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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED · na natureza, então procriá-los em larga escala é única solução para atender a demanda. Temos que ser realistas e deixar de poesia,

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - D PPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

Av. Água Verde, 2140 – CEP 80240-900 – Curitiba - Paraná

ELIZANE TEREZINHA VANSETTO BARBACOVI

JULHO2011

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CASCAVEL PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓG ICA PROFESSOR

PDE

FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: O GÊNERO CANÇÃO/POEMA EM FOCO

O gêneros Discursivos Canção/Poema em Foco no trabalho com a Língua Portuguesa..

Autor Professora PDE: ELIZANE TEREZINHA VANSETTO BARBACOVI

Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL ARNALDO BUSATO

Município da escola FRANCISCO BELTRÃO – PR

Núcleo Regional de Educação

FRANCISCO BELTRÃO – PR

Orientador SANIMAR BUSSE

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – Campus de Cascavel

Disciplina/Área LINGUA PORTUGUESA - O discurso como prática social - Oralidade/Leitura/escrita

Produção Didático-pedagógica

UNIDADE DIDÁTICA – SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Relação Interdisciplinar

Poderá ser feito um trabalho interdisciplinar com as áreas de Artes e História.

Público-alvo

O trabalho será desenvolvido com alunos de duas oitavas séries do período matutino. São alunos vindos de comunidades rurais próximas ou que moram na localidade de Nova Concórdia. Temos um grande apoio por parte da direção e dos colegas da escola. Há uma grande expectativa e receptividade de todos para o desenvolvimento do projeto com canções e poemas.

Localização

O Colégio Estadual Arnaldo Faivro Busato – Ensino Fundamental e Médio (código 0675), está localizado na avenida Jacinto Ferri s/nº, Distrito de Nova Concórdia, no Município de Francisco Beltrão – Paraná (código 0850). O Colégio fica ao lado da Ferraria Maschio, da Mercearia Calegari, na saída para o Verê. Há uma linha de ônibus que faz o transporte entre Francisco Beltrão / Verê, passando em frente ao Colégio, onde existe um ponto de ônibus. O Colégio fica no final do Distrito, em frente a rodovia 475 (Francisco Beltrão – Verê).

Apresentação:

Promover atividades de formação leitora por meio de oficinas de práticas de leitura com gêneros discursivo-textuais da esfera literária, a fim de que os adolescentes conheçam e se apropriem de estratégias de leitura e percebam o ato de ler como fonte de prazer, aprendizagem, comunicação, interação, além de um recurso importante para o processo de ressocialização, sendo assim, apresenta-se aqui a proposta de projeto de pesquisa do /PDE. O gênero canção/poema em foco no trabalho com a língua portuguesa, da área de Língua Portuguesa. O projeto tem como proposta trabalhar com alunos do ensino fundamental, focalizando a atividade de leitura, análise linguística e a produção dos gêneros textuais discursivos canção e poema. Partindo do pressuposto de que toda a atividade linguística, na modalidade oral ou escrita, realiza-se por meio de práticas discursivas, a escola deve preocupar-se não apenas com o processo ensino-aprendizagem, mas também com a formação integral do indivíduo. A partir das discussões sobre os diferentes gêneros textuais é que se optou por trabalhar com o gênero Canção/Poema neste projeto, aplicado à área de linguística e língua portuguesa. Dentro do gênero indicado, por meio de diversas atividades de leitura, oralidade e escrita, serão analisados o conteúdo temático, o estilo/forma, a estrutura composicional do gênero, as marcas linguísticas, os modalizadores, os operadores argumentativos, a coesão, a coerência, entre outros. Por meio do trabalho com o gênero canção e poema, pretende-se que o aluno observe e reflita sobre a linguagem, quanto às suas funções: referencial, emotiva, conativa e poética, quanto à possibilidade de reprodução, recuperação e recriação da realidade na poesia e na música. Espera-se que, com este trabalho, os alunos possam realizar um exercício de leitura, compreensão, interpretação crítica, análise e escrita que os levem a uma autonomia em relação à palavra escrita.

Palavras-chave. Gêneros, canção, poema; leitura; análise linguística.

1- APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO E SELEÇÃO DO GÊNERO TEX TUAL

1.1 O GÊNERO CANÇÃO/POEMA EM FOCO

INTRODUÇÃO O trabalho sugerido será com sequência didática, um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero discursivo oral ou escrito, permitindo a elaboração de contexto de produção de forma precisa, por meio de atividades e exercícios múltiplos e variados. Esse tipo de atividade tem a finalidade de praticar com os alunos as diversas linguagens e instrumentos que desenvolvam suas capacidades de expressão oral e escrita em diversas situações de comunicação (Dolz & Schneuwly 2004). Para o trabalho com os gêneros do discurso canção e poema, preparamos uma sequência didática com atividades planejadas a partir de uma situação inicial, em que os adolescentes demonstrarão seus conhecimentos prévios sobre os textos, bem como suas dificuldades. Depois de detectadas as dificuldades e as dúvidas, serão desenvolvidas atividades com o propósito de levar o aluno a conhecer os gêneros trabalhados, bem como a interagir com eles. Nesta proposta pretendemos desenvolver atividades com os gêneros discursivos canção e poema. Acreditamos que os adolescentes terão a oportunidade de desenvolver as habilidades de leitura: fazer inferências levando em consideração o conhecimento prévio que têm sobre o assunto; ler com o objetivo estabelecido; perceber os elementos que compõem a estrutura desenvolvendo procedimentos de leitura e escrita.

