.2 Atividade Prática: Terrário...............................................................42
6.8.2.1 Objetivos.......................................................................................42
6.8.2.2 Materiais.......................................................................................42
6.8.2.3 Procedimentos...............................................................................43
6.8.2.4 Sugestão de questões..................................................................43
6.8.2.5 Conclusão......................................................................................43
6.8.3 Atividade Prática: Destilação............................................................44
6.8.3.1 Objetivos.......................................................................................44
6.8.3.2 Material.........................................................................................44
6.8.3.3 Procedimento................................................................................45
6.8.3.4 Sugestão de questões...................................................................45
6.8.3.5 Conclusão.....................................................................................45
6.8.3.6 Materiais.......................................................................................46
6.9 SUBLIMAÇÃO.......................................................................................47
6.9.1 Atividade prática: Sublimando e Cristalizando.................................48
6.9.1.1 Objetivo.........................................................................................48
6.9.1.2 Material.........................................................................................48
6.9.1.3 Procedimento................................................................................48
6.9.1.4 Sugestão de questões...................................................................49
6.9.1.5 Conclusão......................................................................................49
6.9.2 Atividade Prática: Formação da geada.............................................50
6.9.2.1 Objetivo.........................................................................................50
6.9.2.2 Material utilizado...........................................................................50
6.9.2.3 Procedimento.................................................................................50
6.9.2.4 Sugestão de questões...................................................................51
6.9.2.5
9
Conclusão..................................................................................................51
7. UNIDADE III.........................................................................................52
7.1 ENERGIA TÉRMICA E CALOR................................................................52
7.1.1 Atividade Prática: Corpo quente e Corpo frio...................................53
7.1.1.1 Objetivo.........................................................................................53
7.1.1.2 Materiais.......................................................................................53
7.1.1.3 Procedimento.................................................................................53
7.1.1.4 Sugestão de questões...................................................................54
7.1.1.5 Conclusão......................................................................................54
7.1.2 Atividade Prática: Transferência de Energia Térmica.......................55
7.1.2.1 Objetivo........................................................................................55
7.1.2.2 Material.........................................................................................55
7.1.2.3 Procedimento.................................................................................55
7.1.2.4 Sugestão de Questões..................................................................55
7.1.2.5 Conclusão......................................................................................56
Anexos.....................................................................................................57
Referências.............................................................................................59
10
1. APRESENTAÇÃO
Este caderno pedagógico é uma produção didático-pedagógica,
direcionado aos professores da disciplina de Ciências, para trabalhar com
estudantes de 8ª série do Ensino Fundamental da escola pública
paranaense.
Contém estratégias que pretendem atender as dificuldades no
ensino e aprendizagem de conteúdos de física na disciplina de Ciências.
Reúne atividades práticas e experimentais com materiais de baixo custo e
fácil manuseio, para auxiliar os professores em sua prática, e procura
proporcionar uma contextualização, visando superar obstáculos na
aprendizagem de conceitos científicos.
O objetivo principal é despertar o interesse dos alunos nas aulas de
Ciências através de atividades práticas e experimentais de conteúdos de
física, relacionado às mudanças de estado físico da matéria e a influência
da pressão e temperatura nestes fenômenos, tornando as aulas mais
dinâmicas e motivadoras, promovendo situações de investigação,
compreensão, interpretação e discussão de conceitos científicos, levando
às reflexões e conclusões que possibilitem a construção do conhecimento
científico e do crescimento cognitivo, conseguindo assim uma
aprendizagem significativa.
As atividades práticas foram abordadas junto com os conteúdos de
Ciências, para enfatizar a idéia de trabalhar teoria e prática uma
complementando a outra, estabelecendo uma seqüência de forma a
permitir que o aluno aprenda significativamente os conceitos e professor
tenha mais material para preparar o seu Plano de Trabalho. Em algumas
situações foram colocados mais de um experimento, para que o professor
possa escolher o que estiver mais adequado ao seu ambiente e aos
materiais disponíveis para a sua realização.
11
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na perspectiva de levar o aluno a construir o seu conhecimento e
“aprender” de forma significativa os conteúdos de física no ensino
fundamental, o caderno foi fundamentado na aprendizagem significativa
de Ausubel e Moreira, em Carvalho por enfocar a importância das
atividades práticas e experimentais no ensino de Ciências. Na pedagogia
histórica-crítica de Saviani na teoria sócio-cultural de Vygotsky e nas
Diretrizes Curriculares de Ciências por ressaltar que o objeto de estudo da
disciplina de Ciências é o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza. O Caderno deve contribuir para que os
estudantes compreendam melhor o mundo e suas transformações e,
possam assim agir de forma responsável em relação ao meio ambiente e
aos seus semelhantes e reflitam sobre as questões éticas que estão
implícitas na relação entre ciências e sociedade.
O ensino de Ciências deve oportunizar ao estudante adquirir
conceitos e atitudes que sirvam de instrumentos na interpretação do
mundo científico e tecnológico em que vivemos para sua capacitação
como indivíduo e cidadão.
Hoje, e cada vez mais no futuro, a ciência e os resultados de suas
aplicações tecnológicas estão permeando a nossa vida,
interferindo no processo social, seja com aspectos positivos, seja
com aspectos negativos. De seu lado, o homem comum, aquele
que constitui a imensa maioria da população brasileira, de pouca
ou nenhuma escolaridade, embora faça uso e conviva com alguns
desses produtos, tem pouca chance de refletir sobre eles,
colocando-se numa situação de mero espectador. À margem de
um conhecimento para ele inatingível, acaba mistificando-o.
(DELIZOICOV,1991, p.46).
12
Um aspecto considerado fundamental para o ensino de Ciências e
essencial para haver um equilíbrio entre a teoria e a prática são as
atividades práticas e experimentais que estão presentes no ensino de
ciências desde sua origem, são estratégias que podem contribuir para a
superação de obstáculos na aprendizagem de conceitos científicos, não
somente por propiciar interpretações, discussões e confrontos de idéias
entre os estudantes, mas também pela sua natureza investigativa.
Entende-se por atividade prática toda e qualquer atividade em que o
estudante se envolve ativamente nos seus diversos domínios, cognitivo,
afetivo e psicomotor. É todo trabalho que envolva a observação seguida
de demonstração ou de manipulação e controle de variáveis. Utiliza como
recursos vidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos ou materiais
alternativos dependendo do tipo de atividade a ser realizada e do local de
realização. O uso de materiais alternativos pode ser muito utilizado em
escolas que não possuem laboratório e nem material específico para a
realização de atividades experimentais.
