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Seminário Mensal do
Departamento Pessoal
13 de Maio de 2016
Apresentação: Érica Nakamura Fábio Gomes Fábio Momberg Graziela Garcia
Seminário Mensal do Departamento Pessoal
13 de Maio de 2016
Empregada gestante ou lactante – Vedação ao trabalho
em locais insalubres
Lei n° 13.287/2016 – DOU Extra de 11.05.2016
...........
“Art. 1º A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 394-A:
"Art. 394-A. A empregada gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a
gestação e a lactação, de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres,
devendo exercer suas atividades em local salubre.
Parágrafo único. (VETADO)."
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.”
Legislação
- Art. 424 e seguintes da CLT;
- Decreto n° 5.598/2005;
- Instrução Normativa SIT n° 97/2012 (fiscalização);
- Manual da Aprendizagem – Perguntas e Respostas
(www.mtps.gov.br > Trabalhador > Mais ações > Juventude
> Aprendizagem > Legislação da aprendizagem profissional
> Manual da aprendizagem)
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13 de Maio de 2016
Introdução
A Constituição Federal (CF) em seu art. 7º, inciso
XXXIII, prevê a proibição de trabalho noturno,
perigoso ou insalubre a menores de 18 e de qualquer
trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição
de aprendiz, a partir de 14 anos.
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13 de Maio de 2016
Obrigatoriedade na contratação de aprendizes
Os estabelecimentos de qualquer natureza, que tenham pelo
menos 7 (sete) empregados, são obrigados a contratar
aprendizes.
A cota de aprendizes está fixada entre 5%, no mínimo, e
15%, no máximo, por estabelecimento, calculada sobre o
total de empregados cujas funções demandem formação
profissional.
As frações de unidade darão lugar à admissão de um
aprendiz.
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13 de Maio de 2016
O cálculo do número de aprendizes a serem
contratados terá por base o total de trabalhadores
existentes em cada estabelecimento e não em
relação a uma empresa como um todo.
Isto é, se a empresa tiver mais de um estabelecimento,
cada unidade deverá observar os percentuais mínimos
e máximos.
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13 de Maio de 2016
Funções que demandam formação
profissional
Para a definição das funções que demandem formação
profissional, deverá ser considerada a Classificação
Brasileira de Ocupações (CBO), elaborada pelo Ministério do
Trabalho e Emprego.
Site do MTPS
Características de trabalho > Formação e Experiência
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Funções excluídas da cota
São excluídas da base de cálculo da cota de aprendizagem as
seguintes funções:
I - as funções que, em virtude de lei, exijam formação
profissional de nível técnico ou superior;
II - as funções caracterizadas como cargos de direção, de
gerência ou de confiança, nos termos do inciso II do art. 62 e §
2º do art. 224, ambos da CLT;
III - os trabalhadores contratados sob o regime de trabalho
temporário instituído pelo Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1973; e
IV - os aprendizes já contratados.
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Empresas com funções
insalubres/perigosas/penosas
Os empregadores em cujos estabelecimentos sejam
desenvolvidas atividades em ambientes e/ou funções
proibidas a menores de 18 (dezoito) anos deverão
contratar, para essas atividades ou funções, aprendizes
na faixa etária entre 18 (dezoito) e 24 (vinte e quatro)
anos ou aprendizes com deficiência a partir dos 18
(dezoito) anos.
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13 de Maio de 2016
Aprendizagem – Objetivo
A aprendizagem é um instituto que cria oportunidades
tanto para o aprendiz quanto para as empresas, pois
prepara o jovem para desempenhar atividades
profissionais e, ao mesmo tempo, permite às empresas
formarem mão de obra qualificada.
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13 de Maio de 2016
Contrato de aprendizagem
O contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho
especial, ajustado por escrito e por prazo determinado,
em que o empregador se compromete a assegurar ao maior
de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos,
inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-
profissional metódica, e o aprendiz, a executar com zelo e
diligência as tarefas necessárias a essa formação.
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Requisitos mínimos do contrato de aprendizagem
I - registro e anotação CTPS;
II - matrícula e frequência do aprendiz à escola, caso não
tenha concluído o ensino médio;
III - inscrição do aprendiz em curso de aprendizagem
desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em
formação técnico-profissional metódica, nos termos do art.
430, da CLT;
IV - existência de programa de aprendizagem, desenvolvido
através de atividades teóricas e práticas.
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13 de Maio de 2016
Duração do contrato de aprendizagem
O contrato de aprendizagem poderá ser firmado por até dois
anos (exceto quando se tratar de aprendiz com deficiência),
com correspondência obrigatória ao programa constante do
Cadastro Nacional de Aprendizagem e deverá indicar
expressamente:
I - o termo inicial e final, coincidentes com o prazo do
programa de aprendizagem, exceto quando a contratação
ocorrer após o início das atividades teóricas, podendo o
empregador, neste caso, providenciar o registro retroativo;
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13 de Maio de 2016
II - o programa em que o aprendiz está vinculado e
matriculado, com indicação da carga horária teórica e
prática, e obediência aos critérios estabelecidos na Portaria
nº 723, de 2012;
III - a função, a jornada diária e semanal, de acordo com
a carga horária estabelecida no programa de
aprendizagem, o horário de trabalho; e
IV - a remuneração pactuada.
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Entidades que podem ministrar cursos de
aprendizagem
Serviços Nacionais de Aprendizagem:
1. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI);
2. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC);
3. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR);
4. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT);
5. Serviço Nacional de Cooperativismo (SESCOOP).
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13 de Maio de 2016
Caso os Serviços Nacionais de Aprendizagem não ofereçam
cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos
estabelecimentos, esta poderá ser suprida pelas seguintes
entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica:
1. as Escolas Técnicas de Educação;
2. as Entidades sem Fins Lucrativos, que tenham por objetivo a
assistência ao adolescente e a educação profissional, registradas no
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e
inscritas no Cadastro Nacional de Aprendizagem, previsto no art. 32
do Decreto nº 5.598/05, incluindo seus cursos para análise e
validação pela Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE),
na forma prevista na Portaria MTE nº 615/07.
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13 de Maio de 2016
Obrigatoriedades Gerais
CAGED: Como empregado contratado sob o regime da
CLT, qualquer movimentação referente ao aprendiz deve
ser informada por meio do CAGED.
RAIS: Como empregado contratado sob o regime da CLT,
deve ser informado na RAIS da empresa normalmente.
SEFIP/GFIP: O aprendiz (categoria 07) deve ser
relacionado juntamente com os demais empregados da
empresa, não havendo necessidade de se elaborar GFIP
em separado para esses empregados.
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13 de Maio de 2016
Remuneração do Aprendiz
A lei garante ao aprendiz o direito ao salário mínimo-
hora. No entanto, o contrato de aprendizagem, a
convenção ou o acordo coletivo da categoria poderá
garantir ao aprendiz salário maior que o mínimo.
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13 de Maio de 2016
Aprendiz – FGTS e Previdência Social
A alíquota do FGTS é de 2%.
Quanto ao INSS, não há qualquer redução de encargos.
Portanto, o recolhimento previdenciário é normal.
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Jornada de trabalho do aprendiz
A jornada de trabalho legalmente permitida é de:
- 6 horas diárias, no máximo, para os que ainda não
concluíram o ensino fundamental;
- 8 horas diárias, no máximo, para os que concluíram o
ensino fundamental, computadas as horas destinadas às
atividades teóricas e práticas
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13 de Maio de 2016
Férias do aprendiz
No caso de menor aprendiz com até 18 anos de idade,
suas férias deverão coincidir obrigatoriamente com o
período de férias escolares;
Já para os aprendizes com idade superior a 18 anos, a
concessão das férias do trabalho juntamente com as
férias escolares poderá ocorrer a título de preferência,
não sendo obrigatória.
