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SEMINÁRIO DE TESE DE DOUTORADO II - PAISAGENS TRANSCULTURAIS CIDADE CONTÍNUA: Espaço Público, Intervenções Urbanas e Lógica Transcultural Digital em Territórios Descontínuos Professora Dinah Papi Guimaraens [email protected] +5521 98668-1365 WhatsApp Professora Associada, PPGAU-EAU- Escola de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal Fluminense / UFF; Doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social / Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro / UFRJ e New York University, Graduate School of Arts and Science, Museum Studies Program / Fulbright Advanced Scholar; Pós-Doutora, Departamento de Antropologia, University of New Mexico, U.S. APRESENTAÇÃO: Espaço Público e Lógica Transcultural Dentro de uma lógica transcultural definida pelas transformações ocorridas na fricção de culturas distintas -, o saber acadêmico em arquitetura e urbanismo volta-se para uma discussão no campo da antropologia e das tecnologias digitais. Visando encontrar soluções viáveis para o atual impasse das megacidades brasileiras quanto à ocupação do espaço público e a qualidade de vida urbana, o contexto e seu entorno derivam de elementos geográficos, culturais, econômicos e políticos que definem as intervenções urbanas. Estas, por sua vez, estabelecem novas situações e novos cenários desenhados por bairros, quadras, conexões, marcos, volumes|massas, ritmos, tipologias, densidades, alturas e estruturas de espaços públicos e privados na cidade de fluxos e mobilidade atual. Planejamento Comunicativo|Colaborativo Na avaliação da eficácia de políticas públicas e privadas de intervenções urbanas, o conceito de planejamento comunicativo | colaborativo pode ser visto como poder criador de consenso na conversação argumental. Sua racionalidade instrumental deriva da ação estratégica (HABERMAS, 2010) na busca de eficiência que contém, em si mesma, uma dimensão de dominação e manipulação que se expressa na cidade. Se a gestão urbana progressista precisa ser “um governo para todos”, desigualdades estruturais da sociedade do capitalismo tardio (JAMESON, 2004) conduzem à adoção da perspectiva dos desprivilegiados que orienta os rumos de um urbanismo comprometido com ideais de justiça social e cidadania participativa. TEMA: MÉTODO DIALÉTICO-RELACIONAL DE INVESTIGAÇÃO HISTÓRICO-GEOGRÁFICA O mito da ruptura radical com o passado na construção da modernidade e a passagem da acumulação rígida à flexível na pós-modernidade, através de interações entre diferentes circuitos do capital para superar as crises da superacumulação e a atual intensificação do imperialismo opressivo é enfocado no curso.

SEMINÁRIO DE TESE DE DOUTORADO II - PAISAGENS … · 2020. 11. 6. · SEMINÁRIO DE TESE DE DOUTORADO II - PAISAGENS TRANSCULTURAIS CIDADE CONTÍNUA: ... O curso trata de temas afeitos

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SEMINÁRIO DE TESE DE DOUTORADO II - PAISAGENS TRANSCULTURAIS

CIDADE CONTÍNUA: Espaço Público, Intervenções Urbanas e Lógica Transcultural Digital em

Territórios Descontínuos

Professora Dinah Papi Guimaraens

[email protected]

+5521 98668-1365 – WhatsApp

Professora Associada, PPGAU-EAU- Escola de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal

Fluminense / UFF;

Doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social /

Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro / UFRJ e New York University,

Graduate School of Arts and Science, Museum Studies Program / Fulbright Advanced Scholar;

Pós-Doutora, Departamento de Antropologia, University of New Mexico, U.S.

APRESENTAÇÃO: Espaço Público e Lógica Transcultural

Dentro de uma lógica transcultural – definida pelas transformações ocorridas na fricção de

culturas distintas -, o saber acadêmico em arquitetura e urbanismo volta-se para uma

discussão no campo da antropologia e das tecnologias digitais.

Visando encontrar soluções viáveis para o atual impasse das megacidades brasileiras quanto à

ocupação do espaço público e a qualidade de vida urbana, o contexto e seu entorno derivam

de elementos geográficos, culturais, econômicos e políticos que definem as intervenções

urbanas.

Estas, por sua vez, estabelecem novas situações e novos cenários desenhados por bairros,

quadras, conexões, marcos, volumes|massas, ritmos, tipologias, densidades, alturas e

estruturas de espaços públicos e privados na cidade de fluxos e mobilidade atual.

Planejamento Comunicativo|Colaborativo

Na avaliação da eficácia de políticas públicas e privadas de intervenções urbanas, o conceito

de planejamento comunicativo | colaborativo pode ser visto como poder criador de consenso

na conversação argumental.

Sua racionalidade instrumental deriva da ação estratégica (HABERMAS, 2010) na busca de

eficiência que contém, em si mesma, uma dimensão de dominação e manipulação que se

expressa na cidade.

Se a gestão urbana progressista precisa ser “um governo para todos”, desigualdades estruturais da sociedade do capitalismo tardio (JAMESON, 2004) conduzem à adoção da

perspectiva dos desprivilegiados que orienta os rumos de um urbanismo comprometido com

ideais de justiça social e cidadania participativa.

TEMA: MÉTODO DIALÉTICO-RELACIONAL DE INVESTIGAÇÃO HISTÓRICO-GEOGRÁFICA

O mito da ruptura radical com o passado na construção da modernidade e a passagem da

acumulação rígida à flexível na pós-modernidade, através de interações entre diferentes

circuitos do capital para superar as crises da superacumulação e a atual intensificação do

imperialismo opressivo é enfocado no curso.

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A partir da ênfase no método dialético-relacional de investigação histórico-geográfica, o

curso estimula o doutorando a interpretar relações complexas relativas ao funcionamento dos

mercados imobiliário-construtivos urbanos.

Tais relações derivam de uma organização político-industrial, de estilos de vida e de um ethos

estético-cultural que devem ser analisados como não sendo constituídos por simples cadeias

causais ou como sendo determinados por processos mecanicistas de violência que

acompanham a abstração, mas antes como sintomas evidentes da “destruição criativa” (HARVEY, 2015, p. 11) do capitalismo tardio.

HARVEY, David. Paris: Capital da Modernidade. São Paulo, Boitempo, 2015.

Avaliação do curso

• A 1ª nota constará da apresentação e discussão de textos em sala de aula e da

realização de exercícios propostos no programa de curso.

• A 2ª nota constará das apresentações finais dos projetos de tese, com seleção e

apresentação de um texto crítico relacionado ao tema da tese e de um artigo final

(10/15 páginas).

TÓPICOS:

• Pesquisa integrada e ambiente colaborativo de trabalho.

• Argumentação, texto e conteúdo científico.

• Prática do planejamento científico.

• Teoria e métodos práticos para a realização de pesquisa científica avançada.

• Métodos para levantamentos de campo e estudos de caso.

• Desenvolvimento do Projeto de Tese tendo como foco a bibliografia e a escrita.