Toda atividade prática proposta deve atender a objetivos e não
devem ser realizadas apenas por motivação ou como se estivesse
seguindo receitas, mas como forma de apresentar o conhecimento
científico como algo construído, fruto de investigação, experimentação,
discussão, análise de dados e resultados, formulações de possíveis
respostas e de novas perguntas.
No processo de ensino e aprendizagem, o professor ao utilizar as
atividades experimentais como estratégia de ensino faz a mediação na
construção do saber científico. Para Vygotsky a aprendizagem é
influenciada pela interação entre o aluno e o professor, onde o professor
faz a mediação para a construção do saber científico, e tem papel
fundamental neste processo.
Sendo assim, o objetivo da atividade experimental deve ser eliminar
o bloqueio de preconcepções trazidas pelo aluno, para possibilitar a
aquisição das concepções cientificamente corretas, provocando uma
mudança conceitual (GASPAR, 2003), modificando as crenças superficiais,
13
mitos, de forma que superem obstáculos conceituais vindos de sua
vivência e adquiram conceitos científicos sobre os fenômenos naturais.
A aprendizagem significativa, segundo Ausubel, é o processo onde
novas informações adquirem significados por interação com aspectos
relevantes pré-existentes na estrutura cognitiva, para que isso ocorra o
material deve ser potencialmente significativo e o aluno tem que mostrar
disposição para aprender (MOREIRA, 2006, p.18).
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências pode ser
alcançada, à medida que os conceitos ou novas informações interagem
com conceitos “subsunçores” existentes na estrutura cognitiva do aluno.
O “subsunçor” é um conceito, uma idéia, uma proposição já existente na
estrutura cognitiva, capaz de servir de “ancoradouro” a uma nova
informação de modo que esta adquira assim significado para o indivíduo,
isto é, que ele tenha condições de atribuir significados a essa informação.
(MOREIRA, 2006 P.15).
A aprendizagem significativa só vai ocorrer se os novos conceitos
recebidos se ancorarem em conceitos (subsunçores) já existentes na
estrutura cognitiva, num processo de interação entre os antigos e novos
significados.
O desenvolvimento cognitivo é, segundo Ausubel, um processo
dinâmico no qual novos e antigos significados estão
constantemente, interagindo e resultando em uma estrutura
cognitiva mais diferenciada, a qual tende a uma organização
hierárquica, na qual conceitos e proposições mais gerais ocupam o
ápice da estrutura e abrangem, progressivamente, proposições e
conceitos menos inclusivo, assim como dados factuais e exemplos
específicos. (MOREIRA, 2006, p.41)
Por outro lado pode ocorrer a aprendizagem mecânica, onde novas
informações são aprendidas, praticamente sem interagirem com os
conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva, sem se ligarem a
conceitos subsunçores específicos ( MOREIRA, 2006 p.16). Muitas vezes a
memorização de fórmulas, conceitos e leis podem ser considerados uma
aprendizagem mecânica, pois não houve interação como na aprendizagem
14
significativa. Mas, às vezes a aprendizagem mecânica se torna necessária,
para Ausubel aprendizagem significativa e mecânica não é uma dicotomia
e sim um continuum. Os conceitos físicos na disciplina de ciências poderá
ser aprendido mecanicamente e significativamente.
Podemos utilizar também a aprendizagem por descoberta e
recepção, na aprendizagem receptiva os conceitos devem ser
apresentados na sua forma final, enquanto na aprendizagem por
descoberta, eles devem ser descobertos pelo aluno e só será significativa
se o conteúdo descoberto se incorporar à estrutura cognitiva do aluno. Por
isso, um conceito físico pode ser aprendido significativamente sem que
tenha que descobrí-lo, pode-se receber o conceito pronto desde que na
estrutura cognitiva do aluno, tenha os subsunçores adequados. Sendo
assim a aprendizagem de Conteúdos pode acontecer tanto na forma
receptiva ou por descoberta. Em sala de aula a maior parte da instrução é
orientada de forma receptiva, o aluno não é obrigado a descobrir os
conteúdos para compreendê-los e usá-los significativamente. Assim, numa
mesma tarefa de aprendizagem pode ocorrer a aprendizagem por
recepção ou por descoberta.
Ausubel ainda propõe o uso de organizadores prévios como
estratégia para manipular a estrutura cognitiva facilitando a
aprendizagem significativa e servir de ponte entre o que o aluno já sabe e
o que precisa saber para aprender o conteúdo, seriam “pontes
cognitivas”. Os organizadores prévios são materiais introdutórios das
aulas apresentados antes do próprio material a ser aprendido, devem ter
um nível mais alto de abstração, generalidade e inclusividade, é um
organizador superordenado em relação ao conhecimento posterior. Podem
ser textos escritos, discussão, demonstração ou um filme ou vídeo que
podem funcionar como organizadores prévios dependendo da situação de
aprendizagem.
Uma estratégia facilitadora da aprendizagem significativa muito
utilizada por Moreira como instrumento potencialmente útil no ensino é a
técnica do mapeamento conceitual.
15
Os mapas conceituais são dinâmicas bidimensionais que indicam
relações hierárquicas entre conceitos de uma disciplina e derivam sua
existência da própria estrutura conceitual da disciplina. Podem ser usados
como instrumento de ensino e/ou aprendizagem. Para mostrar as relações
hierárquicas entre os conceitos que estão sendo ensinados em uma aula,
uma unidade, ou em um curso inteiro (MOREIRA, 2006, p.49).
3. AVALIAÇÃO
A avaliação é um momento importante no processo de ensino e
aprendizagem, onde poderá perceber se realmente houve o ensino e se os
alunos conseguiram aprender de forma significativa os conceitos
científicos escolares.
Para investigar se o aluno se apropriou de um conceito, adquirindo
significado claro e preciso, o professor precisa utilizar novos instrumentos
que visem descobrir se houve a compreensão e se alcançou a
aprendizagem significativa. Conforme as diretrizes, a avaliação deverá
valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no
cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes
estratégias que envolvam recursos pedagógicos e instrucionais diversos.
Poderá utilizar problematizações, que envolvam relações conceituais,
interdisciplinares ou contextuais, e as atividades experimentais numa
mudança de contexto e formas de aplicação.
Outra forma pode ser através do Mapa conceitual utilizado como
forma de avaliação para verificar se houve mudança de conceitos.
Aplicando-se um mapa conceitual antes de iniciar o conteúdo e outro ao
terminar, seguido de uma entrevista com o estudante antes da avaliação
e no seu término.