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Demais direitos
Os demais direitos trabalhistas e previdenciários do
empregado aprendiz são os mesmos aplicáveis aos
demais empregados:
- 13º salário;
- Vale transporte;
- DSR;
- Homologação da rescisão, desde que o contrato tenha
duração superior a um ano.
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13 de Maio de 2016
Continuidade do aprendiz na empresa após o término do
contrato de aprendizagem
“A contratação do aprendiz como empregado regular da
empresa, após o término do contrato de aprendizagem,
implica a rescisão deste em razão da hipótese prevista no
inciso I do caput, com o consequente pagamento das verbas
rescisórias devidas e assinatura de novo contrato de
trabalho”.
(Art. 10, §3°, da IN n° 97/2012)
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13 de Maio de 2016
Hipóteses de extinção do contrato de
aprendizagem
São hipóteses de rescisão de contrato de aprendiz:
I – término do seu prazo de duração;
II – quando o aprendiz chegar à idade-limite de 24 anos,
salvo nos casos de aprendizes com deficiência;
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III – ou, antecipadamente, nos seguintes casos:
a) desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;
b) falta disciplinar grave (art. 482 da CLT);
c) ausência injustificada à escola que implique perda do ano
letivo;
d) a pedido do aprendiz.
O desempenho insuficiente ou a inadaptação do aprendiz
referentes às atividades do programa de aprendizagem será
caracterizado em laudo de avaliação elaborado pela
instituição de aprendizagem.
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Fiscalização
A descaracterização do contrato de aprendizagem, acarreta
sua nulidade e ocorre:
I - quando houver descumprimento das disposições legais e
regulamentares relativas à aprendizagem;
II - na ausência de correlação entre as atividades práticas
executadas pelo aprendiz e as previstas no programa de
aprendizagem;
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III - pela contratação de entidades sem fins
lucrativos não inscritas no Cadastro Nacional de
Aprendizagem ou com parâmetro em programa de
aprendizagem não constante do Cadastro; e
IV - quando houver descumprimento da legislação
trabalhista na execução do contrato de aprendizagem.
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13 de Maio de 2016
Principais Penalidades
- Multa administrativa a ser paga pela empresa que,
estando obrigada, não contratar o número mínimo de
trabalhadores aprendizes corresponde a 378,2847 Ufir por
aprendiz irregular, observando-se o máximo de 1.891,4236
Ufir quando infrator primário.
A citada multa será dobrada pela reincidência na infração.
(Portaria MTb nº 290/1997)
OBS: UFIR = R$ 1,0641
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13 de Maio de 2016
– Nulidade do contrato de aprendizagem, com
consequente caracterização da relação de emprego com
aquele empregador, na forma de contrato por prazo
indeterminado;
– Encaminhamento de relatórios ao Ministério Público do
Trabalho (MPT), para as providências legais cabíveis;
– Formalização de termo de ajuste de conduta,
instauração de inquérito administrativo e/ou
ajuizamento de ação civil pública.
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13 de Maio de 2016
Legislação
Lei n° 11.788/2008
CLT – não é aplicada ao estagiário!
Cartilha Lei do Estágio
(www.mtps.gov.br > Trabalhador > Mais ações >
Juventude > Cartilha Lei do Estágio)
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Estágio – Conceito
Estágio é ato educativo escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de estudantes
que estejam frequentando o ensino regular em
instituições de educação superior, de educação
profissional, de ensino médio, da educação especial e
dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos.
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13 de Maio de 2016
Estagiário – Idade mínima
Art. 7º, XXXIII, da CF: veda o trabalho do menor de
16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos
14 anos.
Portanto, o estagiário deve ter no mínimo 16 anos
de idade.
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13 de Maio de 2016
Estágio – Não é relação de emprego
O estágio não caracteriza vínculo de emprego de
qualquer natureza, desde que observados os
requisitos legais, não sendo devidos encargos
sociais, trabalhistas e previdenciários.
Observação:
A atividade de trainee não é considerada
atividade de estágio, em virtude do vínculo
empregatício existente entre este e a empresa.
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13 de Maio de 2016
Parte concedente do estágio
Pode ser pessoa jurídica de direito privado, órgão
da Administração Pública direta e indireta da União,
Estado, Distrito Federal e Municípios, profissionais
liberais que estejam regularizados perante o
órgãos de fiscalização da classe.
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Modalidades de estágio
Estágio obrigatório é aquele definido como tal no
projeto do curso, cuja carga horária é requisito para
aprovação e obtenção de diploma.
Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como
atividade opcional, acrescida à carga horária regular e
obrigatória.
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Requisitos mínimos que devem se observados
na contratação de um estagiário
I – matrícula e frequência regular do educando
em curso de educação superior, de educação
profissional, de ensino médio, da educação especial
e nos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional da educação de jovens e
adultos e atestados pela instituição de ensino;
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II – celebração de termo de compromisso entre o
educando, a parte concedente do estágio e a instituição
de ensino;
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas
no estágio e aquelas previstas no termo de
compromisso.
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Supervisão do estágio
Um empregado do quadro de pessoal, com formação
ou experiência profissional na área de conhecimento
desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e
supervisionar até 10 estagiários simultaneamente.
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13 de Maio de 2016
Principais obrigações da empresa ao contratar
um estagiário
I – celebrar termo de compromisso com a
instituição de ensino e o estudante;
II – ofertar instalações que tenham condições de
proporcionar ao estudante atividades de
aprendizagem social, profissional e cultural;
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III – indicar empregado de seu quadro de pessoal, com
formação ou experiência profissional na área de
conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para
orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários
simultaneamente;
IV – contratar em favor do estagiário seguro contra
acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com
valores de mercado, conforme fique estabelecido no
termo de compromisso;
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V – por ocasião do desligamento do estagiário,
entregar termo de realização do estágio com
indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos
períodos e da avaliação de desempenho;
VI – manter à disposição da fiscalização documentos
que comprovem a relação de estágio;
VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade
mínima de 6 (seis) meses, relatório de atividades, com
vista obrigatória ao estagiário.
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Agentes de integração
As empresas podem, a seu critério, contar com o
apoio (não obrigatório) de agentes de integração na
operacionalização de estágio.
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Jornada do estagiário
I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas
semanais, no caso de estudantes de educação
especial e dos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional de educação de jovens e
adultos;
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas
semanais, no caso de estudantes do ensino superior,
da educação profissional de nível médio e do ensino
médio regular.
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Jornada do estagiário
O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática,
nos períodos em que não estão programadas aulas
presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta)
horas semanais, desde que isso esteja previsto no
projeto pedagógico do curso e da instituição de
ensino.
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13 de Maio de 2016
Concessão de intervalo para descanso aos
estagiários
As partes podem regular a concessão do período
de descanso no Termo de Compromisso de
Estágio. Este período de intervalo não é computado
na jornada do estagiário.
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13 de Maio de 2016
Jornada - dias de provas
Se a instituição de ensino adotar verificações de
aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos
de avaliação, a carga horária do estágio será
reduzida à metade, segundo estipulado no termo
de compromisso, para garantir o bom desempenho
do estudante.
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13 de Maio de 2016
Estágio – duração máxima
A duração do estágio, na mesma parte concedente,
não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando
se tratar de estagiário portador de deficiência.
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Rescisão do termo de compromisso
O termo de compromisso pode ser rescindido por
cada uma das partes e a qualquer momento.
