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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEAUBRIAND
FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Prática de Leitura - Contos e Crônicas
Autor Ivanir Braz Fuzer
Escola de Atuação Escola Estadual Jorge Nacli – Ensino Fundamental
Município da escola Nova Aurora
Núcleo Regional de Educação
Assis Chateaubriand
Orientador Profª. Drª Izabel Cristina Souza Gimenez
Instituição de Ensino Superior
UNIOESTE
Disciplina/Área (entrada no PDE)
Letras
Produção Didático-pedagógica
Unidade didática
Público Alvo Alunos da 6ª série E do período vespertino
Localização Escola Estadual Jorge Nacli – Ensino Fundamental
Rua São Jorge, 376 - centro
Apresentação
A Unidade Didática irá com o tema “Leitura de Contos e Crônicas no Ensino Fundamental, tendo como título “Prática de Leitura - Contos e Crônicas.” A realização do trabalho por meio dos gêneros citados objetiva motivar os alunos para a leitura, visando superar a decodificação de textos e atingir, no mínimo, a interpretação. A metodologia será baseada nos apontamento de Cattelan (1996) onde ele estabelece uma tipificação do leitor, no qual enfatiza que, cada leitor tem uma forma de compreender o objeto lido.
Nas estratégias utilizadas devem ser utilizados textos
atraentes, que estejam inseridos no universo dos alunos, ou seja, que tratem de temas do cotidiano, do grupo onde convivem. Para levantar o tipo de texto a ser trabalhado, foi aplicado um questionário com o objetivo de tomar o conhecimento sobre as preferências dos alunos. O questionário revelou que a maioria gostaria de discutir acerca de amizade, namoro e amor. Também colocaram seus cantores preferidos: Luan Santana com a música Amar não é pecado e Nxzero com a música o que é o amor pra você. Razão pela qual as músicas e clips desses cantores serão inseridas no trabalho. Destaca-se que a intervenção pedagógica será realizada com uma turma de 6a série, turma E, do turno vespertino, da Escola Estadual Jorge Nacli – Ensino Fundamental, Nova Aurora – Paraná, Núcleo de Assis Chateaubriand.
Para desenvolver o trabalho pretendido, serão utilizados poemas, “Receita contra dor de amor” - Roseana Murray; “Minha Namorada” – Wilson Pereira; “A surpresa” - Bartolomeu Campos de Queiroz; as crônicas “Notícia da mais que amada” – Carlos Heitor Cony; “Mãe” – Rubem Braga; “Entre Amigos” – Martha Medeiros; “Procura-se um Amigo” – Vinícius de Moraes; “Meu amigo virtual” – Fátima Merigue de Mendonça; os contos: “Amizade Verdadeira” – autor desconhecido; “Era uma vez... numa terra muito distante...” Luís Fernando Veríssimo, “O velho Corado, a flor colorida e a cidade cinzenta” – Nelson Ricardo Candido dos Santos; “As plantas mágicas” – Theobaldo Miranda Santos. Ainda propõe uma leitura da tirinha da “Mafalda”, de um quadro de “Renoir” e um fragmento de “O pequeno príncipe”.
Palavras-chave Leitura, contos, crônicas, preferências
APRESENTAÇÃO
A proposta de trabalho apresentada na Unidade Didática tem como objetivo
maior a formação de leitores que consigam ampliar seus conhecimentos tornando-se
críticos e atuantes no contexto em que vivem.
Pretende-se com a Unidade Didática trabalhar com o tema “Leitura de Contos
e Crônicas no Ensino Fundamental, tendo como título “Prática de Leitura - Contos e
Crônicas.” A realização do trabalho por meio dos gêneros citados objetiva motivar os
alunos para a leitura, visando superar a decodificação de textos e atingir, no
mínimo, a interpretação.
Segundo Magda Soares (2003, p. 3)
alfabetizar no contexto atual vai muito além, chega ao letramento, pois designa práticas de leitura e escrita, não apenas funcionais, conhecidas como aquelas em que as pessoas são alfabetizadas, mas não sabem fazer uso da leitura em jornais, revistas, livros, isso se dá com a entrada da pessoa no mundo da escrita pela aprendizagem de toda a complexa tecnologia envolvida no ato de ler e escrever dentro de um contexto onde a leitura e a escrita tenham sentido e façam parte da vida do aluno.
“Letrar é mais do que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um
contexto onde a leitura e a escrita tenham sentido e façam parte da vida do aluno”
(SOARES, 2003, p. 1). Em função disso e conhecendo o nível de leitura dos alunos -
com os quais se irá trabalhar - que, em sua maioria, não passa da decodificação dos
textos, é que se pensou em realizar um trabalho que os auxiliasse a avançar nesse
processo, levando-os a também interpretar e, se possível, argumentar sobre o
assunto lido.
A metodologia será baseada nos apontamento de Cattelan (1996) onde ele
estabelece uma tipificação do leitor, no qual enfatiza que, cada leitor tem uma forma
de compreender o objeto lido.
Parafraseando João Carlos Cattelan (1996), um texto pode ser lido diversas
formas, cada leitor pode entendê-lo de uma maneira. As leituras de um texto, não
são iguais. Quando o texto é lido pela segunda vez, já é entendido de outra forma. É
possível que um leitor estabeleça para com o texto uma leitura, que não ultrapasse a
figurativização, limitando-se a caracterizar seus personagens, revendo o enredo e
fixando o desfecho. Outro pode ler este mesmo texto e perceber que os
personagens são entidades ficcionais, que são revestimento a um determinado
conteúdo. Esta leitura é mais profunda, mas não é a essencial, ainda é parcial e
problemática. Outros podem ler e servir-se dele para questionamento, reflexão
acerca do assunto lido. Esta leitura ainda não é a mais profunda, porque não passou
da verificação da realidade.
Há outros modos de se ler um texto: a tomada de posição argumentativa
frente às posturas do autor, a argumentação de posições para com outro leitor que
tiver lido o texto de forma diferente. Mas, qualquer atitude que se tenha, será pela
visão de mundo, da história de leitor, da postura política, pessoal que cada um tem.
Um leitor pode ler um texto e fazer uma leitura que não ultrapasse a mera
memorização e entendimento daquilo que está apresentado no nível superficial,
pode perceber os personagens do texto, quem influenciou quem, mas não
aprofundar seus questionamentos, sendo assim, um leitor ingênuo, vê o texto como
algo verídico, os personagens reais e particulares. Este leitor não vai além daquilo
que o texto apresenta superficialmente, a esse leitor Cattelan chama de leitor
‘decodificador’. Este leitor não percebe a temática e a argumentação que
implicitamente aparecem no texto.
O leitor intérprete perceberá que por detrás do corpo formal expresso no texto
existe uma temática, existe uma orientação argumentativa, uma intencionalidade.
Conseguirá ainda penetrar naquilo que se tem chamado de idéia central, ou de
mensagem ou tema do texto. Este leitor consegue realizar uma leitura num grau de
complexidade maior que o leitor decodificador.
O terceiro tipo de leitor, segundo Cattelan (1996) o confrontador realiza duas
tarefas, decodifica e interpreta e vai além. Ele procura confrontar tal construção com
a realidade circundante, com o intuito de verificar as particularidades de ver ou
manifestar o mundo, ele faz ponte entre texto e contexto, sua leitura será sempre
extensiva ao mundo. Depois de observar as entrelinhas do texto ele confronta as
posturas assumidas pelo autor do texto com dados que o concreto lhe fornece. No
seu ato de ler, ele vê enredo, memoriza figuras, grava fatos; ele interpreta; confronta
a significação com o contexto circundante. O leitor após se perceber da temática,
verificará se tal afirmação é adequada, procurará fatos que confirmem ou que
rejeitem o conceito dado pelo autor.
