Sharon Kendrick - [Os Coretti 5] - Sussurros de Tragédia (Paixão Sagas 16.1)

8/10/2019 Sharon Kendrick - [Os Coretti 5] - Sussurros de Tragédia (Paixão Sagas 16.1)

http://slidepdf.com/reader/full/sharon-kendrick-os-coretti-5-sussurros-de-tragedia-paixao-sagas-161 1/97

Sussurros de Tragédia A WHISPER OF DISGRACE

haron Kendrick

- OS CORRETTI DA SICÍLIA -Quanto mais poderosa a família, maiores os seredos es!ondidos"

Rosa Corretti não consegue tirar da cabeça a noite que passou com u!a!" #ara superar sua desgraça$ e!a se %ogou no ca!or dos braços do s&ei'" (as u!a! ) um &omem

dominador$ e agora quer ter contro!e tota! sobre Rosa$ ainda que e!a não este%a disposta asair de uma gaio!a de ouro para entrar em outra" Ser* que o arrogante s&ei' sucumbir* +pai,ão abrasadora e aceitar* Rosa em seu coração

Digitalização: Simone RRevisão: Mary



S#aron $endri!% & 'Os Coretti () & Sussurros de *ra+dia Pai-.o Saas /(0/1

Tradução Ligia Chabú

.ARLE/0I1

2345

#06LICADO (EDIA1TE ACORDO CO( .ARLE/0I1 6OOS S"A"Todos os direitos reser7ados" #roibidos a reprodução$ o arma8enamento ou a

transmissão$ no todo ou em parte"Todos os personagens desta obra são 9ict:cios" /ua!quer seme!&ança com pessoas 7i7as

ou mortas ) mera coincid;ncia"

Título original: A WHISPER ! DIS"RA#ECop<rig&t = 234> b< .ar!equin 6oo's S"A"

Origina!mente pub!icado em 234> por (i!!s ? 6oon (odern Romance

Título original: A !A$ADE T SHATTERCop<rig&t = 234> b< .ar!equin 6oo's S"A"

Origina!mente pub!icado em 234> por (6 Sici!ian Scanda!s

#ro%eto gr*9ico de capa@1uc!eo i designers associados

Arte-9ina! de capa@Isabe!!e #ai7a

Editoração e!etrnica@EDITORIARTE

Impressão@RR DO11ELLEB

"rrdonne!!e<"com"br

Distribuição para bancas de %ornais e re7istas de todo o 6rasi!@C Comercia! Distribuidora S"A"

Editora .R Ltda"Rua Argentina$ 44$5F andar

São CristG7ão$ Rio de Haneiro$ RH 23J24->K3Contato@

7irginia"ri7era&ar!equinboo's"com"br

2

http://www.rrdonnelley.com.br/

mailto:[email protected]

http://www.rrdonnelley.com.br/

mailto:[email protected]




OS CORRETTI DA SICÍLIA

Quanto mais poderosa a família, maiores os segredos escondidos!

O IMPÉRIO Jovens, ricos e belos, os Corretti são presença constante nos principais veículossensacionalistas da Sicília!

O ESCÂNDALOEntretanto, por quanto tempo a reputação dos Corretti resistirá aos holofotesda fama quando segredos de família se tornarem pblicos

O LEGADO

"uase destruídos pela sede de poder no passado, a nova geração dos Correttiestá de volta e no topo! #enhum desgraça poderá derrubá$los!

Colecione as !is"#rias lan$adas e% & 'olu%es(

%&'()* S&+&S -. / 0E+&1* 1E S'02#C'* / Carol 3arinelli

%&'()* S&+&S -. / C*#4'5E &* %EC&1* / Sarah 3organ

%&'()* S&+&S -6 / S*378& 1E C90%& / &bb: +reen%&'()* S&+&S -6 / ;E8&#<& 1E 1ES*#8& / =ate ;e>itt

%&'()* S&+&S -? / S9SS988*S 1E 58&+@1'& / Sharon =endricA

%&'()* S&+&S -? / B8+'0 B&C;&1& / 0:nn 8a:e ;arris

%&'()* S&+&S -D / #*5C'&S ESC&#1&0*S&S / Caitlin Cre>s

%&'()* S&+&S -D / B*3E %E0* %8*'7'1* / 3aise: Fates

Siga nossas redes sociais, conheça nossoslançamentos e participe de nossas promoçGes em tempo real!

5>itterHcomIharlequinbrasilBacebooAHcomI;arlequin7ooAs7rasil

>

https://twitter.com/harlequinbrasil

https://www.facebook.com/HarlequinBooksBrasil

https://twitter.com/harlequinbrasil

https://www.facebook.com/HarlequinBooksBrasil




#a%ítulo &

A garra9a esta7a ge!ada$ mas não tanto quanto o ge!o ao redor de seu coração"Rosa !e7ou o c&ampan&e aos !*bios e bebeu outro go!e enquanto tenta7a amortecer ador" /ueria acordar e descobrir que os M!timos dias não tin&am acontecido" /ueria ser apessoa que sempre pensara ser" E queria que aque!e &omem a!to do outro !ado da boateparasse de obser7*-!a com aque!es o!&os escuros e ener7antes"

A !u8 9!uorescente e a mMsica a!ta esta7am 9a8endo sua cabeça girar""" ou ta!7e89osse o c&ampan&e que e!a bebia desde que entrara !*" 1ão esta7a acostumada comespumantes e não gosta7a do sabor""" principa!mente porque &a7ia sido criada com7in&os da Sic:!ia$ que eram ricos$ quentes e tintos" Ou$ pe!o menos$ ti7era permissão detomar meia taça de 7e8 em quando$ comp!etada com *gua""" obser7ada pe!os o!&osprotetores de seus dois irmãos"

E,ceto que e!es não eram rea!mente seus irmãos$ eram De agora em diante$ e!aprecisa7a começar a pensar ne!es como meios-irmãos"

Rosa apertou o garga!o da garra9a$ um tremor percorrendo sua co!una enquanto se9orça7a a con9rontar a 7erdade inacredit*7e!" /ue nada era o que parecera ser$ nemnunca mais seria" A re7e!ação tin&a sido bruta!$ e e!a descobrira$ da pior maneira poss:7e!$

que 7i7era uma mentira por toda sua e,ist;ncia"E e!a não passa7a de uma 9arsa"

Mademoiselle? Noc; est* pronta

Sem pa!a7ras$ Rosa assentiu quando o 9uncion*rio da boate gesticu!ou em direçãoao pGdio$ no qua! di7ersas mu!&eres tin&am tentado a po!e dance durante a noite inteira"Seria %usto di8er que a maioria de!as 9i8era uma dança pobre$ apesar de serem magras$!oiras e estarem em p!ena 9orma" Todas as mu!&eres nesta parte da Ri7iera rancesapossu:am ta! apar;ncia" Rosa era a di9erente$ com seu cabe!o cor de mogno$ pe!e cor deo!i7a e cur7as generosas""" que agora sa!ta7am de seu no7o 7estido 7erme!&o"

E!a ergueu um dos p)s não muito 9irmes no pGdio$ imaginando se conseguiriadançar no tipo de sa!to a!to que não teria ousado usar na Sic:!ia" (as quem se importa7ase e!a tropeçasse E quem se importa7a se seu 7estido 9osse a coisa mais curta queRosa %* usara 1em e!a" Esta noite$ ia se !i7rar da 7e!&a Rosa$ que se importara muitocom apar;ncias e em 9a8er a coisa certa" Esta noite$ ia abraçar uma no7a Rosa""" umaque gan&ara uma pe!e mais grossa$ de modo que ningu)m nunca mais pudessemac&uc*-!a" 1esta costa 9rancesa con&ecida como Cte dA8ur$ emergiria de sua conc&aprotetora como uma criatura irrecon&ec:7e!""" e sua trans9ormação seria comp!eta"

E!a deu outro go!e do c&ampan&e e ps a garra9a no c&ão$ mas quando subiu aopGdio$ seu o!&ar 9oi capturado pe!o &omem do outro !ado da boate""" aque!e de cabe!oescuro e corpo poderoso" E!e ainda a obser7a7a""" e a!guma coisa na e,pressão

5




especu!ati7a nos o!&os de!e causou um 9rio8in&o na barriga de Rosa" 1ingu)m nuncaensinara a e!e que era rude encarar uma pessoa daque!e %eito E ainda mais rude ignorar aque!a pobre mu!&er$ que esta7a praticamente se %ogando em cima de!e"

A mMsica começou quando Rosa agarrou a barra$ girando a p)!7is$ da maneira queobser7ara as outras 9a8erem" E!a nunca sequer 7ira uma po!e dance antes desta noite"""

nem nunca ousara entrar numa competição para amadoras" (as um c&oque podia 9a8er uma pessoa se comportar de maneira nem um pouco caracter:stica"

Enro!ando uma perna em 7o!ta da barra escorregadia$ e!a começou a se mo7er"#odia sentir o meta! 9rio des!i8ando contra sua co,a nua" O *!coo! a re!a,ara e o ritmo&ipnGtico da mMsica começou a penetr*-!a" E$ subitamente$ 9oi 9*ci!" *ci! perder-se noba!anço sensua! da mMsica e esquecer sua dor emociona!" Seus mo7imentos pareciaminstinti7os""" como se e!a ti7esse nascido para dançar daque!e %eito" Como se es9regar seucorpo contra um pedaço est*tico de meta! 9osse a coisa mais natura! do mundo"ec&ando os o!&os$ Rosa ergueu ainda mais uma das pernas e inc!inou a cabeça para

tr*s$ de modo que pudesse sentir seu cabe!o !ongo roçando o c&ão" Começou a es9regar o quadri! em c:rcu!os !entos e sensuais contra a barra e$ ine,p!ica7e!mente$ sentiu o ca!or pu!sante da e,citação em seu se,o"

Em meio ao seu estado son&ador$ e!a podia ou7ir outros sons" Especia!mente oc!amor entusiasmado de 7o8es mascu!inas$ enquanto e!a gira7a na barra ao ritmo damMsica" (as não se importa7a com quem esta7a gritando""" apenas mante7e os o!&os9ec&ados e deu tudo que tin&a + dança" Era a coisa mais cat*rtica que %* 9i8era" /uando amMsica acabou$ abriu os o!&os para descobrir que uma mu!tidão de &omens tin&a sereunido na 9rente do pa!co para 7;-!a"

#or um momento$ e!a esperou 7er os rostos 9uriosos de seus irmãos"

Correção" (eios-irmãos""" mas e!es esta7am a centenas de qui!metros da!i"

Rosa endireitou o corpo e o!&ou para a mu!tidão de &omens$ pensando como ia sair de !* sem esbarrar ne!es" (uitos esta7am com a camisa aberta$ e seus peitos pareciamsuados" E!a não queria toc*-!os" Estremeceu" 1ão queria ter nada a 7er com e!es" Tudoque queria era outro drinque$ porque a dor em seu coração esta7a começando a 7o!tar$ eum drinque parecia o Mnico %eito de anestesi*-!a" Abai,ou-se para pegar a garra9a$ quandosentiu o roçar de dedos no seu braço$ e$ endireitando a co!una$ deparou-se com o par de

o!&os mais pretos que %* tin&a 7isto"Era o &omem do !ado oposto da boate" Aque!e que a esti7era encarando" Aque!e

que$ at) de8 minutos atr*s$ &a7ia sido o ob%eto de atenção de a!gumas mu!&eres !indas"Rosa tentou 9ocar o o!&ar ne!e propriamente e pensou que nunca 7ira um &omem comoaque!e antes" #arada tão perto de seu corpo r:gido$ Rosa subitamente entendeu por queaque!a mu!&er esti7era se %ogando em cima de!e" O &omem parecia maior que a 7ida"""como se 9osse composto de a!guma 9orça e!ementar que domina7a o sa!ão inteiro" Oso!&os pretos re!u8iam""" como se um 9ogo esti7esse queimando atr*s dos c:!ios !ongos""" eos !*bios eram carnudos e sensuais"

Noc; me parece a!gu)m em necessidade urgente de resgate disse e!e numsotaque e,Gtico que e!a não recon&eceu"

P




A 7e!&a Rosa poderia ter 9icado intimidade por ta! &omem$ isto )$ se ti7esse tidopermissão de sua 9am:!ia superprotetora de apro,imar-se de!e" (as a Rosa no7a eembriagada não se sentia intimidada" Em 7e8 disso$ encarou-o e e,perimentou umaineg*7e! e,citação""" como se ti7esse acabado de encontrar a!go inesperado" A!go quenem soubera estar procurando"

E 7oc; ) a pessoa certa para me resgatar$ supon&o Eu sou o candidato per9eito para qua!quer tipo de resgate$ min&a !inda" #ode

acreditar"

Tentando re9rear a e,citação que percorria suas 7eias$ Rosa o!&ou ao seu redor com e,pressão 8ombeteira"

(as não posso 7er seu ca7a!o branco em !ugar nen&um"

Isso ) porque eu sempre ca7a!go um garan&ão preto$ embora nunca na rança"

E!e ) grande$ poderoso e não gosta de boates" Os o!&os de!e bri!&a7am" Di9erente de uma mu!&er que parece não perceber o a!7oroço que esta7a criando quandorea!i8ou aque!e nMmero incr:7e! de dança$ momentos atr*s$ e quase 9e8 a boate inteira sederreter"

Rosa sorriu$ ciente de que o n:7e! de 9!erte esta7a aumentando a cada segundo" Eesta7a um pouco assustada$ porque esse tipo de coisa não 9a8ia parte de suae,peri;ncia" (esmo durante sua )poca de 9acu!dade em #a!ermo$ os &omens por quemse interessa7a 9ugiam quando descobriam quem e!a era" #orque$ que &omem em seu %u:8o per9eito se en7o!7eria com uma Corretti$ uma mu!&er que não ousariam tocar$ por medo de serem perseguidos por um de seus irmãos ou primos

Rosa nunca con&ecera ningu)m que não tin&a se sentido intimidado pe!areputação de sua 9am:!ia poderosa e nunca teria tido permissão de se apro,imar de um&omem dessa 9orma" 0m &omem que e,a!a7a tanta se,ua!idade$ que Rosa imaginou seseus dedos queimariam$ caso e!a o tocasse"

Sabia que a coisa sensata a 9a8er era 7irar-se e ir embora" No!tar para o &ote! ondeesta7a &ospedada e dormir para curar a bebedeira" Acordaria pe!a man&ã"""pro7a7e!mente com a cabeça e,p!odindo""" e decidiria o que 9a8er com o resto de sua7ida"

(as não esta7a se sentindo sensata" Sentia-se""" desa9iadora" #orque era mais9*ci! !idar com desa9io do que com um coração partido e so!idão" Desa9io 9a8ia 7oc; sesentir 7i7a$ em 7e8 de 7a8ia e imaginando o que seria de sua 7ida"

Eu não quero ser resgatada disse e!a$ dando outro go!e no c&ampan&e" /uero dançar"

Isso murmurou e!e$ enquanto !&e tira7a a garra9a da mão e entrega7a paraa!gu)m a!i perto$ que aceitou sem coment*rios tamb)m pode ser arran%ado"

E!e pegou-!&e a mão e condu8iu-a para a pista de dança$ e Rosa tomou ci;ncia de

uma sMbita sensação de perigo quando e!e en7o!7eu-a nos braços" E!e era mais a!to doque qua!quer &omem que e!a %* con&ecera" E o corpo parecia tão 9orte" Rosa umedeceu

Q




os !*bios" 0ma mu!&er não tin&a c&ance com um &omem assim Em 7e8 de assust*-!a$ opensamento a e,citou"

Eu nem mesmo sei seu nome disse e!a"

C!aro" Eu não contei"

E não 7ai me contar Ta!7e8""" se 7oc; 9or boa8in&a"

Impu!si7amente$ e!a desa9iou"

E se eu não 9or

1esse caso$ eu irei de9initi7amente !&e contar""" porque não &* nada que eugoste mais do que uma mu!&er que não ) boa8in&a" (eu nome ) u!a!"

E!a tentou repetir o nome" (o7endo os !*bios$ pronunciou a primeira s:!aba" Então$dei,ando a !:ngua tocar o pa!ato$ murmurou a segunda@

u!a!"