Na ocasião do desligamento, não há verbas
rescisórias (férias/13º salário), tampouco
necessidade de homologação dessa rescisão.
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Principais direitos assegurados aos
estagiários
> Remuneração do estágio
O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma
de contraprestação que venha a ser acordada,
sendo compulsória a sua concessão, bem como a
do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não
obrigatório.
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> Auxílio transporte
O estagiário terá direito ao auxílio transporte na
hipótese de estágio não obrigatório.
A lei faz referência à auxílio transporte e não ao
vale transporte. Portanto, não se aplicam ao
estagiário as regras da Lei nº 7.418/86.
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Assim sendo:
- Estágio obrigatório: bolsa auxílio e auxílio
transporte – não são obrigatórios.
- Estágio não obrigatório: bolsa auxílio e auxílio
transporte – obrigatórios.
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> Recesso
A Lei n° 11.788/2008 garantiu aos estagiários o
direito ao recesso.
É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio
tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano,
período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser
gozado preferencialmente durante suas férias
escolares.
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13 de Maio de 2016
Nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 ano os
dias de recesso serão concedidos de maneira
proporcional.
O recesso deverá ser remunerado quando o estagiário
receber bolsa ou outra forma de contraprestação. Se o
estagiário não receber bolsa, não será remunerado.
Não há o pagamento do terço constitucional (1/3)
previsto no art. 7°, XVII, da CF, uma vez que é direito ao
recesso e não férias.
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13 de Maio de 2016
> Seguro de acidentes pessoais
A empresa é obrigada a contratar em favor do
estagiário seguro contra acidentes pessoais,
cuja apólice seja compatível com valores de
mercado, conforme fique estabelecido no termo de
compromisso.
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13 de Maio de 2016
Estagiário – legislação de saúde e segurança no
trabalho
Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à
saúde e segurança no trabalho, sendo sua
implementação de responsabilidade da parte
concedente do estágio.
Dessa forma, o estagiário deverá ser submetido
aos exames médicos exigidos pelo PCMSO.
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13 de Maio de 2016
Estagiário – limites para a contração
O número máximo de estagiários em relação ao quadro de
pessoal das entidades concedentes de estágio deverá
atender às seguintes proporções:
I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;
II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois)
estagiários;
III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5
(cinco) estagiários;
IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20%
(vinte por cento) de estagiários.
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Não se aplica esta limitação aos estágios de nível
superior e de nível médio profissional.
A limitação da quantidade de estagiários será em
relação a cada um dos estabelecimentos da
empresa (matriz e filiais).
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Desta forma, ao estagiário não se aplicam os direitos e
obrigações relativos aos empregados, dentre elas:
- Contrato de trabalho;
- Anotação em CTPS;
- Férias;
- 13° Salário;
- Contribuição sindical;
- FGTS/INSS;
- Envio do CAGED;
- Inclusão na RAIS;
- Folha de pagamento e,
- Informação no SEFIP/GFIP.
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Penalidades
Não existe nenhum dispositivo na Lei nº
11.788/2008 que estabeleça multa administrativa
pelo descumprimento de seus artigos.
A sanção pela não observância da lei é o
reconhecimento do vínculo de emprego com a
empresa.
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Benefícios trabalhistas
concedidos aos empregados –
Aspectos gerais
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LEGISLAÇÃO
LEI No 7.418, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1985
DECRETO Nº 95.247, DE 17 DE NOVEMBRO DE 1987
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13 de Maio de 2016
Art. 1º Fica instituído o vale-transporte, que o empregador, pessoa física
ou jurídica, antecipará ao empregado para utilização efetiva em
despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa, através
do sistema de transporte coletivo público, urbano ou intermunicipal
e/ou interestadual com características semelhantes aos urbanos,
geridos diretamente ou mediante concessão ou permissão de linhas
regulares e com tarifas fixadas pela autoridade competente, excluídos
os serviços seletivos e os especiais
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VALE-TRANSPORTE - CONCEITO
O vale-transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao
trabalhador para utilização efetiva em despesas de deslocamento
residência-trabalho e vice-versa.
Entende-se como deslocamento à soma dos segmentos componentes da
viagem do beneficiário, por um ou mais meios de transporte, entre sua
residência e o local de trabalho.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: DIREITO
São beneficiários do Vale-Transporte:
I - os empregados, assim definidos no art. 3° da Consolidação das Leis do
Trabalho;
II - os empregados domésticos
III - os trabalhadores de empresas de trabalho temporário, de que trata a Lei
n° 6.019, de 3 de janeiro de 1974;
IV - os empregados a domicílio, para os deslocamentos indispensáveis à
prestação do trabalho, percepção de salários e os necessários ao
desenvolvimento das relações com o empregador;
V - os empregados do subempreiteiro, em relação a este e ao empreiteiro
principal, nos termos do art. 455 da Consolidação das Leis do Trabalho;
VI - os atletas profissionais de que trata a Lei n° 6.354, de 2 de setembro de
1976;
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VALE-TRANSPORTE: APRENDIZ
Considera-se aprendiz o trabalhador maior de 14 e menor de 24 anos de
idade, sujeito à formação técnico profissional metódica que celebra
contrato de aprendizagem e matriculado em Serviços Nacionais de
Aprendizagem ou em outras entidades autorizadas por lei.
É assegurado ao trabalhador aprendiz o direito ao benefício da Lei nº
7.418/1985, que institui o vale-transporte.
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Está exonerado da obrigatoriedade do vale-transporte o empregador que
proporcionar, por meios próprios ou contratados, em veículos adequados
ao transporte coletivo, o deslocamento residência-trabalho e vice-versa
de seus trabalhadores.
Na hipótese de o empregador fornecer ao beneficiário transporte próprio ou
fretado que não cubra integralmente os deslocamentos deste, o vale-
transporte deverá ser aplicado para os segmentos da viagem não
abrangidos pelo referido transporte.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE EM DINHEIRO – VEDAÇÃO LEGAL
É vedado ao empregador substituir o vale-transporte por antecipação em
dinheiro ou qualquer outra forma de pagamento, ressalvado o caso de
falta ou insuficiência de estoque de vale-transporte necessário ao
atendimento da demanda e ao funcionamento do sistema, quando o
beneficiário será ressarcido pelo empregador, na folha de pagamento
imediata, da parcela correspondente, se tiver efetuado por conta própria
a despesa para seu deslocamento.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE – PAGAMENTO DE ACORDO COM A
LEI N° 7.418/1985
Não integra o salário de contribuição, para fins do recolhimento previdenciário,
a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria,
de acordo com o art. 28, §9°, “f”, da Lei n°. 8.212/1991.
Também não integra o salário de contribuição para efeitos do recolhimento do
FGTS, conforme dispõe o art. 9°, XX, da IN SIT n° 99/2012.
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ATO DECLARATÓRIO Nº 4, DE 31 DE MARÇO DE 2016
O PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL, no uso da
competência legal que lhe foi conferida nos termos do inciso II do art. 19 da
Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, e do art. 5º do Decreto nº 2.346, de
10 de outubro de 1997, tendo em vista a aprovação do Parecer
PGFN/CRJ/Nº 189/2016, desta Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional,
pelo Senhor Ministro de Estado da Fazenda, conforme despacho publicado
no DOU de 29/03/2016, declara que, reiterando a autorização de dispensa
de impugnação judicial decorrente da Súmula AGU nº 60, de 2011, fica
autorizada a dispensa de apresentação de contestação, de interposição de
recursos e a desistência dos já interpostos, desde que inexista outro
fundamento relevante:
"nas ações judiciais fundadas no entendimento de que não há incidência de
contribuição previdenciária sobre o vale-transporte pago em pecúnia,
considerando o caráter indenizatório da verba".
