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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SANTA ROSA• Setembro de 2014 Ano 5 • Edição 50 Eleições Veja propostas dos candidatos à Presidência 9 e 10 Jorge Lunardi Remédios para a doença ou estilo de vida para a saúde? 2 Ecologia 8 Patrícia Viana Vitaminas hidrossolúveis Você pode ajudar 6 4 Marli cuida de mais de 60 cachorros abandonados Horta vertical

Setembro de 2014

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Page 1: Setembro de 2014

DISTRIBUIÇÃO GRATUITASANTA ROSA• Setembro de 2014 Ano 5 • Edição 50

EleiçõesVeja propostas dos candidatos à Presidência

9 e 10

Jorge LunardiRemédios para a doença ou estilo de vida para a saúde?

2 Ecologia8

Patrícia Viana Vitaminas hidrossolúveis

Você pode ajudar6

4

Marli cuida de mais de 60 cachorros abandonados

Horta vertical

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SANTA ROSA • Setembro de 20142 Geral

Remédios para a doença ou estilo de vida para a saúde?

Jorge João Lunardi

Sempre digo que o mundo dispõe de três farmácias, e que as pes-soas as usam isolada-mente, ou associadas em muitos ou em todos os momentos de suas vidas.

A primeira e maior far-mácia, está em cada pes-soa, inserida no seu pró-prio corpo físico, mental, emocional, energético e espiritual, onde ocorrem uma produção diversifi-cada de substancias, que vitalizam a vida e, com conhecimento e sabedo-ria, esta farmácia pode se tornar uma aliada na busca dasustentabilida-de de vida com prazer de viver.

A segunda farmácia é a da natureza, onde ocor-rem incalculáveis pro-duções de substâncias, principalmente vindas da fauna e flora, ou seja, da alimentação e das plantas medicinais, tão conhecidas e usadas por nossos antepassados e, em vias de desconside-ração pelos jovens que vivem neste fabuloso mundo moderno, mas que a indústria, cada vez mais, está aproveitando estas tecnologias e colo-cando à venda.

A terceira farmácia é a montada pela indústria, com fabricação sintética dos inúmeros remédios e medicamentos dis-ponibilizados em cada esquina, através das farmácias, e que quan-do bem usados e com a devida orientação pro-fissional traz benefícios enormes na cura de do-enças ou na longevidade das pessoas. Nisto, até os governos se gabam em suas propagandas

políticas dos milhões de pessoas que recebem re-médio gratuito.

Transcrevo texto que recebi, de autoria do mé-dico Carlos Bayma, para reflexão, pois, vemos muitas pessoas envolvi-das “até o pescoço” no uso de muitos medica-mentos, e na maioria das vezes, sem prescrição dos profissionais. Estes remédios estão trazendo prazer ou dor aos consu-midores? Resolvem ou criam mais problemas?

Diz o texto:

“Aos 30  anos, você tem uma depressãozi-nha, uma tristeza meio persistente: prescreve--se fluoxetina. A Fluoxe-tina dificulta seu sono. Então, prescreve-se Clo-nazepam,  o Rivotril da vida. O Clonazepam o deixa meio bobo ao acor-dar e reduz sua  memó-ria.

Volta ao doutor. 

Ele nota que você aumentou de peso. Aí,  prescreve Sibutrami-na. A Sibutramina o faz perder uns quilinhos, mas lhe  dá uma taqui-cardia incômoda.

Novo retorno ao dou-tor.

Além da taquicardia, ele nota que você, além da ‘batedeira’ no coração, também está com a pres-são alta. Então, prescre-ve-lhe Losartana e Ate-nolol, este último para reduzir sua  taquicardia. Você já está com 35 anos e toma: Fluoxetina, Clo-nazepam,  Sibutramina, Losartana e Atenolol. E, aparentemente adequa-do, um  ‘polivitamínico’ é prescrito. Como o dou-

tor não entende nada de vitaminas e  minerais, manda que você compre um ‘Polivitamínico de A a Z’ da vida, que pra muito pouca coisa serve. Mas, na mídia, Luciano Huck disse que esse é ótimo.  Você acreditou, e com-prou.

Lamento!

Já se vão R$ 350,00 por mês. Pode  pesar no orçamento.

O dinheiro a ser gas-to em investimentos e lazer, escorre  para o ralo da indústria farma-cêutica. Você começa a ficar nervoso, preocupa-do e  ansioso (apesar da Fluoxetina e do Clonaze-pam), pois as contas não batem no fim  do mês. Começa a sentir dor de estômago e azia. Seu in-testino fica “preso”.

Vai  a outro doutor. Prescrição: Omeprazol + Domperidona +Laxante ‘Natural’. 

Os sintomas somem, mas só os sintomas, ape-sar da “escangalhação” que  virou sua flora in-testinal. Outras queixas aparecem. Dentre elas, uma é  particularmen-te perturbadora: aos 37 anos, apenas, você não tem mais potência sexu-al. Além de estar “bro-chando” com frequência, tem pouquíssimo esper-ma e a libido está embai-xo dos pés.

Para o doutor da medi-cina da doença, isso não é problema. Até manda você escolher o remédio: Sildanafil, Tadalafil,  Lo-denafil ou Vardenafil, es-colha por pim-pam-pum. Sua potência melhora, mas,  como consequên-cia, esses remédios dão

uma tremenda dor de cabeça, palpitação,  ver-melhidão e coriza.

Não há problema, o doutor aumenta a dose do Atenolol e passa uma Neosaldina para você to-mar antes do sexo.

Se precisar, instila um  “remedinho” para seu corrimento na-sal, que sobrecarrega seu  coração. Quando tudo parecia soluciona-do, aos 40 anos, você percebe que  seus den-tes estão apodrecendo e caindo. (Entre nós, é o antidepressivo). Tome  grana para gastar com o dentista.

Nessa mesma épo-ca, outra constatação: sua  memória está fa-lhando bem mais que o habitual. Mais uma vez, para seu doutor, isso não é problema: Ginkgobilo-ba é prescrito.

