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ANO X | Volume 26 | Inverno 2015 | ISSN 1808-7949 +EVENTOS CAF 2015 II ENCONTRO DE NEUROCIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA - 360°

Sem Crise- Inverno 2015

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Revista eletrônica Sem Crise

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Page 1: Sem Crise- Inverno 2015

ANO X | Volume 26 | Inverno 2015 | ISSN 1808-7949

+EVENTOS CAF 2015 II ENCONTRO DE

NEUROCIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA - 360°

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CORPO EDITORIAL

DIRETOR DE REDAÇÃO Li L i Min

EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E ARTE Alline Camargo e Sueli Adestro

REVISÃO Sueli Adestro e Carolina Toneloto

REPORTAGENS Gabriela Spagnol

COLABORADORES DA EDIÇÃO Carlos Vogt Gabriela Spagnol Marcos Alessandro Silva Nayene Leocádia Manzutti Eid

CONTATOS www.aspebras i l .org

semcr ise@aspebras i l .org ___________________

A revista Sem Crise é o veículo

de informação da ASPE e da EpiBrasil. Sua periodicidade é

sazonal e objetiva a divulgação do tema “Epilepsia” para as

comunidades leiga e acadêmica. Visa também o debate entre os

vários agentes do assunto: pacientes e seus familiares,

profissionais que atuam diretamente no tratamento,

pesquisadores das diversas áreas do conhecimento além dos

gestores públicos e políticos da saúde.

QUEM PODE PUBLICAR? Qualquer pessoa pode enviar o

seu texto, anonimamente se desejar. O texto será analisado

pelos editores e, se julgado pertinente, entrará nas futuras

edições ou suplementos da revista.

A edição de inverno da Sem

Crise, na estação mais fria

do ano, traz a sensação de

vivermos um tempo atempo-

ral refletido no emblemático poema

de Carlos Vogt, “Casa Editora”, que

ilustra o passado, o futuro e o pre-

sente que não se narra, que acon-

tece e se esquece.

O início de 2015 foi marcado pelas

ações da ASPE em colaboração

com o CEPID BRAINN, no evento

da PRP-Unicamp, “Ciência e Arte

nas Férias”, com a oficina “Como o

cérebro funciona” e a conscientiza-

ção sobre a epilepsia. Acompanhe

também na seção RADAR o que

aconteceu no dia 26 de março, data

em comemoração mundial do

“Purple Day”, que neste ano contou

com a participação de muitos cola-

boradores e apoiadores da causa

“Vista o Roxo”.

A partir desta edição contamos com

mais um novo colaborador da revis-

ta Sem Crise. Trata-se de Marcos

Alessandro Silva, Doutorando em

Medicina – Neurologia – HC/USP.

Ele escreve uma resenha sobre o II

Encontro sobre Neurociências na

Educação Inclusiva-360º e faz uma

análise do trabalho de Gabriela

Spagnol, que recebeu Menção

Honrosa pelo seu trabalho (pôster)

intitulado de “Epilepsia fora das

sombras: ASPE apoia o workshop

realizado na disciplina de primeiros

socorros para alunos PROFIS na

Unicamp”. Um trabalho dignificante

que mostra mais uma ação de tra-

balho efetivo da ASPE. Parabéns à

nossa querida secretária-executiva,

Gabriela!

A outra colaboração de Marcos

Alessandro vem de uma

“minirrevisão” bibliográfica que atu-

aliza as novidades científicas sobre

a Epilepsia neste primeiro semestre

do ano.

O artigo de Nayene Eid, participan-

te do I Concurso de Fotografia e

Imagem que teve a sua foto como a

mais votada pelo público, traz uma

narrativa de como foi participar do

Concurso mostrando o “olhar sobre

a epilepsia” por trás da lente de sua

câmera. Também é da nossa que-

rida Nayene o texto de depoimento,

visto ser uma profissional da área

da saúde (odontologia), que apoia

as nossas campanhas de divulga-

ção e conscientização sobre a epi-

lepsia.

Também aproveitamos este nosso

editorial para antecipar que na pró-

xima Edição de Primavera da Re-

vista Sem Crise serão conhecidas

as fotos que participaram e os ga-

nhadores (categoria votação públi-

ca e categoria comissão avaliado-

ra) do II Concurso sobre Fotografia

e Imagem “Olhares sobre a Epilep-

sia, edição 2015.

Por fim, desejamos que apreciem a

SEM CRISE, aproveitando para

nos despedir do inverno, já deixan-

do marcado um reencontro na Pri-

mavera. Até logo mais!

Muito obrigada e boa leitura!

Isilda Assumpção

Presidente da ASPE

Page 3: Sem Crise- Inverno 2015

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Composições, Improvisações e Impressões

Série de quadros realizados entre 1910 e 1914 -

Wassily Kandinsky (1866-1944)

Casa Editora Carlos Vogt

O passado

tem a propriedade

de não poder ser

editado

O futuro

não se replica

não se conta

não se publica

O presente

não se narra

acontece

ao acontecer

se esquece

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Ciência e Arte nas Férias: Oficina “Como o Cérebro

Funciona?” e a conscientização sobre a Epilepsia

A Oficina "Como o Cérebro Funciona" foi apresentada no "Ciência e Arte nas Férias" (CAF), um

evento organizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP-Unicamp), contando com palestras e

dinâmicas interacionistas com a participação de alunos do Ensino Médio, que puderam

conhecer muitas curiosidades sobre o cérebro, como noções sobre o cérebro, o que há dentro

dele e o que acontece quando o cérebro não funciona direito e podem ocorrer algumas doenças como o

Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a Epilepsia. A oficina contou com as colaboradoras e

palestrantes: Luciana Ramalho, Jéssica Vicentini, Gabriela Spagnol, Alice Sarantopoulos e Alline

Camargo. A ASPE foi muito bem representada com uma palestra de conscientização sobre a epilepsia.

Ensinando sobre a epilepsia, quebramos o preconceito e o estigma que a pessoa sofre. Assista o

episódio especial do ABCérebro TV- Brainn Reporter no registro da aplicação da Oficina “Como o

Cérebro Funciona”, com acesso em: https://youtu.be/E7z6JWhFYYc.

Palestras e desafios

realizados pelos alunos do

Ensino Médio na Oficina

“Como o Cérebro

Funciona”, com destaque

para o Neuro-Quiz interativo

e a exposição anatômica

de modelos sintéticos do

cérebro.

À esquerda, gravação do

episódio especial para o

ABCérebro TV - BRAINN

Reporter.

À direita, palestra de boas-

vindas para a Oficina

“Como o Cérebro

Funciona”.

Page 5: Sem Crise- Inverno 2015

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ASPE no dia 26 de Março:

Purple Day 2015

Junte-se a nós no Purple Day!

A epilepsia é a doença neurológica crônica

grave mais comum em todo o mundo e

afeta todas as idades, raças e classes

sociais. Impõe um peso grande nas áreas

psicológica, física, social e econômica, revelando

dificuldades não só individuais, mas também

familiares, escolares e sociais, especialmente

devido ao desconhecimento, crenças, medo e

estigma.

No Brasil, é estimado que existam três milhões de

pessoas com epilepsia, sendo que a este número

somam-se 300 novos casos por dia.