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: NATUREZA JURÍDICA
O vale-transporte, no que se refere à contribuição do empregador:
a) não tem natureza salarial nem se incorpora à remuneração do
beneficiário para quaisquer efeitos;
b) não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ( FGTS );
c) não é considerado para efeito de pagamento da Gratificação de Natal
(13º salário );
d) não configura rendimento tributável do beneficiário.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: EXERCÍCIO DO DIREITO
Para o exercício do direito de receber o vale-transporte, o empregado
informará ao empregador, por escrito:
a) seu endereço residencial;
b) os serviços e meios de transporte mais adequados ao seu deslocamento
residência-trabalho e vice-versa.
As referidas informações serão atualizadas anualmente ou sempre que
ocorrer alteração das circunstâncias mencionadas, sob pena de
suspensão do benefício até o cumprimento das exigências.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: ÔNUS DE PROVA NA JT
RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI N.º
11.496/2007. (...). VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA. FATO
CONSTITUTIVO DO DIREITO. A
controvérsia relativa ao ônus da prova quanto à comprovação do direito à
percepção do vale-transporte foi objeto de recente revisão no âmbito desta
Corte uniformizadora. Concluiu o Tribunal Superior do Trabalho, em sua
composição plena, que, em face do princípio da aptidão para a prova,
incumbe ao empregador comprovar a eventual desnecessidade da
concessão do referido benefício ao trabalhador. Por esse motivo, foi
cancelada a Orientação Jurisprudencial n.º 215 da SBDI-I desta Corte
superior, consoante Resolução n.º 175/2011, publicada no DEJT dos dias 27,
30 e 31/05/2011. Recurso de embargos não conhecido." (E-RR-107400-
94.2001.5.01.0031, Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa, SBDI-1, DEJT
01/03/2013).
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: USO INDEVIDO
O beneficiário do vale-transporte firmará compromisso de utilizar o
benefício exclusivamente para seu efetivo deslocamento residência-
trabalho e vice-versa.
A declaração falsa ou o uso indevido do vale-transporte constituem falta
grave praticada pelo empregado.
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13 de Maio de 2016
JURISPRUDÊNCIA
"JUSTA CAUSA. USO INDEVIDO DO VALE-TRANSPORTE. O uso
indevido do vale-transporte pelo trabalhador configura falta grave, sendo
admissível a dispensa por justa causa considerando-se, inclusive, a
reincidência da conduta, na forma do artigo 7º, parágrafo 3º do Decreto
95.247/87 e artigo 482, alínea a, da CLT. (TRT-1 - RO:
12722820105010001 RJ , Relator: Claudia Regina Vianna Marques
Barrozo, Data de Julgamento: 17/04/2013, Sexta Turma, Data de
Publicação: 03-05-2013)".
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: VEÍCULO PRÓPRIO DO
TRABALHADOR
O beneficiário firma compromisso de utilizar o Vale-Transporte
exclusivamente para seu efetivo deslocamento residência-trabalho e
vice-versa. A declaração falsa ou o uso indevido do vale-transporte
constituem falta grave.
Assim, a empresa deverá solicitar ao empregado novo documento,
declarando que não necessita do vale-transporte, situação esta que
poderá ser novamente alterada caso ele volte a se valer do transporte
público para sua locomoção diariamente.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: EMPREGADO IDOSO
O empregado idoso poderá utilizar o vale-transporte ao invés de
apresentar documentos para a isenção da tarifa.
Entretanto, se o empregado receber o vale-transporte e utilizar-se do
benefício de não pagar o transporte, a empresa deve orientá-lo a
efetuar a referida alteração no seu termo de opção do vale-transporte,
pois caso ele não o faça estará cometendo falta grave nos termos já
citados acima e, consequentemente, será passível de dispensa por
justa causa.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: DISTÂNCIA MÍNIMA
Não há na legislação a fixação de uma distância mínima a ser considerada
nesse deslocamento para que se faça jus ao benefício.
Assim, independentemente do fato de o empregado residir nas
proximidades da empresa, se ele optar pelo uso do benefício do vale-
transporte, o empregador é obrigado a fornecê-lo.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: CUSTEIO
O vale-transporte é custeado:
a) pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% do seu salário básico ou
vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens;
b) pelo empregador, no que exceder à parcela acima referida.
No caso em que a despesa com o deslocamento do beneficiário for inferior
a 6% do salário básico ou vencimento, o empregado poderá optar pelo
recebimento antecipado do vale-transporte, cujo valor será integralmente
descontado por ocasião do pagamento do respectivo salário ou
vencimento.
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13 de Maio de 2016
No caso de empregado com salário mensal de R$ 1.200,00
utiliza 2 conduções diariamente, sendo o valor unitário da passagem R$
3,00, teremos:
Despesa com transporte: 24 dias úteis do mês (R$ 3,00 x 2 x 24) = R$
144,00;
Parte custeada pelo empregado: 6% de R$ 1.200,00 = R$ 72,00
Parte custeada pelo empregador: R$ 144,00 - R$ 72,00 = R$ 72,00.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo para determinação da parcela do vale-transporte a cargo
do beneficiário será:
I - o salário básico ou vencimento; e
II - o montante percebido no período, para os trabalhadores remunerados
por tarefa ou serviço feito ou quando se tratar de remuneração
constituída exclusivamente de comissões, porcentagens, gratificações,
gorjetas ou equivalentes, nos termos do art. 12 do Decreto nº
95.247/1987 .
Tratando-se de empregados remunerados por hora trabalhada (horistas), a
base de cálculo é a quantidade de horas trabalhadas no mês, acrescida
do valor relativo ao repouso semanal remunerado.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: BASE DE CÁLCULO
Quando o salário do empregado é constituído de parte fixa mais comissões, é
muito comum o empregador ficar em dúvida acerca da base de cálculo a
ser considerada para efeito de desconto do vale-transporte, isto é, se o
desconto deve ser feito tendo por base a soma da parte salarial fixa mais as
comissões ou se deve ser considerada, para esse fim, apenas a parte fixa
do salário.
Em se tratando de empregado cujo salário seja constituído de parte fixa mais
comissões, a base de cálculo a ser observada para o desconto do vale-
transporte deverá corresponder à soma das duas parcelas (fixo mais
comissões), salvo a existência de cláusula em contrário no documento
coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional que seja mais
favorável ao trabalhador.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: PENALIDADE
De acordo com a Portaria MTb nº 290/1997, a empresa está sujeita ao
pagamento de 160 Ufirs por empregado, dobrado na reincidência, por
infração às normas relativas ao vale-transporte.
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13 de Maio de 2016
VALE-TRANSPORTE: DOMÉSTICO – LC N° 150/2015
Art. 19. Observadas as peculiaridades do trabalho doméstico, a ele
também se aplicam as Leis nº 605, de 5 de janeiro de 1949, no 4.090, de
13 de julho de 1962, no 4.749, de 12 de agosto de 1965, e no 7.418, de 16
de dezembro de 1985, e, subsidiariamente, a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943
Parágrafo único. A obrigação prevista no art. 4º da Lei nº 7.418, de 16 de
dezembro de 1985, poderá ser substituída, a critério do empregador, pela
concessão, mediante recibo, dos valores para a aquisição das passagens
necessárias ao custeio das despesas decorrentes do deslocamento
residência-trabalho e vice-versa.
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13 de Maio de 2016
AUXÍLIO-TRANSPORTE: ESTÁGIO – LEI N° 11.788/2008
Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de
contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua
concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não
obrigatório.
