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Semana de Trabalho de Campo Antropológico
Aldeia de Castelãos 25 de Abril a 1 de Maio de2009
IntroduçãoNo âmbito da disciplina de trabalho de
campo antropológico foi-nos proposta a elaboração de um projecto de investigação inserido no projecto “AQUAS”.
O projecto “AQUAS” pretendia avaliar a saúde e a qualidade de vida de uma determinada população através da aplicação de um inquérito elaborado por investigadores na área da saúde. Em paralelo à aplicação dos inquéritos, fizemos entrevistas abertas à população com o intuito de apontar e definir as principais ocupações de lazer da população da freguesia de Castelãos.
Problemática
Os idosos sentem-se cada vez
mais isolados uma vez que em grande
parte, em lares ou no silêncio da sua
casa, com deficientes infra-estruturas,
de terceira idade e com o avanço da
idade, vêem crescer o medo da
incapacidade e dependência.
Objectivos Gerais
Identificar o nível da qualidade de vida na
aldeia em estudo;
Identificar o nível de saúde física, psicológica e
social existente na população;
Caracterizar qualitativamente a freguesia em
estudo;
Caracterizar a actividade de O.T.L. identificar os
espaços de O.T.L.
E mais importante: Divertirmo-nos!
Metodologia Utilizada
Métodos Qualitativos (conversas
informais, entrevistas abertas,
entrevistas estruturadas , observação,
diário de bordo, notas de campo,
técnicas audiovisuais)
Métodos Quantitativos (questionário)
Qualidade de Vida
O conceito de qualidade de vida tem vindo a ser debatido
em contexto científico e tem sido também objecto de
alterações conceptuais recorrentes. Actualmente a
qualidade de vida representa,
“…o resultado da soma do meio ambiente físico; social;
cultural; espiritual e económico onde o individuo esta
inserido; dos estilos de vida que este adopta; das suas
acções e da sua reflexão sobre si, sobre os outros e sobre o
meio ambiente que o rodeia. É também a soma das
expectativas positivas em relação ao futuro.” (LEAL, 2008:
p. 10)
Ocupação dos Tempos Livres
O lazer,
“é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo
pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar,
seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda,
para desenvolver sua informação ou formação
desinteressada, sua participação social voluntária ou
sua livre capacidade criadora após livrar-se ou
desembaraçar-se das obrigações profissionais,
familiares e sociais.” (Dumazedier,1976, p.34)
A aldeia - Castelãos
Fonte: TCA
Localização Geográfica
A freguesia de Castelãos apareceu em
1839 no concelho de Bragança, em 1852 no
concelho de Chacim e a partir de 1853 passa a
pertencer ao concelho de Macedo de
Cavaleiros. Castelão situa-se nas fraldas da
Serra de Bornes, no cruzamento dos caminhos
para Vilar do Monte, Chacim e Macedo de
Cavaleiros. Situa-se a 3 km da cidade.
HistóriaO nome de Castelãos advém do antigo castelo de mouros
que existia onde está edificada a actual capela de S. Marcos
que conforme relata a história, dois dos habitantes deste
castelo vieram construir uma casa nas encostas deste cabeço
onde possivelmente é a aldeia. Como moradores do castelo
chamavam-lhes «Castelãos» e daí o nome da aldeia.
“(…) O castelo já habitado durante muitos anos e por motivos
desconhecidos, alguém expulsou do castelo duas pessoas que foram
viver na encosta do Vale, foram esses que deram origem ao nome
Castelãos, ainda hoje as terras em volta das fragas e da capelinha
que se chamam Trás-do-Castelo (…)” (D.M., 62 Anos, Auxiliar de
limpeza).
