49
Rua Dr. António Loureiro Borges, 5 – 6.º Arquiparque – Miraflores – 1495-131 Algés – Portugal Tel. +351 214722800 Fax. +351 214722898 e-mail [email protected] web www.adene.pt NIPC 501 618 392 – Capital Social: 1.035.504,44€ Mod. 35(02)/13 SEEP ELEVADORES GUIA DE ETIQUETAGEM ENERGÉTICA DE ELEVADORES v1.0

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Tel. +351 214722800 Fax. +351 214722898 e-mail [email protected] web www.adene.pt

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Mod. 35(02)/13

SEEP ELEVADORES

GUIA DE ETIQUETAGEM ENERGÉTICA DE ELEVADORES

v1.0

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Guia de Etiquetagem Energética de Elevadores

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Guia de Etiquetagem Energética de Elevadores

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Sumário executivo

O Guia de Etiquetagem Energética de Elevadores contém todas as informações necessárias para

avaliar o desempenho energético dos elevadores novos e existentes.

Está dividido em três partes: a metodologia experimental para os elevadores; o cálculo do

desempenho energético; e o layout da etiqueta e respetivo relatório energético com os

principais parâmetros e resultados obtidos na avaliação do elevador.

O cálculo do desempenho energético é a base para a emissão da etiqueta energética emitida

através da plataforma online SEEP.

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Índice

Introdução ..................................................................................................................................... 7

Parte 1 – Metodologia Experimental ............................................................................................ 8

1. Referências normativas ............................................................................................................. 9

1.1. Normas ISO ......................................................................................................................... 9

1.2. Normas VDI ........................................................................................................................ 9

1.3. Normas IEC ......................................................................................................................... 9

2. Termos e definições ................................................................................................................ 10

3. Medições de energia ............................................................................................................... 12

3.1. Disposições gerais ............................................................................................................ 12

3.2. Procedimentos de medição para elevadores ................................................................... 12

3.2.1. Preliminares .............................................................................................................. 12

3.2.1.1. Instrumentação ................................................................................................. 12

3.2.1.2. Precisão ............................................................................................................. 13

3.2.1.3. Preparação do ensaio ........................................................................................ 13

3.2.1.4. Pontos de medição ............................................................................................ 14

3.2.2. Procedimento para medições do consumo de energia ............................................ 14

3.2.2.1. Energia principal de manobra ........................................................................... 15

3.2.2.2. Energia principal em modo inativo e em standby ............................................ 15

3.2.2.3. Energia auxiliar de manobra ............................................................................. 16

3.2.2.4. Energia auxiliar em modo inativo e em standby ............................................... 16

4. Relatório .................................................................................................................................. 18

4.1. Informação geral .............................................................................................................. 18

4.2. Registo de medições de energia ...................................................................................... 18

Parte 2 – Etiqueta de Classificação de Desempenho Energético ................................................ 20

1. Cálculo do consumo energético em elevadores ..................................................................... 20

1.1. Cálculo da energia de manobra por dia ........................................................................... 20

1.1.1. Categoria de utilização e número de arranques por dia ........................................... 20

1.1.2. Distância média de viagem ....................................................................................... 22

1.1.3. Energia média de manobra por metro de viagem .................................................... 22

1.1.4. Energia consumida durante arranque/paragem ....................................................... 23

1.1.5. Energia de manobra consumida durante um ciclo médio ........................................ 23

1.1.6. Energia de manobra consumida por dia ................................................................... 24

1.2. Cálculo da energia em modo inativo/standby por dia ..................................................... 25

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1.2.1. Tempo de manobra por dia ....................................................................................... 25

1.2.2. Tempo em modo inativo/standby por dia ................................................................ 25

1.2.3. Rácios do tempo em modo inativo/standby ............................................................. 26

1.2.4. Energia consumida em modo inativo/standby por dia ............................................. 26

1.3. Energia total consumida por dia ...................................................................................... 27

1.4. Energia total consumida por ano ..................................................................................... 27

2. Classificação da eficiência energética em elevadores............................................................. 28

2.1. Disposições gerais ............................................................................................................ 28

2.2. Classificação do desempenho energético do elevador .................................................... 28

2.3. Nível de desempenho em manobra ................................................................................. 28

2.4. Nível de desempenho em modo inativo/standby ............................................................ 29

2.5. Energia específica de manobra para o ciclo de referência .............................................. 29

Parte 3 – Regras de Etiquetagem ................................................................................................ 32

1. Etiqueta energética do Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos ............................. 32

1.1. Layout da Etiqueta ........................................................................................................... 32

1.1.1. Etiqueta provisória para instaladores de elevadores para indicarem classe

energética antes de instalação ............................................................................................ 32

1.2. Dados da etiqueta energética .......................................................................................... 32

1.3. Regras para a emissão da etiqueta .................................................................................. 33

2. Relatório energético do elevador............................................................................................ 34

Anexos ......................................................................................................................................... 36

Anexo 1 – Símbolos ..................................................................................................................... 36

Anexo 2 – Procedimento para Verificação de Energia ................................................................ 38

1. Informação preliminar..................................................................................................... 38

1.1. Preparação do ensaio ............................................................................................... 38

1.2. Pontos de medição ................................................................................................... 39

2. Corrente principal de manobra ....................................................................................... 40

3. Corrente principal em modo inativo e em standby ........................................................ 40

4. Corrente auxiliar de manobra ......................................................................................... 41

5. Corrente auxiliar em modo inativo e em standby ........................................................... 41

6. Relatório de verificação de energia ................................................................................. 41

6.1. Informação geral ...................................................................................................... 41

6.2. Registo da verificação de energia............................................................................. 42

Anexo 3 – Dados de Identificação ............................................................................................... 44

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Anexo 4 – Checklist Medição de energia..................................................................................... 46

Anexo 5 – Checklist Verificação de energia ................................................................................. 48

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Introdução

O Decreto-Lei 118/2013, de 20 de agosto, introduz a necessidade de os elevadores, escadas e

tapetes rolantes pela primeira vez cumprirem requisitos mínimos de classificação energética e

de o seu desempenho ser contabilizado para obter a classificação energética do edifício (a partir

de 1 de janeiro de 2016).

Este guia intitulado “Guia de Etiquetagem Energética de Elevadores” é a ferramenta necessária

para utilizar corretamente a plataforma do Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos de

forma a emitir a etiqueta energética e desta forma obter o consumo anual de energia estimado.

Este guia permite a avaliação e classificação da eficiência energética de elevadores, baseada em

testes e métodos de cálculo dos seus consumos energéticos dando origem à elaboração de um

certificado energético, da etiqueta energética e em breve para disponibilização de medidas de

melhoria para elevadores instalados com classes de desempenho baixas.

O guia é baseado na norma ISO 25745, realizado pelo comité técnico ISO/TC 178 “Lifts,

escalators and moving walks”, que abordam a temática do desempenho energético destes

sistemas de elevação. O trabalho de tradução, investigação e teste da metodologia foi elaborado

pelo Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra, que participou no estudo

“Energy-Efficient Elevators ans Escalators” disponível em www.e4project.eu que focou-se na

avaliação do consumo energético dos elevadores e escadas rolantes na União Europeia.

Este Guia permite a construtores civis, engenheiros, arquitetos e consultores envolvidos nas

especificações de elevadores, empresas instaladoras e de manutenção de elevadores, e

respetivos operadores, e também às empresas de inspeção, um enquadramento que lhes

permita incluir as necessidades de energia dos elevadores na sua avaliação da eficiência

energética de uma instalação e assim selecionar os equipamentos mais adequados.