Continuando a tipificar o leitor, Cattelan (1996) define o leitor argumentador. É
aquele que após ter decodificado, interpretado e confrontado o texto-objeto, constrói
sua própria forma de conceber a temática apresentada. Este leitor realiza a etapa de
decodificar a linearidade textual, constrói para tal uma significação, realiza a etapa
de confrontar esta significação com o mundo, constrói uma forma particular e
pessoal de conceber os fenômenos. Ele percebe ser o texto, a manifestação de uma
individualidade diferente da sua, com outras experiências, com outra concepção de
mundo, outras crenças, com direito de pensar diferente. Um leitor argumentador ao
se defrontar com o texto, buscará evidências no real, no concreto circundante, que
confirmem ou refutem as idéias defendidas pelo texto.
Por último, ele enfatiza o leitor interagente. É o leitor que realiza todas as
quatro etapas e chega na etapa da confrontação entre leitores. É necessário que o
indivíduo aprenda desde sempre a perceber suas leituras como fenômeno
individuais que terão formas diferentes de concepção, que como as suas devem ser
discutidas e reformuladas quando necessário, esta etapa da leitura supõe a
polêmica, o entrechoque de opiniões, a manifestação dos argumentos que
sustentam diferentes formas de crenças.
Cattelan conclui que,
Leitores que realizam algumas etapas, e outras não, podem ser considerados como leitores críticos e reflexivos. Um leitor que realiza as primeiras quatro etapas e não a ultima, tende a ser autoritário, pensando ser a sua leitura otimamente embasada, rejeita a dos demais, ele se dá o direito de ditar suas leituras e suas concepções aos demais indivíduos. Um leitor que não realiza a etapa da confrontação, tende a encarar o texto como uma verdade imutável, e será levado a não tomar a realidade como parâmetro. O leitor deve ser encaminhado para o domínio de todas as posturas, para que suas leituras não sejam mediocrizadas ou se torne autoritária, negando a si e aos demais o direito de conceberem o mundo. O que se tem constatado é que as pessoas pelos mais diversos motivos e circunstâncias tem sido levadas a realizarem um processo de leitura que não chega a estar calcado na racionalidade, sem que se despreze a emoção e a sensação e nem a ser realizado no intuito de dominar todas as diferentes posturas possíveis (CATTELAN, 1996, p. 7-8).
Sob este aspecto, Cattelan afirma que a escola até certo ponto tem sido
responsável por formar o leitor que não atua racionalmente quando constrói
significados, ou seja, quando lê. Mesmo quando leva o aluno a ler racionalmente ela
não o tem exercitado no sentido de levá-lo ao domínio das posturas necessárias
para que a sua leitura seja mais efetiva. “A escola não é única responsável, os
meios de comunicação de massa com sua forma unilateral de leitura também
contribuem, tem feito o leitor calar-se e não exercitar o seu potencial de atribuição de
significados aos fenômenos que os circulam”. (CATTELAN, 1996, p. 9).
Sob a ótica de Cattelan (1996) será desenvolvido o trabalho implementação,
procurando ultrapassar os limites da decodificação e interpretação, tentando chegar,
haja vista a série que estão os alunos (6ª série), pelo menos ao leitor argumentador.
Nas estratégias utilizadas devem ser utilizados textos atraentes, que estejam
inseridos no universo dos alunos, ou seja, que tratem de temas do cotidiano, do
grupo onde convivem. Para levantar o tipo de texto a ser trabalhado, foi aplicado um
questionário com o objetivo de tomar o conhecimento sobre as preferências dos
alunos. O questionário revelou que a maioria gostaria de discutir acerca de amizade,
namoro e amor. Também colocaram seus cantores preferidos: Luan Santana com a
música Amar não é pecado e Nxzero com a música o que é o amor pra você. Razão
pela qual as músicas e clips desses cantores serão inseridas no trabalho. Destaca-
se que a intervenção pedagógica será realizada com uma turma de 6a série, turma
E, do turno vespertino, da Escola Estadual Jorge Nacli – Ensino Fundamental, Nova
Aurora – Paraná, Núcleo de Assis Chateaubriand.
Para desenvolver o trabalho pretendido, serão utilizados poemas, “Receita
contra dor de amor” - Roseana Murray; “Minha Namorada” – Wilson Pereira; “A
surpresa” - Bartolomeu Campos de Queiroz; as crônicas “Notícia da mais que
amada” – Carlos Heitor Cony; “Mãe” – Rubem Braga; “Entre Amigos” – Martha
Medeiros; “Procura-se um Amigo” – Vinícius de Moraes; “Meu amigo virtual” –
Fátima Merigue de Mendonça; os contos: “Amizade Verdadeira” – autor
desconhecido; “Era uma vez... numa terra muito distante...” Luís Fernando
Veríssimo, “O velho Corado, a flor colorida e a cidade cinzenta” – Nelson Ricardo
Candido dos Santos; “As plantas mágicas” – Theobaldo Miranda Santos. Ainda
propõe uma leitura da tirinha da “Mafalda”, de um quadro de “Renoir” e um
fragmento de “O pequeno príncipe”.
ATIVIDADE I
Embora este trabalho tenha como foco a leitura de contos e crônicas como
instrumento para tentar sanar os problemas de leitura apresentados pela turma
em questão, ou seja, a dificuldade de decodificar e interpretar textos,
inicialmente será realizado um trabalho com músicas, de forma a estimulá-los à
leitura. A escolha das músicas deu-se em função de uma pesquisa realizada
anteriormente com a turma, a qual indicou alguns cantores e bandas preferidas.
Na sequência apresentamos as duas músicas que serão trabalhadas:
Amar Não É Pecado
Eu não sei, de onde vem, essa força que
me leva pra você Eu só sei que faz bem, mas confesso
que no fundo eu duvidei Tive medo, e em segredo, guardei o
sentimento e me sufoquei Mas agora, é a hora, eu vou gritar pra
todo mundo de uma vez Eu tô apaixonado
Eu tô contando tudo e não tô nem ligando pro que vão dizer
Amar não é pecado E se eu tiver errado, que se dane o
mundo, eu só quero você Eu tô apaixonado
Eu tô contando tudo e não tô nem ligando pro que vão dizer
Amar não é pecado E se eu tiver errado, que se dane o
mundo, eu só quero você Eu não sei de, onde vem, essa força que
me leva pra você
Fragmento
Luan Santana Composição: Fred / Gustavo / Marco Aurélio /
Márcia Araújo Disponível em: http://letras.terra.com.br/luan-
santana/
O Que É Amor Pra Você
Você diz que me ama e depois vai
embora Querida me diga o que significa
amor pra você? Porque eu não consigo entender
você Você diz que me ama e depois vai
embora Garota e agora o que eu devo
fazer Devo esperar por você
Eu acho que não Porque você diz que me ama e
depois vai embora Eu só quero entender
O que é amor pra você? Pra você o que é amar?
Fragmento
Nx Zero Disponível em
http://letras.terra.com.br/nx-zero/1645696/
ATIVIDADE II
A) Também como forma de motivação, utilizaremos o texto poético. Para este
trabalho foram escolhidos três poemas, a saber: “Receita de amor”, de Roseana
Murray, “Minha namorada”, de Wilson Pereira, e “A surpresa”, de Bartolomeu
Campos de Queirós.