§ 1o A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte,
alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.
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13 de Maio de 2016
SALÁRIO-UTILIDADE
O art. 458 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece que:
Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os
efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações
"in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer
habitualmente ao empregado.
Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou
drogas nocivas.
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13 de Maio de 2016
ALIMENTAÇÃO: CONCESSÃO AOS EMPREGADOS
A legislação trabalhista não obriga os empregadores a conceder
alimentação (cesta básica, tíquete-refeição, vale-alimentação etc.) aos
seus empregados. Essa obrigatoriedade, quando existe, deflui de
cláusula do documento coletivo de trabalho (acordo, convenção ou
sentença normativa) da categoria profissional respectiva ou da
liberalidade do empregador.
Dessa forma, a alimentação constitui benefício que pode ser concedido por
liberalidade da empresa ou em obediência à determinação contida no
documento coletivo de trabalho da categoria profissional respectiva,
havendo, ainda, a possibilidade de a empresa, para assegurá-la a seus
empregados, valer-se das normas que regulamentam o Programa de
Alimentação do Trabalhador (PAT).
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13 de Maio de 2016
ALIMENTAÇÃO – PAGAMENTO DE ACORDO COM AS
NORMAS DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO
TRABALHADOR - PAT – LEI N°. 6.321/1976
Não integra o salário de contribuição para fins do recolhimento
previdenciário a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas
de alimentação do Ministério do Trabalho e Emprego, conforme o art. 28, §
9º, “c”, da Lei n°. 8.212/1991.
A parcela “in natura” recebida de acordo com o PAT, instituída pela Lei n.º
6.321/1976, não integra a remuneração para fins do recolhimento do
FGTS, conforme prevê o art. 9°, XIX, da IN SIT n° 99/2012.
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13 de Maio de 2016
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR - PAT
O Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT) é aquele aprovado e
gerido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos termos da Lei nº 6.321,
de 1976.
O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído pela Lei nº
6.321/1976 , tem por objetivo a melhoria da situação nutricional dos
trabalhadores, visando promover sua saúde e prevenir as doenças
profissionais.
Por meio da Portaria SIT/DSST nº 3/2002 foram baixadas instruções sobre
a execução do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), as quais
veremos neste texto.
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13 de Maio de 2016
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR - PAT
A adesão ao PAT é voluntária.
A empresa que optar pela concessão de alimentação aos trabalhadores
nos termos do referido Programa deverá requerer sua inscrição na forma
estabelecida na Portaria SIT/DSST nº 3/2002 , com alteração dada pela
Portaria SIT nº 343/2013.
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13 de Maio de 2016
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR - PAT
O empregador que fornece o benefício em dinheiro, mesmo que por força
de acordo ou convenção coletiva de trabalho, não pode se inscrever no
PAT, pois no Programa não se permite esse modo de concessão.
Por isso, a concessão em dinheiro não dá direito à dedução fiscal, e tem
repercussão no FGTS e na contribuição previdenciária
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13 de Maio de 2016
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR - PAT
Para a execução do PAT, a empresa inscrita poderá manter serviço próprio
de refeição ou de distribuição de alimentos, inclusive os não preparados
(cesta de alimentos), bem como firmar convênios com entidades que
forneçam ou prestem serviços de alimentação coletiva, desde que essas
entidades estejam registradas no programa e se obriguem a cumprir o
disposto na legislação do PAT, condição que deverá constar
expressamente do texto do convênio entre as partes interessadas.
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13 de Maio de 2016
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR - PAT
As pessoas jurídicas beneficiárias poderão incluir no Programa
trabalhadores de renda mais elevada, desde que esteja garantindo o
atendimento da totalidade dos trabalhadores que percebam até 5
salários mínimos , independentemente da duração da jornada de
trabalho.
A participação financeira do trabalhador fica limitada a 20% do custo direto
do benefício concedido.
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13 de Maio de 2016
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR -
PAT
O PAT é destinado ao atendimento dos trabalhadores de baixa renda, isto
é, àqueles que recebam até 5 salários mínimos mensais de
remuneração.
Entretanto, as empresas beneficiárias poderão incluir no programa
trabalhadores de renda mais elevada, desde que esteja garantido o
atendimento da totalidade dos trabalhadores que percebam até 5
salários mínimos e o benefício não tenha valor inferior àquele
concedido aos de rendimento mais elevado, independentemente da
duração da jornada de trabalho.
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13 de Maio de 2016
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR - PAT
Os dados constantes da inscrição ou do registro devem ser atualizados
sempre que houver alteração de informações cadastrais, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar informações relativas ao PAT prevista na
legislação trabalhista, tributária ou previdenciária.
Dentre esses dados podem-se destacar: o endereço dos estabelecimentos,
inclusão de filiais, a identidade do responsável técnico e da fornecedora ou
prestadora de serviço de alimentação coletiva, e o número de
trabalhadores atendidos e de refeições servidas.
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13 de Maio de 2016
CONCESSÃO DE PLANO DE SAÚDE AOS
TRABALHADORES
A legislação trabalhista e previdenciária não obriga o empregador a
conceder plano de saúde ou qualquer outro tipo de assistência
médica/hospitalar/odontológica aos seus empregados.
Esta obrigação, quando existe, é proveniente de documento coletivo de
trabalho da respectiva categoria profissional, do regulamento interno da
empresa, ou ainda, da mera liberalidade do empregador.
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13 de Maio de 2016
DESCONTO DO TRABALHADOR
O art. 462 da CLT estabelece que ao empregador é vedado efetuar
qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, dispositivos de lei ou contrato coletivo.
Contudo, o entendimento jurisprudencial predominante consubstanciado
na Súmula nº 342 do TST é no sentido de que em se tratando de
convênio efetuado com planos de assistência odontológica, médico-
hospitalar e outros, que visem beneficiar os empregados e seus
beneficiários, será possível o desconto das mensalidades nos
respectivos salários.
Para tanto, deve a empresa obter autorização prévia e expressa do
empregado para que se efetue esse desconto.
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13 de Maio de 2016
AFASTAMENTO E MANUTENÇÃO DO PLANO DE SAÚDE
SUM-440 AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
RECONHECIMENTO DO DIREITO À MANUTENÇÃO DE PLANO DE
SAÚ- DE OU DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência
médica oferecido pela empresa ao empregado, não obstante suspenso
o contrato de trabalho em virtude de auxílio-doença acidentário ou de
aposentadoria por invalidez.
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13 de Maio de 2016
DOMÉSTICO – LC N° 150/2015
Art. 18. É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do
empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia,
bem como por despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso
de acompanhamento em viagem.
§ 1o É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do empregado
em caso de adiantamento salarial e, mediante acordo escrito entre as partes,
para a inclusão do empregado em planos de assistência médico-hospitalar e
odontológica, de seguro e de previdência privada, não podendo a dedução
ultrapassar 20% (vinte por cento) do salário.
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13 de Maio de 2016
Eleições 2016 -
Implicações
trabalhistas e
previdenciárias
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13 de Maio de 2016
Legislação
- Lei nº 4.737/1965 - Código Eleitoral;
- Lei nº 9.504/1997 - Estabelece normas para as eleições;
- Lei Complementar nº 64/1990 - disciplina sobre o afastamento de
empregados que se candidatam a cargos eletivos;
- Resoluções, Instruções e outros atos normativos específicos do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
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13 de Maio de 2016
- Resolução TSE nº 22.747/2008 - aprova instruções para
aplicação do art. 98 da Lei 9.504/1997, que dispõe sobre dispensa
do serviço pelo dobro dos dias prestados à Justiça Eleitoral nos
eventos relacionados à realização das eleições; e
- Resolução TSE nº 23.456/2015 - dispõe sobre os atos
preparatórios para as eleições de 2016.
