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Úlceras por pressão
Universidade do Estado do ParáCentro de Ciências Biológicas e da Saúde
Núcleo Universitário de Tucuruí – Campus XIIICurso de Graduação em Enfermagem
Discentes:Abimael de Lucena/ Ana VerônicaJesus da Silva / Naiane Fernandes Viviane Nayara / Vanessa Pompeu
Considerações iniciais:
“ A úlcera por pressão (UP) é uma área de morte tecidual que se desenvolve quando um tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura, por um período prolongado de tempo.”
NPUAP (1989)
Úlceras por Pressão
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Roteiro de apresentação :
Úlceras por Pressão
Considerações iniciais
Composiçã da pele
Áreas susceptíveis
Fatores predisponentes ao desenvolvimento
Estágios
Graus
Cicatrização
Prevenção e tratamento
Estudo de caso
Considerações finais
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Composição da pele
Epiderme
Derme
Tecido Subcutâneo
Úlceras por Pressão
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Áreas susceptíveis:
Fonte: Bryant (1992)Delisa;Gans (2002)
Região sacral
Região trocantérica
Região Isquiática
Membros Inferiores (pés)
Úlceras por Pressão
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Fonte: Netter (2000)
Região Sacral
Úlceras por Pressão
- Túberculos espinhosos
- Cristas sacrais
Úlceras por Pressão
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Úlceras por Pressão
Trocanter maior (Fêmur)
Região trocantérica
Vista anterior Vista lateral
Fonte: Netter (2000)
Lesão
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Fonte: www.feridoteca.com.br
Região Isquiática
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Fonte: An Bras Dermatol (2009)
Úlceras por Pressão Membros inferiores
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Fonte: Cartilha I, Centro de Vida Independente.
Fonte: www.feridoteca.com.br
- Pressão
Úlceras por Pressão
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O efeito patológico da pressão excessiva em um tecido mole pode ser atribuído a:
Intensidade da pressão
Duração da pressão
Resistência dos tecidos
Maior é o risco de desenvolverúlcera por pressão.
Fatores predisponentes ao desenvolvimento
Bergstrom (1987) (Adaptado)
Úlceras por Pressão
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PRESSÃOOclusão dos
vasos sanguíneos e
linfáticos
Isquemia
Rupturas dos vasos
EdemaHemorragiaNecrose do músculo,
subcutâneo, epiderme e derme.
Fonte: Good. P.S. Med Clin North America.1989 (Adaptado)
Cisalhamento
Fonte: Bryant (1992)
É uma pressão exercida quando o paciente é movido ou reposicionado na cama e/ou cadeira.
Úlceras por Pressão
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Fricção
Fonte: Bryant (2000)
A fricção provoca a descamação epitelial e enfraquece a barreira natural da epiderme .
Dealey (1996)
Mobilidade reduzida
Diminui a capacidade do paciente em aliviar a pressão devido à habilidade diminuída para mudar e controlar a posição do corpo.
Rodrigues (1997)
Úlceras por Pressão
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Lesão Medular
Ocorrem alterações de ordem fisiológica, fazendo com que o organismo não responda adequadamente às sensações, como perda de sensibilidade e perda de movimentos.
Ferreira (2001)
Fonte: liko.comFonte: Universidade da Califórnia
Úlceras por Pressão
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Envelhecimento
Síntese de colágeno
Fibras elásticas;
Candido (2001)
Úlceras por Pressão
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Úlceras por Pressão Grau de envelhecimento da pele
Gráfico 1: As medidas foram feitas em 10 diferentes locais, cinco nas papilas dérmicas, e cinco nas cristas epidérmicas, utilizando-se uma ocular histométrica (Leitz Wetzlar Ger-many Periplan GF x10) e uma objetiva de ampliação x10 para a derme e de ampliação x40 para epiderme. As barras representam média ± erro padrão da espessura (mm) nos grupos estudados em relação à epiderme (A) e derme (B) pelo teste ANOVA Bonferroni.
16 / 44 Fonte: Santana et al (2003)
Figura 2: Espécimes de pele dos grupos jovem (A) e idoso (B) corados por H&E, x100.
A B
Figura 1: Espécimes de pele dos grupos jovem (A) e idoso (B) corados pelo tricrômio de Van Giesonelastina, x200, em que as fibras elásticas são observadas em preto.