.umm" Eu gosto do %eito como 7oc; 9a!a meu nome" Soa muito se,< nos seus!*bios"

Rosa riu"

#are com isso

Com uma onda de !u,Mria$ u!a! pu,ou-a para mais perto e sentiu-a se derreter$como se e!a esti7esse esperando$ durante a noite inteira$ que e!e 9i8esse isso" E e!e

tamb)m não sentia dessa 9orma Seus sentidos não tin&am gan&ado 7ida desde omomento em que e!e &a7ia co!ocado os o!&os ne!a e 7isto aque!es !*bios sua7es seentreabrindo numa e,pressão inocente$ a qua! certamente não combina7a com oesp!endor pecador do corpo 7o!uptuoso u!a! podia sentir os seios grandes pressionadoscontra seu peito e respirou 9undo$ antes de !e7ar a boca ao ou7ido de!a@

Agora$ 7amos 7er se 7oc; pode dançar tão bem no c&ão como dançou no pGdio$min&a !inda

As pa!a7ras sedosas sussurradas no seu ou7ido a7isaram Rosa para ser cuidadosa" #orque &a7ia uma ra8ão para uma pessoa e!ogi*-!a""" sua 9am:!ia !&e ensinara"

Noc; di8ia a uma mu!&er que e!a era !inda$ e e!a se abria para 7oc;""" não era assim que9unciona7a Rosa não crescera 7endo os &omens de sua 9am:!ia 9a8endo seus prGprios %ogos de sedução .omens como u!a! queriam apenas uma coisa de uma mu!&er eRosa 9ora criada para guardar sua &onra e integridade" (as isso tin&a sido antes que omundo mudasse" Antes que seus 7a!ores tão precisos se pro7assem super9iciais e inMteis"

Então$ e!a reprimiu suas dM7idas e o 9itou$ dando-!&e um o!&ar de 9!erte que nãosoubera possuir em seu repertGrio$ at) agora"

Noc; 7ai me dar uma nota de 8ero a de8

Se 7oc; quiser" (ãos 9ortes se apertaram ao redor da cintura de!a" (as eu!&e a7iso de antemão que posso ser um %ui8 muito duro"




As pa!a7ras sa:ram antes que Rosa percebesse que as 9a!ara@ Eu correrei orisco"

timo" Os !*bios de!e roçaram contra seu pescoço" Eu gosto de mu!&eresque correm riscos"

Rosa podia sentir os !*bios de!e roçando contra seu pescoço e 9ec&ou os o!&os emde!eite" Aqui!o era""" ;,tase" 6raços poderosos se apertaram ao seu redor$ e e!a percebeuque dançar com e!e era di9erente de dançar com qua!quer outra pessoa" E!e parecia estar criando as prGprias regras$ ignorando o ritmo da mMsica e mo7endo-os como se 9osseuma canção !enta$ em 7e8 de uma batida mais ace!erada" E e!a esta7a permitindo"

#or que não permitiria E!e era tão bom naqui!o"

Noc; gosta disso perguntou e!e sua7emente$ enquanto as pa!mas das mãosdes!i8a7am para a cur7a de seu traseiro"

A no7a sensação de !iberdade e de ou7ir os dese%os de seu corpo tornou Rosa

ousada$ e e!a não protestou contra o gesto :ntimo"

Sim"

oi o que pensei" Eu tamb)m gosto disso" (uito"

u!a! 9ec&ou os o!&os e sentiu dedos de!icados se mo7erem para seus ombros"#odia sentir o roçar de mec&as sedosas contra seu rosto$ e a onda de dese%o que oinundou 9oi tão 9orte que e!e 9oi tomado por uma necessidade insuport*7e! de toc*-!a mais

Intimamente"

Embora sempre ti7esse sido con&ecido como um pr:ncipe não con7enciona!$u!a! respeita7a sua posição o bastante para não arriscar seu pape! na rea!e8a" Dançar com uma mu!&er que era c!aramente uma e,ibicionista era uma coisa$ mas 9a8er amor com e!a num !ugar pMb!ico era outra bem di9erente" Então$ embora uma mu!tidão oscercassem como uma barreira$ e apesar das !u8es 9!uorescentes que obscureciam amaior parte de seus mo7imentos$ e!e não 9e8 o que queria 9a8er" /ue era brincar com osbicos dos seios de!a atra7)s da seda 9ina do mini7estido" Ou des!i8ar a mão por bai,o dasaia e tocar-!&e o se,o quente e Mmido atra7)s da ca!cin&a"

Isso se e!a esti7esse usando uma"

u!a! engo!iu em seco$ imaginando se e!a podia sentir sua ereção"E!e a notara no instante que tin&a entrado na boate""" mas então$ o 7estido

7erme!&o bri!&ante dei,a7a pouco para a imaginação" A garota tin&a o tipo de corpo quenão esta7a na moda""" principa!mente a!i$ no su! da rança" E!a não parecia passar &orasnuma academia ou 7i7er de dietas puniti7as" A esp)cie de dieta que dei,a7a as mu!&erescom aque!a e,pressão ansiosa""" como se temessem desmaiar de 9ome" Em 7e8 disso$e!a parecia madura e de!iciosa""" como uma amora sucu!enta momentos antes de cair da*r7ore"

E!e notara que o cabe!o escuro sedoso batia na cintura de!a$ e que as pernasabai,o do mini7estido eram muito !ongas" Seus o!&os &a7iam se encontrado atra7)s dapista de dança""" e e!a arrega!ara os o!&os$ como se esti7esse surpresa""" e naque!e

K




momento$ u!a! soubera" Assim como sempre sabia quando uma mu!&er o dese%a7a" E!aera sua$ e e!e queria tom*-!a assim que poss:7e!""" porque um dia$ muito em bre7e$ essetipo de !iberdade se,ua! seria coisa do passado"

u!a! comprimiu os !*bios em resignação$ pois o de7er de um casamento arran%adoesta7a perto de ser cumprido$ e seus dias de p!a<bo< !i7re esta7am contados" (esmo se

e!e e sua no7a noi7a concordassem com um casamento abertoU ou pe!o menos$ abertoUpara e!e""" u!a! sabia que$ no 9uturo$ teria de condu8ir seus casos e,tracon%ugaisdiscretamente" E!e 7in&a do tipo de cu!tura em que esposas 9a8iam 7ista grossa para asindiscriçVes do marido$ mas casamento tra8ia suas responsabi!idades" E!e não poderiamais entrar numa boate so8in&o e sair com uma !inda mu!&er no braço"

#ressionou os !*bios contra a conc&a da ore!&a de!a$ enquanto e!es se mo7iam noritmo da mMsica"

/ua! ) o seu nome

Rosa rep!icou e!a$ instinti7amente omitindo o sobrenome Corretti" Ta!7e8$ e!eti7esse ou7ido 9a!ar de sua 9am:!ia ou ta!7e8 não$ mas e!a não correria o risco" Esta podiaser sua noite de se comportar de maneira impu!si7a$ mas não com estupide8"

Rosa repetiu e!e$ des!i8ando a mão pe!a cortina de cabe!o escuro$ como seesti7esse a!isando o pe!o de seu ca7a!o 9a7orito" Sorriu ao senti-!a se contorcer emresposta"

Eu gosto do seu nome$ tamb)m" Noc; ) ita!iana

Sim Rosa conseguiu responder$ embora 9osse di9:ci! 9a!ar$ quando o c&eirom*scu!o a esta7a en7o!7endo" /uem se importa7a se e!a esta7a sendo um poucoeconmica com a 7erdade E!a era sici!iana$ e sua 9am:!ia 9icaria irada se a ou7isse sedec!arar ita!iana (as era mais 9*ci! assim E Rosa não de7ia mais nada a sua 9am:!ia$!embrou-se com 9erocidade" Sim$ eu sou"

E 7oc; tem o &*bito de 9a8er po!e dance em boates$ Rosa

E!a meneou a cabeça"

Eu nunca tin&a 9eito isso antes$ na 7ida"

Interessante" #or que não

Rosa 9e8 uma careta$ porque aque!e era um assunto do qua! não queria 9a!ar"6a!ançou a cabeça"

Conte-me sobre 7oc;$ em 7e8 disso (as u!a! esta7a percebendo que nãoqueria ter de quase gritar para ser ou7ido$ e não ousaria 9icar na pista de dança com e!apor muito mais tempo" Se e!a continuasse roçando aque!e corpo 7o!uptuoso contra o seu$e!e !ogo não seria capa8 de se mo7er" Então$ por que não acabar com a dança econtinuar esta con7ersa em a!gum !ugar mais pri7ado""" como o iso!amento de seuapartamento no &ote!$ com a con7eni;ncia de uma cama por perto

#or que nGs não 7amos para um !ugar mais tranqui!o sugeriu e!e"

Rosa &esitou" Dese%ou que e!e ti7esse !&e dado a!gum tipo de a7iso$ antes de so!t*-!a$ porque e!a se sentia como um na7io que 9icara sem Wncora"

J




#ara onde$ por e,emp!o

u!a! 9ran8iu o cen&o ao e,perimentar uma onda de irritação" #or que as mu!&eressempre 9a8iam isso #or que 9ingiam tota! inoc;ncia$ quando ambos sabiam e,atamentecomo a noite terminaria Tentar$ de sMbito$ bancar a inocente nunca ia 9uncionar paraa!gu)m tão se,< como Rosa" E!e deu de ombros"

Eu con&eço um !ugar com uma 7ista incr:7e!$ onde podemos nos sentar eobser7ar as estre!as"

O&$ eu adoro as estre!as disse Rosa son&adora"

Eu tamb)m" Então$ por que não sa:mos daqui e encontramos nosso pedaço depara:so

E!e 9a!a7a de uma maneira tão po)tica$ pensou Rosa$ sentindo-se meio 8on8a$no7amente" Tentou !embrar-se da M!tima 7e8 que tin&a comido$ mas parecia muito tempoatr*s"

Tudo bem concordou e!a"

E u!a! sorriu$ porque aqui!o &a7ia sido tão 9*ci! quanto e!e esperara" O que u!a!queria u!a! conseguia" Era o que todos sempre di8iam ao seu respeito" E!e nunca ti7erade !utar por a!guma coisa ou por a!gu)m$ e,ceto pe!a Mnica pessoa que rea!mentequisera$ e tin&a sido imposs:7e! !utar por e!a"

Rosa o esta7a o!&ando$ com uma e,pressão tão sua7e e con9iante e e!e não queriaque e!a o o!&asse assim /ueria-a ardente e se,<"

Namos ac&ar meu carro disse e!e$ o!&ando para os braços e pernas desnudos

de!a" Noc; tem um casaco$ ou a!go assim

Rosa piscou" Tin&a 1ão podia !embrar" O!&ou para o mini7estido de seda"Recordou-se de t;-!o comprado numa boutique ridicu!amente cara em Antibes$ poucas&oras atr*s$ %untamente com as sand*!ias a!t:ssimas que comp!ementa7am o tra%e"Combina7am com a bo!sa 7erme!&a que esta7a pendurada de seu ombro numa correntedourada$ mas e!a não se !embra7a de casaco a!gum

Ac&o que não respondeu 7agamente"

O o!&ar que u!a! !&e deu contin&a apreensão$ e$ enquanto e!e a condu8ia para 9ora

da pista de dança$ começou a se arrepender de sua o9erta impetuosa" Rosa podia parecer a 9antasia de todo &omem$ mas agora e!e notou que os passos de!a eram inst*7eis eperguntou-se quão embriagada e!a estaria" E!e não gosta7a de mu!&eres boa8in&asdemais$ isso era 7erdade$ mas gosta7a de!as sGbrias"

E!e condu8iu-a para 9ora da boate e pegou-!&e a mão para 9irm*-!a" e!i8mente$não &a7ia paparazzi por perto$ pensou quando a%udou Rosa a entrar no banco de tr*s da!imusine que esta7a esperando" E!a estendeu as pernas a 9rente e 9ec&ou os o!&os"

#e!a primeira 7e8 em sua 7ida$ u!a! encontrou-se pu,ando a bain&a de um 7estidopara bai,o$ numa tentati7a inMti! de introdu8ir um pouco de dec;ncia" Agora$ não era a&ora de obser7ar que e!a estava usando ca!cin&a" Ou que esta parecia ser de renda"

/uanto 7oc; bebeu demandou e!e"

43




A 7o8 pro9unda com sotaque penetrou a mente entorpecida de Rosa$ e e!a abriu oso!&os" O ar 9resco a 9i8era se sentir muito pecu!iar$ mas$ de repente$ sentia-se seguraneste carro !u,uoso" E e!e ainda esta7a !*$ pensou" Seu sa!7ador de o!&os pretos$ que aabraçara tão apertado na pista de dança" E!a se sentia muito segura com e!e" Então$ por que e!e não a esta7a abraçando mais De modo que e!a pudesse esquecer tudo$ e,ceto o

toque mara7i!&oso" Nen&a aqui e me bei%e murmurou Rosa$ enquanto os o!&os de!e entra7am e

saiam de 9oco$ antes que o es9orço de manter suas p*!pebras abertas se tornassedemais$ e Rosa as 9ec&asse no7amente" #or 9a7or" Apenas me bei%e"

u!a! segurou-!&e os braços e sacudiu-a de !e7e$ tentando acord*-!a""" mas não seimportou em esconder seu desd)m ou sua rai7a por ter entrado numa situação daque!a"Rosa rea!mente ac&a7a que e!e queria bei%*-!a quando e!a esta7a naque!e estado

Rosa$ 7oc; est* b;bada acusou e!e"

Eu sei que estou" A cabeça de!a tombou contra o encosto de couro" E asensação ) 9ant*stica"

Se 7oc; pudesse 7er a si mesma não pensaria assim ra!&ou u!a!" 0mamu!&er b;bada nunca ) uma 7isão bonita"

(as um &omem b;bado )$ supon&o murmurou e!a" #ois não era com issoque tin&a crescido 0ma regra para &omens e outra di9erente para mu!&eres" O&$ por queo mundo era tão in%usto

Eu não apro7o ningu)m que perca o contro!e de si mesmo dessa 9orma retorquiu e!e" #or isso 7ou !e7*-!a para casa"

A pa!a7ra 8ombou de Rosa o bastante para 9a8;-!a dar um sorriso 7a8io"

Casa questionou e!a$ e$ pe!a primeira 7e8$ um traço de amargura surgiu emsua 7o8" Noc; ter* um prob!ema com isso" #orque eu não ten&o casa" 1ão mais"

u!a! inc!inou-se sobre e!a$ querendo estrangu!*-!a" 1ão esta7a interessadonaque!a &istGria triste em particu!ar$ pro7a7e!mente indu8ida pe!o *!coo!" Apenas precisa7ase !i7rar de!a" E !ogo"

Onde 7oc; est* &ospedada

Com isso$ Rosa abriu os o!&os e 9itou-o" Tentou sentar-se$ mas o es9orço de seme,er era grande demais" E e!e c&amara a sua atenção para um prob!ema muito maior"Onde e!a estava &ospedada

Eu não ten&o ideia respondeu Rosa$ erguendo as pernas sobre o banco eacomodando-se me!&or" Esta7a con9ort*7e! a!i e não queria ir para nen&um outro !ugar"/ueria 9icar com este &omem de rosto sombrio e o!&os bri!&antes$ porque e!e 9a8ia comque e!a se sentisse segura e e,citada$ ao mesmo tempo" Rosa boce%ou preguiçosamentee anin&ou-se contra o assento de couro macio" Então$ ac&o me!&or eu 9icar com 7oc;"

44




#a%ítulo '

O so! quente batia no rosto de Rosa$ e$ por um momento$ e!a se me,eu$ re!utanteem dei,ar o son&o &ipnGtico que parecia curiosamente rea!:stico"

Eu sei que 7oc; est* acordada"

A 7o8 dura com sotaque entrou em seu son&o e destruiu-o" (esmo que 9osse a 7o8do &omem respons*7e! pe!as imagens erGticas que tin&am preenc&ido sua noiteirrequieta"

Sua garganta esta7a muito seca$ e Rosa abriu os o!&os para encontrar um par deo!&os pretos 9i,o no seu rosto$ mas não &a7ia especu!ação preguiçosa ou 9!erte ne!es$nesta man&ã" Tudo que e!a podia !er a!i era rai7a" Enco!&eu-se" Sim$ era de9initi7amentedespre8o que bri!&a7a nas pro9unde8as cor de )bano"

Atordoada$ o!&ou ao redor$ tentando conectar os 9!as&es de memGria da noiteanterior" Sua cabeça !ate%a7a$ sua boca esta7a seca$ e Rosa tin&a a sensação de quea!guma coisa esta7a muito errada"

O!&ou para si mesma e 9icou &orrori8ada ao perceber que esta7a numa cama muitogrande""" comp!etamente nua

Agarrando o !enço! 9ino para esconder seus seios$ sentou-se e o!&ou para o &omem

que con&ecia apenas como u!a!$ que esta7a de p)$ aos p)s da cama$ parecendo um tipode an%o 7ingati7o"

O que aconteceu demandou e!a"

Noc; não !embra

Se eu !embrasse$ não estaria perguntando""" estaria

A e,pressão desden&osa no rosto de u!a! apro9undou-se"

Noc; quer saber se nGs 9i8emos se,o

Rosa sentiu as 9aces queimarem$ &orrori8ada pe!a pergunta direta"Toda7ia$ por tr*s do &orror$ &a7ia a memGria de como tin&a sido bom estar nos

braços de!e na pista de dança$ e e!a pde sentir um 9ormigamento indese%ado nos seios"Era como se ti7esse sa:do de um pesade!o e entrado noutro di9erente""" e teria de ser 9ortese quisesse sair daque!a situação com a!gum grau de dignidade" E podia ser 9orte" Tin&apro7ado isso$ não tin&a Sobre7i7era aos gritos de sua mãe enquanto e!a 9a8ia suacon9issão 7i!" E encarara a terr:7e! 7erdade de que seu pai amado""" a Mnica roc&a em sua7ida""" não era seu pai$ em abso!uto"

Rosa re8ou pe!a quantidade certa de bra7ata quando encarou o rosto 9urioso deu!a!"

