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1 ----SESSÃO ORDINÁRIA NÚMERO QUATRO.-------------- ----ATA NÚMERO SEIS.----------------------------- ----Aos vinte e sete dias do mês de junho de dois mil e catorze, nesta cidade de Estarreja no Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelas vinte horas e quarenta e cinco minutos, reuniu a Assembleia Mu- nicipal de Estarreja em sessão ordinária, sob a Presidência do senhor Carlos Augusto Oliveira Va- lente, Presidente da Assembleia Municipal e com a presença dos Membros eleitos: Diamantino Alberto Garrido Correia – PS; Arminda Paula Moutela Bran- dão PPD/PSD-CDS-PP; António Amador da Silva Este- ves - CDU-PCP-PEV; Patricia Raquel Rodrigues Cou- to - PS; Carlos Albérico Amorim Alves - PPD/PSD- CDS-PP; José Augusto da Luz Matos - PPD/PSD-CDS- PP; Alexandra Adelaide Pires Mortágua – PPD/PSD- CDS-PP; Luís Miguel da Silva Mendonça – PS; Carla Sónia de Sá Cabique Martins – CDU (PCP-PEV); Hél- der Fernando de Matos Rodrigues - PPD/PSD-CDS-PP; Lúcia Maria de Almeida Araújo – PS; Joel António Marques Pereira – PS; António Manuel da Silva Es- teves - PPD/PSD-CDS-PP; Rui Jorge de Oliveira Pi- nho e Silva – PS; Tiago Miguel Valente Varum - PPD/PSD-CDS-PP; Américo Rodrigues Soares – CDU- PCP-PEV e os Presidentes das Juntas de Freguesia

SESSÃO ORDINÁRIA NÚMERO QUATRO.-------------- · tuadas na sessão DE 22.11.2013, solicita que se proceda à rectificação das mesmas e se proceda a uma alteração por incompatibilidade

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----SESSÃO ORDINÁRIA NÚMERO QUATRO.--------------

----ATA NÚMERO SEIS.--------------------------- --

----Aos vinte e sete dias do mês de junho de dois

mil e catorze, nesta cidade de Estarreja no Salão

Nobre dos Paços do Concelho, pelas vinte horas e

quarenta e cinco minutos, reuniu a Assembleia Mu-

nicipal de Estarreja em sessão ordinária, sob a

Presidência do senhor Carlos Augusto Oliveira Va-

lente, Presidente da Assembleia Municipal e com a

presença dos Membros eleitos: Diamantino Alberto

Garrido Correia – PS; Arminda Paula Moutela Bran-

dão PPD/PSD-CDS-PP; António Amador da Silva Este-

ves - CDU-PCP-PEV; Patricia Raquel Rodrigues Cou-

to - PS; Carlos Albérico Amorim Alves - PPD/PSD-

CDS-PP; José Augusto da Luz Matos - PPD/PSD-CDS-

PP; Alexandra Adelaide Pires Mortágua – PPD/PSD-

CDS-PP; Luís Miguel da Silva Mendonça – PS; Carla

Sónia de Sá Cabique Martins – CDU (PCP-PEV); Hél-

der Fernando de Matos Rodrigues - PPD/PSD-CDS-PP;

Lúcia Maria de Almeida Araújo – PS; Joel António

Marques Pereira – PS; António Manuel da Silva Es-

teves - PPD/PSD-CDS-PP; Rui Jorge de Oliveira Pi-

nho e Silva – PS; Tiago Miguel Valente Varum -

PPD/PSD-CDS-PP; Américo Rodrigues Soares – CDU-

PCP-PEV e os Presidentes das Juntas de Freguesia

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de: Avanca, Beduído e Veiros, Canelas e Fermelã,

Pardilhó e Salreu, com a seguinte ordem do dia:

----1.- Aprovação da acta nº 4/14, de 30.04.2014;

----2.- Período Antes da Ordem do Dia;-----------

----3.- Período da Ordem do Dia:-----------------

----3.1.- Apreciação de informação escrita do Ex-

mo. Senhor Presidente da Câmara Municipal acerca

da actividade do município e da respectiva situ-

ação financeira;---------------------------------

----3.2.- Autorização da “Reafectação de verbas

de financiamento bancário – adenda ao contrato de

empréstimo de médio e longo prazo, para financia-

mento de diversos projectos de investimento ins-

critos no PPI - 2012, celebrado com a Caixa de

Crédito Agrícola Mutuo de Estarreja, CRL”;-------

----3.3.- Discussão e votação da “Adesão do Muni-

cípio de Estarreja ao Pacto de Autarcas”.--------

----3.4.- Apresentação, discussão e votação da

proposta do Grupo de Trabalho da Saúde;----------

----4.- Período de Intervenção aberto ao Públi-

co.----------------------------------------------

----Estiveram presentes, o Senhor Presidente da

Câmara e os seguintes Vereadores: João Carlos

Teixeira Alegria, Fernando Manuel Mendonça Alber-

garia Matos e Madalena Maria Trindade Coelho Bal-

3

ça.----------------------------------------------

----Declarada aberta a sessão e após cumprimentos

aos presentes, o Presidente da Mesa leu os pedi-

dos de justificação de faltas, apresentados pelos

seguintes Membros: José Gonçalo Rebocho Silva e

Costa (PS), Ricardo Jorge Lopes Fernandes (PS),

Miguel Ângelo Almeida Santos (PPD/PSD) e Joana

Raquel Figueiredo Líbano (PPD/PSD),tendo sido

substituídos por: Luísa Soares Henriques (PS),

Ana Isabel Tavares Carinha (PS), Maria Arminda

Guimarães Correia Leite (PPD/PSD) e Carlos Vitor

Marques Figueira (PPD/PSD), respetivamente, e que

se encontram presentes na sala, após verificação

da respectiva legitimidade.------------

----Em seguida, passou-se de imediato à discussão

dos assuntos constantes da ordem de trabalhos que

foi distribuída a todos os membros, em con-

formidade com o nº2 do Artº 53º da Lei nº75/2013,

de 12 de Setembro.-------------------------------

--

----1.- Aprovação da acta nº 4/14, de 30.04.2014.

----Foi dispensada a leitura da ata da reunião em

epígrafe, cujo texto foi previamente distribuído

por todos os Membros da Assembleia e das delibe-

4

rações aprovadas em minuta, de acordo com a dis-

posição legal que permite tal procedimento. -----

----DIAMANTINO GARRIDO CORREIA (PS):- Usando da

palavra, questionou que, nas votações a (favor,

contra e abstenções), fossem mencionados os nomes

dos membros.-------------------------------------

----Colocada a ata nº 4/14 à votação, a mesma foi

aprovada por maioria, com 21 votos a favor; zero

votos contra e 4 abstenções. Américo Rodrigues

Soares (PCP), António Amador da Silva Esteves

(PCP), Carlos Vitor Marques Figueira (PPD/PSD) e

Ana Isabel Tavares Carinha (PS), abstiveram-se,

devido ao facto de não terem estado presentes na

referida sessão.---------------------------------

----LUÍS MIGUEL DA SILVA MENDONÇA (PS):- Usando

da palavra, referiu que, devido ao facto de terem

sido incorrectamente anotadas as nomeações efec-

tuadas na sessão DE 22.11.2013, solicita que se

proceda à rectificação das mesmas e se proceda a

uma alteração por incompatibilidade de horário:

Comissão de Economia e Finanças : Efetivos:- Mi-

guel Mendonça e Rui Silva; Suplentes:- Patrícia

Couto e Diamantino Correia. Comissão Permanente:

Efetivos:- Diamantino Correia e Ricardo Fernan-

des; Suplentes:- Miguel Mendonça e Gonçalo Costa.