Aproximadamente 50% dos casos de epilepsia

tem início na infância e adolescência.

Provavelmente, a maioria destas pessoas carrega o

estigma de “epiléptico”, mas muitos ainda não

sabem que o tratamento existe e é eficaz, podendo

controlar 80% dos casos.

Buscando ampliar as ações de divulgação para o

ano de 2015, a ASPE, em parceria com a

Fundação Internacional Anita Kaufmann,

promoveu o Purple Day (Dia Roxo), celebrado no

dia 26 de março, no Brasil.

O dia roxo foi fundado por Cassidy Megan da

Nova Scotia, Canadá em 2008. Aos 9 anos,

motivada pelas dificuldades que ela passou,

decidiu se levantar para tirar a epilepsia das

sombras. Hoje, o Purple Day é um dia

internacional voltado para quebrar

mitos e difundir informações para

mostrar que as pessoas com epilepsia

não estão sozinhas. Convidamos

você para fazer parte dessa

campanha!

Nesse dia foram distribuídos folhetos

explicativos sobre a data,

com orientações sobre o que fazer

diante de uma convulsão, nas Unidades Básicas de

Saúde de Campinas em parceria com o Centro de

Educação ao Trabalhador da Saúde e Secretária

de Saúde (CETS). Luzes roxas foram acesas em

locais de grande visibilidade como a Unicamp, em

frene ao Paço Municipal da Prefeitura de

Campinas e no ponto turístico “Castelo também

em Campinas-SP.

Em parceria com o Centro de Pesquisa, Inovação

e Difusão (CEPID) do Brazilian Research Institute

for Neuroscience and Neurotechnology

(BRAINN) e com o canal do Youtube ABCérebro

TV, a ASPE lançou o II Concurso de fotografias

"Olhares sobre a Epilepsia" – 2015.

Também foi divulgado um vídeo de

conscientização sobre a epilepsia que teve o

roteiro e a produção da nossa colaboradora-

voluntária Alline Camargo e seu grupo de jovens

colegas em parceria com o ABCérebro TV. O

vídeo contou com a participação de mais de 20

alunos dos cursos de Fisioterapia,

Psicologia, Nutrição e Biotecnologia

da Universidade de Sorocaba

(UNISO). Acompanhe este

comovente vídeo de conscientização

sobre a epilepsia. Acesso disponível

em: https://youtu.be/Vi1NibAfVKc.

Confira as fotos na página seguinte.

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Veja também no programa Registro Geral –

RTV Unicamp, a síntese das atividades do

Purple Day – ASPE – Brainn – UNICAMP

(2015). Acesso disponível em: https://

youtu.be/Bgtj0iDdaGw.

Informe-se. Divulgue. Vista o roxo também! A

sua participação é muito importante para

transformar essa data em um marco nacional da

campanha para a conscientização sobre a

Epilepsia!

Juntos podemos fazer a diferença!

Atenciosamente,

Diretoria da ASPE.

Dr. Li Li Min - Embaixador da Epilepsia no Brasil

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E m sua segunda edição, o evento NEUROCIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 360º

aconteceu no dia 10 abril de 2015, na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (FCM/

UNICAMP), promovido pelo CEPID BRAINN. O evento discutiu a questão da criatividade e o

processo de aprendizagem.

Rico em informações, o evento premiou os trabalhos científicos

que despontaram pela originalidade e relevância social e

educacional. Minha participação foi como membro da comissão

científica e na condição de coordenador e avaliador da seção

pôster. Escolher entre um deles foi um trabalho de criteriosa e

detalhada análise, dada a qualidade dos trabalhos submetidos.

Na categoria de Pôster foi premiada MARIANA DE SOUZA

PAVAN e COLABORADOR, com o trabalho “UTILIZAÇÃO

DO NEUROFEEDBACK NO TRATAMENTO DOS

TRANATORNOS DE APRENDIZAGEM”. Já na categoria de

Comunicação oral foi premiada VIVIANE LOURO e

COLABORADORES, com o trabalho “APRENDIZAGEM

MUSICAL CRIATIVA E O DESENVOLVIMETO

CONITIVO EM ALUNOS COM TEA (TRANSTORNO DO

ESPECTRO DE AUTISTA)”. As fotos referentes às premiações

seguem na próxima página.

É de suma importância a aproximação da educação com a saúde,

e essa ponte quem faz muito bem é a Neurociência, sendo a

ciência responsável por estudar o cérebro humano, assim como

desvendar o funcionamento cerebral, suas funções, sua estrutura,

seu desenvolvimento, funcionamento, evolução, alterações, e sua

relação com o ambiente em que estamos inseridos.

Quando nos referimos à educação e à aprendizagem, estamos

falando em processos neurais, redes que se estabelecem por meio

dos neurônios que se ligam e fazem novas conexões. E o que

entendemos por aprendizagem? Aprendizagem, nada mais é do

II Encontro de Neurociências na Educação Inclusiva - 360° Por Marcos Alessandro Silva

Membro da Comissão Cientifica do II Encontro de Neurociências na Educação Inclusiva 360º 2015; Doutorando em Medicina – Neurologia - HC/USP; Especialista em Medicina do Sono – Afip/Instituto do Sono-SP; MBA Administração Hospitalar e Gestão em Saúde; Esp. Qualidade de Vida no Trabalho.Fea/Usp; Gestor de Projetos em Saúde e Educação - Associação Missionárias do

Coração de Maria - AMCM.

Dr. Li Li Min diretamente de Boston-USA (via

internet - online) na abertura do II Encontro

sobre Neurociências na Educação Inclusiva –

360º

Prof. Dr. Fernando Cendes (FCM-Cepid

BRAINN) e Profª Drª Gabriela Castellano (IF-

Grupo de Neurofísica - Cepid BRAINN), na

abertura do evento.

Marcos Alessandro entregando outros títulos de

menção honrosa.

Page 8: Sem Crise- Inverno 2015

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que esse maravilhoso e complexo processo através do qual o cérebro reage a estímulos do ambiente que

ativam as ligações entre os neurônios estabelecendo uma nova rede neuronal. Isso significa que a cada

estímulo novo, a cada repetição de um comportamento a ser consolidado entra em ação circuitos que

processam as informações a serem consolidadas.

O cérebro, esse órgão complexo e misterioso, é fundamental no processo da aprendizagem. Se

direcionarmos a nossa compreensão nesse sentido, o uso de estratégias didáticas adequadas para um ensino

dinâmico e prazeroso provocará alterações na quantidade e qualidade de conexões neuronais, ativando o

funcionamento cerebral de forma positiva e resultados satisfatórios.

Certamente, a segunda edição do Encontro de Neurociências na Educação Inclusiva 360º trouxe trabalhos

que contribuíram para uma reflexão de como a escolas e os profissionais da educação, bem como os da

saúde, podem se aproximar cada vez mais de seus alunos, experimentando e avaliando novas estratégias

pedagógicas que sejam possíveis de serem usadas na prática da sala de aula. É possível assistir no

Programa Registro Geral, RTV Unicamp, a síntese do evento que deu início ao Pré-Congresso BRAINN

2015, com acesso disponível em: https://youtu.be/cfeZcIRp1jk.