Didática do curso

• O Programa do Curso enfoca questões teóricas em ARQUITETURA E URBANISMO:

ESPAÇO PÚBLICO / PAISAGEM E CULTURA / PATRIMÔNIO, se subdividindo em 02

módulos:

• 1º Módulo:

• MODERNIDADE COMO RUPTURA: REDESENHO DA CIDADE PELA LÓGICA DA

ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E SUBORDINAÇÃO AOS MERCADOS FINANCEIROS

• 2º Módulo:

• TRANSFORMAÇÃO URBANA: ESPAÇO PÚBLICO, PAISAGEM, LUGAR E INTERVENÇÕES

NA CIDADE CONTEMPORÂNEA

Objetivos do curso

Parte-se da premissa que, como Ciências Sociais Aplicadas, nem a Arquitetura nem o

Urbanismo podem ser considerados ciências tout court, por não serem capazes de determinar

com a precisão necessária um corpo de princípios de aplicabilidade geral.

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Pode-se afirmar claramente que não há Teoria da Arquitetura e do Urbanismo que não seja

teoria de uma ciência: Ciências Sociais, Economia, Política ou Filosofia.

Há igualmente o pressuposto de que a Arquitetura e o Urbanismo não podem ser vistos

como indissociáveis e que um edifício não pode ser considerado fora do contexto urbano

(conceito de lugar ou paisagem) e que os artefatos em conjunto compõem a cidade.

O curso trata de temas afeitos à metodologia de pesquisa das três linhas de trabalho do

programa de doutorado: 1) Projeto, planejamento e gestão da arquitetura e da cidade; 2)

Cultura e história da arquitetura, cidade e urbanismo; 3) Espaço construído, sustentabilidade

e ambiente.

Enfoca ele a crise do sujeito arquitetônico e urbano na contemporaneidade como sendo

decorrente da dissolução do lugar em sua forma histórica, pela fricção entre lugar real e lugar

virtual que ameaça a caverna arquetípica como artefato da junção espaço-tempo.

TRANSCULTURALIDADES URBANAS

• I- CIDADE CONTÍNUA| OCULTA:

• CALVINO, Italo. As Cidades Invisíveis. São Paulo, Cia. das Letras, 2017 (1ª leitura

conjunta pelos grupos).

• II- CIDADE MAQUÍNICA NÔMADE | DESCONSTRUÍDA:

• DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix. Mil Platôs. Capitalismo e Esquizofrenia. Vol. 5. São

Paulo, Editora 34, 2008. “Tratado de Nomadologia: A Máquina de Guerra”, p. 11-110,

“Aparelho de Captura”, p. 111-177, “O Liso e o Estriado”, p. 179-214 (Leitura a ser

selecionada pelos grupos).

• TSCHUMI, Bernard. “O Prazer na Arquitetura”, in NESBIT, Kate (org.). Uma Nova

Agenda para a Arquitetura: Antologia Teórica (1965- 1995). São Paulo, Cosac Naify,

2006, p. 573-584 (2ª leitura conjunta em grupo).

• III- CIDADE ESTETIZADA | ESPETACULARIZADA:

• LIPOVETSKY, Gilles & SERROY, Jean. A Estetização do Mundo: Viver na Era do

Capitalismo Artista. São Paulo, Cia. das Letras, 2015. “Introdução”, p. 11-35, “As figuras inaugurais do capitalismo artista”, p. 130-149, “Um mundo de design”, p. 225-

261, “O estágio estético do consumo: A cidade a consumir”, p. 315-326, “A sociedade transestética: até onde”, p. 387-422 (3ª leitura conjunta pelos grupos).

• DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro, Contraponto, 1997. “A mercadoria como espetáculo”, p. 27-47, “O planejamento do espaço”, p. 111-118, “A negação e o consumo na cultura”, p. 119-135 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

• GHIRARDO, Diane. Arquitetura Contemporânea: Uma história concisa. São Paulo,

Martins Fontes, 2009. “O Espaço Público: Disney, Shopping Centers e Museus”, p. 45-

122 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

• IV- CIDADE COMUNICATIVA|COLABORATIVA:

• HABERMAS, Jurgen. A Nova Obscuridade. São Paulo, Unesp, 2015. “Modernidade e arquitetura pós-moderna”, p. 37-61 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

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• DI FELICE, Massimo. Paisagens Pós-Urbanas: O Fim da Experiência Urbana e as

Formas Comunicativas do Habitar. São Paulo, Annablume, 2009. “Comunicar no Ambiente”, p. 45-68, “As Formas Eletrônicas do Habitar”, p. 149-166, “Trânsitos Eletrônicos”, p. 167-204, “Paisagens Flutuantes e Arquiteturas Móveis”, p. 205-220, “O Habitar Atópico”, p. 223-299 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

• V- CIDADE DISCIPLINAR|PUNITIVA:

• FOUCAULT, Michel. As Palavras e as Coisas. São Paulo, Martins Fontes, 2002. “Las Meninas”, p. 3-21, “O homem e seus duplos”, p. 417-473, “As Ciências Humanas”, p. 475-536.

• Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. Petrópolis, Vozes, 2014. “O Panoptismo”, p. 190-219 (Leituras a serem selecionadas pelos grupos).

• VI- CIDADE DESIGUAL|UTÓPICA:

• HARVEY, David. Espaços de Esperança. São Paulo, Loyola, 2012. “Desenvolvimentos geográficos desiguais e direitos universais”, p. 105-131, “Os espaços de utopia”, p. 181-238, “Utopismo dialético”, p. 239-258 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

• VELHO, Gilberto. A Utopia Urbana: Um Estudo de Antropologia Social. Rio de Janeiro,

Zahar, 1978 (junto com o filme de Eduardo Coutinho “Edifício Master: Um filme sobre pessoas como você e eu”, 2002). (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

• VII- CIDADE DIGITAL|FINANCEIRA:

• ARANTES, Pedro Fiori. Arquitetura na Era Digital-Financeira: Desenho, Canteiro e

Renda da Forma. São Paulo, Editora 34, 2012. “As formas da renda”, p. 21-122,

“Canteiro um pra um”, p. 177-260, “Em circulação”, p. 261-346.

• ARANTES, Otilia Beatriz Fiori et alii. A Cidade do Pensamento Único: Desmanchando

Consensos. Petrópolis, Vozes, 2013. “Uma estratégia fatal: A cultura nas novas gestões

urbanas”, p. 11-74.

• Chai-na. São Paulo, Editora da USP, 2011. (Leituras a serem selecionadas pelos

grupos).

Bibliografia

• ARANTES, Pedro Fiori. Arquitetura na Era Digital-Financeira: Desenho, canteiro e

renda da forma. São Paulo, Editora 34, 2012.

• ARANTES, Otília. Chai-na. São Paulo, Edusp, 2011.

• BACHELARD, Gastón. A Poética do Espaço. São Paulo, Martins Fontes, 1988.

• BARRA, Eduardo. Paisagens úteis: Escritos sobre paisagismo. São Paulo, Mandarim,

2006.

• BOURDIEU, Pierre. A Distinção: Crítica Social do Julgamento. São Paulo, EDUSP;

Porto Alegre, Zouk, 2008.

• A Profissão de Sociólogo: Preliminares Epistemológicos. Petrópolis,

Vozes, 1999.

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• BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude & PASSERON, Jean-Claude. Ofício

de Sociólogo: Metodologia da pesquisa na sociologia. Petrópolis, Vozes, 2010.

