Semiologia Do Torax e Sistema Respiratorio

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Semiologia-propedêutica do Tórax e Sistema Respiratório.

Citation preview

  • SEMIOTCNICA DO TRAX e SISTEMA RESPIRATRIOMarcelo Braganceiro 2011

  • EXAME DO TRAX E PULMES

    Exame fsico geral freqncia respiratriapresena ou no de dispniapresena e quantificao de cianoseritmo respiratrio

  • EXAME DO TRAX E PULMES

    Esclarecer previamente o pacienteCondies boa iluminao / conforto do paciente e do mdico / ausncia de rudos ambientais paciente sentado com trax desnudo deitado em decbito dorsalExame comparativo e simtrico

  • Pontos de referncia anatmicangulo de Louis localiza-se na juno do manbrio com o corpo do esterno, identifica o 2. Espao intercostal e corresponde bifurcao da traquia e ao arco da aorta

    Costelas e espaos intercostais Clavculas Apndice xifide

    ngulo de Charpy (utilizado para avaliao do bitipo)

  • ngulo da escpula (delimitao inferior da regio escapular) Espinha da escpula. Apfise espinhosa (corresponde 7 vrtebra cervical). Rebordos costais Pontos de referncia anatmica

  • Linhas torcicas Mdio esternalPara-esternal direita e esquerdaHemiclavicular direita e esquerdaAxilar mdiaAxilar anterior Axilar posteriorEspinhal ou vertebralEscapular direita e esquerda

  • Regies torcicasFace anterior:EsternalSupra-esternalSupraclavicular direita e esquerdaClavicular direita e esquerdaInfraclavicular direita e esquerdaMamriaInframamria

  • Regies torcicasFace posterior:

    EscapularSupra-escapularInterescapulovertebralInfra-escapular

  • Regies torcicasFace lateral:

    AxilarInfra-axilar

  • Inspeo: Esttica Dinmica PalpaoPercussoAusculta

  • Condies ideais para exame Conforto ambiental: Local aquecido (tremor no interferir)Fonte de luz-situada nas costas do examinador

  • Posio do Paciente Preferencial : Ortostatismo

    Se no for possvel:Decbito dorsal: regio anteriorSentado : regio posterior

    Braos semi-fletidos e apia-los na nuca : para examinar a regio axilar

  • InspeoViso panormica

    Comparar um hemitrax com outro

  • Inspeo EstticaAlteraes cutneas: cicatrizescianosepalidezcirculao colateraldoenas da pele

  • Inspeo EstticaForma do Trax: NormalHemitrax direito mais desenvovido que o esquerdo

    Homem : musculatura regio superior mais desenvolvida

    Estrutura ssea maior parte inferior

    ngulo de Louis

    Variantes (ngulo de Charpy) normais:brevilneo,mediolneo,longilineo

  • Tipos de TraxTonelSapateiro (Infundibiliforme)CariniformeRaquiticoEscolioticoCifoescoliotico

  • Tipos patolgicos de trax Enfisematoso ,barril,globoso ou em tonel O dimetro ntero-posterior aproximadamente igual ao dimetro transverso Ex: enfisema pulmonar

    Em quilha,cariniforme ou peito de pombo O esterno proeminente e desviado anteriormente. Ex: defeito congnito ou adquirido (raquitismo)

    Sapateiro ou peito escavado ou infundibuliforme H uma depresso na poro inferior do esterno. Pode ser congnito ou devido ao raquitismo.

  • Tipos patolgicos de traxChato O dimetro ntero-posterior bem menor que o dimetro transverso.A parede anterior perde a convexidade,o ngulo de Luis fica mais avantajado. Defeito congnito ou doena caquetizante. Em sinoAumento exagerado da parte inferior.Comum nas ascites ou hepatoesplenomegalias. Cifoescolitico ou escolitico Defeito congnito ou adquirido por tuberculose, raquitismo, traumatismo, poliomielite, etc- Ciftico - curvatura da coluna dorsal

  • Forma Torcica

  • Forma Torcica

  • Forma Torcica

  • UnilateraisAbaulamentos(derrame pleural/base)Retraes do hemitrax

    Deformidades:

  • Deformidade unilateral

  • Tipo respiratrioRitmo respiratrioTiragemFrequncia respiratriaAmplitude dos movimentos respiratriosExpansibilidade dos pulmes

    Inspeo dinmica

  • Tipo respiratrioP ou sentado: torcica ou costal- metade superior do trax

    Deitado: diafragmtica- metade inferior do trax- andar superior abdome

  • RitmoPara analis-lo deve-se observar por no mnimo 2 minutos a seqncia, a forma e a amplitude das incurses respiratrias

