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Serviço Social e Bioética

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Descobri que em nossa área social, será muito importante entender sobre estes assuntos urgentes e polêmicos que norteiam nossa realidade atual, pois ao parar e pensar a questão da ética nas ciências e novas tecnologias da medicina , entendi que há uma enorme falta de ética profissional, e esta não se detém só em manipular embriões, ou na questão da legalização do aborto e da eutanásia, etc,. Mas também nos remete a falta de acesso a estas novas tecnologias...

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Serviço Social e Bioética

Descobri que em nossa área social, será muito importante entender sobre estes

assuntos urgentes e polêmicos que norteiam nossa realidade atual, pois ao parar e pensar a

questão da ética nas ciências e novas tecnologias da medicina , entendi que há uma enorme

falta de ética profissional, e esta não se detém só em manipular embriões, ou na questão da

legalização do aborto e da eutanásia, etc,. Mas também nos remete a falta de acesso a estas

novas tecnologias, como nos alerta Reinaldo:

Países Latinos Americanos, a simples axistência da alta tecnologia e de centros avançados de cuidado biomédico levantam questões sobre a discriminação e a injustiça na assistência publica de saúde. Interrogações giram em torno não de como se usam as novas tecnologias, mas de quem tem acesso a elas (...) na América Latina, a bioética tem um encontro obrigatório com a pobreza e com a exclusão social (SILVA, Reinaldo pereira, 2002 pág.164).

Por questões financeiras, muitas pessoas são privadas de suas vidas e não são

atendidas na sua dignidade humana, Exemplo: Na Europa, a mídia noticiou há poucos dias a

grande quantidade de pessoas ligadas às máquinas e esta situação esta se tornando um

problema público (30 mil pessoas ligadas as máquinas), por ocasião de estas pessoas

possuírem mais poder aquisitivos. Nos países desenvolvidos a discussão da Bioética esta mais

voltada para restringir ou colocar limites ao grande desenvolvimento da ciência bioetica, pois

esta comprometida com o sistema capitalista, em contrapartida nos paises menos

desenvolvidos como o Brasil, por exemplo, a pauta de discussão, deve se voltar mais para o

campo social, pois pessoas são deixadas para morrer em filas enormes nos hospitais, onde não

lhes é prestado o atendimento mínimo, aí a eutanásia nem chega aos comitês bioeticos pois a

sentença de morte é rápida para dar lugar/leito, para outros. Nas maternidades brasileiras o

problema não é a legalização do aborto, e sim o foco está na falta de higiene básica que leva a

óbito muitas crianças recém nascidas por infecção hospitalares, erros médicos por descaso

com a vida humana, ou por excesso de trabalho e má remuneração a estes médicos que

trabalham tanto.

Então de quem é a culpa? Do Estado? Dos Profissionais da ciência médica? Ou

devemos nos perguntar se a culpa não é um pouco de cada um de nós, principalmente dos

novos profissionais que entrarão no mercado, e que entendem que estes assuntos são

irrelevantes para suas carreiras???

Nós, estudantes do Serviço Social, da Medicina, da Enfermagem, do Direito, e de

todas as áreas, se vamos trabalhar com pessoas humanas, devemos sim estarmos aptos, e

conscientes destas novas realidades que se nos descortina, e não devemos tapar os olhos ou

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nos deixarmos vencer pela preguiça, pois entendo que quando uma pessoa opta por uma

profissão que vai lidar com seres humanos, o mínimo que se espera é que a amamos.

Finalizo este apelo para o despertar da interdisciplinaridade na questão da Bioética

com uma citação de Reinaldo, grande defensor da “Ética do Amor”:

O amor descortina, então, um promissor horizonte para a reflexão bioética de caráter personalista, tendo-se em conta que “os pequenos gestos de amor são sementes de florestas

de esperança”.

SILVA, Pereira e Reinaldo. Introdução ao Biodireito Investigações político-juridicas sobre o estatuto da concepção humana, Editora LTr São Paulo , 2002.

Ana Claudia L. da Silva , Graduando do Serviço Social PUCRS.

Canoas, 17 de Fevereiro de 2009.