• CAMARGO, Azael Rangel; LAMPARELLI, Celso Monteiro & GEORGE, Pedro Conceição

Silva. Nota introdutória sobre a construção de um objeto de estudo: “O Urbano”. Niterói/UFF: ETC... Revista Eletrônica de Ciências Sociais Aplicadas e outras coisas,

maio de 2007, n. 1 (1), vol. 1.

• CARERI, Francesco. Walkscapes: O Caminhar como Prática Estética. Prefácio de Paola

Berenstein Jacques. Barcelona, Gustavo Gili, 2013.

• CHOAY, Françoise. La Règle et le Modèle. Sur la Théorie de l’Architecture et de l’Urbanisme. Paris, Seuil, 1996.

• DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo, Martins Fontes,

2007.

• EISENMAN, Peter & KOOLHAAS, Rem. Supercrítico. São Paulo, Cosac Naify, 2013.

• ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador. Belo Horizonte. Editora UFMG, 2004.

• GAUZIN-MULLER, Dominique. Arquitetura Ecológica. São Paulo: Editora SENAC São

Paulo, 2011.

• GHIRARDO, Diane. Arquitetura Contemporânea: Uma História Concisa. São Paulo,

Martins Fontes, 2009.

• GUIMARAENS, Dinah (org.). Estética Transcultural na Universidade Latino-

Americana: Novas Práticas Contemporâneas. Niterói, Eduff, 2016.

• Do Kitsch à Metafísica: Arquitetura, Estética e Imagética

Transculturais. Niterói: PPGAU-UFF, 2013.

• (org.) Mapa das Culturas Vivas Guaranis. Rio de Janeiro:

Contracapa/FAPERJ, 2003.

• GUIMARAENS, Dinah & CAVALCANTI, Lauro. Arquitetura de Motéis Cariocas: Espaço

e Organização Social. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2007.

• Arquitetura Kitsch Suburbana e Rural.

Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2006.

• HABERMAS, Jurgen. A Nova Obscuridade: Pequenos Escritos Políticos V. São Paulo,

Editora Unesp, 2015.

• Obras Escolhidas: Fundamentação Linguística da Sociologia. Lisboa, Edições 70,

2010.

• Consciência Moral e Agir Comunicativo. Rio de Janeiro, Tempo

Brasileiro, 2003.

• HARVEY, David. Paris: Capital da Modernidade. São Paulo, Boitempo, 2015.

• Espaços de Esperança. São Paulo, Edições Loyola, 2004.

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• JAMESON, Fredric. Pós-Modernismo: A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio. São

Paulo, Ática, 2004

• Espaço e Imagem: teorias do pós-moderno e outros ensaios. Rio de

Janeiro, Editora UFRJ, 2004.

• KERN, Daniela. “Charles Baudelaire e o Palácio de Cristal: repercussões

contemporâneas da transparência na paisagem”. Porto Alegre: Palíndromo- Teoria e

História da Arte, 2011, n. 6.

• KOOLHAAS, Rem. Nova Iorque Delirante: Um Manifesto Retroativo para Manhattan.

São Paulo, Cosac Naify, 2008.

• Junkspace. Repenser radicalement l´espace urbain. Paris, Manuel

Payot, 2011.

• LEFEBVRE, Henri. O Direito à Cidade. São Paulo, Centauro, 2001.

• MALARD, Maria Lucia. Cinco Textos sobre Arquitetura. Belo Horizonte, Editora

UFMG, 2005.

• MONTANER, Josep Maria & MUXÍ, Zaida. Arquitetura e Política: Ensaios para

Mundos Alternativos. Barcelona, Gustavo Gili, 2014.

• MONTANER, Josep Maria. A Condição Contemporânea da Arquitetura. São Paulo,

Gustavo Gili, 2016.

• A Modernidade Superada: Ensaios sobre Arquitetura

Contemporânea. São Paulo, Gustavo Gili, 2012.

• Sistemas Arquitetônicos Contemporâneos. Barcelona, Gustavo

Gili, 2009.

• Arquitectura y Crítica. Barcelona, Gustavo Gili, 2004.

• Las Formas del Siglo XX. Barcelona, Gustavo Gili, 2002.

• OLIVIERI, Silvana. Quando o Cinema Vira Urbanismo: O documentário como

ferramenta e abordagem da cidade. Salvador/Florianópolis, EDUFBA-PPGAU-ANPUR,

2011.

• PANOFSKY, I. Arquitetura Gótica e Escolástica. São Paulo, Martins Fontes, 2004.

• Idea: A Evolução do Conceito de Belo. São Paulo, Martins Fontes, 2000.

• PEIXOTO, Nelson Brissac. Paisagens Críticas Robert Smithson: Arte, Ciência e

Indústria. São Paulo, Editora SENAC São Paulo/EDUC/FAPESP, 2010.

• ROCHA, Paulo Mendes da com Maria Isabel Villac. América, Cidade e Natureza. São

Paulo, Estação Liberdade, 2012.

• ROCHA-PEIXOTO, Gustavo et alii (org). Leituras em Teoria da Arquitetura 3. Objetos.

Rio de Janeiro, RioBooks/FAPERJ, 2011.

• ROSA, Marcos L. Micro Planejamento: Práticas Urbanas Criativas. São Paulo. São

Paulo, Editora de Cultura, 2011.

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• SCHULZ, Sonia Hilf. Estéticas Urbanas: Da Pólis Grega à Metrópole Contemporânea

SERPA, Ângelo. O Espaço Público na Cidade Contemporânea. São Paulo, Editora

Contexto, 2007.

• SILVEIRA, Fernando Lang da. “A Filosofia da Ciência de Karl Popper: O Racionalismo Crítico”. Porto Alegre, Cad. Cat. Ens. Fis., v. 13, n. 3, p. 197-218, dez. 1996.

• SILVA, Luiz Felipe da Cunha e. Sobre a inutilidade e a desnecessidade da arquitetura.

Vitruvius, arquitextos, ISSN 1809-6298. 126.11ano 11, nov. 2010.

• SOUSA, António Miguel Lopes de. “Para os estudos e práticas urbanas, um olhar sobre Max Weber”. São Paulo, Programa de Ciências Sociais da Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo, 2010 ((www.bocc.ubi.pt).

• SYKES, A. Krista (org.). O Campo Ampliado da Arquitetura: Antologia Teórica (1993-

2009). São Paulo, Cosac Naify, 2013.

• TSCHUMI, Bernard. “O Prazer da Arquitetura: Introdução aos Fragmentos“ in NESBIT,

Kate (org.). Uma Nova Agenda para a Arquitetura: Antologia Teórica (1965 –

1995). São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 573 – 584.

• Event-Cities 4: Concept-Form. Cambridge, MA, MIT Press, 2010.

• VAZ, Lilian Fessler & GUERRA, Max Welch. Os Espaços Públicos nas Políticas Urbanas:

Estudos sobre Rio de Janeiro e Berlim. Rio de Janeiro, 7Letras, 2008.

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SEMINÁRIO DE TESE IIPAISAGENS TRANSCULTURAIS:

CIDADE CONTÍNUAEspaço Público, Intervenções Urbanas e Lógica

Transcultural Digital em Territórios Descontínuos

Prof. Dinah Papi Guimaraens, Ph.D.Shanghai, China. Fotos: Dinah Guimaraens, 2011.