Atividade 1 – Consiste somente em criar e estabelecer um clima eficaz para a comunicação e conseguir manter e chamar a atenção do aluno para a atividade a ser realizada, em seguida, sobre o gênero canção: O professor ouvirá e se possível cantará com os alunos a música “Sabiá”, de Geraldo Azevedo, como forma de descontração no início da aula. Os alunos ouvirão a gravação da canção e terão a imagem exposta de um quadro ou foto de um sabiá para dela selecionar o que lhe representa juntamente com a mensagem da letra da música. Na sequência, cada grupo deverá apresentar as impressões selecionadas e explicar oralmente. Eles serão convidados a escreverem sobre o que sentiram em um poema. Para que eles realizem esta atividade será necessário conversar sobre as diferenças, as impressões retiradas a partir da escuta da canção, o que eles sentiram, o que eles pensam sobre poema e música, qual a noção dada até hoje sobre Canção e poema, para eles possam ter segurança em fazer o que será seu primeiro rascunho. Será entregue aos alunos uma cópia da letra da música no início do exercício que servirá também para leitura e interpretação oral, a partir das questões abaixo:

Geraldo Azevedo Composição: Luiz Gonzaga / Zé Dantas A todo mundo eu dou "Psiu" (Psiu! Psiu! Psiu!) Perguntando por meu bem (Psiu! Psiu! Psiu!) Tendo o coração vazio Vivo assim a dá "Psiu" Sabiá vem cá também... A todo mundo eu dou "Psiu" (Oh! Psiu!) Perguntando por meu bem (He! Psiu!) Tendo o coração vazio Vivo assim a dá "Psiu" Sabiá vem cá também... Tu que andas pelo mundo (Sabiá!) Tu que tanto já vôou (Sabiá!) Tu que cantas Passarinho! (Sabiá!) Alivia a minha dor... Tem pena d'eu (Sabiá!) Diz por favor (Sabiá!) Tu que cantas Passarinho! (Sabiá!) Alivia a minha dor (Sabiaaaaaaaá!)... A todo mundo eu dou "Psiu" (Psiu! Psiu! Psiu!) Perguntando por meu bem (Psiu! Psiu! Psiu!) Tendo o coração vazio Vivo assim a dá "Psiu" Sabiá vem cá também... A todo mundo eu dou "Psiu" (Eh! Psiu!) Perguntando por meu bem (Oh! Psiu!) E tendo o coração vazio Vivo assim a dá "Psiu" Sabiá vem cá também... Tu que andas pelo mundo (Sabiá!) Tu que tanto já vôou (Sabiá!) Tu que cantas Passarinho! (Sabiá!) Alivia a minha dor... Tem pena d'eu (Sabiá!) Diz por favor (Sabiá!) Tu que cantas

Passarinho! (Sabiá!) Alivia a minha dor (Sabiá!)... Tem pena d'eu Diz por favor Tu que tanto anda no mundo Onde anda meu amor? Oh! oh!... Tem pena d'eu (Sabiá!) Diz por favor (Sabiá!) Tu que falas Passarinho! (Sabiá!) Alivia a minha dor (Sabiá!)... Tem pena d'eu (Sabiá!) Diz por favor (Sabiá!) Tu que cantas Passarinho! (Sabiá!) Alivia a minha dor (Sabiaaaaaaaá!)...

1) Qual é o tema da letra da música? 2) O “eu lírico” do poema insistentemente chama o sabiá por quê? Por que

não chama outro pássaro? 3) Em que época do ano os sabiás costumam cantar mais? 4) Por que os versos são tão curtos? 5) Procure imaginar uma situação em que esta canção poderia ser cantada

e quem a cantaria. 6) Há rimas nesta canção? 7) No início da canção os verbos fazem referência a quem? Estes verbos

representam uma ação, transformação ou mudança do eu lírico? O que representam?

8) Os verbos que fazem referência ao sabiá representam uma ação , transformação ou mudança ?

9) Durante a canção há uma mudança de verbos. Que mudança é essa? O que se quer representar?

A Criação de Sabiás (Uma pequena informação para que nossos alunos conheçam os sabiás.)

