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Seminário “O Futuro da Previdência no Brasil” Organização MPS / IPEA 16 e 17 de março de 2011 Panorama Internacional da Previdência Social Jorge Cezar Costa Pres. Cons. Executivo ANFIP

Seminário “O Futuro da Previdência no Brasil” Organização MPS / IPEA 16 e 17 de março de 2011

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Seminário “O Futuro da Previdência no Brasil” Organização MPS / IPEA 16 e 17 de março de 2011 Panorama Internacional da Previdência Social Jorge Cezar Costa Pres. Cons. Executivo ANFIP. Panorama Internacional. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Seminário  “O Futuro da Previdência no Brasil” Organização MPS / IPEA 16 e 17 de março de 2011

Seminário

“O Futuro da Previdência no Brasil”

Organização MPS / IPEA16 e 17 de março de 2011

Panorama Internacional da Previdência Social

Jorge Cezar CostaPres. Cons. Executivo ANFIP

Page 2: Seminário  “O Futuro da Previdência no Brasil” Organização MPS / IPEA 16 e 17 de março de 2011

Panorama Internacional

Crises mundiais de grandes envergaduras suscitaram várias reformas progressistas > mudanças de modelos;

Neste contexto a reforma da previdência – se não da seguridade – é sempre recorrente, como pano de fundo para o equilíbrio orçamentário e fiscal, abrindo espaço para desmontar o sistema de proteção social redistribuidor de renda;

Difundir o discurso do déficit é fundamental para legitimar as reformas que visam suprimir direitos e ampliar requisitos para aquisição de benefícios;

Para os defensores dos interesses do capital financeiro é sempre necessário reafirmar que o Estado gasta muito, não com a dívida, mas com serviços públicos

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Discurso Ortodoxo >> Reformas inevitáveis >> Mitos

Explosão fiscal: oriunda da necessidade de financiamento do RGPS e/ou critério estritamente fiscal

Dita como obstáculo ao crescimento sustentado da economia:

1) Reduz o investimento público;

2) Causa instabilidade de expectativas nos agentes do mercado financeiro;

3) Reduz a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional (carga de contribuições sociais é muito elevada);

4) Reduz o emprego formal ( encargos sociais geram custos elevados de contratação)

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Discurso Ortodoxo >> Causas >> Mitos

1) Fatores demográficos – envelhecimento da população; 2) Critérios brandos de acesso aos benefícios;

3) Elevação real do salário mínimo;

4) Deficiências administrativas – renúncia de receita, sonegação, evasão fiscal, corrupção e custos administrativos elevados.

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2004 2005 2006 2007 2008 200993.766,0 108.434,1 123.520,2 140.411,8 163.355,3 182.008,4

128.742,6 146.010,1 165.585,4 185.293,4 198.949,8 223.849,5

612,2 1.026,1

-34.976,6 -37.576,0 -42.065,2 -44.881,6 -36.206,7 -42.867,2

-1,80% -1,75% -1,78% -1,69% -1,20% -1,36%

Previdenciárias 93.766,0 108.434,1 123.520,2 140.411,8 163.355,3 182.008,4

CPMF-CSLL 1 6.997,4 7.663,2 8.420,1 9.574,3 5.884,5 9.032,6

Renúncias 11.083,7 12.789,3 14.048,4 14.934,4 15.242,4 17.905,5

Total 111.847,1 128.886,6 145.988,7 164.920,5 184.482,2 208.946,5

Benefícios 125.641,8 141.922,0 161.273,7 180.161,6 193.491,0 217.343,0

Sentenças 3.100,8 4.088,1 4.311,7 5.131,8 5.458,8 6.506,5

Compensação Previdenciária 612,2 1.026,1

Total 128.742,6 146.010,1 165.585,4 185.293,4 199.562,0 224.875,6

-16.895,5 -17.123,5 -19.596,7 -20.372,9 -15.079,8 -15.929,1

-0,87% -0,80% -0,83% -0,77% -0,50% -0,51%

Fonte: para as renúncias, SRFB; receitas e despesas previdenciárias, SPS/MPS. Elaboração ANFIP e Fundação ANFIP. Nota: (1) a CPMF foi extinta em 2007 e para 2008 e 2009 foram considerados as receitas da CSLL relativa às instituições financeiras.

Compensação Previdenciária

Evolução de receitas, renúncias e despesas do RGPS, urbano e rural - 2004 a 2009

Valores correntes, R$ milhões

Valo

res c

om C

PMF

e co

mpe

nsaç

ão d

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núnc

ias

Rece

itas

Desp

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Saldo

Saldo % PIB

Valo

res

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Receitas

Despesas

Saldo

Saldo % PIB

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Comparativo: Modelo Chileno x Modelo Brasileiro

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Modelo Chileno

Sistema privado de capitalização individual substituindo a previdência pública – 1981;

Extinguiu o Sistema de Repartição (solidariedade);

Prometeu aumentar os postos de trabalho, aumentar a renda e baixar a informalidade;

Resultado: contribuição irregular, incapacidade de distribuir renda, crescimento da informalidade.

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A crise do sistema previdenciário chileno é produto da política neoliberal de estabilização, aplicada em todo o continente nos anos 80 e 90, por pressão de organismos multilaterais, como FMI e Banco Mundial;

Interesse capital financeiro.

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Modelo Brasileiro

Sistema de repartição (solidariedade intergeracional);

Era Collor e FHC (políticas neoliberais) > Fracasso em aumentar os postos formais de trabalho, rebaixamento salarial, aumento da informalidade e desmonte da legislação trabalhista;

Melhorias na era Lula (políticas de cunho social);

Resultado: aumento do percentual de contribuinte sobre a PEA, aumento postos formais, aumento massa salarial, redução informalidade.

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Gastos públicos brasileiros são elevados quando comparados a outros países. Isso onera a carga tributária e a estrutura de gastos, exigindo realização de reformas;

Implantar uma idade mínima para a aposentadoria > sociedade vivendo mais;

Tributação sobre a folha salarial diminui a cobertura potencial da população que contribui para a previdência e estimula a informalidade

ReafirmandoInteresse do capital financeiro faz surgir mitos

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Conclusões

Modelo de Repartição melhor adequado à realidade brasileira que o modelo de capitalização > experiência internacional;

Melhorias no sistema de Repartição > caso brasileiro > inclusão previdenciária > informar e convencer à sociedade das benesses do sistema previdenciário;

Gasto público não é elevado > Idade mínima de aposentadoria (ignora fator previdenciário) > Desoneração da folha salarial (experiência na América Latina não foi bem sucedida)