PPGAU-2020

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Espaço Público e Lógica Transcultural Dentro de uma lógica transcultural – definida pelas transformações ocorridas na fricção de culturas distintas -, o saber acadêmico em arquitetura e urbanismo volta-se para uma discussão no campo da antropologia e das tecnologias digitais.

Visando encontrar soluções viáveis para o atual impasse das megacidades brasileiras quanto à ocupação do espaço público e a qualidade de vida urbana, o contexto e seu entorno derivam de elementos geográficos, culturais, econômicos e políticos que definem as intervenções urbanas.

Estas, por sua vez, estabelecem novas situações e novos cenários desenhados por bairros, quadras, conexões, marcos, volumes|massas, ritmos, tipologias, densidades, alturas e estruturas de espaços públicos e privados na cidade de fluxos e mobilidade atual.

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Planejamento Comunicativo|Colaborativo

• Na avaliação da eficácia de políticas públicas e privadas de intervenções urbanas, o conceito de planejamento comunicativo | colaborativo pode ser visto como poder criador de consenso na conversação argumental.

• Sua racionalidade instrumental deriva da ação estratégica(HABERMAS, 2010) na busca de eficiência que contém, em si mesma, uma dimensão de dominação e manipulação que se expressa na cidade.

• Se a gestão urbana progressista precisa ser “um governo para todos”, desigualdades estruturais da sociedade do capitalismo tardio (JAMESON, 2004) conduzem à adoção da perspectiva dos desprivilegiados que orienta os rumos de um urbanismo comprometido com ideais de justiça social e cidadania participativa.

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Avaliação do curso• AVALIAÇÃO:

• A 1ª nota constará da apresentação e discussão de textos em sala de aula e da realização de exercícios propostos no programa de curso.

• A 2ª nota constará das apresentações finais dos projetos de tese, com seleção e apresentação de um texto crítico relacionado ao tema da tese e de um artigo final (10/15 páginas).

•• TÓPICOS:

• Pesquisa integrada e ambiente colaborativo de trabalho.

• Argumentação, texto e conteúdo científico.

• Prática do planejamento científico.

• Teoria e métodos práticos para a realização de pesquisa científica avançada.

• Métodos para levantamentos de campo e estudos de caso.

• Desenvolvimento do Projeto de Tese tendo como foco a bibliografia e a escrita.

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Didática do curso• O Programa do Curso enfoca questões teóricas em ARQUITETURA

E URBANISMO: ESPAÇO PÚBLICO / PAISAGEM E CULTURA / PATRIMÔNIO, se subdividindo em 02 módulos:

• 1º Módulo:

• MODERNIDADE COMO RUPTURA: REDESENHO DA CIDADE PELA LÓGICA DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E SUBORDINAÇÃO AOS MERCADOS FINANCEIROS

• 2º Módulo:

• TRANSFORMAÇÃO URBANA: ESPAÇO PÚBLICO, PAISAGEM, LUGAR E INTERVENÇÕES NA CIDADE CONTEMPORÂNEA

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Objetivos do curso• Parte-se da premissa que, como Ciências Sociais Aplicadas, nem a

Arquitetura nem o Urbanismo podem ser considerados ciências tout court, por não serem capazes de determinar com a precisão necessária um corpo de princípios de aplicabilidade geral.

• Pode-se afirmar claramente que não há Teoria da Arquitetura e do Urbanismo que não seja teoria de uma ciência: Ciências Sociais, Economia, Política ou Filosofia.

• Há igualmente o pressuposto de que a Arquitetura e o Urbanismo não podem ser vistos como indissociáveis e que um edifício não pode ser considerado fora do contexto urbano (conceito de lugar ou paisagem) e que os artefatos em conjunto compõem a cidade.

• O curso trata de temas afeitos à metodologia de pesquisa das três linhas de trabalho do programa de doutorado: 1) Projeto, planejamento e gestão da arquitetura e da cidade; 2) Cultura e história da arquitetura, cidade e urbanismo; 3) Espaço construído, sustentabilidade e ambiente.

• Enfoca ele a crise do sujeito arquitetônico e urbano na contemporaneidade como sendo decorrente da dissolução do lugar em sua forma histórica, pela fricção entre lugar real e lugar virtual que ameaça a caverna arquetípica como artefato da junção espaço-tempo.

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TRANSCULTURALIDADES URBANAS• I- CIDADE CONTÍNUA| OCULTA:

• CALVINO, Italo. As Cidades Invisíveis. São Paulo, Cia. das Letras, 2017 (1ª leitura conjunta pelos grupos).

• II- CIDADE MAQUÍNICA NÔMADE | DESCONSTRUÍDA:

• DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix. Mil Platôs. Capitalismo e Esquizofrenia. Vol. 5. São Paulo, Editora 34, 2008. “Tratado de Nomadologia: A Máquina de Guerra”, p. 11-110, “Aparelho de Captura”, p. 111-177, “O Liso e o Estriado”, p. 179-214 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

• TSCHUMI, Bernard. “O Prazer na Arquitetura”, in NESBIT, Kate (org.). Uma Nova Agenda para a Arquitetura: Antologia Teórica (1965- 1995). São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 573-584 (2ª leitura conjunta em grupo).

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TRANSCULTURALIDADES URBANAS• III- CIDADE ESTETIZADA | ESPETACULARIZADA:

• LIPOVETSKY, Gilles & SERROY, Jean. A Estetização do Mundo: Viver na Era do Capitalismo Artista. São Paulo, Cia. das Letras, 2015. “Introdução”, p. 11-35, “As figuras inaugurais do capitalismo artista”, p. 130-149, “Um mundo de design”, p. 225-261, “O estágio estético do consumo: A cidade a consumir”, p. 315-326, “A sociedade transestética: até onde”, p. 387-422 (3ª leitura conjunta pelos grupos).

• DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro, Contraponto, 1997. “A mercadoria como espetáculo”, p. 27-47, “O planejamento do espaço”, p. 111-118, “A negação e o consumo na cultura”, p. 119-135 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

• GHIRARDO, Diane. Arquitetura Contemporânea: Uma história concisa. São Paulo, Martins Fontes, 2009. “O Espaço Público: Disney, Shopping Centers e Museus”, p. 45-122 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

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TRANSCULTURALIDADES URBANAS• IV- CIDADE COMUNICATIVA|COLABORATIVA:

• HABERMAS, Jurgen. A Nova Obscuridade. São Paulo, Unesp, 2015. “Modernidade e arquitetura pós-moderna”, p. 37-61 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

• DI FELICE, Massimo. Paisagens Pós-Urbanas: O Fim da Experiência Urbana e as Formas Comunicativas do Habitar. São Paulo, Annablume, 2009. “Comunicar no Ambiente”, p. 45-68, “As Formas Eletrônicas do Habitar”, p. 149-166, “Trânsitos Eletrônicos”, p. 167-204, “Paisagens Flutuantes e Arquiteturas Móveis”, p. 205-220, “O Habitar Atópico”, p. 223-299 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

• V- CIDADE DISCIPLINAR|PUNITIVA:

• FOUCAULT, Michel. As Palavras e as Coisas. São Paulo, Martins Fontes, 2002. “Las Meninas”, p. 3-21, “O homem e seus duplos”, p. 417-473, “As Ciências Humanas”, p. 475-536.