16
Esse diagnóstico deve servir para saber se os conhecimentos estão
sendo aprendidos significativamente pelos estudantes e também para
uma retomada no ensino dos conceitos caso não esteja ocorrendo a
aprendizagem. Não há ensino se não houver aprendizagem.
4. ORIENTAÇÕES
Os experimentos devem ser realizados previamente para verificar
possíveis dificuldades no seu desenvolvimento e para organizar todo o
material necessário. No entanto, se durante a aula houver imprevistos, a
situação pode ser aproveitada para gerar questionamentos,
argumentações, levantamento de hipóteses, sempre tendo o cuidado para
que o aluno não pense que pode contradizer os conceitos científicos com
seus experimentos.
É importante que os alunos percebam as variáveis que podem
interferir no fenômeno, como temperatura, umidade, qualidade dos
reagentes, entre outras. Sugerimos que os experimentos que envolvam
riscos, como o uso de fogo ou manuseio de reagentes tóxicos, sejam
realizados pelo professor como demonstração.
A aula de laboratório deve prever um tempo para limpeza e
organização do local ao término da atividade. É importante que os alunos,
antes da aula prática, conheçam as normas de segurança em laboratório e
demais procedimentos. Por isso, indicamos no final do caderno alguns
cuidados que devem ser tomados durante as aulas práticas para facilitar o
trabalho do professor. Se a escola possuir laboratório com equipamentos,
os alunos podem fazer uma aula de reconhecimento para aprender o
nome e utilidade dos objetos e aparelhos. Os cuidados na aula prática
devem sempre ser lembrados para evitar acidentes.
17
5. UNIDADE l
5.1 ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA
As partículas, moléculas, ou átomos que compõem a matéria podem
se organizar em diferentes formas, constituindo assim os estados físicos
da matéria: sólido, líquido e gasoso.
A água é encontrada na forma líquida nos rios e oceanos, na forma
sólida, no gelo, nos icebergs, calotas polares e na forma gasoso, na
atmosfera.
5.1.1 Atividades para verificar os conhecimentos prévios:
a) Como você identifica o estado físico de um material? Que critérios usa
para saber o que é sólido, líquido ou gasoso?
b) Identifique os estados físicos dos materiais e os critérios para definí-los.
Tabela 1: exemplo de tabela para ser preenchida na realização da atividade.Substâncias Estados físicos CritériosAreiaGelatinaCreme DentalÁguasorvete
5.1.2 Conclusão:
18
Para identificar o estado físico da matéria utilizando critérios
científicos, os cientistas criaram um modelo de partículas que represente
os estados sólido, líquido e gasoso. Os critérios que utilizamos como duro
ou macio, seco ou molhado, flexível ou rígido, colorido ou incolor, visível
ou invisível, etc, muitas vezes falham. O sólido é considerado duro, mas, a
borracha, por exemplo, é sólida, mas pode ser macia e flexível. Os líquidos
escorrem, mas areia é sólida e escorre, a gelatina não escorre, mas
molha, o mercúrio dos termômetros é líquido e não molha, quando sempre
pensamos que líquidos molham.
5.1.3 O ESTADO SÓLIDO
No estado sólido a matéria apresenta forma e volume constantes,
bem definidos. As moléculas possuem um alto grau de organização e
estão próximas umas das outras, com grande força de coesão (força que
tende a manter as moléculas unidas) entre elas, que define a forma do
corpo. As moléculas no estado sólido não se movimentam de um lugar
para o outro, apenas vibram em posições fixas, sem se afastar.
5.1.4 O ESTADO LÍQUIDO
A matéria no estado líquido não tem forma própria, mas o volume
permanece constante, corresponde àquela do recipiente onde ela é
colocada. O estado líquido dos materiais é definido como aquele em que
as moléculas apresentam maior nível de desorganização em comparação
ao estado sólido. As moléculas se movimentam com maior grau de
liberdade de um lugar para outro num movimento de vibração. As
moléculas estão mais distantes e, microscopicamente as forças de coesão
entre elas possui menor intensidade, em relação ao estado sólido.
19
5.1.5 ESTADO GASOSO
O estado gasoso dos materiais é definido como aquele em que as
moléculas estão completamente desorganizadas e se movimentam
rapidamente de um lugar para o outro, em todas as direções e sentidos.
Não apresentam nem forma e nem volume definidos. Tendem a ocupar
todo o espaço possível e podem ser comprimidas facilmente. As forças de
coesão entre as partículas são muito fracas, praticamente inexistentes.
O gás contido num recipiente pode ser comprimido ou expandido,
isto é, pode ser diminuído ou expandido, para ser colocado em um
recipiente, como pneu, balões de aniversário, onde o gás está
comprimido.
O monóxido de carbono que sai do escapamento dos carros,
expandindo por toda a atmosfera, ou os perfumes ou cheiros que se
espalham rapidamente pelo ar.
Em condições naturais aqui na Terra a matéria encontra-se nestes
estados: sólido, líquido e gasoso. Mas, os cientistas encontraram nas
estrelas a matéria num quarto estado físico chamado de plasma. As
estrelas, como o sol, são formadas pelo plasma que está além do estado
gasoso, isto é, há maiôs concentração de energia da matéria. Isso ocorre
devido a temperatura muito elevada. No Sol a temperatura gira em torno
de 6000°C na superfície e no interior é superior a 20 milhões de graus
Celsius.
20
5.1.6 Atividade Prática: Os Estados Físicos da Matéria.
5.1.6.1 OBJETIVO:
• Distinguir os estados físicos dos materiais, utilizando os critérios
estudados.
• Identificar as características dos estados sólido, líquido e gasoso.
5.1.6.2 MATERIAL:
• 4 tubos de ensaio com tampa ou vidros descartáveis com tampa.
• 1 béquer de 250 ml (copo) com Água
• 2 pedaços pequenos de parafina (vela)
• Cristais de iodo sólido pequeno
• Uma lamparina e álcool (ou outra fonte de calor)
• Um tripé
• Tela de amianto
• Fósforos
• Uma pinça de madeira.
Figuras 1, 2 e 3: Materiais utilizados e procedimentos da atividade prática: Estados físicos da matéria.
5.1.6.3 PROCEDIMENTO:
Preparar o tripé com a tela de amianto. Colocar sobre a tela, o
béquer contendo água até a metade. Acender a lamparina, colocar sob o
21
tripé e esperar a água entrar em ebulição. Colocar os pedacinhos de
parafina em dois tubos de ensaio e fechar.