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Parte 1 – Metodologia Experimental

Esta primeira parte do Guia mostra a metodologia a seguir para obter o consumo energético do

elevador.

Faz a descrição do procedimento a realizar de forma a obter os valores necessários para utilizar

posteriormente para a obtenção do desempenho energético do elevador.

Os procedimentos neste guia não abrangem aspetos energéticos tais como:

• Iluminação da caixa do elevador;

• Aquecimento e arrefecimento no interior da cabine do elevador;

• Iluminação na casa da máquina;

• Aquecimento, ventilação e ar condicionado da casa das máquinas;

• Câmaras de segurança, CCTV, sistemas de monitoração não pertencentes ao elevador,

etc…;

• Sistemas de gestão dos edifícios, não pertencentes ao elevador;

• Efeito do sistema de gestão do grupo de elevadores no consumo de energia;

• Condições ambientais;

• Consumo através de tomadas;

• Elevadores cuja viagem inclui uma zona express.

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1. Referências normativas

1.1. Normas ISO

ISO 25745 “Energy performance of lifts, escalators and moving walks”

• ISO 25745-1:2012: “Energy measurement and verification”

• ISO 25745-2:2015: “Energy calculation and classification of lifts (elevators)”

1.2. Normas VDI

VDI 4707 1-2:2009 – “Lifts”

1.3. Normas IEC

IEC 61000-4-30:2003, “Electromagnetic compatibility (EMC): Testing and measurement

techniques – Power quality measurement methods (part 4)”

IEC 62053:2003, “Electricity metering equipment (AC – Alternating Current)”

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2. Termos e definições

Neste documento aplicam-se os seguintes termos e definições:

Caixa: Volume no qual se desloca a cabine e o contrapeso ou a massa de equilíbrio. Este volume

é habitualmente limitado pelo fundo do poço, as paredes e o teto da caixa.

Carga nominal: Carga para o qual o aparelho foi fabricado.

Ciclo curto: Ciclo para o qual o elevador realiza uma viagem de ida e volta, incluindo abertura e

fecho de portas, percorrendo uma distância entre um quarto a metade da distância total da

caixa, sendo este capaz de atingir a velocidade nominal, com estabilidade.

Ciclo de referência: Ciclo durante o qual o elevador sem carga realiza manobra do terminal

inferior até ao terminal superior, e de seguida volta ao terminal inferior, incluindo dois ciclos

completos de porta (abertura e fecho).

Ciclo médio: Ciclo de apenas uma viagem de ida e volta do elevador, percorrendo a distância

média de viagem.

Condição inativo: A condição inativo aplica-se a um elevador parado, depois de realizar uma

viagem e antes do modo standby ser aplicado.

Condição “Standby”: A condição “standby” aplica-se a um elevador estacionário num terminal,

normalmente sujeito a um nível baixo de potência consumida.

Condição “Sleep”/hibernação: A condição “standby” aplica-se a um elevador estacionário num

terminal, normalmente sujeito a um nível ainda mais baixo de potência consumida, em relação

à condição de “Standby”.

Contrapeso: Massa que possibilita aderência dos cabos na roda de aderência e reduz o binário

motriz.

Corrente auxiliar: Corrente fornecida ao equipamento auxiliar, tais como lâmpadas, ventoinhas,

dispositivos de alarme e baterias de dispositivos de emergência.

Corrente principal: Corrente fornecida ao equipamento principal, imprescindível à operação do

elevador tais como como máquinas, variadores de velocidade e portas.

Energia auxiliar: Energia fornecida ao equipamento auxiliar, tais como lâmpadas, ventoinhas,

dispositivos de alarme e baterias de dispositivos de emergência.

Energia de arranque/paragem: Energia utilizada durante aceleração ou desaceleração do

elevador.

Energia principal: Energia fornecida ao equipamento principal, imprescindível à operação do

elevador tais como como máquinas, variadores de velocidade e portas.

Fator de carga: Rácio entre a energia utilizada em modo de manobra com a carga média do

elevador e a energia medida em modo de manobra com a cabine vazia.

Pontos de medição: Locais onde devem ser realizadas as medições da energia/corrente principal

e auxiliar.

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Teste de ciclos contínuos: Teste para o qual o elevador realiza ciclos de referência de um modo

contínuo, manobrando entre o terminal inferior e o terminal superior (sem carga), incluindo a

abertura e fecho de portas.

Viagem: Movimento de um terminal de partida até ao terminal de paragem não incluindo o

nivelamento da cabina no terminal.

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3. Medições de energia

3.1. Disposições gerais

Esta secção específica o método de medição do consumo de energia nos elevadores durante a

manobra, em modo inativo, e em modo standby.

As medições do consumo de energia nos elevadores podem ser realizadas:

• Após o comissionamento;

• Caso as verificações detetem uma alteração grande do consumo de energia;

• Depois da aplicação de medidas de melhorias ao elevador.

As medições devem ser:

• Praticáveis em campo;

• Repetíveis;

• Realizadas por uma pessoa experiente e competente, familiarizada com o equipamento

de medição e, preferencialmente, acompanhada pelo responsável da manutenção, para

garantir a segurança.

A tabela 1.1 sumariza as medições a serem realizadas e os tipos de instrumentos necessários.

Medições a serem efetuadas Instrumentos

Energia principal – de manobra Energia principal – em modo inativo e em standby

Energia auxiliar – de manobra Energia auxiliar – em modo inativo e em standby

Medidor de energia

Tabela 1.1 - Medições de energia utilizada em elevadores

No caso de existirem elevadores em grupo, cada unidade deve ser testada separadamente.

O consumo elétrico dos equipamentos partilhados (ex. Controladores de grupo) devem ser

também medidos, devendo somar-se esses valores aos consumos em manobra e em modo

standby de forma proporcional para cada elevador de grupo, i. e., dividindo o valor total medido

pelo número de elevadores no grupo.

3.2. Procedimentos de medição para elevadores

3.2.1. Preliminares

3.2.1.1. Instrumentação

Os instrumentos de medida devem respeitar as seguintes condições:

a) Um medidor de energia capaz de medir a energia com cargas desequilibradas;

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b) Um amperímetro (pinça amperimétrica); e um voltímetro capaz de medir o valor eficaz

(RMS) de uma grandeza.

Os medidores de energia a serem utilizados podem ser os equipamentos definidos na norma IEC

620531, ou analisadores de potência/energia, definidos na norma IEC 61000-4-302 ou

equivalentes.

Os instrumentos devem ser compatíveis com a tecnologia da instalação, em particular:

a) Unidades regenerativas;

b) Instalações onde estejam presentes ondas não-sinusoidais;

c) Ou compatíveis com sistemas de fornecimento de energia sem neutro.

O intervalo mínimo de gravação não deve ser superior a 1 segundo.

Deverá ter a opção de salvaguardar os dados medidos e permitir a sua exportação para

computador.

Os equipamentos devem estar calibrados e verificados por entidade creditada, com o respetivo

certificado e selo de verificação.

3.2.1.2. Precisão

Os valores medidos devem ter uma precisão de, pelo menos, ±10%.

