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Nossa relação com Deus Introdução Nossa principal necessidade: acertar nossas relações com os outros – de trabalho, amizade, entre marido e mulher, entre pais e filhos → Quando os compromissos são cumpridos, isso gera prazer na relação. Quando não são cumpridos, tristeza, e até o fim da relação. Entender essas relações e os compromissos envolvidos é capital para manter e gozar as relações. 1ª Transição → De que natureza é nossa relação com Deus? 1ª Leitura Dt 26.16-19 [Ler na Bíblia]. Elucidação Deuteronômio: seu conteúdo é composto de exortações, minúcias da lei, material litúrgico, organizado em três grandes discursos...

Sermão Dt 26

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Estrutura em esboço de sermão no capítulo 26 do livro de Deuteronômio. O tema é a natureza e exigências em nossa relação com Deus.

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Page 1: Sermão Dt 26

Nossa relação com Deus

Introdução

→ Nossa principal necessidade: acertar nossas relações com os outros

– de trabalho, amizade, entre marido e mulher, entre pais e filhos

→ Quando os compromissos são cumpridos, isso gera prazer na relação. Quando não são cumpridos, tristeza, e até o fim da relação.

→ Entender essas relações e os compromissos envolvidos é capital para manter e gozar as relações.

1ª Transição

→ De que natureza é nossa relação com Deus?

1ª Leitura

Dt 26.16-19 [Ler na Bíblia].

Elucidação

→ Deuteronômio: seu conteúdo é composto de exortações, minúcias da lei, material litúrgico, organizado em três grandes discursos...

a. A memória da saída do Egito e da campanha até a terra de Moab, sob a liderança de Moisés, com ênfase sobre o cuidado [caps. 1-4]

b. Uma vez trazido à memória o cuidado poderoso de Deus, Moisés evoca as determinações do pacto – a obediência [caps. 5-26]

c. Moisés adverte sobre bênçãos e maldições [cap. 27]

d. Faz declarações instrucionais finais [29-30] antes de afirmar a continuidade do pacto [caps. restantes]

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→ Esta sessão se inicia com a expressão “ouve!” [Dt 5.1] à qual se atrela “para que vivais”, completando a série: lembrai → sabei → cumpri → vivei.

→ Neste livro, conhecido como livro do pacto, Moisés faz recomendações sobre como viver em paz com o Deus que nos salvou.

Proposição

Nossa relação com o SENHOR é mediada por um pacto (AT). Esse pacto implica

(ST) dois compromissos (PC): (1) que fazemos dEle nosso Deus, ouvindo a sua

voz; (2) que Ele fará de nós o seu povo, comprazendo-se em nós.

Ora, conquanto (a) ouçamos Sua voz

(b) e em nós tenha Ele prazer

(c) mas isso depende da mediação de Cristo

Então, (d) Ele será o nosso Deus

(e) e nós seremos o seu povo

2ª Transição

→ O que significa cada elemento dessa aliança?

Primeiro Ponto: O Senhor chama para uma relação de amor

→ O Senhor tem a iniciativa

– chamou Adão [Gn 2], Noé [Gn 9], Abraão [Gn 17], Moisés [Ex 20], Davi [2Cr 13], e chama o povo para uma nova aliança [Is 59]

→ A natureza da aliança é a mesma, uma relação de mútuo pertencimento

– “Eu serei o seu Deus e vocês serão o meu povo”

Gn 17.7 [estabelecerei o meu pacto contigo e com a tua descendência depois de ti em suas gerações, como pacto

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perpétuo, para te ser por Deus a ti e à tua descendência depois de ti]

2Co 6.16b [Pois nós somos santuário de Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo]

→ Essa aliança depende de que Israel atenda à sua voz – obedeça

– essa obediência deve ser sincera, em amor

Dt 10.12,13 [Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor teu Deus requer de ti, senão que temas o Senhor teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma, que guardes os mandamentos do Senhor, e os seus estatutos, que eu hoje te ordeno para o teu bem?]

– Deus nos chama para uma relação de amor!

Primeira Ilustração: [Dt 8.5]: “Saberás, pois, no teu coração que, como um homem corrige a seu filho, assim te corrige o Senhor teu Deus”.

Primeira Repetição: Deus nos chama para um vínculo profundo de amor, mas de um amor que cuida e, portanto, faz exigências.

Primeira Aplicação: Os mandamentos, estatutos e juízos correspondem a uma dimensão do Seu cuidado, devem ser abraçados com alegria.