5

Comissão para o Associativismo, Cultura, Desporto

e Ação Social :- Efetivos:- Gonçalo Costa e Joel

Pereira; Suplente: Rui Silva. Conselho Municipal

da Juventude : Efectivo:- Patricia Couto. A Assem-

bleia Municipal tomou conhecimento.--------------

----2.- PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA:-----------

----AMÉRICO RODRIGUES SOARES (PCP):- Intervenção

escrita “É sempre gratificante termos a sala re-

pleta de público que aqui veio para assistir e

participar nos nossos trabalhos. Para o público

aqui presente, as minhas saudações e dizer que

sempre e em especial quando se sentem ameaçados

devem vir a esta vossa casa e exigir que aqueles

que vos representam na autarquia resolvam os pro-

blemas que vos estão a ser criados. A minha in-

tervenção vai ser muito breve. Só meia dúzia de

constatações. Primeiro, fazer uma queixa ao Sr.

Presidente da Câmara: A AdRA reparou as ruas que

tinha esventrado, todavia, a estrada N224-3, no

lugar do Campo e na passagem inferior da A1, tem

um troço de cerca de 50 metros que ficou por re-

parar, o que tem originado acidentes com motoci-

clos e criado situações de perigo aos carros que

aí circulam. Já lá vai um ano e a situação man-

tem-se. Esta situação parece que está para durar.

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Agora entra o governo: Meus senhores, cada dia

que passa a situação do país agrava-se. Sempre

que ouço o governo e em especial o Sr. Primeiro

Ministro, fico indignado. Como é possível afirmar

hoje para contradizer amanhã e isto é uma cons-

tante, é uma doença que afecta todo o governo e

ninguém mexe uma palha. Como é possível tanta

mentira! - O governo continua a governar contra a

Constituição e o Sr. Presidente da República con-

tinua a dar-lhe cobertura.- Continua a chantagem

do Governo da coligação PSD/CDS sobre o Tribunal

Constitucional. - Continua o ataque aos funcioná-

rios públicos, aos reformados, aos desempregados,

aos trabalhadores em geral. E mais grave ainda,

tenta-se pôr portugueses contra portugueses! -

Continua a febre das privatizações e tudo com

muita urgência, antes que o governo caia. Desta

vez é a EGF, é o negócio dos Resíduos Sólidos Ur-

banos. A CDU tem uma moção sobre a privatização

da EGF que apresentará a esta Assembleia. - Até ao

início do próximo ano lectivo serão encerradas

mais de 300 Escolas do ensino Básico. O governo

diz que é para facilitar a vida aos alunos e aos

encarregados de educação. Esta é mais uma das me-

didas que conduz à desertificação do interior do

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país. Três serão encerradas no nosso Concelho.

Sobre isto, a CDU tem uma moção para apresentar a

Esta Assembleia.- Continua o ataque ao Hospital

Visconde de Salreu, ao Serviço Nacional de Saúde

e ao Estado Social em geral, tema que será discu-

tido nesta Assembleia. O escândalo com os bancos

continua. Desta vez foi o inimputável Dr. Ricardo

Salgado, banqueiro de sucesso, que veio solicitar

ao governo um empréstimo de milhares de milhões

de Euros para salvar o BES da falência. Agora, o

governo diz que não, mas vão arranjar maneira de

dar a mão ao amigo e confrade. Depois o povo pa-

ga. É fundamental que os pobres ajudem os ricos e

donde se conclui que sem pobres não há ricos. O

sistema capitalista e liberal é assim. Tal

qual!”-------------------------------------------

----CARLA SÓNIA DE SÁ CABIQUE MARTINS (PCP):-

Intervenções escritas: ”Uma vez que o acórdão do

Tribunal Constitucional decidiu deixar em aberto

a possibilidade de as Câmaras decidirem, cada uma

por si, manter o horário de 35 horas semanais

através de negociação de acordos coletivos de

trabalho com os sindicatos, algo que tem vindo a

ser feito por algumas autarquias e que no nosso

distrito constam já 9 municípios, gostaríamos de

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questionar o Sr. Presidente de Câmara de qual a

postura defendida por este executivo e se existem

ou não negociações com os sindicatos sobre esta

matéria”. “Fomos confrontados esta semana com

mais uma listagem de escolas a encerrar, algo que

não nos surpreende, uma vez que nos últimos anos,

desde o governo do PS que o número de escolas di-

minui drasticamente de ano para ano. Nós sempre

defendemos que as escolas não podem encerrar ten-

do por base uma postura meramente economicista

sem qualquer sensibilidade aos transtornos cria-

dos às famílias e restante comunidade escolar e

muito menos com a preocupação pedagógica. Mas

muito nos indigna a resolução tomada do encerra-

mento de 3 escolas no Concelho onde nenhuma delas

tem menos de 21 crianças, como é hipoteticamente

defendido pelo Ministério da Educação e com o

qual não poderemos de forma alguma concordar ou

apoiar tal medida cega e economicista. Conscien-

tes que a carta educativa aprovada em 2007 em re-

união de Câmara pelo PS/CDS/PSD e na Assembleia

Municipal com o voto contra do PCP, contemplava o

encerramento destas escolas, refutamos a ideia de

que a mesma é um documento aberto e como tal pos-

sibilita a integração de escolas de pequena di-

9

mensão desde que a comunidade escolar assim o en-

tenda, dando a liberdade de escolha a muitos pais

de encontrar a escola para os seus filhos de

acordo com os seus princípios e formas de estar,

mantendo as suas ligações familiares e com as co-

munidades, não passando necessariamente por esco-

las de grandes dimensões. Perante este quadro e

como forma de apoiar os pais que não concordam

com esta decisão, elaboramos a moção que solici-

tamos ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal a

sua leitura levando-a à votação nesta Assem-

bleia”.------------------------------------------

----CARLOS ALBÉRICO DE AMORIM (PPD/PSD): Inter-

venção escrita – “Antes de iniciar esta minha in-

tervenção, gostaria de saudar o regresso da nossa

2.ª secretária. Já sentíamos a sua falta! No pas-

sado dia 25 de maio, realizaram-se as eleições

para o parlamento europeu. Alguns dias antes, ti-

vemos oportunidade de ler na comunicação social

local, um artigo, onde se liam algumas frases

fortes, como as que de seguida tomo a liberdade

de citar: São eleições que “…ainda que alguns as

tentem desvalorizar, são (eram) de extrema impor-

tância para todos nós”. Estas eleições provocari-

am “sérias implicações nacionais e locais”.

10

“ Mais do que qualquer manifestação de rua ou de-

sabafos nas redes sociais, as eleições são o mo-

mento certo para podermos fazer valer o efeito

demolidor do nosso voto”. “A nível local, as

eleições para o parlamento europeu serão de ex-

trema importância”. “No dia 25 de maio, é este

governo de coligação (local e nacional) que vai a

votos!” Por isso, alguns teriam “ muita curiosida-

de para ver a punição que irá dar o eleitorado

português ao PSD e ao CDS ”. E mais curiosos esta-

riam, “em ver a resposta que os Estarrejenses vão

dar a este governo e à coligação ”. De facto, en-

tendiam, “os Estarrejenses só tinham uma forma de

mostrar o seu descontentamento e a sua revolta:

mostrarem, pela primeira vez na vida, que os seus

problemas são bem maiores do que qualquer eventu-

al simpatia partidária, punindo exemplarmente a

coligação PSD-CDS.” Diziam, que “ os Estarrejenses

não tinham outra via, nem teriam outra oportuni-

dade tão cedo!” “Se a coligação PSD-CDS ganhar

outra vez em Estarreja, significa que os Estarre-

jenses concordam com o que o governo local e Na-

cional nos estão a fazer!” Pois o povo VOTOU! O

povo usou o efeito DEMOLIDOR do seu voto!!! Para

11

nós, o povo foi SOBERANO! Para outros, o povo foi

“ MASOQUISTA”. Fazendo a vontade aqueles que pe-

diam que estas eleições Europeias fossem utiliza-

das para que os Estarrejenses fizessem o plebis-

cito da gestão autárquica do PSD e do CDS, o povo

pronunciou-se, mais uma vez INEQUIVOCAMENTE! Se a

nível Nacional o PS venceu as eleições (e mesmo

assim, há quem peça a cabeça de António José Se-

guro – quiçá por ter ganho), em ESTARREJA, a co-

ligação venceu! E ao contrário do que pode dizer

legitimamente António José Seguro, o PS em Estar-

reja não ganhou! Mais uma vez, o PS … PERDEU! A

nível Nacional, o PS pediu que o PSD e o CDS ti-

rassem as devidas ilações politicas (porque per-

deram para o PS por menos de 4%). A nível local,

tirámos as ilações politicas, e só podemos con-

cluir que os Estarrejenses estão de acordo com o

trabalho desenvolvido com este executivo! Gos-

taríamos apenas de ressalvar (E ISTO É MUITO

IMPORTANTE) que o Dr. Diamantino Sabina foi subs-

tituído na liderança da CPS do PSD em 31 de Maio,

apenas e só pelo facto de as eleições para o ór-

gão local estarem marcadas já de data anterior às

eleições, conjugado com a obrigação estatutária

de Diamantino Sabina não se poder recandidatar a

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nova presidência da CPS. Nada tem a ver com con-

sequências POLITICAS retiradas do ato eleitoral,

nem com o facto de o Dr. Diamantino Sabina ter

sido contestado internamente por a coligação PSD-

CDS ter vencido AS ELEIÇÕES em Estarreja! Os mi-

litantes do PSD, em Estarreja, não estão habitua-

dos a questionar a liderança de quem ganha, quan-

to muito, podem contestar a liderança de quem

perde! Mas não foi só o PSD que fez a sua leitura

dos resultados eleitorais. Outros também terão

feito a sua leitura, e ter-se-ão questionado so-

bre, por exemplo: O facto de a coligação ter con-

seguido mais 9% dos votos do que o PS! O facto de

a coligação ter tido 700 votos a mais que o PS! O

facto de em Pardilhó, a coligação ter tido mais

votos que o PS e a CDU juntos! Os 120 votos que a

coligação teve em Salreu a mais do que a soma da

CDU e PS. Julgamos, pois, que está saciada a cu-

riosidade daqueles que esperavam um terramoto

eleitoral para a coligação em terras de Estarre-

ja! A coligação, não foi punida! Outros terão si-

do efetivamente punidos. E essa punição ainda é

maior quando se constatou que o líder concelhio

do PS Estarreja desafiou exatamente os estarre-

jenses a punirem a coligação, antecipando inclu-

13

sivamente leituras da resposta que o eleitorado

podia/devia dar. Mas em conclusão, e para termi-

nar: A Coligação tirou as suas ilações dos resul-

tados eleitorais e só podemos estar gratos pela

inteligência que os Estarrejenses têm vindo sis-

tematicamente a demostrar sempre que são chamados

a VOTAR. Também não nos fica mal agradecer aque-

les que tentaram confundir o eleitorado, dizendo-

lhes que as eleições europeias deviam ser utili-

zadas como uma forma de “punir exemplarmente a

coligação que governa a autarquia”! Creio que foi

este apelo que levou às urnas muitos eleitores

que contavam ficar em casa, não indo votar, e ao

lerem este apelo, optaram por ir votar, mostrando

que CONFIAM na coligação, e que não pretendiam a

derrota eleitoral da coligação nestas eleições,

inviabilizando assim, e também, que se fizessem

interpretações abusivas e ilegítimas como aquelas

que alguns pretendiam fazer!”--------------------

----TIAGO MIGUEL VALENTE VARUM (PPD/PSD):- Inter-

venção escrita “O país vive uma fase de retração,

receios, tristezas e algum comodismo, os agentes

políticos no geral estão desacreditados aos olhos

da população. Mas em Estarreja não se vive este

problema. O arrojo das medidas tomadas, mostram

14

muito mais do que querer mudar, mostram querer

mais para Estarreja. Mostram visão ampla, e não

limitada no passado, mostram preocupação pelas

pessoas e associações, mostram vontade de afirmar

e ligar as pessoas ao seu município. Falo-vos

concretamente no que respeita às FESTAS DE SANTO

ANTÓNIO, DA CIDADE E DO MUNICÍPIO DE ESTARREJA,

da mudança de local das tasquinhas, da praça

francisco barbosa para o Parque Municipal do An-

tuã. O arrojo desta medida não foi tão grande

quanto a inicial resistência de alguns acomoda-

dos, alguns que são contra tudo, alguns que per-

dem regalias, ou mesmo tão grande quanto a confi-

ança deste executivo em levar avante uma medida

inovadora. O resultado foi visto e vivido por mi-

lhares de Estarrejenses que viveram este período

festivo do nosso município. Os comerciantes deco-

raram por sua espontânea vontade as ruas, as fa-

mílias multiplicavam-se em elogios, as crianças

brincavam no parque, e a juventude fixou-se em

Estarreja a viver e a conviver neste período, as

associações renderam-se ao receio inicial, vendo

os seus lucros superar as espectativas. É portan-

to com enorme gosto que o Partido Grupo Municipal

da Coligação PSD/CDS vem aqui hoje prestar o re-

15

conhecimento à perseverança deste executivo, que

acreditou nas suas convicções do que seria melhor

para Estarreja, sujeitando-se a críticas, ouviu e

decidiu da melhor maneira, vendo o posterior re-

conhecimento publico. Pedimos no entanto que seja

feita uma avaliação dos aspetos menos positivos,

ouvindo as coletividades, normais em ano de es-

treia, para que no futuro possam ser corrigidas,

mantendo os patamares de qualidade que atingimos

este ano”.---------------------------------------

----RUI JORGE OLIVEIRA PINHO E SILVA (PS) :- In-

tervenção escrita – “ Pegando na famosa listagem

de encerramento de escolas que o atual Governo,

composto pelas mesmas cores políticas que a coli-

gação autárquica Estarrejense decidiu publicar

recentemente: tendo em conta que em Estarreja se

prevêem encerrar 3 escolas; tendo em conta as de-

clarações do Secretario de Estado da Educação que

referiu que, havendo mais de 21 alunos, só encer-

rariam as escolas que as câmaras entendessem de-

ver fechar; sabendo-se que há câmaras que estão

já a desenvolver mecanismos jurídicos e ações de

protesto no sentido de evitar os encerramentos; O

Grupo Municipal do Partido Socialista pretende

saber: - quantas destas escolas de Estarreja, cu-

16

jo fecho se anuncia, têm menos de 21 alunos? Ne-

nhuma? - qual a posição do Presidente da Camara

sobre estes 3 encerramentos anunciados, - que

contactos houve até agora com o governo no senti-

do de se evitar estes fechos. E solicitamos desde

já o acesso à troca de emails ou correspondência

que tenha existido por parte da Câmara com as es-

truturas do Ministério da Educação no sentido de

evitar este fecho. - que posições publicas e

ações de protesto tem a Câmara previstas para fa-

zer face a esta decisão do governo? Mais do que

uma simples questão de transporte de alunos que a

Autarquia veio ontem mesmo e diga-se, à pressa

afirmar não puder garantir, o que está em causa,

no caso de por exemplo Fermelã que é um lugar pe-

riférico do município, é uma situação ainda mais

grave porque que se junta a um conjunto de encer-

ramento de serviços que tem acontecido nesta fre-

guesia, salientando-se aqui que o encerramento

desta escola, acabará por significar também o en-

cerramento por falta de crianças, do ATL que fun-

ciona no Centro Social, colocando em risco a sus-

tentabilidade e consequentemente a existência

desta IPSS. E aqui não podemos deixar de relem-

brar que ainda numa das últimas Assembleias da

17

bancada da Coligação havia muita preocupação num

caso muito específico de um ATL que curiosamente

é privado, o que torna um caso de uma IPSS ainda

mais preocupante. Acresce ainda que se saiba esta

IPSS não funciona numa qualquer garagem. Ao não

defender de forma firme e decidida a continuidade

das três escolas em causa a câmara atentará con-

tra os interesses destas freguesias e muito espe-

cialmente de Fermelã e será co-responsável pelo

início do fim de um Centro Social. Acrescenta

ainda que, estando agora a Câmara a rever a carta

educativa, esta era uma excelente oportunidade

para consagrar definitivamente a permanência das

Escolas da Terra do Monte, de Stº Amaro e da Pó-

voa. Mas também não será de estranhar que quem

conseguiu acabar com algumas freguesias, quem

conseguiu acabar com algumas paragens dos princi-

pais comboios em Estarreja, quem está a acabar

com o Hospital Visconde de Salreu e que vai dei-

xando que o tribunal vá perdendo valências, por-

que é que não acabará também com uma carta educa-

tiva? Mais ainda estes factos relembram um outro

caso que aqui foi abordado e relacionado com a

Escola Egas Moniz de Avanca, perante conselhos ou

ameaças tão sinceras do Vereador João Alegria,

18

agora torna-se claro que a política do caladinho

e sossegado, aplica-se realmente ao cordeiro que

deve ficar caladinho até ao momento inevitável.