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13 de Maio de 2016
Datas - 1º e 2º turnos
Serão realizadas eleições municipais para prefeito, vice-prefeito e vereador
simultaneamente em todo o país em 2 de outubro de 2016, primeiro turno,
e em 30 de outubro de 2016, segundo turno, onde houver, por sufrágio
universal e voto direto e secreto.
(Resolução TSE 23.456/2015 - art. 1º; CF/1988, art. 14; Código Eleitoral,
art. 82 e Lei 9.504/1997, art. 1º, § único, inciso II).
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13 de Maio de 2016
Obrigatoriedade do voto
O voto é obrigatório para os maiores de 18 anos e facultativo para os
analfabetos, os maiores de 70 e os maiores de 16 e menores de 18 anos.
(Resolução TSE 23.456/2015 - art. 5º; CF/1988, art. 14, § 1º, incisos I e II)
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13 de Maio de 2016
Feriado nacional - Considerações
O art. 380 do Código Eleitoral dispõe o seguinte:
"Art. 380 - Será feriado nacional o dia em que se realizarem eleições de
data fixada pela Constituição Federal; nos demais casos, serão as eleições
marcadas para um domingo ou dia já considerado feriado por lei anterior."
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13 de Maio de 2016
O TSE, por meio da Resolução TSE nº 21.255/2002 aprovou a Instrução nº
61 - Classe 12, a qual contém a seguinte ementa:
"Funcionamento de Shopping Center em dia de eleição - Feriado nacional -
Impossibilidade de abertura do comércio em geral, excetuando-se os
estabelecimentos que trabalham no ramo de alimentação e entretenimento -
Garantia aos funcionários do exercício do voto - Pedido parcialmente
deferido."
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13 de Maio de 2016
Sobre esta Resolução e Instrução, destacamos o seguinte:
“...a intenção do legislador foi transformar o dia das eleições em uma grande
festa cívica, onde o cidadão pudesse festejar a cidadania, dirigindo-se às
urnas para sufragar quem considere legítimo representante dos interesses
da nação, em legítimo exercício de direito e garantia constitucional. E, para
festejar, é preciso tempo, disponibilidade para o lazer, que somente um
feriado permite. Além do mais, há que se imaginar que também se pensou
no tempo e nas distâncias que o cidadão deveria percorrer para chegar até
às Seções Eleitorais e votar.
...................................................................
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13 de Maio de 2016
À exceção dos servidores da Justiça Eleitoral, dos convocados para
comporem as mesas receptoras de voto e dos demais prestadores de
serviço indispensáveis à segurança e à saúde, ou outros que a lei
determinar, todos os demais cidadãos estarão livres de prestação de serviço
no dia das eleições.
(...) somente alguns serviços devem ser mantidos no dia da votação.
(...) o comércio de um modo geral não deve funcionar, inclusive nos
shoppings centers, ficando excepcionados da vedação os estabelecimentos
que trabalham no ramo da alimentação e do entretenimento, os quais,
entretanto, deverão garantir a seus empregados o exercício do voto.
...................................................................”
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13 de Maio de 2016
Alistamento eleitoral - Falta ao serviço (justificada)
O empregado, mediante comunicação com 48 horas de antecedência,
poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por
tempo não excedente a 2 dias, consecutivos ou não, para o fim de se alistar
eleitor ou requerer transferência de domicílio eleitoral.
(art. 473, inciso V da CLT e art. 48 da Lei 4.737/1965)
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13 de Maio de 2016
Ausência para regularização do título eleitoral
Esta regra da falta justificada, via de regra, não se aplica para a regularização de título eleitoral,
como na hipótese de cadastramento de dados biométricos, por exemplo, entre outras situações,
não havendo previsão legal para a ausência do empregado e abono pelo empregador do dia,
ficando a critério das partes, acordarem uma solução para esta hipótese, usando sempre o bom
senso e critérios de razoabilidade.
Além disso, nesta situação específica, não há a necessidade de 2 dias de ausência do eleitor para
realizar eventual regularização do seu título, justificativa de voto, recadastramento, etc., havendo,
entretanto, outras dificuldades, como por exemplo, o deslocamento do trabalhador, dependendo do
local ou da cidade do voto. Lembra-se, ainda, que, se este procedimento não for realizado,
implicará no cancelamento do título do eleitor empregado.
Portanto, tal situação deverá ser resolvida por consenso entre as partes.
Para não haver qualquer discussão sobre o assunto, por analogia do previsto no texto celetista, a
empresa poderá considerar, como justificado, tão somente, o período (horas) de ausência do
trabalhador para fins de eventual regularização do seu título eleitoral, quando for o caso, mediante
a apresentação de comprovante de comparecimento ao cartório eleitoral, para não sofrer qualquer
prejuízo em sua remuneração.
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13 de Maio de 2016
Recadastramento biométrico - Ainda não obrigatório em SP
Conforme informações constates no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
www.tse.jus.br/eleicoes/biometria-e-urna-eletronica/biometria-1, com o objetivo de garantir um
sistema de votação verdadeiramente democrático e ainda mais seguro, está sendo implantada a
biometria, por meio do recadastramento biométrico, ou seja, do cadastro das impressões digitais
dos eleitores. A medida impede que uma pessoa tente se passar por outra no momento da
identificação na hora do voto, já que não existem impressões digitais iguais, e faz parte do
Programa de identificação biométrica do eleitor brasileiro.
Ainda, no Estado de São Paulo, segundo informações do site do TRE-SP www.tre-
sp.jus.br/eleitor/recadastramento-biometrico-1/recadastramento-biometrico, o recadastramento
biométrico está sendo implantado gradualmente, sendo que, ainda, não é obrigatório aos eleitores.
Assim, de acordo com as informações constantes nos sites dos órgãos que compõem a Justiça
Eleitoral do país, o recadastramento biométrico não está sendo obrigatório, e, além disso, não há
previsão legal para tal situação.
Sendo assim, a empresa não está obrigada a abonar eventuais ausências do empregado em
virtude do referido recadastramento. Entretanto, o empregador deverá consultar o documento
coletivo da categoria, para verificar se não há qualquer disposição neste sentido.
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13 de Maio de 2016
Trabalho no dia das eleições
A Lei nº 605/1949 prevê que é vedado o trabalho em domingos e dias
feriados, civis e religiosos, excetuados os casos em que a execução dos
serviços for imposta pelas exigências técnicas das empresas, salvo as
exceções previstas em Lei.
Nos serviços em que for permitido ou que exijam o trabalho nestes dias, de
acordo com a legislação, será estabelecida uma escala de revezamento com
os respectivos descansos. Havendo trabalho nestes dias, a remuneração
dos empregados será paga em dobro, salvo se a empresa determinar outro
dia de folga (compensatória) ao mesmo, conforme art. 9° da Lei 605/1949 e
Súmula do TST nº 146.
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13 de Maio de 2016
Súmula do TST nº 146
"O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado,
deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao
repouso semanal."
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13 de Maio de 2016
Desta forma, havendo escala de revezamento e considerando que o
trabalho do empregado recaia em 02.10 ou 30.10.2016 (1º e 2º turno das
eleições, respectivamente), como tais datas são consideradas feriados
nacionais, o empregador deverá:
a) conceder outro dia de folga ao empregado, diferente do destinado ao
descanso semanal remunerado (DSR), para compensar o trabalho realizado
em dia considerado feriado; ou
b) efetuar em dobro o pagamento da remuneração do feriado trabalhado
pelo empregado.