Poema 1 Receita contra dor de
amor
Chore um mar inteiro com todos os seus barcos a vela.
chore o céu e as suas estrelas
os seus mistérios e o seu silêncio
chore um equilibrista caminhando
sobre a face de um poema
Fragmento
Roseana Murray Disponível em:
http://www.celipoesias.net/moldura42receitacontradordeamor
.htm
Poema 2 Minha Namorada
A minha namorada como é bela! Vou levar pra ela uma rosa rosa, da cor de sua pele. A minha namorada como é querida! vou levar-lhe uma margarida.
Fragmento
Wilson Pereira Disponível em:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/wilson_pereira2.ht
ml
Poema 3 A Surpresa
Vocês percebem que minha história é de
amor. Amor de peixe e de
pássaro. Como é o seu início eu não sei.
Acredito que nem os namorados sabem.
Fragmento
Bartolomeu Campos de Queiróz
Disponível em http://pensador.uol.com.br/bartolomeu_campos_de_quei
roz/
OS VÍDEOS COM OS CLIPS DAS MÚSICAS SERÃO MOSTRADOS AOS ALUNOS POR MEIO DA TV PENDRIVE., OS VÍDEOS PODERÃO SER REPETIDOS QUANTAS
VEZES FOREM NECESSÁRIOS, DE FORMA QUE OS ALUNOS POSSAM NÃO APENAS OUVIR COMO TAMBÉM CANTAR AS MÚSICAS. SENDO ESTE UM
TRABALHO INICIAL, A ATIVIDADE SERÁ REALIZADA APENAS ORALMENTE, VISANDO, NESTE PRIMEIRO MOMENTO, APENAS A DECODIFICAÇÃO, ISTO É, A PROFESSORA FARÁ QUESTIONAMENTOS SOBRE O TEMA DAS MÚSICAS, A FORMA COMO CADA AUTOR ABORDA OS TEMAS, E AS DIFERENÇAS E OU
SEMELHANÇAS ENCONTRADAS NAS DUAS MÚSICAS.
Após propor a atividade, os textos serão lidos na integra pelos alunos na sala
de Informática – Paraná Digital.
Nesta atividade, que inicia com a leitura oral dos poemas, a professora
procurará, por meio de questões orais e escritas, trabalhar a decodificação e
também a interpretação dos poemas. Porém, antes disso discorrerá, para os alunos,
sobre os autores.
VOCÊ SABIA?
ROSEANA MURRAY Nasceu no Rio de Janeiro em 1950. Publicou seu primeiro livro infantil em 1980, Fardo de Carinho. Em 2011 tem mais de 60 livros publicados e em várias línguas, recebeu o Prêmio O Melhor de Poesia da FNLIJ nos anos de 1986 entre outros. Recebeu o Prêmio Associação Paulista de Críticos em Arte em 1990. Recebeu o Premio Academia Brasileira de Letras em 2002 para o livro Jardins, como o melhor livro infantil do ano. Participou ao longo dos anos de vários projetos de leitura, implantou em Saquarema em 2003, o Projeto Saquarema – Uma Onda de Leitura.
Disponível em: http://www.roseanamurray.com/biografia.asp
WILSON PEREIRA Nasceu em Minas Gerais, vivendo sua infância e juventude em Patos de Minas. Professor universitário e assessor político. Conhecido por ser poeta, cronista, contista, ensaísta e autor de textos infantis. Premiado em diversos concursos literários de âmbito nacional, o livro Pé de Poesia, recomendado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Também publica esporadicamente poemas, resenhas, e ensaios em diversos jornais e revistas do país.
Disponível em: ttp://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/wilson_per
eira2.ht
BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓZ É um escritor brasileiro nascido na cidade de Papagaio, Minas Gerais, pequena com gosto de "laranja-serra-d´água", no interior de Minas Gerais, antes de se instalar em Belo Horizonte, onde reside e trabalha. Seu interesse pela literatura e pelo ensino de arte o fez viajar muito por este país. Conhece as cidades apreciando azulejos e casas pacientemente um - andarilho atento a cores, cheiros, sabores e sentidos que rodeiam as pessoas do lugar -, com o mesmo encanto na alma com que observava os rios da Amazônia, dos quais costuma sentir saudades em Minas. Bartolomeu só faz o que gosta, não cumpre compromissos sociais nem tarefas que não lhe pareçam substanciais. Diz ter fôlego de gato, o que lhe permitiu nascer e morrer várias vezes. "Sou frágil o suficiente para uma palavra me machucar, como sou forte o suficiente para uma palavra me ressuscitar". Em 1974, publicou seu primeiro livro, O peixe e o
pássaro; desde então, vem firmando seu estilo de escrita como uma prosa poética da mais alta qualidade.
Disponível em: http://www.globaleditora.com.br/
a) Para uma melhor compreensão dos poemas, faz-se necessário discorrer um pouco sobre o assunto.
b) Na sequência, o professor apresentará as questões a serem respondidas pelos alunos. O trabalho poderá ser realizado individualmente ou em duplas.
Oralmente/decodificação: a professora conduzirá a
discussão e fará inferências quando necessário.
1) O assunto dos três poemas é o mesmo? Qual? 2) A respeito do poema 1, o que a poeta pede que seja feito para “que uma nova semente/entre pela janela adentro”? 3) No poema 1, o que a poeta fala sobre o céu e as estrelas? 4) A propósito do poema 2, quais são as principais características da namorada? 5) Ainda sobre o poema 2,que tipo de flores o poeta vai dar para a namorada? 6) Quais são os personagens do poema 3? 7) Sobre o poema 3, segundo o poeta, do que é que nem os namorados sabem?
O poema é a arte de escrever em versos. TrataO poema é a arte de escrever em versos. TrataO poema é a arte de escrever em versos. TrataO poema é a arte de escrever em versos. Trata----se de uma estrutura textual, formada se de uma estrutura textual, formada se de uma estrutura textual, formada se de uma estrutura textual, formada
por versos, estrofes e rimas, geralmente de pequena extensão. A poesia é o próprio por versos, estrofes e rimas, geralmente de pequena extensão. A poesia é o próprio por versos, estrofes e rimas, geralmente de pequena extensão. A poesia é o próprio por versos, estrofes e rimas, geralmente de pequena extensão. A poesia é o próprio
entusiasmo do seu criador (autorentusiasmo do seu criador (autorentusiasmo do seu criador (autorentusiasmo do seu criador (autor----poeta) que inspirado pelos seus sentimentpoeta) que inspirado pelos seus sentimentpoeta) que inspirado pelos seus sentimentpoeta) que inspirado pelos seus sentimentos, revela os, revela os, revela os, revela
no texto (poema), o belo, a fantasia, o sonho. A poesia é o que há de elevado ou no texto (poema), o belo, a fantasia, o sonho. A poesia é o que há de elevado ou no texto (poema), o belo, a fantasia, o sonho. A poesia é o que há de elevado ou no texto (poema), o belo, a fantasia, o sonho. A poesia é o que há de elevado ou
comovente nas pessoas ou nas coisas. Para simplificar, o poema é o texto concreto, a comovente nas pessoas ou nas coisas. Para simplificar, o poema é o texto concreto, a comovente nas pessoas ou nas coisas. Para simplificar, o poema é o texto concreto, a comovente nas pessoas ou nas coisas. Para simplificar, o poema é o texto concreto, a
poesia é a essência que este poesia é a essência que este poesia é a essência que este poesia é a essência que este texto extexto extexto extexto exala (coisa que em todo leitor sente).ala (coisa que em todo leitor sente).ala (coisa que em todo leitor sente).ala (coisa que em todo leitor sente). Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Poema
Por escrito/interpretação:Por escrito/interpretação:Por escrito/interpretação:Por escrito/interpretação: a professora formará as duplas, distribuirá as questões e
acompanhará o trabalho, auxiliando os alunos na medida em for solicitada ou quando
verificar que os alunos não estão conseguindo responder determinadas perguntas.