3.2.1.3. Preparação do ensaio

A preparação do ensaio deve seguir os seguintes procedimentos:

a) Os modelos dos instrumentos utilizados durante o ensaio devem ser registados;

b) Os ensaios devem ser realizados sem nenhuma modificação dos parâmetros do

elevador, e os parâmetros da unidade devem ser recordados para a sua identificação;

c) A entrada da cabina deverá ser bloqueada de modo a evitar a entrada de passageiros;

d) O elevador deverá realizar ciclos de manobra até se atingirem as temperaturas normais

de funcionamento;

e) O elevador não deverá ter carga na cabine;

f) As medições devem ocorrer em condições reais de funcionamento não se podendo

desligar quaisquer funcionalidade do elevador.

Nota 1: Estas condições são aplicadas a novas instalações: no entanto, instalações existentes

podem requerer uma configuração de instrumentação específica.

Nota 2: As condições ambientais podem influenciar o consumo de energia dos elevadores,

devido a condições de humidade e de temperatura, por exemplo, nos elevadores hidráulicos (a

1 IEC 62053: “Electricity metering equipment (a.c.)”. 2 IEC 61000-4-30:2013: “Electromagnetic compatibility (EMC): Testing and measurement techniques –

Power quality measurement methods (part 4)”.

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viscosidade dos óleos). As medições devem ser realizadas nos intervalos de temperaturas de

funcionamento definidas pelo fabricante, alcançadas após colocar o elevador em

funcionamento durante alguns minutos.

3.2.1.4. Pontos de medição

As medições dos valores de consumo de energia devem ser efetuadas à saída do interruptor do

circuito principal de energia do equipamento principal e a seguir à saída do interruptor para o

circuito do equipamento auxiliar (ver figura 1.1).

Caso o interruptor do circuito do equipamento auxiliar esteja depois do interruptor principal de

energia (em série com o interruptor principal), devem ser realizadas medições no ponto

principal de medição P1 (interruptor do equipamento principal).

Figura 1.1 – Pontos de medição para elevadores

3.2.2. Procedimento para medições do consumo de energia

Verificar os requisitos descritos na seção 3.2.1.

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3.2.2.1. Energia principal de manobra

O procedimento é o seguinte:

a) Conectar o medidor de energia nas fases principais de alimentação (ponto de medição

P1 – figura 1.1);

b) Medir e registar as tensões de alimentação;

c) Definir o medidor de energia para a medição da energia consumida;

d) Configurar o elevador para ciclos automáticos de viagem entre os terminais inferior e

superior, caso não seja possível, efetuar as operações manualmente;

e) Iniciar manobra até o terminal inferior com a cabina vazia, de forma a começar o ensaio

a partir do terminal inferior;

f) Iniciar medições;

g) Iniciar teste de ciclos contínuos (ver secção 2), realizando, no mínimo, 10 ciclos;

h) Registar o valor da energia medida e o número de ciclos realizados;

i) Dividir a energia total obtida pelo número de ciclos e registar o valor.

Medições adicionais podem ser realizadas, caso a dimensão da caixa ou o número de pisos

permitam, devendo ser registada a distância de viagem, a energia consumida e o número de

ciclos.

A realização da medição adicional permite que o resultado final seja mais fiável.

Nota: Caso a dimensão da caixa e o número de pisos permita a realização de um ciclo curto,

deve-se repetir este procedimento, com a alteração dos ciclos automáticos entre os terminais

inferior e superior para os terminais inferior e o terminal considerado para o ciclo curto –

terminal esse que se encontra entre um quarto e metade da distância total da caixa do elevador.

Os valores de distância, energia consumida, e número de ciclos deve também ser registada.

3.2.2.2. Energia principal em modo inativo e em standby

O procedimento é o seguinte:

a) Conectar o medidor de energia nas fases principais de alimentação (ponto de medição

P1 – figura 1.1);

b) Medir e registar as tensões de alimentação;

c) Iniciar manobra para um ciclo de referência;

d) Registar a energia em modo inativo durante 1 minuto, iniciando as medições logo após

terminar o ciclo de referência;

e) Após o fecho da porta, deve ser mantida a cabina do elevador, vazia, no terminal inferior

durante 5 minutos, e de seguida registar a energia em modo standby durante 1 minuto;

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f) Calcular a potência principal em modo inativo: dividir a energia medida em modo inativo

pelo tempo de medição;

g) Calcular a potência principal em standby: dividir a energia medida em modo standby

pelo tempo de medição.

Nota: Alguns elevadores poderão apresentar outros modos de redução de energia (por exemplo:

modo “sleep” ou hibernação, por exemplo após 30 minutos), nestes casos devem ser efetuadas

medições de forma similar à alínea d) e sem o elevador realizar uma manobra.

3.2.2.3. Energia auxiliar de manobra

O procedimento é o seguinte:

a) Conectar o medidor de energia nas fases auxiliares de alimentação (ponto de medição

P2 – figura 1.1);

b) Medir e registar as tensões de alimentação;

c) Definir o medidor de energia para a medição da energia consumida;

d) Configurar o elevador para ciclos automáticos de viagem entre os terminais inferior e

superior, caso não seja possível, efetuar as operações manualmente;

e) Iniciar manobra até o terminal inferior com a cabina vazia, de forma a começar o ensaio

a partir do terminal inferior;

f) Iniciar medições;

g) Iniciar teste de ciclos contínuos (ver secção 2), realizando, no mínimo, 10 ciclos;

h) Registar o valor da energia medida e o número de ciclos realizados;

i) Dividir a energia total obtida pelo número de ciclos e registar o valor.

Medições adicionais podem ser realizadas, caso a dimensão da caixa ou o número de pisos

permitam, devendo ser registada a distância de viagem, a energia consumida e o número de

ciclos.

A realização da medição adicional permite que o resultado final seja mais fiável.

Nota: Caso a dimensão da caixa e o número de pisos permitir a realização de um ciclo curto,

deve-se repetir este procedimento, com a alteração dos ciclos automáticos entre os terminais

inferior e superior para os terminais inferior e o terminal considerado para o ciclo curto –

terminal esse que se encontra entre um quarto e metade da distância total da caixa do elevador.

Os valores de distância, energia consumida, e número de ciclos deve também ser registada.

3.2.2.4. Energia auxiliar em modo inativo e em standby

O procedimento é o seguinte:

a) Conectar o medidor de energia nas fases principais de alimentação (ponto de medição

P1 – figura 1.1);

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b) Medir e registar as tensões de alimentação;

c) Iniciar manobra para um ciclo de referência;

d) Registar a energia em modo inativo durante 1 minuto, iniciando as medições logo após

terminar o ciclo de referência;

e) Após o fecho da porta, deve ser mantida a cabina do elevador, vazia, no terminal inferior

durante 5 minutos, e de seguida registar a energia em modo standby durante 1 minuto;

f) Calcular a potência principal em modo inativo: dividir a energia medida em modo inativo

pelo tempo de medição;

g) Calcular a potência principal em standby: dividir a energia medida em modo standby

pelo tempo de medição.

Nota: Alguns elevadores poderão apresentar outros modos de redução de energia (por exemplo:

modo “sleep” ou hibernação, por exemplo após 30 minutos), nestes casos devem ser efetuadas

medições de forma similar à alínea d) e sem o elevador realizar uma manobra.

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4. Relatório

A realização dos procedimentos de medição devem ser repetíveis, por este motivo a forma e as

condições em que foram realizados os procedimentos devem ser registadas.