E nGs 9i8emos

42




Com isso$ e!e sorriu$ e 9oi o sorriso mais 9rio que Rosa %* 7ira"

Acredite$ garbuua... se 7oc; ti7esse 9eito se,o comigo$ !embraria$ por maisb;bada que esti7esse"

Rosa encontrou a e,pressão 8ombeteira nos o!&os escuros$ di8endo a si mesmaque não seria intimidada" Apenas precisa7a sair desta situação""" mas antes$ necessita7aencarar 9atos"

Então nGs não 9i8emos e!a questionou diretamente"

1ão"

E!a pu,ou o !enço! mais para cima"

E por que eu estou sem roupa

#orque eu despi 7oc;"

Noc;""" me despiu #or qu;

#or que 7oc; ac&a de7o!7eu e!e" #orque eu queria 7er seu corpode!eit*7e! Entretanto$ u!a! sentiu seu coração ace!erando$ enquanto tenta7a reprimir a memGria da carne 9irme$ quando e!e a despira" E!e !&e tirara as roupas como um pi!otoautom*tico$ des7iando o o!&ar$ enquanto des!i8a7a a minMscu!a ca!cin&a de renda pe!aspernas !ongas" Em seu estado desinibido$ Rosa o agarrara e o pu,ara para si""" e e!eti7era a e,peri;ncia tentadora de enterrar a cabeça naque!es seios magn:9icos$ antes quese 9orçasse a a9astar seu corpo do!orido de dese%o" Eu remo7i suas roupas porque nãoac&ei que 7oc; quisesse ir embora esta man&ã usando o 7estido amassado de ontem oude ca!cin&a e sutiã"

O !apso em sua memGria esta7a assustando Rosa$ mas e!a não demonstraria isso"

Nerdade murmurou e!a"

u!a! ou7iu o tom incr)du!o na pergunta e rai7a começou a preenc&;-!o" E!a nãopercebia a sorte que ti7era de acabar nas mãos de!e na noite anterior /ue a!gu)m semescrMpu!os poderia t;-!a !e7ado para casa e"""

Eu 7ou !&e contar e,atamente o que aconteceu disse u!a!" Noc; não se!embrou de onde esta7a &ospedada e$ segundos antes de desmaiar no banco de tr*s demin&a !imusine$ anunciou que queria 9icar comigo"

Rosa não podia 9a8er abso!utamente nada sobre o rubor que co!oriu suas 9aces"

Eu disse isso

Sim con9irmou e!e" 1ão me dando outra opção que não a tra8er para meu&ote!" (eu p!ano era tra8;-!a para dentro da maneira mais discreta poss:7e!""" masin9e!i8mente$ esse não era o seu p!ano"

Rosa 7iu a acusação na 9isionomia de!e"

1ão era questionou e!a$ uma ponta de ner7osismo começando a

transparecer na sua 7o8"

4>




1ão" Noc; decidiu que todas as pessoas ao redor de7eriam saber e,atamente oque 7oc; queria""" e o que queria era ir para a praia e o!&ar para o c)u"

O&$ Deus" Esta7a tudo 7o!tando a sua mente agora" E!e prometera !e7*-!a ema!gum !ugar para 7er as estre!as" E!e !&e dissera isso na boate$ enquanto a segura7a emseus braços" E naque!e momento$ e!a sentira que esta7a recebendo a o9erta de uma 9atia

do para:so" O que""" o que aconteceu sussurrou Rosa"

Eu conc!ui que e,cesso de *!coo!$ uma mu!&er desacordada e a pro,imidade do(editerrWneo eram uma combinação potencia!mente !eta!" Então eu a carreguei para c*$remo7i suas roupas""" e co!oquei-a na cama"

E nada mais

1ada mais"

Então$ onde 7oc; dormiu questionou e!a"

E!e riu"

/uando 7oc; a!uga um apartamento esti!o casa num &ote! com 7ista para o(editerrWneo$ este tende a ter mais de um quarto" 1a 7erdade$ tem tr;s""" então$ eu dormino quarto ao !ado"

A cabeça de Rosa esta7a girando$ enquanto e!a ou7ia a e,p!icação$ mas opensamento predominante era que sua 7irtude continua7a intacta""" e isso a surpreendia"#orque e!a se !embra7a da sensação de entrega que e,perimentara com e!e na pista dedança" 1ão era e,periente$ mas não precisa7a ser para perceber que esti7era muito

disposta a se entregar$ na noite anterior" /ue se e!e não ti7esse mora!$ estaria deitado doseu !ado agora" #orque Rosa o quisera" #ensando nisso$ e!a ainda o queria"

E!e tin&a se a9astado da cama$ e agora esta7a a uma distWncia que !&e da7a umaoportunidade de estud*-!o me!&or" E!a imaginou de onde e!e era""" o sotaque rico nãoparecia do (editerrWneo$ nem a pe!e cor de o!i7a"

/uem ) 7oc; questionou e!a$ subitamente"

u!a! 9icou tenso$ percebendo que esti7era esperando esta pergunta e que suaresposta traria uma no7a bagagem para a situação" De7eria mentir Adotar uma

identidade 9a!sa$ sabendo que seus camin&os nunca mais se cru8ariam (as ta!7e8 issoadicionasse combust:7e! + situação" E!a %* se &umi!&ara com sua embriague8""" se entãodescobrisse que e!e esta7a mentindo$ poderia descontar sua 7ergon&a ne!e u!a!con&ecia mu!&eres bem o bastante para saber que e!as eram imposs:7eis quando 7oc; asre%eita7a" Então$ por que não a manter doce #or que não a 9a8er apreciar que grande9a7or e!e !&e prestara

(eu nome ) u!a!"

Eu %* sei disso" De onde 7oc; )

Eu 7en&o de um pa:s c&amado Xa&rastan" E!e estudou-!&e o rosto em buscade sinais de recon&ecimento" A!guma ideia de onde 9ica isso

E!a meneou a cabeça"

45




1unca ou7i 9a!ar" Eu de7eria ter ou7ido

u!a! disse a si mesmo que não de7eria estar surpreso" 1ão espera7a que umasocia!ite dançarina de po!e dance con&ecesse o principado *rabe que produ8ia umagrande parte do suprimento de petrG!eo do mundo" E!a pro7a7e!mente pensa7a muitopouco a!)m de que cor iria pintar as un&as todos os dias"

Sugiro que 7oc; tente se 9ami!iari8ar com um mapa do mundo$ se quiser descobrir a e,ata posição de meu pa:s" E!e deu-!&e um o!&ar 9rio" Agora$ eu responditodas as perguntas satis9atoriamente

E!a queria di8er que não" /ueria perguntar-!&e se e!es podiam esquecer sobre o %eito desastroso que a noite acabara" Se ao menos 9osse poss:7e! 7o!tar atr*s e parar a7ida na parte que 7oc; mais gosta7a" /uando dançar com e!e tin&a sido tão""" promissor"(as o tom repressi7o na 7o8 de u!a! 9e8 Rosa entender que aque!a não era umacon7ersa que e!e queria estender" E!a ergueu os dedos para as t;mporas$ como se issopudesse ameni8ar sua dor de cabeça$ mas não ameni8ou"

(in&a cabeça dGi disse Rosa$ ciente de que a primeira e M!tima ressaca desua 7ida esta7a sendo condu8ida na 9rente de uma p!ateia muito cr:tica"

u!a! assentiu"

Então$ por que 7oc; não toma um ban&o e se 7este sugeriu e!e" Suascoisas estão penduradas no ban&eiro$ e eu posso pedir a!guma coisa para 7oc; comer"Noc; se sentir* muito me!&or depois que tomar ca9) da man&ã"""

Eu não quero ca9) da man&ã respondeu Rosa$ percebendo que e!e não 7ia a&ora de se !i7rar de!a"

Noc; de7eria" /uando 9oi a M!tima 7e8 que comeu

E!a ba!ançou a cabeça"

Eu não !embro"

Re!utantemente$ u!a! 9itou-!&e os o!&os$ os quais tin&am sido i!uminados pe!o so!bri!&ante$ e$ pe!a primeira 7e8$ notou que &a7ia re9!e,os 7erdes e dourados naque!es o!&osescuros$ que o !embra7am da !u8 do so! 9i!trada que 7oc;$ +s 7e8es$ encontra7a numac!areira da 9!oresta" Toda7ia$ apesar da be!e8a natura! daque!es o!&os$ &a7ia sombras

escuras sob e!es$ e não do tipo que eram causadas por r:me! manc&ado" Os o!&os deRosa pareciam 7a8ios$ e!e percebeu""" como se e!a ti7esse 7isto a!guma coisa que aassustara" E e!a esta7a p*!ida" (uito p*!ida" Sob a pe!e cor de o!i7a$ parecia uma mu!&er que parara de se importar""" não com sua prGpria apar;ncia$ mas com a 7ida em si"

E aqui!o não era prob!ema seu"

E!e era um pr:ncipe rea! e esta7a prestes a anunciar seu noi7ado com umaprincesa rea!" A M!tima coisa que precisa7a era preocupar-se com o bem-estar de umagarota rica mimada$ que se embriagara" Yraças a Deus$ e!e 9ora 9orte o bastante pararecusar a promessa daque!e corpo incr:7e!""" de7eria estar grato por sua escapada de

sorte"

4P




(as a!guma coisa perturba7a sua consci;ncia$ e u!a! ac&ou imposs:7e! ignorar aqui!o"

Noc; não 7ai sair daqui at) que coma a!guma coisa disse e!e com autoridade"

E 7oc; estaria disposto a me impedir

E!e arqueou as sobrance!&as" Eu não pretendo carreg*-!a mais uma 7e8$ se 7oc; desmaiar$ e não quero o

drama de uma ambu!Wncia tocando a sirene do !ado de 9ora" Então$ por que não 9a8 umacoisa sensata pe!a primeira 7e8 em sua 7ida e come a!guma coisa u!a! 7irou-se e 9oiem direção + porta"

Rosa obser7ou a porta bater depois que e!e saiu$ e suspirou em 9rustração" Comoe!e ousa7a %u!g*-!a e consider*-!a insatis9atGria""" quando na noite anterior não tin&a sidocapa8 de tirar as mãos de!a

E!e podia 9a8er qua!quer coisa que quisesse$ percebeu Rosa$ porque e!a seco!ocara numa posição para ser %u!gada" uriosa$ saiu da cama e 9oi para o ban&eiro$tremendo ao 7er seu re9!e,o no grande espe!&o" Aqui!o era um c&oque em muitos n:7eis$porque andar nua não era a!guma coisa que e!a 9i8era antes" 1a Sic:!ia$ sempre usa7auma camiso!a de seda para se preser7ar$ porque era assim que tin&a sido criada"

Imagine se &* um inc;ndio no meio da noite sua mãe uma 7e8 dissera$naque!e tom amargo que usa7a para 9a!ar com sua Mnica 9i!&a" E um bombeiroencontra 7oc; nua e indecente" 1ão ) assim que uma !ad< se comporta$ Rosa"

Enquanto 9ica7a parada sob o %ato 9orte do c&u7eiro$ Rosa pensou em como

sempre aceitara a opinião de sua mãe" 1unca questionando" 1unca percebendo que amu!&er que a criara de maneira tão r:gida não passa7a de uma &ipGcrita traidora"

E!a abriu a torneira 9ria esperando que o c&oque da *gua ge!ada !a7asse asmemGrias dos M!timos dias$ mas não era 9*ci! esquecer a con9issão dram*tica de suamãe" /uando acabou o ban&o$ Rosa ac&ou uma esco7a de dente no7a e suas roupas" 1omomento em que ou7iu uma batida + porta do quarto$ sentia-se muito me!&or$ e preparou-se para encarar o semb!ante cr:tico de u!a!"

Entre disse e!a$ o coração disparando quando e!e entrou" Eu estou pronta"

Assim estou 7endo murmurou u!a!$ re!utantemente permitindo que seu o!&ar a percorresse" Os p)s de!a esta7am desca!ços e o mini7estido 7erme!&o roça7a-!&e asco,as" #or um momento$ e!e 9icou tentado a !e7*-!a de 7o!ta para cama$ mas e!asigni9ica7a prob!ema$ disse a si mesmo" 1a noite anterior$ podia ter 9icado ba!ançado pe!abe!e8a e pe!a dança da garota$ mas$ na !u8 9ria do dia$ sabia que era me!&or e7it*-!a"

Eu pedi que o ca9) da man&ã 9osse ser7ido no terraço disse e!e" Então$por que não descemos

A 9ome 9e8 Rosa assentir em concordWncia$ antes de segui-!o e descer uma escada!arga de m*rmore e sair num terraço$ onde uma mesa esta7a posta com croissants$

sucos$ ge!eia e o que parecia ser um prato de mangas ge!adas" O terraço da7a 7ista para!indos %ardins e$ a distWncia$ e!a te7e um 7is!umbre do mar cor de sa9ira" Era como se

4Q




esti7essem num mundo sG de!es""" uma pequena bo!&a particu!ar que 9ica7a a qui!metrosde distWncia da Ri7iera rancesa"

Noc; disse que este ) um &ote! perguntou e!a$ curiosamente"

Z$ mas eu sempre a!ugo uma das duas casas que 9a8em parte do comp!e,o do&ote!" E!as t;m seu prGprio %ardim e me o9erecem mais pri7acidade"

Rosa sentou-se numa das cadeiras de 7ime e 9itou-!&e os o!&os s)rios"

O que 9aci!ita !i7rar-se de con7idados indese%ados que passaram a noite$supon&o

E!e sentou-se na cadeira oposta""" um mo7imento que imediatamente anunciou aaparição de um mordomo$ tra8endo um bu!e de prata com ca9)" Dei,e-a saber e,atamente qua! ) a sua posição$ u!a! disse a si mesmo" Conte-!&e a 7erdade$ mesmose doer"

Esta ) sempre uma consideração concordou e!e"

Rosa o!&ou para o ca9) preto que esta7a sendo ser7ido para e!a$ antes que u!a!sina!i8asse para dispensar o mordomo" E!a não ia causar uma cena por causa do que e!eacabara de di8er$ uma 7e8 que sG tin&a sido &onesto" Seria muito pior se ti7esse 9ingido ocontr*rio""" se dissesse que nunca !e7ara uma estran&a a seu &ote! antes" E e!a nãoesta7a cansada de mentiras e subter9Mgios

.omem s*bio murmurou Rosa"

O tom casua! de!a 9e8 u!a! re!a,ar e recostar-se na cadeira" Então$ e!a ia secomportar$ certo E!e supun&a que Rosa 9i8era esse tipo de coisa muitas 7e8es" O ca9)

da man&ã um pouco 9orçado$ depois de uma noite de se,o ardente"

Sua boca endureceu enquanto e!e se 9orça7a a encarar uma 7erdade 9rustrante"#orque$ na 7erdade$ 7oc; não 9e8 se,o com e!a" Ou 9e8

u!a! obser7ou quando Rosa pegou um croissant da cesta de pães e começou acobri-!o de ge!eia de morango" Com o cabe!o escuro secando ao so!$ e o corpo c&eirandoa sabonete$ em 7e8 de per9ume$ e!a esta7a muito di9erente esta man&ã" O rosto semmaquiagem parecia mais %o7em e quase inocente" Os !*bios rosados eram tão de!iciososque parecia um crime não se inc!inar sobre a mesa e bei%*-!os$ e$ por um segundo$ e!e

imaginou sua !:ngua !ambendo o interior daque!a boca" At) que !embrou o %eito que e!a sees9regara ao redor da barra$ na noite anterior$ e 9orçou-se a reprimir seu ardor" Asmu!&eres eram como cama!eVes" (uda7am toda &ora De inocente$ Rosa não tin&a nada"

Entretanto$ enquanto obser7a7a-a dar um go!e do jus de pamplemousse, u!a!sentiu uma ponta de arrependimento por não ter 9eito amor com e!a" #orque Rosa seriauma amante incr:7e!" E!e podia sentir isso" /uando a co!ocara na cama$ a be!e8a de Rosase re7e!ara diante de seus o!&os em toda sua g!Gria sensua!" u!a! sentira a pe!ede!iciosamente 9irme enquanto !&e remo7ia o pequeno 7estido" E precisara de mais 9orçade 7ontade do que o usua! para se a9astar e passar uma noite irrequieta no quarto ao

!ado"

4




E!e esperou at) que e!a acabasse de comer$ at) que !impasse aque!es !*biosde!eit*7eis com um guardanapo$ antes de pr sua ,:cara de ca9) sobre a mesa e o!&*-!acom 9irme8a"

#resumo que agora 7oc; !embra onde est* &ospedada"

Rosa &esitou" O que e!e diria se e!a !&e contasse que nunca se embriagara daque!amaneira$ antes /ue tin&a acabado de descobrir que sua mãe tra:ra com o irmão doprGprio marido e que seu mundo inteiro desmoronara

Como e!e reagiria 6em$ u!a! podia acreditar ne!a ou não$ mas isso não 9ariadi9erença para o 9ato de que e!e não 7ia a &ora de se !i7rar de!a"

Eu estou no .ote! Hasmim disse e!a$ !e7antando-se" Então$ se 7oc; puder c&amar um t*,i para mim$ eu sairei do seu camin&o"

u!a! tamb)m se !e7antou$ sabendo que poderia 9aci!mente mand*-!a para o &ote!no seu prGprio carro$ mas era um carro muito singu!ar" Esta parte da Ri7iera esta7a

sempre rep!eta de paparazzi, ansiosos para capturar as indiscriçVes de ce!ebridades" E!eti7era sorte de não ser 7isto na noite anterior$ quando a carregara para dentro""" então$ta!7e8 de7esse agradecer sua boa sorte e !i7rar-se de Rosa da maneira mais annimaposs:7e!"

Eu 7ou pedir$ na recepção$ que c&amem um t*,i para 7oc;" E para que a!gu)ma acompan&e at) a sa:da principa! do &ote!"