A lenda do Forno dos Mouros
Existindo esta caverna na serra Castelãos, e como
reza a história dos antigos habitantes desta aldeia, em
noites quentes de verão quem passasse perto desta fraga,
escutava batidos de um tear a tecer. Dizia-se então que
este tear era de ouro e que nesta caverna estava uma linda
moça filha de um rei mouro, que ao apaixonar-se por um
pastor que era cristão, seu pai castigou-a e ali ficou
eternamente encantada batendo as varas douradas desse
tear. “ (…) dizem que os mouros coziam lá o pão, faziam lá
toda a lida doméstica, mas isso já eu não tenho a certeza,
mas diziam… (…)” (D.M., 62 Anos, Auxiliar de limpeza).
O Forno dos Mouros
Fonte: TCA
População
Com uma população de cerca de
560 habitantes, mais ou menos 300
são emigrantes e 10 migrantes,
abandonaram a sua terra natal à
procura de melhores condições de
vida para as suas famílias.
De acordo com os dados estatísticos do INE (Instituto
Nacional de Estatística) a faixa etária predominante em 2001
é dos 15 aos 64 anos com uma percentagem de 66,7%. No
que toca ao nível de instrução em 2001 destaca-se
essencialmente uma amostra da população de 196
indivíduos com o 1º ciclo, seguido de uma amostra de 82
indivíduos sem nenhum tipo de instrução e por fim 34
indivíduos com o 2º ciclo. No que respeita aos equipamentos
disponíveis para a população só se encontram disponíveis
serviços de educação.
Actividades Económicas
A população de Castelãos vive
essencialmente da agricultura,
pecuária, panificação, construção
civil e pequeno comércio.
Actividades Económicas
Fonte: TCA
Festas e Romarias
A festa principal da aldeia é
realiza-se ao 3º domingo de
Setembro, em honra de São Zenão.
Fonte: Foto fornecida por um habitante da aldeia
A festa de São Marcos realiza-
se dia 25 de Abril. Com a presença
assídua da banda de Mateus.
Fonte: TCA
Análise das Entrevistas
Fonte: TCA
Estado de Saúde da População
A maior parte queixava-se de dores no corpo
em situações mais extremas apresentavam mal-
estar na vesícula, falta de equilíbrio, apertos no
coração, dor de dentes, entre outras.
“…sinto-me mal, o almoço fez-me mal, comi peixe cozido
com verdura e sofro da vesícula! Enquanto não vomitar
tudo não me passa…” (A.S., 73 Anos, viúva).
“…hoje não estou para conversas, não dormi em toda a
noite com a dor de dentes…” (C.D., 72 anos, reformado).
Alguns apresentavam-se também um
pouco deprimidos e tristes perante a
idade que tinham uma vez que não
consideravam ter grande futuro pela
frente. A solidão é também um dos
aspectos negativos que mais observámos
pois na sua maioria eles eram viúvos e
viviam sozinhos.
A Ocupação dos seus Tempos Livres
Em relação á ocupação dos tempos livres, todos nos
confessaram gostar de passear pela aldeia, gostar de
conversar uns com os outros, de fazer na renda, ir á
igreja “…gosto de visitar o santíssimo todas as
tardes…” (A.S., 73 Anos, viúva) e ir ver a horta
diariamente.
Os idosos consideram também a lide doméstica e o
convívio com os vizinhos, uma das suas principais
ocupações.
Quando questionados sobre o que achavam que seriam as
ocupações dos vizinhos e outros habitantes a opinião era
unânime. Na opinião deles havia muitos que não tinham nada
que fazer e por isso passavam muito tempo na rua “a dar á
língua”, tentando depois remediar o que tinham dito,
acrescentavam que também deviam fazer as suas obrigações.
“…Às vezes algumas estão á boa vida, não querem
trabalhar…” (A.S., 73 Anos, viúva)
Encontramos ainda uma antiga professora que para ocupar os
seus tempos livres frequenta a Universidade Sénior do Piaget
e aconselha a experiência a toda a gente. “Senti-me
rejuvenescer!” (F.P., Viúva, Reformada)
O convívio entre os habitantes de Castelãos
Enquanto uns não conviviam, ou porque não
tinham sido habituados assim ou porque
preferiam ficar em suas casas a descansar, outros
tinham por hábito estar no Largo da Fonte, largo
principal da aldeia, a conversar e a conviver.