Os dados que são colocados na plataforma para obter o desempenho energéticos devem ser

complementados com informação para que a análise do desempenho energético permita

fornecer ao dono do edifício onde se encontra instalado o elevador mais informações úteis.

4.1. Informação geral

Será possível consultar os seguintes dados:

a) Data, horas, nome do responsável pelas medições, nome do edifício, localização da

unidade, referência da unidade, e data da instalação;

b) Tipo de instrumentação, precisão, referências dos modelos e suas configurações;

c) O resumo das especificações técnicas: Carga nominal, velocidade nominal, distância de

viagem do ciclo de referência (scr), contrapeso;

d) Condições dos componentes ativos, tais como portas, iluminação, ventoinhas, etc.;

e) Condições de standby (por exemplo: lâmpadas ligadas ou desligadas, ventilação ligada

ou desligada, …);

4.2. Registo de medições de energia

Apresenta-se dados que permitam uma rápida avaliação dos dados obtidos das medições de

energia efetuados:

a) Energia de manobra;

b) Energia em modo inativo e em standby.

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Parte 2 – Etiqueta de Classificação de Desempenho Energético

Esta parte do Guia mostra os métodos de cálculo para calcular o desempenho energético dos

elevadores.

1. Cálculo do consumo energético em elevadores

Nesta secção é apresentado um método para estimar o consumo energético diário e anual de

elevadores. Os dados podem ser adquiridos através de medições efetuadas nas instalações

(Parte 1 – seção 3), ou através de dados fornecidos pelos fabricantes (cálculo/simulações).

1.1. Cálculo da energia de manobra por dia

1.1.1. Categoria de utilização e número de arranques por dia

A energia total utilizada por um elevador depende, para além da sua conceção, especialmente

da sua utilização. Dependendo do tipo de edifício, da utilização do elevador e do número de

passageiros, são definidas seis categorias de utilização que diferem entre si no número de

viagens por dia.

Na tabela 2.1 são apresentadas as seis categorias de utilização, com um número estimado de

viagens por dia, bem como exemplos de elevadores que se enquadram nessas categorias. Um

número aproximado de viagens por dia pode ser obtido por observação, ou por um contador

eletrónico.

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Categoria de uso

1 2 3 4 5 6

Intensidade de uso/frequência

Muito Baixo Baixa Média Elevada Muito Elevada Extremamente

Elevada

Número de viagens por dia

(nd) (intervalos típicos)

50 (< 75)

125 (75 - <200)

300 (200 - <500)

750 (500 - <1000)

1500 (1000 - <2000)

2500 (≥2000)

Tipos de edifícios e sua utilização

Edifícios residenciais até 6 habitações Pequeno edifício de escritórios com pouco movimento Estações ferroviárias suburbanas

Edifício residenciais até 20 apartamentos Pequeno edifício de escritórios e de serviços até 5 pisos Hotel de pequena dimensão Elevador de carga com pouco movimento Pequenos hotéis Parques de estacionamento Estações ferroviárias Bibliotecas Parques de diversões

Edifício residenciais até 50 apartamentos Edifício de escritórios e de serviços, de dimensão média até 10 pisos Hotéis de tamanho médio Aeroportos Universidades Pequenos hospitais Centros comerciais

Edifício residenciais com mais de 50 apartamentos Edifício de escritórios e de serviços dimensão grande com mais 10 pisos Grandes hotéis

Edifício de serviços com mais de 100 m de altura

Edifício de serviços com mais de 100 m de altura

Velocidades nominais típicas

0,63 m/s 1,00 m/s 1,60 m/s 2,50 m/s 5,00 m/s 5,00 m/s

Tabela 2.1 - Categorias de uso com os números de viagens por dias

Nota: O número de viagens é categorizado de modo a alcançar resultados comparáveis de

avaliações energéticas que sejam levadas a cabo por diferentes entidades.

Para elevadores instalados em locais onde o tipo de padrão de tráfego e o número de viagens

por dia seja bem conhecido, pode ser acordada um número específico de viagens, diferente dos

números da tabela 2.1, entre as entidades que realizem a avaliação anual de consumo de energia

e classificação do elevador.

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1.1.2. Distância média de viagem

A distância média de viagem ( ) da instalação pretendida deve ser calculada de acordo com a

equação 1, sendo este valor dependente de que deve ser selecionado da tabela 2.2.

= ∙ (1)

Onde:

o rácio entre a distância média de viagem e a distância máxima de viagem (%);

é a distância de viagem de ida ou de volta de um ciclo de referência (m);

é a distância média de viagem da instalação pretendida (m).

Categoria de uso 1 – 3 4 5 6

Número de paragens Rácio entre a distância média de viagem e a distância máxima de viagem

( )

2 100%

3 67%

>3 49% 44% 39% 32%

Tabela 2.2 – Rácio entre a distância média de viagem e a distância máxima de viagem

1.1.3. Energia média de manobra por metro de viagem

A energia média de manobra consumida por metro de viagem deve ser determinada quando o

elevador se apresenta à velocidade nominal, e obtida pela seguinte equação:

= (2)

Onde:

é a energia de manobra consumida durante um ciclo curto (Wh);

é a energia de manobra consumida durante um ciclo de referência (Wh);

é a energia média de manobra por metro de viagem (Wh/m);

é a distância de viagem de ida ou de volta de um ciclo de referência (m);

é a distância de viagem de um ciclo curto (m).

Nota 1: A energia de manobra do ciclo curto ( ) é obtida por medição seguindo o

procedimento descrito em Parte 1 – secção 3.2.2, mas utilizando um ciclo curto.

Nota 2: e são as distâncias de viagem num sentido em cada uma das direções e

necessitam de ser contabilizadas duas vezes para a distância de manobra para um ciclo

completo.

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1.1.4. Energia consumida durante arranque/paragem

A energia consumida durante arranque/paragem é estimada a partir da energia consumida para

acelerar o elevador até à velocidade nominal, desacelerar o elevador desde a velocidade

nominal até o ponto de chegada, para abrir e fechar as portas, e a energia utilizada enquanto o

elevador se apresenta nos terminais em modo inativo, aguardando início de percurso ou em

possível modo standby.

A energia consumida durante arranque/paragem de uma viagem de ida ou de volta é obtida

através da equação 3.

= ( − 2 ∙ ∙ ) (3)

Onde:

é a energia consumida durante arranque/paragem do elevador (Wh);

é a energia de manobra consumida durante um ciclo de referência (Wh);

é a energia média de manobra por metro de viagem (Wh/m);

é a distância de viagem de ida ou de volta de um ciclo de referência (m).

1.1.5. Energia de manobra consumida durante um ciclo médio

A energia de manobra consumida por ciclo médio, é estimada de acordo com a equação 4.

= 2 ∙ ∙ +2 ∙ (4)

Onde:

é a energia consumida durante arranque/paragem do elevador (Wh);

é a energia de manobra consumida por ciclo médio (Wh);

é a energia média de manobra por metro de viagem (Wh/m);

é a distância média de viagem da instalação pretendida (m).

Nota: A energia de manobra consumida durante um ciclo médio pode ser determinada

diretamente por medição, cálculo, ou simulação. E neste situação, este cálculo não é necessário.