Nos exames de rotina, sua  glicose está em 110 e seu colesterol em 220. Nas costas da folha de receituário,  o doutor prescreve Metformina + Sinvastatina. ‘É para evitar diabetes e infar-to’, diz o cuidador de sua saúde (?!). Aos 40 e pou-cos anos, você já  toma: Fluoxetina, Clonaze-pam, Losartana, Ateno-lol, Polivitamínico de A a Z, Omeprazol, Dompe-ridona, laxante ‘natural’, Sildenafil, Vardenafil, Lodenafil ou  Tadalafil, Neosaldina (ou “neusa”, como chamam), Ginkgo-biloba, Metformina e  Sinvastatina (conve-nhamos, isso está muito longe de ser saudável!).

Mil reais  por mês! E sem saúde!!! 

Entretanto, você ain-da continua deprimi-do, cansado e engordan-do.

O doutor, de novo.

Troca a Fluoxetina por Duloxetina, um  antide-pressivo ‘mais moderno’. Após dois meses você se sente melhor (ou um pouco ‘menos ruim’). Po-rém, outro contratempo surge: o novo antide-pressivo o faz urinar de-moradamente e com jato fraco. Passa a ser neces-sário levantar duas  ve-zes à noite para mijar. Lá se foi seu sono, seu des-canso extremamente ne-cessário para sua saúde.

Mas isso é fácil para seu doutor: ele prescre-ve  Tansulosina, para ajudar na micção, o ato de urinar. Você melho-ra, realmente, contudo... não ejacula mais. Não sai nada!

Vou parar por aqui. É deprimente.  Isso não é medicina. Isso não é saúde. Essa história termina com uma  situação cada vez mais comum: a der-rocada em bloco da sua saúde. Você está  obeso, sem disposição, com so-frível ereção e memória e concentração deficien-tes.  Diabético, hiper-tenso e com suspeita de câncer.

Dentes: nem vou falar. O peso  elevado arre-

bentou seu joelho (um doutor cogitou até colo-car uma prótese). Sur-ge na sua cabeça a ideia maluca de procurar um cirurgião bariátrico, para  ‘reduzir seu estô-mago’ e um psicotera-peuta para cuidar de seu juízo  destrambelhado é

aconselhado.

Sem grana, triste, an-sioso, deprimido,  pen-sando em dar fim à sua minguada vida e.... do-ente, muito doente! Apesar dos  “remédios” (ou por causa deles!!).

A indústria farmacêu-tica? ‘Vai bem,  obriga-do! ‘, mais ainda com sua valiosa contribuição por anos ou décadas. E o seu  doutor? ‘Bem, obri-gado! ’, graças à sua do-ença (ou à doença plan-tada  passo-a-passo em sua vida) ”.

Este texto é para pen-sar, pois a própria Socie-dade Brasileira de Endo-crinologia e Metabologia alerta que o excesso de medicação pode colocar em risco a vida das pes-soas, porque o efeito de um remédio pode com-prometer o efeito de ou-tro e ainda desencadear outras doenças.

Por outro lado, pesqui-sa da Universidade de Stanford nos EUA diz que a longevidade com saúde, é influenciada pelo estilo de vida (55%); meio ambiente(20%) re-médios e médicos (10%) e genética (15%).

Para ter longevidade, vai precisar usar me-dicamentos, com pro-fissional, mas, vai ter que cuidar da parte físi-ca, mental, emocional, energética, espiritual e ambiental.

É sempre salutar ob-servar os salmos 41 e 42: “ Por que te deprimes, ó minha alma, e te inquie-tas dentro de mim?”.

Pois, aí, talvez, pode estar o xis da questão.

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SANTA ROSA • Setembro de 2014 3Entrevista

Contribuintes já podem sacar restituição do quarto lote do IR

OCDE corta estimativa de crescimento do Brasil

a 0,3% em 2014O dinheiro do

quarto lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física 2014 está no banco. Foram depositadas também restituições dos contribuintes que se livraram da malha fina das declarações entre 2008 e 2003. A consulta ao lote foi liberada na última semana na página da Receita na Internet. Outra maneira de fazer a consulta é ligando para o Receitafone 146.

Caso tenha dúvidas

sobre a declaração, o contribuinte pode acessar o e-CAC, na página da Receita Federal, onde é possível

obter o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita lembra que a restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição,

ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do BB ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

A Organização para Cooperação e Desen-volvimento Econômico (OCDE) reduziu suas expectativas de cresci-mento do Brasil neste e no próximo ano, também piorando as contas para as principais economias desenvolvidas nesta se-gunda-feira.

Agora, a OCDE vê que a economia brasileira crescerá 0,3 por cento, ante 1,8 por cento que enxergava em maio. Para 2015, a expectativa é de expansão de 1,4 por cen-to, contra 2,2 por cento anteriormente.

“O Brasil caiu em reces-são no primeiro semes-tre. O investimento tem sido particularmente fra-co, minado pelas incer-tezas sobre a direção da política após as eleições e a necessidade de que a política monetária con-

trole a inflação acima da meta”, informou a OCDE no relatório.

“Uma recuperação mo-derada pode ser esperada conforme esses fatores se desenrolam, mas a proje-ção é que o crescimento permaneça abaixo do po-tencial em 2015”, com-pletou.

O Brasil entrou em recessão no primeiro se-mestre com forte retra-ção nos investimentos e na indústria e a Copa do Mundo prejudicando a atividade econômica.

A OCDE também pe-diu estímulo muito mais agressivo do Banco Cen-tral Europeu (BCE) para conter o risco de defla-ção na zona do euro, ampliando a crescente pressão sobre a autori-dade monetária para im-pulsionar o crescimento

antes da reunião de mi-nistros das Finanças e membros de bancos cen-trais do G20 nesta sema-na na Austrália.

A organização estimou expansão na zona do euro de apenas 0,8 por cento neste ano, subin-do para 1,1 por cento em 2015. Isso marca forte redução em relação ao seu Cenário Econômico de maio para a região, quando projetou cresci-mento de 1,2 por cento em 2014 e de 1,7 por cento em 2015.

Em comparação, a OCDE vê a economia dos Estados Unidos crescendo 2,1 por cento neste ano e acelerando para 3,1 por cento em 2015. Em maio, a OCDE projetou expansão nos EUA de 2,6 por cento em 2014 e 3,5 por cento em 2015.