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TRANSCULTURALIDADES URBANAS

• Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. Petrópolis, Vozes, 2014. “O Panoptismo”, p. 190-219 (Leituras a serem selecionadas pelos grupos).

• VI- CIDADE DESIGUAL|UTÓPICA:

• HARVEY, David. Espaços de Esperança. São Paulo, Loyola, 2012. “Desenvolvimentos geográficos desiguais e direitos universais”, p. 105-131, “Os espaços de utopia”, p. 181-238, “Utopismo dialético”, p. 239-258 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

• VELHO, Gilberto. A Utopia Urbana: Um Estudo de Antropologia Social. Rio de Janeiro, Zahar, 1978 (junto com o filme de Eduardo Coutinho “Edifício Master: Um filme sobre pessoas como você e eu”, 2002). (Leitura a ser selecionada pelos grupos).

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TRANSCULTURALIDADES URBANAS• VII- CIDADE DIGITAL|FINANCEIRA:

• ARANTES, Pedro Fiori. Arquitetura na Era Digital-Financeira: Desenho, Canteiro e Renda da Forma. São Paulo, Editora 34, 2012. “As formas da renda”, p. 21-122, “Canteiro um pra um”, p. 177-260, “Em circulação”, p. 261-346.

• ARANTES, Otilia Beatriz Fiori et alii. A Cidade do Pensamento Único: Desmanchando Consensos. Petrópolis, Vozes, 2013. “Uma estratégia fatal: A cultura nas novas gestões urbanas”, p. 11-74.

• Chai-na. São Paulo, Editora da USP, 2011. (Leituras a serem selecionadas pelos grupos).

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TRANSCULTURALIDADES URBANAS• TEMA:

• MÉTODO DIALÉTICO-RELACIONAL DE INVESTIGAÇÃO HISTÓRICO-GEOGRÁFICA

• O mito da ruptura radical com o passado na construção da modernidade e a passagem da acumulação rígida à flexível na pós-modernidade, através de interações entre diferentes circuitos do capital para superar as crises da superacumulação e a atual intensificação do imperialismo opressivo é enfocado no curso..

• A partir da ênfase no método dialético-relacional de investigação histórico-geográfica, o curso estimula o doutorando a interpretar relações complexas relativas ao funcionamento dos mercados imobiliário-construtivos urbanos.

• Tais relações derivam de uma organização político-industrial, de estilos de vida e de um ethos estético-cultural que devem ser analisados como não sendo constituídos por simples cadeias causais ou como sendo determinados por processos mecanicistas de violência que acompanham a abstração, mas antes como sintomas evidentes da “destruição criativa” (HARVEY, 2015, p. 11) do capitalismo tardio.

• HARVEY, David. Paris: Capital da Modernidade. São Paulo, Boitempo, 2015.

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Espaço Dialógico, Pragmática Virtual e Dinâmica da Comunicação

• O antropólogo americano Mike é só uma projeção virtual e sua imagem frequentemente se distorce ou se fragmenta em várias telas digitais gigantes suspensas no espaço, projetadas na produção teatral “Cidade Contínua”, encenada na Academia de Música do Brooklyn - BAM, New York. http://www.bam.org/view.aspx?pid=123

• Pessoas de territórios urbanos diferentes como Las Vegas, Veneza, Xangai, Paris, Los Angeles, Tijuana e Toronto integram este empreendimento de Internet ao responder à pergunta “aonde é minha casa?”.

Shanghai, China, 2011.

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Deslocamento Causado pelas Tecnologias Digitais. O conceito de “Cidade Contínua” (http://continuouscity.blogspot.com/) é aquele de transformar a feitiçaria tecnológica em paixão humana, ilação, delícia, imaginação e compreensão através da atuação da tecnologia e do emprego de amplos gestos teatrais, que asseguram a presença dos atores no palco, porém encenando próximo a um grande travesti eletrônico.

. Esta produção teatral nos inspira a discutir o crítico papel desempenhado pela Antropologia Social ou Cultural em relação à Arquitetura e Urbanismo, numa oposição entre a disposição comunal ou local e a disposição universal (através da lógica universal da empresa, do costume ou da tradição).

Shanghai, China. Galeria de Metrô, 2011.

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Expressionismo Hiperconectado. O realismo doméstico ou o expressionismo hiperconectado de “Cidade Contínua” (http://www.continuouscity.org/) conduz a audiência a vislumbrar um mundo espetacular por detrás das paredes da sala de estar, de um universo que está criando uma experiência interna através do emprego de redes sociais, chats e blogs na vida contemporânea.

. A desorientação experimentada no processo criativo da Associação de Construtores incorpora novos elementos de tecnologia interativa 3G em performance ao vivo. Compõe esta aatuação de cada noite com segmentos selecionados de clipes improvisados dos contribuintes do “Xubu” (http://xubu.cc/) que são organizados como um coro grego.

Shanghai, China. Rua Digital, 2011.

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Crise Institucional da Civilização Ocidental e Anacronismo da Nação

. A presença de um ator indiano como RizwanMirza expressa o fortalecimento de polos intermediários de influência econômico-política baseados em países periféricos como a Índia e sul-americanos como o Brasil, os quais atuam como zonas de conflito a serem regidas pelo polo dominante, constituindo a única alternativa à fragmentação mundial em estruturas antagônicas que está se tornando mesmo muito mais profunda, sob a prevalência de mega-empresas.

. A crítica de “Cidade Contínua” dirige-se à pragmática econômica e à dinâmica da comunicação no interior das sociedades industriais avançadas. Está aqui em jogo o papel dos intelectuais no mundo globalizado no qual, ao invés de estarem comprometidos em construir democracias esclarecidas, limitam-se a um conformismo em relação aos seus próprios atos.

Shanghai, China. Templo Budista, 2011.

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Antropologia Transcultural, PertencimentoTerritorial, Culturas Nativas e Internet

• Visando adaptá-la ao contexto contemporâneo, a antropologia transcultural tem em vista desvendar a busca antropológica pelo dialogismo entre pesquisador e pesquisado, pela polifonia de vozes e pela expressão de intersubjetividades, revelando a capacidade simbólica (SAHLINS: 2006) que é a essência da cultura e sem a qual as inclinações corporais humanas careceriam de um padrão.

• Sem cultura as pessoas seriam, como afirmou Clifford GEERTZ (1973), “monstruosidades inoperantes”. De acordo com este antropólogo, tendo confinado o corpo à organização simbólica da existência, o ser humano não sobrevive sem cultura.

• Sob essa luz, a cultura é, fundamentalmente, fonte de poder no espaço urbano.

Shanghai, China, 2011.

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Crise de Representação na “Escritura” Etnográfica

• A metodologia transcultural se contrapõe à obra de LÉVI-STRAUSS (1976), o qual afirma que, na experiência etnográfica, o observador se coloca como seu próprio instrumento de observação, baseando-se no fato de Rousseau ter anunciado a etnologia um século antes que ela fizesse sua aparição, antecipando a fórmula famosa “eu é outro”, ao colocá-la entre as ciências naturais e humanas já constituídas.