Fonte: Santana et al (2003)
Úlceras por Pressão
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A B
- Paciente idosa, acamada e com seqüela de AVC:Úlceras por
Pressão
18 / 44 Foto: Profº. Jorge Bins-Ely– MD - PhD
Outros fatoresÚlceras por
Pressão
• Hipotensão arterial sistêmica
• Nutrição
• Tabagismo
• Anemia
• Umidade
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Quanto aos estágios
Estágio I- Hiperemia
Estágio III- Necrose
Úlceras por Pressão
Estágio II - Isquemia
Estágio IV - Ulceração
20 / 44 Fonte: www.feridoteca.com.br
Grau I - Evidência da inflamação
Alteração da cor
Alteração da temperatura
Úlceras por Pressão
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Sensação de dor
Fonte: Profª. Cintia Schneider Fonte: Profª. Cintia Schneider
Grau II - Ulceração Superficial
Abrasão, bolha ou cratera rasa
Início da necrose
Úlceras por Pressão
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Presença de pouco exsudato
Terminais nervosos expostos
Fonte: www.feridoteca.com.br
Fonte: Profª. Cintia Schneider
Grau III - Ulceração profunda
Necrose do tecido subcutâneo
Cavidade profunda (cratera)
Úlceras por Pressão
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Forte odor
Perda dos terminais nervosos
Foto: Profº. Jorge Bins-Ely– MD - PhDFonte: Profª. Cintia Schneider
Grau IV - Ulceração Complexa
Perda de toda a espessura da pele
Dano aos músculos, ossos e tendões
Alto risco de sepsemia e osteomielite
Úlceras por Pressão
24 / 44 Fonte: Profª. Cintia Schneider Fonte: www.feridoteca.com.br
Cicatrização
Fase inflamatória
Fase Proliferativa
Fase de Remodelagem
Úlceras por Pressão
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Fase inflamatória
Pressão Lesão
Mecanismo Hemostático
- Interrupção da perda de sangue em hemorragias;
1) Vasoconstrição
2) Adesão/ativação plaquetária
3) Formação de fibrina
Úlceras por Pressão
Hemorragia
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Úlceras por Pressão
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Formação trombótica
• Suprimento de nutrientes;
Necrose tissular
Fibrinogênio Fibrina (insolúvel)
Imagens: Hospital Alemão Osvaldo Cruz Maklebust e Magna (2004)
Úlceras por Pressão
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E o paciente diabético?
Níveis de glicose;
Percepção sensorial;
- Inibição da resposta plaquetária
Fonte: www.feridoteca.com.br Fonte: Maklebust e Magna (2004)
Fase ProliferativaÚlceras por
Pressão
É a fase responsável pelo fechamento da lesão. Nesse fase ocorre a proliferação de fibroblasto, queratinócitos e angioblastos.
• Recomposição da matriz extracelular
• Angiogênese
• Reepitelização
• Contração da ferida
An Bras Dermatol (2009) 29 / 44
Fase de remodelagemÚlceras por
Pressão
Ocorre uma tentativa de recuperação da estrutura do tecido normal.
• Depósito de colágeno e proteoglicanas;
An Bras Dermatol (2009)
Matriz frouxa Matriz densa
30 / 44Fonte: www.feridoteca.com.br
Úlceras por Pressão
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Tipos de cicatrização
- Primeira Intenção
- Segunda Intenção
- Terceira Intenção
Úlceras por Pressão
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Prevenção
Várias medidas preventivas podem ser adotadas como os instrumentos de avaliação e predição de risco de desenvolver UP, umas das mais conhecidas é a escala Branden.
Fernandes e Caliri (2000)
Usar técnicas, materiais e equipamentos adequados para:
1. Avaliar e cuidar da pele do paciente;
2. Considerar e providenciar suporte nutricional;
3. Controlar o excesso de pressão sobre as proeminências ósseas;
4. Adotar medidas educativas de todos os envolvidos;
(Dealey, 2001; Hess, 2002)
Fonte: Cartilha I, Centro de Vida Independente.
Úlceras por Pressão
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• Proporcionar um bom acolchoamento nas áreas de maior pressão;• Evitar tração, cisalhamento;• Hidratar a pele não lesionada;
Materiais e procedimentos
Úlceras por Pressão
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Transporte e manipulação
Transferência da cama para a cadeira - Técnica de 1 pessoa
Transferência da cama para a cadeira - Técnica de 2 pessoas Mudança de posição
em utentes acamados com recurso ao lençol móvel – Técnica de 2 pessoasFonte: Cartilha I, Centro de Vida
Independente.