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13 de Maio de 2016
Concessão ao empregado de tempo suficiente para votar
A empresa autorizada por Lei a trabalhar em dias de descanso (domingos e feriados)
deverá conceder aos empregados tempo suficiente para que possam votar, sem
prejuízo da sua remuneração, dentro dos critérios do bom senso e da razoabilidade, e
por consenso entre as partes, visto que, nos termos do art. 234 combinado com o art.
297 do Código Eleitoral, quem impedir ou embaraçar o voto será punido com detenção
de até 6 meses e ao pagamento de 60 a 100 dias/multa, cuja unidade é fixada pelo juiz
competente.
O voto é obrigatório para os maiores de 18 anos e facultativo para os analfabetos, para
os maiores de 70 e para os maiores de 16 e menores de 18 anos. Entretanto, por
constituir um direito, mesmo que o empregado não esteja obrigado a votar, isto é, vote
facultativamente, a empresa deve conceder-lhe tempo suficiente para o exercício do
voto.
Deverá ser levado em consideração, ainda, a cidade ou o local do voto, o tempo para
este deslocamento (logística - ida e volta), etc.
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13 de Maio de 2016
Empregado convocado para trabalhar nas eleições
Art. 14............................................
§ 6º Os eleitores que forem nomeados para constituir as Mesas Receptoras
de Votos e de Justificativas, assim como os que forem indicados para
prestar apoio logístico, serão sempre intimados pela Justiça Eleitoral, com a
especificação do local e da hora em que devem comparecer.
(Resolução TSE 23.456/2015)
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13 de Maio de 2016
Desrespeito à legislação eleitoral
De acordo com o art. 15, § 1º da Resolução TSE 23.456/2015, o não
atendimento às convocações da Justiça Eleitoral ou o não comparecimento
injustificado no dia da votação, assim como qualquer ação ou omissão que
obstrua o cumprimento de ordem judicial, serão apurados e sancionados
administrativamente e, se for o caso, poderá ensejar a abertura de inquérito
para apuração do crime de que trata o art. 347 do Código Eleitoral.
“Art. 347. Recusar alguém cumprimento ou obediência a diligências, ordens ou
instruções da Justiça Eleitoral ou opor embaraços à sua execução:
Pena - detenção de três meses a um ano e pagamento de 10 a 20 dias-multa.”
(Lei nº 4.737/1965 - Código Eleitoral)
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Concessão de folga compensatória para empregado convocado para
trabalhar nas eleições
Dispõe o art. 98 da Lei 9.504/1997 e art. 177 da Resolução TSE
23.456/2015 que os eleitores nomeados para compor as mesas receptoras
de votos, de justificativas, as juntas eleitorais, os requisitados para atuar
como apoio logístico e os demais requisitados para auxiliar nos trabalhos
eleitorais, inclusive aqueles destinados a treinamento, preparação ou
montagem de locais de votação, serão dispensados do serviço e terão
direito à concessão de folga, mediante declaração expedida pelo Juiz
Eleitoral ou pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), sem prejuízo do salário,
vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de
convocação.
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Assim, tanto os empregados que atuarem nas seções eleitorais, compondo
as mesas receptoras (presidente, mesário, secretário, etc.), como os que
forem convocados para todo e qualquer serviço relacionado ao pleito, terão
direito à ausência remunerada ao trabalho pelo dobro dos dias de
convocação e estas não são consideradas faltas ao trabalho, não trazendo,
por consequência, quaisquer prejuízos aos trabalhadores.
Para fazer jus a este benefício, o empregado deverá apresentar ao
empregador a convocação expedida pela Justiça Eleitoral, a fim de que lhe
seja concedido, após a Eleição, um descanso remunerado equivalente ao
dobro dos dias de convocação, bem como um documento atestando seu
comparecimento e o efetivo trabalho nas eleições, pelo período respectivo.
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Convocação para treinamento - Folga devida
Os juízes eleitorais, ou quem estes designarem, deverão instruir os
mesários sobre o processo de votação e de justificativa, em reuniões para
este fim, convocadas com a necessária antecedência, ensejando crime de
desobediência o não-comparecimento, inclusive a terceiros que, por
qualquer meio, obstruírem o cumprimento da ordem judicial.
O art. 365 do Código Eleitoral instituído pela Lei 4.737/1965 determina que o
serviço eleitoral tem preferência sobre qualquer outro e é obrigatório.
Desta forma, os empregados que prestarão serviços nas seções eleitorais,
serão previamente convocados pela Justiça Eleitoral com a finalidade de
participar dos atos preparatórios para a realização das eleições. O
atendimento a esta convocação é obrigatório.
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Dias de convocação
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por meio da Resolução nº 22.747/2008,
art. 1º, § 2º, esclarece que a expressão "dias de convocação" constante do
art. 98 da Lei 9.504/1997 abrange quaisquer eventos que a Justiça Eleitoral
repute necessários à realização do pleito, inclusive as hipóteses de
treinamentos e de preparação ou montagem de locais de votação.
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Concessão de folgas em horas - Impossibilidade
Art. 177..............................
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 2º do art. 15, considerar-se-á, para fins do
cômputo de folgas, o equivalente a um dia de convocação, desde que observado o disposto
no § 3º.
Art. 15................................
§ 2º Os Tribunais Regionais Eleitorais poderão, conforme a conveniência, oferecer instrução
para os mesários e os convocados para apoio logístico, por meio da utilização de
tecnologias de capacitação a distância.
§ 3º A participação no treinamento a distância será comprovada pela emissão de declaração
eletrônica expedida pelo Tribunal Regional Eleitoral, por meio da ferramenta tecnológica
utilizada no gerenciamento do ambiente virtual de aprendizagem.
(Resolução TSE 23.456/2015)
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Portanto, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, os
empregadores ficam obrigados a conceder folga compensatória pelo dobro
dos dias de convocação aos empregados que forem convocados, tanto para
atuarem nas seções eleitorais como para participarem dos mencionados
atos preparatórios para a realização das eleições, ainda que nestes o
empregado tenha se ausentado somente por algumas horas.
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Folga - Momento da concessão
A legislação não fixa em que momento deve ocorrer o gozo das tratadas
folgas compensatórias, entretanto, recomenda-se que elas sejam
concedidas imediatamente após as eleições. Isto porque o objetivo da folga
é conceder descanso ao empregado pelo árduo esforço depreendido
durante as eleições.
Na impossibilidade, deverá o período da folga ser acordado por consenso
entre as partes, utilizando-se sempre do bom senso e razoabilidade, e de
preferência até o término do ano respectivo, para não haver qualquer
discussão sobre o assunto.
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Conversão das folgas em dinheiro - Impossibilidade
Os dias de compensação pela prestação de serviços à Justiça Eleitoral não
podem ser convertidos em retribuição pecuniária, conforme art. 1º, § 4º da
Resolução TSE 22.747/2008, e levando em consideração o objetivo da Lei,
que é o descanso do trabalhador.
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Estagiário convocado para trabalhar nas eleições - Direito à folga
Resolução TRE/DF nº 7072/2010
EMENTA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ELEITORAIS POR ESTAGIÁRIO. MESÁRIO
VOLUNTÁRIO. CONCESSÃO DE FOLGA COMPENSATÓRIA. RESPOSTA À CONSULTA.
1. Inexistindo óbice legal ao reconhecimento do direito à compensação, responde-se
afirmativamente à seguinte consulta, formulada pela Ouvidoria Geral deste TRE: O
estagiário que trabalhar como mesário voluntário terá direito à folga compensatória?