De forma geral, podemos salientar que todos
os habitantes mantinham uma boa relação de
amizade e entre ajuda.
“(…)Convivo muito com os vizinhos, e com os habitantes
da aldeia, mas tenho pouco tempo, porque trabalho na
cidade e como cumpro horários, daí a pouca
convivência. Mas se tivesse mais tempo, dedicava todo
o tempo a ajudar as pessoas que não tivessem família e
que precisassem de mim, e aturava-os até á morte. (…)
É muito importante e para mim os meus vizinhos são a
minha família. Quando dão um ai, eu estou lá, mas
quando eu preciso eles estão aqui e é muito
importante.” (D.M., 62 Anos, Auxiliar de limpeza).
O dia-a-dia dos Casteloenses
De manhã, geralmente pelas 7:30 ou 8:00 horas, levantam-se
procedendo de seguida à realização da sua higiene diária.
Posteriormente tomam o pequeno-almoço que na sua maioria das vezes
é composto por café, leite e torrada. Contudo encontramos um senhor
que nos revelou o seu gosto pelas sopas de alho logo pela manhã,
“ (…) Como sopas de azeite e alho…ponho a água a ferver, parto
as sopas fininhas…pão fininhas para uma malga, depois ponho-
lhe um bocadinho de azeite, eu ponho-lhe duas colheres, mas há
quem lhe ponha só uma e chega. Depois ponho-lhe um
bocadinho de alho, e em cima ponho-lhe a água a ferver e estão
as sopas feitas.” (C.D., 72 anos, reformado).
Durante a manhã as senhoras
costumam a sua lida da casa, dão um
passeio para a conversa em dia. De
seguida fazem o almoço e por volta das
13:00 horas almoçam. Algumas vão ainda
trabalhar para a horta. Durante o período da
tarde lêem, vêem televisão, vão á igreja e
ficam-se por as ruas à conversa com os
vizinhos.
Numa faixa etária mais jovem onde a entrevistada mantém
ainda uma vida profissional activa a rotina torna-se bastante
diferente e muito mais rígida.
“ (…) No meu dia-a-dia, começo a levantar, por o quarto arejar
e fazer o pequeno-almoço para mim. (…) Faço o pequeno-
almoço para o meu marido…… (…) Arrumo o quarto, tomo
banho e as dez tenho que estar no emprego. (…) Trabalho, só
regresso as 7 da noite. (…) Sou auxiliar de….limpeza, mas faço
de tudo um pouco, ajudo a tratar das crianças quando é
preciso, limpo quando é preciso, ajudo na cozinha quando é
preciso…. e é a tempo inteiro, tudo o que me mandarem fazer.
(…)”(D.M., 62 Anos, Auxiliar de limpeza).
No que respeita à rotina diária dos
homens, notámos que não têm tanta
responsabilidade. De manhã levantavam-
se, fazem a sua higiene diária, tomam o
pequeno-almoço, arrumam o quarto e
almoçam. Durante a tarde vão até á
horta e ficam-se pelo largo da aldeia à
conversa com os amigos.
A importância da Ocupação dos Tempos Livres
Eles assumiam a ocupação dos tempos livres, não como
actividades de lazer mas sim actividades quer sejam elas
lúdicas ou não, que os mantinham ocupados para que não
tivessem tempo e disponibilidade de pensar nos problemas e
inquietações do dia-a-dia.
Alguns enumeraram certas actividades que eles
desenvolviam no âmbito da ocupação dos tempos livres, tais
como idas á praia e excursões inseridas no contexto religioso,
como visitas ao santuário de Fátima. Os trabalhos manuais,
como o crochet e a renda, eram também considerados
ocupações do tempo livre.
De uma maneira geral eles consideram este assunto de
extrema importância e consideram também que o convívio
era mais uma valia para todos tanto a nível social, psicológico
e cognitivo,
“ (…) Muito importante…. (…)Eles junto connosco,
ensinam-nos várias coisas, mas também aprendem, e
eles….os idosos gostam muito de perguntar como se
fazem as coisas, e então a explicar-lhe a eles também
nos dizem a nós “olha eu fazia desta maneira e
daquela” e também se aprende muito a ensinar.