Se o número de paragens não permitir medições durante um ciclo curto, a energia consumida

de manobra por ciclo médio, deverá ser estimada pela seguinte equação:

= ∙ (5)

Onde:

é a energia de manobra consumida por ciclo médio (Wh);

é a energia de manobra consumida durante um ciclo de referência (Wh);

é a distância de viagem de ida ou de volta de um ciclo de referência (m);

é a distância média de viagem da instalação pretendida (m)

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1.1.6. Energia de manobra consumida por dia

A energia de manobra consumida por dia é obtida pela equação 6.

= . ∙ (6)

Onde:

é a energia de manobra consumida por ciclo médio (Wh);

é a energia de manobra consumida por dia (Wh);

é o número de arranques/viagens por dia, de acordo com a categoria de uso

retirado da tabela 2.1;

é o fator de carga.

O fator de carga ( ) pode ser calculado pela utilização das equações descritas abaixo, tendo em

conta o valor da percentagem da carga nominal do elevador (%Q) presente na tabela 2.3.

Para elevadores de tração contrabalançados em 50%:

= 1 − (% ∙ 0.0164) (7)

Para elevadores de tração contrabalançados em 40%:

= 1 − (% ∙ 0.0192) (8)

Para elevadores de tração contrabalançados em 30%:

= 1 − (% ∙ 0.0197) (9)

Para elevadores de hidráulicos sem equilíbrio:

= 1 + (% ∙ 0.0071) (10)

Para elevadores de hidráulicos com 35% em contrabalanço do peso da cabina:

= 1 + (% ∙ 0.0100) (11)

Para elevadores de hidráulicos com 70% em contrabalanço do peso da cabina:

= 1 + (% ∙ 0.0187) (12)

Nota 1: A interpolação pode ser utilizada para obter valores de kL onde os valores de

contrabalanço sejam intermédios aos apresentados.

Nota 2: Elevadores de tração sem contrapeso poderão ser considerados como elevadores

hidráulicos sem equilíbrio e ser calculado de acordo com essa premissa.

Categoria de uso 1-3 4 5 6

Carga nominal (kg) Percentagem da carga nominal (Q)

≤ 800 7,5% 9,0% 13,0% 19,0%

801 - ≤ 1275 4,5% 6,0% 8,2% 13,5%

1276 - ≤ 2000 3,0% 3,5% 5,0% 9,0%

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Categoria de uso 1-3 4 5 6

Carga nominal (kg) Percentagem da carga nominal (Q)

> 2000 2,0% 2,2% 3,0% 6,0%

Tabela 2.3 – Percentagem da carga nominal (Q)

1.2. Cálculo da energia em modo inativo/standby por dia

1.2.1. Tempo de manobra por dia

O tempo total de manobra por dia é obtido pela seguinte equação:

= ∙ (13)

Onde:

é o tempo de manobra por dia (h);

é o tempo para percorrer a distância média de viagem, incluindo abertura e

fecho de portas (s);

é o número de arranques/viagens por dia.

O tempo total de manobra por dia pode ser estimado através do tempo necessário para

percorrer a distância média de viagem da instalação pretendida é calculado pela equação 14.

= + + + (14)

Onde:

é o tempo para percorrer a distância média de viagem, incluindo abertura e

fecho de portas (s);

é a velocidade nominal (m/s);

é a aceleração média (m/s2);

é a taxa de variação da aceleração (m/s3);

é o tempo de abertura, e fecho de portas do elevador, incluindo o tempo de

portas abertas (s).

é a distância média de viagem da instalação pretendida (m).

Os valores para a e j podem ser obtidos por medição, valores configurados pelo instalador, ou

das tabelas normalizadas do instalador. Quando a, j e tp não são conhecidos, devem ser medidos.

1.2.2. Tempo em modo inativo/standby por dia

Para calcular a energia em modo inativo/standby por dia é necessário obter o tempo por dia

para o qual o elevador não realiza manobra. O tempo, por dia, quando o elevador não realiza

manobra é o tempo em que o elevador está inativo num terminal: com as portas abertas onde

os passageiros entram e saem do elevador, ou com as portas fechadas em modo inativo ou de

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standby. O tempo em modo inativo/standby por dia pode ser calculado a partir da seguinte

equação:

= 24 − (15)

Onde:

é o tempo em modo inativo/standby por dia (h).

é o tempo de manobra por dia (h);

Nas situações em que o elevador é completamente desconectado da alimentação, deverá ser

determinado o tempo de “não-funcionamento”.

1.2.3. Rácios do tempo em modo inativo/standby

A energia consumida em modo inativo/standby por dia abrange três componentes:

a) o tempo em que o elevador se apresenta inativo e antes dos 5 minutos;

b) o tempo entre os 5 minutos e os 30 minutos em modo standby, e caso ocorra;

c) o tempo depois dos 30 minutos.

A percentagem de tempo gasto por dia em que o elevador se apresenta em modo

inativo/standby deve ser retirada da tabela 2.4. Em casos específicos, esta percentagem deve

ser determinada a partir de simulações de tráfego.

Categoria de uso 1 2 3 4 5 – 6

Percentagem de

tempo em modo

inativo e standby (%)

13 23 36 45 42

55 45 31 19 17

32 32 33 36 41

Tabela 2.4 – Percentagem de tempo em modo inativo/standby

1.2.4. Energia consumida em modo inativo/standby por dia

A energia consumida em modo inativo/standby por dia é obtida como se segue:

= ∙ ( . + ∙ + ∙ ) (16)

Onde,

é a potência utilizada em modo inativo (W);

é a potência utilizada em modo standby após 5 minutos (W);

é a potência utilizada em modo standby após 30 minutos (W);

é a percentagem do tempo em modo inativo (%);

é a percentagem de tempo de (%);

é a percentagem de tempo de (%);

é a energia consumida em modo inativo/standby por dia (Wh).

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Nota: Se após a última viagem realizada pelo elevador não existirem alterações entre os valores

de potência dos 5 minutos e dos 30 minutos em modo standby então a percentagem de tempo

é adicionada à percentagem precedente , ou se não existirem alterações entre os

valores de potência entre do modo inativo e dos 5 minutos em modo standby então a

percentagem de tempo é adicionada à percentagem precedente .

1.3. Energia total consumida por dia

O valor da energia total consumida por dia é estimada pela seguinte equação:

= + (17)

Onde:

é a energia consumida em modo inativo/standby por dia (Wh);

é a energia de manobra consumida por dia (Wh);

é a energia total consumida por dia (Wh).

1.4. Energia total consumida por ano

A energia total consumida por ano é é simplesmente estimada pela multiplicação do número de

dias de manobra do elevador num ano pelo valor da energia total consumida por dia.

= ∙ (18)

Onde:

é o número de dias de funcionamento do elevador por ano;

é a energia total consumida por dia (Wh);

é a energia total consumida por ano (Wh).

Se o elevador for desligado em certos dias (por exemplo, fins-de-semana e feriados) o número

de dias por ano deverá ser reduzido nesse número de dias.

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2. Classificação da eficiência energética em elevadores

2.1. Disposições gerais

Esta secção descreve uma metodologia para a classificação de um dado elevador. Esta

metodologia pode ser aplicada a novos elevadores e a elevadores em serviço. Também pode ser

utilizada para a reclassificação de um elevador após a sua modernização.

Este método aplica-se tanto a valores medidos no local ou fornecidos por simulação ou cálculo

através de tabelas e modelos de cálculo de fabricantes.

2.2. Classificação do desempenho energético do elevador

A classe de eficiência energética é obtida pela comparação da energia total consumida por dia

(secção 1.3) com os limites calculados de acordo com a tabela 2.6.