Segundo Ponto: Dependemos de Cristo para essa relação de amor

→ Apesar do amor, Israel não quis ouvir Suas palavras

Jr 13.11 [Pois, assim como se liga o cinto aos lombos do homem, assim eu liguei a mim toda a casa de Israel, e toda a casa de Judá, diz o Senhor, para me serem por povo, e por nome, e por louvor, e por glória; mas não quiseram ouvir]

– desse modo, Israel violou o Seu pacto

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Jz 2.20b [Porquanto esta nação violou o meu pacto, que estabeleci com seus pais, não dando ouvidos à minha voz]

→ Ora, aquele era um pacto de lealdade – verbos no causativo – mútuo na realização – uma parte causa as declarações da outra parte [cf. vv 17 e 18]

– Essa aliança, nesse momento já havia sido quebrada

– O texto narra, na verdade, um ritual de renovação da aliança: a lei é lida e o povo se pronuncia conforme já havia feito [v. 16]

Dt 4.45 [estes são os testemunhos, os estatutos e os preceitos que Moisés falou aos filhos de Israel, depois que saíram do Egito]

→ Esta aliança foi estabelecida ao pé do Horebe/Sinai e selada com sangue

Ex 24.3-8 [Ler na Bíblia]

– metade do sangue sobre o altar e metade sobre o povo deveria

– indicar tipo de união povo/Deus – violar o pacto, abominação!

– o sangue aspergido sobre o povo deveria purificá-lo para o pacto, mas o povo nunca foi capaz de se manter puro, porque

Dt 29.4 [o Senhor não lhes deu coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até o dia de hoje]

– por isso prometeu

Dt 18.15 [O Senhor teu Deus te suscitará do meio de ti, dentre teus irmãos, um profeta semelhante a mim; a ele ouvirás]

Jr 31.31-34 [Ler na Bília]

→ Assim vemos que a aliança aponta para Cristo, aliás, mais ainda, a necessidade de que a aliança seja renovada

– a expressão “sangue da aliança” ocorre ainda em [Mt 26.28; Mc 14.24], quando Cristo fala do seu próprio sangue

– e em texto paralelo, ocorre a expressão “nova aliança” em [Lc 22.20]

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Segunda Repetição: A relação que devemos ter com Deus é a relação para a qual Cristo nos capacita. É Cristo quem nos leva a Deus

Segunda Aplicação: Não podemos compreender a natureza de nossa relação com Deus sem conhecer a Cristo e sua obra.

Terceiro Ponto: Cristo é o mediador da nova aliança

→ Cristo é aquele em quem esta aliança se consuma, porque

– Ele presta em nosso lugar a perfeita obediência e cumpre toda a lei

Rm 10.4 [Pois Cristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê]

– Ele nos faz ouvir, pelo que se produz, em nós a fé necessária

Rm 10.17 [a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo]

– Antes, Ele é que é exaltado

Fl 2.9 [Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome]

– Com quem somos co-herdeiros e seremos glorificados

Rm 8.16-17 [O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados]

– Por essa razão, o tempo dessa aliança é sempre Hoje [cf. vv. 16-18]

Hb 3.12-14 [Vede, irmãos, que nunca se ache em qualquer de vós um perverso coração de incredulidade, para se apartar do Deus vivo; antes exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; porque nos temos tornado

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participantes de Cristo, se é que guardamos firme até o fim a nossa confiança inicial]

Terceira Ilustração: “história do balaio de São João”

Terceira Repetição: Cristo, efetivamente e eficazmente, entre nós e Deus.

Terceira Aplicação: (a) Ele obedeceu em nosso lugar e (b) nos ensina a obediência; (c) Deus em nós se compraz e nos exalta por meio dEle; por isso (d) não nos distanciemos de Deus por nos acharmos indignos.

Discriminação:

Ao crente,

É preciso buscar a intimidade com Cristo, escondendo-se atrás de sua justiça, praticando a sua palavra, para achar a intimidade com Deus.

Ao descrente,

É tempo de compreender que fora da aliança com Deus, por meio de Cristo, não há vida. Hoje é o tempo de ouvir a sua voz

Conclusão: a verdadeira e completa aliança com Deus

→ Sendo Cristo de Deus e nós de Cristo

– somos povo de Deus em Cristo: pertencemos a Ele

→ Sendo Cristo nosso, e Deus de Cristo

– Deus é nossa herança em Cristo, Ele é nosso Deus.