Aqui aplica-se às escolas, pois agora a bola pas-

sa para as mãos de todos e principalmente de to-

dos os que aqui estão presentes que não podem

deixar assuntos ser tratados na surdina. Deixo

ainda um desafio aos Presidentes das Juntas de

freguesia, façam-se ouvir. Ao vir aqui falar fa-

ço-o enquanto membro do Grupo Municipal do Parti-

do Socialista, mas faço-o como Pai e como ex-

presidente da Associação de Pais da Escola Padre

Donaciano que sempre foi contra a politica dos

mega agrupamentos e que sempre sofreu as pressões

e as ameaças do Senhor Vereador João Alegria, mas

que sempre falou e nunca seguiu pela politica do

Calado, pois o Calado nunca incomodou ninguém”.—

----PATRÍCIA RAQUEL RODRIGUES COUTO (PS):- Inter-

venção escrita – “Relativamente ao assunto das

tasquinhas o sr. Tiago Varum parece não estar bem

elucidado de todo o processo e portanto vou fazer

o favor de o esclarecer/elucidar. Assim para co-

meçar foi enviado às associações em 2 de maio um

e-mail a convocar as mesmas para uma reunião rea-

lizar no dia 6 de maio. Nesta reunião foi-nos

19

apresentado o programa das festas pelo sr. Verea-

dor João Alegria que incluía a realização de 2

fins-de-semana como é habitual sendo que este ano

iriam separar as festividades em 2 tipos. A mais

tradicional (mercado antigo, festival de folclo-

re, etc.) na Praça Francisco Barbosa e a mais po-

pular no parque municipal. Neste programa as tas-

quinhas estavam inseridas no segundo fim-de-

semana apenas e a sua localização e realização

seria no multiusos para 8 associações. Foi-nos

inclusivamente dado a conhecer o mapa com a dis-

tribuição das “barracas” bem como do espaço des-

tinado a cada coletividade. Logo de imediato fo-

ram levantadas várias vozes de protesto, pela

deslocalização das tasquinhas, por serem apenas

num único fim-de-semana e principalmente contra o

facto de passarem para dentro do multiusos, às

quais o sr. Vereador fez de conta nem ter ouvido

e tão pouco respondeu. Foi colocada diretamente a

questão ao sr. Vereador se esta deslocalização

para o multiusos era um assunto passível de dis-

cussão e/ou alteração ao que ele respondeu que

não. Foi bastante irredutível na reunião e não

respondeu a nenhuma das críticas, apenas respon-

deu ironicamente à questão de como controlar o

20

calor e o ruído dentro do multiusos com a seguin-

te expressão: ao menos não chove lá dentro. Foi

uma decisão irrevogável nesse dia. Mas depois

deixou de ser. E deixou de ser graças à irreve-

rência /não comodismo de alguns presidentes e

elementos das associações e coletividades. Gerou-

-se um grande alvoroço no facebook e foram tidas

bastantes conversas entre associações para se po-

der alterar pelo menos a realização das tasqui-

nhas dentro do multiusos. E assim, na quinta dia

8 de maio foi divulgada uma notícia/comunicado no

facebook do município para acalmar as hostes onde

dizia que as tasquinhas seriam realizadas no Par-

que municipal dando a entender a quem não estava

dentro do assunto que nunca tinham estado previs-

tas para dentro do multiusos. No dia 10 de maio

foi enviado então um e-mail com as normas de fun-

cionamento e a ficha de inscrição e que informava

que o local/espaço para a realização das mesmas

ainda estava a ser estudado mas que não se manti-

nha o multiusos. Este “voltar atrás” da CME foi

de facto uma vitória para quem se esforçou para

que as tasquinhas não se realizassem dentro do

multiusos pois o fracasso seria garantido. Agora

não venham exultar a autarquia pela brilhante

21

ideia de alterar o local pois se não fossem as

associações a “reclamar” nada disso teria aconte-

cido. O seu a seu dono. Com uns atropelos aqui e

ali podemos dizer que acabou por correr bem para

quem visitou o espaço das tasquinhas (pois estava

mais aprazível, com melhor aparência a nível de

higiene e limpeza). Resta saber se para quem lá

esteve a participar foi tão lucrativo como nos

outros anos em que se dividiam as tasquinhas por

2 fins-de-semana”.-------------------------------

----ANTÓNIO AMADOR DA SILVA ESTEVES ( PCP):- Usan-

do da palavra, colocou três questões: 1ª- sobre o

estacionamento na Praça Francisco Barbosa, refe-

rindo que o regulamento não foi bem aplicado e os

avisos não foram afixados, tendo a GNR começado a

multar; 2ª- sobre o apagão na EN 109, entre a Fre-

guesia de Avanca e Fermelã, questiona se foi por

motivos economicista; 3ª- sobre a Ribeira do Mou-

rão, referiu que foram plantadas árvores e que

todas elas estão secas, e que na zona de atraca-

mento, cada vez há mais lodo.--------------------

----DIAMANTINO SABINA (PRESIDENTE DA CM E):- To-

mando a palavra, agradeceu a presença do público,

pois a maioria desconhece o funcionamento e da

importância dos assuntos que se discute na Assem-

22

bleia Municipal. Respondeu às questões suscitadas

pelos seguintes membros: Américo Rodrigues – nas

visitas feitas às freguesias, saltou à vista que

tem a ver com as obras do Carvoeiro e que não é

competência da Câmara. Reconhece que não pode

continuar assim; Carla Cabique – sobre as 35 ho-

ras, o governo aprovou a lei para os funcionários

públicos trabalharem 40 horas; sobre a EGF (venda

de acções) a nossa posição é não vender; sobre o

encerramento das escolas – a nossa posição é pú-

blica, já em maio foi enviada comunicação sobre a

nossa oposição. A Carta Educativa foi aprovada

com determinadas directivas, referindo que o pú-

blico poderá depois colocar as suas questões. Ti-

ago Varum – relativamente às Festas de Santo An-

tónio, vão ser ouvidas as Associações/Cole-

tividades, para ser feita uma avaliação, para que

no futuro, possam ser corrigidos os aspectos me-

nos positivos; Patricia Couto – não houve nada a

esconder, a intenção inicial era realmente no

“Multiusos”, alterámos, porque ouvimos as pessoas

e encontramos alternativas, não foi por causa do

facebook; António Esteves – sobre o estacionamen-

to, o regulamento foi para uma parte mais cen-

tral, mais comercial, o preço é simbólico

23

(0,40€/hora); sobre as árvores na Ribeira do Mou-

rão, não são as únicas, pois em Veiros também es-

tão mortas, devido à subida de água salgada. O

projeto não é da Câmara, é do Polis da Ria.------

----De seguida, a Segunda Secretária da Mesa leu

duas Moções, apresentadas pelo PCP, que a seguir

se transcrevem:- 1ª Moção “ Pela Defesa dos Servi-

ços Públicos Contra a Privatização de Empresa Ge-

ral de Fomento (EGF), SA - O Poder Local Democrá-

tico há mais de três décadas tem contribuído para

o crescimento e desenvolvimento das condições de

vida das populações em todo o país, nomeadamente

nos setores das Águas e Resíduos. Desde 1976 a

1993 estes eram da responsabilidade exclusiva da

administração local do Estado, sendo a sua gestão

controlada por órgãos democraticamente eleitos, e

direcionada para a prestação de um serviço exclu-

sivamente público. Desde 1993 que os governos su-

cessivos têm aprovado legislação que visa unica-

mente a criação de condições para a privatização

dos Sectores da Água e Resíduos tornando estes

sectores numa nova vertente de negócio para os

grandes grupos privados. Podemos salientar que

nos países onde a privatização já avançou houve

um agravamento dos tarifários, uma redução da

24

qualidade dos serviços prestados, a liquidação de

postos de trabalho, e um ataque aos direitos dos

trabalhadores. A empresa EGF é uma sub-holding do

Grupo Águas de Portugal, responsável por assegu-

rar o tratamento e valorização de resíduos que

desde 2000 é um grupo rentável e movimenta anual-

mente cerca de 170 milhões de euros, possuindo um