Vamos falar sobre a criação de sabiás. Embora haja inúmeras outras formas, vamos nos restringir à espécie que consideramos a mais popular e a mais cultivada pelos passarinheiros, o sabiá laranjeira (Turdus rufiventris). Conhecido também como sabiá peito-roxo, sabiá gongá, sabiá vermelha, e sabiá amarelo. O macho pode ser o sabiá ou a sabiá, tanto faz. Sem dúvida, são dos melhores cantores que existem em todo o mundo. Foi motivo - com muito merecimento - de inspiração para renomados poetas elaborarem seus famosos versos, como escreve Gonçalves Dias "minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá - as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá" e nosso poeta e músico maior, Chico Buarque "vou voltar para o meu lugar - e é lá - que eu hei de ouvir cantar - uma sabiá" São belos pássaros de médio tamanho cerca de 25 cm e por isso precisam de gaiolas e viveiros adequados para poderem sobreviver com plena saúde. A grande maioria dos passarinheiros que os mantém não costumam levá-los para passear como os bicudos, coleiros e curiós. O sabiá tem muita dificuldade em adaptar-se em ambientes estranhos, não se acostuma facilmente com objetos diferentes, a gaiola é muito grande e por isso é desaconselhável retirá-lo de locais daonde está ambientado. Além do que, uma vez assustado bate a cabeça nas hastes e nos ponteiros das gaiolas e chega a se ferir gravemente e cada vez com mais intensidade, e se matar se não for socorrido em tempo. Para evitar isso, é bom que se coloque uma proteção de pano ou papel nos lados da gaiola para que ele se acomode melhor. Não há torneio de canto para esses pássaros, na realidade ficam restritos a conviver na residência dos mantenedores. Muita pessoas - 20% dos lares brasileiros tem aves - querem tê-los perto de si e escutar o seu canto mavioso, é proibido capturar na natureza, então procriá-los em larga escala é única solução para atender a demanda. Temos que ser realistas e deixar de poesia, produzir domesticamente pássaros não é falar ou dizer é praticar efetivamente a preservação. Nada como ter-se o prazer de criar uma vida nova e é uma obrigação que temos, a de preservar de todas as formas possíveis os nossos pássaros nativos, os nossos pássaros autenticamente brasileiros. Se forem pássaros mansos e acomodados, especialmente a fêmea, reproduzem com muita facilidade em ambientes domésticos, dessa forma poderemos conseguir preservar os dialetos de canto de mais qualidade, esse é o principal estímulo. A Portaria 118 do IBAMA, está aí para possibilitar criadouros comerciais e incrementar a reprodução doméstica, ganhar dinheiro de uma forma gratificante e fazer o que gosta, como é bom. Nos dias de hoje, para nossa sorte e surpresa a população da sabiá laranjeira - à medida da cessação/diminuição da caça predatória - tem aumentado muito, especialmente nas grandes cidades. A degradação das densas florestas, por incrível que pareça, tem favorecido a reprodução na natureza dos sabiás laranjeiras que apreciam florestas ralas e esparsadas. (http://www.saudeanimal.com.br/sabia.htm)

2- RECONHECIMENTO DO GÊNERO

Atividade 2 -

a) O professor conversará com os alunos e fará a questões abaixo, se preferir, poderá fazê-las somente na oralidade, com exceção das que necessitam de registro escrito.

1) Você concorda com este dito popular? 2) Você costuma ouvir músicas? 3) Qual é o seu estilo de música/Canção? Cantor? 4) Quando você costuma ouvir música? O que sente? Você costuma prestar atenção às letras de

música? Qual o verso mais poético que já ouviu em uma canção? 5) Pense em um Hit do momento, em uma canção bem conhecida. Escute-a e procure pensar em

seus elementos: letra, ritmo, instrumentos, desempenho vocal do artista, etc. Tente formular hipóteses para explicar por que essa canção faz tanto sucesso.

6) Qual é a sua canção preferida no momento? Qual é a música que mais marcou sua vida? Escreva um trecho da letra.

b) Após esta investigação inicial, apresentaremos um texto informativo sobre como as músicas são produzidas:

Há muito se debate sobre o assunto. É uma questão em aberto, pois os formatos de uma e outro são semelhantes e existem recursos ( versos, métricas, rimas) compartilhados por ambos os gêneros. Boa parte dos estudiosos acha que não devemos confundir poema com letra de música. Eles argumentam que não é possível tirar a melodia da canção e ficarmos só com a sua letra, pois sempre faltaria um pedaço. Letra de música e poema seriam então dois gêneros distintos. Outros pesquisadores acham que todo poema traz em si um prenúncio de musicalidade, já que ao lê-lo, mesmo em silêncio, sentimos sempre um ritmo e uma melodia. Letra de musica e poema seriam, portanto, gêneros irmãos. Um terceiro grupo de estudiosos acha que depende: há letra de música que se sustenta sozinha, é poema; e há letra que fica apenas no papel, precisa de melodia. E Você o que acha? Letra de Canção pode ser considerada poema ou não? Na verdade não basta ter uma letra inteligente e uma melodia. A boa Canção necessita que essa união seja perfeita, redonda, absoluta. A letra deve complementar a melodia e vice-versa. Como goiabada com queijo. Como namoro com beijo.

(Gabriela Rodela de Oliveira, Português, A arte da palavra, pag.212)

Atividade 3 Os alunos deverão realizar uma pesquisa, para ser apresentada em sala de aula: Procure em casa, na internet ou com amigos, duas gravações da mesma canção, com intérpretes diferentes. Se for possível, compare versões gravadas ao vivo e em estúdio, também vídeos para fazermos a leitura visual de diferentes versões da mesma música. Depois de ouvi-las, verifique:

1) A melodia permaneceu a mesma? 2) Houve mudança no andamento da canção? Ela foi cantada mais rápido ou mais

lentamente? 3) O que cada intérprete acrescenta à canção:

a) Há palavras que ganham mais destaques? b) Há notas que são mais alongadas ( como em “vocêêêê é algo assiiiiiimmm”)?

4) Nas músicas ao vivo, a presença do público interferiu na interpretação da canção? 5) Qual das versões você prefere?

Conversa com o(a) professor(a):

O gênero canção corresponde a um texto escrito em verso ou em prosa literária, destinado ao canto.É um gênero híbrido (litero-musical). Diferente da música que corresponde à combinação de sons que

produz melodia, através de instrumento musical. A canção é uma combinação de duas linguagens:

verbal e musical. As canções também podem ser composições musicais sem letra, recebendo o nome de canção instrumental ou “canção à capela”. (fonte: pt:wikipédia.org) De modo geral a maioria das canções populares e composta de uma, duas ou três parte principais seguidas de um refrão. A estrutura da letra de uma música é bastante semelhante à de um poema. Como um poema, a letra

da Canção é composta de versos, que correspondem a cada linha de uma canção. Os versos são

então agrupados em estrofes e entre cada uma delas há sempre o espaço de uma linha vazia.