Rosa sentiu-se como um saco de !i,o$ que seria !e7ado para a !ata de recic!agem$ eimaginou se era poss:7e! se sentir pior do que agora" 1unca mais tomaria uma gota de*!coo! na 7ida E nunca mais dançaria com estran&os de apar;ncia perigosa$ em boates"E!a assentiu$ 9itando os o!&os pretos$ despreparada para quando e!e$ subitamente$ tocou-!&e o cabe!o$ antes de des!i8ar os dedos pe!a !atera! de seu rosto num gesto quase genti!"

aça um 9a7or a si mesma e 9ique !onge do *!coo! disse e!e"

Aque!as pa!a7ras a9etaram Rosa mais do que de7eriam$ e e!a recon&eceu a sorteque ti7era em sua esco!&a de sa!7ador" E!e a sa!7ara dos &omens suados da boate edançara com e!a" (as Rosa estragara tudo" Tin&a 9icado b;bada e desmaiado$ mas u!a!não se apro7eitara de seu estado !ament*7e!" E se e!e esti7esse c!aramente &orrori8adope!o comportamento de!a""" bem$ quem poderia cu!p*-!o Rosa tamb)m esta7a

&orrori8ada consigo mesma e nunca teria outra c&ance de mostrar a e!e que e!a não erarea!mente assim" #ior$ nunca saberia como era bei%*-!o"

A 7e!&a Rosa teria ido embora""" mas$ ) c!aro$ a 7e!&a Rosa nunca teria seencontrado em ta! situação" E a no7a Rosa queria ter um gostin&o do pra8er""" apenas um$antes de sair da 7ida de!e para sempre"

E!a co!ocou-se na ponta dos p)s e emo!durou o rosto de!e$ antes de inc!inar-separa 9rente e roçar os !*bios sobre a cur7a sensua! da boca"

Obrigada sussurrou e!a" #or sua &ospita!idade e por seu ca7a!&eirismo"

#or um momento$ u!a! não se mo7eu$ e era como se suas pa!a7ras sua7es oti7essem trans9ormado em pedra" Rosa podia 7er um mMscu!o traba!&ando na t;mporade!e$ antes que ou7isse a resposta sardnica@

4K




Eu gostaria de di8er que o pra8er 9oi todo meu$ mas isso não seria 7erdade"

E!e o o!&ou$ incerta"

1ão

1a 7erdade$ a noite 9oi pouco pra8erosa para nGs dois$ e pergunto-me se não )

tarde demais para remediar isso"""Rosa esta7a despreparada para o %eito decisi7o que e!e a pu,ou contra si e bai,ou

a boca para a sua" Então$ dedos !ongos se entre!açaram em seu cabe!o$ e$ de sMbito$ e!ea esta7a bei%ando como e!a nunca 9ora bei%ada antes" E!a sentiu o instantWneo9ormigamento em seus seios e um ca!or de!icioso entre as pernas" E!e sabia disso Erapor isso que inseria uma co,a grossa entre as suas$ como se sentindo que aqui!opudesse a!i7iar a dor repentina que Rosa e,perimenta7a na parte mais :ntima de seucorpo

O& murmurou e!a contra os !*bios de!e" O&"

Como es9orço$ u!a! parou de bei%*-!a e estudou-!&e o rosto"

Como eu 9ui caute!oso com 7oc;$ min&a !inda disse e!e com 7o8 rouca" (as isso acaba agora" Noc; não est* mais b;bada$ e eu não estou mais 8angado" Estapode ser uma das decisVes mais imprudentes de min&a 7ida$ mas eu a quero""" e$ por Deus$ 7ou t;-!a" Agora"

A dec!aração en9*tica de7eria ter assustado Rosa$ mas não assustou" E!e parecianão gostar de!a$ nem a respeitar particu!armente$ mas e!a não se importou" 1ão seimporta7a com nada$ a!)m de com as sensaçVes que e!e esta7a !&e causando" #or que

não de7eria e,perimentar os pra8eres que pareciam moti7ar todos os &umanos$ e,ceto apobre Rosa$ que tin&a sido protegida do mundo por tanto tempo Seus !*bios esta7amsecos$ mas$ de a!guma maneira$ e!a conseguiu ecoar as pa!a7ras de!e$ enquanto sentiaum po!egar começar a brincar com o bico ereto de seu seio"

Eu tamb)m quero 7oc; sussurrou Rosa" E agora est* bom para mim"

Com um sorriso de satis9ação$ u!a! bei%ou-a no7amente$ e Rosa sabia o que teriaacontecido a seguir$ se não ti7esse ou7ido o som de uma tosse atr*s de!es" Com umsusto$ os dois se separaram""" como se ti7essem sido pegos em 9!agrante na cena de umcrime"

E ta!7e8 ti7essem$ pensou e!a" #orque !*$ parado na e,tremidade do %ardim pri7ado$obser7ando-os$ esta7a um &omem de pe!e morena como a de u!a!$ embora a cabeçaesti7esse abai,ada numa postura submissa"

E!a obser7ou quando uma e,pressão 9uriosa cobriu o semb!ante de u!a!"

/ue diabo est* acontecendo demandou e!e" #or que 7oc; est* meperturbando$ (utasim""" me 7igiando com um espião

Rosa pensou que nunca tin&a 7isto um &omem mais embaraçado do que (utasime notou que o estran&o não encontrou os o!&os de!a" 1em uma 7e8"

Eu peço perdão pe!a intromissão inoportuna$ Nossa A!te8a disse (utasim (as seu irmão$ o rei$ a!me%a sua compan&ia o mais bre7emente poss:7e!"

4J




Os !*bios de Rosa se entreabriram em c&oque quando as pa!a7ras registraram emseu c)rebro con9uso" E!a o!&ou para u!a! com uma pergunta si!enciosa nos o!&os"

A!te8a Rei

E!es esta7am 9a8endo a!gum tipo de brincadeira com e!a a!ando em a!gum tipode cGdigo (as sua con9usão 9oi substitu:da por 7ergon&a quando u!a! não deu atençãoao seu ape!o si!encioso" Ignorando-a comp!etamente$ e!e andou at) (utasim e começou a9a!ar numa 7o8 bai,a$ num idioma que Rosa não entendia"

E Rosa sentiu-se tota!mente in7is:7e!"

#a%ítulo (

Então$ com que 7oc; ac&a que est* brincando$ u!a! O rei ba!ançou acabeça em incredu!idade" /uando decide !e7ar uma dançarina de po!e dance b;badapara seu &ote!

#or um momento$ u!a! não respondeu" Em 7e8 disso$ recostou-se numa das

cadeiras ornadas na sa!a do trono e o!&ou para o 7e!&o 7enti!ador$ que esta7a girando noteto dourado" E!e esta7a de 7o!ta ao pa!*cio onde tin&a sido criado$ tendo 7oado paraXa&rastan assim que recebera o recado que o rei dese%a7a !&e 9a!ar" 1unca recebera umc&amado como aque!e antes$ e ocorreu-!&e que nunca tin&a 7isto seu irmão tãoe,asperado$ tamb)m" 1em mesmo na ocasião em que e!e pegara u!a! saindo do quartode uma das criadas$ a!isando a tMnica no corpo"

Ou quando u!a! pega7a um dos carros do pa!*cio emprestadoU para uma 7iagemnão autori8ada ao deserto$ quando tin&a 4Q anos$ e ningu)m imaginara que e!e sabiadirigir" Em ambas as ocasiVes""" e$ na 7erdade$ em muitas outras""" sua 9am:!ia de7eria ter

9icado 9uriosa com o pr:ncipe$ mas isso não acontecera" Era quase como se 9osseesperado que e!e se comportasse de maneira imprudente""" e todos soubessem por qu;"Crianças sem mãe não eram sempre perdoadas

Como dois pr:ncipes reais de um reinado muito rico no deserto$ os dois &omensde7eriam ser prG,imos$ mas um acidente de nascimento signi9icou que e!es cresceram!e7ando 7idas distintas" .a8ai! era o mais 7e!&o$ o &erdeiro ao trono$ e o 9ato desa9iantede sua 7ida sempre 9ora que e!e um dia &erdaria a coroa" Tin&a sido o destino de .a8ai!que ocupara o maior tempo do pai de!es$ enquanto e!e ensina7a o 9i!&o mais 7e!&o a artede go7ernar um reinado poderoso"

u!a! 9ora simp!esmente o 9i!&o reser7aU" O 9i!&o &omem e,tra nascido como umaapG!ice de seguro para garantir a !in&a de sucessão" E!e &a7ia sido criado por uma s)rie

23




de amahs... criadas que o adora7am$ mas que não possu:am 9orça para discip!inar umgarotin&o teimoso" Consequentemente$ e!e ti7era !iberdade""" ta!7e8 um pouco de!iberdade demais para uma persona!idade tão 9orte e tão determinada" (as isso nuncacompensara o peso que sentia sobre seus ombros desde que sua mãe morrera""" umamorte c&ocante que !e7ara o pa:s inteiro a um !uto pro9undo" E u!a! &a7ia sido marcado

por esta perda terr:7e!$ pois sua mãe morrera sa!7ando sua 7ida" 1o 9undo$ e!e sabia queesta era a ra8ão pe!a qua! seu pai e seu irmão sempre tin&am sido tão distantes de!e"Sabia que$ subconscientemente$ e!es o cu!pa7am pe!o 9im inesperado da rain&a$ mesmose a !Ggica !&es dissesse que aqui!o não passa7a de uma inter7enção crue! do destino"Ou de duas pessoas estando no !ugar errado$ na &ora errada"

Ta!7e8$ para compensar seu distanciamento emociona!$ e!es 9i8essem 7ista grossapara as tra7essuras de u!a!" (as parecia que não tin&am 9eito 7ista grossa desta 7e8".a8ai! esta7a andando de um !ado para o outro$ antes de 7irar-se para seu irmão maisno7o com uma e,pressão e,asperada no rosto"

E!a não era uma dançarina de po!e dance protestou u!a!$ pegando um copodourado e girando o suco de romã dentro"

1ão .a8ai! o o!&ou" Z 9icção então$ que e!a 9oi 7ista girando numa barranuma boate$ mostrando a ca!cin&a Isso 9oi simp!esmente imaginação de meuin9ormante

/ue in9ormante demandou u!a!$ tentando reprimir a imagem 7:7ida docorpo cur7i!:neo de Rosa$ se contorcendo naque!a barra" Ou o 9ato de que o ser7o de seuirmão tin&a interrompido %ustamente quando e!e começara a sedu8i-!a

Isso não 7em ao caso respondeu .a8ai!" A menos que 7oc; este%anegando que !e7ou a e,ibicionista para seu &ote!

u!a! deu de ombros"

Eu não estou negando isso"

E!a parece um pouco estran&a$ mesmo para seu gosto e,tra7agante$ u!a!"

Eu sei" u!a! encontrou a pergunta nos o!&os de seu irmão com um dar deombros$ porque não poderia começar a descre7er a sensação que o inundara quando 7iraRosa entrando naque!a boate" Lu,Mria não cobria o dese%o que o en7o!7era" .ou7era

a!guma coisa nos o!&os de!a""" uma e,pressão que parecera destoar das cur7aspro7ocantes do corpo de!eitoso$ e que me,era com a!go em seu interior" E!e obser7ara o %eito desa9iador que Rosa !e7ara a garra9a de c&ampan&e aos !*bios$ e a pequenaespuma que umedecera os !*bios sensuais" E então$ e!a começara a dançar"""

u!a! 9oi tomado por uma onda de dese%o ao se !embrar daque!a dança$ que tin&asido um con7ite para se,o" O con7ite mais direto e !indo que e!e %* testemun&ara$ e aoqua! 9ora incapa8 de resistir" Andara na direção de Rosa com o coração disparado e ocorpo em c&amas" (as e!a ) muito !inda disse e!e$ simp!esmente"

.* muitas mu!&eres !indas no mundo$ como 7oc; sabe muito bem 7eio a

resposta seca de .a8ai!" Certamente$ 7oc; poderia ter encontrado a!gu)m um poucomais adequada com quem 9a8er se,o

24




u!a! queria protestar e di8er que e!es não &a7iam 9eito se,o$ mas seu orgu!&omascu!ino não !&e permitiu 9a8er ta! re7e!ação$ muito menos para seu irmão"

Eu não estou entendendo por que 7oc; est* criando um drama disso$ .a8ai!"#or que o sMbito interesse em min&a 7ida se,ua!

#orque 7oc; est* noi7o""" caso ten&a esquecido" Consequentemente$ não )aconse!&*7e! que se comporte como um anima! no cio

u!a! pensou em sua noi7a de rosto s)rio""" uma princesa de sangue rea! que 7in&ado pa:s 7i8in&o de 6u&eiraat" E!e pensou no %eito indi9erente que os dois tin&am discutidoo acordo de seu casamento iminente" #ensou sobre a 9a!ta de pai,ão de sua noi7a$ ecomparou-a com a intensa e responsi7a Rosa$ e 9oi tomado por uma onda de triste8a"

Deu um o!&ar 9rio ao seu irmão"

Eu cometi uma pequena transgressão$ .a8ai!" 1ão ac&o que isso me co!oquenuma categoria de anima! no cio" A!)m disso$ 7oc; sabe como essas coisas 9uncionam

A<es&a não 7ai esperar que seu pr:ncipe c&egue a e!a na noite de nMpcias como uminocente co7arde" Esperar* um marido se,ua!mente e,periente"

6em$ as e,pectati7as de A<es&a são agora acad;micas disse .a8ai!" 0ma7e8 que o casamento est* cance!ado"

O casamento est* cance!ado repetiu u!a!$ atnito"

Sim" E!a en7iou um mensageiro$ a7isando que não 7ai mais se casar com 7oc;"

#or que não

#or que 7oc; ac&a e,p!odiu .a8ai!" #orque rumores sobre suas proe8asc&egaram at) e!a Noc; parece esquecer que princesas modernas são di9erentes das deantigamente" E!as não estão mais dispostas a 9a8er 7ista grossa para comportamentosque ac&am into!er*7eis" E 7oc; não 9oi nada discreto nesta ocasião$ u!a!" 0m casodiscreto ) uma coisa$ mas abertamente passar a noite com uma comp!eta estran&a )outra bem distinta"

u!a! comprimiu os !*bios$ porque tin&a sido a Rosa embriagada que 9i8erataman&o espet*cu!o" E!e bateu o copo sobre a mesa"

Eu escre7erei para A<es&a$ dese%ando-!&e muitas 9e!icidades no 9uturo

murmurou e!e" E esquecerei que este incidente desa9ortunado a!gum dia aconteceu"(as .a8ai! esta7a meneando a cabeça"

Esse ) o prob!ema""" nGs não podemos simp!esmente esquecer" Se 9osse tãosimp!es assim"

u!a! 9ran8iu o cen&o"

1ão estou entendendo"

O rei se recostou em sua cadeira"

Noc; sabe a identidade da mu!&er com quem passou a noite Z c!aro que sei" O nome de!a ) Rosa"

22




O nome de!a ) Rosa Corretti

A e,pressão de u!a! permaneceu imut*7e!$ porque e!e não queria admitir que osobrenome da morena era no7idade para e!e"

.umm" Isso mesmo" Corretti" E!a ) ita!iana acrescentou e!e$ como secomparti!&ando uma in9ormação importante"

1ão$ e!a não ) ita!iana disse .a8ai!" E!a ) sici!iana" E não apenas )sici!iana$ como ) de uma das 9am:!ias mais poderosas da i!&a"

E da:

E da: que os irmãos de!a pro7a7e!mente 7irão atr*s de 7oc;" 1a 7erdade$ )pro7*7e! que a 9am:!ia inteira o persiga$ depois de 7oc; ter comprometido a reputação damoça$ tendo passado a noite com e!a"

u!a! deu de ombros"

Dei,e que 7en&am respondeu e!e com indi9erença" #ois não temo &omema!gum

Sua coragem nunca este7e em questão$ mas 7oc; não parece perceber agra7idade da situação$ u!a!" .a8ai! mordeu o !*bio$ parecendo mais ansioso do queu!a! %* o 7ira" A in9!u;ncia da 9am:!ia Corretti se estende pe!o mundo inteiro$ e a 7irtudedas mu!&eres de!es ) a!go !e7ado muito a s)rio" Eu não estou brincando""" se issoestourar num tipo de escWnda!o internaciona! pode signi9icar dinamite po!:tica e econmicapara nosso pa:s"

.ou7e si!;ncio por um momento$ enquanto u!a! pensa7a nas pa!a7ras de seu

irmão" A ta! 9am:!ia Corretti era tão importante assim E!e se !embra7a de ter ou7idoa!guma coisa sobre a cu!tura sici!iana" /ue os &omens eram orgu!&osos e as mu!&ereseram puras"

Seus !*bios se torceram em 8ombaria" E,ceto que Rosa Corretti era a mu!&er menos pura que e!e con&ecia em muito tempo

Noc; ac&a que e!es podem aceitar suborno perguntou e!e" AçVes em umade nossas re9inarias de petrG!eo ta!7e8 comprem o si!;ncio de!es"

.a8ai! meneou a cabeça"

Esta ) uma situação onde suspeito que suborno não 7ai 9uncionar""" pois &*poucas maneiras de apa8iguar uma 9am:!ia sici!iana quando sua &onra est* en7o!7ida"

#or um momento$ u!a! considerou suas opçVes$ e 9oi 9orçado a admitir que erampoucas" #ensou em Rosa Corretti e seus !*bios rosados" #ensou sobre os seiosmagn:9icos e a cortina de cabe!o escuro$ e 9oi tomado por uma onda de !u,Mria 9rustrada"Certamente$ &a7ia a!guma coisa que pudesse 9a8er para remediar uma situaçãopotencia!mente e,p!osi7a

E então$ uma ideia começou a se 9ormar em sua mente$ uma ideia tão simp!es que

pareceu estran&o não ter !&e ocorrido antes" Supon&o que eu terei de me casar com e!a"

2>




.a8ai! o o!&ou"

Casar-se com e!a

u!a! deu de ombros"

#or que não 0m casamento de curta duração seria con7eniente para ambas as

partes" Sa!7aria a &onraU da garota$ si!enciaria os irmãos superprotetores e ta!7e8pudesse 9uncionar a nosso 9a7or" #ense bem$ .a8ai!" 1Gs 7endemos a &istGria comoa!gum tipo de casa! apai,onado$ e princesa A<es&a ser* 7ista como magnWnima por concordar em cance!ar o casamento comigo" E pense como a imprensa 7ai pintar oquadro E!e deu um sorriso 8ombeteiro" A 7ersão *rabe de Romeu e Hu!ieta

O rei esta7a pasmo"

Noc; 9a!a s)rio$ não )

(uito s)rio" u!a! sorriu$ permitindo que seu corpo antecipasse o pra8er deunir-se + 9ogosa sici!iana" Eu irei procurar Rosa Corretti e pedir-!&e a mão emcasamento"

.ou7e uma pausa enquanto o rei o estuda7a"

Esta ) uma atitude muito boa da sua parte$ u!a!"

