28
Ano 5 | Edição 45 | Fevereiro/2015 SECA PREJUÍZO FINANCEIRO PODE CHEGAR A 1,2 BILHÃO SEMINÁRIO DE COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA

SEMINÁRIO DE SECA - sindicatoruralrioverde.com.brsindicatoruralrioverde.com.br/revistas/45/revista_45.pdf · pos Ferreira também diretor da Martins e Sobrinhos com-plementou que:

Embed Size (px)

Citation preview

Ano 5 | Edição 45 | Fevereiro/2015

SECAPREJUÍZO FINANCEIRO PODE

CHEGAR A 1,2 BILHÃO

SEMINÁRIO DE COMERCIALIZAÇÃO

AGRÍCOLA

■ CAPACrimes na zona rural tem deixado produtores assustados

14

SUMÁRIO ■ ACONTECEU

06 2015 iniciou com cavalgada

07Comissão Municipal de Estatísticas Agropecuárias discutiu os rumos da safra

08 Mercado agrícola foi tema de palestra

10Martins & sSobrinhos incentiva a pesquisa na região do sudoeste de Goiás e amplia parceria

■ AGRONEGÓCIO

12Mais uma atração confirmada na Expo Rio Verde 2015

13Como se tornar associado do Sindicato Rural

17Produtores mais conscientes quanto a ferrugem asiática

18Seca volta a prejudicar produtores rurais

■ AGROPECUÁRIA

21Preços do boi gordo e do bezerro seguem firmes em 2015

22 A importância dos exames laboratoriais

■ EQUOTERAPIA

24Paciente com AVC inicia tratamento com a equoterapia

■ CURSOS

25 Inicie 2015 se qualificando

■ CULINÁRIA

26 Bolo de fubá rápido

DiretoriaPresidente: Walter Baylão Junior

Vice-Presidente: Luciano GuimarãesSecretário: Walter Venâncio Guimarães

Tesoureiro: Celso Leão Ribeiro

Conselho FiscalAntônio Pimenta Martins

Enio Jayme Fernandes JúniorAntônio Carlos de Campos Bernardes

Delegados RepresentantesJosé Roberto Brucceli

Sadi Secco

SuplentesOlávio Teles FonsecaJosé Oscar DuriganJoão Van AssIara Furquim Guimarães

SuplentesJosé Cruvinel de Macedo FilhoSimonne Carvalho MirandaCairo Arantes Carvalho

SuplentesWolney Oliveira GuimarãesHelder Bassan Ruy

DIRETORIATRIÊNIO 2013/2016

ANO 5EDIÇÃO 45

FEVEREIRO DE 2015

SINDICATO RURAL DE RIO VERDEFundado em 1958

Sede: Rua 72 – nº 345 – Bairro PopularCEP: 75903-460, fone (64) 3051-8700

[email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIALSindicato Rural - (64) 3051-8700Terra Brasilis - (64) 3623-8881

JORNALISTA RESPONSÁVELFabiana Sommer Fontana

Mtb 2216-GO

CONSELHO EDITORIALCelso Leão Ribeiro

Helder BassanIara Furquim

Simone CarvalhoValter VenâncioWalter Baylão Jr.

PROJETO GRÁFICOTerra Brasilis Marketing e Comunicação

CNPJ 07.284.127/0001-29

DIAGRAMAÇÃOJoão Batista | Sávio Marcos

FOTO DE CAPAFabiana Sommer

IMPRESSÃOGráfica Visão

Os crimes na zona rural tem se tornado cada vez mais ro-tineiros e a insegurança ronda todos nós, sejamos pequenos, médios ou grandes produtores. A insegurança acaba mudando a rotina no campo e muitos de nós já estamos realizando ou pensando em investir em equi-pamentos de segurança, como monitoramentos e alarmes, pois os crimes já não escolhem hora e nem local.

A falta de estrutura para as nossas polícias tem prejudica-do todos os setores e no campo não é diferente, por isso, é preciso a união de todos nós produtores, para que juntamente com as polícias consigamos todos trabalhar em conjunto. Mas, nós também podemos fazer um trabalho preventivo de segurança em nossas propriedades rurais, começando por co-nhecer os nossos vizinhos e mantermos um relacionamento com eles, para que, em casos de suspeita um possa auxiliar o outro. Dificultar o acesso à fazenda através de cadeados e porteiras é outra solução que pode ajudar. A contratação de vigias noturnos também é uma opção. De acordo com as polícias, não passar informações a pes-soas estranhas e pesquisar antes de contratar os funcionários é uma medida preventiva que deve ser adotada constantemente e sempre que se suspeitar de pessoas estranhas rondando as pro-priedades deve-se imediatamente acionar a polícia militar pelo 190. A segurança no campo tem sido discutida constantemen-te pelo sindicato rural, por isso estamos confeccionando uma car-tilha com dicas de segurança. Esta em breve será distribuída entre todos. Não estamos medindo esforços em busca da segurança na zona rural e nos colocamos a disposição para quaisquer que sejam os esclarecimentos. Um grande abraço e que Deus e Nossa Senhora nos abençoem!!!

Presidente Walter Baylão Jr.