A PROPÓSITO DO POEMA 1
1)Qual poderia ser a causa para tanto pranto? ___________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Qual é, segundo a poeta, a “receita para dor de amor”? ___________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) O que pode significar: “Chore um mar inteiro”/ “chore o céu e as suas estrelas”, já que ninguém pode, efetivamente chorar o mar ou o céu? ___________________________________________________________________________________________________________________________________ 4) Já que o título do poema é “receita para dor de amor”, qual poderia ser o significado dos versos (cada linha do poema): “para que uma nova semente”/ “entre pela janela adentro”. ___________________________________________________________________________________________________________________________________
A PROPÓSITO DO POEMA 2
1) Qual é a estrofe (conjunto de versos) que indica os sentimentos do poeta? ___________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Qual seria o desejo do poeta, manifestado na última estrofe? ___________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) Qual poderia ser o significado de dar à namorada rosas brancas sem espinho? ___________________________________________________________________________________________________________________________________
A PROPÓSITO DO POEMA 3
1) Quando o poeta diz: “A gente só sabe que gosta quando está gostando”, ele pode estar se referindo a um relacionamento amoroso que não seja apenas o citado no poema, o de peixe e de pássaro?
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Por que será que “para quem gosta [...] o tempo não tem a mínima importância”? _____________________________________________________________________________________________________________________________________
A PROPÓSITO DOS TRÊS POEMAS
1) Pode-se dizer que o amor: ( ) Dói. ( ) Que o amor é eterno. ( ) Que o amor só ocorre entre pessoas. ( ) Que todas a namorada é bela. ( ) Que após chorar muito a perda de um amor, um novo amor pode surgir. ( ) Que os namorados sabem quando e como inicia o amor. ( ) Que o tempo é extremamente importante para o amor.
A PROPÓSITO DOS POEMAS E DAS MÚSICAS
Oralmente, a professora procurará estabelecer relações entre a temática
abordada pelos cinco textos, estabelecendo diferenças e semelhanças.
ATIVIDADE III
Os alunos irão à sala de informática e buscarão, na Internet, outras músicas
que abordem a temática do amor e da amizade, enviarão, via e-mail para a
professora, que fará a socialização das mesmas. Para tanto, a professora criará um
e-mail para a turma. Os alunos também irão à biblioteca e selecionarão, em livros,
jornais e revistas, textos diversos sobre a temática abordada. Os textos
selecionados serão entregues à professora, que colherá todo o material e realizará
uma aula de leitura sobre o assunto.
Após essas atividades, os alunos escreverão frases, versos ou estrofes -
criados por eles ou não - (podem ser frases, versos e estrofes das quais eles
tenham gostado) em cartazes, que serão ilustrados (com desenhos ou colagens) e
afixados no mural da classe ou nos murais do colégio.
ATIVIDADE IV
PARTE A
Nesta parte, o trabalho a ser realizado será a leitura de crônicas que também
versam sobre o tema amor, porém com suas variantes, o amor pelos animais, o
amor pelos filhos e pelos amigos. Buscando aprofundar um pouco mais na leitura,
além da decodificação e da interpretação, buscar-se-á também trabalhar a
argumentação, isto é, segundo a tipologia de Cattelan (1996), tentar formar um leitor
argumentador, que é aquele que dialoga com o texto, concordando ou não com ele.
Para esta parte serão utilizados os seguintes autores e suas respectivas
obras: “Notícia da mais que amada” – Carlos Heitor Cony; “Mãe” – Rubem Braga;
“Entre Amigos” – Martha Medeiros; “Procura-se um Amigo” – Vinícius de Moraes;
Observação: Após realizada a atividade, a professora ouvirá as respostas e as colocará em discussão até que se chegue às respostas mais prováveis. Esta atividade servirá para uma avaliação diagnóstica, de forma que a professora possa perceber o grau de compreensão dos textos por parte dos alunos.
“Meu amigo virtual” – Fátima Merigue de Mendonça. Após estas informações os
alunos irão ao Laboratório de Informática – Paraná Digital e realizar a pesquisa
sobre a biografia dos autores, formando um texto e expondo no mural da sala de
aula.
CRÔNICA 1: “Notícia da mais que amada”
RIO DE JANEIRO - Podem não aceitar, mas entre as cartas (poucas) que
recebo, metade pede que eu dê notícias de Mila, minha amiga e companheira, mãe
de Titi, também amiga e companheira. São duas setters, de pêlo ruivo e macio,
olhos cor de mel, que todas as manhãs, quando o sol ilumina a pedra nua que serve
de base ao Cristo Redentor, me procuram ainda na cama, como se fosse obrigação
(minha e delas) afagar e serem afagadas. A mão, ainda adormecida, conhece de cor
aquela curva suave que forma a cabecinha delas.
Quem ama os cães sabe que eles gostam de ser manuseados. E não se
contentam com o afago: querem ouvir coisas. É preciso dizer que são queridas, a
razão de eu levantar e ir tomar café distribuindo com elas o pedaço de bolo, o
biscoito com um pouco de manteiga.
São guloseimas pouco recomendáveis. Se sentem mais gente, mais minhas,
sabendo que com elas reparto o pão nosso de cada manhã.
Titi é mais afobada, come o biscoito num único bote e fica me cobrando outro
pedaço. Mila, como o "Dom Casmurro" naquele trem da Central, tem fumos fidalgos,
lambe primeiro a manteiga, depois aceita o biscoito. Também fica me olhando — e
geme se não reparto com ela mais um bocado.
Fragmento.
Carlos Heitor Cony. Folha de São Paulo, 9/1/1995. Disponível em: http://www.anton-tijolinho.com.br/textos/mila/
Carlos Heitor Cony, estudou em seminário até quase ordenar-se em Rio Comprido. Jornalista foi um dos que se arrependeram de apoiar o golpe militar em 1964 e depois se opuseram abertamente ao golpe militar em 1964. Já publicou contos, crônicas e romances. Seu romance mais famoso é de 1995. Quase memoria vendei mais de 400 mil exemplares. Esse livro marca o seu retorno como escritor/romancista. Hoje é editorista da Folha de São Paulo
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Heitor_Cony
a) Realizada a leitura, oral, da crônica, a professora dará uma breve explicação
sobre o gênero.
b) Retomando o texto, a professora solicitará nova leitura e, após, fará
questionamentos aos alunos, buscando realizar a decodificação do texto. Essa
atividade será realizada oralmente.
1) Quem é a mais amada? Ela era a “mãe” ou a “filha”? 2) Qual é a raça das cadelas, que aparecem no texto? 3) Quais as características dos animais? 4) Em que espaço elas viviam? 5) Onde fica o Cristo Redentor? 6) Como elas dão bom dia ao cronista? 7) Qual é a mais afobada? 8) Onde ele passeia com elas?
A crônica é um gênero literário, um gênero narrativo. A origem da
palavra está em Krónos, deus grego do tempo. A relação com o tempo
vinculou a crônica ao relato de fatos e acontecimentos em ordem
cronológica, sendo, portanto, um breve registro, de eventos ordenados em
sequência cronológica. A crônica no Brasil é considerada um gênero que
possui tanto a objetividade, característica do jornalismo, quanto a
subjetividade, que é próprio da literatura. Sua temática está sempre
relacionada com acontecimentos do dia a dia, pois ela se dá a partir de um
flash, um breve momento do cotidiano, um fato corriqueiro, que através do
cronista, com seu toque de humor, sensibilidade, ironia, crítica e poesia,
possibilita ver além do fato, numa visão mais abrangente, algo que,
diariamente deixa-se escapar. A crônica é, portanto, uma prosa curta,
amena e coloquial, com toques de malicia e humor, sobre fatos da
atualidade ou hábitos e costumes dos diversos segmentos sociais.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B4nica_argumentativa
c) Na sequência, o trabalho de interpretação será realizado por escrito, podendo ser
realizado em duplas.