Profª Drª Gabriela Castellano, Sueli Adestro, Carolina

Toneloto (organização) e Mariana de Souza Pavan,

premiada na categoria pôster.

Premiação de Viviane Louro e autores colaborado-

res, na categoria comunicação oral.

Debates e apresentações de pôsteres marcaram o II Encontro

sobre Neurociências na Educação Inclusiva - 360°

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À esquerda, Gabriela Spagnol e Prof. Dr.ª Ariane Porto (IA-Unicamp) na seção de pôsteres do

II Encontro sobre Neurociências na Educação Inclusiva - 360°. À direita, entrega do título de menção

honrosa para Gabriela Spagnol, pelas mãos de Carolina Toneloto.

Menção honrosa para o pôster de Gabriela Spagnol

O trabalho “Epilepsia fora das sombras: ASPE apoia o workshop realizado na disciplina de primeiro so-

corros para alunos PROFIS na Unicamp”, apresentado na categoria pôster, recebeu do Comitê Científico

o título de menção honrosa. A ASPE esteve representada pela mestranda Gabriela Spagnol e autores. O

trabalho apresentou a Epilepsia como sendo a doença neurológica crônica mais comum em todo o mun-

do, cujo objetivo foi relatar a experiência de um workshop patrocinado pela ASPE (Saúde para Pacientes

com Epilepsia), no âmbito do Curso de Primeiros Socorros para os estudantes de PROFIS - Unicamp,

como parte das atividades do Programa de Estágio Docente. Além de conceitos de Primeiros Socorros,

este workshop também visa promover a conscientização sobre a epilepsia, a partir do questionamento

sobre a percepção do aluno. Os autores apresentaram os aspectos positivos deste workshop, que se reve-

lou eficaz no processo de ensino-aprendizagem dentro do grupo de estratégias educativas aplicadas pela

ASPE, em 2014.

Parabéns, Gabriela Spagnol!

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Introdução: A epilepsia é a doença neurológica

crônica mais comum em todo o mundo. Além de

seus desafios psicológicos, físicos e econômicos,

ela também revela barreiras relacionadas com a

família, escola e sociedade, especialmente devido

ao estigma e à falta de conhecimento. Desde 2002,

a organização não-governamental chamada ASPE

(Saúde para Pacientes com Epilepsia) é a executora

oficial da Campanha Global 'Epilepsia fora das

sombras’ da Organização Mundial de Saúde

chamado, visando uma maior conscientização

sobre a epilepsia no Brasil [1]. Este trabalho

apresenta um workshop patrocinado pela ASPE,

em setembro de 2014, no âmbito do Curso de

Primeiros Socorros para os estudantes do Programa

de Formação Interdisciplinar Superior (PROFIS –

Unicamp). Este programa visa um curso piloto que

dá acesso ao ensino superior da Universidade,

voltado aos estudantes que cursaram o ensino

médio em escolas públicas de Campinas. O

currículo do ProFIS inclui disciplinas das áreas de

ciências humanas, biológicas, exatas e

tecnológicas, distribuídas por dois anos de curso. O

objetivo é oferecer aos alunos uma visão integrada

do mundo contemporâneo, capacitando-os para

exercer as mais distintas profissões. Concluído o

ProFIS, o aluno pode ingressar, sem vestibular, em

um curso de graduação da UNICAMP.

Objetivo: Este workshop foi par te das

atividades do Programa de Estágio Docente do

autor deste estudo. Junto aos conceitos de

Primeiros Socorros, este workshop também visa

promover a conscientização sobre a epilepsia, a

partir do questionamento sobre a percepção do

aluno. Tal atividade lançou as bases para a

construção do conhecimento dentro do grupo,

capacitando-os também para serem

multiplicadores.

Métodos: As atividades foram planejadas como

três oficinas de uma hora cada, realizadas no

mesmo formato por três grupos de 20 alunos em

dois dias diferentes, em parceria com o supervisor

deste módulo, alunos de graduação e pós-

graduação. Os workshops foram estruturados para

incentivar a construção do conhecimento sobre a

epilepsia, ensinando sobre a doença, o tratamento e

os procedimentos para atender uma crise de

epilepsia, desmistificando conceitos errôneos com

o intuito de reduzir o preconceito. Em primeiro

lugar, cada participante foi questionado sobre seu

“Epilepsia Fora das Sombras”: ASPE

apoia o workshop realizado na

disciplina de Primeiros Socorros para os

alunos PROFIS na Unicamp

GS Spagnol1,3, ARM Beck2, LM Li1. ¹ Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia (ASPE). ²Faculdade de Enfermagem

(FEnf), UNICAMP. ³Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP.

Page 11: Sem Crise- Inverno 2015

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conhecimento prévio. Com base nessa conversa,

definições sobre o tema foram introduzidas,

utilizando slides, vídeos e depoimentos de pessoas

com epilepsia como recursos pedagógicos. Como

conclusão, dois estudantes foram convidados a

demonstrar como assistir uma pessoa com

epilepsia durante uma convulsão, agindo de acordo

com os comandos verbais do resto da turma.

Resultados: No total, os workshops contaram

com a participação de 120 alunos. A percepção

destes revelou que o conhecimento anterior sobre a

epilepsia foi intercalado com informações

incorretas. Os alunos descreveram corretamente os

cuidados necessários durante uma crise de

epilepsia, pois relataram ter lido anteriormente em

cartazes afixados em ônibus da cidade de

Campinas. Além disso, eles comentaram sobre

uma simulação de crise realizada durante o Dia

Roxo (26 março de 2014) no restaurante

universitário, durante a qual foi ensinado também

sobre a epilepsia. Essas duas ações, os cartazes e a

simulação no bandejão, foram organizadas pela

ASPE, mostrando que o conhecimento tinha sido

efetivamente construído por meio dessas

iniciativas [2].

Conclusão: Com o apoio da ASPE e em parcer ia

com a Faculdade de Enfermagem, essas oficinas

representaram um esforço em grupo para propagar

a conscientização sobre a epilepsia entre estudantes

do PROFIS. A discussão e os recursos

educacionais permitiram o espaço para tirar

dúvidas e desmistificar conceitos sobre a Epilepsia.

Os participantes demonstraram certeza ao replicar

as informações sobre esta doença e seu tratamento,

assim como capacidade de explicar e ensinar

colegas. Além do resultado positivo dessas

oficinas, também se revelou eficaz o efeito ensino

aprendizagem neste grupo de estratégias

educativas aplicadas pela ASPE em 2014.

Referências: [1] Li LM et al., Arq. Neuro-Psiquiatr. 65(1): 5-13, 2007; [2] Spagnol GS, J Epilepsy Clin Neurophysiol 20(3): 144-147, 2014.

A epilepsia não é contagiosa.

Contagioso é o

preconceito!

Acesse

www.aspebrasil.org

Page 12: Sem Crise- Inverno 2015

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Epilepsia e distúrbios do sono: o que há

de novo no primeiro semestre de 2015

Por Marcos Alessandro Silva Doutorando em Medicina – Neurologia - HC/USP; Especialista em Medicina do Sono –

Afip/Instituto do Sono-SP; MBA Administração Hospitalar e Gestão em Saúde; Esp. Qualidade de Vida no Trabalho.Fea/Usp; Gestor de Projetos em Saúde e Educação -

Associação Missionárias do Coração de Maria - AMCM.