Quando uma estrofe ou um par de versos idênticos se repete ao longo da canção, temos um Refrão ou Estribilho . Há que se pensar também que uma boa canção tem que ter sim uma boa Melodia

para acompanha-la, aí sim é sucesso na certa. 3- Leitura de Textos do Gênero

Atividade 4 – Leitura de Canções/Poemas.

A professora distribui para cada grupo duas ou três canções/poemas diferentes, as quais ilustram semelhanças com o(s) (a(s)) canção(s)/poema(s) que serão apresentados/selecionados que são “Majestade o Sabiá” e

“Canção do Exílio” . Os grupos trocam os textos entre si, até que todos tenham lido. A atividade tem o propósito de familiarizar os alunos com a forma e a linguagem do gênero, além de ampliar o seu repertório.

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar –sozinho, à noite– Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ficha TecnicaAula.html?aula=10455

(Obs para o professor: você deverá saber que este poema so está aqui para que o aluno saiba em qual poema os escritores sequintes se basearam para fazerem os seus, pois ele será usada numa outra tarefa na sequência.)

Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de São Paulo

1) Pesquise:

a) Palmares b) Gorjear

2) Que significados dão essas palavras ao poema?

3) Qual é a diferença entre gorjear e cantar?

http://www.releituras.com/oandrade_canto.asp

José Oswald de Sousa de Andrade Nogueira (São Paulo, 11 de janeiro de 1890 — São Paulo, 22 de outubro de 1954) foi um escritor, ensaísta e dramaturgo brasileiro. Foi um dos promotores da Semana de Arte Moderna que ocorreu 1922 em São Paulo, tornando-se um dos grandes nomes do modernismo literário brasileiro.

http://pt.wikipedia.org

Se eu tenho de morrer na flor dos anos Meu Deus! não seja já; Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde, Cantar o sabiá! Meu Deus, eu sinto e tu bem vês que eu morro Respirando este ar; Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo Os gozos do meu lar! O país estrangeiro mais belezas Do que a pátria não tem; E este mundo não vale um só dos beijos Tão doces duma mãe! Dá-me os sítios gentis onde eu brincava Lá na quadra infantil; Dá que eu veja uma vez o céu da pátria, O céu do meu Brasil! Se eu tenho de morrer na flor dos anos Meu Deus! não seja já! Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde, Cantar o sabiá! Quero ver esse céu da minha terra Tão lindo e tão azul! E a nuvem cor-de-rosa que passava Correndo lá do sul!

Quero dormir à sombra dos coqueiros, As folhas por dossel; E ver se apanho a borboleta branca, Que voa no vergel! Quero sentar-me à beira do riacho Das tardes ao cair, E sozinho cismando no crepúsculo Os sonhos do porvir! Se eu tenho de morrer na flor dos anos, Meu Deus! não seja já; Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde, A voz do sabiá! Quero morrer cercado dos perfumes Dum clima tropical, E sentir, expirando, as harmonias Do meu berço natal! Minha campa será entre as mangueiras, Banhada do luar, E eu contente dormirei tranqüilo À sombra do meu lar! As cachoeiras chorarão sentidas Porque cedo morri, E eu sonho no sepulcro os meus amores Na terra onde nasci! Se eu tenho de morrer na flor dos anos, Meu Deus! não seja já; Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde, Cantar o sabiá! http://www.mundocultural.com.b r/index.asp?url=http ://www.mundocultural.com.br/literatura1/romantismo/casimiro.htm

1) Qual o significado da expressão “flor dos anos do primeiro verso? 2) E na expressão “morro respirando este ar” como pode ser interpretada, observando o

contexto?

Minha terra não tem palmeiras... E em vez de um mero sabiá, Cantam aves invisíveis Nas palmeiras que não há.

Casimiro José Marques de Abreu (Capivary, 4 de janeiro de 1839 — Nova Friburgo, 18 de outubro de 1860) foi um poeta brasileiro da segunda geração romântica.

http://pt.wikipedia.org

Mário de Miranda Quintana[1]

(Alegrete, 30 de julho de 1906 —

Porto Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poeta, tradutor e jornalista

brasileiro

http://pt.wikipedia.org

Minha terra tem relógios, Cada qual com sua hora Nos mais diversos instantes... Mas onde o instante de agora?

Mas onde a palavra "onde"? Terra ingrata, ingrato filho, Sob os céus da minha terra Eu canto a Canção do Exílio! http://bluesepoesia.spaceblog.com.br/218884/Uma-cancao-Mario-Quintana

1) Há alguma expressão que o significado não ficou claro para você?

2) Releia O Poema Canção do Exílio e observe: semelhanças e diferenças e junte com se colega e comente.

Minha Dinda tem cascatas Onde canta o curió Não permita Deus que eu tenha De voltar pra Maceió. Minha Dinda tem coqueiros Da Ilha de Marajó As aves, aqui, gorjeiam Nào fazem cocoricó. O meu céu tem mais estrelas Minha várzea tem mais cores. Este bosque reduzido deve ter custado horrores. E depois de tanta planta, Orquídea, fruta e cipó, Não permita Deus que eu tenha De voltar pra Maceió. Heliporto e tem jardim. Minha Dinda tem piscina, feito pela Brasil's Garden: Não foram pagos por mim. Em cismar sozinho à noite sem gravata e paletó Olho aquelas cachoeiras Onde canta o curió. No meio daquelas plantas Eu jamais me sinto só.