- Mudança de posição do paciente a cada 2 horas;
Úlceras por Pressão
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Orientação dietética
Nutrientes Contribuição
Proteína Angiogênese, formação de linfócitos, proliferação de fibroblastos, síntese de colágeno
Carboidratos Fornecem energia para as atividades dos leucócitose dos fibroblastos
Gorduras Formação de novas células, fonte de energia
Vitamina C Síntese de colágeno, função dos neutrófilos, migraçãodos macrófagos
Vitamina A Antioxidante
Complexo B Ligação cruzada de colágeno
Zinco Aumenta a proliferação das células e a epitelização.
Ferro Transporte de oxigênio e síntese de colágeno
Selênio Síntese de colágeno e antioxidante. Favorece a funçãodos macrófagos
- Os nutrientes e suas contribuições no processo cicatricial
Fonte: Protocolo de Assistência para Portadores de Ferida (SUS – BH). 2006
Úlceras por Pressão
Tratamento
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• Limpeza
- A solução salina (soro fisiológico)
- Utilização de anti-sépticos locais
-Revestimento e curativos: Os atuais são semi permeáveis.
- Hidrofilme
- Hidrocolóide
Estimula angiogênese e a formação de colágenoReduz o risco de infecção
Foto: Profº. Jorge Bins-Ely– MD - PhD
Tipos:1) Mecânico (cirúrgico) 2) Enzimático3) Autolítico
- Desbridamento
Úlceras por Pressão
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Tratamento cirúrgico
Direciona-se aos pacientes com úlceras de grau III/IV que não respondem ao tratamento conservador.
Técnicas cirúrgicas
- Ênfase maior a questão dos retalhos e enxertos;
Foto: Profº. Jorge Bins-Ely– MD - PhD
Indicações
Fonte: www.feridoteca.com.br
Úlceras por Pressão
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Complicações pós-operatórias
Foto: Profº. Jorge Bins-Ely– MD - PhD
- Recidiva tardia: Situação comum
- Paciente submetido a vários procedimentos cirúrgicos
Úlceras por Pressão
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Entrevista
Nome: Paciente A (Paraplégico)
Idade: 18 anos
1. Mobilidade2. Orientação sobre a ocorrência3. Como adquiriu a úlcera4. O grau5. Os medicamentos utilizados7. Uso de aparelhos
Realizada no dia 02 de Abril de 2011.
Úlceras por Pressão
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O retorno
Realizado no dia 24 de Maio de 2011.
Objetivo:1. Verificar o estado da ulceração;2. O acompanhamento médico;3. Medicamentos utilizados;
Úlceras por Pressão
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Considerações Finais
A úlcera por pressão constitui um sério problema de saúde que pode trazer várias implicações. É fonte de dor, desconforto, sofrimento emocional, influenciando na morbidade e mortalidade de pacientes, além do considerável aumento de custos financeiros.
Portanto, é importante ressaltarmos a necessidade de conhecermos mais sobre a prevenção através do nosso comprometimento com os pacientes.
Úlceras por Pressão
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Referências bibliográficas
FARO. A.C.M. e. Fatores de risco para úlcera de pressão: subsídios para prevenção. Rev. Esc. Enf. USP, v.33.n.3.p.2’79-83, Set.1999.
DEALEY, C. Cuidando de Feridas. Um guia para as enfermeiras. Cap. 3, p. 28-63: Tratamento de pacientes com ferida. 1ª ed.São Paulo, Atheneu, 1996.
BRYANT, R. A .et al. Pressure ulcers. In: BRYANT, R. Acute and chronic wounds: nursing management. 1º ed. Saint Louis, Mosby, 1992. Cap. 5, p.105-63.
BINS, Jorge. Universidade Federal de Santa Catarina. Hospital Universitário. Serviço de cirurgia plástica Hu/UFSC. Profº. Jorge Bins - Ely - Md - Phd
Úlceras por Pressão
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SOUZA. Diba Maria S T. Incidência de Úlcera de pressão e fatores de risco em idosos institucionalizados. 119 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, RibeirãoPreto, 2005.
MAZZON, Danielle de Souza. 5º Simpósio de Ensino de Graduação. Úlceras por pressão m idosos acamados e a assistênca de enfermagem. 2009.
IRION, Glenn, Feridas: Novas abordagens, Manejo clínico e atlas em cores/ Tradução João Clemente Dantas Barros. Rio de Janeiro: Guanabara. 2005.
Úlceras por Pressão
Obrigado!