valioso património, com tecnologia avançada, ava-

liada em mais de mil milhões de euros e que foi

constituído nas últimas duas décadas à custa de

avultados investimentos públicos. Só em 2012 fo-

ram investidos pelas empresas do grupo perto de

45 milhões de euros, porém o governo (PSD/CDS-PP)

está disposto a alienar todo o património por 200

milhões de euros. Ao ser vendida a EGF, detentora

de 51% do capital social, a um grupo privado, o

Governo altera as condições e os pressupostos que

estiveram na origem da adesão dos Municípios, sem

qualquer respeito pelos seus parceiros acionistas

e principais clientes. Ainda assim, o governo es-

tá disponível para que também os Municípios cedam

as suas participações aos grupos privados inte-

ressados, mas não considera a possibilidade dos

Municípios poderem adquirir os 2% necessários pa-

ra se tornarem detentores da maioria de capital

25

social (51%). Este processo de privatização está

a ser preparado sem qualquer transparência e sem

consulta aos seus parceiros, os Municípios ade-

rentes, que transferiram o que eram as suas obri-

gações legais para uma empresa pública de capi-

tais públicos, numa ótica de defesa do interesse

público, criando uma parceria, visando a resolu-

ção de problemas relacionados com a saúde pública

e ambiental através do desenvolvimento de um sec-

tor de excelência. No sector dos resíduos, hoje

operam várias empresas privadas nesta área da re-

colha, tratamento e valorização, no entanto a EGF

tem uma posição dominante, controlando 11 empre-

sas em parceria com os Municípios, onde laboram

mais de 2000 trabalhadores, cujo serviço cobre

cerca de 63% da população. A EGF é a acionista

maioritária na ERSUC, com 51,46% do capital soci-

al, sendo o restante capital social pertencentes

aos 36 Municípios inseridos na sua área de atua-

ção que exercem a dupla qualidade de acionistas e

clientes. A adesão dos municípios ao Sistema Mul-

timunicipal (SMM) tinha como pressuposto a manu-

tenção da natureza pública dos bens. A alienação

das participações públicas do Estado na sociedade

com a venda da EGF a privados abre a concessão

26

multimunicipal à participação maioritária de en-

tidades privadas, subvertendo as condições que

levaram os municípios a aceitar integrarem os

SMM. A privatização da ERSUC levaria à perda de

controlo de uma empresa de grande importância pa-

ra a Região, e saindo esta da esfera pública dei-

xaria de ter a atual proximidade das populações,

levando a uma perda da qualidade de serviços

prestados, a um agravamento das tarifas para as-

sim se obter uma maior rentabilidade financeira

da empresa. Assim, esta Assembleia Municipal de-

libera: - Rejeitar o processo de privatização da

empresa EGF, e consequentemente dos 51.46% do ca-

pital público da ERSUC; - Exigir ao governo que

em conjunto com os Municípios, encontre uma solu-

ção que sirva os interesses de ambas as partes, e

das populações da região servidas pela ERSUC; -

Dar a conhecer esta decisão aos restantes acio-

nistas da ERSUC; - Enviar esta tomada de posição

para o conhecimento do Sr. Primeiro-Ministro, do

Sr. Ministro do Ambiente, Ordenamento do Territó-

rio e Energia, aos Grupos Parlamentares, à Asso-

ciação Nacional de Municípios Portugueses, à

CIRA, aos órgãos de comunicação social e à popu-

lação em geral”.---------------------------------

27

----2ª MOÇÃO:- “ Tendo em conta a medida anuncia-

da pelo Ministério da Educação sobre o encerra-

mento de três escolas no concelho de Estarreja,

nomeadamente, Santo Amaro e Póvoa Baixo ambas na

união de freguesias de Beduido Veiros, e Terra do

Monte na União de Freguesias Canelas Fermelã,

consideramos que: O ensino público e a educação

são essenciais para o desenvolvimento das nossas

crianças e jovens e que numa dimensão pedagógica

e de estabilidade é importante que possam ser as-

seguradas no seu ambiente natural de proximidade;

A resolução unilateral do Ministério da Educação

não respeita, sequer o critério mínimo de 21 cri-

anças por escola; É um ataque às populações das

pequenas freguesias, acelerando o processo de

despovoamento e abandono das zonas rurais; O re-

ordenamento escolar tem de ser feito não de forma

administrativa, mas avaliando critérios que en-

quadrem a distintas realidades; As escolas nestas

freguesias, nomeadamente a escola da Terra do

Monte, são parte importante na dinâmica social e

têm uma grande participação e abertura para a co-

munidade; O necessário aumento da mobilidade dos

alunos acarreta custos acrescidos de transporte e

alimentação aos municípios e às suas famílias,

28

bem como do tempo despendido desnecessariamente

nos trajetos diários; Obrigar as crianças a des-

locarem-se para fora do seu meio natural compro-

mete de forma negativa o processo de vinculação

com a comunidade em que residem, destruindo o en-

volvimento da comunidade e das estruturas famili-

ares de apoio; Devido aos sucessivos cortes orça-

mentais a obrigatoriedade de redução de pessoal e

impossibilidade de contratação, ficam em causa a

segurança e a qualidade na oferta dos complexos

escolares; Nomeadamente as instalações da escola

da Terra do Monte têm todas as condições físicas

e pedagógicas para oferecer um ensino de elevada

qualidade, mantendo uma relação de proximidade

com toda a comunidade escolar, dando resposta às

especificidades que muitos pais elegem para a es-

colha da frequência deste espaço; Neste contexto,

a Assembleia Municipal de Estarreja, reunida a 27

de Junho de 2014, delibera: Manifestar preocupa-

ção pelo impacto social que o encerramento das

escolas terá nos alunos, famílias, e comunidades,

nomeadamente a Escola da Terra do Monte; Manifes-

tar-se contra o encerramento das três escolas no

Concelho; Manifestar a sua solidariedade para com

os pais, encarregados de educação e população em

29

geral que poderão vir a ser afetados com estes

encerramentos; Exigir ao governo que reconsidere

e anule a decisão de encerramento destas escolas

e garanta o seu funcionamento enquanto os pais e

comunidade manifestarem interesse em ter escolas

de dimensões mais reduzidas onde são oferecidos

serviços de qualidade e diferenciados para as su-

as crianças; Não estar disponível para assumir

compromissos que envolvam eventuais alterações

decididas contra a vontade da comunidade escolar,

bem como do município. Esta moção depois de apro-

vada será enviada para: Comunicação Social; Pri-

meiro-Ministro, Ministro da Educação, Presidente

da Assembleia da República, Grupos Parlamentares,

e Direção Geral Educação”.----------------------

----Pelas vinte e uma horas e cinquenta minutos,

o Presidente da Mesa interrompeu os trabalhos,

para discussão/análise das referidas moções.–----

----Retomados os trabalhos, foi presente a 1ª

MOÇÃO, tendo sido dada a palavra a:--------------

----JOSÉ LUZ DE MATOS (COLIGAÇÃO PSD/PP ): - Con-

sidera que não temos conhecimentos técnicos para

decidir. Sugeriu a criação de um grupo de traba-

lho para analisar/discutir, pois considera que

deve haver consciência na votação.---------------

30

----CARLA SÓNIA DE SÁ CABIQUE MARTINS (PCP):-

Respondendo ao José Matos, referiu que não faz

sentido a criação do grupo de trabalho, pois te-

mos capacidade para o fazer, referindo que isto

não é mais do que a alienação de um património

público para privado.----------------------------

----ANTÓNIO MANUEL DA SILVA ESTEVES (PPD/PSD):-

Usando da palavra, referiu o seguinte: atendendo

à matéria em causa, não é um caso de ideologia. A

CDU teve tempo para estudar o assunto e nós não.