1) Por que o cronista escreve sobre suas cadelas, será apenas para mostrar que tem animais?
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Qual é o sentimento relatado no texto? ______________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) Como ele expressa seus sentimentos para com seus animais? ______________________________________________________________________________________________________________________________________ 4) Os animais também demonstram “sentimento” para com o autor? Como? ______________________________________________________________________________________________________________________________________ 5) O que pode significar a frase: “Já ganharam a sabedoria de cheirar com os olhos
cor de mel. E adivinhar que a melhor parte de um homem — cansado corpo de rude caminhar — ficou com elas.”
______________________________________________________________________________________________________________________________________ 6) Retire do texto a frase que indica o “sentimento” dos animais quando o autor sai
de casa. Que sentimento pode ser esse? ______________________________________________________________________________________________________________________________________
Após ouvir e discutir as respostas com a turma, a professora desencadeará
um debate com a turma, levando-os a dialogar com o texto. As questões colocadas,
oralmente, versarão sobre amor por animais; se eles concordam que os animais de
estimação agem conforme o autor afirma no texto; se eles gostam e têm animais; se
se pode amar os animais da mesma forma que se ama uma pessoa..., etc.
PARTE B
CRÔNICA 2: “MÃE”
O menino e seu amiguinho brincavam nas primeiras espumas; o pai fumava
um cigarro na praia, batendo papo com um amigo. E o mundo era inocente, na
manhã de sol.
Foi então que chegou a Mãe (esta crônica é modesta contribuição ao Dia das
Mães), muito elegante em seu short, e mais ainda em seu maiô. Trouxe óculos
escuros, uma esteirinha para se esticar, óleo para a pele, revista para ler, pente para
se pentear — e trouxe seu coração de Mãe que imediatamente se pôs aflito achando
que o menino estava muito longe e o mar estava muito forte.
Depois de fingir três vezes não ouvir seu nome gritado pelo pai, o garoto saiu
do mar resmungando, mas logo voltou a se interessar pela alegria da vida, batendo
bola com o amigo. Então a Mãe começou a folhear a revista mundana — "que
vestido horroroso o da Marieta neste coquetel" — "que presente de casamento
vamos dar à Lúcia? tem de ser uma coisa boa" — e outros pequenos assuntos
sociais foram aflorados numa conversa preguiçosa. Mas de repente:
— Cadê Joãozinho?
O outro menino, interpelado, informou que Joãozinho tinha ido em casa
apanhar uma bola maior.
— Meu Deus, esse menino atravessando a rua sozinho! Vai lá, João, para
atravessar com ele, pelo menos na volta!
O pai (fica em minúscula; o Dia é da Mãe) achou que não era preciso:
— O menino tem OITO anos, Maria!
— OITO anos, não, oito anos, uma criança. Se todo dia morre gente grande
atropelada, que dirá um menino distraído como esse!
E erguendo-se olhava os carros que passavam, todos guiados por assassinos
(em potencial) de seu filhinho.
— Bem, eu vou lá só para você não ficar assustada.
Talvez a sombra do medo tivesse ganho também o coração do pai; mas
quando ele se levantou e calçou a alpercata para atravessar os vinte metros de areia
fofa e escaldante que o separavam da calçada, o garoto apareceu correndo
alegremente com uma bola vermelha na mão, e a paz voltou a reinar sobre a face da
praia.
Agora o amigo do casal estava contando pequenos escândalos de uma festa
a que fora na véspera, e o casal ouvia, muito interessado — "mas a Niquinha com o
coronel? não é possível!" — quando a Mãe se ergueu de repente:
— E o Joãozinho?
Os três olharam em todas as direções, sem resultado. O marido, muito calmo
— "deve estar por aí", a Mãe gradativamente nervosa — "mas por aí, onde?" — o
amigo otimista, mas levemente apreensivo. Havia cinco ou seis meninos dentro da
água, nenhum era o Joãozinho. Na areia havia outros. Um deles, de costas, cavava
um buraco com as mãos, longe.
— Joãozinho!
O pai levantou-se, foi lá, não era. Mas conseguiu encontrar o amigo do filho e
perguntou por ele.
— Não sei, eu estava catando conchas, ele estava catando comigo, depois
ele sumiu.
A Mãe, que viera correndo, interpelou novamente o amigo do filho. "Mas
sumiu como? para onde? entrou na água? não sabe? mas que menino pateta!" O
garoto, com cara de bobo, e assustado com o interrogatório, se afastava, mas a Mãe
foi segurá-lo pelo braço: "Mas diga, menino, ele entrou no mar? como é que você
não viu, você não estava com ele? hein? ele entrou no mar?".
Fragmento Rubem Braga
(Crônica dedicada ao Dia das Mães,embora com o final inadequado, ainda que autêntico.) Texto extraído do livro “A Cidade e a Roça”, Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1964, p. 57
Disponível em: http://www.releituras.com/rubembraga_mae.asp.
Realizada a leitura da crônica, a professora explicará aos alunos,
conceitualmente, o trabalho que eles vêm fazendo até o momento, ou seja, explicará
que eles estão realizando atividades de decodificação, interpretação e
argumentação com os textos.
Após essa explanação, a professora dividirá a turma em grupos de quatro
alunos, se possível, e proporá a atividade: os grupos organizarão as perguntas
referentes à decodificação, interpretação e argumentação com os textos.
A realização da tarefa será conforme sorteio, ou seja, haverá duplas que farão
somente a decodificação, outras que farão apenas a interpretação e outras que
farão apenas a argumentação, de acordo com o número de duplas.
A professora acompanhará o trabalho e fará a intervenção quando
necessário.
Ao final do trabalho, a professora recolherá as questões, corrigirá e devolverá
na próxima aula para que cada dupla, ou duplas, apresente suas questões e solicite
a respostas dos colegas.
Rubem Braga é considerado por muitos o maior cronista brasileiro desde Machado de Assis, nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, ES, a 12 de janeiro de 1913. Iniciou seus estudos naquela cidade, porém, quando fazia o ginásio, revoltou-se com um professor de matemática que o chamou de burro e pediu ao pai para sair da escola. Sua família o enviou para Niterói, onde moravam alguns parentes, para estudar no Colégio Salesiano. Iniciou a faculdade de Direito no Rio de Janeiro, mas se formou em Belo Horizonte, MG, em 1932, depois de ter participado, como repórter dos Diários Associados, da cobertura da Revolução Constitucionalista, em Minas Gerais — no front da Mantiqueira conheceu Juscelino Kubitschek de Oliveira e Adhemar de Barros. A chave para entendermos a popularidade de sua obra, toda ela composta de volumes de crônicas sucessivamente esgotados, foi dada pelo próprio escritor: ele gostava de declarar que um dos versos mais bonitos de Camões ("A grande dor das coisas que passaram") fora escrito apenas com palavras corriqueiras do idioma. Da mesma forma, suas crônicas eram marcadas pela linguagem coloquial e pelas temáticas simples.
Disponível em: http://www.releituras.com/rubembraga_bio.asp
Esse trabalho poderá ser realizado também por escrito. Recolhidas as
respostas, após correção, a professora as devolverá e promoverá a discussão sobre
o assunto. Esta atividade também servirá como avaliação diagnóstica, a fim de
verificar o grau de compreensão de leitura dos alunos.