INTRODUÇÃO

Como bem sabemos, o nosso cérebro funci-ona 24 horas por dia, mesmo enquanto estamos dormindo. E isso acontece, porque temos milhões e milhões de neurônios que fazem sinapse (comunicação) através de neurotransmissores e impulsos elétricos. Aliás, é nessa hora que nosso cérebro trabalha muito (quando estamos dormin-do). Quando o cérebro não funciona adequada-mente, pode desencadear condições neurológicas que comprometem o funcionamento do nosso cor-po, além de doenças. Como, por exemplo, se hou-ver um excesso muito forte desses impulsos elé-tricos ocorrem as Crises Epiléticas, podendo ser Parciais (quando manifestam-se em uma parte do corpo como em um braço, uma per-na ou somente o rosto por exemplo, podendo vir acompanhada de perda de consciência), ou as crises Gene-ralizadas, que são aquelas que ma-nifestam-se através do envolvimen-to de todo o corpo. Outro aspecto de algumas complicações pelo mau funciona-mento do cérebro pode ser a nossa má qualidade do sono. Elas podem ser advindas de questões internas, biológicas e hereditárias, bem como no ambiente em que estamos inseridos e nosso ritmo de vida. Sabemos também que a nossa qua-lidade de vida está ligada diretamente à qualidade de sono que temos, e que o sono é essencial à vida do ser humano, como respirar, alimentar-se, e be-ber água. O fato de dormir, além de promover o des-canso físico e mental, também promove um bom equilíbrio em nosso organismo: a curto, médio e a longo prazo. E considerando que a pessoa com epilepsia necessita dormir como qualquer outra pessoa, faz-se necessário que façamos uma ponte entre a qualidade o sono e a qualidade de vida desta pessoa. Isto posto, este artigo vem apresentar o que há de novo, e o que está sendo comentado no Bra-sil e no Mundo a respeito do dueto: SONO e EPI-LEPSIA.

MÉTODO

Fizemos uma minirrevisão da literatura, com o objetivo de atualizar as discussões sobre sono e epilepsia. E identificar quais são as discus-sões que mais estão em foco e entender a tendên-cia de estudos nesse tema no ano de 2015. Para tanto, utilizamos as seguintes palavras-chave : epilepsia, sono, sonhos e 2015. Utiliza-mos a base de dados US National Library of Me-dicine National od Health – PUBMED. Na pri-meira busca com os descritores de sono e epilep-sia tivemos como resultado 196 estudos. Nessa segunda triagem encontramos no pri-meiro semestre de 2015, 16 estudos .Alem da ba-

se de dados PUBMED, recrutamos também alguns artigos de periódi-cos. Nesse caso encontramos 5 estudos que foram inseridos nessa “minirrevisão”. Os critérios de in-clusão para o estudo foram estudos publicados no primeiro semestre de 2015. OS ACHADOS

Com o intuito de verificar o que a comunidade científica está debatendo sobre “Sono e Epilepsia”, este estudo buscou nos pri-meiros seis meses do ano de 2015 evidenciar tais discussões acerca desse tema, com o objetivo de atualizar as tendências dessas discussão que cha-mamos aqui de “minirrevisão”. Na literatura cientifica existe um grau de influência entre o ciclo sono–vigília e a ocorrên-cia de alguns tipos de crises convulsivas. As cri-ses das epilepsias de lobo frontal, síndrome de Landau–Kleffner e epilepsia benigna ocorrem du-rante o sono ou ao despertar. Um fato reconheci-do pela literatura é que a privação de sono é um fator precipitante de crises convulsivas. Na outra ponta das crises a epilepsia também pode trazer alterações da arquitetura do sono, principalmente as encefalopatias epilépticas progressivas, síndro-me de West e Lennox-Gastaut, em que pode ocor-

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rer até uma ruptura total dos padrões normais de organização dos estágios do sono. Os indivíduos que tem epilepsia apresentam sono fragmentado, alteração no sono NREM nos níveis I , II , diminuição do nível III e alterações do sono REM e podendo ser diminuído. O controle das crises com drogas antiepilépticas pode ser efetivo na melhoria destes aspectos. Existem pessoas que sofrem de epilepsia e desenvolvem crises epilépticas durante o sono. Essas crises ocorrem tanto durante o sono quanto ao despertar, sendo mais comuns na infância. Os estudos demonstram que as crises podem acontecer na vigília ou no Sono REM, porém sendo mais frequente no sono NREM. Outro tipo de crise, as da epilepsia mioclônica juvenil costuma ocorrer após o despertar, pela manhã. Estudo também apontam que recém-nascidos também podem ter crises epiléticas pois, existem diversos fatores que aumentam o risco, como por exemplo: quanto mais prematuro o bebê, maior o risco de evoluir com crises epilépticas no período neonatal; o uso de drogas ilícitas pela gestante; presença de malformações cerebral; baixo peso de nascimento: abaixo de 1.500 g; idade avançada da gestante e histórico de epilepsia na família dos pais, além de icterícia severa. Um dos achados dessa “minirrevisão”

discute o impacto da duração do sono na

frequência de crises em adultos com epilepsia: um

estudo do diário do sono. O estudo discute a

privação de sono prolongada ativa anormalidades

epileptiformes no EEG e convulsões em pessoas

com epilepsia. Poucos estudos têm abordado o

efeito da privação parcial de sono crônica sobre a

ocorrência de apreensão em populações com

epilepsia. Este estudo testou a hipótese principal

que a privação de sono parcial sobre 24 e 72 horas

períodos aumenta ocorrência apreensão em adultos

com epilepsia. Esse estudo acompanhou 1295

pessoas, que apresentaram 5,5 ± 7,0 (média ± SD)

crises por mês. Em relação ao tempo total de sono

foram observados que uma diminuição em 8 min

mais curta do que durante os períodos livres de

crises (p = 0,51), e esta diminuição no tempo total

de sono não foi suficiente para estar associada a

relação das crises, porem sugere uma observação

para qualidade de vida. Cobabe MM e Cols

(2015).

Okanari e Colaboradores (2015) se

preocuparam em avaliar se o estágio REM reduz as

descargas epileptiformes interictais – (IEDs)

generalizadas. O estudo demonstra a importância

de avaliar o estagio REM em crianças com IEDs

generalizadas, pois revela picos epileptogênicas

lateralizado. O achados desse estudo foi que a taxa

de ocorrência média de IED generalizadas durante

o sono REM é de 37% , em relçao ao estodo

fisiologico N-REM (67%, p <0,001) e de vigília

(54%, p = 0,003). Esse estudo apresentou uma

robustez significativa muito valiosa para a

literatura científica.