(…)”(D.M., 62 Anos, Auxiliar de limpeza).
Anseios da população para a evolução da aldeia
Curiosamente o centro de dia é um dos projectos que toda a população
gostaria de ver edificado na aldeia. Segundo eles só traria vantagens à
população de Castelãos.
“ (…) Se eu pudesse, pedir ao Presidente da Junta, gostava que
construíssem um centro de dia para os mais velhotes… onde a
gente se pudesse encontrar e conviver com eles, para passarem
melhor os dias, que as vezes são tão difíceis de aguentar. E se
fosse possível, lhe pudessem dar [suspiro] …um lanche
quentinho. (…) Os velhos não têm grande carinho…um lanchinho
quente e bom, para poderem passar melhor a noite. (…)”(D.M.,
62 Anos, Auxiliar de limpeza).
No centro de dia os idosos gostariam de realizar actividades
manuais, como rendas, bordados, tricô e costura. Gostariam também
de ler, jogar às cartas e dançar uma que eram todos idosos muito
divertidos e animados apesar dos problemas de vida. “ (…) Se tivesse
saúde fazia o que tenho feito até aqui, rendas e …tricôs…bordados.
(…)” (P.I., 70 anos, casada)
Os habitantes da aldeia queriam também ver reabilitadas as
casas antigas fazendo com que ganhassem de novo o encanto de
antigamente.
Vários habitantes referiram o desejo de ver retomadas as
actividades do “Grupo de Cantares” de Castelãos, que devido a
problemas de entendimento viu as suas actividades cessadas. Um
melhor largo para a festa principal da aldeia era também uma das
sugestões que mais ouvimos.
Práticas desportivas na vida dos Casteloenses
A prática desportiva é para eles uma coisa do passado, porque
apesar de alguns terem sido verdadeiros desportistas a sua saúde
e condição física já não lhes permite grandes aventuras neste
campo.
Os idosos reconheciam que a ginástica e outros desportos faziam
bem á saúde, apesar de alguns admitirem não gostar dessa
prática.
No que respeita á modalidade mais em voga do campo desportivo,
ou seja, a hidroginástica, os idosos iam-nos dizendo “entre dentes”
que não lhes agradava muito a ideia porque não sabiam nadar ou
não se sentiam muito á vontade dentro de água.
A D.M. que pertencia a uma faixa etária
diferente dos entrevistados mostrou-nos um vasto
leque de actividades que ela tinha orgulho em
praticar.
“ (…) Faço várias coisas, gostava de
participar na natação, na hidromassagem e
hidroginástica. (…) E já faço quando posso
natação, sauna, massagem, hidro-linfa, bicicleta,
step e… (…) “ (D.M., 62 Anos, Auxiliar de
limpeza).
A importância da religião na população de Castelãos
De uma maneira geral os habitantes de Castelãos revelaram ter
uma fé inabalável. Em todas as entrevistas que fizemos reparámos
que os habitantes têm por principal ocupação a veneração do
Santíssimo e tudo que esteja ligado á Igreja. Por exemplo uma idosa
que nos disse que tinha vindo da igreja pois tem rezado todos os
dias, várias vezes ao dia pois tinha uma irmã doente.
“ (…) Tenho uma irmã muito mal e prometi uma novena por
ela…de ir a rezar ao Divino Senhor da Misericórdia todos os
dias e já rezei um que fui ao Divino Espírito Santo e já rezo
outro logo às 6, meninas. Sou muito rezadeira! (…)” (A.S., 73
Anos, Viúva)
Conversámos também com uma senhora que tinha as chaves
da igreja da aldeia e é também zeladora do altar do São Zenão.