Tem havido situações que as votações são consen-

suais entre a CDU e o PPD/PSD.CDS-PP. A CDU deve

estar interessada em que o PPD/PSD.CDS-PP estude

o assunto. Acha que existe questões técnicas que

podem não estar esclarecidas.--------------------

----CARLA SÓNIA DE SÁ CABIQUE MARTINS (PCP):-

Respondeu que não são a favor de criar um grupo

de trabalho, mas pode ser dado mais um tempo, pa-

ra que a mesma seja analisada.-------------------

----De seguida, foi colocada à votação do adia-

manto ou não da referida moção, tendo sido apro-

vado, por maioria, adiar para a próxima AM, com

17 votos a favor e 9 votos contra.---------------

----2ª MOÇÃO:------------------------------------

31

----JOSÉ LUZ DE MATOS (PSD/PP ): - Usando da pala-

vra, referiu o seguinte: “Somos contra o fecho

das escolas. O governo definiu que as escolas a

fechar teriam menos de 21 alunos e nenhuma delas

se enquadram, estando assim o governo em contra-

dição. As populações terão que ser ouvidas, pelo

Ministério da Educação e Câmara Municipal.--

----JOSÉ GABRIEL TAVARES (PRESIDENTE DA JUNTA DE

FREGUESIA DE CANELAS E FERMELÃ):- Usando da pala-

vra, referiu o seguinte: ” Encerramento da Escola

Terra do Monte - Face aos acontecimentos que se

desenrolaram sobre o Encerramento da Escola Terra

do Monte, foi colocada em causa a minha presença

e defesa sobre este assunto pelo Senhor Deputado

da Assembleia Municipal do Partido Socialista, ao

que esclareci o seguinte: No dia vinte e quatro

de junho tinha enviado ao Vereador Dr. João Ale-

gria um pedido de informação/esclarecimento: Esta

a confusão instalada em Fermelã no que diz res-

peito à situação da Escola EB1 Terra do Monte.

Certamente estará confuso como nós, no entanto

peço um esclarecimento relativamente ao dese-

jo/ordem (conforme mapa de Reorganização da Rede

Escolar do 1º Ciclo para o ano letivo de

2014/2015 do Sr. Secretário de Estado do Ensino e

32

da Administração Escolar, que anexo), de fecho da

Escola Terra Monte em Fermelã nas seguintes con-

dições: - Alunos em Fermelã no ano letivo de

2013/2014 foram 46 alunos; - Previsão de alunos

para o ano letivo de 2014/2015 são 47. Estamos a

ser bombardeados com questões, para a qual não

temos resposta, e precisamos de perceber a posi-

ção clara da Câmara Municipal de Estarreja, por

forma a falarmos todos a mesma linguagem. Aguardo

feedback!. [fim de sitação] … ao que me foi es-

clarecido pelo Sr. Vereador Dr. João Alegria no

dia vinte e cinco de junho a seguinte informação:

Caro Presidente da União das Freguesias de Cane-

las e Fermelã. A posição da Câmara Municipal re-

lativamente à proposta de encerramento das esco-

las referenciadas (mapa final que tivemos conhe-

cimento apenas pela comunicação social) e nomea-

damente da Escola Terra do Monte é clara e tem

sido transmitida: não concordamos com o encerra-

mento, porque não podemos garantir o transporte

escolar dos alunos a deslocalizar para os centros

escolares de referência (no caso, Salreu), bem

como a falta de apetrechamento e equipamento ne-

cessários para as novas salas. Tive oportunidade

de manifestar esta posição numa reunião em Coim-

33

bra com a Diretora Regional de Educação para tra-

tar da rede escolar para 2014/15, onde esteve

também presente o Presidente da Comissão Adminis-

trativa Provisória do Agrupamento de Escolas,

Prof. Jorge Ventura, e fi-lo posteriormente por

escrito. Com surpresa aparece este desenho final

da rede escolar, onde não foi colhida a posição

quer da Autarquia, quer da direção do Agrupa-

mento. A posição final foi uma decisão unilate-

ral do Ministério da Educação. Das estratégias

definidas ontem e hoje, quer com os contactos in-

formais das Associações de Pais, quer com a dire-

ção do Agrupamento de Escolas é tomarmos uma po-

sição comum, ponderadas as vantagens e desvanta-

gens pedagógicas, porque são as crianças que es-

tão em causa, para a fazermos chegar ao Ministé-

rio. Por isso, há semelhança do que foi feito o

ano passado, relativamente à Escola de Canelas e

Escola da Terra do Monte, vamos reunir com os

pais, escolas e demais entidades para discutirmos

esta proposta do Ministério da Educação. E recor-

do que então as posições dos encarregados de edu-

cação das duas escolas foram divergentes: Canelas

aprovou a deslocalização dos alunos para Salreu e

Fermelã não. E sabemos que argumentos foram uti-

34

lizados, sendo que prevaleceu as condições de

aprendizagem dos alunos. A reunião com as Associ-

ações de Pais (em princípio juntaremos todas),

Câmara e Agrupamento realizar-se-á na próxima

sexta-feira à tarde, por volta das 17h00 (hora

ainda a confirmar). Relembro um facto, que é co-

nhecido de todos: foram construídos os centros

escolares, opção fundamentada nas políticas edu-

cativas do anterior governo e que levaram à defi-

nição e aprovação, por unanimidade da Câmara e

maioria da Assembleia Municipal em 2007, da Car-

ta Educativa do Município de Estarreja, que prevê

a construção de 4 centros escolares do pré-

escolar ao 9º ano – Salreu, Padre Donaciano,

Avanca e Pardilhó -, mais a escola secundária,

com condições iguais para as aprendizagens dos

alunos (biblioteca, refeitório, sala informática,

etc), levando ao encerramento das outras escolas.