A&$ mas eu não estou 9a8endo isso para ser bomU corrigiu u!a!$sedosamente mas porque não 7e%o outra a!ternati7a" #ense nisso como um ato desupremo patriotismo$ se quiser" Namos apenas di8er que eu me casarei com Rosa Correttipe!o bem do meu pa:s"

#a%ítulo )

Rosa esta7a atra7essando o quarto em direção ao ban&eiro quando uma sMbitabatida + porta a 9e8 parar" Suor brotou em sua testa e seu coração disparou com a!gumacoisa que parecia medo" /uem bateria a sua porta a esta &ora da noite E!a não esta7aesperando 7isitas$ e este não era o tipo de &ote! que o9erecia ser7iço de quarto" (aisimportante$ ningu)m sabia que e!a esta7a !*"

Ou pe!o menos$ uma Mnica pessoa sabia$ e e!a du7ida7a de que 9osse 7;-!o

no7amente a!gum dia"

(as seu coração continuou ace!erando con9orme di7ersas possibi!idades &orr:7eis

preenc&iam sua mente" E se u!a! não 9osse a Mnica pessoa que soubesse de seuparadeiro E se seus meios-irmãos ti7essem descoberto onde e!a esta7a Ta!7e8$&ou7essem 9icado &orrori8ados ao descobrir que e!a não comparti!&a7a o mesmo pai""" e

25




que a mãe de!es !e7ara 7ergon&a e desgraça + 9am:!ia com seu comportamento" Seusirmãos podiam ter 9icado rai7osos ao saber que Rosa não era sua irmã de 7erdade$ mascertamente$ 2> anos de proteção 9ero8$ como a de um !eão por seus 9i!&otes$ não seriamesquecidos da noite para o dia

E!es poderiam ter decidido 7ir busc*-!a$ a 9im de !e7*-!a de 7o!ta para a Sic:!ia

Essa não era a ess;ncia atr*s da mensagem de te,to que e!a recebera Aque!a que di8iasimp!esmente@ Volte para casa, Rosa.

E!a ignorara a mensagem$ assim como tin&a ignorado a que c&egara !ogo depois"1a 7erdade$ %ogara o te!e9one contra a parede$ de modo que o espati9asse sobre o tapete"(as pretendia comprar um no7o do dia seguinte$ e então$ nen&um dos Corretti teria seunMmero" O que signi9ica7a que e!es não poderiam contat*-!a"

E$ enquanto isso$ por que a!gu)m continua7a batendo a sua porta

Rosa permaneceu enrai8ada no !ugar$ re8ando para que aque!e 9osse um caso de

con9usão de identidade" 0m 9este%ador b;bado$ ta!7e8""" porque &a7ia muitos de!es nestaparte do su! da rança" E!a sentiu-se corar" #orque não 9ora uma destas 9este%adorasembriagadas na outra noite$ quando 9i8era pape! de to!a na 9rente do arrogante u!a! Aqui!o era irnico" Rosa tin&a crescido cercada de &omens arrogantes e 7isto como e!eseram capa8es de 9erir o coração de uma mu!&er$ então$ por que não esco!&era a!gu)mmais 9*ci! e mais sua7e como o &omem que decidira que queria que tirasse sua7irgindade

6re7emente$ 9ec&ou os o!&os$ porque a coisa mais &umi!&ante de todas era que e!enão a quisera" u!a! a co!ocara na cama depois de muito c&ampan&e$ e o desd)m no

rosto de!e no dia seguinte &a7ia sido muito e7idente" Apenas quando e!a praticamente se %ogara em cima de!e u!a! se dignara a bei%*-!a" Rosa imaginou se e!es teriam ido at) o9ina! se não ti7essem sido interrompidos pe!o outro &omem$ aque!e que começara a 9a!ar sobre um rei"

Rosa ainda ma! podia acreditar nas pa!a7ras que ou7ira" A!guma coisa sobre o reia!me%ando a compan&iaU de!e" #essoas ainda 9a!a7am assim$ &o%e em dia Ta!7e8 e!es9ossem uma dup!a de atores que 7ia%a7a pe!o mundo 9ingindo ser pessoas que não eram"Dando a!gum tipo de go!pe barato"

Eu sei que 7oc; est* a: dentro"

As pa!a7ras emitidas do outro !ado da porta interromperam seus pensamentos"#orque a 7o8 pro9unda com o sotaque estran&o era muito 9ami!iar$ e e!a esta7adespreparada para a onda de dese%o que 9e8 sua pe!e esquentar" Então pensou no rostocrue! e no corpo 9orte$ e seu coração disparou de medo" /ua! era seu prob!ema E!epro7a7e!mente não passa7a de um impostor estran&o""" a!gum s&ei' de araque""" e e!anão precisa7a abrir a porta"

O&$ por que não apagara as !u8es

#orque 7oc; não esta7a esperando um 7isitante tarde da noite"

2P




Noc; pode tentar me ignorar$ se quiser$ Rosa$ mas eu não 7ou a !ugar nen&um persistiu a 7o8" E se 7oc; acabar com a min&a paci;ncia$ então ta!7e8 eu se%a9orçado a arrombar esta porta"

/ue &omem das ca7ernas e!e era Rosa 7ascu!&ou o c)rebro por a!gum tipo deresposta$ e decidiu tentar desa9i*-!o"

E se eu não esti7er so8in&a demandou e!a" Noc; não ac&a que podeestar atrapa!&ando a!guma coisa""" que ta!7e8 eu queira um pouco de pri7acidade

Do outro !ado da porta$ u!a! cerrou os dentes$ enquanto a rai7a começa7a aen7o!7;-!o" H* era ruim o bastante que seria 9orçado a entrar numa união com aque!amu!&er 7adia$ mas era into!er*7e! que e!a o 9i8esse esperar

Então$ eu a aconse!&o a di8er para seu amante se 7estir rapidamente$ uma 7e8que e!e pode não gostar de me en9rentar no meu &umor atua!"

Rosa tremeu diante da 9erocidade por tr*s daque!as pa!a7ras" De7eria ter 9icado

c&ocada pe!a arrogWncia de u!a!$ mas era sici!iana$ portanto$ não esta7a c&ocada"Esta7a acostumada com comportamento mac&ista dentro da 9am:!ia Corretti$ mas este&omem esta7a 9a8endo os membros de sua prGpria 9am:!ia dominadora pareceremmansos"

Re!utantemente$ e!a destrancou e abriu a porta$ seus sentidos assa!tados pe!oc&eiro de %asmim dos %ardins$ enquanto e!a o!&a7a para o &omem parado na sua so!eira"

E!e esta7a e,atamente como e!a !embra7a" 1ão$ isso não era 7erdade" Rosapassara os M!timos dois dias tentando se con7encer de que tin&a sido seu estadoemociona! que a 9i8era responder de um %eito não caracter:stico" /ue e!e não era nadaespecia!$ mas apenas um &omem comum que tin&a consci;ncia de ser atraente para asmu!&eres e brinca7a com isso"

(as e!a esti7era errada" (ais do que errada" #orque esta noite$ a be!e8a se,<ineg*7e! de u!a! esta7a carregada de a!gum e!emento tão potente que Rosa sentiu-seinocente e 9r*gi!" E!e parecia muito s)rio""" e não era por causa do %eito que esta7a7estido$ num terno escuro que en9ati8a7a o 9:sico poderoso" E!e parecia não ter 9eito abarba &o%e$ de modo que o ma,i!ar esta7a !e7emente escurecido com resto!&os" Aque!eera um 7isua! m*scu!o e moderno$ entretanto$ não combina7a com a e,pressão nos o!&ospretos" #orque ta! e,pressão não tin&a nada de moderna[ era quase primiti7a"

Rosa engo!iu em seco"

O que 7oc; quer

0m pouco de cortesia pode ser bom para começar" Eu gostaria de entrar"

#ara o espanto de Rosa$ e!e não esperou pe!o con7ite$ apenas passou por e!a eentrou"

Noc; não pode entrar aqui assim protestou e!a"

Tarde demais" Eu %* entrei" Então$ não 7amos perder tempo com protestos9Mteis" ec&e a porta como uma boa menina" Eu quero 9a!ar com 7oc;"

2Q




Mria 7in&a de muitas 9ormas$ e a que inundou Rosa agora a dei,ou sem 9a!a"Como uma boa menina$ e!e dissera""" e e!a não 9ugira da Sic:!ia para escapar e,atamentedesse tipo de atitude dominadora ApGs um momento para se recompor$ Rosa respirou9undo e e,igiu saber@

O que 7oc; est* 9a8endo aqui

Noc; 7ai 9ec&ar a porta$ ou eu 7ou

E!a 9ec&ou a porta com um c&ute$ antes de se perguntar por que não esta7ac&amando a segurança do &ote!""" se ta! coisa e,istisse naque!e !ugar""" para mandar e,pu!s*-!o" Ta!7e8 porque parecia &a7er assuntos inacabados entre e!es""" a!go que aindaprecisa7a ser dito" (as não permitiria que e!e pensasse que era ing;nua$ mesmo se seucoração agora esti7esse descompassado por um moti7o di9erente" Rosa se comportaracomo uma to!a na outra noite$ e não pretendia 9a8er isso de no7o"

Eu não pensei que ainda ti7)ssemos a!guma coisa para con7ersar$ depois que

(utasim me ps num t*,i no outro dia"E!e não parecia estar ou7indo$ pois os o!&os pretos esta7am 9i,os na porta 9ec&ada

no 9undo do quarto"

Então$ &* a!gum amante 9rustrado !* dentro questionou e!e" Enco!&endo-se de medo enquanto se 7este

#or um momento$ Rosa 9icou tentada a di8er que sim$ imaginando se e!e teria acoragem de entrar !* e con9rontar um &omem 9ict:cio" (as no 9undo$ sabia a resposta" Zc!aro que e!e iria" Era poss:7e! 7er$ pe!a tensão do corpo poderoso$ que u!a! não tin&amedo de nada nem de ningu)m

1em e!a tin&a$ !embrou a si mesma" 1ão mais" Tin&a passado a 7ida inteirarecebendo ordens de &omens autocr*ticos e obedecendo a regras antiquadas$ e a no7aRosa Corretti não pretendia continuar com aque!a tradição repressi7a" #ortanto$ erame!&or que u!a! entendesse isso$ antes que e!a o e,pu!sasse de !* para sempre"

1ão$ não &* ningu)m se enco!&endo de medo no meu ban&eiro""" não que issose%a da sua conta" Eu esta7a indo dormir quando 9ui rudemente interrompida por suaaparição indese%ada"

u!a! sentiu sua pu!sação ace!erar" Então$ e!a esta7a so8in&a So8in&a e

pro7a7e!mente tão sedenta por e!e quanto esti7era na outra noite" E esse não seria o %eitomais 9*ci! de con7enc;-!a a concordar com sua proposta""" co!ocando-a na &ori8onta!Seus !*bios se cur7aram num pequeno sorriso" #orque uma mu!&er concorda7apraticamente com qua!quer coisa quando esta7a 9a8endo amor com um &omem"

Agora que e!e esta7a seguro no quarto de &ote!$ permitiu-se estud*-!a me!&or"""pensando que Rosa parecia muito di9erente da meretri8 se,< que se contorcera ao redor da barra em seu minMscu!o 7estido 7erme!&o$ na outra noite" O cabe!o escuro esta7aamarrado numa Mnica trança sobre o ombro$ e e!a usa7a um pen&oar de seda !ongo" 0mtipo de tra%e c!*ssico$ pensou e!e com apro7ação" E mesmo que o pen&oar cobrisse cada

cent:metro do corpo de!a$ o tecido de!icado aderia-se +s cur7as de!iciosas$ !embrando-o7i7idamente do que &a7ia por bai,o"

2




Noc; est* muito !inda esta noite murmurou u!a!"

Rosa enri%eceu$ porque a e,pressão ca!cu!ista no rosto de!e destoa7a do carin&osedoso da 7o8" Ainda assim$ seu corpo reagiu$ 9a8endo-a dese%ar que e!e a bei%asse$no7amente" (as sentia um perigo ineg*7e! sobre u!a!"

Eu perguntei o que 7oc; est* 9a8endo aqui repetiu e!a" E at) agora$ 7oc;não me deu nen&uma resposta satis9atGria"

u!a! 9ran8iu o cen&o" E!a esta7a se comportando de maneira muito di9erente estanoite" 1ão esta7a tentando sedu8i-!o ou dando a!guma indicação de que queria continuar o bei%o de!icioso que tin&a sido terminado pe!a aparição do assistente de seu irmão"

1Gs precisamos ter uma con7ersa disse e!e"

A esta &ora da noite

E!e assentiu" A cobertura da noite era in9initamente pre9er:7e! a uma reuniãocondu8ida na !u8 do so! do (editerrWneo" E embora este &ote! &umi!de não 9ossegera!mente o tipo de !ugar que atra:a paparazzi, sua apar;ncia imponente sempre otorna7a a!7o de o!&os espreitadores"

In9e!i8mente$ sim

Então$ ) me!&or 7oc; 9a!ar de uma 7e8$ sen&or"

E!e encontrou o desa9io naque!es o!&os espetacu!ares"

Ac&o que 7oc; 9icou ciente$ pe!a interrupção que aconteceu ontem$ que eu nãosou sen&orU a!guma coisa" 1a 7erdade$ sou um pr:ncipe"

0m pr:ncipe ecoou e!a$ em tom 8ombeteiro"E!e assentiu"

Embora eu pre9ira pensar em mim mesmo$ primeiro como um s&ei'$ e depoiscomo um pr:ncipe" Sou s&ei' u!a! A!-Dimas&qi$ o segundo 9i!&o da 9am:!ia rea! deXa&rastan" E!e arqueou as sobrance!&as pretas numa pergunta" (as ta!7e8$ 7oc;ten&a descoberto um pouco mais sobre mim$ desde que 9omos separados tãoabruptamente" Seu interesse pe!o estran&o com quem 7oc; quase 9e8 se,o não 9oidespertado u!a! deu um sorriso irnico" Especia!mente quando descobriu que oirmão de!e era um rei"

Rosa o o!&ou$ tentando ignorar a pro7ocação rude"

Se quer saber""" eu pensei que 7oc; 9osse a!gum tipo de go!pista"

Yo!pista ecoou e!e"

Sim Aque!e &omem aparecendo e anunciando que o reiU queria 7;-!o" #essoas9ingem ser aristocratas o tempo todo Isso as a%uda a entrar em &ot)is caros sem pagar"

E!e deu um o!&ar depreciati7o ao redor do quarto"

Então$ eu não imagino que um !ugar como este seria a!7o"

Rosa não respondeu" #or que responderia$ quando aqui!o era 7erdade E!aesco!&era o &ote! precisamente porque não era caro"

2K




#orque aque!e era o M!timo !ugar do mundo que 7oc; esperaria encontrar umCorretti &ospedado$ e consequentemente era impro7*7e! que a!gu)m de sua 9am:!ia aprocurasse !*" (as o .ote! Hasmim era o que e!a precisa7a em seu estado emociona!"Yosta7a da pa8 do !ugar" A atmos9era descontra:da e os %ardins antiquados" A maioria dos&Gspedes era 9rancesa$ e o ser7iço$ simp!es e discreto" 1ão &a7ia turistas$ card*pio

internaciona! ou cone,ão \i-9i que pudesse estimu!ar pessoas a 9icar sG no noteboo'$ demodo que 7oc; sentisse que tin&a entrado num escritGrio gigante"

Se 7oc; não gosta deste !ugar$ 7* embora murmurou e!a ca!mamente" Eunão o estou impedindo"

u!a! &esitou""" e para e!e$ &esitar era raro" (as a con7ersa não esta7a saindo deacordo com o p!ano" #ara começar$ Rosa não o recebera com dese%o nos o!&os e umcorpo impaciente pe!o pra8er que e!e poderia !&e dar" E!e pensara que estaria na camade!a a essas a!turas$ mas não esta7a nem perto disso" E!a parecia comp!etamentedi9erente da mu!&er que !&e sup!icara um bei%o$ e u!a! perguntou-se por qu;"

Eu sei quem 7oc; ) dec!arou e!e$ subitamente"

Rosa não reagiu" Aque!a era uma das primeiras !içVes que tin&a aprendido""" nuncamostre a um estran&o o que 7oc; esti7er pensando" E!a 7io!ara ta! regra na outra noite$sob a in9!u;ncia do c&ampan&e$ mas não repetiria um erro tão b*sico esta noite"

E quem eu sou questionou e!a$ pensando que ta!7e8 e!e o9erecesse umaresposta me!&or do que a sua prGpria" #orque Rosa não parecia mais saber quem era"

E!e respirou 9undo"

Seu nome ) Rosa Corretti$ e 7oc; ) um membro da prestigiosa 9am:!ia sici!ianacom este nome"

Rosa assentiu" #e!o menos$ e!e não surgira com o costumeiro estereGtipo" #essoasdescobriam que 7oc; 7in&a de uma 9am:!ia poderosa$ com um passado$ +s 7e8es$question*7e!$ e presumiam que 7oc;s todos eram gangsteres" Esse não tin&a sido um dosmoti7os pe!os quais e!a 9ora tão protegida enquanto crescia""" para mant;-!a !onge dascr:ticas do mundo e,terno$ assim como para proteger sua inoc;ncia

6ra7o$ s&ei' u!a! A!-Dimas&qi murmurou e!a sua7emente" E o que mais7oc; descobriu sobre mim

1ada" O tom da 7o8 de u!a! parecia 9rustrado"

1ada

E!e meneou a cabeça" #ossu:a uma das me!&ores 9ontes de inte!ig;ncia do mundo$mas quando tentara descobrir mais sobre a 9i!&a de Car!o Corretti$ se deparara com ummuro de ti%o!os" .a7ia muita in9ormação sobre os dois irmãos de!a$ e sobre primos$ masRosa parecia nem ter e,istido"

Abso!utamente nada" A&$ eu sei que esco!as 7oc; 9requentou$ e que estudouL:nguas na 0ni7ersidade de #a!ermo$ por)m$ nada mais" Sem !istas de amantes e sem

um Mnico registro de mau comportamento" 1en&uma e,peri;ncia anterior com po!e dance"Noc; 7em de uma sociedade que parece especia!ista em guardar segredos obser7oue!e"

2J




Rosa suprimiu uma risada amarga" E!e nem imagina7a como" 1ão apenas umasociedade que era boa em guardar segredos$ mas uma 9am:!ia rep!eta de!es"

Eu ac&o que concordaria com isso disse e!a 9riamente"

u!a! começa7a a se sentir con9uso$ e esta não era uma emoção com a qua! esta7aacostumado" #orque Rosa Corretti o dei,a7a perp!e,o" 1a outra noite$ e!a e,a!arase,ua!idade" #or)m$ esta noite$ parecia orgu!&osa e intoc*7e!" E por que a 9i!&a de umadinastia tão rica se &ospeda7a num &ote! simp!es como este

Então$ o que tra8 7oc; + Ri7iera rancesa perguntou e!e"

Rosa imaginou o que e!e diria se e!a !&e contasse" Como e!e reagiria$ se e!ae,p!icasse que sua crise de identidade era muito rea!$ e não a ansiedade caracter:stica dea!guma garota rica mimada" E$ por um segundo$ 9icou tentada a !&e contar" Desaba9ar com a!gu)m que não con&ecesse a 9am:!ia Corretti e não se importasse com e!es" 1ãoseria !ibertador comparti!&ar sua &istGria &orr:7e! com outra pessoa e !i7rar-se do 7eneno

resu!tante que inunda7a suas 7eias(as 7e!&os &*bitos não morriam 9aci!mente$ e Rosa era muito bem ensinada na

arte de guardar segredos para ousar di7u!gar um de!es ao &omem que esta7a dominandoo pequeno quarto" E!a poderia !&e contar a!guma coisa$ sim""" apenas não podia !&e contar tudo"

Eu queria 9ugir respondeu Rosa$ dando de ombros" #ara escapar de casae 7er um pouco do mundo" (uitas mu!&eres da min&a idade 9a8em isso" Z per9eitamentenorma!"