Não permita Deus que eu tenha De voltar pra Maceió. Pois no meu jardim tem lagos Onde canta o curió E as aves que lá gorjeiam São tão pobres que dão dó. Minha Dinda tem primores De floresta tropical. Tudo ali foi transplantado, Nem parece natural. Olho a jabuticabeira dos tempos da minha avó. Não permita Deus que eu tenha De voltar pra Maceió. Até os lagos das carpas São de água mineral. Da janela do meu quarto Redescubro o Pantanal. Também adoro as palmeiras Onde canta o curió. Nào permita Deus que eu tenha De voltar pra Maceió. Finalmente, aqui na Dinda, Sou tratado a pão-de-ló. Só faltava envolver tudo Numa nuvem de ouro em pó. E depois de ser cuidado Pelo PC, com xodó, Não permita Deus que eu tenha De acabar no xilindró.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=10455

José Eugênio Soares

(Rio de Janeiro, 16 de

janeiro de 1938),

mais conhecido como

Jô Soares ou

simplesmente Jô, é

um humorista,

apresentador de

televisão, escritor,

artista plástico,

dramaturgo, diretor

teatral, músico e ator

brasileiro.

http://pt.wikipedia.org

1) Você conhece a expressão “Casa da Dinda”? O que significa DINDA?

2) Você conhece o Curió? 3) Releia os textos anteriores e faça um

levantamento de semelhanças e diferenças. Destaque principalmente qual é mais formal, qual é mais humorístico.

Um sabiá na palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto. O céu cintila sobre flores úmidas. Vozes na mata, e o maior amor. Só, na noite, seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe. Onde tudo é belo e fantástico, só, na noite, seria feliz. (Um sabiá, na palmeira, longe.) Ainda um grito de vida e voltar para onde tudo é belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe. http://www.ufrgs.br/proin/versao_1/exilio/index07.html

1) Você acha que quem escreveu esta poesia leu uma das anteriores?

2) Qual delas e por quê?

Vou voltar Sei que ainda vou voltar Para o meu lugar Foi lá e é ainda lá Que eu hei de ouvir cantar Uma sabiá Vou voltar Sei que ainda vou voltar Vou deitar à sombra De um palmeira Que já não há Colher a flor Que já não dá E algum amor Talvez possa espantar As noites que eu não queira E anunciar o dia Vou voltar Sei que ainda vou voltar Não vai ser em vão Que fiz tantos planos De me enganar Como fiz enganos De me encontrar Como fiz estradas De me perder Fiz de tudo e nada De te esquecer Vou voltar Sei que ainda vou voltar E é pra ficar Sei que o amor existe Não sou mais triste E a nova vida já vai chegar E a solidão vai se acabar E a solidão vai se acabar. http://letras.terra.com.br/chico-buarque/86043/

Carlos Drummond de

Andrade (Itabira, 31

de outubro de 1902 —

Rio de Janeiro, 17 de

agosto de 1987) foi

um poeta, contista e

cronista brasileiro.

http://pt.wikipedia.org

1) Apesar deste texto ser uma música, quais as semelhanças que se destacam em relação aos textos anteriores? 2) Em todos os textos aparece o sabiá, menos em um. Você acha que a escolha foi proposital? Por quê?

4 - Leitura e interação com o texto:

Atividade 5: - Como cada autor dos textos (poemas, canções), aborda o sentimento liberdade? - Qual o papel social que cada canção apresenta em cada texto e em cada época? - Quem as escreveu? E como a canção/poesia/ materializam-se em termos de texto?

- Baseando-se nos conhecimentos adquiridos pelos alunos, eles deverão retomar o seu primeiro rascunho e melhorá-lo, observando os itens a seguir: - rima - expressão de sentimento ou emoção - organização de estrofes e os versos - figuras de linguagem - a pontuação - ortografia Alguns textos poderão ser selecionados para serem publicados no blog http://profeelizane.blogspot.com b) Após terminada a tarefa com os textos, podemos sugerir aos alunos que façam um MURAL com imagens/textos/poemas/músicas que mais signifiquem ou transmitam a palavra LIBERDADE, OU OS DIFERENTES TIPOS DE LIBERDADE significadas para eles.

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8

de dezembro de 1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista,

cantor, arranjador e violonista brasileiro. / Francisco Buarque de Hollanda (Rio de Janeiro, 19 de

junho de 1944), mais conhecido como Chico Buarque ou ainda Chico Buarque de Hollanda, é um

músico, dramaturgo e escritor brasileiro. http://pt.wikipedia.org

Conversa com o Professor!

AQUI NESSA ATIVIDADE PODERIA-SE SOLICITAR AO ALUNO QUE ENCONTRE NOS POEMAS ELEMENTOS QUE CONHECE (Ritmo, melodia, a repetição, tipo de linguagem mais concisa, mais informal, estilo musical ou poético,etc.) . O aluno deverá fazer anotações em seu caderno para poder realizar a atividade seguinte. TAMBÉM ELEMENTOS QUE FAZEM PARTE DA HISTÓRIA DO BRASIL, QUE ESTÃO PRESENTES NO SEU DIA A DIA, PARA QUE ASSIM ELE PERCEBA QUE A INTERTEXTUALIDADE É UMA FORMA DE RECUPERAR ALGO, MAS TAMBÉM DE CONTEXTUALIZAR O FATO ATUAL EM ALGO QUE JÁ ACONTECEU, JÁ FOI CONTADO, CANTADO, SENTIDO.