Estudos sobre a epilepsia vem avançando

cada vez mais em relçao ao Sono, tanto dos

aspectos clinicos e fisiologicos de

comportamentos. Esses aAvanços foram

alcançados em parte através do uso de métodos de

gravação intracerebrais tais como, por exemplo, S-

EEG tem contribuído para clarificar a semiologia

das crises relacionadas ao sono; além disso, as

gravações de EEG intracerebrais derivadas de

pacientes com epilepsia têm sido valiosas para

estudar a fisiologia do sono e distúrbios específicos

do sono. A co-ocorrência ocasional de parassonias

relacionadas com NREM em pacientes com

epilepsia, submetidos a investigação S-EEG, tem

permitido as gravações de tais eventos, reforçando

a presença de estados eletrofisiológicos,

dissociando locais e clarificação da substrato

fisiopatológico subjacentes de tais distúrbios do

sono NREM. Gibbs SA e Colaboradores (julho,

2015).

Outra relação bem aparente em pacientes de epilepsia são as insônias. Nesse sentido, um estudo que visa avaliar os efeitos positivos da acupuntura em pontos de acupuntura Feng-Chi sobre o tratamento da epilepsia e insônia têm sido bem documentado na literatura chinesa antiga. A falta de evidencia científica para elucidar os mecanismos que estão por trás desses efeitos, foi objeto do estudo, para YiPL e colaboradores (julho, 21015) . O estudo conclui que os resultados indicam que a baixa freqüência de estimulação de pontos de acupuntura Feng-chi é benéfica para melhorar a epilepsia e perturbações do sono induzida por epilepsia, e que os receptores de opióides no CeA mediar os efeitos terapêuticos

da eletroacupuntura EA. Outro artigo com o objetivo de estudar como as oscilações de alta frequência (HFO) são suprimidos de forma diferente durante o sono REM entre córtices epileptogênicas e menos epileptogênicas, e afirma que o efeito supressor pode servir como um marcador específico de epileptogenicidade. Sakuraba R., e colaboradores em Maio de 2015, apresentou eletroencefalografia intracraniana (EEG) que foi registrado em 13 pacientes com epilepsia fármaco-resistente. HFOs entre 80 e 200Hz estavam semi-automaticamente

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detectados a partir do total épocas de 15 min cada EEG para REM e sono de ondas lentas (SWS). Z-Score de taxa de ocorrência HFO foi calculado a partir da taxa de referência derivado do córtex não-epileptogênico. Eletrodos intracranianos foram rotulados como REM dominante HFO (RDH) se REM z-score foi superior a SWS z-score ou como SWS HFO dominante (SDH) se SWS z-score foi superior REM z-score. Relação de localização para a área do elétrodo de ressecção cirúrgica foi comparado entre aro e SDH elétrodos. As oscilações de altas frequencias- HFOs perto da zona epileptogênica são menos reprimidas durante o sono REM, e podem proporcionar um marcador específico de epileptogenicidade, conclui o estudo. No mês de julho, do corrente ano, um dos achados é o estudo de Adachi H. sobre parassonias, que analisa os vários comportamentos de idosos durante o sono ou o tempo que ele passa na cama. O distúrbio comportamental do sono REM tem maior parte prevalência em pessoas idosas. Nos ultimos anos, o disturbio do comportamento do sono REM, tem recebido muita atenção em psiquiatria geral ou de ligação para diagnóstico e tratamento para estes problemas.O estudo também demonstra que o reaparecimento de um distúrbio não-REM é menos frequente nos idosos, no entanto, é importante compreender as características clínicas sobre parassonias para a diferenciação entre epilepsia e delírio. Ao falar em epilepsia não podemos deixar de falar das doenças neurologicas, e é claro, dos disturbios do sono. Os distúrbios do sono podem ser diagnosticados em aproximadamente 15% da população e têm demonstrado aumentar com a idade. A relação entre os distúrbios do sono e distúrbios neurológicos ainda são considerados insuficientemente na prática clínica. Os distúrbios do sono podem ser um sintoma precoce da doença, tais como a presença de movimento rápido dos olhos (REM) distúrbio comportamental do sono REM, como um indicador precoce de neurodegeneração. Os distúrbios do sono têm também demostrado ser um sintoma principal de várias síndromas neurológicas, tais como na síndrome de pernas inquietas, desordem de movimentos periódicos dos membros e narcolepsia ( o desejo incontrolável de dormir). O estudo faz uma analogia à classificação internacional de distúrbios do sono em sua 2ª edição (ICSD 2). Nela, são descritos os principais diagnósticos: insônia, distúrbios do sono relacionados ao ritmo circadiano, distúrbios respiratórios relacionados ao sono e

hipersonolência. Então, estesfatores podem ser confundido como sintomas de várias doenças neurológicas. Sendo assim, as parassonias são amplamente consideradas como um diagnóstico diferencial para epilepsia noturna. (Kotterba, junho 2015). Já o estudo de Gummadavelli A. e Colaboradores (junho, 2015), com o titulo ‘A neuroestimulação para melhorar o nível de consciência em pacientes com epilepsia trava uma discussão a respeito da quando epilepsia fármaco-resistente está mal localizada ou a ressecção cirúrgica é contra-indicada, e as estratégias de neuroestimulação atuais, como a estimulação cerebral profunda e estimulação do nervo vago podem atenuar a frequência e severidade das convulsões. O estudo apresenta um questionamento: apesar da terapêutica médica e neuromodulador, uma proporção significativa de pacientes continuam a experimentar a desativação convulsões que prejudicam a consciência, causando deficiência e risco de ferimento ou morte súbita inexplicável. O estudo propõe ainda uma nova estratégia na qual neuromodulação é usado,

não só para reduzir convulsões, mas também para melhorar a consciência diminuída quando o paciente está no ictal e estados pós-ictais. Melhorar aprevenção de acidentes, afogamentos, quedas, risco de morte, é qualidade de vida. Estudos recentes podem ter elucidado redes e mecanismos de consciência prejudicada subjacente e produzir novos alvos potenciais para neuromodulação. A viabilidade, benefícios e armadilhas de potenciais

alvos de estimulação cerebral profunda são ilustrados em estudos humanos e animais envolvendo estados minimamente conscientes / vegetativo, distúrbios do movimento, profundidade da anestesia, regulação do sono-vigília, e epilepsia. Nós revisamos evidências de que alvos terapêuticos viáveis para a consciência prejudicada associadas a crises podem ser fornecidas por nós fundamentais do sistema de consciência no sistema reticular do tronco cerebral, hipotálamo, gânglios basais, tálamo e cérebro anterior basal de ativação. Menezes Cordeiro e colaboradores (Julho, 2015) vem apresentar uma discussão acerca do Sono e sua influência no padrão EEG intracerebral de displasia cortical focal. A Displasia cortical focal (FCD) é capaz de gerar uma atividade intrínseca de EEG patológico caracterizado por uma cravação contínua ou quase contínua. Foi examinada a distribuição quantitativa dos padrões da displasia cortical focal - FCD intracerebrais em relação ao sono, de modo a investigar se esta actividade é independente de influências tálamo. O estudo analisou o primeiro