O que também lá está escrito é que este é um pro-

cesso negocial e será finalizado quando se criar

uma rede de transportes que possa responder à

deslocalização dos alunos para os novos centros

escolares. E estamos nesta fase. Posso também dar

conta que tenho trocado frequentemente emails com

o Centro Paroquial de Fermelã e a resposta tem

35

sido sempre a mesma: a escola encerrará de acordo

com a opção dos pais, salvaguardando que quem a

palavra final é o Ministério da Educação [fim de

citação]…rematei dizendo que pelo fato de não ter

tomado a palavra antes, não é sinónimo que esta-

mos pávido e serenos a ver o comboio a passar,

tenho as minhas opções e faço o meu trabalho sem

andar ao chicote de ninguém”.--------------------

----CARLA SÓNIA DE SÁ CABIQUE MARTINS (PCP):- To-

mando a palavra, referiu o seguinte: “A posição

da CDU é clara de acordo com a moção. Os pais já

foram ouvidos e disseram que queriam manter a es-

cola aberta. A Câmara Municipal disse que era

contra, no entanto, apenas por questão de falta

de transporte e equipamento. Contudo, preocupa-se

com este facto. Fica contente por o PSD estar a

favor, a luta não termina hoje”.-----------------

- ----JOÃO CARLOS TEIXEIRA ALEGRIA (VEREADOR DA

CME):- Usando da palavra, agradeceu a presença e

a participação dos encarregados de educação. O

processo foi conduzido na reunião que já aqui foi

referida e mostrou a sua posição. Não sabe que

critérios foram utilizados, para surgirem estas 3

escolas, isto não tem a ver com os 21 alunos. Re-

feriu que, logo que soubemos desta lista de esco-

36

las, começaram a trabalhar para haver uma respos-

ta comum, convocando Associação de Pais das Esco-

las. A autarquia refere que dá o primado aos

Pais.--------------------------------------------

----Seguidamente, foi colocada à votação, tendo a

Moção sido aprovada, por unanimidade dos presen-

tes.---------------------------------------------

----Retomando a palavra, O Presidente da Mesa pe-

diu autorização para alterar a ordem de traba-

lhos, para que o público possa intervir mais ce-

do.----------------------------------------------

----4.- Período de Intervenção aberto ao Públi-

co.----------------------------------------------

----O Presidente da Mesa questionou se alguém do

público quer intervir. --------------------------

---- Usando a palavra JORGE ANDRÉ VALENTE SILVA,

c.c.110180259ZZ5, representante da Associação de

Pais da Escola da Póvoa – lamenta não ter ouvido

intervenção sobre o fecho das escolas de Santo

Amaro e Póvoa de Baixo, da Freguesia de Beduído e

Veiros. A intenção é garantir a qualidade de en-

sino, não defende o interesse dos alunos.--------

----NAIR DANIELA CARVALHO MOREIRA DA SILVA ,

c.c.121657663ZZ9, de Albergaria-a-Velha, repre-

sentante do Centro Paroquial de Fermelã. Como

37

mãe, preocupa-se, porque não podem os pais esco-

lher a escola que querem para os seus filhos. Não

tem pressa de transferir a sua filha para um Mega

Agrupamento, por incertezas. --------------------

----PAULO ANTÓNIO SOARES ALEGRIA , c.c.

103342575ZY6, está como pai de uma criança de

Santo Amaro, questiona se os pais vão ser ouvi-

dos. Refere que tem dificuldades de transporte e

todos os pais devem ter.-------------------------

----LÚCIA SOFIA FIGUEIREDO LOPES MATOS , c.c.

114337730ZZ9, está como encarregada de educação

da Escola de Santo Amaro. Está preocupada com a

deslocação dos alunos, referindo que a escola foi

remodelada, e que é frequentada por 75 crianças.

Referiu ainda, que teve informação de que a esco-

la fechando, não ia haver transporte por parte da

autarquia.---------------------------------------

----CLAÚDIA MANUELA CORREIA MACEDO, c.c.10559301,

está como representante da Escola Terra do Monte,

mas solidarizou-se com as Escolas da Póvoa de

Baixo e Santo Amaro. Leu o que a autarquia deci-

diu, que é manter a Escola da Terra do Monte,

desde que os pais sempre assim quiserem. E fica-

ram descansados, no entanto, agora surgiu esta

situação. Os pais não querem que as escolas fe-

38

chem e querem acreditar que vão ter o apoio da

Câmara Municipal. Pede que os pais não vacilem,

lutem por aquilo que acreditam.------------------

----PAULA CRISTINA TAVARES MARQUES , c.c.

11488781, representa a Escola de Santo Amaro, re-

ferindo que não tem Associação de Pais, mas são

como uma família, que se defendem uns aos ou-

tros .--------------------------------------------

----JOSÉ ANTÓNIO MARQUES (PRESIDENTE DA JUNTA DE

FREGUESIA DE BEDUÍDO E VEIROS):- Usando da pala-

vra, referiu que o facto de não se ter manifesta-

do, não quer dizer que não esteja envolvido. Sem-

pre defendeu que os grandes aglomerados não são o

melhor para as crianças.-------------------------

----FERNANDO MANUEL MENDONÇA (VEREADOR DA CME):-

Pediu autorização à Mesa para intervir. O Presi-

dente da Mesa informou que de acordo com o regi-

mento, só poderá intervir com a anuência do Pre-

sidente da Câmara.-------------------------------

----DIAMANTINO SABINA (PRESIDENTE DA CME):- Refe-

riu que não vai permitir que o Sr. Vereador Fer-

nando Mendonça intervenha, pois considera que o

assunto já está esclarecido.---------------------

----De seguida, o Vereador Fernando Mendonça ape-

lou ao regimento, para que haja votação da Assem-

39

bleia, para autorizar a sua intervenção. Colocada

à votação, apurou-se um empate a 13 votos do (PS)

e (PPD/PSD-CDS-PP), tendo o Presidente da Mesa

voto de qualidade em caso de empate.-------------

----Prosseguindo, o Presidente da Mesa propôs a

inclusão na ordem de trabalhos da presente sessão

do seguinte assunto, tendo por base o disposto no

nº 2, do Artº 50º da Lei nº 75/2013, de 12 de Se-

tembro: ponto 3.5 - “Alteração ao Regulamento do

Cartão Sénior Municipal de Estarreja ”, colocado à

votação, foi deliberado, por maioria dos presen-

tes, com 23 votos a favor e um voto contra de Lú-

cia Maria Almeida Araújo (PS), aprovar a proposta

apresentada.------------------------------------

----DIAMANTINO GARRIDO CORREIA (PS) :- Usando da

palavra, referiu que espera não ser recorrente

esta introdução de pontos, pois fica-se com pouco

tempo para se estudar/analisar os documentos . ----

------ 3.1.- Apreciação de informação escrita do

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal acer-

ca da actividade do município e da respectiva

situação financeira;-----------------------------

----DIAMANTINO GARRIDO CORREIA (PS) :- Tomando de

novo a palavra, apelou para que fizessem constar

40

neste documento as reuniões, pelo menos as mais

importantes, com o resultado das mesmas.---------

----DIAMANTINO SABINA (PRESIDENTE DA CME):- Res-

pondeu que já lá está um resumo de muito. Vai

perspectivar pelo menos de um pequeno resumo,

pois são muitas as reuniões.---------------------

----3.2.- Autorização da “Reafectação de verbas

de financiamento bancário – adenda ao contrato de

empréstimo de médio e longo prazo, para financia-

mento de diversos projectos de investimento ins-

critos no PPI - 2012, celebrado com a Caixa de

Crédito Agrícola Mutuo de Estarreja, CRL”;-------

----DIAMANTINO SABINA (PRESIDENTE DA CME):- Reto-

mando de novo a palavra, fez uma pequena introdu-

ção ao ponto, explicando o mesmo.----------------

----Não havendo intervenções, foi de seguida co-

locado à votação, tendo sido aprovado, por maio-

ria, com 15 votos a favor (PPD/PSD-CDS-PP e Pre-

sidentes das Juntas de Freguesia e 11 abstenções

(PS e PCP).--------------------------------------

----AMÉRICO RODRIGUES SOARES (PCP):- Tomando a

palavra, apresentou a seguinte declaração de vo-

to: Quem governa tem de ser responsabilizado pela

sua gestão, mas deve ter condições para governar.