    A inspirao dura quase o mesmo tempo da expirao,sucedendo-se os dois movimentoscom a mesma amplitude,intercalados por leve pausa

  • RitmoAnormalidades:Cheyne-StokesBiotKussmaulSuspirosaDispnica

  • alteraes cclicas de hiperpnia com diminuio da amplitude at apnia, repetindo-se a mesma seqncia (AVC, ICC,hipertenso intracraniana)

  • amplitude varivel com perodos de apnia ( meningite, coma )

  • inspiraes profundas seguidas de pausas, com expiraes curtas tambm seguidas de pausas (cetoacidose diabtica)

  • Movimentos respiratrios interrompidospor suspiros (tenso emocional e ansiedade)

  • movimentos amplos e rpidos(ICC, DPOC, Asma)

  • Tiragem leso pulmonar, geralmente sub-oclusiva faz com que o parnquima correspondente entre em colapso e a presso negativa tornando-se maior provoca retrao dos espaos intercostais

  • Frequncia respiratria Adulto = normal 16 a 20 incurses por minuto eupnia

    Alteraes patolgicas:

    taquipnia -aumento da freqncia respiratria bradipnia -diminuio da freqncia respiratria apnia - ausncia da freqncia respiratria

  • PalpaoAvaliar leses superficiais

    Expansibilidade

    Pesquisa do Frmito Traco-vocal (FTV)

  • Expansibilidade igual em regies simtricas, pode variar com o sexo

    mais ntida nas bases no homem e nos pices nas mulheres

  • Expansibilidade Manobra de Ruaut

    os pices pulmonares: coloca-se as mos nas fossas supra-claviculares e os dedos polegares unindo formando um ngulo. O normal observar a elevao das mos na inspirao profunda assimetria unilateral Ex.: derrame pleural, pneumonia, dor pleural, obstruo brnquica assimetria bilateral. Ex.: enfisema pulmonar

  • Expansibilidade-pices

  • Expansibilidade-regio mdia da face posterior

  • Expansibilidade- base pulmonar

  • Frmito traco-vocal

    Vibrao das cordas vocais transmitidas a parede tracica, melhor percebida com as mos espalmadas (ou face palmar)

    Mais intenso a direita e bases pulmonares.

  • Frmito Afeces pleurais: reduo do frmito

    Afeces do parnquima: aumento do frmito desde que exista permeabilidade brnquica

    Atelectasias: diminuio do FTV

  • FrmitoFrmito Brnquico- a percepo ttil da perturbao do livre trnsito do ar nos brnquios , pode ser observado em qualquer regio do trax. a percepo ttil dos roncos e sibilos

    Frmito Pleural- Consiste numa vibrao mais intensa no final da inspirao e no incio da expirao, a percepo ttil do que se ausculta no atrito pleural

  • PERCUSSAODigito-digital

    Percute-se hemitorax E , aps o direito, de cima para baixo2 etapa: percutir comparativa e simetricamente as vrias regies.

  • PERCUSSAOCapta sons ate 5 cm de profundidade

    Variaes da parede que interferem:-Obesidade,hipertrofia muscular, edema de parede

    Pode-se percutir diafragma e coluna vertebral (som claro atimpnico)

  • PERCUSSAOSons obtidos:Som Claro PulmonarSom TimpnicoSom Sub-macioSom MacioSom Hipersonoro

  • PercussoSom claro pulmonar- o som de um trax normal

    Hipersonaridade e timpanismo- produzido quando h exagero na quantidade de ar em relao a quantidade de tecido no trax. O som semelhante quele produzido ao se percutir uma vscera oca

  • PercussoSubmacicez e macicez ocorre quando o ar diminui para dar lugar a qualquer substncia com densidade de partes moles

  • AUSCULTAMtodo semiolgico bsico no exame fsico dos pulmes. funcionalExige silencio ambiental

  • AUSCULTATcnica:Examinador atrs do pacientePaciente bem posicionado, sem fletir a cabea nem troncoTrax despidoRespirar pausada/profundamente.Boca entreaberta/sem emitir rudo.

  • AuscultaUtilizar estetoscpioFace posterior do traxFaces lateraisFaces anteriores

  • AuscultaSons pleuro-pulmonares

    Sons normaisSons anormaisSons vocaissom traquealDescontnuos:estertores finos e grossosBroncofoniaegofoniaRespiraobrnquicaContnuos: roncos / sibilos/estridorPectoriloquia fnica e fonaMurmrio vesicularPleural:atritoRespiraobronco vesicular

  • Ausculta traqueal - audvel sobre a traquia, um rudo intenso (como se assoprasse dentro de um tubo)

    brnquico som traqueal audvel na zona de projeo de brnquios de maior calibre face anterior do trax, prximo ao esterno

    broncovesicular audvel : nas regies esternal superior, interescpulo-vertebral direita, 3 e 4 vrtebras dorsais

  • Ausculta Vesicular ou murmrio vesicular

    produzido pela turbulncia do ar ao chocar-se contra salincias das bifurcaes brnquicas.