PARTE C
As crônicas 3, 4 e 5 tratam de um outro tipo de sentimento, a amizade. Esta
atividade será realizada em duplas. A princípio, cada dupla receberá uma crônica,
aleatoriamente, e conversará sobre ela, buscando decodificar e interpretar. A
professora acompanhará o trabalho das duplas e fará a intervenção quando
necessário.
Cada dupla anotará o resultado da discussão. Posteriormente, as duplas
trocarão de texto, de forma que todas as duplas leiam todos os textos e realizem o
mesmo trabalho.
Todos os trabalhos serão entregues à professora, que fará a correção. Após a
entrega dos trabalhos corrigidos, a professora formará um grande grupo e escolherá
as duplas que apresentarão seus trabalhos, de forma que haja uma interação entre
todos e se discuta o assunto amizade, conforme foi entendido pelos alunos.
Na sequência, a professora promoverá outra discussão trazendo os textos
para a realidade dos alunos, isto é, fará questionamentos sobre, por exemplo, o que
eles concordam ou discordam nos textos lidos; sobre como é a amizade entre eles;
quais são e porque são seus verdadeiros amigos?; Seus pais e irmãos também são
seus amigos?, etc.
Na sequência, a partir da crônica 4: “Procura-se um amigo”, cada aluno
poderá escrever um classificado (de jornal), colocando as características que ele
procura em alguém para ser seu amigo. Após correção, pela professora, os
classificados poderão ser afixados no mural da sala.
CRÔNICA 3: “ENTRE AMIGOS”
Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha,
recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping,
segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para
guardar um amigo do lado esquerdo do peito.
Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade",
que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a
integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que
eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que
toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano
ficaria desarmado contra seus inimigos.
Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não
valorizam ainda o que está sendo construído. São amizades não testadas pelo
tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos
numa chuva de verão. Veremos.
Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro,
experiências. Racha a culpa, racha segredos.
Fragmento
Marta Medeiros Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/MTYwMTc5/
Filha de José Bernardo Barreto de Medeiros e Isabel Mattos de Medeiros, é colunista do jornal Zero Hora do Rio Grande do Sul, casou-se com o publicitário Luiz Telmo de Oliveira Ramos e tem duas filhas. Estudou no Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, tradicional de Porto Alegre, localizado nos arredores do bairro Moinhos de Vento. Formou-se em 1982, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre. Trabalhou em propaganda e publicidade mas logo se sentiu frustrada com a carreira. Quando seu marido recebeu uma proposta de trabalho no Chile, decidiu que uma mudança de país seria uma ótima oportunidade para dar um tempo na profissão. Esta estada de nove meses no Chile, na qual passou escrevendo poesia, acabou sendo um divisor de águas na sua vida. Quando voltou para Porto Alegre, começou a escrever crônicas para jornal e, a partir daí, sua carreira literária deslanchou.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Heitor_Cony
CRÔNICA 4: “PROCURA-SE UM AMIGO”
"Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova
quando chamado de amigo”. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos,
de grandes chuvas e das recordações da infância.
Preciso de um amigo para não enlouquecer, para contar o que vi de belo e
triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas, de poças d água e de caminhos molhados, de beira
de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Preciso de um amigo
que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já tenho um
amigo.
Fragmento
Vinícius de Moraes Disponível em: http://pensador.uol.com.br/autor/vinicius_de_moraes/
Marcus Vinícius da Cruz e Mello Moraes nasceu no Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913, foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro. Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha", apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uisque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso. Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Baden Powell, Joao Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vinicius_de_Moraes
CRÔNICA 5: “MEU AMIGO VIRTUAL”
Meu amigo virtual é diferente;
Ele não olha nos meus olhos,
ele vê meu coração...
Meu amigo virtual é diferente;
Ele não percebe as minhas lágrimas;
percebe o momento de me confortar
Meu amigo virtual é diferente;
Ele sorri, e me faz sorrir.
Meu amigo virtual;
você não sabe, mas procuro-te sempre...
Você não sabe; mas fico feliz quando vens!
Olho para você, na expectativa de um sorriso...
Espero-te assim como o sol, espera pelo amanhecer...
Espero-te assim como a Lua, espera pela noite - Certa que virá!
Não me importa se vens através de telas;
o que importa, é que venhas..
Não sei porque te escolhi como amigo...
Suas letrinhas são iguais a de todos os outros,
Fragmento
Fátima Merigue de Mendonça Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/MjcyMTMz/
PARTE D
Os alunos serão direcionados ao laboratório de informática para pesquisarem
na internet sobre os autores lidos, bem como outros textos, dos mesmos autores,
com temática diferente da qual eles estão trabalhando. Os trabalhos serão enviados,
via e-mail, para a professora, que os socializará através do e-mail da turma.
ATIVIDADE V
Desta atividade fazem parte os contos, também relacionados com a temática
até agora em questão: os sentimentos de amor e de amizade.
Antes da leitura dos contos, a professora fará uma breve explanação sobre o
conto, principalmente diferenciando-o da crônica.
Na sequência, serão realizadas as leituras dos contos, formar-se-ão duplas,
para cada dupla será destinado um conto, aleatoriamente, e, após a leitura, cada
dupla fará, para a turma, a propaganda do conto lido e proporá a troca, de forma que
todas as duplas leiam todos os contos.
Após a leitura, formar-se-á o grande grupo e as duplas, com seus contos
iniciais, discorrerão sobre ele, apontando a temática, os principais aspectos
observados, isto é, as principais reflexões que poderão ser realizadas a partir do
texto e a relação deste com a realidade, a realidade da sociedade de modo geral e a
realidade de cada um.
A professora fará as intervenções que julgar necessárias, de forma que os
alunos consigam decodificar, interpretar e dialogar com os textos. Desse modo,
haverá a possibilidade de uma grande discussão e reflexão acerca dos valores
Segundo Gotlib, citando Casares e Cortázar,
para Julio Casares há três acepções da palavra conto, que Julio Cortázar utiliza no seu estudo sobre Poe: 1. Relato de um acontecimento; 2. Narração oral e escrita de um acontecimento falso; fábula que se conta às crianças para diverti-las. Todas apresentam um ponto comum: são modos de se contar alguma coisa e, enquanto tal, são todas narrativas. (GOTLIB, 1991, p. 11).
A crônica também é uma narrativa, por isso é difícil diferenciá-la do conto, mas, um
fator que pode ser predominante é a extensão e a densidade, ou seja, enquanto a crônica tende
a ser mais curta (embora haja os mini-contos) e aborde mais as questões relativas ao
cotidiano, visto ter se desenvolvido primeiramente nos jornais, o conto trata de questões de
caráter mais universais e que propiciam reflexões mais aprofundadas.
abordados nos contos acerca da verdadeira amizade, do verdadeiro amor, do amor
fraternal e filial e, por fim, do amor universal, que são os assuntos tratados nos
textos.
CONTO 1: “AMIZADE VERDADEIRA!”
Pítias, condenado à morte pelo tirano Dionísio, passava na prisão os seus
últimos dias.
Dizia não temer a morte, mas como explicar que seus olhos se enchessem de
lágrimas ao ver o caminho que se abria diante das grades da prisão? Sim, era a
dura lembrança dos velhos pais! Era ele o arrimo e o consolo deles. Não mais
suportando, um dia Pítias disse ao tirano: - Permita-me ir à casa abraçar meus pais
e resolver meus negócios. Estarei de volta em quatro dias, sem acrescentar nem
uma hora a mais.
— Como posso acreditar na sua promessa? Os caminhos são desertos. O
que você quer mesmo é fugir - respondeu Dionísio, irônica e zombeteiramente.