2. Explicitações pertinentes, com encaminhamento da resposta ao consulente.
DECISÃO
Processo recebido como consulta. Prestação de serviços eleitorais por estagiários não tem
restrições de direito - Lei 9.504/97. Decisão unânime. Em 1º de setembro de 2010.
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13 de Maio de 2016
Conclui-se que, o estagiário convocado para integrar as mesas receptoras
de votos ou as juntas eleitorais, quando eleitor, tem direito à dispensa do
serviço, sendo sua folga em dobro aos dias de serviços prestados à Justiça
Eleitoral, como uma consequência lógica do exercício regular da cidadania e
autorizativo da legislação atual.
Portanto, considerando a legislação vigente (Lei 9.504/1997), bem como a
manifestação do TRE/DF na Resolução nº 7072/2010, entende-se que deve-
se conceder a prerrogativa do exercício dos 2 dias de folga compensatória
para os estagiários convocados para o serviço eleitoral.
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Suspensão e interrupção do contrato de trabalho
Nos casos em que ocorra a suspensão ou interrupção do contrato de trabalho ou do vínculo,
a fruição do benefício (folgas deverá ser acordada entre as partes a fim de não impedir o
exercício deste direito.
Em caso de ausência de acordo entre as partes quanto à compensação, caberá ao Juiz
Eleitoral aplicar as normas previstas na legislação; não as havendo, resolverá a controvérsia
com base nos princípios que garantem a supremacia do serviço eleitoral, observando
especialmente:
a) o serviço eleitoral prefere a qualquer outro, é obrigatório e não interrompe o interstício de
promoção dos funcionários para ele requisitados;
b) a relevância da contribuição social prestada por aqueles que servem à Justiça Eleitoral;
c) o direito assegurado por lei ao eleitor que prestou serviço à Justiça Eleitoral é
personalíssimo, só podendo ser pleiteado e exercido pelo titular.
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Direito à folga para empregado convocado para trabalhar nas eleições durante o
gozo de férias
Dúvida comum ocorre quando o empregado é convocado para trabalhar nas eleições
durante o gozo de suas férias e se teria tem direito às respectivas folgas compensatórias.
Via de regra, o empregado tem direito a 30 dias de férias a cada 12 meses de vigência do
contrato de trabalho, conforme faltas injustificadas no período.
Lembramos, por oportuno, que a finalidade das férias é proporcionar descanso e lazer ao
empregado, com vistas a repor o desgaste sofrido ao longo do período trabalhado.
Portanto, se o empregado trabalhou nas eleições durante o gozo de suas férias, ele foi
prejudicado, tendo em vista que lhe foi subtraído dias de seu descanso. Desta forma, e com
base na Resolução TSE nº 22.747/2008, o empregado, nesta situação, também fará jus às
folgas compensatórias previstas na legislação eleitoral, cuja fruição deverá ser acordada por
consenso entre as partes.
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Empregado candidato a cargo eletivo - Efeitos no contrato de trabalho
Não existe na legislação trabalhista procedimento específico a ser adotado
pela empresa, caso o empregado se candidate e seja eleito vereador, prefeito
ou qualquer outro cargo público.
O afastamento de empregados que se candidatam a cargos eletivos é
disciplinado pela Lei Complementar nº 64/1990.
Assim, observadas as determinações constantes na citada LC, há 2
entendimentos sobre o assunto:
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13 de Maio de 2016
1º - Entende que o empregado poderá solicitar ao empregador a concessão de uma
licença sem remuneração, para dedicar-se à sua campanha e atividades eleitorais,
formalizando este pedido por escrito, cabendo ao empregador concedê-la ou não, salvo
se houver norma coletiva prevendo este direito ao trabalhador.
Segundo esta corrente, o empregado poderá se afastar de suas atribuições, no entanto,
a empresa não está obrigada a pagar sua remuneração do período.
Caso o empregador concorde com o pedido do empregado, recomenda-se que a
situação seja formalizada por meio de um documento assinado pelas partes, definindo
principalmente a duração da licença, mantendo este no prontuário do empregado para
eventual apresentação à fiscalização, acordando com o mesmo as condições em que
se dará este afastamento, com a suspensão ou manutenção de alguns benefícios, se
for o caso, entre outras hipóteses, documentando, inclusive, tais condições.
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13 de Maio de 2016
Recomenda-se, também, a anotação da concessão da licença na ficha ou na folha do
livro de Registro de Empregados da empresa, bem como na parte de "Anotações
Gerais" da CTPS do referido empregado.
Uma vez concedida, a licença não remunerada suspende o contrato de trabalho, para
todos os fins legais, não sendo considerado o período para efeito de férias, 13º salário,
etc., não gerando também nenhum encargo social, para as partes, como INSS, FGTS
ou IRRF, não podendo o empregador alterar ou rescindir o contrato, conforme art. 472
da CLT.
Outra opção para o empregador é permitir que o empregado trabalhe meio período, se
for o caso, para que este tenha tempo para se dedicar às suas atividades eleitorais,
podendo esta hipótese vir a ser acordada pelas partes.
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2º - Entende que a candidatura do empregado a cargo eletivo determina
obrigatoriamente a suspensão do seu contrato de trabalho. Nesta situação, o
afastamento não depende da vontade do empregador.
Segundo esta corrente, considerando a sua finalidade e importância para a
Administração Pública, quando visa resguardar o interesse social, o processo
democrático deve ser pautado pela ética, legalidade e moralidade, assim o
afastamento das atividades do empregado, surge como forma de assegurar a
regularidade do pleito.
Sobre tal circunstância o afastamento do trabalhador se figura com obrigatória,
mesmo para o empregado da iniciativa privada.
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Propaganda política na empresa - Autorização ou proibição e utilização
do poder disciplinar do empregador
A fixação de normas que regulem as condições gerais e específicas do
trabalho é do empregador. Tal prerrogativa é denominada poder regulamentar
do empregador, expresso no art. 2º da CLT.
Com o poder diretivo, o empregador pode proibir os empregados de fazer
propaganda própria ou de outros candidatos ou partidos, de forma escrita ou
falada, como por meio do uso de camisetas, buttons, cartazes, folhetos,
adesivos, bandeiras, e-mails, sem prévia autorização.
Caso algum empregado venha a desrespeitar estas normas, poderá o
empregador lhe aplicar advertência ou outra forma de punição prevista na CLT.
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Penalidades aplicáveis ao eleitor que não cumprir com seu dever eleitoral
O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 60 dias após a
realização da eleição, incorrerá na multa de 3% a 10% sobre o salário mínimo, imposta pelo
juiz eleitoral.
Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se
justificou devidamente, não poderá o eleitor:
a) inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou
empossar-se neles;
b) receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público,
autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e
sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que
exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da
eleição;
c) participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos Territórios,
do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias;
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d) obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas
econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência
social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo
governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades
celebrar contratos;
e) obter passaporte ou carteira de identidade;
f) renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo
governo;
g) praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou
imposto de renda.
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Contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas
eleitorais - Inexistência de vínculo empregatício
A contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais
não gera vínculo empregatício com o candidato ou partido contratantes, de
acordo com o art. 100 da Lei 9.504/1997.
As pessoas contratadas para prestar serviços apenas nas campanhas
eleitorais, tanto para os candidatos (pessoas físicas) como para os partidos
políticos (pessoas jurídicas), não serão consideradas empregadas dos
contratantes, mas são seguradas obrigatórias do Regime Geral de Previdência
Social (RGPS), na qualidade de contribuinte individual, conforme art. 9º, inciso
XXI da IN RFB 971/2009.
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