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SANTA ROSA • Setembro de 20144 Saúde

Patricia Gabriela VianaTecnóloga em Alimentos

A importância das Vitaminas Hidrossolúveis na Alimentação

Vitaminas são compos-tos orgânicos que encon-tramos nos alimentos em pequenas concentrações, mas desempenham fun-ções especificas e vitais nas células e nos tecidos do corpo. Não podem ser sintetizadas pelo orga-nismo e sua ausência ou absorção inadequada pro-vocam doençasde carência especifica. As vitaminas HIDROSSOLÚVEIS são Vitamina C e Vitaminas do Complexo B.

B1 (Tiamina): Fun-cionamento do sistema nervoso; Metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas; Manutenção de nervos saudáveis, Pode melhorar o humor; Forta-lece o coração; podendo ser útil no tratamento de certos tipos de doenças cardíacas;Útil no trata-mento da anemia;Ajuda a controlar a diabetes;

Fontes: Cereais, pães, feijão, ovos, verduras, le-vedo, carnes

B2 (Riboflavina): Sis-tema de produção de ener-gia; Essencial para o cres-cimento; Saúde dos olhos; Reprodução de tecidos; Reduz a freqüência e a gravidade das enxaquecas; Importante na produção do hormônio tireóideo; Ajuda o corpo na produ-ção de células imunológi-cas para o combate às in-fecções;

Fontes: Cereais, fígado, leite, levedo, verduras, ovos

B3 (Niacina): Na respi-ração tecidual; Na síntese de gorduras; Diminui o colesterol; melhorar a cir-

culação; Pode diminuir os sintomas da depressão; Manutenção do funciona-mento adequado dos sis-temas nervoso e digestivo.

Fontes: Cereais, pães, feijão, ovos, vegetais de folha, levedo, nozes, fíga-do

B5 (Ácido Pantotêni-co): Vital nas reações me-tabólicas: metabolismo de carboidrato, de gordura e proteína; Sistema nervo-so central; Pode melhorar a síndrome de fadiga crô-nica, enxaquecas, azia e alergias; Produção de hor-mônios.

Fontes:Cereais, pães in-tegrais, verduras, ovos, levedo, leite, iogurtes, pei-xes.

B6 (Piridoxina): Atua como co-enzima no me-tabolismo das proteínas, carboidratos e gorduras; Ajuda a prevenir doenças cardíacas (AVC/derrame); Ajuda a melhorar os sinto-mas da depressão; Alivia a insônia; Pode aliviar os sintomas da TPM; Ajuda a aliviar os acessos de asma; Na formação das hemácias sangüíneas;

Fontes: Germe de trigo, carnes vermelhas, fígado, rins, peixes, aves grãos in-tegrais, batatas, grão-de--bico, abacates, *bananas, levedo de cerveja.

Biotina – B8: Auxilia no processamento de car-boidratos, gorduras e pro-teínas; Pode ajudar a con-trolar o açúcar no sangue de diabéticos; Promove a saúde de unhas e cabelos;

B9 - Ácido Fólico: Age como co-enzima no meta-

bolismo dos aminoácidos e ácidos nucléicos.

Fontes: vegetais verdes folhosos, ovos, fígado e leguminosas, cereais inte-grais.

B12 – Cianocobala-mina: Co-enzima ligada ao metabolismo dos ami-noácidos e à formação da porção heme da hemo-globina; Previne contra a anemia perniciosa; Ajuda

a controlar a depressão; Impede o desenvolvimen-to de dor, entorpecimento e rigidez dos nervos;

Fontes: Produtos de ori-gem animal, como: fígado, rins, carnes magras, leite, ovos, queijo, ostras, sardi-nhas e outros peixes e no levedo de cerveja

VITAMINA C – ácido Ascórbico: Antioxidante, crescimento e manuten-

ção dos tecidos corporais, incluindo a matriz óssea, cartilagem, dentina, colá-geno e o tecido conjunti-vo; Aumenta a imunidade; Minimiza os sintomas do resfriado, diminui a du-ração dessa enfermidade; Previne o câncer; Reduz o colesterol; Auxilia na produção de hemoglobina nas hemácias sangüíneas e auxilia o corpo na absor-ção de ferro a partir dos

alimentos; Acelera a cica-trização das feridas. Útil nos tratamentos de asma;

Fontes: Frutas cítricas e seus sucos, brócolis, pi-mentões vermelhos, vege-tais de folhas vermelho--escuras, morango, kiwi, cereja, tomate, melão, repolho cru, tomates, ba-tata-inglesa, batata-doce, outros vegetais e frutas amarelos e verdes.

A Cotrirosa fez uma campanha entre seus funcionários para ca-dastrar doadores de medula óssea.

O Cruzeiro, parceiro de idéias positivas, publica e fortalece a ideia para que mais pessoas se sen-sibilizem e tornem-se doadores.

Saiba como doar, o que é, e quais os efeitos da doação da me-dula.

Em que consiste o trans-plante de medula óssea?

Consiste na substituição da medula óssea doente por células normais de medula óssea sadia, visando a reconstituição de uma nova medula.

Quais são os riscos para o doador?

O procedimento de doação de medula óssea é totalmente seguro para o doador. Dentro de poucas semanas, a medula óssea do doa-dor estará inteiramente recupera-da.

Como é feita a doação de medula óssea?

Antes da doação, o doador faz um exame clínico a fim de verificar seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou ali-mentação. O volume retirado não causa nenhum transtorno à saúde do doador.

Como é transferida para o paciente a medula óssea doa-da?

Como se fosse uma transfusão de sangue. As células da medu-la óssea doada vão, por meio da circulação sangüínea, se alojar na medula óssea do enfermo, onde irão se desenvolver. Durante o período em que estas células ain-da não são capazes de produzir as células sangüíneas, o paciente per-manece internado, em

isolamento, a fim de evitar pro-cessos infecciosos e hemorrágicos.