5 - Análise do plano global e da estrutura composic ional

? COMO VÃO? TUDO BEM? SOU O PONTO DE INTERROGAÇÃO. SIRVO PARA FAZER PERGUNTAS.

! OH! AH! VIVA! BRAVO! QUE PÚBLICO MARAVILHOSO! SOU O PONTO DE EXCLAMAÇÃO. GOSTO DE ADMIRAR TUDO. MAS SIRVO TAMBÉM PARA INDICAR MEDO, ESPANTO E SURPRESA.

. SOU O PONTO FINAL. VENHO NO FIM DA FRASE, PARA INDICAR QUE ELA ACABOU.

, EU SOU A VÍRGULA. MINHA FUNÇÃO É INDICAR UMA PEQUENA PAUSA NA LEITURA, OU SEPARAR PALAVRAS, FRASES E EXPRESSÕES.

; NÓS FORMAMOS UM CASALZINHO SIMPÁTICO. SOMOS O PONTO E VÍRGULA. INDICAMOS UMA PAUSA MAIOR QUE A VÍRGULA.

: SOMOS GÊMEOS. SOMOS OS DOIS PONTOS. INDICAMOS UMA PAUSA MAIOR QUE A DO PONTO E VÍGULA. SOMOS EMPREGADOS TAMBÉM ANTES DE UMA CITAÇÃO OU ENUMERAÇÃO.

- SOU O TRAVESÃO. SIRVO PARA INDICAR O DIÁLOGO ENTRE AS PESSOAS E DESTACAR UMA PALAVRA OU EXPRESSÃO.

( ) SOMOS OS PARÊNTESES. SERVIMOS PARA SEPARAR PALAVRAS OU EXPRESSÕES NA FRASE PARA CHAMAR A ATENÇÃO OU DAR UMA EXPLICAÇÃO.

. ! ? : _ , A todo mundo eu dou Psiu Psiu Psiu Psiu Perguntando por meu bem Psiu Psiu Psiu Tendo o coração vazio Vivo assim a dá Psiu Sabiá vem cá também A todo mundo eu dou Psiu Oh Psiu Perguntando por meu bem He Psiu Tendo o coração vazio Vivo assim a dá Psiu Sabiá vem cá também Composição: Luiz Gonzaga / Zé Dantas

(Gabriela Rodela de Oliveira, Português, A arte da palavra)

A repetição de palavras numa certa ordem dentro de um verso é um recurso poético muito usado pelos

poetas/cantores.

Leia o poema abaixo:

As coisas são

As coisas vêm

As coisas vão

As coisas

Vão e vêm

Não em vão

As horas

Vão e vêm

Não em vão

Oswald de Andrade

Como você viu, a repetição de palavras pode acontecer de maneiras variadas.

Às vezes, ela acontece sempre na mesma posição, por exemplo, no começo dos versos. No poema

“Relógio”, é isso que acontece com “As coisas”. A repetição dessas palavras ajuda a criar o ritmo do poema

e marca nossa leitura.

Outra repetição comum na poesia é a de versos inteiros, tal como acontece com “Vão e vêm/ Não

em vão”. A repetição desses versos sugere o ritmo das horas, que passam no dia, o ritmo do tempo

marcado pelo relógio.

1. Escreva em seu caderno as palavras que se repetem nos

quatro primeiros versos do poema?

2. Quais são as palavras que se repetem nos últimos cinco

versos do poema?

3. Essas repetições têm muito a ver com o título do poema.

Por que você acha que o poema se chama “Relógio”?

Portanto, além de ajudar a construir o ritmo do poema, a REPETIÇÃO pode reforçar as ideias, que

voltam a ser retomadas.

Agora, leia este poema de Heitor Ferraz.

Nunca diga

o que eu digo.

se eu digo

“esta flor é vermelha”,

diga:

“esta flor é amarela”

se eu digo:

“não arranque esta flor”,

diga:

“vou arrancar esta flor”

se eu digo:

“cuidado com os espinhos”

diga:

“não ligo para os espinhos”.

não diga

o que eu digo,

por isso

não poderá dizer:

“esta flor é amarela”

“vou arrancar esta flor”

Veja como a estrutura “Se eu digo...” “diga...” se

repete nas três primeiras estrofes, causando um efeito

poético.

Esse tipo de repetição de uma estrutura chama-

se Paralelismo. Consiste na repetição de palavras,

expressões ou estruturas sintáticas em um texto.

“não ligo para os espinhos”

pois quem disse fui eu e não você.

então, agora, o que tem a me dizer?

Heitor Ferraz

Havia um pernilongo

chamado Lino

que tocava violino.

mas era tão pequenino

o Lino e tocava tão fino

o seu violino,

que nunca ouvi o Lino

nem vi o Lino.

José Paulo Paes.

Vozes veladas, veludosas vozes,

volúpias dos vilões, vozes veladas,

vagam nos velhos vórtices velozes

dos ventos, vivas, vans, vulcanizadas.

Cruz e Souza.

4. Leia em voz alta o poema acima e discuta com o seu colega.

a. Entre todas as vogais do poema, uma delas é repetida com

insistência. Qual é ela?

b. Por que o poeta escolheu repetir o som dessa vogal no poema?

c. Além da repetição da vogal, há um jogo sonoro de palavras no poema.

Qual?