FALA DO PRESIDENTE

SEGURANÇA RURAL

ACONTECEU

6 www.sindicatoruralrioverde.com.br

2015 INICIOU COM CAVALGADA

A cavalgada foi realizada na Região do Caiapó, com saída da Fazenda

Mala Amarela e chegada na Cana Verde, que compreen-deu aproximadamente 20 km. Cavaleiros e amazonas chega-ram cedo a fazenda escolhida para concentração e saída da comitiva. O evento reuniu cerca de 100 cavaleiros, que seguiram por estradas arbo-rizadas e cheias de aventura e ainda foram agraciados com almoço e jantar. A iniciativa além de proporcionar aos participan-tes momentos de lazer e reu-nir muitos amigos, despertou a consciência dos mesmos em relação à importância de Fo

to: D

êgo

Leilõ

es

O SINDICATO RURAL E DÊGO LEILÕES REALIZARAM NO DIA 10 DE JANEIRO MAIS UMA EDIÇÃO DA TRADICIONAL CAVALGADA DAS INSTITUIÇÕES.

preservar o meio ambiente e teve ainda o intuito de di-vulgar ações de sustentabi-lidade, promover o turismo rural junto aos participantes, além de congregar e motivar os produtores rurais a conti-nuarem tendo contato com os animais. A cavalgada foi um sucesso e de acordo com o presidente do Sindicato Ru-ral, Walter Baylão Júnior, a galope ou marchando todos se divertiram do início ao fim do passeio. “Para andar de cavalo não é necessário ser um atleta profissional, o amor ao cavalo e a natureza já bas-tam”, explica Baylão. ■

SINDICATO RURAL EM CAMPO | Fevereiro 2015 7

Foto

: Rep

rodu

ção

COMISSÃO MUNICIPAL DE ESTATÍSTICAS AGROPECUÁRIAS DISCUTIU OS RUMOS DA SAFRA

A Comissão Municipal de Estatísticas Agropecu-árias se reuniu no dia

09/01 para discutir o levanta-mento preliminar do prognós-tico da safra 2014/2015. A reu-nião aconteceu no Sindicato Rural e reuniu os membros da comissão, formada por escri-tórios de planejamento agrí-cola, cooperativa, sindicato rural, revenda de insumos e o IBGE. Durante a reunião os profissionais fizeram um le-vantamento de acompanha-

mento da produção, discutindo o desenvolvi-mento da produção agrícola de Rio Verde. Com relação à soja, o levantamento apon-tou uma área plantada de aproximadamente 310.000 hectares, com rendimento médio de 3.000kg por hectare e produção de 930.000 to-neladas. Outro grão que aparece na pesquisa é o sorgo granífero, com área plantada de 25.000 hectares, aproximadamente 3.000 Kg por hec-tares e produção de 75.000 toneladas. Já sobre o milho segunda safra, o IBGE estima que a área plantada seja de cerca de 215.000 hectares, com rendimento médio de 5.130 kg por hectare e produção de 1.102.950 toneladas, uma redução se comparado ao prog-

nóstico de outubro de 2014, quando o instituto previa 1.225.000 toneladas. Um detalhe observa-do por todos, foi com relação ao algodão, que é inexistente na primeira safra. De acordo com o IBGE, houve um deslo-camento da fibra para outros estados, principalmente para o Mato Grosso. Segundo a Comissão, o próximo levantamento deve acontecer em meados de mar-ço com dados já da colheita da safra verão. ■

ACONTECEU

8 www.sindicatoruralrioverde.com.br

MERCADO AGRÍCOLA FOI TEMA DE PALESTRA

A Federação da Agricultu-ra e Pecuária de Goiás (Faeg), o Serviço Nacio-

nal de Aprendizagem Rural (Senar) e o Sindicato Rural de Rio Verde realizaram no dia 28 de janeiro mais uma edição do Seminário Regional de Co-mercialização e Mercado Agrí-cola 2015. O Seminário teve como objetivo oferecer aos produtores rurais informações de qualidade sobre o merca-do de commodities agrícolas, mais precisamente do milho e da soja e fazer um panora-ma do mercado agrícola bra-sileiro, auxiliando o produtor nas futuras comercializações, bem como, prepará-los para o mercado. “Pelo momento que estamos passando, toda a in-formação é importante, afinal, ações como essa nos ajudam a esclarecer métodos de comer-cialização, pois sabemos que mais uma safra será difícil,

dois anos consecutivos enfren-tando a seca e os problemas surgirão ao longo da produtivi-dade”, afirma o produtor rural Sadi Seco. Este ano o Seminário teve como palestrante Flávio Roberto de França Júnior, que palestrou sobre as “Perspecti-vas para o Mercado de Milho e Soja”. O economista relatou que o início das chuvas deve agora estabilizar um pouco as perdas referentes ao clima, mas o produtor só conseguirá mensurar o que perdeu quan-do passar a máquina. “Esta-dos como Goiás, Minas Gerais, Bahia e Piauí foram os que mais perderam e os números variam de 10% a 20%”, expli-ca.

GRANDES ESTOQUESAlém do clima, os produtores enfrentam outra adversidade, o mercado internacional que está em crise e com preços Fo

tos:

Fab

iana

Som

mer

SINDICATO RURAL EM CAMPO | Fevereiro 2015 9

baixos devido aos altos esto-ques. Segundo o economista um fato novo seria a única maneira de reação. “As aten-ções estão focadas na safra norte americana uma vez que os prognósticos são de um au-mento na área de soja, então se o clima colaborar significa que teremos mais oferta e o perfil será de um choque por exces-so, que na verdade já vem se emendando com safras passa-das, com isso, o mercado aca-bará ficando sem apoio, pois mesmo com um consumo forte é difícil absorver todo o exce-dente”, comenta Júnior. O palestrante falou aos participantes que aproxi-

madamente 1/3 da safra goiana foi negociada antecipadamente a bons custos, mas que como os preços de Chicago estão em baixa e não si-nalizam alta em função da sobra de produto, a única saída será o câmbio, por isso o produtor deve ter cautela, pois o momento é de transi-ção de mercado. “Meu conselho é que o produ-tor aproveite os preços, o ano está só começando e ainda tem muita coisa para acontecer, mas é importante essa vigilância com o mercado, nada nos assegura de que o segundo semestre será melhor, então é bom aproveitar as ondas do mercado, e não só no quesito soja, mas milho também, pois os excedentes deste grão são ainda maiores”, ressalta Júnior.