Requisitos para ser um doa-dor

Ter idade entre 18 e 55 anos;Estar em boas condições de

saúde;

Procurar local autorizado para cadastramento de doadores de medula óssea ou pelo Disque Saú-de – 0800 61 1997;

Colher sangue para tipagem HLA, que será cadastrado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea; Quando aparecer um paciente com a medula compatível com a do doador, este será chamado e novos testes sangüíneos serão necessários para a confirmação da compatibilidade; se a compati-bilidade for confirmada, o doador será consultado para decidir sobre a doação; o estado de saúde atual do doador será reavaliado; e a doa-ção, como descrita acima, será fei-ta com anestesia, permanecendo o doador, por cautela, em observa-ção pós-anestésico, por algumas horas, não sendo necessária a sua internação.

Seja um doador.Informações: Hemocentro de

Santa Rosa.Rua Boa Vista, 401, fone 3512

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Doação diminui males, multiplica esperanças e salva vidas.

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SANTA ROSA • Setembro de 2014 5Reflexão/Geral

Reflexão

Em meus artigos an-teriores, frisei que para desfazer uma situação específica que nos per-turba e rouba nossa tranquilidade, é neces-sário olhar de frente para a referida questão, porém com outro olhar, ver sob outra ótica. Hoje quero me deter em uma das maneiras pelas quais é possível dar este passo e, assim, ver-se transportado da dor para a paz.

Para compreender este processo, é neces-sário que saibamos que o ser, o eu, que está sofrendo e sendo víti-ma de algo ou alguém é sempre um ser indi-vidual, que olha para si mesmo a partir des-ta individualidade, ou seja, a partir do seu ego. Este é um conceito que todos que veem a este mundo tem se si mes-mos, é o nosso quadro de referencias interno.

Para que possa ocor-rer uma real libera-ção do sofrimento, é preciso mudar nosso referencial interno, pessoal, para um mais abrangente. Hoje, a me-tafísica nos ensina que, no nível mental, não somos à parte uns dos outros, e sim, somos to-dos interligados, um em si mesmos e um com o nosso Criador. Deste conhecimento vem um novo referencial, com o qual podemos con-tar em todas as situa-ções, visto que abrange a tudo e a todos como sendo um só.

Neste novo referen-cial, todo conflito, to-das as guerras que tra-vamos, são vistos como sendo sem oponente, pois são travados co-nosco mesmos. Tornar--nos cientes do quanto é insano duelar conosco mesmos, buscando con-

flitos onde pode reinar a paz, é o enfoque da metafísica.

O fato de que, no nível mental, somos todos um só ser, nos é revelado quando permitimos que um outro professor, não o ego, nos ensine quem somos. Este outro professor está em cada um de nós, falando conosco o tempo todo; porém, para o ouvirmos, é necessário escolhermos escutá-lo. Nós estamos sempre sintonizados em um ou em outro. Ou estamos ouvindo o professor da individualidade, o ego, ou estamos ouvindo o professor do nosso verdadeiro Ser, o Espírito Santo, nos falando da nossa grandeza e integridade como um só Ser.

Quando nos eleva-mos mentalmente ao Espírito Santo (Deus, Jesus, ou qualquer ou-tro nome que queira-mos dar a nossa essên-cia divina) e olhamos de volta para o nosso ser individual, vemos que o verdadeiro propósito de todo conflito é proteger a ideia de que somos se-res à parte, separados entre si, desta forma preservando a existên-cia do ego. O resultado óbvio deste sistema é a limitação, miséria, so-frimento.

Já o Espírito Santo nos mostra que além dos nossos seres físicos e psicológicos está o Ser real, que é interligado em espírito com o Pai, fonte de toda vida, e com toda criação. Esta é a nossa verdadeira identidade. Desta cons-ciência vem a verdadei-ra paz.

Quando permitimos a Jesus que ele seja o

orientador dos nossos pensamentos, todo um mundo novo surge. Não na forma física, mas na nossa mente, que olha para o físico e vê em tudo um novo pro-pósito, o propósito de unir, de tornar íntegro, e para tanto perdoa to-dos equívocos cometi-dos pelo ego. Agora per-cebemos que só existem duas manifestações: de amor ou falta de amor. E o remédio para toda falta é supri-la de amor. E assim, toda lágrima é enxugada, toda feri-da curada, toda deses-perança confortada. E então somos levados à convicção de que ainda somos seres de luz e de amor. É deste novo qua-dro de referencias que vem a verdadeira segu-rança neste mundo.

Todos nós temos dentro da nossa mente uma parte “tomadora de decisões” que é livre e pode, sim, escolher a qual dentre os dois pro-fessores quer ouvir. E assim como escolher-mos, assim será.

Relembrando: o ego, com seu referencial, já é o sistema “natural” deste mundo. Portanto, só o referencial do Es-pírito Santo representa uma verdadeira esco-lha. Este é um processo que leva a vida inteira, e que vale a pena, pois é a diferença entre ser aprisionado e infeliz ou ser livre e feliz.

Aprendiz feliz.

Consumidor

PROTESTE inicia a luta pelo prazo de dois anos

da garantia legal no Brasil!

Você sabia que a garantia legal dos pro-dutos – aquela asse-gurada no Código de Defesa do Consumi-dor – é de apenas três meses, enquanto em quase todo o Reino Unido é de seis anos e no restante da Europa é de dois anos?

A PROTESTE As-sociação de Consu-midores comprovou com uma pesquisa o quanto o consumidor brasileiro perde com isso, pois os defeitos começam a surgir logo depois de a garantia terminar.

Saiba mais em: www.proteste.org.br/garantia

E a maior parte dos consumidores brasilei-ros (59%) troca os pro-dutos após apresentar defeitos por conside-rar não compensar a relação custo benefí-cio de um conserto.

Esta situação de-monstra que se a garantia fosse mais longa, os fabricantes tenderiam a investir em produtos mais du-radouros. E os consu-midores ficariam mais tempo com os equi-pamentos. Dessa for-ma, ganhariam todos: os consumidores e o meio ambiente, com menos descartes.

Vamos todos pres-

sionar o Congresso para mudar a lei, es-tabelecendo o prazo de dois anos para a ga-rantia legal.