Figuras 4, 5 e 6: Realização da atividade prática: Os estados físicos da matéria.
Observar e anotar as características dos materiais colocados nos
tubo.
Segurar um dos tubos com a parafina, com a pinça de madeira e
mergulhar o tubo com a parafina na água em ebulição. Observe e
compare com o outro pedaço de parafina sólida e anote as observações.
Colocar os cristaizinhos de iodo nos outros dois tubos de ensaio e
fechar. Observa e anotar as características da substância.
Segurar um dos tubos de iodo com a pinça de madeira e mergulhar
na água em ebulição, compare com o outro pedaço sólido de iodo e anote
suas observações.
Figuras 7 e 8: Término da atividade prática.
5.1.6.4 Sugestão de questões:
a) Descrever a parafina, antes e após o seu aquecimento. Qual o nome do
processo ocorrido durante o aquecimento da parafina? Quais as
características observadas no estado sólido e líquido da parafina? Houve
mudanças no cheiro, cor, forma...?
b) Desenhar um modelo que mostre as partículas que formam a parafina
antes e depois do aquecimento. Representar as partículas em bolinhas.
22
c) Descrever o iodo, antes e após o aquecimento e as características
observadas do iodo no estado sólido e líquido. Qual o nome do processo
ocorrido durante o aquecimento do iodo.
d) Desenhar um modelo que mostre as partículas que formam o cristal de
iodo antes e depois do aquecimento. Representar as partículas em
bolinhas.
e) Quais as diferenças foram possíveis perceber entre os materiais nos
estados sólido, líquido e gasoso?
5.1.6.5 Conclusão:
A parafina era sólida, clara, macio e sem cheiro, antes de ser
aquecida. Após o seu aquecimento, ocorreu a fusão e ela tornou-se,
líquida, incolor e com cheiro característico, as partículas da parafina estão
organizadas no estado sólido e desorganizadas no estado líquido. O iodo
sofre sublimação e passa do estado sólido para gasoso, no estado sólido
as partículas do iodo estão organizadas e no estado gasoso estão
desorganizadas e distantes umas das outras.
6. UNIDADE ll
6.1 MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO DA MATÉRIA
As partículas (átomos e moléculas) que compõem uma substância
podem se organizar de diferentes formas. Elas podem estar mais unidas
ou mais afastadas entre si. Conforme mudam as condições nas quais os
23
materiais se encontram, a matéria pode mudar o seu estado físico. Cada
estado físico possui suas características que dependendo da quantidade
de energia recebida ou cedida, podem ser alteradas provocando uma
mudança no estado de agregação das moléculas e levando a substância a
evoluir para um outro estado físico.
Os fatores que influenciam na mudança de estado físico da matéria
são a temperatura e a pressão atmosférica. Cada substância pura muda
de estado físico em uma temperatura. O aumento ou a diminuição de
temperatura em uma substância faz com que ela mude seu estado físico.
A temperatura expressa a taxa de agitação das partículas que compõem
uma substância, quanto maior a agitação das moléculas, maior a
temperatura. As mudanças de estado físico ocorrem a temperatura bem
definidas para cada substância, são chamadas de ponto fixo.
Um cubo de gelo (estado sólido) com temperatura de -30°C,
recebendo calor, isto é, tirando ele do congelador sua temperatura
aumenta e ele vai começar a derreter, quando atingir 0°C, inicia-se a
fusão. Uma certa quantidade de água no estado líquido com temperatura
de 15°C, se for aquecida, isto é, receber calor, sua temperatura aumenta,
quando atingir 100°C inicia-se a ebulição da água.
O fornecimento de calor provoca dois fenômenos na água: aumento
de temperatura e mudança de estado.
A pressão atmosférica, isto é, a pressão que a massa de ar
atmosférico exerce sobre um corpo, diminui com a altitude. Num lugar
mais alto a pressão de ar é menor que em uma cidade ao nível do mar. Ao
nível do mar a pressão é de 1 atm. Por isso, dependendo do local o ponto
de ebulição dos materiais pode ser diferente, diminuindo-se a pressão a
agitação das moléculas que compõem a matéria é facilitada e ela muda
seu estado mais facilmente.
As mudanças de estado físico das substâncias podem ser: fusão,
solidificação, vaporização, condensação ou liquefação e sublimação.
24
Figura 9: modelo esquemático das mudanças dos estados físicos da matéria.
6.2 FUSÃO
É a transformação de uma substância do estado sólido para o estado
líquido. Uma substância sólida sofre a fusão a uma temperatura e pressão
determinada. A temperatura durante a fusão não se altera, permanece a
mesma, dá-se o nome de ponto de fusão.
6.2.1 Atividade Prática: Ponto de Fusão
25
6.2.1.1 OBJETIVO:
• Demonstrar que a temperatura permanece constante enquanto o
gelo está derretendo.
• Mostrar o ponto de fusão do gelo a 0°C.
6.2.1.2 MATERIAL:
• Cubos de gelo
• Béquer de 250 ml (copo vidro)
• Termômetro (-10°C a 110°C)
Figura 10 e 11: Materiais para realização da atividade prática: ponto de fusão.
6.2.1.3 PROCEDIMENTO:
Colocar os cubinhos de gelo no béquer, envolvendo o bulbo do
termômetro colocado dentro do béquer. Anotar a temperatura registrada
no termômetro enquanto o gelo está derretendo.
6.2.1.4 Sugestão de Questões:
a) Durante a fusão do gelo, qual a temperatura registrada?
b) A temperatura variou enquanto o gelo derretia?
c) Como ficou a temperatura depois que o gelo derreteu?
26
d) Quando a matéria (água) passa do estado sólido para o líquido ela
perde ou ganha calor?
6.2.1.5 Conclusão:
Durante a fusão a temperatura permanece constante a 0°C, após o
derretimento de todo o gelo a temperatura varia, devido ao ganho de
calor que a matéria recebe ao passar do sólido para o líquido.
6.3 SOLIDIFICAÇÃO
É a transformação de uma substância do estado líquido para o
estado sólido.
No processo de solidificação de uma substância a temperatura permanece
constante durante todo o processo de solidificação. O ponto de
solidificação à pressão normal (pressão ao nível do mar, de 1 atm) de uma
substância é o mesmo que o ponto de fusão.
A água no estado líquido colocada para resfriar, se solidifica a 0°C
(ponto de solidificação).
27
6.3.1 Atividade Prática: Solidificação
6.3.1.1 OBJETIVO:
• Verificar que a solidificação da água ocorre com a temperatura
constante.