O número de viagens por dia ( ) é obtido através da seguinte tabela, de acordo com a categoria

de uso em que se encontra o elevador:

Categoria de uso 1 2 3 4 5 6

Número de viagens por dia

(nd) 50 125 300 750 1500 2500

Tabela 2.5 - Categorias de uso com os números médios de viagens por dia

Classes de eficiência energética Energia consumida por dia (Wh)

A ≤ 0,72 ∙ ∙ ∙ 1000 + 50 ∙

B ≤ 1,08 ∙ ∙ ∙ 1000 + 100 ∙

C ≤ 1,62 ∙ ∙ ∙ 1000 + 200 ∙

D ≤ 2,43 ∙ ∙ ∙ 1000 + 400 ∙

E ≤ 3,65 ∙ ∙ ∙ 1000 + 800 ∙

F ≤ 5,47 ∙ ∙ ∙ 1000 + 1600 ∙

G > 5,47 ∙ ∙ ∙ 1000 + 1600 ∙

Tabela 2.6 – Classificação de desempenho energético

2.3. Nível de desempenho em manobra

A energia específica de manobra para o ciclo médio é obtida pela equação 19:

= ∙ ∙∙ ∙ (19)

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Onde:

é a energia de manobra consumida durante um ciclo médio (Wh);

é a energia específica de manobra para o ciclo médio (mWh/kg.m);

é o fator de carga;

Q é a carga nominal (kg);

é a distância média de viagem da instalação pretendida (m).

De acordo com a tabela 2.7 e o respetivo valor obtido pela equação 19, é possível estabelecer

um nível de desempenho em manobra.

Energia específica de

manobra (mWh/kgm) ≤ 0,72 ≤ 1,08 ≤ 1,62 ≤ 2,43 ≤ 3,65 ≤ 5,47 > 5,47

Nível de desempenho 1 2 3 4 5 6 7

Tabela 2.7 – Classificação energética em manobra

2.4. Nível de desempenho em modo inativo/standby

A partir dos valores obtidos da potência em modo inativo ou em modo standby é possível

estabelecer um nível de desempenho de acordo com a tabela 2.8.

Deve usar-se o menor valor da potência, i.e., caso não se tenha verificado a potência em modo

standby, a classificação reflete-se sobre a potência em modo inativo. Com a verificação da

potência em modo standby, a classificação reflete a potência em modo standby e não a potência

em modo inativo.

Potência em modo

inactivo/standby (W) ≤ 50 ≤ 100 ≤ 200 ≤ 400 ≤ 800 ≤ 1600 > 1600

Nível de desempenho 1 2 3 4 5 6 7

Tabela 2.8 – Classificação energética em modo inativo/standby

2.5. Energia específica de manobra para o ciclo de referência

O cálculo da energia específica de manobra para o ciclo de referência permite obter um valor

de energia para o edifício onde o elevador está instalado e com esse valor, realizar comparações

com outros tipos de elevador que possam ser especificados para esse edifício.

O valor é estimado pela seguinte equação:

= ∙∙ ∙ (20)

Onde:

é a energia de manobra consumida durante um ciclo de referência (Wh);

é a energia específica de manobra para o ciclo de referência (mWh/kg∙m);

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Q é a carga nominal (kg);

é a distância de viagem de ida ou de volta de um ciclo de referência (m).

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Parte 3 – Regras de Etiquetagem

1. Etiqueta energética do Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos

1.1. Layout da Etiqueta

A etiqueta energética dos elevadores é definida em despacho da Direção Geral de Energia e

Geologia através de proposta de aspeto gráfico e informativo pela entidade gestora do Sistema

Nacional de Certificação Energética de Edifícios.

Atualmente prevê-se que a etiqueta terá a dimensão de 100mm de largura por 80mm de altura.

Figura 3.1 – Exemplo de um possível aspeto visual da etiqueta energética de elevadores

1.1.1. Etiqueta provisória para instaladores de elevadores para indicarem classe energética antes de instalação

Para ajudar os instaladores de elevadores, p.e., colocar informação nos seus catálogos ou indicar

a projetistas ou construtores sobre a classificação energética dos elevadores, prevê-se uma

etiqueta provisória e meramente indicativa sendo que o resultado poderá ser diferente após a

efetiva instalação do elevador.

1.2. Dados da etiqueta energética

A etiqueta deve incluir os seguintes dados técnicos, pelos que os mesmos devem ser obtidos

corretamente na identificação do elevador:

• Um número de identificação único, por exemplo, o Código Nacional da Instalação

Elevação disponibilizado pela DGEG ou em alternativa um ID fornecido pela ADENE;

• O modelo do elevador;

• O fabricante do elevador;

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• O tipo de elevador;

• A carga nominal;

• A velocidade nominal;

• A categoria de utilização do elevador.

Estes dados permitem obter mais informação por parte de quem consulta a etiqueta e conhecer

os dados que serviram de base para o cálculo do desempenho energético.

1.3. Regras para a emissão da etiqueta

A emissão de etiquetas com o desempenho energético de elevadores é realizada de acordo com

as seguintes condições:

1) A emissão de etiquetas é realizada por unidade de elevador;

2) A cada etiqueta corresponde um número unívoco e identificador de cada etiqueta

emitida, não podendo coexistir duas etiquetas com o mesmo número;

3) O número de identificação da etiqueta é composto pelo número de registo do elevador

na Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) – o seu Código Nacional de Instalação de

Elevação – acrescido de um número de controlo de etiqueta emitida para o elevador;

4) A emissão de etiquetas é realizada via plataforma informática acessível através da

internet (e dentro da área privada de Emissor), seguindo um conjunto de passos

aquando do início do processo de emissão de etiquetas;

5) No final do procedimento de introdução dos dados, o Emissor conclui esse

procedimento, podendo, nessa altura, consultar e visualizar as etiquetas;

6) Após visualização das etiquetas e validação das mesmas, o Emissor dará ordem de

emissão.

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2. Relatório energético do elevador

No relatório energético devem figurar todos os valores caraterísticos do elevador e deve ser

entregue pelo fabricante ao construtor ou ao proprietário do elevador no âmbito de um

orçamento ou em processos de certificação.

Este certificado pode ser acessível ou impresso através da plataforma SEEP.

Os resultados da avaliação energética devem ser documentados e incluir os seguintes dados:

• Fabricante;

• Localização do elevador;

• Tipo de elevador;

• Tipo de sistema de força motriz;

• Carga nominal (kg);

• Distância máxima de viagem(s);

• Número de terminais;

• Número de arranques;

• Tipo de categoria (1 – 6);

• Potência em modo inativo (W);

• Potência de standby ( ) (W);

• Potência de standby ( ) (W);

• Número de dias de funcionamento por ano;

• Estimativa da energia consumida por ano (kWh);

• Tempo para hibernar (s);

• Tempo de recuperação após hibernação (s);

• Tempo necessário para iniciar o modo “sleep” (s);

• Tempo de recuperação após o modo “sleep” (s);

• Energia específica de manobra para o ciclo médio (mWh/kg∙m);

• Classificação do elevador dependendo da utilização esperada (A-G);

• Energia específica para o ciclo de referência de acordo com a ISO (mWh/kg∙m);

• Data de avaliação.