A sua participação é importante nessa mo-bilização aderindo a

esta petição, para mu-dar a lei.

Contamos com você nesta luta!

Assine a petição e distribua para os seus amigos!

Veja o texto publicado no site da PROTESTE

convocando a população para assinar a petição

Como manter uma consciência elevada, mesmo quando a

perturbação parece ser mais forte.

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SANTA ROSA • Setembro de 20146 Especial

Você pode ajudarMarli Witkoski tem mais de 60

cachorros no pátio de sua casa.

São cachorros abandonados pelos seus donos, cachorros de rua e cachorros acidentados.

Marli não mede esforços para cuidar e atender as necessidades dos cães, “mas está ficando muito difícil”, reclama.

Providenciar casa, comida e remédio para 60 cães não é tra-balho para uma dona de casa. No entanto Marli é uma dona de casa que procura cuidar de tudo isto e conta com a ajuda voluntária de Gislaine dos Santos e seu marido, amigos que se dispõem a dividir com ela a luta diária no cuidado com os cães.

“Tem mais de 20 anos que cui-do de cachorros abandonados, mas nunca tivemos um número tão alto como agora, por isso a di-ficuldade em cuidar de todos eles” diz Marli.

“Temos cachorros com epilep-sia e outros em cirurgia. É neces-sário cuidar com a parvovirose, sarna e outras doenças. Todos nossos cães são vacinados” rela-ta Gislaine.

“Tenho dois cães aqui que ne-cessitam de gardenal. Um deles é em função do espancamento que sofreu. Ele adquiriu tal trauma que tem medo de sair de sua casinha”.

Também se necessita de ali-mentação diária e de casinha para vários deles. Necessitamos de muita ajuda”, relata Marli, que conta que os cachorros que ela recolhe são os machucados, ge-ralmente resultado de um atro-pelamento ou maus tratos. Mas tem também os cachorros que, ao crescerem, a família não os quer mais e trazem para mim com a promessa de que cuidarão das necessidades do seu cachorro.

“Eu fico com o cachorro e seus donos nunca mais voltam”.

As necessidades de Marli são várias, vai desde alimentação até tábuas, telhas e remédios.

Este trabalho que ela exerce com a ajuda do casal Dos Santos

é daqueles que você só percebe-ria se ela resolvesse, de uma hora para outra abandonar os 60 cães nas ruas da cidade.

Só então veríamos o alcance da sua dedicação.

E é uma dedicação voluntária, movida por uma consciência su-perior que a coloca em movimen-to, enquanto a maioria de nós cru-za os braços, ou olha para o outro lado ao ver um cão abandonado.

Se você quiser ajudar entre em contato com Marli através dos te-lefones 9929 4005 ou 9996 7999.

Você pode ajudar com remé-dio, alimentação, vacinas e ca-sinha para cachorro, ou material para fazer as casinhas.

Em outubro ela precisará de in-jeções de anticoncepcionais para 40 cadelas.

Marli com o casal Dos Santos Cão com trauma do espancamento

que sofreu

Page 7: Setembro de 2014

SANTA ROSA • Setembro de 2014 7Especial

Santa Rosa Mostra Cinema 2014: antecipando nosso imaginário.

Com uma pré--estreia agendada para seu encerra-mento (Os Senho-res da Guerra, do cineasta a ser ho-menageado, Ta-bajara Ruas), o Santa Rosa Mos-tra Cinema 2014 confirma também outra fita em pré--lançamento para a noite de abertura do Festival. Janei-ro 27, documentá-rio de Luiz Alber-to Cassol e Paulo Nascimento sobre o episódio mais terrível de nossa história contem-porânea: a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria.

Janeiro 27 traz depoimentos de pais e sobrevi-ventes da tragédia

que vitimou 242 de nossos jovens conterrâneos. Com o mote “Para que nunca mais acon-teça. Não ao es-quecimento”, o filme traça parale-los com dois casos muito similares acontecidos nas casas noturnas The Station, em Rho-de Island (EUA, 2003), e Croma-gñón, em Buenos Aires (Argentina, 2004), e que já de-veriam ter bastado como exemplo.

O cineasta Luiz Alberto Cassol, muito solicito, estará presente a esta exibição es-pecial de Janeiro 27 para, ao final da projeção, trocar impressões com o

público. A noite de abertura do Santa Rosa Mostra Cinema 2014 oferecerá ainda à plateia os primeiros curtas con-correntes ao Troféu Semeador.

O Santa Rosa Mostra Cinema 2014 ocupará a tela e as poltronas do Centro Cívico Cultural Antônio Carlos Bor-ges nos dias 24, 25 e 26 de setembro.

As inscrições dos curtas concorrentes

foram prorrogadas até o dia 16 de se-tembro (terça-feira) e podem ser feitas através do endereço eletrônico: http://santarosamostracinema.blogspot.com.br.

A realização do Santa Rosa Mostra Cinema 2014 é da Prefeitura Municipal de Santa Rosa, através da Secretaria de Cultura e Turismo. Toda programação terá entrada franca.

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SANTA ROSA • Setembro de 20148 Ecologia

Plantando hortaliças em locais reduzidos

É possível cultivar algumas hortaliças em pequenos espaços.

Nesse caso você pode usar pe-quenos vasos ou jardineiras, e nele colocar as plantas (sementes) ou as mudas propria-mente ditas.

Outra opção muito interessan-te é o plantio em sacos de cultivo usados para hidro-ponia como pode-mos ver as fotos a baixo.

Obs : o cuida-do que se deve ter neste tipo de plantio é fazer uma mistura no prepa-ro da terra como: 50% serragem de preferência já decomposta, ou casca de arroz, 30 % composto orgâ-

nico já fermentado, 20% terra.

Porque devemos

ter o cuidado para não plantar somen-te com terra sem material orgânico decomposto? Pois sem este cuidado a terra vai ficar muito compacta dificultando o de-senvolvimento da planta.

Esta forma de plantio também pode ser feita em lugares fechados que recebam pelo menos o sol da manhã. Em cozi-nhas e em salas poderão ser plan-tadas flores em mi-núsculos espaços.