  • EXAME DO TRAX E PULMESAUSCULTA

    SOPRO BRNQUICO

    Ausculta de respirao brnquica ou broncovesicular em reas perifricas dos pulmes

    Aumento da densidade do parnquima pulmonar por preenchimento dos espaos alveolares por lqdo

    Condensao pulmonar (pneumonia, atelectasia parcial, cavidade circundada por condensao, infarto pulmonar)

  • EXAME DO TRAX E PULMESAUSCULTA

    SOPRO TUBRIO

    Ausculta de som traqueal fora da rea de ausculta normal (reas de projeo da traquia) com intensidade maior

    Aumento da densidade do parnquima pulmonar por preenchimento dos espaos alveolares por lquido

    Condensao pulmonar (pneumonia, infarto pulmonar)

  • EXAME DO TRAX E PULMESAUSCULTA

    SOPRO PLEURAL

    derrame pleural

    audvel na rea de transio entre o parnquima pulmonar aerado e a interface lquida do derrame pleural maior transmissibilidade sonora

  • EXAME DO TRAX E PULMESAUSCULTA

    SOPRO ANFRICO

    pneumotrax

    som extremamente agudo

  • EXAME DO TRAX E PULMESAUSCULTA

    RUDOS OU SONS ANORMAIS OU ADVENTCIOS

    sons que no existem em condies fisiolgicas normais e que aparecem quando ocorrem alteraes estruturais e das propriedades mecnicas pulmonares

    origem nas vias respiratrias ou nas pleuras

  • EXAME DO TRAX E PULMESAUSCULTA

    RUDOS OU SONS ANORMAIS OU ADVENTCIOS

    SONS ANORMAIS DESCONTNUOS E EXPLOSIVOS*estertores finos*estertores grossos

    SONS ANORMAIS CONTNUOS E MUSICAIS*roncos e sibilos*estridor

    SOM ANORMAL DE ORIGEM PLEURAL*atrito pleural

  • EXAME DO TRAX E PULMESSONS ANORMAIS DESCONTNUOS E EXPLOSIVOS

    ESTERTORESCrepitaocrackles=rales=crepitacions

    ESTERTORES FINOSESTERTORES GROSSOS

  • EXAME DO TRAX E PULMESSONS OU RUDOS ANORMAIS CONTNUOS E MUSICAIS

    RONCOS

    SIBILOS

    ESTRIDOR OU CORNAGEM

  • Rudos Adventcios contnuosRoncos vibraes das paredes brnquicas e contedo gasoso. Sons graves de baixa freqncia, contnuos, escutados nas vias areas maiores

    Sibilos vibraes das paredes bronquiolares e contedo gasoso.Sons agudos Ex.: bronquite, crises asmticas

    Estridor som produzido pela semi-obstruo da laringe ou traquia

  • Rudos Adventcios descontnuosEstertores finos ou Crepitantes - - auscultado no final da fase inspiratria- no se alteram com a tosseEx: pneumonia, edema agudo (fase inicial) Estertores grossos ou Subcrepitantes - - auscultado no incio da inspirao e toda expirao - alteram-se pela tosse. Ex: bronquites, bronquiectasias.

  • Som de origem pleural Atritos pleurais - sons do tipo frico ou grosseiros, causados por duas superfcies pleurais ressecadas que se movimentam uma sobre a outra

    -mais intenso na inspirao, regio axilar inferior

  • Ausculta da VozAuscultam-se a voz falada e cochichada

    O paciente vai pronunciando a palavra 33

    Os sons produzidos pela voz constituem a ressonncia vocal

    A ressonncia vocal constitui-se de sons incompreensveis

  • Ausculta da Voz

    RV aumentada:

    Broncofonia- ausculta-se a voz sem nitidez Pecterilquia Fnica ausculta-se a voz falada nitidamente Pecterilquia Afnica- ausculta-se a voz cochichada

    Egofonia broncofonia de qualidade anasalada e metlicacomparada ao balido da cabra

  • Ausculta da VozAumento da RV ou broncofonia Ex: condensao pulmonar

    Diminuio da RVEx: atelectasia , espessamento pleural, derrame pleural

  • Rudo respiratrio = vesicularRessonncia vocal normalFrmito toracovocal normal

  • Rudo respiratrio = brnquico ou broncovesicularRessonncia vocal aumentadoFrmito toracovocal aumentado