(as uma 7iagem para con&ecer o mundo norma!mente não dei,a uma pessoa come,pressão tão assustada$ pensou u!a!"

Então$ ) uma 7iagem tempor*ria

Supon&o que sim"

E quando 7oc; p!ane%a 7o!tar

A pergunta 9oi inesperada$ e 9e8 Rosa con9rontar o que 7in&a 9a8endo o poss:7e!para não con9rontar" E!a tremeu" No!tar para o qu; #ara um !ar e uma 9am:!ia que ma!recon&ecia

1unca respondeu e!a$ com 9irme8a" Eu nunca mais 7ou 7o!tar para aSic:!ia

>3




#a%ítulo *

u!a! obser7ou Rosa com mais atenção do que gera!mente obser7a7a qua!quer mu!&er$ mas e!a o surpreendia cada 7e8 mais" E!e 7ira as emoçVes brincando no rosto!indo quando !&e perguntara sobre a nati7a Sic:!ia" Nira caute!a e medo" Desgosto$tamb)m" Sim$ e!e de9initi7amente 7ira desgosto quando e!a dec!arara que nunca mais7o!taria para casa" A!gu)m mais curioso teria se perguntado o que causara aque!a reaçãotão e,trema$ mas u!a! não era um &omem de se apro9undar em assuntos emocionais"Esta7a mais interessado nos 9atos do que no que &a7ia por tr*s de!es"

Então$ 7oc; 7ai procurar emprego aqui perguntou e!e" Ou ta!7e8$ se%a rica

o bastante para 7i7er con9orta7e!mente sem precisar traba!&ar

Se e!e não ti7esse tocado num ponto 9raco$ então Rosa poderia ter se recusado aresponder" #orque sempre &ou7era muito din&eiro$ se e!a quisesse este ou não" 0m 9undo9iduci*rio &a7ia sido aberto para e!a na ocasião de seu nascimento$ e Rosa tin&a acessoao mesmo sempre que quisesse" ]s 7e8es$ tenta7a imaginar como a 7ida seria se e!aprecisasse economi8ar para comprar o M!timo par de sapatos que cobiçara$ mas isso eraa!go que nunca e,perimentara" #e!o menos$ não at) agora" #orque$ !ogo apGs amensagem de te,to que a c&amara de 7o!ta para casa$ 7iera outra$ in9ormando-a de quetodo o acesso aos seus 9undos 9ora b!oqueado"

Rosa sabia e,atamente o que sua 9am:!ia esta7a tentando 9a8er"

E!es esta7am tentando 9orç*-!a a 7o!tar para a Sic:!ia$ 9a8endo-a passar 9ome

E!a soubera que e!es poderiam ser cru)is" Nira-os descartando inimigos""" maridose esposas""" apenas não percebera que a mesma crue!dade pudesse ser dirigida a e!a"

O!&ou para u!a!$ enquanto pensa7a na pergunta de!e$ subitamente percebendoque$ mesmo se tentasse procurar emprego$ suas opçVes eram muito !imitadas" #ossu:aum dip!oma respeit*7e! em !:nguas$ mas não tin&a e,peri;ncia em coisa nen&uma"

1a 7erdade$ eu não sou rica disse e!a" 1ão mais" Então$ o que 7oc; 7ai 9a8er persistiu e!e"

rustração 9e8 Rosa atac*-!o no7amente" E!e esta7a se di7ertindo com seuso9rimento

O que eu 9aço ou não 9aço não ) da sua conta"

(as poderia ser da min&a conta"

O tom de 7o8 de!e sua7i8ara$ e instinti7amente Rosa 9icou tensa porque suspeita7ade que u!a! não 9osse um &omem sua7e"

#or que 7oc; 9aria isso

>4




#orque ac&o que nGs podemos o9erecer a%uda mMtua um ao outro num momentode necessidade mMtua"

E!a o 9itou com descon9iança"

1ão ten&o certe8a se entendo"

E!e deu um passo + 9rente$ diminuindo o espaço entre e!es$ e 7iu$ pe!a sMbitatensão do corpo de!a$ que Rosa esta7a ciente do 9ato" Assim como e!e"""

Eu ac&o que 7oc; est* 9ugindo de a!guma coisa$ Rosa disse u!a!$ 9itando-!&eos grandes o!&os escuros" De a!guma coisa ou de a!gu)m" Tamb)m ac&o que 7oc;est* se escondendo""" que não quer que ningu)m saiba que est* aqui" E que est* semdin&eiro" Ou$ no m:nimo$ quase sem din&eiro"

Rosa engo!iu em seco porque a pro,imidade de!e desconcerta7a-a tanto quanto acapacidade de percepção de u!a!" E tudo que e!e adi7in&ara não era 7erdade Logodepois de descobrir que seus 9undos tin&am sido conge!ados$

Rosa 7endera um brace!ete numa %oa!&eria perto de 1ice$ mas recebera muitomenos do que esperara" E não era engraçado como din&eiro parecia desaparecer$quando 7oc; não esta7a acostumada a 7i7er de maneira econmica Especia!mente$quando e!a gastara a maior parte de seu orçamento num minMscu!o 7estido 7erme!&o quea co!ocara nesta con9usão"

#or que 7oc; est* tão interessado em mim sussurrou e!a"

A boca de u!a! comprimiu-se numa !in&a 9ina" .ora de destruir quaisquer 9antasiasque pudessem desestabi!i8ar o que esta7a prestes a di8er"

Eu não estou interessado em 7oc;$ habeebi, e sim no que podemos o9erecer umao outro"

Sob o tecido escorregadio de seu pen&oar$ Rosa sentiu a pe!e se arrepiar e nãosabia se era de e,citação ou medo" E!e ia sugerir que e!es continuassem de onde tin&amparado E se e!e 9a!asse aqui!o""" se a pu,asse para seus braços e a bei%asse com omesmo tipo de pai,ão que e!a e,perimentara no outro dia$ e!a seria capa8 de re%eit*-!o

/ue tipo de o9erta

u!a! deu um sorriso de satis9ação ao !er os incon9und:7eis sinais de dese%o no

rosto de!a$ e soube que tin&a 7encido" (in&a o9erta de casamento disse e!e"

As pa!a7ras ecoaram ao redor do quarto$ e um sentimento de irrea!idade inundou-a$enquanto e!a 9ita7a os o!&os pretos" Tentou imaginar como seria se e!e ti7esse 9eito amesma sugestão com a!gum grau de a9eto$ em 7e8 de com aque!a e,pressão ca!cu!ista"(as e!a era uma Corretti$ não era Consequentemente$ de7eria saber !idar com ta!proposta da mesma maneira pro9issiona! que e!e"

Casar-me com 7oc; 1ão &* uma candidata mais adequada para sua proposta

Ta!7e8 a!gu)m que 7oc; con&eça &* mais do que cinco minutos$ num re!acionamento quese%a 9undado em mais do que !u,Mria e insu!tos

>2




6re7emente$ u!a! pensou em A<es&a$ imaginando se agora era o momento dere7e!ar seu noi7ado rompido" A 9im de conseguir que a garota Corretti concordasse comseu p!ano$ certamente era me!&or manter segredo" (as se !embrou da amargura nosemb!ante de Rosa quando e!a 9a!ara sobre segredosU e percebeu que e!a acabariadescobrindo" Era me!&or que a 7erdade 7iesse de!e do que pe!a m:dia"

1a 7erdade$ eu tin&a uma noi7a" At) recentemente"Rosa estreitou os o!&os"

/uão recentemente

.ou7e uma pausa"

At) ontem"

E!a o o!&ou com incredu!idade"

/uer di8er que""" 7oc; 9e8 amor comigo quando esta7a noi7o de outra mu!&er

u!a! deu uma risada curta" Eu não c!assi9ico bei%ar a!gu)m que se %ogou nosmeus braços como 9a8er amorU"

Seu idiota e,c!amou e!a" Seu idiota comp!eto" Sabe muito bem que$ seeu não esti7esse b;bada$ 7oc; não teria acabado na min&a cama aque!a noite"

u!a! ba!ançou a cabeça" Era u!tra%ante que teria de se casar com uma mu!&er como aque!a" 0ma mu!&er que não tin&a 7ergon&a de espa!&ar seus 9a7ores de 9orma tãoamp!a" Sim$ e!e gosta7a que suas amantes 9ossem !iberais$ mas uma esposa era a!gocomp!etamente di9erente" Era impens*7e! que um pr:ncipe se casasse com uma 7adia

At) que se !embrou de que aque!e seria um casamento tempor*rio e que a 7irtude deRosa era irre!e7ante"

Recordou-se do %eito que e!a o bei%ara$ que pressionara os seios magn:9icos contraseu peito" #e!o menos$ e!a c&egaria + noite de nMpcias com um grau satis9atGrio decon&ecimento se,ua!"

Eu não me comportei de modo di9erente do que &omens sempre se comportam murmurou u!a!"

Est* di8endo que espera que sua noi7a ignore seu comportamento u!tra%ante

Eu imaginei que min&a noi7a não 9icaria sabendo o que eu 9i8 rep!icou e!e" (as parece que me enganei" E tamb)m parece que e!a não entende que um &omemde7e gan&ar o m*,imo de e,peri;ncia poss:7e! antes de tirar a inoc;ncia de sua noi7a nanoite de nMpcias"

Rosa quase riu de taman&a inso!;ncia"

Noc; est* tentando 9a8er uma piada

/ua! ) a graça nisso

Noc; 9a!a como se esti7esse 9a8endo um 9a7or a e!a$ dormindo com o m*,imo

de mu!&eres poss:7eis"

>>




Esta ) uma maneira de o!&ar para a situação concordou e!e$ com seriedade" E )$ sem dM7ida$ um ponto 7*!ido" YeraçVes de &omens de todas as cu!turas t;m umbom nMmero de amantes$ antes de se amarrarem ao casamento" #ois ningu)m quer um&omem que ) um no7ato da arte de 9a8er amor"

E nen&uma mu!&er quer um &omem tão arrogante que e!e nem percebe como

est* sendo cretino Cretino repetiu u!a!" Como 7oc; ousa c&amar o s&ei' de Xa&rastan de

cretino

Eu ouso$ quando isso ) 7erdade"

E!e estreitou os o!&os$ mas não pde negar o sangue correndo em seu se,o$porque a inso!;ncia sem precedentes de Rosa ine,p!ica7e!mente o e,cita7a"

E conte-me uma coisa$ Rosa Corretti""" 7oc; sempre 9a!a tudo que pensa Zsempre tão 9ranca

1a 7erdade$ não""" e!a não era" A 7e!&a Rosa nunca 7oci9era7a os pensamentosescanda!osos que +s 7e8es preenc&iam sua mente$ porque &a7ia sido criada para ser serena e re9inada" #ara esconder seus sentimentos atr*s de um e,terior po!ido" (as deque adiantara cumprir seu pape! obediente + per9eição$ quando todos a tin&amenganado

u!a! tamb)m a enganara" E!e não se incomodara em !&e contar que esta7a noi7o$quando a agarrara na pista de dança$ então por que e!a de7eria poupar os sentimentosde!e Du7ida7a que e!e ti7esse a!gum

(in&a 9ranque8a ) irre!e7ante retrucou e!a" E 7oc; ainda não e,p!icou por que me 9e8 este pedido de casamento absurdo"

#ara proteger a min&a reputação disse e!e"

Rosa riu" Então$ e!e era ego:sta$ a!)m de arrogante"

Surpresa$ surpresa"

E para proteger a sua"

Eu não sei do que 7oc; est* 9a!ando"

.ou7e uma pausa$ enquanto e!e esco!&ia as pa!a7ras$ embora esti7esse ac&andodi9:ci! não mostrar irritação"

(eu irmão descobriu que nGs passamos a noite %untos$ portanto$ a in9ormaçãoest* a: 9ora" #e!o que eu entendo$ sua prGpria 9am:!ia ) muito boa em reunir in9ormaçVes"Como ac&a que e!es 7ão reagir se descobrirem que 7oc; dormiu com um pr:ncipe *rabe

E!a tremeu ao pensar como e!es reagiriam se soubessem que e!a dormira comqua!quer pessoa"

(as nGs não dormimos %untos

E 7oc; ac&a pro7*7e! que a!gu)m acredite nisso

>5




Com um tremor$ Rosa tentou imaginar a reação de A!essandro e Santo diante danot:cia de que sua irmã8in&a se comportara como uma prostituta" A 9am:!ia ainda estariasob o c&oque da re7e!ação da mãe""" o que pro7a7e!mente tornaria a reação de!es aindamais e,agerada do que o norma!" E!a ainda era uma Corretti$ não era E uma Corretti dose,o 9eminino" E!es acreditariam que sua inoc;ncia 9ora comprometida e en7iariam uma

gangue de brutamontes para resgat*-!a" #ior ainda""" ta!7e8 e!es mesmos 9ossem busc*-!a"

Mannaggia prague%ou e!a$ sem pensar" Como eu 9ui to!a"

Ocorreu a u!a! que nem uma 7e8 durante a con7ersa inteira$ e!a tentara 9!ertar com e!e$ nem mostrara qua!quer sina! de gratidão por e!e estar o9erecendo uma so!uçãopara o prob!ema de!a" Ora$ Rosa ma! parecia ciente da cama no canto do quarto""" um 9atoque começa7a a dominar seus pensamentos" u!a! queria tom*-!a nos braços e bei%*-!a$mas a 9isionomia de Rosa era tão rai7osa que ta!7e8 esta não 9osse uma boa ideia" E!ecomeça7a a perceber que a situação esta7a equi!ibrada numa corda bamba e que agora

queria que e!a concordasse com um p!ano que inicia!mente !&e causara repu!sa"#orque u!a! era especia!ista em encontrar o !ado bom numa situação ruim" Era ta!