Depois de pre-encher o saco de cultivo faça furos com 3 ou 4cm de diâmetro para plantar a muda.

A terra, nes-te tipo de cultivo perde pouca umi-dade, portanto as regas são bem menos freqüentes do que no cultivo normal. Mas é bom observar sua planta, se come-

çar a murchar é sinal de que está precisando de água.

Você pode pen-durar o saco e fazer um cultivo vertical, como nas fotos.

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SANTA ROSA • Setembro de 2014 Geral 9Campanha eleitoral.

Veja as propostas para educação, dos candidatos à Presidência da República

Educação é um dos temas que mais reúne propostas entre os programas dos candidatos à Presidência da República entregues à Justiça Eleitoral. As principais promessas são de melhoria da qualidade do ensino, ampliação de investimentos na área e implantação do sistema integral nas escolas bra-sileiras.

Aécio Neves (PSDB) de-fende a universalização da educação básica, dos 4 aos 17 anos, e promete criar incentivos para me-lhorar a formação, a car-reira e a remuneração dos professores. O candidato tucano defende a vincu-lação das remunerações de professores à melhoria da aprendizagem dos alu-nos, com salário inicial atrativo e a coordenação de uma política nacional de formação de profes-sores, com instituições formadoras públicas e privadas e secretarias municipais e estaduais de educação. Aécio quer implantar a escola de tempo integral e eliminar progressivamente o ensi-no noturno para jovens que não trabalham. Ele promete apoiar a moder-nização dos equipamen-tos escolares, incluindo a instalação de bibliotecas e laboratórios, computa-dores e acesso a internet e adequação térmica dos ambientes. Outras pro-postas do candidato in-cluem o aprimoramento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o compromisso de destinar 10% do Produto Interno

Bruto (PIB) para a área, sendo 7% ate 2019.

Dilma Rousseff (PT) promete, em um even-tual segundo mandato, um governo focado na transformação da qua-lidade do ensino. Dilma destaca, no programa de governo entregue à Jus-tiça Eleitoral, a decisão de destinar recursos ori-ginários da exploração do petróleo, no pré e no pós--sal, para as ações nessa área e disse que o orça-mento da educação “teve considerável aumento em doze anos”. Segun-do ela, a soma dessas duas fontes vai permitir a implantação do Plano Nacional de Educação (PNE). A candidata tam-bém destaca a ampliação de creches e a qualifica-ção da rede de educação integral para que atinja até 20% da rede pública até 2018. Dilma ainda garante que vai conceder, até 2018, mais 100 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras e fazer uma mudança curricular e na gestão das escolas e criar mecanismos de valoriza-ção dos professores.

Eduardo Jorge (PV) se compromete a buscar mais recursos para as políticas públicas de saú-de e educação. As duas áreas, segundo ele, terão prioridade no remane-jamento dos recursos previstos no orçamento a partir de uma reforma tributária e cortes de gastos. O ambientalista promete criar carreira nacional para profes-

sores, começando pelo ensino fundamental, e definir um piso nacional que pode ter adicionais municipais, estaduais ou federal. Eduardo Jorge ainda promete realizar concursos para valorizar profissionais de educa-ção e rever o currículo do ensino fundamental. Segundo ele, além dos conteúdos tradicionais, serão incluídas discipli-nas que tratam da forma-ção de valores do traba-lho, da solidariedade, do respeito à diversidade, a observação da natureza e a música.

Eymael (PSDC) disse que vai dar prioridade à edu-cação. Entre as promes-sas estão investimentos para que o ensino fun-damental do país se en-quadre nas recomenda-ções da Organização das Nações Unidas e a defesa da educação inclusiva. Eymael também promete informatizar as escolas, promover o ensino in-tegral e ampliar a oferta de cursos técnicos e pro-fissionalizantes. Para o candidato, o currículo do ensino fundamental tem que incluir a disciplina Educação Moral e Cívica. A valorização das carrei-ras de profissionais de educação e o incentivo à municipalização do ensi-no também estão no pro-grama de Eymael.

Levy Fidelix (PRTB) afirmou que vai implan-tar a informatização nas escolas, desde a alfabeti-zação ao ensino médio, com internet de banda

larga em todos os mu-nicípios. Fidelix ainda promete alimentação de qualidade para os alunos e reestruturação de car-gos e salários dos profes-sores.

Luciana Genro (PSOL) propôs uma ampliação gradual dos investimen-tos públicos, “coibindo o repasse para as institui-ções privadas de modo a universalizar o acesso a todos os níveis de edu-cação de forma gratuita através de instituições públicas”. A candidata ainda garante que vai ampliar “radicalmente” os investimentos públi-cos em saúde e educação.

Marina Silva (PSB) de-fende uma educação de qualidade, promete re-fundar a educação públi-ca a partir de critérios de efetiva equidade social e promover mudanças curriculares, de metodo-logia e de organização e formato das escolas. A ex-senadora afirmou que vai garantir as condições para o combate ao anal-fabetismo nos próximos anos e avançar na supe-ração do analfabetismo funcional, estabelecen-do a meta de reduzi-lo drasticamente em quatro anos. Entre as propostas da candidata ainda es-tão a transformação do Programa Mais Educação em política de Estado de educação integral para toda a educação básica, investimento na infra-estrutura das escolas e na construção de novas

unidades e parcerias com as universidades federais para formação contínua dos profissionais que atu-am na educação integral. Para Marina, também é preciso incentivar novas metodologias de apren-dizagem com uso de tec-nologias e garantir que valores como o diálogo, a justiça social, o respeito à diversidade, a demo-cracia, a participação em questões socioambien-tais e os esportes estejam presentes nos currículos.

Mauro Iasi (PCB) diz que vai priorizar a edu-cação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis. Segundo ele, as recentes decisões políti-cas sucatearam o sistema educacional. Iasi defende a “desmercantilização” imediata do setor, assim como o de áreas como a saúde, a moradia, os transportes “que devem se tornar imediatamen-te públicos através de processos de estatização com controle popular”.