A repetição da mesma vogal nos versos de um poema é chamada de

assonância. São as vogais que fazem a melodia do poema. Como vimos,

essa repetição pode ajudar a dar sentindo ao poema, a sugerir imagens e a

provar sensações no leitor.

5. Leia em voz alta os versos acima e discuta com um colega.

a. Qual a consoante que mais se repete nos versos de Cruz e

Souza?

b. O que a repetição da consoante parece imitar?

6. Escreva em seu caderno um verso que poderia se encaixar

sonoramente no trecho acima.

A repetição das consoantes com o mesmo som é um

recurso poético chamado de aliteração. Se a assonância

ajuda a construir a melodia do poema, a aliteração reforça o seu

ritmo.

O uso da aliteração também ajuda a reforçar o sentido do

poema. Um poema repleto de erres pode ser mais rasgado, mais

agressivo; poemas com muitos erres soam mais suaves; poemas

(Gabriela Rodela de Oliveira, Português, A arte da palavra)

São recursos muito importantes na poesia, pois ajudam a jogar com as palavras e assim expressar como veem e oque lhes provoca o mundo ao seu redor:

Quando mencionamos os animais ou as coisas como se eles fossem pessoas:

“Por que choram tanto as nuvens

E cada vez são mais alegres?”( Pablo Neruda)

1) O que, no poema, chora e fica mais alegre, como se fosse uma pessoa?

Nela geralmente há alguma palavra que indica a relação entre o que estamos comparando, que pode ser como tal, qual, feito ou mesmo mais de uma palavra: assim como, tal qual.

“E uma palavra não se arrasta

Às vezes como uma serpente?” ( Pablo Neruda)

1) O que está sendo comparado a uma serpente?

Usamos uma metáfora quando substituímos uma palavra por outra que tenha com a primeira alguma semelhança de sentido. De modo simples, dizemos que fazemos uma espécie de comparação sem usar a expressão “como” ou similar.

“Por que o chapéu da noite

Voa com tantos buracos?”( Pablo Neruda)

1) Se a noite é um chapéu, o que seriam os buracos no chapéu da noite?

6 - Definindo a Canção/Poema:

Formule agora um conceito para esse(s) gênero(s) textual(is):

Poema é_____________________________________________________________

Canção é _____________________________________________________________

Poema- estrutura composta por estrofes, versos, rimas. Poesia- texto com expressões de sentimentos e emoções, na qual há enunciação do "eu lírico". Para memorizar: Poema- forma Poesia- massa do bolo No poema, que se faz a poesia.

Canção - um texto curto, cantado, formado pela relação entre letra e música, dividido em partes, constituídas por versos, organizados em estrofes. É mais uma questão de estilo. Canção é mais usado no sentido poético, música, no sentido geral e na prosa. No sentido geral, a definição de canção e de música no dicionário é: Canção = Designação comum a diversos tipos de composição musical popular ou erudita para ser cantada. Música = Qualquer composição musical.

Atividade 6 – Descobrindo significados

Procure no dicionário alguns significados da palavra Canção, Poema, Música, Poesia.

a)_____________________________________________________________________

b)____________________________________________________________________

c) ____________________________________________________________________

d) ____________________________________________________________________

e) ____________________________________________________________________

Conversa com o professor:

A professora solicita aos alunos que apontem, oralmente, características comuns a todos os textos lidos. O professor poderá fazer perguntas que chamem atenção para:

- Ritmo, melodia, a repetição (paralelismo, refrão, ), na canção ou poema, tipo de linguagem mais concisa, mais informal, estilo musical ou poético. Papel do refrão nas canções ou das repetições no poema. A relação temática e o ritmo das canções ou poemas. Melodia ou tendência musical. Frases curtas, linguagens mais simples, coloquial, presença ou não de sequência narrativa. O papel dos elementos linguísticos-discursivos tais como: sentenças informais, vocabulário empregado, uso dos verbos. Conjunções no texto, Figuras de linguagem. Estrutura das canções e dos poemas.

7- SELEÇÃO DE UMA AMOSTRA DO GÊNERO

Meus pensamentos tomam forma e eu viajo Eu vou prá onde Deus quiser Um video tape que dentro de mim Retrata todo meu inconsciente De maneira natural Ah! tô indo agora prá um lugar todinho meu Quero uma rede preguiçosa prá deitar Em minha volta sinfonia de pardais Cantando para a majestade, o sabiá A majestade , o sabiá Tô indo agora tomar banho de cascatas Quero adentrar nas matas onde oxossi é o deus Aqui eu vejo plantas lindas e cheirosas Todas me dando passagem

Perfumando o corpo meu Ah! tô indo agora prá um lugar todinho meu Quero uma rede preguiçosa prá deitar Em minha volta sinfonia de pardais Cantando para a majestade, o sabiá A majestade , o sabiá Esta viagem dentro de mim foi tão linda Vou voltar à realidade prá este mundo de Deus É que o meu eu este tão desconhecido Jamais será traído pois este mundo sou eu Ah! tô indo agora prá um lugar todinho meu Quero uma rede preguiçosa prá deitar Em minha volta sinfonia de pardais Cantando para a majestade, o sabiá

Contexto de produção, função social e formato do gênero

Canção

Canção Majes tade o Sabiá

a) Quem produziu essa Canção? b) Onde e quando nasceu este(a) escritor(a)?

c) Sobre o que mais tematizavam(am) as suas canções?

d) Em que período literário foi publicado? e) Quais as características deste período literário? O que o torna diferente dos demais?

f) Em qual veículo ela pode ter circulado? g) Por que foi produzida? h) Para quem foi produzida? i) Que imagem o autor tem do(s) destinatário(s)?

j) A qual assunto(s) se refere? k) Tais assunto(s) são comuns? Por quê? l) Qual a posição social do autor, ou seja, qual a sua profissão? É possível descobrir?

m) Que efeito o autor pretende provocar no leitor?

n) Qual o conteúdo temático? o) Qual o suporte? p) Que marcas há no texto que o faz reconhecê-lo como Canção?

q) Há no texto marcas que o aproximam ou identificam como poema também?