&abi!idade que o sustentara durante sua in9Wncia so!it*ria" E!e se recusara a pensar muitosobre o 9ato de que o amor de sua mãe !&e 9ora roubado bruta!mente e se 9oca7a na!iberdade que aprecia7a dentro das paredes do pa!*cio" Tin&a aprendido a ser autossu9iciente e atacar qua!quer um que ousasse ter pena de!e"

Agora$ o!&ou para Rosa Corretti e pensou sobre os bene9:cios de t;-!a comoesposa" #ensou no pra8er que aque!e corpo cur7i!:neo !&e traria" 0m corpo que e!e tocaraapenas bre7emente$ e que seria seu em todos os momentos que quisesse E uma 7e8que sua pai,ão por Rosa se esgotasse$ e!e a mandaria embora"

0m casamento curto$ que poder* ser disso!7ido depois que a poeira bai,ar e!aborou u!a!" 0m casamento que pode ser ben)9ico para nGs dois"

E!a o o!&a7a como se esti7esse 7endo-o pe!a primeira 7e8 na 7ida e não gostassedo que 7ia"

6en)9ico perguntou e!a" Eu ac&o que não" Ac&o que casamento com7oc; seria um pesade!o"

Tem certe8a 8ombou e!e"

Abso!uta con9irmou Rosa$ at) que se 9orçou a con9rontar uma a!ternati7a queera ainda pior" 1ão podia 7o!tar para casa$ entretanto$ não poderia permanecer !* comseus recursos 9inanceiros acabando rapidamente" (esmo se 9ugisse para outro !ugar$ eencontrasse um subemprego$ sua 9am:!ia a ac&aria" Rosa 9orçou um sorriso" (asposso 7er que isso teria a!gumas 7antagens"

/uer di8er que 7oc; agora concorda com min&a proposta

Somente sob certas condiçVes"

Lamento$ mas isso não ser* poss:7e! a9irmou u!a!" Noc; não bargan&acom um s&ei'"

>P




O&$ mas eu bargan&o disse e!a$ com 9irme8a" #orque 7oc; precisa destecasamento mais do que eu

Noc; ac&a

Eu sei disso" Rosa en7iou-!&e um o!&ar de desa9io" Noc; est* com medodo que meus irmãos possam 9a8er quando descobrirem sobre nosso caso$ não )

Noc; est* !ouca A 9isionomia de!e era de desd)m" u!a! A!-Dimas&qi nãotem medo de ningu)m$ Rosa" (as eu amo meu pa:s$ e a not:cia de nossa noite %untospode tra8er 7ergon&a para nossa 9am:!ia rea!" .ou7e uma pausa" Noc; não precisase preocupar que 9icar* !igada a mim por uma 7ida inteira$ se esta 9or a causa de sua&esitação$ pois eu !&e darei o di7Grcio$ apGs um tempo"

Rosa re9!etiu sobre aque!as pa!a7ras$ ciente de que e!e esta7a !&e o9erecendo umasa:da"

/uanto tempo nGs precisaremos 9icar casados

E!e deu-!&e um sorriso 9rio"

/ue ta! um ano

Tempo demais"

Eu !&e garanto que o tempo 7ai 7oar murmurou e!e" #orque tempo sempre7oa" Antes que 7oc; se d; conta$ estar* indo embora com uma 9ortuna grande o bastantepara garantir sua independ;ncia e com memGrias de ;,tase se,ua! para uma 7ida inteira"

Rosa encontrou o bri!&o nos o!&os cor de )bano" A segurança se,ua! de u!a! era

impressionante$ e a arrogWncia$ inigua!*7e!$ entretanto""" e!a sentia uma estran&asegurança quando o!&a7a para e!e" #orque$ apesar de todos os de9eitos que e!e pudessepossuir$ Rosa sabia$ de a!guma 9orma$ que e!e a protegeria" 1ingu)m ousaria apro,imar-se de!a$ se s&ei' u!a! A!-Dimas&qi esti7esse por perto"

(esmo se quisesse ba!ançar uma 7arin&a m*gica$ Rosa sabia que sua 7ida antigaesta7a acabada" E!a não poderia 7o!tar" Tin&a 9ugido para a rança$ se &ospedado num&ote! barato$ 7endido o brace!ete de sua 9am:!ia e quase perdido sua 7irgindade" #e!aprimeira 7e8$ sentia que esta7a rea!mente 7i7endo""" do %eito que seus irmãos tin&ampermissão para 7i7er""" não apenas e,istindo dentro da bo!&a protetora que e!es &a7iam

criado ao seu redor"#ro7ara o gosto da !iberdade$ e não poderia retornar para a 7ida que con&ecera

antes" Todos aque!es o!&os obser7ando-a" Todas as regras e cobranças que asacompan&a7am" A e,pectati7a de que Rosa 9osse uma boa menina$ e um dia se casassecom um sici!iano que 9osse esco!&ido para e!a"

Se teria de suportar a desgraça de um casamento arran%ado$ então por que e!amesma não arran%a7a ta! casamento Especia!mente quando este casamento emparticu!ar tin&a uma c!*usu!a de sa:da" E!a queria independ;ncia$ e u!a! !&e o9ereceraisso" Assim como !&e o9erecera um bom pagamento" #e!a primeira 7e8 na 7ida$ Rosa seria

independente Imagine poder 9a8er o que quisesse$ sem pedir a permissão de ningu)mSua 9am:!ia tradiciona! não poderia protestar$ uma 7e8 que e!a ti7esse uma a!iança deouro no dedo"

>Q




Z uma o9erta muito tentadora murmurou e!a"

Descobri que ) s*bio tornar suas o9ertas tentadoras para !e7ar as pessoas aconcordarem com e!as" E!e sorriu$ antes de arquear as sobrance!&as" E suascondiçVesU são

Rosa &esitou" Esti7era prestes a !&e di8er que aque!e teria de ser um casamentoce!ibat*rio" /ue não 9aria se,o com um &omem que menospre8a7a tanto as mu!&eres"""um &omem que esti7era disposto a trair a noi7a sem o menor peso na consci;ncia" (aspodia 7er agora que seria imposs:7e! cumprir ta! demanda" #odia rea!mente se imaginar di8endo não para as 7antagens se,uais que um &omem como u!a! A!-Dimas&qio9ereceria #odia imaginar-se tentando resistir a e!e

1em num mi!&ão de anos"

Estudou os o!&os pretos bri!&antes e naque!e momento suspeitou de que e!esoubesse o que e!a esta7a pensando" #odia sentir sua pe!e se arrepiando$ enquanto e!es

se entreo!&a7am""" como se seu corpo esti7esse recon&ecendo a cone,ão poderosa entreos dois" E!a podia não gostar do ponto de 7ista de u!a! sobre as mu!&eres$ mas não eraestMpida o bastante para negar que o queria"

O 9ato de que e!e pudesse tratar a e, noi7a tão ma! di8ia que u!a! não era um&omem con9i*7e!$ mas que &omem era At) mesmo seu prGprio tio dormira com sua mãeRosa não esta7a procurando con9iança$ ou sua7idade""" ou nen&uma das coisas que asmu!&eres gera!mente queriam em seus maridos" E$ com o passado de sua 9am:!ia$ e!a$com certe8a$ não esta7a procurando amor" /ueria a!gu)m que !&e mostrasse como setornar uma mu!&er no sentido mais comp!eto da pa!a7ra""" e u!a! seria o candidato idea!"

Rosa tiraria de u!a! tudo que e!e esti7esse disposto a dar$ e depois iria embora" Eu decidi desistir de min&as condiçVes dec!arou e!a$ dando de ombros"

u!a! 7ira como as 9aces de!a &a7iam corado e sorriu"

Ac&ei que 7oc; poderia desistir murmurou e!e$ o!&ando para os seios contra aseda do pen&oar" #odia 7er os bicos enri%ecendo enquanto obser7a7a e sentiu a respostaem seu prGprio se,o" E isso me agrada muito"

(as eu não quero que meus irmãos descubram continuou e!a" #orque e!estentarão impedir este casamento$ se souberem"

#or um momento$ u!a! contemp!ou a ideia de desa9iar os irmãos de Rosa""" ou rir da ideia de que e!es pudessem desa9i*-!o" (as para que tra7ar uma bata!&a inMti! E!esteriam sua preciosa Rosa de 7o!ta$ depois de um ano"

.* coisas que precisamos decidir$ mas e!as podem esperar a 7o8 era rouca$e o o!&ar de!e 9oi mais uma 7e8 para os mami!os 9emininos enquanto nos ocupamoscom coisas mais pra8erosas"

E!a o encarou"

Signi9icando

Noc; sabe muito bem o que eu quero di8er$ Rosa" Seu corpo certamente d*todas as indicaçVes disso" E &* uma cama a!i$ esperando"

>




Rosa cru8ou os braços sobre seus seios traidores"

1ão me trate como uma prostituta$ u!a!" Ou eu 7ou desistir deste casamentoagora"

E!e 7iu o %eito que e!a erguera o quei,o" Niu o bri!&o determinado entrando noso!&os escuros""" e naque!e momento$ e!a pareceu muito orgu!&osa e muito sici!iana" 0mamu!&er 9ormid*7e!$ recon&eceu u!a!$ assentindo em concordWncia"

(uito bem" Se 7oc; gosta desse %ogo$ então nGs obedeceremos +s con7ençVese esperaremos um pouco mais""" e a antecipação adicionar* tempero ao meu dese%ocrescente" Eu !&e en7iarei um carro pe!a man&ã" Enquanto isso$ 7oc; pode começar apensar num tra%e apropriado"

Rosa tocou a !ape!a de seu roupão"

Como assim$ um tra%e apropriado

E!e queria di8er que nude8 tota! seria sua primeira esco!&a$ e o 7estido 7erme!&oque esquentara tanto seu sangue$ seria a segunda" (as não em pMb!ico" Em pMb!ico$Rosa teria de representar o pape! que era esperado de!a" Ambos teriam

A!guma coisa que uma 9utura princesa usaria para encontrar seu pr:ncipe"

E!a pensou nas poucas roupas que %ogara na ma!a$ antes de sua 9uga impetuosada Sic:!ia"

Eu tentarei"

E certi9ique-se de !e7ar todos os seus pertences"

E!a o o!&ou caute!osamente" #or qu; #ara onde eu 7ou

#ara #aris" u!a! deu um pequeno sorriso" Começar sua 7ida no7a"

#a%ítulo +

0ma 7ida no7a"

As pa!a7ras de u!a! gira7am repetidamente na cabeça de Rosa$ na man&ãseguinte$ enquanto e!a 9ec&a7a a tampa de sua ma!a" Era poss:7e! se !i7rar da 7e!&a 7idae recomeçar Tudo que sabia era que ia tentar""" ia dei,ar seu passado prob!em*tico para

tr*s e mergu!&ar num 9uturo no7o e descon&ecido como a noi7a do s&ei'"

>K




Lembrando-se da instrução de u!a! sobre um tra%e apropriado$ Rosa esco!&eu um7estido de seda cor de 9ramboesa$ e sapatos pretos que 9i8eram com que e!a se sentissemuito a!ta""" mas não co!ocou %oias$ nem mesmo o ane! de p!atina com esmera!das queseu pai !&e dera no seu ani7ers*rio de 4Q anos" Sentia a mão estran&amente desnuda$pois nunca sa:a sem o ane! no dedin&o" (as agora a %oia parecia 8ombar de!a e do

re!acionamento que Rosa ti7era com seu pai$ !e7ando-a a imaginar se aqui!o tamb)mtin&a sido 9a!so$ como tudo ao seu redor"

Seu pai 9icara sabendo #erguntou-se" #ercebera$ antes de sua prGpria morte7io!enta$ que a 9i!&a que adorara era 9i!&a do que e!e detesta7a icara arrasado e %ogaraum 9Gs9oro naque!e 7e!&o depGsito imenso$ que possu:ra$ %untamente com seu irmão$ demodo que ambos queimassem at) a morte$ seus gritos torturados sendo carregados nabrisa sici!iana

E!a 9icou grata pe!a batida + porta que interrompeu seus pensamentos e abriu-apara encontrar o motorista de u!a! a!i" Sem pa!a7ras$ e!e pegou sua ma!a$ dei,ando Rosa

segui-!o" (as suas perguntas sobre o paradeiro de u!a! 9oram respondidas com um dar de ombros educado" Como se e!e não entendesse o que e!a esta7a di8endo mesmo see!a !&e 9a!asse em 9ranc;s""" e Rosa tin&a a impressão de que e!e a compreendia muitobem"

Sua sensação de iso!amento cresceu con9orme o carro seguia em direção aoaeroporto$ e e!a o!&ou pe!a %ane!a" Contra o pano de 9undo do mar a8u!$ &a7ia mu!&eres des&orts$ grandes c&ap)us e Gcu!os escuros ainda maiores$ enquanto passea7am pe!a *reado porto$ como se esperassem pe!os donos dos iates !u,uosos para !e7*-!as ao para:so"E!as pareciam tão re!a,adas" Como se não ti7essem mais nada na cabeça a!)m de

quando precisa7am retocar o batom" Rosa imaginou se e!as nota7am a mu!&er na!imusine cara$ sendo !e7ada para se casar com um &omem que era pouco mais do queum estran&o"

O carro poderoso parou no aeroporto de 1ice$ e Rosa 9oi esco!tada diretamentepara uma das pistas de deco!agem$ onde um grande a7ião espera7a" Sua estrutura 7erdee cor-de-rosa !embra7a-a de a!gum enorme p*ssaro e,Gtico$ e um comiss*rio de bordo$usando um uni9orme que combina7a com o a7ião$ condu8iu Rosa a bordo" A !u8 na cabineera 9raca$ e precisou de a!guns momentos para que seus o!&os se a%ustassem + 7isão deu!a! rec!inado sobre um dos assentos$ !endo o que parecia ser uma pi!&a de pap)is

o9iciais" E!e parecia tota!mente re!a,ado$ com as pernas !ongas estendidas + 9rente e umbraço apoiando a cabeça cor de )bano" Re!utantemente$ e!a permitiu que seus o!&os opercorressem$ incapa8 de negar a per9eição 9:sica do &omem"

E!e a ou7ira ar9ando #or isso o sorriso enigm*tico no rosto bonito$ quando e!eergueu os o!&os

1ão 9ique tão assustada$ Rosa disse e!e$ sua7emente$ seus prGprios o!&os7ia%ando pe!a e,tensão do corpo de!a"

Eu não estou assustada respondeu e!a$ tentando se con7encer de que isso

era 7erdade$ mesmo que a inspeção preguiçosa esti7esse 9a8endo sua pe!e 9ormigar"Disse a si mesma que con&ecera um bom nMmero de &omens poderosos em seus 2>anos$ para torn*-!a imune a e!es" (as nunca con&ecera ningu)m com a apar;ncia de

>J




u!a!$ antes" E!e remo7era o pa!etG e esta7a usando ca!ça escura e camisa branca$ comas mangas enro!adas" E$ apesar da postura re!a,ada$ e,a!a7a uma 9orça muscu!ar !atente"

Nen&a aqui e sente-se murmurou e!e$ dando um tapin&a na po!trona ao seu!ado"

Rosa apro,imou-se com a caute!a de a!gu)m andando em direção a uma bombaprestes a e,p!odir$ sabendo que soaria ing;nua se rec!amasse de que o Wngu!o dapo!trona 9a8ia o assento parecer mais uma cama" #erguntou-se o que tin&a acontecidocom a no7a e con9iante Rosa Corretti$ que o!&ara para aque!e &omem e decidira que oqueria"

Era porque esta man&ã e!e esta7a e,a!ando uma se,ua!idade que pareciaintimidadora$ e$ pe!a primeira 7e8$ Rosa percebia que e!e p!ane%a7a co!ocar ta!se,ua!idade em uso E!a te7e ci;ncia que a pose inicia!mente re!a,ada de u!a! tin&a sidosubstitu:da por uma sMbita tensão como se e!e tamb)m ti7esse recon&ecido ocon9inamento da cabine do a7ião no momento em que as portas e,ternas 9oram 9ec&adas"

Rosa sentou-se ao seu !ado$ cnscia de que e!e a obser7a7a$ os o!&os escurosparecendo absor7er cada mo7imento seu" Disse a si mesma que não podia ser intimidada" #recisa7a ser mais como aque!as mu!&eres que &a7iam dançado na barra daboate$ em 7e8 de uma cu%o coração agora batia 9reneticamente"

Espero que meu tra%e este%a apropriado disse e!a"

(uito" u!a! obser7ou-a a!isar o tecido de!icado do 7estido sobre os %oe!&os" Noc; precisar* de um guarda-roupa inteiramente no7o para !idar com as demandas da7ida de uma princesa$ ) c!aro""" embora eu ac&e que 7oc; não ter* prob!emas com isso"

Ainda não con&eci uma mu!&er que não sa!i7asse diante do pensamento de comprar roupas no7as$ especia!mente quando outra pessoa 7ai pagar a conta"

E!a o encarou"

Noc; 7ai passar seu tempo inteiro denegrindo mu!&eres

1ão meu tempo inteiro" O sorriso de!e era perigoso" Ten&o certe8a de queencontraremos um %eito mais e,citante de preenc&er nosso tempo"

#orque""" E!a não queria abandonar o assunto" 1ão queria que u!a!continuasse 9a8endo comparaçVes porque tin&a uma certe8a irritante de iria desaponta-!o"

/ue e!e assinara por uma coisa e ia receber outra comp!etamente di9erente" Sei que7oc; tem um amp!o con&ecimento das mu!&eres$ mas$ ) muito desagrad*7e! que continueme !embrando do 9ato"

Ten&o certe8a de que seu con&ecimento dos &omens ) igua!mente amp!o$ Rosa"

Noc; 9icaria surpreso"

Du7ido" Ainda não con&eci uma mu!&er que me surpreenda"

Rosa meneou a cabeça" Como e!e era c:nico" E!a não de7eria ter tentado se unir auma pessoa mais sua7e""" e mais genti! Os motores do a7ião gan&aram 7ida e$subitamente$ e!a começou a rir$ o som pegando-a de surpresa$ porque 9a8ia muito tempoque não ria de a!guma coisa"

53




E!e arqueou as sobrance!&as"

O que ) tão engraçado

Tudo" Rosa o o!&ou" Dentro do espaço de poucas &oras$ eu me tornei otipo de pessoa que sobe num a7ião particu!ar com um &omem que não con&eço""" um&omem com quem 7ou me casar" Eu serei uma princesa$ 7i7erei em #aris$ e não ten&oideia de como min&a 7ida ser*" Isso simp!esmente não parece rea!"

(ais uma 7e8$ u!a! 7iu o bri!&o passageiro de 7u!nerabi!idade nos o!&os de Rosa"0m sorriso que não combina7a com os !*bios sensuais e o corpo &edonista" Aque!e que!&e desperta7a um dese%o ine,p!ic*7e!"