• Verificar que a temperatura de uma mistura de gelo e água líquida
diminui pela adição de sal.
6.3.1.2 MATERIAL:
• 1 tubo de ensaio
• 1 béquer de 250 ml (copo)
• 2 termômetros ( -10°C a 110°C)
• Sal de cozinha: 2 colheres das de sopa
• Gelo picado
• Água
Figura 12, 13, 14: materiais e procedimento da atividade prática: solidificação.
6.3.1.3 PROCEDIMENTO:
Colocar o gelo picado no béquer até a metade de sua capacidade.
Introduzir um dos termômetros no meio do gelo picado. Observar a
variação da temperatura fazendo várias leituras no termômetro para
verificar se a temperatura está diminuindo sempre ou se diminui e depois
permanece constante. Anotar os resultados das leituras.
28
Retirar o termômetro do béquer, acrescentar as duas colheres de sal
ao gelo picado e misturar. Colocar novamente o termômetro e observar a
temperatura. Anotar os resultados das observações.
Pegar o tubo de ensaio, colocar água até a altura de 4 cm e introduzir o
outro termômetro no tubo. Aguardar um tempo e fazer a leitura no
termômetro. Anotar a temperatura da água do tubo de ensaio. Colocar o
tubo de ensaio com a água e o termômetro dentro do béquer com gelo
picado misturado com sal. Observar se a água se transforma em gelo ou
se continua líquida. Anotar o resultado da observação.
Faze leituras no termômetro colocado no tubo de ensaio para verificar se a
temperatura da água permanece constante enquanto ocorre a mudança
de estado.
Figura 15, 16 e 17: Realização da atividade prática.
6.3.1.4 Sugestão de questões:
a) Por que a adição de sal ao gelo picado faz baixar a temperatura?
b) A temperatura da água se manteve constante durante a mudança de
fase: líquida para sólida?
c) Qual a temperatura observada no termômetro?
6.3.1.5 Conclusão da atividade:
A temperatura da água e do gelo permanece constante a 0ºC,
durante a mudança de estado, mas ao se adicionar o sal a temperatura
desce a -10°C e -15ºC, pois o sal absorve calor do meio ambiente, (o gelo),
diminuindo a temperatura.
29
6.4 VAPORIZAÇÃO
É a transformação de uma substância do estado líquido para o
estado gasoso. Pode ocorrer três tipos de vaporização: evaporação,
ebulição e calefação.
6.5 EVAPORAÇÃO
A evaporação é a transformação lenta e espontânea que ocorre a
temperatura ambiente. Como acontece a evaporação dos rios, oceanos,
lagos. Quando chove a água do asfalto que ficou molhado evapora e
podemos ver até o vapor subindo para a atmosfera. A secagem das roupas
num varal ocorre por evaporação.
30
6.5.1 Atividade Prática: Evaporação dos Líquidos
6.5.1.1 Objetivos:
• Verificar se a evaporação de líquidos provoca abaixamento de
temperatura.
• Comparar evaporação de líquidos diferentes.
6.5.1.2 Material:
• 1 termômetro ( -10°C a 110°C ou -10°C a 50°C )
• Frasco com álcool
• Frasco com água
• Frasco com acetona
• 3 tiras de papel absorvente (10 cm x 2 cm)
Figuras 18,19 e 20: Materiais e procedimentos da atividade prática: evaporação dos líquidos.
6.5.1.3 Procedimento:
Introduzir o termômetro na água do frasco; aguardar 30 segundos e
anotar a temperatura. Retirar o termômetro da água e, segurando-o pela
extremidade oposta ao bulbo, observar por 1 minuto se a temperatura
permanece a mesma ou aumenta.
Enxugar o termômetro e repetir os procedimentos anteriores,
trabalhando primeiro com o álcool e depois com a acetona.
31
Escrever nas tiras de papel absorvente: Água, Álcool e Acetona.
Molhar as tiras com o líquido correspondente, deixá-las sobre a mesa e
observá-las.
6.5.1.4 Sugestão de questões:
a) Qual dos líquidos apresentou maior abaixamento de temperatura?
b) Os líquidos que molhavam o termômetro estavam evaporando
enquanto você observava o registro de temperatura?
c) Qual das tiras de papel absorvente secou mais depressa? Qual demorou
mais?
d) Escreva a sua conclusão sobre a atividade prática realizada.
6.5.1.5 Conclusão:
As três substâncias líquidas apresentam temperaturas diferentes. A
água está com temperatura de 27°C, o álcool está com temperatura de
28ºC e a acetona está com temperatura de 31ºC. A evaporação da
acetona foi bem rápida, depois foi o álcool que evaporou e a água
apresentou a evaporação mais lenta de todos. Logo a temperatura mais
alta influencia na evaporação.
32
6.5.2 Atividade Prática: Evaporação de mistura de substâncias
6.5.2.1 Objetivos:
• Observar e comprovar que na mistura de água e sal só ocorre a
evaporação da água.
• relacionar a evaporação da água dos oceanos e a formação da
chuva.
6.5.2.2 Material:
Garrafa Pet de 2 litros, 2 colheres de sal, Tesoura, fita adesiva, água
filtrada, filme plástico transparente.
Figuras 21, 22 e 23: Matérias e realização da atividade prática: evaporação
6.5.2.3 Procedimento:
Cortar a garrafa PET de 2 litros perto do topo. Encher a garrafa até
cerca de um quarto de sua altura com água filtrada. Dissolver duas
colheres de sal. Tampar a garrafa com o plástico, fixando com a fita
adesiva. Colocar a garrafa no Sol por algum tempo e observar.
6.5.2.4 Sugestão de questões:
a) O que você nota na superfície do filme transparente?
b) O que houve com a água? E com o sal?
33
c) Compare a atividade com a evaporação dos oceanos e formação da
chuva.
6.5.2.5 Conclusão:
A água sofre a evaporação lenta, mas ao chegar ao plástico ela sofre
a condensação, ao evaporar ela não leva substâncias, assim ao
experimentar as gotinhas de água que ficaram no plástico não tem sabor.
6.6 EBULIÇÃO
A Ebulição é a vaporização que acontece a uma determinada
temperatura. Quando aumenta o calor de um líquido ou reduz a pressão
que atua sobre ele pode ocorrer a vaporização. Colocando uma panela
com água no fogo sobre uma fonte de calor, após algum tempo ela
começa a ferver entrando em ebulição e bolhas de vapor de água se
formarão em toda porção líquida. A temperatura chega a 100°C, isso
acontece ao nível do mar onde a pressão atmosférica é de 1atm. É o
ponto de ebulição, onde a temperatura permanece constante.