• A visão lévi-straussiana é de que, cada vez em que está em seu campo de ação, o etnólogo vê-se envolto em um mundo onde tudo lhe é estrangeiro, não como pura inteligência contemplativa, mas como agente involuntário de uma transformação operada através dele.

Shanghai, China, 2011.

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Contexto Amplo do Progresso da ConsciênciaHermenêutica

• Expressão consagrada de GEERTZ (1973) de que “todos nós somos nativos” pode ser entendida dentro de um amplo contexto de progresso da consciência hermenêutica.

• Como conclusão, SAHLINS (2006) fala de vozes polifônicas, de relações dialógicas e de um saber “nativo” negociado, onde pesquisador e pesquisado articulam e confrontam seus respectivos horizontes em transubjetividades.

Mega edifício no centro de Shanghai, China, 2011.

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Aldeias Indígenas e “Quilombos” Habitadospor Afrodescendentes

• De modo a servir como locus para práticas investigativas transculturais, a comunicação transcultural gira em torno de um espaço dialógico referente à antropologia, à arquitetura e ao pertencimento territorial de culturas indígenas e quilombolas.

• Em relação a aldeias indígenas e a quilombos habitados por afrodescendentes, a lógica de “patrimonialização” impressa pelas elites culturais é criticada enquanto expressão de um “terceiro do consenso” que representa a última instância de decisão de qualquer julgamento. (POULAIN, 2001)

Tekoa Itarypu Guarani, Camboinhas, R.J.

“Quilombo” de Machadinha,

Quissamã, R.J.

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Museu de Arte e Origens / Mário Pedrosa• Mário Pedrosa concebeu o “Museu das

Origens” (1978) para conclamar oshabitantes do terceiro mundo aassumirem seu papel como produtoresculturais autônomos no palco da contemporaneidade.

• CANCLINI (2005) explora as contradições de populações indígenas sul-americanas utilizarem a Internet sem ao menos terem sido alfabetizadas.

• Enquanto arquiteta, antropóloga e educadora, esta parece ser uma questão pertinente para ser discutida: Como entrar na era digital, de caráter internacional/global, sem perder as referências regionais?

• Inspiro-me, para isso, na postura da “antropofagia cultural” de Oswald de ANDRADE (1970: 1950), enfocando a “devoração crítica” da cibercultura e procurando vomitá-la retransformadaem uma cultura “nativa”local.

. Artesanato Guarani, Tekoa Itarypu, Camboinhas, R.J.

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MURO VERDE POR SOFIA EDER E

GRAFISMO INDÍGENA POR

CAROL

MUROS VERDES E GRAFISMOS INDÍGENAS

O projeto de extensão-PROEX-UFF “Arquitetura do Vazio” enfoca Muros Verdes, Grafismos Indígenas e Bioarquitetura no MACquinho|Morro do Palácio, Niterói, RJ.

Visa este garantir que moradores daquela comunidade e universitários adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover um estilo de vida sustentável.

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LABORATÓRIO DA PAISAGEM E DO LUGAR-LAPALU

• Contando com a participação de mutirões de construtores da favela, de artesãos e músicos indígenas convidados e do corpo docente, discente e técnico da Universidade Federal Fluminense-UFF, o projeto integra o LAPALU-Laboratório da Paisagem e do Lugar do Programa de Pós-Graduação de Arquitetura e Urbanismo-PPGAU como exemplo de educação transcultural multimídia, em colaboração com a Secretaria Municipal de Projetos Estratégicos, Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Meio-Ambiente de Niterói.

Contando com a participação de mutirões de construtores da favela, de artesãos e músicos indígenas convidados e do corpo docente, discente e técnico, o projeto integra o LAPALU-Laboratório da Paisagem e do Lugar do Programa de Pós-Graduação de Arquitetura e Urbanismo-PPGAU-EAU-UFF.

Significa um exemplo de educação transcultural multimídia, em colaboração com a Secretaria Municipal de Projetos Estratégicos, Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Meio-Ambiente de Niterói.

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Oca xinguana no Campus da Praia Vermelha|UFF, 2014.

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MUSEU VIVO E DIÁLOGO INTERCULTURAL UNIVERSITÁRIO

• O diálogo intercultural deriva da capacidade de cada cultura de se propor como uma forma de vida assumível por todos que dela participarem. Há necessidade de se recorrer ao diálogo universitário entre culturas como um de seus componentes essenciais. (POULAIN, 2009)

Professora-Orientadora: Dinah GuimaraensDiscente: Liza Ferreira de Souza Universidade Federal FluminenseNovembro de 2011

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Estrutura Mítica do Universo Guarani

Museu de Arte e Origens, Dinah Guimaraens, 2003

Animal Soul

L

N

S

SHAMAN

AVÁ

PARADISE

O

Ñamandu Rú Eté

PARAÍSO

COLUNAS DO PARAÍSO

ORIGEM DOS NOVOS VENTOS - PRIMAVERA

AÑAGMBA’AND POCHY

CASA DE TUPÃCASA DE

KARAICENTRO DA TERRA – ORIGEM DE KARAI

JAGUARESGÊNIOS TELÚRICOS

ORIGEM DOS VENTOS ORIGINÁRIOS - INVERNO

SHAMANAlma Divina

Alma Animal

AVÁ

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Estrutura Mítica do Universo Guarani – Térreo

MMuseu de Arte e Origens, Dinah Guimaraens, 2003

Alma Animal

Mba’ e Pochy

Añag

Jaguares Gêniostelúricos

Colunas do

Paraíso

LCentro da Terra –Origem de Karal

Origem dos ventos novos - primaveraN

SOrigem dos ventos originários - inverno

XAMÃ

Alma Divina

PARAÍSO

Morada de Karai

O Morada de Tupã

Acesso – Loja - fachada de vidro

Palco- fachada de vidro

Estar /Cafeteria - domo

Museu Vivo - oficinas

Rituais/performances digitais – fachada de vidro AVÁ

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Estrutura Mítica do Universo Guarani – Térreo

Museu de Arte e Origens, Dinah Guimaraens, 2003

Alma Animal

Mba’ e Pochy

Añag

Jaguares Gêniostelúricos

Colunas do

Paraíso

LCentro da Terra –Origem de Karal

Origem dos ventos novos - primaveraN

SOrigem dos ventos originários - inverno

XAMÃ

Alma Divina

PARAÍSO

Morada de Karai

O Morada de Tupã

Ñamandu Rú Eté

Nível multifuncional– fachada de vidro

Térreo – Palco – fachada de vidro

Térreo - Estar /Cafeteria – entrada com domo

Exposição viva/oficinas

Exposição permanente – fachada de vidro

Proj

ect

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eira

AVÁ

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- Parte interna do Museu:1 - Oficinas e exposições vivas, temporárias e permanentes2 - Palco de Apresentação musical e Coral3 - Exibição de Filmes Etnográficos4 - Contos, mitos, lendas e informações sobre ervas medicinais5 - Restaurante: gastronomia indígena

- Parte externa do Museu:1 - Área própria para construção de maloca temporária2 - Auditório para palestras, debates, seminários, aulas3 - Área destinada às plantações de espécies de significado cultural indígena, como a mandioca, o milho, a batata doce, a banana e a melancia, para os Guarani.4 - Grande área para vegetação indígena como, por exemplo, a palmeira Juçara.5 - “Exposição Viva” com cobertura chamada “As Quatro Estações”: dança, trançado, coral, pintura corporal e artesanato tradicional em geral, visando a criação

de uma linha de produtos de design e artísticos para emprego em projetos

de decoração, de maneira a ampliar o mercado consumidor, além de

preservar e divulgar a cultura indígena.