— Senhor, é preciso que eu vá. Meus pais estão velhinhos e só contam
comigo para se defenderem - insistiu Pítias com o olhar nublado de lágrimas. Vendo
que o tirano se mantinha irredutível, Damon, jovem e amigo de Pítias, interveio
propondo:
— Conceda a licença que meu amigo pede; conheço seus pais e sei que
carecem da ajuda do filho. Deixe-o partir e garanto sua volta dentro dos dias
previstos, sem faltar uma hora, para lhe entregar a cabeça.
A resposta foi um não categórico. Compreendendo o sofrimento do amigo,
Damon propôs ficar na prisão em lugar de Pítias e morreria no lugar dele se
necessário fosse. O tirano, surpreendido, aceitou a proposta e depois de um
prolongado abraço no amigo, Pítias partiu.
O dia marcado para sua execução amanheceu ensolarado. As horas
passavam céleres e a guarda já se mostrava inquieta. Entretanto, Damon procurava
restabelecer a calma, garantindo que o amigo chegaria em tempo. Finalmente
chegara a hora da execução. Os guardas tiraram os grilhões dos pés de Damon e o
conduziram à praça, onde a multidão acompanhava em silêncio a cada um dos seus
passos. Subiu, então, ao cadafalso.
Uma estranha agitação levou a multidão a prorromper em gritos. Era Pítias
que chegava exausto e quase sem fôlego. Porém, rompendo a multidão, galgou os
degraus do cadafalso, onde, abraçando o amigo, entregou-se ao carrasco sem o
menor pavor.
Fragmento Autor desconhecido
Disponível em: http://www.f9.felipex.com.br/f9/contos.htm
CONTO 2: “ERA UMA VEZ... NUMA TERRA MUITO DISTANTE...”
Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e
cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em
como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã
pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e
poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
Fragmento. Luís Fernando Veríssimo
Disponível em http://pensador.uol.com.br/frase/MTM3OTAy/
Luís Fernando Verissimo, nasceu em Porto Alegre em 26 de setembro de 1936,
sendo um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e textos de
humor, mais precisamente de sátiras de costumes, publicados diariamente em
vários jornais brasileiros, Verissimo é também cartunista e tradutor, além de
roteirista de televisão, autor de teatro e romancista bissexto. Já foi publicitário e
copy desk de jornal. É ainda músico, tendo tocado saxofone em alguns
conjuntos. Com mais de 60 títulos publicados, é um dos mais populares
escritores brasileiros contemporâneos.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Luis_Fernando_Verissimo
CONTO 3: “O VELHO CORADO, A FLOR COLORIDA E A CIDADE CINZENTA”
“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!” ( Mc 4, 9 )
“Todo corpo persiste em seu estado de repouso, ou de movimento retilíneo uniforme,
a menos que seja compelido a modificar esse estado pela ação de forças sobre ele”
(Isaac Newton)
O velho jardineiro alegre e corado acordou certa manhã e pensou: Está na
hora de semear.
O velho jardineiro alegre e corado levantou-se, foi para a estufa, encheu
centenas de vasos com terra, adubou-a e semeou-a, não com a semente de uma
planta qualquer, mas com uma muito especial que tinha obtido após paciente
trabalho de enxerto, no qual extraiu de cada flor que conhecia a sua essência de
beleza e perfume.
Depois de aguar todos os vasos, o velho jardineiro alegre e corado pensou:
Está na hora de costurar.
O velho jardineiro alegre e corado voltou para casa, abriu um grande e antigo
baú e dele retirou uma imensidão de tecidos coloridos, que cortou em retalhos,
jogando fora os pedaços ruins e passando a unir, pacientemente, pedaço por
pedaço, os retalhos escolhidos.
À medida que os retalhos de tecidos coloridos iam sendo juntados, as
sementes iam germinando. Dia-a-dia, cresciam as plantas e tomava forma a costura
do velho jardineiro alegre e corado. Nas plantas surgiram botões quando os tecidos
coloridos estavam terminando. E abriram flores coloridas quando o velho jardineiro
alegre e corado terminou a sua costura, colorida.
Então, o velho jardineiro alegre e corado pensou: Está na hora de partir.
O velho jardineiro alegre e corado colheu todas as flores coloridas brotadas em sua
estufa e colocou-as num enorme cesto de vime.
A cidade estava cinza e triste como sempre, com seus cidadãos tristes e
cinzas como sempre.
Uma pessoa triste e cinza olhou para o céu da cidade cinza e triste e viu o
balão — um enorme balão colorido em forma de flor, carregando um enorme cesto
em forma de vaso.
— Vejam! Um enorme vaso voador! — gritou a pessoa triste e cinza e, agora,
espantada.
Quem passava próximo também olhou para cima e viu o enorme vaso voador
e ficou, além de triste e cinza, espantado. Em pouco tempo, toda a cidade triste e
cinza olhava o enorme vaso voador, espantada.
Dentro do balão colorido, que subia pouco a pouco, o velho jardineiro alegre e
corado via toda a cidade cinza e triste, com seus habitante tristes e cinzas, olhando
para cima, espantados. E o velho jardineiro alegre e corado começou a espalhar
suas flores coloridas sobre a cidade cinza e triste.
À medida que as flores coloridas se espalhavam e caíam sobre a cidade cinza
e triste, ela ia ficando colorida. E o povo triste e cinza, que via as flores coloridas
caírem do enorme vaso voador, atiradas pelo velho jardineiro velho e corado, ia-as
recolhendo. Algumas pessoas recolhiam as flores coloridas e se enfeitavam; outras
recolhiam as flores coloridas e enfeitavam seus filhos; outras, que não tinham filhos,
recolhiam as flores coloridas e enfeitavam seus cães e gatos.
Logo, logo, o povo triste e cinza estava alegre e colorido, recolhendo mais
flores coloridas para se enfeitar e ficar ainda mais alegre e colorido; ou para enfeitar
seus filhos, agora alegres e coloridos, e torná-los ainda mais alegres e coloridos; ou,
aqueles que não tinham filhos, para enfeitar seus cães e gatos, também agora
alegres e coloridos, e torná-los ainda mais alegres e coloridos.
Estava o povo tão alegre e colorido, recolhendo as flores coloridas, que não
percebeu que o enorme vaso de flor ia subindo com o velho jardineiro alegre e
corado. Subindo e diminuindo. Subindo e parecendo um pequeno vaso de flor.
Subindo até desaparecer.
Estava o povo tão alegre e colorido, recolhendo as flores coloridas, que não
percebeu que o céu da cidade, agora colorida e alegre, não tinha mais flores
coloridas e estava novamente cinza e triste.
Fragmento Nelson Ricardo Candido dos Santos
Disponível em: http://brigite.blogspot.com/2007/08/o-velho-corado-flor-colorida-e-cidade.html
CONTO 4: “AS PLANTAS MÁGICAS”
Um velho lavrador possuía três filhos. Um deles plantou uma laranjeira, outro
uma limeira e outro um limoeiro.
Essas plantas lhes tinham sido oferecidas por uma fada e estavam ligadas às
suas vidas.
Um belo dia, o filho mais velho disse ao lavrador: — Meu pai, já estou homem
feito e quero sair pelo mundo para ganhar alguma coisa.
O pai achou que ainda era cedo para ele fazer isso.
Mas o rapaz tanto insistiu que o lavrador acabou cedendo.
Então disse: — Pois bem, meu filho, pode ir. Mas o que você prefere: levar a
minha bênção com pouco dinheiro ou minha maldição com muito dinheiro ?
O moço respondeu que preferia a maldição com muito dinheiro. Então, o pai o
amaldiçoou e lhe deu uma bolsa cheia de moedas.