TRADIÇÃOO evento já é tradição e acontece geralmente próximo ao início da colheita, justamente para repassar informações atualizadas sobre o mer-

cado agrícola. “Conhecimentos de mercado são primordiais e a função dos sindicatos rurais e da federação é justamente este, levar informação, uma vez que os produtores rurais não tem controle. Estamos em um momento crítico, quem diria que Goiás viveria dois anos de seca, então, este é o momento de análise e reflexão”, reforça o presidente da Faeg, José Má-rio Schreiner. Além de Rio Verde o Seminário percorreu os muni-cípios de Jataí, Montes Claros de Goiás, Bom Jesus de Goiás, Uruaçu, Formosa, Catalão e Morrinhos. ■

ACONTECEU

10 www.sindicatoruralrioverde.com.br

O GAPES - Grupo Associa-do de Pesquisa do Sudo-este Goiano, associação

formada por 32 produtores agricultores, visando o aumen-to da produção agrícola de seus associados, promove e desen-volve tecnologias, respeitando o meio ambiente e realizando práticas economicamente sus-tentáveis. Além de unir e apro-ximar produtores e levar a dis-cussão de novas tecnologias, o GAPES vem trazendo ao mer-cado, novos processos de pro-dução, buscando o aumento da produtividade e melhorando seus processos. Como apoio a este va-lioso trabalho realizado pela associação, a Martins & Sobri-nhos entregou um trator John Deere 5075 E, adquirido pelo GAPES com subsidio de 60% do concessionário, um incenti-vo dos diretores da concessio-nária, com o intuito de ajudar no amplo trabalho de pesquisa na região. O Senhor Rodrigo Fer-reira, diretor da Martins e So-brinhos, afirmou que: “Ter um trator John Deere executando estes trabalhos é motivo de or-gulho, pois podemos mostrar a qualidade dos nossos produtos e a excelência de nosso pós-ven-da”. O Sr. Joaquim Cam-pos Ferreira também diretor da Martins e Sobrinhos com-plementou que: “Em 2015 a Martins & Sobrinhos está co-memorando 45 anos de traba-lho voltado ao campo, e nada melhor do que começar o ano celebrando mais uma parceria, desta vez com o GAPES”. ■

MARTINS & SOBRINHOS INCENTIVA A PESQUISA NA REGIÃO DO SUDOESTE

DE GOIÁS E AMPLIA PARCERIA

Foto

s: A

rqui

vo p

esso

al

SINDICATO RURAL EM CAMPO | Fevereiro 2015 11

AGRONEGÓCIO

www.sindicatoruralrioverde.com.br12

MAIS UMA ATRAÇÃO CONFIRMADA NA EXPO RIO VERDE 2015

A 57ª Exposição Agro-pecuária de Rio Verde vem com tudo e a se-

gunda atração dos shows já está confirmada. Após meses de negociação a dupla Mato-grosso & Mathias fará parte da grade da festa que acon-tecerá de 09 a 19 de julho no Parque de Exposições. Reconhecidos como uma das duplas mais tradi-cionais da música sertaneja, Matogrosso e Mathias foram uma das primeiras duplas sertanejas a tocar em rádios FM no Brasil.

O primeiro CD da dupla foi gravado em 1976, cerca de seis anos após a formação da dupla. O primeiro disco de ouro veio na dé-cada de 70 com a música “Pedaço da Minha Vida” e em 1958 a música “De Igual Para Igual”, tornou a dupla ainda mais especial no cenário musical brasileiro. Com um estilo próprio, Matogrosso & Mathias tem no repertório músicas raiz, mas também as românticas, que os consagraram como “a dupla mais romântica do Brasil”. Até pop faz parte do repertório, como o suces-so “Tentei te Esquecer”. Como de costume, o sertanejo raiz será a atração do sábado, 11 de julho, e a es-colha da dupla vem de encontro com a tra-

dição de trazer para o palco da Expo Rio Verde a moda de viola. “Este ano o nosso pre-sente para os produtores ru-rais, associados do Sindicato Rural e para a população de Rio Verde e região será essa dupla que se renovou, mas que nunca perdeu a essência do modão”, explica o pre-sidente do Sindicato Rural, Walter Baylão Júnior. ■

Em 2015, aqui é o seu Lugar!!!

PASSAPORTE para os 4 dias de SHOWS na Expo Rio Verde 2015 :VIP R$ 220,00 (open bar )PISTA R$ 60,00Ingressos à venda em breve.

PREÇOS INGRESSOS

Foto

: Rep

rodu

ção

SINDICATO RURAL EM CAMPO | Fevereiro 2015 13

COMO SE TORNAR ASSOCIADO DO

SINDICATO RURAL

O Sindicato Rural de Rio Verde é destaque no cenário nacional

pelos eventos realizados, pela grande atuação peran-te a área rural e ainda é um dos maiores arrecadadores, por isso, cada vez mais os produtores rurais tem se in-teressado em tornar-se um associado. Hoje o Sindicato Rural de Rio Verde possui ativos, 1.300 associados. Para ser associado é muito fácil, o primeiro passo é ser proprietário ou arren-datário de uma área rural. O segundo passo é ter algum vínculo com a cidade. O pro-dutor que não possui terra aqui, mas que mora na cida-de, já pode se tornar mem-

bro do Sindicato Rural de Rio Verde. Os documentos necessários para se tornar associado são:- CPF;- RG;- Inscrição Estadual;- CCIR;- ITR.

Se a pessoa for o proprietário basta trazer a escritura da área, e caso não seja, o Sindicato Rural de Rio Verde orienta que traga uma cópia do arrendamento ou então comodatário. Com toda a documentação em mãos é realizada uma pesquisa com o in-teressado em se tornar associado, para sa-ber detalhes da propriedade, bem como a funcionalidade do local. Essa pesquisa é bem simples, feita com o objetivo de obter o maior número de informações sobre o novo associado.