“ (…) Primeiro de manhã levanto-me e vou á igreja, que
acendo a lâmpada, abro a porta da igreja (…) Tenho a
chave da igreja tenho que a abrir e acender a lâmpada se
estiver apagada…” (R.P., Viúva, Reformada)
Confessou-nos também que as suas conversas e as das suas
vizinhas eram sempre sobre as “coisinhas” da igreja. Também na
leitura os gostos pessoais e a fé estão bem vinculados uma vez
que todas elas nos informaram que lêem a “Voz de Fátima”.
Análise da entrevista
com o presidente da
junta de freguesia
No decorrer da entrevista o Sr. Justo
mostrou-se satisfeito com o trabalho que tem
realizado, confidenciou-nos que conseguiu
fazer 80% das obras que achava necessárias e
indispensáveis na aldeia de Castelãos. Até ao
final do presente mandato tem a certeza que
chegará aos 100%, isto é sente o dever
cumprido. Disse-nos que não fez promessas,
prometeu trabalho e do ponto de vista dele
tem-no conseguido.
Neste momento estão a decorrer três obras
em simultâneo, o arranjo do largo da fonte, da rua
que liga a aldeia ao cemitério e a casa mortuária.
No decorrer do presente mandato já fez
variadíssimas obras, tais como saneamento, levou
a electricidade e pavimentação do bairro da
cazeta, a construção do poli - desportivo,
adicionamento da Etar, o alargamento do
cemitério e o arranjo e aquisição de mobiliário
para a sede da Junta de Freguesia.
Uma das obras que ele tem em
mente será a construção de uma centro
de dia para a população idosa, estabelecer
um protocolo com a Santa casa da
Misericórdia para haver colaboração entre
as duas entidades, para assim, os técnicos
e profissionais da Santa Casa prestarem
auxílio especializado á população.
De uma forma geral toda a população elogiou o
trabalho realizado pela Junta de Freguesia.
“ (…) Olhe é assim….olhe menina, as alterações da
aldeia, em Castelãos eu acho que está tudo, sendo feito
na medida do possível. Pois temos um presidente da
junta, que vale ouro…tudo o que pode, ajuda as pessoas
e também tem feito muito pela aldeia. Vou frisar
algumas coisas, arranjou o cemitério, o largo da Fonte, o
Polidesportivo, os caminhos rurais, o Etar da Caseta e
alargou a via e estão a fazer um belo trabalho na casa
mortuária. Temos também muita boa sinalização. (…)”
(D.M., 62 Anos, Auxiliar de limpeza).
Fonte: TCA
Reflexão Crítica
Visitámos todos os pontos emblemáticos da aldeia,
preocupamo-nos em deixar uma excelente imagem e
impressão junto da população de Castelãos, ficamos com a
impressão de termos concretizado positivamente a nossa
investigação.
Sentimo-nos acarinhados pelos Casteloenses, todos os
habitantes foram afáveis connosco, convidaram-nos a entrar
para as casas, ofereciam-nos de comer, resumindo havia
preocupação da parte dos habitantes em fazer-nos sentir
bem naquela aldeia.
Gostámos de participar nas festividades da
aldeia, ressalvamos a manifestação de fé, com a
religiosidade, a devoção para com o padroeiro da
aldeia, S. Marcos, nomeadamente quando vimos
várias pessoas a cumprir promessas de diversas
formas (ex: descalças).
As pessoas não ficaram constrangidas com as
perguntas mais ousadas do inquérito, responderam a
todas elas com naturalidade e à-vontade, de uma
forma geral as pessoas gostam de viver em Castelãos,
sentem-se confortáveis nas suas casas, no seu espaço
e principalmente na aldeia em geral.
É uma população que tem um bom relacionamento
entre eles, são amigos, gostam de estar juntos, ou seja, é
uma população que apesar de ser na maioria idosa
gostam de conviver, vê-se diariamente gente junta no
largo da aldeia, grupos de idosos, não se isolam em casa!
Podemos concluir desta semana de trabalho que
fomos muito bem recebidos e acarinhados por todos, o
pequeno senão é que não havia um único café aberto
onde nos pudéssemos encontrar e tomar uma bebida
quente depois de apanharmos muito frio e chuva.