Antes de partir, o moço disse aos seus irmãos que, quando a sua laranjeira
começasse a murchar, era sinal de que ele estava em dificuldades e precisava ser
socorrido.
Nelson Ricardo Candido dos Santos, nasceu na cidade de São Paulo (SP) a 09 de janeiro de 1959. Foi batizado e crismado no dia 09 de abril de 1960. Sua mãe embora falecida jovem, deixou viva na memória de seu filho ensinamentos e momentos que marcaram toda a sua vida: Nelson lembra-se das novenas realizadas em sua casa, frente a uma imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima; das missas mensais assistidas no Santuário de São Judas Tadeu, no bairro do Jabaquara, em São Paulo, todo dia 28; das missas dominicais na pequena Igreja de São Lucas Evangelista, no bairro em que morava; o pagamento do dízimo mensal, recolhido à porta de casa por uma senhora da Igreja; a caridade para com os pobres. Essas pequenas coisas cotidianas se refletiram na vida de Nelson, determinando as direções que sua vida tomaram: gosto pela literatura, pelo cinema, pela caridade, pela oração, pela companhia dos amigos. Atualmente, além de Pároco em Tinguá, é Juiz Instrutor da Câmara Eclesiástica de Nova Iguaçu, professor do Curso de Teologia Pastoral da Diocese de Nova Iguaçu, e, co-apresentador do Programa "Povo de Deus em Missão",
Disponível em: http://padrenelsonricardocandidodossantos.blogspot.com/
Seguiu viagem. Andou, andou e, finalmente, avistou uma fumaça ao longe.
Para lá se encaminhou. Era um belo palácio. Sua dona, que era uma linda princesa,
tratou-o com muita gentileza. Ofereceu-lhe jantar e, depois, convidou-o para dar um
passeio na horta.
Ao atravessar um riacho, a princesa suspendeu o vestido, de modo a mostrar
o seu bonito pé. Passearam na horta, onde só havia couves. De volta ao palácio, a
princesa perguntou ao rapaz o que tinha visto de mais lindo na horta. Ele respondeu:
— As couves.
A princesa não gostou da resposta e convidou o moço para jogar. Ganhou
todo o seu dinheiro. Depois, chamou seus criados e disse-lhes que prendessem o
rapaz e só lhe dessem couves para comer.
Quando isso aconteceu lá, na casa do pai do moço, a laranjeira começou a
murchar. O irmão do meio, vendo aquilo, foi ao pai e disse: — Meu irmão está em
dificuldades. Preciso ir socorrê-lo.
O pai custou muito a consentir, mas, afinal, cedeu. Então perguntou ao filho:
— Que prefere: minha bênção com pouco dinheiro ou minha maldição com muito
dinheiro?
O rapaz preferiu a maldição com muito dinheiro. O pai, então, o amaldiçoou e
lhe deu uma bolsa cheia de dinheiro. Antes de partir, o moço avisou ao irmão caçula
que, se a sua limeira murchasse, era sinal de que ele se achava em dificuldades e
precisava ser socorrido.
Em seguida, iniciou sua viagem. Caminhou, caminhou, até que viu, ao longe,
uma fumaça. Aproximou-se e encontrou o palácio da finória princesa. Como seu
irmão, foi muito bem recebido. Quando acabou de jantar, a princesa convidou-o para
passear na horta. Ao atravessar o riacho, a princesa ergueu o vestido para mostrar o
pé.
De regresso ao palácio, ela perguntou ao rapaz o que vira de mais bonito na
horta. E o moço respondeu: — As couves. A princesa ficou desapontada e disse
consigo:
Fragmento Theobaldo Miranda Santos
Disponível em: http://www.consciencia.org/as-plantas-magicas-contos-infanto-juvenis
ATIVIDADE VI
Para finalizar o trabalho, a professora proporá a leitura de outros três tipos de
texto: uma tirinha, da Mafalda; um quadro de Renoir e um fragmento do livro “O
pequeno príncipe” de Antoine Saint-Exupéry, o diálogo entre o príncipe e a raposa.
Para trabalhar com este último, além do fragmento escrito, a professora utilizará de
um vídeo na TV pendrive.
1) TIRINHA
QUINO, Mafalda Inédita. São Paulo: Martins Fontes, 1993. Disponivel em: Disponível em: http:www.profjosemaria.com/2011_02_16archive.html
Quino, ou Joaquín Salvador Lavado, nasceu dia 17 de julho de 1932 na cidade de Mendoza (Argentina). Recebeu o apelido desde pequeno, para diferenciá-lo de seu tio Joaquín Tejón, pintor e desenhista publicitário com quem aos 3 anos descobriu sua vocação. Na década de 40, perde sua mãe e seu pai. Termina a escola primária e decide inscrever-se na Escola de Belas Artes de Mendoza, a qual abandonaria anos depois para dedicar-se a desenhar quadrinhos e humor.
Disponível em: http://www.mibuenosairesquerido.com/Personagens04.htm
2) QUADRO DE RENOIR
Será utilizado o quadro de Auguste Renoir com o título Mãe e Filho,
Disponivel em: http://educacao.uol.com.br/biografias/auguste-renoir.jhtm
3) Fragmento de “O pequeno príncipe”. Ver o vídeo no www.youtube.com.br.O
Pequeno Príncipe – Filme (Parte 4de9).
Pierre-Auguste Renoir nasceu em família modesta, o pai era alfaiate. Em 1845, a família mudou-se para Paris, mas retornaria para Limoges três anos depois. “A dor passa, mas a beleza permanece", disse Renoir, um dos maiores pintores impressionistas, mestre em fixar em suas telas a luz, o brilho e a beleza das coisas.
Disponivel em: http://educacao.uol.com.br/biografias/auguste-renoir.jhtm
O Pequeno Príncipe Sinopse: A história mágica que narra o encontro do Pequeno Príncipe , vindo de um lugar distante, com um aviador perdido no deserto. Juntos, eles compartilham experiências que divertem, encantam e tocam o coração. Os sábios questionamentos de um pequeno menino, buscando um pouco mais de sentido para a nossa existência farão o espectador, adulto ou criança, deparar-se com a meninice, fazendo a imaginação fluir no tempo, sentir o perfume de uma estrela, dialogar com uma raposa, ouvir a voz de uma flor, ver o brilho de uma fonte, escutar o barulho das folhas batidas pelo vento, visitar um rei distante, observar a maliciosa dança de uma serpente. Nestes encontros e desencontros desenha-se a história vivida pelo Pequeno Príncipe, pequeno em seu tamanho, contudo grande em suas virtudes, e, sem dúvida, ao seu lado, o universo, ou melhor, a vida, torna-se um lugar encantador. Em O Pequeno Príncipe, editado pela primeira vez em 1945, Saint-Exupéry mergulha no subconsciente, achando um meio de resgatar a criança que existe em cada um de nós, devolvendo o mistério da infância, que traz de volta os sonhos e as recordações já imperceptíveis na correria do dia a dia da idade adulta.
Disponivel em: http://www.filmescompletos.info/download-o-pequeno-principe-dublado
Os alunos serão reunidos em grupo e, por escrito, farão análise dos textos,
discorrendo sobre o assunto e as conclusões retiradas. Os textos serão entregues à
professora que, após correção, os devolverá e cada grupo fará a apresentação de
seu trabalho aos colegas. Essa apreentação poderá ser oral, por meio de um cartaz
ou até mesmo de uma encenação. Essa atividade possibilitará à professora avaliar
se os alunos conseguiram atingir os objetivos por ela propostos, qual sejam o de
decodificar, interpretar e dialogar com os textos.
REFERÊNCIAS
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VÍDEOS, MÚSICAS E VÍDEOS CLIPS
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