As vantagens de ser sócio do Sindicato Rural de Rio Verde são inúmeras, uma vez que a instituição oferece serviços de qualida-de e gratuitos, como: veteri-nário, advogado, setor de re-cursos humanos, cursos de qualificação, formação pro-fissional, formação social, informações de mercado, crédito rural e ainda conta com laboratório de monito-ramento da ferrugem asiáti-ca e laboratório de exames de carrapatograma, andro-lógico e tuberculose. Outra vantagem é que o associado do Sindicato Rural de Rio Verde paga apenas um salá-rio mínimo por ano para ob-ter todas essas vantagens. ■

www.sindicatoruralrioverde.com.br14

CAPA

Os furtos e roubos têm sido reclamações constantes dos produtores rurais, que sofrem cada vez mais com a insegu-

rança. Esse é o caso do produtor rural Paulo Humberto Alves Maciel, que já teve a proprie-dade furtada inúmeras vezes. A Fazenda fica localizada a 12 quilômetros de Rio Verde e as lavouras e o gado são as principais ativida-des. De acordo com o produtor, além de gado e defensivos agrícolas, os ladrões já furtaram até material de construção. “A última vez que entraram em minha propriedade estávamos construindo uma casa e eles levaram até os materiais de construção como ferramentas, fu-radeiras, pisos”, comenta Maciel, que explica que todas as ações aconteceram no período noturno, por isso, ele adotou algumas ações para tentar inibir os bandidos, como a aquisi-ção de um container para armazenar os mate-riais, a utilização de cadeados nas porteiras e as atividades estão mais próximas dos funcio-nários e da sede da propriedade. “Tudo o que fazemos é pouco, 100% não conseguiremos ini-bir, mas é importante que nós estejamos aten-tos, uma dica também é conhecermos nossos funcionários antes da contratação e claro que mais viaturas no campo seria uma estratégia

CRIMES NA ZONA RURAL

TEM DEIXADO PRODUTORES ASSUSTADOS

EM UMA REGIÃO DE CRESCIMENTO ACELERADO, RIO VERDE TEM SE TORNADO CADA VEZ MAIS ALVO DE BANDIDOS, QUE SE EXPANDIRAM HÁ TEMPOS PARA A ZONA

RURAL, LOCAL QUE CONCENTRA PRODUTOS DE ALTO VALOR FINANCEIRO.

‘‘...É IMPORTANTE QUE NÓS ESTEJAMOS ATENTOS, UMA DICA TAMBÉM É CONHECERMOS NOSSOS

FUNCIONÁRIOS ANTES DA CONTRATAÇÃO E CLARO QUE MAIS VIATURAS NO CAMPO SERIA UMA ESTRATÉGIA

E ATÉ UMA SEGURANÇA MAIOR PARA TODOS”Paulo Humberto Alves Maciel

Foto

: Arq

uivo

Pes

soal

SINDICATO RURAL EM CAMPO | Fevereiro 2015 15

e até uma segurança maior para todos”, afirma.

ATUAÇÃO DAS POLÍCIASUm balanço realizado pela Polícia Civil de Rio Verde re-vela que os números de fur-tos e roubos na zona rural em 2014 se estabilizaram se com-parados com anos anteriores. Para o delegado regional da Polícia Civil, Danilo Fabiano Carvalho e Oliveira, a zona rural ainda é um local vul-nerável e muitos produtores ainda não possuem uma de-fesa preventiva atuante. “Essa defesa da qual falamos seria conhecer o vizinho, manter contato constante com ele, deixar sempre alguém de olho no gado, nos defensivos agrí-colas e maquinários e sempre que suspeitar de alguma coi-sa, imediatamente comunicar a polícia militar que é a res-ponsável pelo patrulhamento emergencial, pois a polícia civil tem a função da investi-gação”, explica. Uma dica importan-

tíssima é que o produtor, vítima de crimes, deve sempre fazer o boletim de ocorrência, pois é através dele que a polícia terá informa-ções suficientes para iniciar uma investigação. “A informação tem que chegar até nós e o mais rápido possível, os detalhes são fundamentais para nosso trabalho, pois são eles que nos le-vam a deflagrar as quadrilhas que tem agido na região. Outro fator primordial é que as me-lhorias são baseadas em estatísticas, então o registro das ocorrências são a base para con-seguirmos mais viaturas, mais armamento e mais policiais”, comenta o delegado. Os furtos e roubos mais cometidos são os de defensivos agrícolas, gado, veícu-los, máquinas agrícolas e residências rurais e a zona rural tem se tornado cada vez mais atrativa, pois movimenta bilhões de reais to-dos os dias e em Rio Verde não é diferente, por isso, quadrilhas especializadas vem para o município visando às riquezas que são pro-duzidas pelo agronegócio. De acordo com o tenente coronel Wilmar Rubens, comandante da Polícia Militar de Rio Verde, o município é muito extenso, com aproximadamente 8.000 km de áreas rurais e mais de mil fazendas e embora a polícia tenha criado o Grupamento de Patrulhamento Rural, comandado por um oficial e a ativação de mais três equipes, os crimes ainda acontecem pela própria imensi-dão do território a ser coberto. “Mesmo assim,

estamos sempre em alerta, tri-plicamos o efetivo da Patrulha rural, que antes era composta só de uma equipe, (agora con-tamos com quatro no total) e operações diurnas e notur-nas são realizadas constante-mente”, afirma o coronel. Em 2014 a Polícia Militar realizou inúmeras ações em rodovias e abordagens nas estradas vi-cinais e a intenção é que em 2015 operações como as do ano passado sejam realizadas com maior frequência e com a parceria da Polícia Civil. Ainda de acordo com o tenen-te coronel Wilmar Rubens, toda a documentação já foi encaminhada para os órgãos responsáveis pela aquisição de mais viaturas para a pa-trulha rural. “Para que nosso trabalho seja realmente efi-caz, precisamos de pelo me-nos três viaturas rurais para que dividíssemos a área estra-tegicamente em três grandes quadrantes, onde cada viatu-ra cobriria uma área menor a ser patrulhada”, explica.