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Anexos

Anexo 1 – Símbolos

é a aceleração média (m/s2);

é o número de dias de funcionamento do elevador por ano;

é a energia total consumida por ano (Wh);

é a energia de manobra consumida durante um ciclo curto (Wh);

é a energia consumida durante arranque/paragem do elevador (Wh);

é a energia total consumida por dia (Wh);

é a energia de manobra consumida durante um ciclo de referência (Wh);

é a energia de manobra consumida durante um ciclo médio (Wh);

é a energia de manobra consumida por dia (Wh);

é a energia de manobra consumida em regime permanente (Wh);

é a energia média de manobra por metro de viagem (Wh/m);

é a energia consumida por dia em modo inativo/standby (Wh);

é a energia específica de manobra para o ciclo médio (mWh/kg∙m);

é a energia específica de manobra para o ciclo de referência (mWh/kg∙m);

é a taxa de variação da aceleração (m/s3) – “Jerk”;

é o fator de carga;

é o número de arranques/viagens por dia;

é o rácio entre a distância média de viagem e a distância máxima de viagem (%);

é a potência utilizada em modo inativo (W);

é a potência utilizada em modo standby após 5 minutos (W);

é a potência utilizada em modo standby após 30 minutos (W);

Q é a carga nominal (kg);

é a distância de viagem de um ciclo curto (m);

é a distância média de viagem da instalação pretendida (m);

é a distância de viagem de ida ou de volta de um ciclo de referência (m);

é a distância de viagem de ida ou de volta de um ciclo de referência (m);

é a percentagem do tempo em modo inativo (%);

é a percentagem de tempo de (%);

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é a percentagem de tempo de (%);

é o tempo em que se encontra em regimo permanente (s);

é o tempo para percorrer a distância média de viagem, incluindo abertura e

fecho de portas (s);

é o tempo de manobra por dia (h);

é o tempo de abertura, e fecho de portas do elevador, incluindo o tempo de

portas abertas (s).

é o tempo por dia em modo inativo/standby (h);

é a velocidade nominal (m/s).

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Anexo 2 – Procedimento para Verificação de Energia

A verificação de energia tem o objetivo de averiguar se ocorreram variações significativas do

consumo de energia do equipamento. Podendo ser realizadas no comissionamento, ou na

emissão da 1ª etiqueta energética em caso de um elevador já instalado, numa modernização, e

a qualquer momento durante o tempo de vida útil de funcionamento do equipamento.

Ao contrário da medição de energia descrita no Guia, só a corrente é medida, pois este é o

elemento do consumo de energia mais capaz de sofrer alterações com o envelhecimento do

equipamento.

Para o funcionamento deste tipo de verificação é necessário estabelecer inicialmente um perfil

de corrente ou valor de corrente, que servirá como base de comparação, obtido seguindo esta

metodologia, preferencialmente após o comissionamento, ou a emissão da etiqueta de

desempenho, ou a uma modernização um elevador já instalado.

1. Informação preliminar

As medições devem ser:

• Praticáveis em campo;

• Repetíveis;

• Realizadas por uma pessoa experiente e competente, familiarizada com o equipamento

de medição e, preferencialmente, acompanhada pelo responsável da manutenção, para

garantir a segurança.

Medições a serem efetuadas Instrumentos

Corrente principal – de manobra

Corrente principal – em modo inativo e em standby

Corrente auxiliar – de manobra

Corrente auxiliar – em modo inativo e em standby

Amperímetro

(Pinça Amperimétrica)

Tabela A2.2 - Medições e verificações da energia utilizada em elevadores

Os instrumentos de medida devem respeitar ser amperímetro (pinça amperimétrica) e um

voltímetro capaz de medir o valor eficaz (RMS) de uma grandeza. Pode ser utilizado o medidor

de energia, já que também permite registar a corrente e a tensão durante o procedimento.

Os valores medidos devem ter uma precisão de, pelo menos, ±10%.

1.1. Preparação do ensaio

Verificar os requisitos descritos na Parte 1 do guia, na secção 3.2.1.

As medições devem ser registadas em cada fase elétrica.

Deve seguir os seguintes procedimentos:

a) Os modelos dos instrumentos utilizados durante o ensaio devem ser registados;

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b) Os ensaios devem ser realizados sem nenhuma modificação dos parâmetros do

elevador, e os parâmetros da unidade devem ser recordados para a sua identificação;

c) A entrada da cabina deverá ser bloqueada de modo a evitar a entrada de passageiros;

d) O elevador deverá realizar ciclos de manobra até se atingirem as temperaturas normais

de funcionamento;

e) O elevador não deverá ter carga na cabine;

f) As medições devem ocorrer em condições reais de funcionamento não se podendo

desligar quaisquer funcionalidade do elevador.

Nota 1: Estas condições são aplicadas a novas instalações: no entanto, instalações existentes

podem requerer uma configuração de instrumentação específica.

Nota 2: O consumo de energia dos elevadores é dependente da humidade e da temperatura,

por exemplo, nos elevadores hidráulicos e devido à viscosidade dos óleos, as medições devem

ser realizadas no intervalo de temperaturas de funcionamento definidas pelo fabricante,

alcançadas após colocar o elevador em funcionamento durante alguns minutos.

1.2. Pontos de medição

As medições dos valores de consumo de energia devem ser efetuadas à saída do interruptor do

circuito principal de energia do equipamento principal e a seguir à saída do interruptor para o

circuito do equipamento auxiliar (ver figura 1.1).

Caso o interruptor do circuito do equipamento auxiliar esteja depois do interruptor principal de

energia (em série com o interruptor principal), devem ser realizadas medições no ponto

principal de medição P1 (interruptor do equipamento principal).

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Figura A2.2 – Pontos de medição para elevadores

2. Corrente principal de manobra

O procedimento é o seguinte:

a) Conectar a pinça amperimétrica numa das fases principais de alimentação (ponto de

medição P1 – figura A2.1);

b) Manter a cabina vazia no terminal inferior, medir e registar as tensões de alimentação;

c) Iniciar manobra até o terminal superior, medir e registar o valor da corrente à

velocidade nominal, a meio do percurso, ou registar o perfil da corrente durante todo o

percurso;

d) Iniciar manobra até o terminal inferior, medir e registar o valor da corrente à velocidade

nominal, a meio do percurso, ou registar o perfil da corrente durante todo o percurso.

3. Corrente principal em modo inativo e em standby

O procedimento é o seguinte:

a) Conectar a pinça amperimétrica numa das fases principais da alimentação (ponto de

medição P1 – figura A2.1);

b) Iniciar manobra para um ciclo de referência;

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c) Manter a cabina vazia no terminal inferior, medir e registar as tensões principais de

alimentação;

d) Registar o valor da corrente em modo inativo;

e) Manter a cabina vazia no terminal inferior durante 5 minutos;

f) Registar o valor da corrente em modo standby.

4. Corrente auxiliar de manobra

O procedimento é o seguinte:

a) Conectar a pinça amperimétrica numa das fases auxiliares de alimentação (ponto de

medição P2 – figura 1.1);

b) Manter a cabina vazia no terminal inferior, medir e registar as tensões de alimentação;

c) Iniciar manobra até o terminal superior, medir e registar o valor da corrente à

velocidade nominal, a meio do percurso, ou registar o perfil da corrente durante todo o

percurso;

d) Iniciar manobra até o terminal inferior, medir e registar o valor da corrente à velocidade

nominal, a meio do percurso, ou registar o perfil da corrente durante todo o percurso.