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ciclo de sono de cinco pacientes com diagnóstico de displasia cortical focal FCD do tipo tipo II, que se submeteram combinado couro cabeludo-intracraniana eletroencefalografia (EEG), e mostrou um padrão de EEG intracraniana típico para FCD. Três padrões de FCD atividade EEG intracraniana foram identificados em todos os 5 pacientes, e visualmente marcados para um máximo de 30 minutos de cada etapa (esteira, N1, N2, N3, REM): pico ou superior a 2 Hz poliponta (padrão 1), ponto ou poliponta interrompidas por períodos inferiores planas 2 Hz (padrão 2) e descargas de> 15 Hz atividade rítmica de baixa tensão com morfologia normal (padrão 3). Após a marcação, os percentuais dos três padrões nos diferentes estágios foram calculados. O estudo conclui que apesar da presença de uma descarga praticamente contínua, o sono é um importante modulador dos padrões de EEG patológicas encontradas em displasia cortical focal FCD do tipo II. Isto pode sugerir que o tecido displásico é influenciado pelos mecanismos de controle tálamo-corticais envolvidas na geração de sono. Um estudo muito interessante é o estudo conduzido por Jain SV e Colaboradores (Maio, 2015) discute o uso da Melatonina melhorando o sono de crianças com epilepsia. Neste estudo a insônia, especialmente insônia de manutenção, é muito prevalente na epilepsia. Embora a melatonina seja comumente usada, os dados limitados abordam a sua eficácia. Foi realizado um duplo-cego, cruzado estudo randomizado e controlado por placebo, para identificar os efeitos da melatonina sobre o sono e apreensão controle em crianças com epilepsia. No estudo a melatonina diminui a latência do sono (diferença média, MD, de 11,4 min e p = 0,02) em comparação com placebo. Sem agravamento da densidade de pico ou frequência de crises foi visto. Outra considerável constatação foi a duração do sono de ondas lentas e movimento rápido dos olhos (REM) latência foram aumentadas com melatonina e duração do sono REM foi diminuída. Estas mudanças foram estatisticamente significativas. Pontualmente, um indivíduo participante do estudo apresentou agravamento da dor de cabeça com enxaqueca sobre a melatonina. O achado desse estudo, apesar de ter sido estatisticamente significativo na diminuição da redução na latência do sono, deixa como sugestão maiores estudos. Pigorini A e Colaboradores (Maio, 2015) traz para discutirmos que durante o estágio NREM no nível 3, quando a consciência se desvanece, interações córtico-corticais são prejudicadas, enquanto os neurônios ainda estão ativos e reativos. Observou-se que, durante a estimulação elétrica em vigília, desencadeiam-se ativações determinísticos de bloqueio de fase. Os autores sugerem e seu estudo que a tendência intrínseca

dos neurônios corticais impedem o surgimento de padrões estáveis de interações entre áreas corticais durante o sono NREM. Baets J, e colaboradores (2015) apresenta um estudo de grau muito alto de complexidade. Estuda os defeitos de DNMT1 mutante estão ligados a um espectro de distúrbios neurológicos. Esse estudo relata um espectro mais amplo do que clínico previamente apreciado por hereditária sensorial e autonômica tipo neuropatia (HSAN1E) e um potencial mecanismo patogênico para methyltransferase DNA (mutações) DNMT1. Investigado em 45 indivíduos, os pesquisadores fazem uma associação interessantíssima entre os genes: HSAN1E; DNMT1; p.C353F, p.T481P, p.P491L, p.Y524D e p.I531N, tudo dentro do domínio sequência-alvo, e duas mutações (p.T481P, p.P491L) e HSAN1E tem sido sugeridas como um distúrbio autossômico dominante alélico de ataxia cerebelar, surdez e narcolepsia. O impacto das sete mutações causais nesta coorte foi estudada através de experiências localização celular. Avaliou-se a eficiência de ligação das proteínas mutantes DNMT no foco de replicação e heterocromatina. Os resultados apontam uma estreita relação com distúrbio comportamentais do sono REM e narcolepsia. Algo muito interessante nesse estudo é que observou-se uma grande variabilidade do declínio da função cognitiva, muitas vezes começou com alterações de personalidade e manifestações psiquiátricas. Uma tríade de perda, neuropatia sensorial e declínio cognitivo e de audição permanece como apresentação estereotipado de HSAN1E. Os distúrbios do sono e ritmo circadiano em epilepsia revisitada: um estudo prospectivo controlado, este artigo teve como objetivo avaliar os distúrbios do sono e ritmo circadiano em pacientes com epilepsia. Os autores reuniram duzentos participantes, sendo que uma metade que apresentou epilepsia generalizada e a outra metade parcial. Obtiveram como resultados 41% dos participantes relataram os efeitos agudos de convulsões no ritmo de sono-vigília. Em sua conclusão, este estudo demonstrou que o distúrbio do sono crônica não é aumentado em doentes com epilepsia bem controlada sem comorbidade relevante. Unterberger I e colaboradores (Fev. 2015). Outro estudo focou a população idosa, com o

objetivo de avaliar o rendimento de “spiking EEG

interictal” em padrão e toda-noite EEG do sono em

idosos com crises focais de início recente em

comparação com os doentes mais jovens. Arbasino

C e colaboradores (2015), demonstraram que os

Idosos apresentaram uma menor taxa de IEAs

sobre S-EEG (p <0,01), mas uma maior propensão

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para spiking durante o sono NREM profundo, mostrando exclusivamente durante as etapas 3-4. Índice de

pico significa mostrou um aumento significativo no IEAs entre o sono fases 1-2 e 3-4 nos indivíduos

idosos (p <0,001). A associação significativa entre IEAs surgiu durante o sono profundo e idade (p

<0,001).

Por fim, o estudo apresentado por Schmitt B. (Jun, 2015) discute a síndrome da epilepsia e sono.

Em seu artigo, Schimitt aponta que 20% dos pacientes sofrem convulsões apenas durante a noite; 40%

durante o dia e cerca de 35% durante o dia e à noite. Espasmos infantis aparecem predominantemente ao

despertar, e hipsarritmia às vezes é visível apenas durante o sono. Crianças com síndrome de

Panayiotopoulos ou epilepsia benigna com pontas centrotemporais têm convulsões principalmente

durante o sono, e em ambas as síndromes ondas pico interictais são marcadamente acentuadas no sono de

ondas lentas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta “minirrevisão” bibliográfica aponta a tendência dos estudos no primeiro semestre de 2015, e

através da tabela que se seguem os descritores que nortearam os estudos dessa revisão:

Os termos: Cirurgia Intracraniana, EEG, Criança, Adulto, Sono REM, Idosos e Narcolepsia foram os termos mais usados nos

artigos, isso pode sugerir a tendência dos estudos para o próximo semestre de 2015. Ou seja, sugere que a comunidade

científica quer discutir esses assuntos quando o tema for Epilepsia e Sono.

DESCRITOR VEZES QUE

APARECEU DESCRITOR VEZES QUE APARECEU

Privação de Sono/duração

do sono 2/2 Ressonância (RM) 2

Criança/idoso/adulto 4/3/4 Parassonias 2

Sono REM 4 Insônia 1

Sono NREM 2 Acupuntura 1

Cirurgia/Intracraniano 6 EEG 6

Nível de Consciência 2 Qualidade de vida/Stress

Latência do sono/insônia 1/1 Narcolepsia 3

REFERÊNCIAS

Okanari K, & Cols Rapid eye movement sleep reveals epileptogenic

spikes for resective surgery in children with generalized interictal dischar-

ges. Epilepsia. 2015

Gibbs SA, & Cols Sleep-related epileptic behaviors and non-REM-

related parasomnias: Insights from stereo-EEG. Sleep Med

Rev. 2015 May 19. pii: S1087-0792(15)

Yi PL, Lu CY, Jou SB, Chang FC. Low-frequency electroacupuncture

suppresses focal epilepsy and improves epilepsy-

inducedsleep disruptions. J Biomed Sci. 2015 Jul 7;22(1):49

Suzuki K & Cols. Insulinoma Masquerading as Rapid Eye Move-

ment Sleep Behavior Disorder: Case Series and Literature Review. Medi-

cine (Baltimore). 2015 Jun;94(25):e1065.