Foto

: Fab

iana

Som

mer

www.sindicatoruralrioverde.com.br16

CAPA

PRISÃO DE QUADRILHAApós uma investigação minu-ciosa, a Polícia Civil através do GEPATRI (Grupo Especial de Repressão a Crimes Pa-trimoniais) comandado pelo delegado Danilo Proto, desar-ticulou no dia 24 de janeiro uma quadrilha suspeita de roubos e furtos de defensivos agrícolas e gado na região. A operação contou com o apoio da Polícia Militar e do Grupo de Patrulhamento Aéreo (Gra-er). Ao todo foram presas 12 pessoas, entre elas um em-presário do ramo de transpor-tes de Rio Verde. O grupo agia na Re-gião Sudoeste do Estado, principalmente nas cidades de Rio Verde, Caiapônia e Montividiu, além de Iporá, no Centro Goiano. De acordo com informações da Polícia Civil, os criminosos rouba-ram cerca de duas mil cabe-ças de gado, além de maqui-nário e defensivos agrícolas em pouco menos de um ano de atuação na região.

CARTILHAPreocupados com os constantes crimes que assombram a zona rural, o Sindicato Rural juntamente com as Polícias Civil e Militar e Prefeitura de Rio Verde criaram uma cartilha de prevenção ao crime na zona rural, que tem como objetivo alertar os produtores rurais e funcionários de fazendas sobre as práticas cri-minosas mais recorrentes e fornecer orienta-ções sobre como a própria comunidade pode auxiliar o trabalho policial. A cartilha apresenta sugestões de se-gurança aos moradores da zona rural, para evitar ou dificultar furtos e roubos de insumos agropecuários, em residências rurais, de veí-culos e máquinas agrícolas e de gado. Segun-do o presidente do Sindicato Rural, as proprie-dades rurais sofrem com os mesmos crimes

da cidade, que vão desde sim-ples furtos e assaltos, até se-questros e assassinatos. “Os crimes existem pois no campo temos certa fragilidade, não podemos mais tratar as pro-priedades como locais de tra-balho tranquilo, seguro e de paz, todos somos vítimas em potencial, por isso, devemos nos prevenir, criar maneiras de dificultar o acesso de ban-didos”, reforça Baylão. ■

TELEFONES ÚTEIS

POLÍCIA MILITAR190

POLÍCIA CIVIL197

DENÚNCIAS PELOWHATSAPP DA PC(62) 8533-0197

Foto

: Pol

ícia

Civ

il

SINDICATO RURAL EM CAMPO | Fevereiro 2015 17

PRODUTORES MAIS CONSCIENTES QUANTO A FERRUGEM ASIÁTICA

Se por um lado os pro-dutores sofreram com a seca na safra 2014/2015,

a conscientização quanto aos prejuízos da ferrugem asiática foram prioridade e a safra fecha com saldo posi-tivo para a doença. De acor-do com dados do laboratório de fitopatologia do Sindicato Rural de Rio Verde em par-ceria com a Universidade de Rio Verde, foram recebi-das aproximadamente 1.600 amostras e destas, 16 foram positivas para a doença, nú-mero bem diferente da safra passada, onde o laboratório recebeu 1.700 amostras e destas, 33% deram positivo. De acordo com en-genheiros agrônomos, o vo-lume de casos confirmados da ferrugem asiática na sa-fra 2014/2015 está menor que o constatado no ciclo 2013/2014, primeiro devido à seca que pode ter sido um dos fatores da baixa incidên-cia, mas principalmente ao manejo realizado pelos pro-dutores.

Os dados do Consórcio Antiferrugem reve-lam que no Brasil chegam a 215 focos con-firmados em janeiro, dos quais 24 estão em Goiás. O Paraná é o Estado com o maior número de confirmações somando 77, segui-do do Rio Grande do Sul com 48. Na safra 2013/2014 o Brasil, até janeiro, tinha 277 ca-sos confirmados. Em janeiro foram confirmados em Goiás 18 casos. No mês de dezembro haviam sido cinco e em novembro apenas um. Em Rio Verde foram registrados até o momen-

to sete casos, a maioria no estágio R5 (enchimento do grão) Segundo o Consór-cio Antiferrugem em Goiás foram detectados casos em Chapadão do Céu, Montivi-diu , Santa Helena, Paraúna, Indiara, Acreúna, Rio Verde, Perolândia e Mineiros. ■

Foto

: Fab

iana

Som

mer

AGRONEGÓCIO

AGRONEGÓCIO

www.sindicatoruralrioverde.com.br18

SECAVOLTA A PREJUDICAR PRODUTORES RURAIS

Este já é o segundo ano consecutivo que a falta de chuva irá causar problemas graves de perdas aos produtores na fase

de enchimento dos grãos. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), estimativas apontam para perdas de aproximadamente 15% do total de soja do estado, o que significa 1,4 milhão de tonela-das. Se esse número for confirmado o prejuí-zo financeiro poderá chegar à casa dos R$1.2 bilhão. Na safra passada, 2013/14, o muni-cípio de Rio Verde registrou percentuais de perdas diferentes em cada região, como por exemplo, na região do Rio Preto onde a perda foi de mais de 30%. Segundo levantamentos realizados pela Comissão de Agricultura do Sindicato Rural, alguns produtores tiveram perdas de apenas 5%, enquanto outros per-deram 100% da lavoura. Além da seca, os produtores de Rio Verde sofreram também com a ferrugem asiática, com a lagarta He-licoverpa Armigera e com a Falsa Medideira. No montante o município registrou perda de 20% das lavouras de soja. Já nesta safra, 2014/2015, as chuvas

A FALTA DE CHUVA E AS ALTAS TEMPERATURAS MAIS UMA VEZ PREJUDICAM O CICLO DA SOJA, AS FOLHAS AMARELAS INDICAM QUE O GRÃO ESTÁ MORRENDO POR FALTA D’ ÁGUA E TUDO APONTA QUE A PRODUTIVIDADE DAS LAVOURAS SERÁ MENOR DO QUE O ESPERADO E A SAFRA RECORDE DE 9,5 MILHÕES DE TONELADAS PREVISTOS

PARA A SAFRA JÁ COMEÇA A SER REPENSADA.