PS.: Lembrando que todas as propostas terãoa presença/ação dos próprios índios nos projetos.

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À esquerda, Museu Vivo e, à direita, exposição aberta “Quatro Estações” onde, em determinados dias, acontecerão apresentaçõessimultâneas de pintura corporal, música, cerâmica, trançado, fiação e tecido.Uma característica da cobertura do Museu é que a esta ” eleva-se e desce completamente”, de forma que se apóie no chão.

dia

Objetivo da configuração das plantas-baixas: criar grandes espaços comunitários como nas ocas indígenas, através de espaços abertos e cobertos com materiais naturais. Com a absorção de conceitos culturais diversos, o projeto visa dar um significado novo à forma construtiva, nos dias de hoje.

noite

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Objetivo: a proposta é que se concentre o auditório, a exposição ao ar livre “Quatro Estações” e o espaço destinado à Exposição Temporáriada Maloca próximos, podendo, assim, caracterizá-los como Área Ativa. Funções: Auditório: palestras, debates, fóruns, aulas, etc. Exposição Quatro Estações: oficinas e expo simultâneas de pintura corporal, canto, trançado, artesanato. Exposição da Maloca: temporário e com uso dependendo do propósito. Terão ativas contemplativas para descanso, plantação de mandioca e outros, e também o incentivo ao uso de bicicletas.

Área contemplativa Espaço para MalocaAuditório

Bicicletário

Guarita

Plantação

Carga/Descarga

Exposição Aberta“Quatro Estações”

-Museu Vivo Indígena-Espaço principal

subsolo

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Objetivo: O Paisagismo tem como objetivo norteador integrar o meio interno com o externo, já que para os índios, um complementa o outra demaneira que eles estejam conectados ao mundo natural. Dessa forma, o uso de vidro nas fachadas onde a cobertura “ascende” é fundamental. Com isso, o visitante poderá em todos os pavimentos, observar as exposições e eventos que ocasionalmente acontecerem nas “Quatro Estações”, no auditório ou na Maloca, espaços principais na área externa, espaços estes voltados para a fachada Leste de vidro do Museu.

Grande Porte – Protege do sol e ganha significado simbólico: Colunas do paraíso ( troncos com visão do interior do Museu)

Pequeno Porte -Estética

Peq /Médio Porte: Plantio Indígena

Convergência visual/estética Plantio de Mandioca Parede Vegetal Barreira Visual/Sonora

Legenda (Função):

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SO visitante poderá circular por todo o terreno de modo que contemple a edificação e absorva a proposta do partido arquitetônico ao caminhar e notar a forma sinuosa da cobertura. Como o projeto se complementa na parte externa, o artifício foi utilizar vegetação bastante variada em todos os pontos e concentrando em alguns o uso denso de vegetação indígena, plantada pelos diferentes povos. Em anexo a vegetação, propõe-se um extenso espelho d´água, com o objetivo de aparentar um grande rio envolvendo a edificação, com o propósito de criar uma alusão à própria característica do povo indígena ao viver junto ao verde e à água.

Área contemplativa Espaço para OcaAuditório

Bicicletário

Guarita

Plantação

Carga/Descarga

Exposição Aberta“Quatro Estações”

subsolo

Principais Secundários Esporádicos

Legenda (fluxos):

-Museu Vivo Indígena-Espaço principal

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Proposta estrutural:

Pilar central sustenta o centro da cobertura.Os demais pilares sustentam as lajes com a disposição de grandes vãos devido a sua estrutura em forma de árvore.

Paredes internas: Alvenaria estrutural (semnecessidade de pilares, portanto estruturalmente independente)

Laje cogumelo (não há necessidade devigas) com apoio no estilo de FreiOtto. Esse pilar que a sustenta terá reforço em sua parte superior, assim como o capitelrepresentado ao lado. Espessura: de 12 a 15 cm no máximo. (a definir)

Disposição dos pilares: vão máximo avencer = 15m, permitido pelo sistema estrutural proposto.

Estrutura da cobertura:Pilares de sustentação: pilar central e 8 pilares do entorno – de aço (todos baseados na concepção de Frei Otto). PS.: Os 8 pilares de cada pav. sustentam a laje superior a eles.

4 pilares centrais: sustentam a laje superior e suporta também a escada central social do edifício.

Peças secundárias de eucalipto apoiadas nas peças transversais primárias de eucalipto sustentadas pelos 8 pilares de Frei Otto de aço localizados no interior do Museu. As peças terciárias estão entre os eucaliptos secundários de forma treliçada; serão de bambu dispostas de metro em metro. (esquema ao lado)

Peça Primária

Peça Secundária

Peça Terciária

Referência da Concepção estruturalPS.: O Eucalipto, para ficar curvo, precisa umidecê-lo, inserí-lo no molde e, assim, esperar para secá-lo. Esse processo será necessário no meu projeto, devido ao aspecto orgânico da cobertura. Ex.: construções na Indonésia. (Fonte: TV5Monde)

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COBERTURA do Museu Vivo com Esquema de sua estrutura

ESQ

UE

MA

EST

RU

TU

RA

L

Legenda:

Peça Primária - Eucalipto

Peça Secundária - EucaliptoCobertura até o chão -> i = 45º Cobertura elevada

Peça de aço da Clarabóia comapoio no pilar central

Pilar Central - Aço

Cobertura - palha trançada

Pilar do entorno - Aço

Cobertura Elevada:Perspectiva Esquemática

Corte Esquemático

Peça Terciária – Bambu => treliçaTirante - Aço

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EST

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ÁG

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LUV

IAIS

Pontos de captação das águaspluviais para reuso

Primeira direção das águas

Direção Final das águas

Cobertura até o chão -> i = 45º

Cobertura elevada

Clarabóia

Origem da receptação daságuas pluviais

Legenda:

http://www.eletrosul.gov.br/casaeficiente/br/home/conteudo.php?cd=51

PERSPECTIVA -Exposição Aberta “Quatro Estações”

Reuso:Espelho D’água

COBERTURA -Museu Vivo

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Bibliografia• ARANTES, Pedro Fiori. Arquitetura na Era Digital-Financeira: Desenho, canteiro e renda da forma. São Paulo, Editora

34, 2012.

• ARANTES, Otília. Chai-na. São Paulo, Edusp, 2011.

• BACHELARD, Gastón. A Poética do Espaço. São Paulo, Martins Fontes, 1988.

• BARRA, Eduardo. Paisagens úteis: Escritos sobre paisagismo. São Paulo, Mandarim, 2006.

• BOURDIEU, Pierre. A Distinção: Crítica Social do Julgamento. São Paulo, EDUSP; Porto Alegre, Zouk, 2008.