Pastor Everaldo (PSC) defende uma reforma na educação pautada na descentralização da ges-tão, mais participação de agentes privados e me-lhorias das disciplinas matemática e português. O candidato também de-fende a participação das famílias nas escolas e a expansão do programa Universidade para Todos (Prouni) para o ensino médio, fundamental e infantil como forma de incentivar a inserção de alunos na rede privada.

Segundo ele, isso possi-bilitará que estudantes carentes possam ter aces-so ao mesmo ensino de qualidade dos brasileiro com melhores condições financeiras.

Rui Costa Pimenta (PCO) quer priorizar o ensino público, gratui-to, laico e de qualidade para todos, em todos os níveis. O candidato de-fende a estatização das escolas privadas e o fim da municipalização do ensino. Pimenta quer ga-rantir a autonomia esco-lar tanto na questão edu-cacional quanto na área política e administrativa e colocar as escolas sob o controle da comunida-de. O comunista ainda promete reabrir todas as escolas e salas de aulas fechadas, acabar com a “aprovação automática”, reduzir o número de alu-nos por sala e fixar um piso salarial que atenda às necessidades do pro-fessor e de sua família “que hoje não poderia ser de menos de R$ 5 mil”.

Zé Maria (PSTU) quer garantir os 10% do PIB para a educação. O candi-dato lembra em seu pro-grama de governo que as melhorias nessa área es-tavam entre as principais reivindicações dos brasi-leiros que se juntaram às manifestações em junho do ano passado. “Luta-mos por 10% do PIB para a educação já, e não em dez anos como prevê o Plano Nacional de Edu-cação do governo”, des-taca.

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SANTA ROSA • Setembro de 201410 Geral

Campanha eleitoral.

As fontes de energia renováveis ganharam destaque especial entre as propostas de can-didatos à Presidência da República no que se refere ao setor elétrico. Todos os presidenciá-veis que incluíram pro-postas nessa área nos programas entregues à Justiça Eleitoral reco-nhecem a necessidade de aumentar a oferta em função do consumo crescente de energia, mas defendem que o país explore seus po-tenciais naturais para reduzir prejuízos am-bientais e riscos de ra-cionamento.

Conheça as propos-tas dos candidatos à Presidência para o setor de energia:

Aécio Neves (PSDB) promete incentivar dis-tribuidoras e geradoras elétricas para instala-ção de unidades de ge-ração de energia a gás natural e cogeração e viabilizar novas fon-tes de financiamento para o investimento e expansão do siste-ma elétrico brasileiro. Ele promete estimular a economia de baixo carbono e reorientar a matriz energética, bus-cando diversificar as

fontes de energia. Aécio defende a ampliação da participação da energia solar e da energia eólica na matriz e o estímulo para que todos os seto-res econômicos adotem programas de eficiência energética e conser-vação de energia. Na valorização da diversi-dade de fontes, o presi-denciável ainda propõe que sejam consideradas as características re-gionais na redefinição da matriz energética e, para atrair novas em-presas e investimentos, o candidato prome-te criar um ambiente regulatório seguro e equalizar regras de in-centivos, subsídios e fi-nanciamentos públicos para as diversas fontes de energia.

Dilma Rousseff (PT) garante que vai dar continuidade ao pro-cesso de expansão do parque gerador e trans-missor para garantir a segurança do supri-mento e a modicidade tarifária. Segundo ela, é preciso manter a qua-lidade da matriz ener-gética brasileira, basea-da em hidroelétricas e termoelétricas, fontes renováveis limpas e de baixa emissão de car-bono, complementada

por fontes alternativas, como a eólica, a solar e a originária da biomas-sa. Dilma promete dar prioridade à amplia-ção e modernização do parque de transmissão de energia instalado e apresenta um balanço dos últimos dez anos apontando a retomada da construção de usinas hidrelétricas e de linhas de transmissão.

Eduardo Jorge (PV) alerta, em seu pro-grama de governo, que a expansão do sistema de produção de energia elétrica está causando problemas ambientais e sociais crescentes com o deslocamento de em-preendimentos para a Amazônia e o uso das termelétricas que deve-ria ter caráter emergen-cial. Eduardo Jorge re-conhece que o consumo de energia tende a cres-cer, mas defende que o aumento da oferta siga padrões de eficiência para não comprometer recursos naturais ou aumentar emissões de gases de efeito estufa. Ele é favorável à subs-tituição das fontes que emitem mais carbono por fontes renováveis, como a hidráulica, a eó-lica, a solar e a biomas-sa moderna, que “além

de poluírem menos, têm seu fornecimento perene, aumentando a segurança energética e reduzindo a dependên-cia de custos com as im-portações”.

Eymael (PSDC) quer priorizar a ação do governo federal em in-fraestrutura nacional, incluindo a geração de energia como uma das prioridades, ao lado da construção de estradas, ferrovias e do sistema portuário.

Levy Fidelix (PRTB) acredita que a capacidade de forneci-mento de energia pode ser ampliada a partir do aproveitamento do potencial hídrico ama-zônico e a implanta-ção de pelo menos dez novas usinas atômicas espalhadas pelo país. Fidelix também é favo-rável a avançar no apro-veitamento de energias renováveis e defende o barateamento dessas fontes.

Luciana Genro (PSOL) destaca o setor energético como fator crítico da soberania e do desenvolvimento de qualquer país. A can-didata ataca a política adotada pelos governos tucano e petista nesse setor afirmando que ambos transformaram um “sistema público, planejado e coopera-tivo, em um sistema privado, mercantil, concorrencial, caro,

ineficiente e devastador do meio ambiente”.

Marina Silva (PSB) afirma que vai retomar o planejamento de mé-dio e longo prazos e investir em fontes mo-dernas, limpas e reno-váveis. A ambientalista afirma que é preciso aumentar a oferta para permitir o crescimen-to econômico e afastar constantes riscos de racionamento. Segundo ela, o Brasil é um dos únicos países do mun-do que podem ter uma matriz elétrica otimi-zada segura e competi-tiva do ponto de vista socioambiental. Entre suas promessas de go-verno, Marina afirma que vai apliar a parti-cipação da eletricidade na matriz energética, aumentar a proporção de energias renováveis e reduzir o consumo absoluto de combus-tíveis fósseis. A candi-data ainda garante que vai alinhar interesses de geradores, distribui-dores e consumidores e criar mecanismos de expansão do mercado livre de energia. Marina Silva também pretende recuperar a produção de biocombustíveis e ga-rantir que 1 milhão de hectares de concessões florestais tenham fins energéticos.