Foto

: Jor

ge L

uiz

Qui

ste

LAVOURA DO PRODUTOR JORGE LUIZ QUISTE JÁ REGISTRA PERDAS

SINDICATO RURAL EM CAMPO | Fevereiro 2015 19

REUNIÃO NA FAEG

mais uma vez tardias tem preocupado cada vez mais os produtores, que já iniciaram o plantio tardiamente e agora sofrem as consequências do veranico. O produtor rural Jor-ge Luiz Quiste já calcula que tenha perdido em determina-das áreas da lavoura aproxi-madamente 70%. A proprie-dade que fica na região do Rio Preto vem sofrendo há três anos com a severa seca e com o passar dos anos a falta de chuva tem se agra-

vado cada vez mais e o produtor já sabe que terá um rendimento bem menor na hora da colheita. “Plantei 930 hectares. Na varieda-de super precoce (110 hectares) já estimo que minha colheita não deva ultrapassar 20 sa-cas por hectare e posso afirmar que em mais um ano os prejuízos serão enormes”, afirma. Quiste conta que a última chuva considerável na localidade foi em 23 de dezembro. “Tive-mos pequenas garoas, mas nada com volu-me considerável, ainda não posso mensurar o prejuízo total, pois também não sei como o clima irá se comportar de agora em diante, o que posso fazer é esperar, pois tudo depende do clima”. A estiagem fez com que o ciclo da

soja encurtasse, com isso, o grão teve um período menor de enchimento e as vagens ficaram mais leves. Segun-do o engenheiro agrônomo Antônio Carlos Bernardes, o calor afeta diretamente o de-senvolvimento das plantas o que consequentemente afeta na produtividade. “As altas temperaturas fazem com que as folhas, flores e vagens não cresçam e o grão acaba não tendo o nível de aproveita-mento necessário”, afirma o engenheiro agrônomo.

Preocupados com as

perdas causadas pela falta

de chuvas nas últimas se-

manas em Goiás, produtores

de soja, milho e algodão se

reuniram no dia 23 de janei-

ro para analisar o andamento

da safra de verão e discutir

formas de minimizar os pre-

juízos da seca. O encontro foi

realizado na sede da Federa-

ção da Agricultura e Pecuária

de Goiás (Faeg), em Goiânia,

e contou com a presença de

mais de 50 produtores além

do presidente José Mário

Schreiner; do presidente da

Aprosoja Goiás, Bartolomeu

Braz e de representantes da

Confederação Nacional da

Agricultura e Pecuária do

Brasil (CNA), do Banco do

Brasil e de associações e

Foto

: Lar

issa

Mel

o

AGRONEGÓCIO

www.sindicatoruralrioverde.com.br20

instituições relacionadas ao

setor. O Sindicato Rural de

Rio Verde foi representado

pelo diretor Antônio Carlos

Bernardes e pelo ex assessor

técnico do SRRV Alexandre

Câmara Bernardes.

O veranico e a falta de

chuvas causaram danos irre-

versíveis ao produtor goiano.

Consequências estas que, de

forma indireta, chegarão pri-

meiramente à indústria e, em

seguida, ao consumidor fi-

nal. Isto porque, estamos fa-

lando de alimentos que são a

base alimentar das rações de

gado e frango, por exemplo.

Se alguns prejuízos se con-

firmarem nas produções de

feijão, o aumento do preço

pode ser mais imediato nas

prateleiras dos supermerca-

dos. Mesmo com o retorno

das chuvas nos últimos dias,

as perdas já são irreversíveis,

pois o período seco coinci-

diu com um momento fun-

damental para as lavouras,

que é a fase de florescimento

e enchimento de grãos, momento em que as

plantas têm as maiores exigências por água.

Entre os cultivos afetados, o destaque fica

por conta da soja, mas prejuízos em lavouras

de milho e feijão também foram relatados pe-

los participantes do encontro.

Para o presidente da Faeg, José Mário

Schreiner, 2015 tende a ser um ano de maior

insegurança. “Em 2014 tivemos seca em lo-

cais mais pontuais. Neste ano o quadro se

agravou porque Goiás todo sofre com a seca.

Os reflexos finais ainda dependem do clima

que ainda está por vir nas próximas semanas,

mas os impactos já são grandes. Não podemos

esquecer que o setor agropecuário é responsá-

vel por 80% da exportação em Goiás e 70%

do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. A

situação é preocupante, e muito!”, finalizou.

SEGURO RURAL, A ÚNICA SOLUÇÃOEm 2014, a contratação de seguro rural foi

realizada em cerca 825 mil hectares, o que

representa apenas 14% da nossa área total.

“O seguro rural é uma de nossas únicas so-

luções, mas há mais de 10 anos nós falamos

isso e o seguro ainda não nos atende de forma

adequada. Isso não pode ficar assim. Além

disso, em muitos casos as financiadoras usam

o seguro como moeda de troca para a libe-

ração de crédito. O modelo ideal deveria ser

como o dos Estados Unidos,

onde o produtor tem 90% da

produção segurada”, afirmou

José Mário Schreiner.