Se um material sólido constituído por uma única substância, for
aquecido até que mude de sólido para líquido, a sua temperatura
permanecerá com o mesmo o valor durante a mudança de estado. Esta é
a temperatura de fusão da substância.
Se um material for aquecido até que ele mude do estado líquido ao
gasoso, a sua temperatura permanecerá com o mesmo valor durante a
mudança de estado. Esta é a temperatura de ebulição.
6.7 CALEFAÇÃO
34
A Calefação é um processo rápido de vaporização quase instantânea
de um líquido colocado em uma superfície muito quente de temperatura
superior a ebulição desse líquido. Ao colocar uma gota de água sobre uma
chapa de ferro superaquecida, praticamente não toca a superfície
transformando-se em vapor, ocorrendo sua vaporização.
6.7.1 Atividade Prática: Ebulição da água.
6.7.1.1 Objetivos:
• Observar como ocorre a ebulição da água.
• Descrever as mudanças que ocorrem com a água durante o
processo de ebulição.
• Representar a variação da temperatura durante dos materiais
durante a duração do experimento.
6.7.1.2 Material:
• béquer de 250 ml contendo água filtrada até a metade (100ml)
• Béquer de 250 ml contendo água até a metade com uma colher de
sal dissolvido (100 ml)
• Lamparina a álcool
• Tripé e tela de amianto
• Termômetro de laboratório
• Colher
Figuras 24 e 25: Materiais e procedimentos da atividade prática: ebulição da água.
35
6.7.1.3 Procedimento:
Cobrir o tripé com a tela de amianto e colocar a lamparina sob ele.
Colocar o béquer com água sobre a tela de amianto. Antes de iniciar o
aquecimento medir a temperatura da água. Acender a lamparina e
observar o que ocorre com a água durante o aquecimento e ir anotando a
temperatura a cada minuto. Observar e anotar a temperatura em que se
inicia a ebulição. Após a água entra em ebulição medir a temperatura
mais 3 (três) vezes de um em um minuto. Anotar todas as modificações
durante o aquecimento e ebulição da água.
Repita todo o procedimento com a água com sal.
6.7.1.4 Sugestão de questões:
a) Que modificações ocorrem com a água durante o aquecimento, na sua
aparência e temperatura?
b) Ao que se atribui às mudanças que ocorrem com a água durante o seu
aquecimento?
c) Em qual temperatura a água entra em ebulição?
d) E a água salgada, em que temperatura entra em ebulição?
e) O que ocorre com a temperatura da água salgada durante a ebulição?
f) O que aconteceu com a temperatura durante o aquecimento da água
pura?
36
g) O que aconteceu com a temperatura durante a ebulição da água pura?
f) Represente através do gráfico a variação da temperatura dos materiais
aquecidos durante o tempo do experimento.
6.7.1.5 Conclusão:
A temperatura da água aumenta e aumenta a agitação de suas
partículas, a água entra em ebulição a 100°C .
Figuras 27: Modelo do Gráfico representando o aquecimento da água pura até a sua ebulição, pressão de 1 atm.
A temperatura de fusão e ebulição são parâmetros físicos
importantes usados para identificar substâncias e determinar sua pureza.
Quando os materiais são constituídos de misturas, não apresentam
temperatura de fusão e ebulição constantes. A temperatura de fusão e
ebulição depende da pressão atmosférica onde se encontra. A força
exercida pelo ar atmosférico sobre o líquido interfere na sua capacidade
de se transformar em vapor.
SUBSTÂNCIA PONTO DE FUSÃO (°C) PONTO DE EBULIÇÃO (°C)
Água 0 100Álcool etílico -114 78
37
Oxigênio -219 -183Nitrogênio -210 -196Hidrogênio -259 -253Enxofre 119 445Acetona 80 -95Alumínio 660 2450Ferro 1537 3000Ouro 1064 2937Tabela 2: do Pontos de fusão e ebulição de algumas substâncias, sob a pressão atmosférica de 1 atm
6.8 CONDENSAÇÃO OU LIQUEFAÇÃO
É a transformação de uma substância no estado gasoso para o
estado líquido.
Na condensação o gás se transforma em líquido por resfriamento. O
vapor de água ao ser resfriado passa para o estado líquido ao atingir a
temperatura de 100°C. O nitrogênio é um gás que passa para o estado
líquido a -196°C. Já na liquefação o gás é transformado em líquido pelo
aumento da pressão. É que ocorre com o gás de cozinha, 13Kg de gás são
colocados no botijão. Ele é pressionado neste espaço e se transforma em
líquido, é chamado de GPL – Gás Liquefeito de Petróleo, mistura de C3 H8
(propano) e C4H10 (butano), extraídos do petróleo.
O gás que circula nos canos de metal da geladeira passa por um
compressor onde é liquefeito para produzir o resfriamento da geladeira. O
material à medida que circula, vai retirando energia, em forma de calor,
do interior da geladeira e se transforma novamente em gás. O processo
continua o gás volta para o compressor, é novamente liquefeito e assim
continua acontecendo enquanto a geladeira permanece ligada.
A Condensação ocorre também na parte interna da tampa colocada
sobre uma panela que está cozinhando alimentos, as gotículas que se
formam na tampa é o vapor de água que se condensa em contato com a
superfície fria da tampa.
38
6.8.1 Atividade prática: Condensação
6.8.1.1 Objetivo:
• Observar a condensação do vapor de água da atmosfera.
6.8.1.2 Material:
• 1 copo e água gelada com pedaços de gelo.
Figuras 28, 29 e 30: Material e realização da atividade prática: condensação
6.8.1.3 Procedimento:
Colocar a água e os pedaços de gelo no copo e observar.
6.8.1.4 Sugestão de questões:
a) O que aconteceu com a parte externa do copo?
b) O que se formou?
c)Como se explica?
6.8.2 Atividade Prática: Ternário
6.8.2.1 Objetivos:
39
• Observar a evaporação e a condensação da água.
• Entender o processo de formação da chuva.
• Relacionar a respiração, transpiração e fotossíntese à condensação
e evaporação.
6.8.2.2 Materiais:
• Garrafa Pet
• Tesoura
• Fita adesiva
• Plástico filme
• Terra adubada organicamente
• Pedrinhas
• Carvão vegetal
• Duas mudas de plantas
• Água filtrada.
Figuras 31, 32, 33: Materiais e realização da atividade prática: terrário.