• A Profissão de Sociólogo: Preliminares Epistemológicos. Petrópolis, Vozes, 1999.

• BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude & PASSERON, Jean-Claude. Ofício de Sociólogo: Metodologia da pesquisa na sociologia. Petrópolis, Vozes, 2010.

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• CARERI, Francesco. Walkscapes: O Caminhar como Prática Estética. Prefácio de Paola Berenstein Jacques. Barcelona, Gustavo Gili, 2013.

• CHOAY, Françoise. La Règle et le Modèle. Sur la Théorie de l’Architecture et de l’Urbanisme. Paris, Seuil, 1996.

• DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo, Martins Fontes, 2007.

• EISENMAN, Peter & KOOLHAAS, Rem. Supercrítico. São Paulo, Cosac Naify, 2013.

• ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador. Belo Horizonte. Editora UFMG, 2004.

• GAUZIN-MULLER, Dominique. Arquitetura Ecológica. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2011.

• GHIRARDO, Diane. Arquitetura Contemporânea: Uma História Concisa. São Paulo, Martins Fontes, 2009.

• GUIMARAENS, Dinah (org.). Estética Transcultural na Universidade Latino-Americana: Novas PráticasContemporâneas. Niterói, Eduff, 2016.

• Do Kitsch à Metafísica: Arquitetura, Estética e Imagética Transculturais. Niterói: PPGAU-UFF, 2013.

• (org.) Mapa das Culturas Vivas Guaranis. Rio de Janeiro: Contracapa/FAPERJ, 2003.

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Bibliografia• GUIMARAENS, Dinah & CAVALCANTI, Lauro. Arquitetura de Motéis Cariocas: Espaço e Organização Social. Rio

de Janeiro, Paz e Terra, 2007.

• Arquitetura Kitsch Suburbana e Rural. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2006.

• HABERMAS, Jurgen. A Nova Obscuridade: Pequenos Escritos Políticos V. São Paulo, Editora Unesp, 2015.

• Obras Escolhidas: Fundamentação Linguística da Sociologia. Lisboa, Edições 70, 2010.

• Consciência Moral e Agir Comunicativo. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 2003.

• HARVEY, David. Paris: Capital da Modernidade. São Paulo, Boitempo, 2015.

• Espaços de Esperança. São Paulo, Edições Loyola, 2004.

• JAMESON, Fredric. Pós-Modernismo: A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio. São Paulo, Ática, 2004

• Espaço e Imagem: teorias do pós-moderno e outros ensaios. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2004.

• KERN, Daniela. “Charles Baudelaire e o Palácio de Cristal: repercussões contemporâneas da transparência na paisagem”. Porto Alegre: Palíndromo- Teoria e História da Arte, 2011, n. 6.

• KOOLHAAS, Rem. Nova Iorque Delirante: Um Manifesto Retroativo para Manhattan. São Paulo, Cosac Naify, 2008.

• Junkspace. Repenser radicalement l´espace urbain. Paris, Manuel Payot, 2011.

• LEFEBVRE, Henri. O Direito à Cidade. São Paulo, Centauro, 2001.

• MALARD, Maria Lucia. Cinco Textos sobre Arquitetura. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2005.

• MONTANER, Josep Maria & MUXÍ, Zaida. Arquitetura e Política: Ensaios para Mundos Alternativos. Barcelona, Gustavo Gili, 2014.

• MONTANER, Josep Maria. A Condição Contemporânea da Arquitetura. São Paulo, Gustavo Gili, 2016.

• A Modernidade Superada: Ensaios sobre Arquitetura Contemporânea. São Paulo, Gustavo Gili, 2012.

• Sistemas Arquitetônicos Contemporâneos. Barcelona, Gustavo Gili, 2009.

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Bibliografia• Arquitectura y Crítica. Barcelona, Gustavo Gili, 2004.

• Las Formas del Siglo XX. Barcelona, Gustavo Gili, 2002.

• OLIVIERI, Silvana. Quando o Cinema Vira Urbanismo: O documentário como ferramenta e abordagem da cidade. Salvador/Florianópolis, EDUFBA-PPGAU-ANPUR, 2011.

• PANOFSKY, I. Arquitetura Gótica e Escolástica. São Paulo, Martins Fontes, 2004.

• Idea: A Evolução do Conceito de Belo. São Paulo, Martins Fontes, 2000.

• PEIXOTO, Nelson Brissac. Paisagens Críticas Robert Smithson: Arte, Ciência e Indústria. São Paulo, Editora SENAC São Paulo/EDUC/FAPESP, 2010.

• ROCHA, Paulo Mendes da com Maria Isabel Villac. América, Cidade e Natureza. São Paulo, Estação Liberdade, 2012.

• ROCHA-PEIXOTO, Gustavo et alii (org). Leituras em Teoria da Arquitetura 3. Objetos. Rio de Janeiro, RioBooks/FAPERJ, 2011.

• ROSA, Marcos L. Micro Planejamento: Práticas Urbanas Criativas. São Paulo. São Paulo, Editora de Cultura, 2011.

• SCHULZ, Sonia Hilf. Estéticas Urbanas: Da Pólis Grega à Metrópole Contemporânea SERPA, Ângelo. O Espaço Público na Cidade Contemporânea. São Paulo, Editora Contexto, 2007.

• SILVEIRA, Fernando Lang da. “A Filosofia da Ciência de Karl Popper: O Racionalismo Crítico”. Porto Alegre, Cad. Cat. Ens. Fis., v. 13, n. 3, p. 197-218, dez. 1996.

• SILVA, Luiz Felipe da Cunha e. Sobre a inutilidade e a desnecessidade da arquitetura. Vitruvius, arquitextos, ISSN 1809-6298. 126.11ano 11, nov. 2010.

• SOUSA, António Miguel Lopes de. “Para os estudos e práticas urbanas, um olhar sobre Max Weber”. São Paulo, Programa de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2010 ((www.bocc.ubi.pt).

• SYKES, A. Krista (org.). O Campo Ampliado da Arquitetura: Antologia Teórica (1993-2009). São Paulo, Cosac Naify, 2013.

• TSCHUMI, Bernard. “O Prazer da Arquitetura: Introdução aos Fragmentos“ in NESBIT, Kate (org.). Uma Nova Agenda para aArquitetura: Antologia Teórica (1965 – 1995). São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 573 – 584.

• Event-Cities 4: Concept-Form. Cambridge, MA, MIT Press, 2010.

• VAZ, Lilian Fessler & GUERRA, Max Welch. Os Espaços Públicos nas Políticas Urbanas: Estudos sobre Rio de Janeiro e Berlim. Rio de Janeiro, 7Letras, 2008.

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Créditos

• Dinah P. Guimaraens, Ph.D. ([email protected])

• +5521 98668-1365 – What’s up;

• Diretora, Museu de Arte e Origens-MOAO, Rio de Janeiro;

• Professora Associada, PPGAU-EAU- Escola de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal Fluminense / UFF;

• Doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social / Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro / UFRJ e New York University, Graduate School of Arts and Science, Museum Studies Program / Fulbright Advanced Scholar;

• Pós-Doutora, Departamento de Antropologia, University of New Mexico, U.S.