Roberta Miranda, nome artístico de Maria Albuquerque

Miranda, (João Pessoa, 28 de setembro de 1956) é uma

cantora brasileira de música sertaneja.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberta_Miranda

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar –sozinho, à noite– Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ficha TecnicaAula.html?aula=10455

Antônio Gonçalves Dias

10/08/1823, Caxias (MA) 03/11/1864, naufrágio do navio Ville de Boulogne, Atins (MA)

Aluno de Direito em Coimbra a partir de 1840, Gonçalves Dias

foi colega dos principais escritores da primeira fase do

Romantismo português. Inspirado por essa convivência e a

saudade da pátria, escreveu a "Canção do Exílio" - poema que

se tornou tão célebre que alguns de seus versos são citados no

Hino Nacional brasileiro. Orgulhoso do fato de ser descendente

de brancos, índios e negros, seu pai era o comerciante

português João Manuel Gonçalves Dias, e a mãe, Vicência

Ferreira, mestiça.

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u187.jhtm

Contexto de produção, função social e formato do gênero

Poema

Poema Canção do Exílio

a) Quem produziu esse Poema? b) Onde e quando nasceu este escritor?

c) Sobre o que mais tematizavam os seus poemas?

d) Em que período literário foi publicado? e) Quais as características deste período literário? O que o torna diferente dos demais?

f) Em qual veículo ela pode ter circulado? g) Por que foi produzida? h) Para quem foi produzida? i) Que imagem o autor tem do(s) destinatário(s)?

j) A qual assunto(s) se refere? k) Tais assunto(s) são comuns? Por quê? l) Qual a posição social do autor, ou seja, qual a sua profissão? É possível descobrir?

m) Que efeito o autor pretende provocar no leitor?

n) Qual o conteúdo temático? o) Qual o suporte? p) Que marcas há no texto que o faz reconhecê-lo como Poema?

q) Há no texto marcas que o aproximam ou identificam como canção também?

8 - Produção e Reescrita de Textos

Após as atividades feitas e os estudos sobre Canção e Poema, propomos aos alunos a elaboração de uma PARÓDIA do Poema Canção do Exílio

A paródia tem como elemento principal, na maioria das vezes, a comédia, ou seja, a partir da

estrutura de um poema, música, filme, obras de arte ou qualquer gênero que tenha um

enredo que possa ser modificado. Mantém-se o esqueleto, isto é, características que

remetam à produção original, como por exemplo, o ritmo – no caso de canções – mas

modifica-se o sentido. Com cunho, em muitos casos, cômico, provocativo e/ou retratação de

algum tema que esteja em alta no contexto abordado (Brasil, mundo política, esporte, entre

outros).

http://www.infoescola.com/generos-literarios/parodia/

QUADRO DE CONSTATAÇÕES/CRITÉRIOS PARA CORREÇÃO DO TEXTO

Verificando o texto produzido Sim Não Há diálogo em seu texto? Empregou adequadamente os sinais de pontuação? Procura dar informações sobre o que aconteceu, com quem, quando aconteceu, onde, como e por quê?

Há o predomínio narrativas? Há o uso de recursos poéticos? As frases são curtas? Há o emprego de adjetivos? Os verbos estão empregados nos tempos Presente e/ou Pretéritos?

Os pronomes foram empregados ? Faz retomadas de palavras, expressões ou ideias por meio de pronomes ou outros recursos coesivos referenciais?

Corrigiu os erros de ortografia? Lembrou-se de iniciar com letra maiúscula os nomes próprios, o início de parágrafos e após o ponto final, de exclamação ou de interrogação?

Escreveu com letra legível para que todos possam entender? Encontrou um bom título para o Poema. Usou figuras de linguagem?

9- CIRCULAÇÃO DO GÊNERO NA SOCIEDADE

Feitos os textos, realizaremos então um SARAU DE POEMAS/PARÓDIAS ( cada aluno escolherá uma melodia de uma musica atual e colocará na sua paródia. Os próprios alunos formarão uma comissão para escolherem as melhores que receberão pequenos prêmios e também serão publicadas no blog http://profeelizane.blogspot.com, além de fazermos uma exposição do tipo Varal de poemas na sala de aula.

REFERÊNCIAS

BAKTHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1999.

_____. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal . São Paulo:

Martins Fontes, 2003.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quart o ciclos do

Ensino Fundamental: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.

DOLZ, Joaquim, NOVERRAZ Michele e SCHNEUWLY, Bernard. Seqüências

didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In.

Gêneros orais e escritos na escola. [Tradução e organização: Roxane Rojo e

Glaís Sales Cordeiro]. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2004.

MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão .

SP, Parábola Editorial, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica do Paraná. Curitiba: SEED, 2008.

OLIVEIRA, Gabriela Rodella de. Português: a arte da palavra , 7 º ano, 1ª ed,

São Paulo: Editora AJS Ltda, 2009.