José Mário comen-

tou também sobre as duas

últimas reuniões que teve

com a ministra Kátia Abreu,

do Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento

(Mapa), no qual tratou so-

bre o pagamento da subven-

ção do seguro rural da safra

passada. “O Ministério tinha

acordado a liberação de R$

700 milhões para pagamento

de subvenção do seguro ru-

ral Apesar disso, apenas R$

400 milhões foram pagos até

o momento. Agora estamos

em diálogo constante com os

Ministérios da Fazenda e do

Planejamento para garantir

a suplementação orçamentá-

ria que compense a verba que

não foi paga às seguradoras”,

completou. ■

SINDICATO RURAL EM CAMPO | Fevereiro 2015 21

Os preços do boi gordo

e dos bezerros devem

continuar firmes em

2015, reflexo da redução de

animais para abate e da seca

de anos anteriores, além da

valorização do dólar frente

ao Real, que deve favorecer

as exportações. Ainda que

volte a chover com mais re-

gularidade neste ano, “não

há como esperar altas expres-

sivas na oferta de animais

para reposição ou prontos

para abate em curto prazo”.

A avaliação está no

boletim Ativos da Pecuária

de Corte, da Confederação

da Agricultura e Pecuária do

Brasil (CNA) e do Centro de

Estudos Avançados em Eco-

nomia Aplicada (Cepea). Do

PREÇOS DO BOI GORDO E DO BEZERRO SEGUEM

FIRMES EM 2015

AGROPECUÁRIA

lado da demanda, explica o boletim, apesar

das projeções de baixo crescimento econômi-

co, não há perspectivas de redução do con-

sumo interno e das vendas externas. “Assim,

as expectativas são de continuidade de preços

firmes, tanto para o boi gordo como para a

reposição”, afirma a publicação.

Segundo o estudo, a seca observada

desde 2013 prejudicou não apenas o tempo

de engorda dos animais, mas também a taxa

de prenhez das matrizes (fêmeas), o inter-

valo entre partos e o desenvolvimento de

bezerros e garrotes, além de, possivelmente,

ter contribuído para elevar o índice de mor-

talidade dos animais. Todos estes fatores in-

fluenciaram na restrição dos índices de abate.

Um dos desafios para os pecuaristas

é conseguir cobrir os custos totais de pro-

dução, que subiu expressivamente em 2014,

por conta da valorização dos bezerros. Os

animais de reposição responderam por 50%

dos custos totais de produção da pecuária

de corte em 2014, 10 pontos

percentuais a mais do que no

ano anterior. Este índice é re-

flexo da forte alta dos preços

dos animais de reposição,

que chegou a 35%.

De acordo com o es-

tudo, o Custo Operacional

Efetivo (COE), que engloba

as despesas diárias na pro-

priedade, e o Custo Operacio-

nal Total (COT), que envolve

o COE mais a depreciação de

patrimônio e o pró labore,

fecharam 2014 com altas de

23,72% e 19,99%, respecti-

vamente, variações de mais

de 10 pontos percentuais na

comparação com 2013. Estas

altas foram as terceiras maio-

res já registradas pelo bole-

tim CNA/Cepea. ■

Veja o material na íntegra publicado pelo prof. Dr. Sergio De Zen e Mariane Crespolini dos Santos; equipe Pecuária de Corte Cepea em:

http://www.canaldoprodutor.com.br/sites/default/files/ativo_corte_27.pdf.

Foto

: Rep

rodu

ção

AGROPECUÁRIA

www.sindicatoruralrioverde.com.br22

A IMPORTÂNCIA DOS EXAMES LABORATORIAIS

Os exames laboratoriais são ferramentas extre-mamente importan-

tes, tanto para a prevenção, quanto para o diagnóstico de inúmeras patologias, servin-do também como acompa-nhamento para quadros clíni-cos e tratamentos. Mas nem sempre, os exames laborato-riais concluem o diagnóstico, por isso a necessidade de um conjunto de informações so-bre os sintomas clínicos e o histórico do animal. Segundo o médico veterinário Juliano Aquino, quando se trata de grandes animais, poucos criadores pe-

dem para que se realizem tais exames, a não ser, quando se trata dos exames obrigatórios. “Muitos produtores deixam de fazer alguns exames, pois tem medo que o resultado seja reagente (positivo) e tenham que sacrificar o animal, mas, é preciso enfrentar esse medo, pois algumas doenças são zoonoses e podem trazer riscos para o próprio produtor”, explica. Por isso, é importante que se elimine o pro-blema o quanto antes, evitando assim, que se prolifere para outros animais, podendo atingir um grupo maior de pessoas. Para que sejam realizados os exames, deve-se fazer a coleta dos materiais para o laboratório antes de fazer qualquer tipo de medicação, pois os mesmos poderão masca-rar os resultados, dificultando a interpretação. “Diante de tantos riscos que podem acarretar a não realização dos exames, é fundamental que

eles sejam realizados, pois são a forma eficaz da detecção de um estado patológico não identificado, definição, clas-sificação ou confirmação de possíveis patologias, elimina-ção de causas e avaliações de estado patológico decorrentes da progressão da doença ou terapêutica utilizada”, afirma Aquino.

FALTAM LABORATÓRIOS DE EQUINOSProdutores rurais de Rio Ver-de estão sofrendo com a falta de laboratórios credenciados para a realização de exames de anemia infeciosa equina

ULTIMAMENTE OS MÉDICOS VETERINÁRIOS DE TODO O MUNDO VEM CADA VEZ MAIS ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS PARA O AUXÍLIO DO DIAGNÓSTICO, TANTO EM ANIMAIS DE PEQUENO PORTE, QUE SÃO

REALIZADOS COM FREQUÊNCIA, QUANTO PARA ANIMAIS DE GRANDE PORTE.