Sakuraba R & Cols. High frequency oscillations are less frequent but

more specific to epileptogenicity during rapid eye movement sleep. Clin

Neurophysiol. 2015 May 30. pii: S1388-2457(15)00614-8.

Adachi H [Parasomnia]. Nihon Rinsho. 2015 Jun;73(6):949-53. Japanese.

Kotterba S.[Sleep disorders in neurological diseases]. Nerve-

narzt. 2015 Jun;86(6):759-71.

Neurostimulation to improve level of consciousness in patients

with epilepsy.

Gummadavelli A. & Cols. Neurosurg Focus. 2015 Jun;38(6):E10.

Menezes Cordeiro I & Cols Sleep influences the intracerebral EEG pat-

tern of focal cortical dysplasia. Epilepsy Res. 2015 Jul;113:132-9.

Jain SV & Cols Melatonin improves sleep in children with epilepsy: a

randomized, double-blind, crossover study. Sleep Med. 2015 May;16

(5):637-44.

Pigorini A. & Cols. Bistability breaks-off deterministic responses to intra-

cortical stimulation during non-REM sleep. Neuroimage. 2015 May

15;112:105-13.

Baets J, & Cols. Defects of mutant DNMT1 are linked to a spectrum of

neurological disorders.

Brain. 2015 Apr;138(Pt 4):845-61. .

Manni R, Terzaghi M. Sleep-disordered breathing in dementia with Lewy

bodies. Curr Neurol Neurosci Rep. 2015 Mar;15(3):7

Unterberger I & Cols. Sleep disorders and circadian rhythm

in epilepsy revisited: a prospective controlled study.

Sleep Med. 2015 Feb;16(2):237-42.

Marrie RA & Cols A systematic review of the incidence and prevalence

of sleep disorders and seizure disorders in multiple sclerosis. Mult

Scler. 2015 Mar;21(3):342-9. doi: 10.1177/1352458514564486. Epub

2014 Dec 22.

Arbasino C, & Cols Interictal spiking in adult newly-diagnosed fo-

cal epilepsy of unknown cause: The effect of age. Clin Neurophysi-

ol. 2015 Aug;126(8):1498-504.

Cobabe MM & Cols Impact of sleep duration on seizure frequency in adults with epilepsy: a sleep diary study. Neuropediatr ics. 2015 Jun;46(3):171-80.

Liberalesso PBN. Perguntas frequentes sobre epilepsia no consultório. In: Liberalesso PBN Ed Manual de Diagnóstico e tratamento das Epilepsias

na Infância, Curitiba.

Page 17: Sem Crise- Inverno 2015

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Um Olhar Atrás de Lentes

Por Nayene Leocádia Manzutti Eid

S empre fui apaixonada por uma boa fotogra-

fia. Fotografar é meu hobby desde a infân-

cia. Poderia até chamar de vício, se esta pa-

lavra fizesse analogia a algo bom que se

pratica deliberadamente e por repetição...com fre-

quência incontrolável. Me recordo que desde pe-

quena uma câmera me acompanhava por onde

quer que eu fosse: nos passeios em família, nas

reuniões de fim de tarde na casa dos meus avós,

na escola, e no mundo fantasioso onde minhas

amigas eram estrelas de passarelas internacionais.

Eu não, eu era a fotógrafa.

Na década de 80, a sensação do momento era a

Kodak Hobby 35mm. Era uma dessas que eu ti-

nha; foi um presente de meus pais. Sem ter noção

de iluminação, enquadramento e até mesmo sem

poder conferir de imediato se as imagens que eu

capturava estavam ficando boas ou não, eu ousa-

va, arriscava e clicava. Fotos e mais fotos! Dispa-

ros sequenciais. Usava um rolo de filme atrás do

outro, e suas caixas se amontoavam na estante do

meu quarto, ao lado da coleção de bonecas.

As caixas amarelas dos filmes estampavam em

tons diversos um conjunto de informações que

passavam despercebidas pelos meus olhos de me-

nina. De tudo, eu apenas precisava saber se aque-

las caixas traziam consigo um filme e 36 possibi-

lidades. Nada menos que isso! Imaginem se eu

sabia o que significava a palavra ASA...e isso pa-

ra mim, pouco importava. Por vezes eu me pega-

va invertendo alguns números e acreditando na

feliz ideia da existência de um filme ASA 36 com

400 poses. Seria genial!

No mais, eu até era curiosa para entender porque

a luz velava um filme, caso a tampinha da máqui-

na fosse aberta antes dele ser completamente re-

bobinado. Isso porque eu perdi as contas de quan-

tas vezes eu queimei a história que já estava con-

tada nos rolos por esse misterioso (para mim) mo-

tivo. Isso me custava alguns minutos de aborreci-

mento e inconformismo, porque eu já tinha cons-

ciência suficiente para entender que registro foto-

gráfico que se perde, não se recupera de maneira

idêntica em uma segunda vez. Mas a testa franzi-

da pela cara amarrada durava só até eu abrir um

outro rolo de filmes, novinho em folha. Aí o sor-

riso ocupava lugar no meu rosto e minha mente já

trabalhava uma nova ideia. E quando isso aconte-

cia, eu me via de novo livre. Livre para clicar.

O tempo passou, eu cresci e o amor pela fotogra-

fia também. Algumas coisas evoluíram comigo,

outras, obsoletas, acompanharam o tic tac de um

relógio sem pilhas. As câmeras de rolos foram

substituídas pelas digitais. O aparelho que me

desperta para um compromisso e que me conecta

por voz com outras pessoas, também me permite

fotografar o agora, conferir se a foto ficou boniti-

nha e vai render alguns likes no facebook, e com-

partilhar com o mundo em tempo real. Isto por-

que os filmes cederam lugar aos sensores. As

imagens que existiam apenas em papel impresso

hoje podem imediatamente ser vistas no monitor

de um computador ou no visor de um aparelho

celular. E elas podem nunca sair dali para o papel.

A tecnologia digital é bem interessante e, definiti-

vamente, ganhou seu espaço no mercado mundial.

Mas uma coisa é certa...com ela perdemos um

pouco da capacidade de nos impressionar. Nós

perdemos a chance de esperar ansiosos pelo resul-

tado futuro de um click do agora...porque agora, o

agora nos é dado agora.

Independentemente do tipo de câmera, o fato é

que nunca esperei motivos para fotografar. Quan-

do não os tenho, improviso. Acredito que fotogra-

far não é simplesmente registrar momentos, é

também eternizá-los. Cada fotografia tem o poder

de recriar emoções que se experimentou e de des-

pertar sensações. A captura de um instante põe

em evidência um momento vivido e o eterniza, de

tal forma que uma fotografia passa a ser uma his-

tória contada sem palavras. Uma história que po-

de ser revista e revivida a qualquer tempo.