6.8.2.3 Procedimentos:
Cortar a garrafa pet um pouco acima da metade, colocar as
pedrinhas, o carvão vegetal e a terra. Colocar a água cuidadosamente
sobre a terra e enterrar as mudas de plantas. Tampar a garrafa com o
plástico filme e lacrar com a fita. Podem ser colocados também alguns
animais como insetos, minhocas, para serem observados. Neste
experimento observaremos a condensação e evaporação do líquido.
40
6.8.2.4 Sugestão de questões:
a) Qual a finalidade de se tampar o ternário?
b) O ternário fechado não impede a entrada de oxigênio para a respiração
da planta?
c) Por que o ternário não deve receber incidência de luz diretamente do
Sol?
d) No ternário, há grande contribuição da transpiração, respiração e
fotossíntese da planta para o ciclo da água?
e) O mesmo se repete na Natureza? Quais as mudanças de estado de
estado físicos ocorrem com a água no ternário?
f) Esquematize o ciclo da água observado no ternário.
6.8.2.5 Conclusão:
O ternário ficando fechado retém o vapor de água que se forma pela
respiração, transpiração das plantas, que ao tocar a superfície fria
condensa-se transformando em gotículas, que servem para molhar a terra
novamente, num ciclo, como no processo de formação da chuva na
natureza.
6.8.3 Atividade Prática: Destilação
6.8.3.1 Objetivos:
• Constatar que ocorrem duas mudanças de fase da água durante a
destilação.
41
• Saber que estes mesmos fenômenos ocorrem no ciclo da água na
natureza.
6.8.3.2 Material:
• 10 cm3 de solução de azul de metileno.
• 1 cubo de gelo
• 2 tubos de ensaio ( 15mm x 150mm )
• 1 rolha de borracha ou cortiça com 1 furo de 4mm de diâmetro
• 1 tubo flexível de plástico ( 50cm de comprimento e 4mm de
diâmetro externo)
• 1 copo de vidro
• 1 suporte para um dos tubos de ensaio ( improvisado)
• 1 funil de plástico
• 1 estante para tubos de ensaio
• 3 cacos de porcelana (pedrinhas de ebulição)
• 1 lamparina a Álcool ( ou outra fonte de calor)
Figuras 34, 35, 36: Materiais e realização da atividade prática: destilação
6.8.3.3 Procedimento:
Introduzir o tubo plástico na rolha, ultrapassando-a
aproximadamente 1cm. Colocar o tubo de ensaio na estante, passar a
solução de azul-de-metileno para o copo e, deste, para o tubo de ensaio,
usando o funil. O líquido não deverá ultrapassar 1/3 da altura do tubo.
Acrescentar ao tubo as pedrinhas de ebulição. Tampar com a rolha, levar
para aquecer. Colocar o tubo plástico dentro do tubo de ensaio e este
dentro do copo com água e gelo e observar o que acontece.
42
Quando o líquido azul no tubo de ensaio da esquerda estiver
reduzido `a metade, retirar a extremidade do tubo plástico de dentro do
tubo de ensaio da direita e, só então, apagar a fonte de calor.
6.8.3.4 Sugestão de questões:
a) Que mudanças de fase ocorrem na destilação?
b) Por que o tubo de ensaio da direita foi mergulhado em água fria?
c) Qual o resultado final de destilação? Como ficou o líquido destilado?
Qual a sua cor?
d) Faça um relato de como ocorre o processo da destilação.
e) Como ocorre a destilação na natureza?
6.8.3.5 Conclusão:
A substância ao ser aquecida, entra em ebulição, e o líquido
evapora, os vapores passam pelo tubo plástico, ao chegar ao copo com
água gelada, ocorre a condensação e o líquido chega ao tubo de ensaio
incolor.
Este destilador caseiro também pode ser usado como material
alternativo
6.8.3.6 Materiais:
Chapa quente elétrica, vidro, rolha furada, mangueira fina, garrafa
pet, suporte de isopor para colocar a garrafa, copo para deixar cair o
líquido destilado.
43
Figuras 37 e 38: modelo de destilador.
6.9 SUBLIMAÇÃO
É a transformação de uma substância no estado sólido para o
gasoso sem passar pelo estado líquido, e do estado gasoso (vapor) para o
estado sólido.
É verificada nas regiões polares onde o gelo pode se evaporar
diretamente sem passar pelo estado líquido. Ou aquecendo os cristais de
iodo (sólido), passa para o gasoso e também a naftalina, utilizada para
matar as baratas e insetos. Esse é um processo lento, pois ocorre à
temperatura ambiente.
Figura 39: Naftalina: estado sólido da matéria.
O gelo seco que é o dióxido de carbono solidificado a -79°C. É
utilizado em situações que é necessário um frio muito intenso, como o
armazenamento de produtos perecíveis. O gelo seco libera três vezes mais
frio que o gelo normal e não passa pelo estado líquido na pressão
atmosférica de aproximadamente 1 atm, o gelo seco passa do estado
sólido direto para o gasoso, ocorre com ele a sublimação.
44
6.9.1 Atividade prática: Sublimando e Cristalizando
6.9.1.1 Objetivo:
• Entender como ocorre a sublimação.
• Observar que mesmo à temperatura ambiente a naftalina pode
sofrer sublimação.
6.9.1.2 Material:
• Naftalina (em bolinhas)
• 2 frascos de vidro
• fita adesiva
• gelo.
Figura 40, 41, 42: Materiais e realização da atividade prática: sublimando e cristalizando.
6.9.1.3 Procedimento:
Coloque as bolinhas de naftalina dentro de um dos copos. Evite
respirar os vapores ou manusear as bolinhas com a mão. Tampe o copo
contendo as bolinhas de naftalina com o outro copo, contendo os cubos de
gelo. Passe uma fita adesiva larga entre os frascos para mantê-los juntos.
Se o gelo derreter, coloque mais cubos de gelo. Pode-se levar ao sol por
algum tempo para acelerar o processo. Observe o frasco por alguns dias.
6.9.1.4 Sugestão de questões:
a) Ocorreu mudança de estado?
45
b) O que ocorre com as bolinhas de naftalina deixadas em um armário?
c) Se as bolinhas estão desaparecendo para onde vai o material?
d)Por que sentimos o cheiro forte da naftalina?
6.9.1.5 Conclusão:
As bolinhas de naftalina com o passar do tempo diminui o tamanho,
porque ocorre a sublimação, com o aumento da temperatura. As
moléculas da parafina que estão em sublimação e passam para o estado
gasoso, mas encontram a superfície fria do copo com gelo e passam para
o estado sólido, formando uma placa fina de cristais.