5. Corrente auxiliar em modo inativo e em standby

O procedimento é o seguinte:

a) Conectar a pinça amperimétrica numa das fases auxiliares da alimentação (ponto de

medição P2 – figura 1.1);

b) Iniciar manobra para um ciclo de referência;

c) Manter a cabina vazia no terminal inferior, medir e registar as tensões de alimentação;

d) Registar o valor da corrente em modo inativo;

e) Manter a cabina vazia no terminal inferior durante 5 minutos;

f) Registar o valor da corrente em modo standby.

6. Relatório de verificação de energia

6.1. Informação geral

Serão consultáveis dados como:

f) Data, horas, nome do responsável pelas medições, nome do edifício, localização da

unidade, referência da unidade, e data da instalação;

g) Tipo de instrumentação, precisão, referências dos modelos e suas configurações;

h) O resumo das especificações técnicas: Carga nominal, velocidade nominal, distância de

viagem do ciclo de referência (scr), contrapeso;

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i) Condições dos componentes ativos, tais como portas, iluminação, ventoinhas, etc.;

j) Condições de standby (por exemplo: lâmpadas ligadas ou desligadas, ventilação ligada

ou desligada, …);

6.2. Registo da verificação de energia

Os dados constantes neste ponto permitem rapidamente ver os resultados das verificações e

confirmar se o desempenho energético do elevador se mantém inalterado:

a) Corrente de manobra;

b) Corrente em modo inativo e em standby.

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Anexo 3 – Dados de Identificação

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Folha ___ de ___

Hora

Nome do Edifício

Morada

Código Postal

Nome Representante

Morada

Código Postal

Telefone E-mail

Processo

Marca Modelo

Tipo de elevador

kW

Carga kg

Velocidade m/s m

Nome do Técnico

Telefone E-mail

Empresa

Morada

Código Postal

Telefone E-mail

Marca S/N

Gama

Marca S/N

Gama

Marca S/N

Gama

Marca S/N

Gama

Registo

A.4 - Lista de Equipamento Utilizado

:Data Realização / /

Ano Instalação

Distância

N.º de Elevador

ID SEEP

A.1 - Identificação do Local

A.2 - Identificação do Elevador

A.3 - Identificação do Técnico

Contrapeso

ElétricoHidráulico Potência

N.º Pisos

Precisão

Tipo de equipamento Pinça Amperimétrica

Tipo de equipamento Medidor de Energia

Precisão

Modelo

Modelo

Modelo

Tipo de equipamento

Precisão

Precisão

Tipo de equipamento

Modelo

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Anexo 4 – Checklist Medição de energia

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ChecklistData: __/__/____

a) Os ensaios devem ser realizados sem nenhuma modificação dos parâmetros do elevador,

e os parâmetros da unidade devem ser registados.

b) A entrada da cabine deverá ser bloqueada para evitar a entrada de passageiros

c) O elevador deverá realizar ciclos de manobra até se atingirem as condições normais de

funcionamento, e não se podem desligar funcionalidades do elevador

d) O elevador não deverá ter carga na cabina

Nota: Uma vez que o consumo de energia dos elevadores de tração ou hidráulicos é dependente da

temperatura, por exemplo, devido à viscosidade dos óleos, as medições devem ser realizadas no

intervalo de temperaturas de funcionamento definidas pelo fabricante, alcançadas após colocar o

elevador em funcionamento alguns minutos

ms s

V V V V V V

B.2.7 - Energia medida por ciclo

*tempo total de abertura e fecho das portas, incluindo o tempo em que se mantém aberta a porta

m

O ciclo curto é similar ao ciclo de referência, sendo a distância compreendida entre um quarto

a metade da distância total da caixa

V V V V V V

B.3.6 - Energia medida por ciclo

V V V V V V

As medições começam quando acabar um ciclo de referência

Wh m

Após 5 minutos

Wh m

Existe modo "sleep"? Após 30 minutos

Wh m

B.4.3 - Tempo de Medição

B.4.5 - Tempo de Medição

B.4.7 - Tempo de Medição

B.4.4 - Consumo de energia em modo standby

B.4.6 - Consumo de energia em modo "sleep"

Wh

P1 P2

Wh Wh

Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 1 Fase 2 Fase 3

B.4.1 - Tensão de alimentação

B.4.2 - Consumo de energia em modo inativo

B.4 - Medição da Energia em Modo Inativo/Standby

B.3.3 - Tensão de alimentação

B.3.4 - Energia medida Wh Wh

B.3.5 - Número de ciclos ciclos ciclos

ciclos

Fase 3

B.3 - Medição da Energia em Manobra (Ciclo curto)

B.3.1 - É possível realizar um ciclo curto?

P1 P2

Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 1 Fase 2

B.3.2 - Distância do ciclo curto

Wh

B.2.4 - Tensão de alimentação

B.2.5 - Energia medida Wh

B.2.6 - Número de ciclos ciclos

Wh

Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 1 Fase 2 Fase 3

Procedimento de Medição

B.1 - Generalidades

B.2 - Medição da Energia em Manobra (Ciclo de referência)

B.2.1 - Distância do ciclo de referência

P1 P2

B.2.2 - Tempo de ciclo de referência B.2.3 - Tempo de porta*

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Anexo 5 – Checklist Verificação de energia

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ChecklistData: __/__/____

1. Preparação do Ensaio

a) Os ensaios devem ser realizados sem nenhuma modificação dos parâmetros do elevador,

e os parâmetros da unidade devem ser registados.

b) A entrada da cabine deverá ser bloqueada para evitar a entrada de passageiros

c) O elevador deverá realizar ciclos de manobra até se atingirem as condições normais de

funcionamento, e não se podem desligar funcionalidades do elevador

d) O elevador não deverá ter carga na cabina

Nota 1: Uma vez que o consumo de energia dos elevadores de tração ou hidráulicos é dependente

da temperatura, por exemplo, devido à viscosidade dos óleos, as medições devem ser realizadas

no intervalo de temperaturas de funcionamento definidas pelo fabricante, alcançadas após colocar

o elevador em funcionamento alguns minutos

2. Preparação da verificação

a) A corrente deve ser medida em cada uma das fases de alimentação

b) Caso seja realizado a medição do perfil de corrente, deve ajustar-se para um intervalo de tempo que

permita acompanhar a evolução da corrente, e deve ser ser utilizado o mesmo intervalo nas medições

seguintes

C.2.1 - Medição de corrente

V V V V V V

A A A A A A

A A A A A A

V V V V V V

As medições começam quando acabar um ciclo de referência

A

Após 5 minutos

A

Após 30 minutos

A

C.3.1 - Tensão de Alimentação

C.1 - Generalidades

Procedimento de Verificação

C.2 - Corrente de manobra

P1 P2

Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 1

Valor de Corrente Perfil de Corrente

Fase 2 Fase 3

C.2.3.1 - Corrente a subir

C.2.3 - Valor de Corrente

C.2.2 - Tensão de Alimentação

C.3 - Corrente em modo Inativo/Standby

C.2.3.2 - Corrente a descer

C.2.4.1 - Perfil de Corrente

Anexar os documentos de perfil de corrente com a informação do equipamento usado

P1 P2

Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 1 Fase 2 Fase 3

C.3.3.1 - Corrente consumida em modo "sleep"

C.3.2 - Corrente consumida em modo inativo

C.3.2 - Corrente consumida em modo standby

C.3.3 - Existe modo "sleep"?

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