SINDICATO RURAL EM CAMPO | Fevereiro 2015 23

(AIE) e mormo. Exames obri-gatórios para o transporte dos animais. O material coleta-do está sendo enviado para Brasília, pois os laboratórios

do município estão parados para adequações as mornas do Ministério da Agricultura, lem-brando que o sangue só poderá ser coletado por um veterinário credenciado. Segundo o médico veterinário Aqui-no, deve-se ficar atento ao prazo de envio e

recebimento dos resultados, pois os trâmites de transporte são demorados e podem acar-retar problemas com os com-promissos do produtor. ■

Foto

: Fab

iana

Som

mer

EQUOTERAPIA

www.sindicatoruralrioverde.com.br24

PACIENTE COM AVC INICIA TRATAMENTO COM A

EQUOTERAPIA

Em meados de junho de 2014, José Roberto Ca-margo Barbosa, o co-

nhecido Zé do espetinho do Fórum, sofreu uma parada cardíaca enquanto trabalha-va e desde então vem lutan-do para voltar à rotina diária. Com o auxílio da esposa e dos filhos, Zé vem se reabi-litando aos poucos e agora inicia mais um ciclo na recu-peração, o tratamento através dos cavalos, a equoterapia. A equoterapia - práti-ca em que o cavalo é utiliza-do para atingir objetivos tera-pêuticos, mostra-se cada vez mais eficaz na recuperação de pacientes adultos que foram vítimas de acidente vascular cerebral (AVC) e são os pró-prios médicos neurologistas que indicam essa atividade. “Meu pai iniciou o tratamen-to dele com fonoaudiologia e fisioterapia e agora o neurolo-gista nos sugeriu a prática da equoterapia pelos bons resul-tados que se obtém”, comen-ta Patrícia Camargo da Silva Guimarães, filha do paciente. A primeira sessão aconteceu em 26 de janeiro e o tratamento será inicia-do com o alongamento dos membros superiores, com du-ração de 20 minutos. “Como o paciente está sem controle de

tronco e cervical, as montarias serão feitas em dupla, mas tenho a certeza de que dentro de seis sessões ele estará montando sozinho no cavalo”, explica o coordenador do centro de equoterapia Alvanir Vilela Rezende Júnior. Este não é o primeiro paciente que chega ao Centro de Equoterapia Primeiro Sor-riso com um caso de AVC, embora os cuidados sejam mais especiais, os resultados são bons. “Já tivemos muitos casos iguais ao do senhor Zé e todos com ótimos resultados, tanto na me-lhora da qualidade de vida, como nos aspectos motores”, afirma Júnior. Segundo a filha do paciente, o pai

já teve contato com cavalos, mas quando pequeno, mes-mo assim, ela acredita que ele não terá dificuldades de adaptação, principalmen-te pela reação que ele teve na primeira sessão que foi ótima. “A partir de agora eu espero que meu pai comece a voltar com os movimentos e o que nós mais queremos é que ele volte a andar e consiga re-tomar a vida de antes”, con-clui. ■

SINDICATO RURAL EM CAMPO | Fevereiro 2015 25

INICIE 2015 SE QUALIFICANDO

O s cursos técnicos tem se tornado requisitos básicos para o suces-

so no mundo globalizado e eles funcionam de forma a complementar os estudos, sejam eles a nível médio ou superior, pois aliam conhe-cimentos teóricos, técnicos e operacionais, que ajudam muito no desenvolvimento pessoal do trabalhador. Várias entidades e organizações disponibili-zam cursos de qualificação profissional, onde os alunos adquirem competências que são importantes e desejadas por empresas no mercado de

trabalho. O Serviço Nacio-nal de Aprendizado Rural – SENAR é uma dessas insti-tuições, que tem como obje-tivo organizar, administrar e executar em todo o território goiano, o ensino relativo à Formação Profissional Rural e a Promoção Social dos tra-balhadores rurais e produ-tores rurais, melhorando o desempenho nas ocupações que exercem e dando opor-tunidades de ingresso no mercado de trabalho. Através dos treina-mentos oferecidos pelo Se-nar, o Sindicato Rural de Rio Verde realizou no ano passa-

CURSOS

do 180 cursos e qualificou 2.004 profissio-nais nos mais variados cursos, de formação profissional rural, promoção social e progra-mas especiais. Os treinamentos oferecidos pelo Senar em parceria com o Sindicato Rural são gratuitos, aliam teoria e prática, são ministrados por profissionais capacitados para tal e todos os participantes aprovados recebem certifica-dos. ■

A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL TORNOU-SE UM FATOR ESSENCIAL NA BUSCA POR UMA VAGA DE EMPREGO E ELA É FUNDAMENTAL PARA O FUTURO

PROMISSOR DOS PROFISSIONAIS QUE BUSCAM O CRESCIMENTO.

No site http://www.senargo.org.br/ você encontra todos os cursos oferecidos em Rio Verde e as datas de realização.Em casos de dúvidas os mobilizadores de Rio Verde estão a disposição para atender nos seguintes números: 3051-8700; 9962-2638 (Alair); 9216-8833 (Rízzia).

FIQUE LIGADO

CULINÁRIA

www.sindicatoruralrioverde.com.br26

CULINÁRIA

INGREDIENTES PARA O BOLO

• 01 ovo

• 01 copo (tipo de requeijão) de farinha

de trigo

• 01 copo de fubá

• 01 copo de açúcar

• 01 copo de óleo

• 01 copo de leite

• 01 colher (sopa) fermento em pó

MODO DE PREPARO DO BOLO

Misturar todos os ingredientes e colocar em forma untada. Levar ao forno pré aquecido em 180ºc Dica: Se gostar pode colocar erva doce para dar um sabor no bolo

Bolo de fubá rápido

Foto

: Fab

iana

Fer

reira