41

Embora estando contra, a CDU absteve-se na vota-

ção do Orçamento e por coerência, continuamos a

abster-nos na “Autorização da reafectação de Ver-

bas”.--------------------------------------------

----3.3.- Discussão e votação da “Adesão do Muni-

cípio de Estarreja ao Pacto de Autarcas”.--------

----AMÉRICO RODRIGUES SOARES (PCP):- Usando da

palavra, referiu o seguinte: ”A CDU está e estará

sempre na linha da frente, na defesa da sustenta-

bilidade, do meio ambiente, das pessoas, da qua-

lidade de vida das pessoas, da vida das pessoas e

do planeta. Sentimos já os primeiros efeitos que

deverão servir de alerta e levar-nos a assumir

definitivamente políticas de defesa do meio ambi-

ente, nomeadamente no empenhamento consciente na

redução drástica das emissões de CO 2. Ao não ar-

repiar caminho, estaremos a comprometer a vida

das próximas gerações. Estaremos a acabar com o

planeta terra, tal como o conhecemos hoje. É im-

portante a adesão ao Pacto de Autarcas , mas im-

portante é também, transportarmos para nossas ca-

sas o compromisso e empenhamento na poupança de

energia e da água e ainda na defesa da água como

um bem público . Defender o planeta terra, passa

42

também por produzir menos resíduos e garantir que

os que são produzidos tenham o tratamento correc-

to. Isto passa por lutar contra a transformação

da recolha e tratamento dos RSU em negócio choru-

do de privados e contrariar assim o governo que

se prepara para avançar com a privatização da EGF

(Empresa Geral de Fomento). Ficarmo-nos pela ade-

são ao Pacto de Autarcas não chega para defender

a vida no planeta. É apenas um passo. É necessá-

rio também engrossarmos as fileiras dos que exer-

cem pressão junto dos grandes poluidores para que

e com urgência se tomem medidas de redução visí-

vel das suas emissões de CO2. Refiro-me aos USA,

China, Índia, e tantos outros que movidos pela

maximização dos lucros se recusam a adoptar medi-

das para redução das suas emissões. É assim o

capitalismo! Aderirmos ao Pacto de Autarcas é um

passo muito importante, mas é apenas um passo.

Impõe-se darmos muitos mais passos! Disse!”.-----

----DIAMANTINO SABINA (PRESIDENTE DA CME):- Reto-

mando a palavra, referiu que o deputado Américo

Soares na sua intervenção disse o que é este pac-

to. Teceu mais alguns comentários sobre algumas

ações que serão feitas.--------------------------

43

----Seguidamente, foi posto à votação, tendo o

mesmo sido aprovado, por unanimidade.------------

----3.4.- Apresentação, discussão e votação da

proposta do Grupo de Trabalho da Saúde.---------

----JOSÉ AUGUSTO DA LUZ MATOS (PPD/PSD ):- Usando

da palavra, fez uma breve apresentação do projeto

de trabalho, elaborado pelo grupo, que foi cri-

ado.---------------------------------------------

----CARLA CABIQUE DE SÁ CABIQUE MARTINS (PCP):-

Usando da palavra considera que se deva explicar

às pessoas de onde surgiu este projeto e fez uma

breve apresentação do mesmo. Termina, felicitando

o facto de os Grupos Municipais terem conseguido

chegar a um consenso, relativamente a este pro-

jeto.--------------------------------------------

--

----HELDER DE MATOS RODRIGUES (CDS-PP): - Tomando

a palavra, referiu o seguinte: “Ei-nos aqui a

criar consensos em saúde. De facto, após uma reu-

nião em que um documento sem substrato foi apro-

vado de uma forma que considero antidemocrática

(porque não se permitiu que os todos os membros

da Assembleia Municipal estivessem devidamente

esclarecidos antes de votar) e após das minhas

repetidas sugestões para a criação de um grupo de

44

trabalho sobre Saúde, o que não foi considerado

prioritário, parece que as vontades e a politi-

quice permitiu finalmente o trabalho em defesa

dos estarrejenses. No âmbito da Saúde não escondo

a minha opinião: o nosso modelo de SNS não é a

solução é o problema! Basta ver as estatísticas

internacionais: o SNS apenas se encontra bem

classificado na mortalidade infantil e no nível

de vacinação. Nos restantes parâmetros, é quanto

muito, razoável, sendo mau em muitos deles. Afir-

mo mesmo que para o nosso SNS o problema são os

doentes. Os interesses do ministério, administra-

ção central e regional, conselhos de administra-

ção dos hospitais e dos profissionais sobrepõem-

se aos interesses dos doentes. Ouvimos hoje um

paradoxo: um membro da Assembleia Municipal mili-

tante do PCP a defender a liberdade de escolha na

Educação. Faço eu a pergunta também: quem tem o

direito de escolher que médico/serviço de saúde

deverá tratar um doente, se não o próprio doente?

O desinvestimento público em Saúde em Estarreja

não é de agora, sendo, por isso, um argumento a

favor da minha tese que o problema é o modelo de

SNS. Quem encerrou o serviço de urgência do HVS?

O ministro Correia de Campos, ministro de um go-

45

verno PS. Essa foi a primeira grande “machadada”

na acessibilidade dos estarrejenses à saúde, ten-

do igualmente agravado as assimetrias regionais

no acesso: os impostos pagos pelos estarrejenses

são diferentes dos que são pagos pelos conimbri-

censes? Relembro ainda que é uma reforma socia-

lista (USF) que está a condenar a população de

Fermelã e Canelas a terem de se deslocar a Salreu

para obter uma consulta com o seu médico de famí-

lia. É esta a “porta de entrada” de um dos melho-

res SNS do mundo como dizem? Aliás, sobre este

assunto penso que a Assembleia Municipal também

deverá assumir uma posição. Para finalizar relem-

bro os perigos da nova “pseudo reforma” hospita-

lar. Esta irá retirar ao distrito de Aveiro as

consultas de Dermatologia, Urologia e Imunoaler-

gologia (especialidades com médias de 6500 con-

sultas anuais só no Hospital Infante D. Pedro).

Significa isto que se um estarrejense necessitar

de uma consulta destas especialidades terá de re-

correr a um hospital de um distrito vizinho. Não

é aceitável! Também não é aceitável que a manu-

tenção de especialidades como Gastroenterologia,

Pneumologia, Cardiologia e Reumatologia (só para

citar as mais procuradas) dependa de um conjunto

46

de critérios pouco claros o que para mim signifi-

ca, mais cedo ou mais tarde, o seu encerramento.

Não percebo o alcance desta chamada reforma, nem

em que medida constituirão melhorias na acessibi-

lidade, qualidade ou até em poupança. Este é nes-

te momento o assunto mais urgente a tratar no âm-

bito da saúde para os estarrejenses. Não podemos

continuar a permitir a perda de serviços de saú-

de! Não é justo nem admissível! A hora é de lu-

ta!”---------------------------------------------

----DIAMANTINO SABINA (PRESIDENTE CME):- Usando

da palavra, referiu que o projeto está muito bom

e informou que teve mais uma reunião com o Conse-

lho de Administração da ARS Centro. Falou ainda

sobre algumas preocupações, inclusivé sobre Cane-

las e Fermelã .----------------------------------

----Colocado o projeto de resolução à votação, o

mesmo foi aprovado, por unanimidade.------------

----Prosseguindo, o Sr. Presidente da Mesa ques-

tiona se concordam com a continuidade dos traba-

lhos, uma vez que é meia noite. Colocado à vota-

ção, foi deliberado, por unanimidade, continuar

os trabalhos.------------------------------------

----3.5.- “Alteração ao Regulamento do Cartão Sé-

nior Municipal de Estarreja”.--------------------

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----Não havendo intervenções, foi de seguida, co-

locado o ponto à votação, tendo o mesmo sido

aprovado, por unanimidade.-----------------------

----Seguidamente, o Presidente da Mesa leu um

ofício da Junta de Freguesia de Avanca, convidan-

do a participar no “20º Festival de Gastronomia

das Colectividades de Avanca - almoço/convívio”,

a realizar no dia 26 de Julho. A Assembleia Muni-

cipal tomou conhecimento.------------------------

----Por último, foi decidido, por unanimidade,

aprovar as deliberações em minuta, para efeitos

de execução imediata. ---------------------------

----Não havendo mais assuntos a analisar ou deci-

dir, o Presidente da Assembleia deu por encerra-

dos os trabalhos, eram zero horas e dez minutos

do dia seguinte. --------------------------------

----Para constar e devidos efeitos, se lavrou a

presente ata que, depois de submetida a aprovação

da Assembleia, vai ser assinada pelos membros da

Mesa.--------------------------------------------

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