Quando soube, pelas redes sociais, do I Concurso

de Fotografia e Imagem: Olhares Sobre a Epilep-

sia (www.facebook.com/olharesepilepsia) me vi

diante de uma grande oportunidade e, ao mesmo

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tempo, diante de um desafio pessoal. Imediata-

mente busquei em meus arquivos os registros de

uma de minhas viagens aos EUA, quando visitei a

cidade de Chicago, em Setembro de 2012. Poucas

horas de passagem pelo Shedd Aquarium foram

suficientes para que eu fizesse a fotografia que,

particularmente, considero a mais bonita da mi-

nha coleção. Não porque usei alguma técnica di-

ferente, ou porque a iluminação estava adequada,

e nem porque o enquadramento estava perfei-

to; mas porque eu simplesmente estava no lugar

certo, na hora certa e cliquei no momento exato.

Diante de um aquário de cavalos marinhos, não

foi preciso esforço algum para montar um cenário

apropriado ou para se conseguir a pose ideal. Ali-

ás, nenhum palco reproduziria com a mesma per-

feição a delicadeza daquele momento. Dois cava-

los marinhos se encarregaram de roubar a cena ao

se unirem frente a frente, formando a imagem de

um coração. E eu estava lá, expectadora atenta, e

a lente da minha câmera estava focalizando aque-

le momento ímpar. Tudo aconteceu em frações de

segundos e eu cliquei isto. E mesmo vendo aquele

desenho divino estampado no monitor da minha

câmera, eu não conseguia acreditar no presente

que estava recebendo da natureza. Talvez, na era

das câmeras analógicas, eu não conseguisse so-

breviver à ansiedade de esperar esta imagem ser

revelada.

Título da imagem: Identidade às Claras

Descrição: "Veja com amor, seja quem for!"

Autora: Nayene Leocádia Manzutti Eid

Nunca havia publicado esta foto. A admiração por

ela é tamanha, que, por um apego inexplicável, eu

nunca senti necessidade de fazê-la. Na bem ver-

dade nunca havia exposto minhas fotos anterior-

mente, ou até mesmo, participado de uma seleção.

E, envolvida pela causa que motivou a realização

deste evento, decidi participar. Abro parênteses

aqui, pois não me identifiquei profissionalmente

no início deste texto. Estou aqui há linhas e linhas

escrevendo sobre minha paixão pela fotografia,

mas sinto em informá-los que não sou fotógrafa.

Então, a minha motivação não foi concorrer e

vencer este concurso. A minha motivação foi en-

xergar a nobreza da Epilepsia. Sendo profissional

da área da saúde, cirurgiã dentista e professora

universitária, tenho certo conhecimento sobre o

tema e sempre admirei os trabalhos e as campa-

nhas em prol dos pacientes portadores desta con-

dição. Arrisquei, fiz minha inscrição, enviei a foto

e fui premiada em primeiro lugar.

O primeiro lugar eu estendo a todos os participan-

tes deste concurso. Considero que cada um que se

inscreveu e que dedicou seu tempo para idealizar,

criar e clicar sua imagem, sentiu-se, antes de tu-

do, sensibilizado pela causa que está por trás da

competição. Cada um de nós soube exatamente

trabalhar e transmitir a proposta, de forma que

cada pessoa que tiver acesso a estas fotografias

poderá viver um pouco daquilo que está implícito

em cada imagem. Assim sendo, somos todos ven-

cedores!

Costumo dizer que, à arte de fotografar, atribuem-

se 70% ao olhar, 20% à técnica e 10% ao equipa-

mento. Atento para o fato de que grande parte da

“boa foto” é feita com o olhar, ou seja, com a per-

cepção do momento e da cena que está prestes a

acontecer. Então, todos somos capazes de fazer

uma boa imagem, sem que para isso precisemos

de uma câmera profissional, ou uma super lente.

Fotografar é algo mágico onde se pode registrar

emoção, sensibilidade e movimento em algo

aparentemente estático. Assim, aconselho e

encorajo-lhes, caros leitores, a fotografar muito e

a planejar seus disparos, treinar a seleção de

imagens e a sua capacidade de prever

acontecimentos. Busque informações sobre o seu

objetivo e curta os excelentes resultados que

virão! Eu lhes desejo todos os cliques do mundo!

Page 19: Sem Crise- Inverno 2015

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Por Nayene Leocádia Manzutti Eid

S endo profissional da área da saúde, cirurgiã dentista e professora universitária, tenho certo co-

nhecimento sobre o tema Epilepsia e sempre admirei os trabalhos e as campanhas em prol dos

pacientes portadores desta condição. Arrisquei, fiz minha inscrição, enviei uma fotografia e fui

premiada em primeiro lugar. Este primeiro lugar eu estendo a todos os participantes deste con-

curso, pois considero que cada um que se inscreveu e que dedicou seu tempo para idealizar, criar e cli-

car sua imagem, sentiu-se, antes de tudo, sensibilizado pela causa que está por trás da competição. Ca-

da um de nós soube exatamente trabalhar e transmitir a proposta, de forma que cada pessoa que tiver

acesso a estas fotografias poderá viver um pouco daquilo que está implícito em cada imagem. Assim

sendo, somos todos vencedores! A premiação do I Concurso de Fotografia e Imagem: Olhares sobre a

Epilepsia, que aconteceu durante o encerramento da Semana Internacional e Latino Americana de

Conscientização Sobre a Epilepsia, marcou um momento especial, de descontração, de partilha de

conhecimento, experiências e de doação na conquista de novas amizades. Quero parabenizar essas

mentes brilhantes que compõe as equipes da ASPE e do BRAINN, que têm iniciativas e desenvolvem

ações com o coração. Não existe segredo. Este é o maior diferencial que resulta no sucesso dos traba-

lhos que vocês realizam.

Autores das fotografias premiadas no I Concurso de Fotografias

“Olhares sobre a Epilepsia” – 2014. (Acervo fotográfico Aspe). Calendário 2015 – “Olhares sobre a

Epilepsia” com todas as fotos do I

Concurso.

Page 20: Sem Crise- Inverno 2015

20 Revista Sem Crise: por uma epilepsia sem crise

Clique nas imagens para acessar as páginas!

Notícia publicada no site da Faculdade de Ciências Médicas – Unicamp, sobre o II

Concurso de Fotografia e Imagem “Olhares sobre a Epilepsia”, ASPE, 2015.

Na próxima Edição de Primavera

publicaremos todas as fotos dos

participantes e os ganhadores do II

Concurso de Fotografias e Imagem

“Olhares sobre a Epilepsia” (edição 2015).

Aguardem a reportagem completa!

Arte de Alline Camargo - II Concurso de Fotografia e

Imagem “Olhares sobre a Epilepsia” – 2015.

E-book “Olhares sobre a Epilepsia” com

todas as fotos do I Concurso.

Page 21: Sem Crise- Inverno 2015

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Os livros apresentados nesta seção estão disponíveis no site da ASPE.

Acesse www.aspebrasil.org para mais informações e consulta de preços.