Mauro Iasi (PCB) se compromete a estatizar setores estrate gicos e a reverter as privatiza-ções da área de energia,

assim como propõe nos casos de comunicação, mineração, recursos naturais, transporte e logística de distribuição e produção.

Pastor Everaldo (PSC) quer revisar o modelo de partilha ado-tado para a exploração de petróleo no país, mas promete cumprir os contratos que estão vigorando. O candida-to prefere desestatizar o setor e abrir mercado para produção e distri-buição de energia, bus-cando variedade de ma-trizes para baratear o serviço. Everaldo desta-ca o potencial brasileiro em relação a fontes so-lar, hidrelétrica, eólica, nuclear e biomassa.

Zé Maria (PSTU) afirma que o setor de energia é estratégico para o desenvolvimen-to do país. Mas ressal-ta que nas mãos das grandes construtoras, empreiteiras e grupos internacionais, a preo-cupação não é garantir energia para o povo bra-sileiro, mas com seus lucros. Para o candida-to, reestatizadas e sob o controle dos trabalha-dores, essas empresas estariam a serviço dos interesses e da necessi-dade dos trabalhadores. Ele defende a reestati-zação completa do setor de energia elétrica, pri-vatizado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, e mantido pe-los governos do PT.

Veja as propostas para as fontes de energia renovável, dos candidatos à Presidência da República

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SANTA ROSA • Setembro de 2014 11Geral

Curiosidades

Empresa australiana cria projeto de casa em penhasco

Batizada de ‘Cliff Hou-se’, ou ‘Casa no Penhasco’, a casa possui vista des-lumbrante para o oceano e se localiza na ponta de um rochedo.

O conceito foi criado pela empresa Modscape, sediada na Áustralia, que projeta e constrói casas pré-fabricadas.

A casa possui três quartos (sendo uma su-íte), uma sala de estar, uma garagem, um lavabo, um spa a céu aberto e uma churrasqueira no andar inferior.

A decoração interna é propositadamente mini-malista para que o visi-tante preste atenção “nas vistas transcendentais do oceano”.

Segundo o site da em-presa, o esboço ganhou forma quando um casal procurou a companhia e questionou os projetistas se seria possível construir uma casa de veraneio nas extremidades da costa do Estado de Victoria, na Austrália.

Inspirada pela forma como as cracas se agarram aos cascos dos navios, o projeto prevê a divisão da casa em cinco módulos conectados por um eleva-dor. A estrutura seria liga-da ao penhasco por pinos de aço.

À primeira vista, um dos principais obstáculos seria a maresia – afinal, a

casa poderia estar sujeita à erosão vinda do mar.

Mas, segundo Maxwell Hutchinson, ex-presiden-te do Royal Institute of British Architects, não há razão pela qual a casa não poderia ser erguida. Vigas suspensas presas à rocha poderiam aguentar a es-trutura tais como gram-pões suportam alpinistas, acrescentou o especialis-ta.

De acordo com Hu-tchinson, enquanto mui-tas pessoas acreditam que as casas têm de ser erguidas do chão para cima, é igualmente possí-vel, pelo menos em teoria,

construí-las em suspenso. Há um sem número de exemplos espalhados pelo mundo, desde casas flu-tuantes até submarinas, passando por hotéis de gelo.

O especialista adverte, no entanto, que “todas essas coisas são caras por-que a indústria da cons-trução detesta qualquer coisa fora do comum”.

Sendo assim, um even-tual comprador da Cliff House teria de “abrir a carteira” para vê-la pron-ta, além, é claro, de “não ter medo de altura”, brin-ca Hutchinson.

Por: BBC

Estudo

Estudo diz que dietas fazem células do cérebro

se canibalizarem.

Fotomontagem do projeto

Pesquisa publi-cada na revista ‘Cell Metabolism’ poderia explicar por que é tão difícil manter resulta-dos de dietas de ema-grecimento.

Um estudo publi-cado na revista cien-tífica Cell Metabolism pode ajudar a explicar por que é tão difícil seguir uma dieta de emagrecimento.

Segundo a pesqui-sa, quando se passa fome, os neurônios responsáveis por regular o apetite pas-sam a comer partes deles mesmos.

Os cientistas acre-ditam que isso acon-teceria porque após um período de jejum e o uso emergencial de reservas de gordu-ra, o corpo receberia um sinal de que há uma falta de comida e faria com que as célu-las se alimentassem delas mesmas.

Os experimen-tos realizados com camundongos em

laboratório revelaram que o ato de ‘autoca-nibalismo’ destas cé-lulas gera a liberação de ácidos graxos, que por sua vez resulta em níveis mais altos de uma substância química no cérebro (a proteína agouti, AgRP) que estimula o apetite.

Um dos respon-sáveis pelo estudo, o pesquisador Rajat Singh, do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, acredita que remédios que inter-firam neste processo de autofagia das célu-las do cérebro pode-riam ajudar a tratar a obesidade, fazendo com que as pessoas sintam ‘menos fome e queimem mais gor-dura’.

Segundo ele, quando a autofagia foi bloqueada nos neurônios dos ca-mundongos, os ní-veis de AgRP não se elevaram em resposta à fome e os níveis

de outro hormônio, o hormônio estimulante dos melanócitos, perma-neceram altos. Esta alteração na química do corpo levou os ca-mundongos a ficarem mais magros, já que eles comiam menos após um período de jejum e gastavam mais energia.

Por outro lado, Singh explicou que níveis cronicamen-te altos de ácidos graxos na corrente sanguínea, como acontece em pessoas com dietas ricas em gordura, podem al-terar o metabolismo dos lipídios, ‹criando um circulo vicioso de superalimentação e equilíbrio de energia alterado.›

O estudo também pode ajudar a expli-car por que o apetite tende a diminuir com a idade, já que as células de um corpo mais idoso não con-seguiriam realizar a autofagia tão bem.

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