6.9.2 Atividade Prática: Formação da geada
6.9.2.1 Objetivo:
• Compreender a formação da geada.
• Explicar a mudança de estado ocorrida no processo.
6.9.2.2 Material utilizado:
• Latinha de refrigerante vazia sem a tampa.
• Gelo picado
• Sal grosso
• Termômetro
46
Figura 43, 44, 45: Materiais e realização da atividade prática: Formação da geada.
6.9.2.3 Procedimento:
Coloque gelo picado até aproximadamente a metade da latinha de
refrigerante. Coloque o sal grosso até mais ou menos um quarto do
volume da latinha. Mexa a mistura e observe o que vai acontecer. Espere
uns 5 minutos e use o termômetro para medir a temperatura.
6.9.2.4 Sugestão de questões:
a) Qual a temperatura encontrada?
b) Como se formou o gelo na latinha?
a) Houve mudanças de estado?
b) Quais as condições para a formação da geada?
c) Como se explica o fato da água permanecer líquida nesta
temperatura?
d) Por que nos países onde neva coloca-se sal nas calçadas sobre o
gelo?
6.9.2.5 Conclusão:
A temperatura encontrada no interior da latinha está entre -10°C e
-15°C. O gelo derreteu devido ao sal, que absorve o calor do ambiente. A
pressão parcial de vapor apresenta-se maior que a pressão da saturação
(dentro da latinha), o vapor se condensa para reduzir a pressão parcial de
vapor ao valor da pressão de saturação, assim dá para se entender porque
nos oceanos das regiões polares a água se mantém líquida, mesmo às
47
temperaturas baixas. Ao redor da latinha o vapor de água se condensou
sob a forma de geada em cristais de gelo.
7. UNIDADE 3
7.1 ENERGIA TÉRMICA E CALOR
Mantida Constante a pressão, toda a mudança de fase envolve
ganho ou perda de Energia Térmica. Para uma substância passar do
estado sólido para o líquido ou do líquido para o gasoso é necessário que
este absorva energia térmica e as mudanças inversas exigem que o corpo
libere energia térmica. Energia térmica é a energia do movimento entre as
moléculas ou partículas dos corpos. Quando se fornece energia térmica a
um corpo ocorre à variação da temperatura. A temperatura mede o estado
de agitação térmica dos corpos. Quanto maior a agitação térmica maior a
temperatura do corpo.
A energia térmica se propaga de um corpo para o outro, geralmente
se faz do corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura.
Essa transferência de calor pode ser: por condução quando a propagação
se faz de partícula a partícula, por convecção quando o calor é
transportado pelo próprio material aquecido, e por irradiação quando a
energia térmica é transmitida por ondas eletromagnéticas.
48
7.1.1 Atividade Prática: Corpo quente e Corpo frio
7.1.1.1 Objetivo:
• Perceber as sensações térmicas de quente e frio.
7.1.1.2 Materiais:
Três recipientes: um com água gelada, outro com água morna e outro com
água à temperatura ambiente (da torneira).
Figura 46: Materiais e realização da atividade prática: Corpo Quente e corpo frio.
7.1.1.3 Procedimento:
Colocar os recipientes próximos um do outro como mostra a figura.
Mergulhar ao mesmo tempo uma mão no recipiente com água gelada e
outra no recipiente com água morna. Ficar assim por 1 minuto. Em
seguida colocar as mãos no recipiente com água na temperatura
ambiente.
Figuras 47 e 48: Materiais e realização da atividade prática: sublimando e cristalizando.
7.1.1.4 Sugestão de questões:
a) O que percebeu?
b) Que conclusão chegou com este experimento?
c) Qual a sensação térmica na mão nos três recipientes?
49
7.1.1.5 Conclusão:
Este experimento mostra que o tato não é um bom indicador da
temperatura, pois a sensação que temos de quente e frio depende da
temperatura que experimentamos anteriormente. Para se medir com
precisão a temperatura de um corpo usa-se o termômetro.
7.1.2 Atividade Prática: Transferência de Energia Térmica
7.1.2.1 Objetivo:
• Comprovar que a energia térmica se propaga de um corpo para o
outro.
7.1.2.2 Material:
• Uma lâmina metálica
• Pedaços de parafina
• Fonte de calor (vela acesa)
Figuras: 49 e 50 Materiais e realização da atividade prática: transferência de energia térmica.
7.1.2.3 Procedimento:
50
Colocar um pouco de parafina em três pontos diferentes de uma
lâmina, próximos de uma das extremidades, e aquecer a outra
extremidade, em pouco tempo a parafina começará a derreter.
7.1.2.4 Sugestão de Questões:
a) O que ocorre neste processo para a parafina derreter?
b) Como é conduzida a energia térmica pelos materiais?
c) Por que o pedaço de parafina próximo à extremidade demora mais para
derreter?
7.1.2.5 Conclusão:
Quando se aquece a extremidade da lâmina aumenta-se o estado de
agitação das moléculas do metal. Essa agitação ou vibração se transmite
e se propaga gradativamente pela lâmina. É a transmissão de calor por
condução, que ao atingir a parafina a faz derreter.
51
Anexos:
1- Mapa Conceitual: Este é um modelo que pode ser utilizado como
instrumento de avaliação para verificação da aprendizagem.
52
2- Cuidados durante as aulas práticas para alunos e professores:
- Deixar sobre as mesas só o material necessário às aulas práticas.
- Quando aquecer uma substância num tubo de ensaio, ou outro
recipiente, não aponte a extremidade aberta para os colegas ou na própria
direção.
- Não jogar resíduos sólidos nas pias, pois elas podem entupir.
- Nunca cheire diretamente qualquer substância. Mantenha o recipiente
que a contém afastado do rosto.
- Não provar qualquer substância utilizada ou produzida durante os
experimentos.
- Se algum produto químico for derramado, lave o local imediatamente.
- Cuidar bem dos aparelhos e equipamentos do laboratório.
- Seguir sempre as orientações do professor, não tocar em nada no
laboratório sem a autorização do professor.
- Conservar os frascos sempre tampados.
- Quando trabalhar com equipamento de vidro, tubos, termômetros,
copos... proceda com cuidado para evitar quebras e cortes perigosos.
- Tomar muito cuidado ao utilizar fogo (fontes de calor), só utilize com
segurança para alunos e professores.
- Ter atitude de responsabilidade, prudência e atenção.
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REFERÊNCIAS
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