Se isso 9or a!gum conso!o$ a situação parece bi8arra para mim$ tamb)m disseu!a! quando a ironia da situação o atingiu""" não pe!a primeira 7e8"

E!e de7eria estar contemp!ando matrimnio com um membro da rea!e8a de umpa:s 7i8in&o$ mas em 7e8 disso$ encontra7a-se com Rosa Corretti$ a 9i!&a de uma 9am:!ia

sici!iana despre8:7e!$ com uma p)ssima reputação" 0ma mu!&er que ba!ança7a o corpocomo uma prostituta$ mas que !&e negara tudo$ e,ceto um bei%o bre7e"

Sua boca se cur7ou num sorriso duro" E!e podia sentir sua ereção sob a ca!ça emudou seu corpo de posição" #or que tin&a de esperar um segundo mais para apreciar todas as possibi!idades sensuais que aque!e !indo corpo o9erecia

O comiss*rio de bordo apareceu com uma bande%a$ e u!a! 9a!ou a!guma coisa emseu prGprio idioma$ de modo que o &omem ps os drinques sobre a mesa e desapareceurapidamente"

Rosa 7iu o %eito que u!a! tin&a 9ec&ado as mãos com 9orça contra as co,as" A!guma coisa errada perguntou e!a"

A!guma coisa est* muito errada" Nirando-se para e!a$ u!a! ergueu a mãopara !&e tocar o rosto$ o dedo !entamente traçando o contorno de seus !*bios" Noc;est* me en!ouquecendo$ Rosa" Eu estou ansioso para possu:-!a e não posso esperar mais"

Rosa engo!iu em seco$ quando mãos 9ortes desceram para seus seios$ e e!aperguntou-se se e!e podia sentir as batidas 9ren)ticas de seu coração" As pa!a7ras de

u!a! eram tão""" ardentes" E!e 9a8ia se,o parecer uma coisa tão natura!""" mas e!a nãosabia como responder$ porque tin&a sido criada para pensar em se,o como a!go errado eproibido"

Noc; est* si!enciosa obser7ou e!e$ os dedos agora descendo pe!a suabarriga$ antes de descansarem sobre seu %oe!&o" Isso ) bom" Com muita 9requ;ncia$ asmu!&eres destroem a atmos9era de amor com suas tagare!ices 7a8ias"

#arte de Rosa queria gritar para protestar taman&a arrogWncia$ mas nen&um somsaiu de sua garganta""" e como poderia$ quando a mão de!e esta7a agora debai,o da saiade seu 7estido$ e e!a esta7a prendendo a respiração para 7er o que e!e 9aria a seguir

Os dedos de u!a! começaram a subir e Rosa 9ec&ou os o!&os quando o dese%o ainundou" 0m dese%o poderoso o bastante para b!oquear qua!quer sentimento de cu!pa" E!e

54




esta7a traçando pequenos c:rcu!os acima de seu %oe!&o$ e$ embora aqui!o a e,citasse$tamb)m a 9rustra7a[ 9a8endo-a dese%ar que e!e a tocasse em outro !ugar""" um !ugar queesta7a pu!sando do!orosamente" E ta!7e8 e!e ti7esse percebido isso$ porque os dedosquentes agora &a7iam a!cançado a pe!e sens:7e! de sua co,a" 0m ca!or começou a seespa!&ar pe!o corpo inteiro de Rosa$ enquanto e!a podia ou7ir as batidas a!tas de seu

coração" Suas pernas pareceram se abrir como se por 7ontade prGpria$ e e!a emitiu umsuspiro de pra8er quando e!e roçou os dedos intimamente contra o ca!or de seu se,o"

.umm murmurou e!e"

u!a! sussurrou e!a"

Ondas de c&oque e e,citação a inundaram quando e!e pu,ou o tecido da ca!cin&apara um !ado e começou a pro7ocar sua carne e,citada" Rosa pensou que nada nuncatin&a sido tão bom" #odia ou7ir estran&os gemidos ecoando atra7)s da cabine e percebeuque de7iam ser seus" #odia sentir seu corpo 9icando tenso$ em busca de a!guma coisaque parecia 9ora de a!cance" A!go que certamente prometia mais do que podia entregar" Eentão aconteceu" /uase sem a7iso$ como uma c&u7a de 9ogos de arti9:cio e,p!odindoinesperadamente" Rosa descobriu seu corpo se contraindo com as sensaçVes maisincr:7eis$ a 9orça de!as pegando-a de surpresa" Era como 7oar$ e um pouco depois$ ocorpo re!a,a7a com o pra8er que ainda a percorria"

Abra meu 8:per sussurrou e!e"

As pa!a7ras de u!a! penetraram seus pensamentos son&adores e Rosa abriu oso!&os para encontrar o ardor nos o!&os pretos" O!&ou para o se,o de!e e perdeu acoragem"

Eu não posso"

#or que não E!e 9ran8iu o cen&o"

/ua! ) o prob!ema

Rosa mordeu o !*bio" 0m mi!&ão de coisas esta7am erradas$ e$ estupidamente$ aque parecia incomod*-!a mais era o 9ato de que e!e nem a bei%ara" E!a percebia que ti7eraseu primeiro orgasmo$ mas u!a! 9i8era aqui!o acontecer com a 9rie8a de um cientistarea!i8ando um teste de !aboratGrio" E!a queria aprender tudo sobre se,o$ mas nãopretendera que sua primeira !ição acontecesse num a7ião e certamente não queria ser

tratada como a!gum tipo de marionete sem rosto"Sentia-se como a!gu)m que nunca esquiara antes sendo co!ocada numa pista de

ge!o e obrigada a dançar" A outra noite$ em seu estado de embriague8$ esti7erapreenc&ida com uma estran&a bra7ata e$ por isso$ %ogara-se contra e!e" (esmo na man&ãseguinte$ tin&a conseguido se 9ingir de desinibida" (as agora que o momento da 7erdadec&egara$ esta7a com medo"

Então$ por que não contar isso a e!e #or que não ser &onesta Certamente$ at)mesmo a!gu)m de coração tão duro como u!a! poderia ser genti! se soubesse dapro9undidade de sua ine,peri;ncia"

Rosa respirou 9undo e dec!arou@

Eu sou 7irgem"

52




C!aro" E eu sou #eter #an murmurou e!e$ guiando-!&e a mão na direção deseu se,o"

1ão disse$ reco!&endo a mão" Estou 9a!ando s)rio"

u!a! a9astou-se$ e e!a não pde !er a e,pressão no rosto de!e" Certamente$ nãoera t)dio que 7ia a!i

Eu tamb)m estou$ habeebi. Então$ por que não dei,amos a brincadeira de 9a8de conta para quando nossos apetites esti7erem mais saturados Eu con&eço as9antasias que e,citam as mu!&eres$ e podemos brincar de 7irgem inocente sendodesonrada pe!o grande s&ei' ma!7adoU$ mas$ nesta primeira 7e8$ 7amos nos ater ao que anature8a pretendeu e 9a8er amor da maneira tradiciona!

Rosa o o!&ou$ enquanto aque!as pa!a7ras duras registra7am em seu c)rebrocon9uso" E!e não acredita7a ne!a 1ão acredita7a que e!a nunca 9i8era se,o com um&omem

0ma onda de 7ergon&a a inundou" #or que u!a! de7eria acreditar$ depois da 9ormaque e!a se comportara E!e pedira em casamento uma mu!&er que dança7a em boatesnum 7estido re7e!ador$ não uma garota sici!iana superprotegida que nunca sentira acar:cia :ntima de um &omem at) agora" E e!e não 9icaria desapontado se soubesse comoe!a era ing;nua

Sua mente começou a girar" Este de7eria ser um casamento de con7eni;ncia"""con7eni;ncia para ambos mas não seria muito con7eniente para u!a! se sua esposa9osse uma no7ata$ seria Ta!7e8 9osse me!&or se e!e descobrisse a 7erdade na noite denMpcias""" quando seria tarde demais para mudar de ideia sobre o casamento

Rosa pu,ou o 7estido para bai,o"

O que 7oc; ac&a que est* 9a8endo demandou e!e"

E!a encontrou-!&e o o!&ar de incredu!idade$ tentando imaginar o que uma mu!&er mais e,periente diria nesta situação"

Noc; est* pretendendo 9a8er se,o comigo

O que 7oc; ac&a""" que eu quero discutir o estado da economia mundia!

E!e a 9itou com rai7a" Z c!aro que pretendo 9a8er se,o com 7oc;" 1ão ) isso

que praticamente me sup!icou que 9i8esse quando nos con&ecemosRosa comprimiu os !*bios"

Noc; quer que esta se%a nossa primeira 7e8$ %untos /uando a!gum membro desua tripu!ação poderia entrar e nos descobrir

Ac&o que não retrucou e!e" (in&a tripu!ação tem ordens r:gidas de não meperturbar quando eu ten&o uma mu!&er a bordo" 1ingu)m ousar* entrar"

Rosa sentiu-se nauseada" E!e esta7a tentando &umi!&*-!a como e!a 7ira &omens&umi!&ando mu!&eres com tanta 9requ;ncia antes

Z seu &*bito 9a8er se,o neste a7ião$ então

1ão$ Rosa$ 7oc; ) a primeira rep!icou e!e$ sarcasticamente" O que ac&a

5>




Eu ac&o que$ como sua noi7a$ mereço um pouco de respeito"

a8er se,o com 7oc; não ) 9a!ta de respeito"

E!a ba!ançou a cabeça$ porque como poderia se !i7rar de uma 7ida inteira dedoutrinação em a!guns minutos

E se eu !&e dissesse que isso 9aria com que eu me sentisse 7u!garu!a! recostou-se e estudou-a"

(as comportar-se de modo 7u!gar não a perturbou quando eu !e7ei 7oc; aoc!:ma, minutos atr*s$ certo E!e a 7iu corar com o que parecia intenso embaraço$ masnão se importou$ sua prGpria 9rustração 9a8endo-o querer argumentar" 1em pareceu sesentir 7u!gar na outra noite$ quando es9regou seu corpo naque!a barra da boate$ paratodos 7erem"


Eu esta7a b;bada" E embriagar-se ) um &*bito seu

Isso ) a!go que eu de7eria saber

E!a encontrou a acusação nos o!&os de!e e meneou a cabeça"

1ão$ não ) um &*bito meu" 1a 7erdade$ eu nunca tin&a bebido antes daque!anoite"

O semb!ante de u!a! tornou-se pensati7o"

Então$ a!guma coisa !e7ou 7oc; a beber c&ampan&e do garga!o$ como umoper*rio matando sua sede no so! do meio-dia A!guma coisa que a perturbou o bastantepara 9a8;-!a se comportar de maneira não caracter:stica

A percepção de!e era incr:7e!$ e Rosa perguntou-se quanto de7eria !&e contar"

1unca ti7era pro,imidade su9iciente com um &omem para admitir o que esta7a emsua mente" 1a 7erdade$ nunca con&ecera intimidade rea! com ningu)m" Seure!acionamento com sua mãe tin&a sido sempre tenso""" e seus dois irmãos teriam corridoum qui!metro se e!a começasse a 9a!ar sobre sentimentos" E!es eram &omens Corretti$portanto reprimiam todas as emoçVes""" isto )$ se ti7essem emoçVes"

Rosa nunca soubera como era 9a!ar do coração$ e$ enquanto 9ita7a os o!&os pretosde u!a!$ imaginou se poderia con9iar ne!e o bastante para ousar" Toda7ia$ o que tin&a aperder

Eu &a7ia acabado de descobrir uma coisa sobre min&a 9am:!ia disse Rosa"

u!a! 9orçou-se a parecer interessado no que e!a esta7a prestes a di8er$ mesmo senão esti7esse nem um pouco interessado em 9a!ar sobre a 9am:!ia de Rosa" (asaprendera muito sobre as mu!&eres durante sua carreira e,tensi7a na arte de sedu8i-!as$descobrindo que um pouco de paci;ncia mostrada no começo compensa7a a !ongo pra8o"

In%etou a quantidade certa de curiosidade em sua 7o8@ E o que 7oc; descobriu

55




Rosa &esitou$ sabendo que arrisca7a 9a8er sua mãe parecer uma esp)cie deprostituta$ se !&e contasse a 7erdade""" e que mu!&eres eram$ ine7ita7e!mente$comparadas as suas mães" (as precisa7a !embrar que não esta7a tentando impression*-!o" 1ão importa7a o que u!a! pensasse a seu respeito$ não quando seu !ugar na 7ida de!eera tão tempor*rio"

(esmo assim$ sentiu seu coração apertar quando 9a!ou as pa!a7ras$ e as memGriasamargas 7o!taram a sua mente"

Eu descobri que meu pai não ) rea!mente meu pai"

Imagino que isso de7e ter sido &orr:7e!"

Sim$ u!a!$ 9oi &orr:7e!"

(as 7oc; de7e perceber que sua situação não ) tão incomum 1ão di8em queuma em 2P crianças no Ocidente ) criada por um &omem que não ) o pai bio!Ggico

E!a piscou$ porque a M!tima coisa que esperara de!e era esse tipo de aceitação"

/ue estran&o 7oc; saber uma coisa dessas"

1ão estran&o$ em abso!uto" E!e deu de ombros" #or acaso$ eu souespecia!ista nesses assuntos$ uma 7e8 que sou o su%eito de di7ersas rei7indicaçVes depaternidade"

Os o!&os de Rosa se arrega!aram e seu coração disparou de ansiedade"

Noc; quer di8er que tem""" 9i!&os

u!a! riu$ porque e!a poderia tamb)m ter !&e perguntado se e!e 9i8era uma 7iagem +

Lua" 1ão$ Rosa$ eu não ten&o 9i!&os""" embora uma das des7antagens de ser um

s&ei' ) que mu!&eres tentaram engra7idar de mim no passado para garantir um !ugar namin&a 7ida"

Rosa o o!&ou com um misto de &orror e 9ascinação" E!e 9a8ia as dec!araçVes maismac&istas""" pior do que as de seus prGprios irmãos$ +s 7e8es""" entretanto$ de a!gumamaneira$ conseguia se sa9ar daqui!o" Era porque seu e,terior so9isticado não re9!etianecessariamente o &omem interior 7erdadeiro

#orque$ sobre a super9:cie$ u!a! podia parecer um p!a<bo< moderno$ com seuterno de gri9e e a7ião particu!ar$ mas no 9undo$ era quase primiti7o" Era rico e poderoso"Toda7ia$ certamente não pre7is:7e!" A resposta indi9erente de u!a! + admissão de Rosasobre seu pai a surpreendera$ e remo7era um pouco de sua rai7a no processo""" a!go quee!a não acreditara que seria poss:7e!" E uma parte sua não esta7a grata a e!e por isso Assim como e!a esta7a grata pe!o %eito quase sem es9orço que e!e !&e causara umorgasmo"

Rosa sentiu-se corar diante da !embrança de como e!a o dei,ara toc*-!a e como sesentira" 1ão podia continuar amedrontada pe!a se,ua!idade de!e$ podia Apesar de ter

suspeitado de uma nature8a muito ego:sta em u!a!$ e!e acabara de se pro7ar o maisgeneroso dos amantes" E certamente$ e!a de7eria ser generosa em retorno" /uão di9:ci!

5P




podia ser dar pra8er a um &omem #or que não acabar com aqui!o de uma 7e8$ de modoque não precisasse mais ter medo

Rosa ergueu uma mão para o rosto de!e$ dei,ando seus dedos des!i8arem sobre aboca sensua!$ e at) o bre7e contato 9oi e!)trico" /uando desceu a mão para o co!arin&oaberto da camisa branca$ 7iu a descon9iança estreitando os o!&os de u!a! e e,p!icou em

tom o9egante@ Ta!7e8 eu ten&a mudado de ideia sussurrou e!a" Ta!7e8 possamos 9a8er

amor$ a9ina! de contas""" se 7oc; garantir que sua tripu!ação nos dei,ar* em pa8"

.ou7e uma bre7e pausa" 0m momento quando e!a 7iu rai7a e 9rustração cobriremo semb!ante de u!a!$ antes que e!e !&e remo7esse a mão de seu pescoço"

Ac&a que pode brincar comigo$ como uma gata brincaria com um rato demandou e!e" /ue eu sou um &omem que 7oc; pode pegar e !argar quando bementende Noc; não passa de uma pro7ocadora$ Rosa

1ão protestou e!a" Eu não quis pro7oc*-!o" Esta7a ner7osa$ sG isso""" masac&o que superei o ner7osismo$ agora"

6em$ que pena respondeu e!e$ ironicamente$ a9astando seu corpo do!orido deRosa" Ta!7e8 9osse &ora de !&e mostrar com quem e!a esta7a !idando""" que e!e não era otipo de &omem que to!era7a %ogos se,uais de garotas mimadas" Seu sorriso 9oi 9rio" 1ão 7ai acontecer" #e!o menos$ não agora" O 7oo para #aris sG dura P3 minutos"Desperdiçamos a maior parte de!es con7ersando"

Rosa 9oi tomada por uma onda de triste8a" E!es tin&am desperdiçado tempo/uando e!a se abrira para e!e como nunca se abrira com ningu)m /uando permitira quee!e tocasse seu corpo como ningu)m tocara antes" /uando decidira que ta!7e8 pudessecon9iar em u!a! o bastante para !&e contar a 7erdade sobre seus pais$ somente queagora e!e parecia estar %ogando aqui!o de 7o!ta no seu rosto" /uando aprenderia que aMnica pessoa em quem podia con9iar era em si mesma

/ue to!a eu 9ui"

(uito to!a concordou e!e$ embora o tremor nos !*bios de Rosa 9e8 u!a! seperguntar bre7emente se 7a!ia a pena pedir que o pi!oto circu!asse o a7ião$ de modo quee!e pudesse sedu8i-!a e !i7rar-se da terr:7e! dor que agora percorria seu corpo"

Entretanto$ e!e não tin&a sido parcia!mente respons*7e! por esta mudançainsatis9atGria de e7entos Esti7era se inc!inando para 9rente$ prestes a bei%*-!a$ quando9ora capturado pe!a e,pressão no rosto de Rosa$ enquanto e!e a toca7a tão intimamente"1unca 7ira uma reação tão instantWnea nem tão entusi*stica e não a obser7ara com umtipo de 7o<eurismo$ em 7e8 de despi-!a e começar a 9a8er amor com e!a

u!a! mudou de posição e decidiu contra adiar a aterrissagem" Ta!7e8 9osse me!&or assim" As 9antasias que 7in&a a!imentando sobre a 9ogosa sici!iana de7eriam ser apreciadas !entamente""" não numa e,p!osão apressada de dese%o$ nos con9ins de uma7ião"

E!e a9i7e!ou seu cinto de segurança e deu-!&e um o!&ar 9rio"

5Q




Eu descobri que na 7ida a &ora certa ) tudo" Ta!7e8 7oc; de7a manter isso emmente no 9uturo$ Rosa"

#a%ítulo ,

A respiração de u!a! 9icou presa na garganta quando Rosa entrou no sa!ão derecepção Damasco da embai,ada de Xa&rastan$ parecendo uma 7isão em seu tra%e

nupcia!" E!e a estudou$ ac&ando di9:ci! conci!iar a sedutora dançarina de po!e dance com amu!&er andando !entamente na sua direção" #or necessidade$ o 7estido branco que e!ausa7a era modesto$ cobrindo o corpo inteiro$ de modo que somente as mãos e o pescoço9ossem 7is:7eis" O cabe!o escuro esta7a erguido no topo da cabeça$ e o 7)u de renda erapreso por uma tiara de diamantes e rubis$ da co!eção A!-Dimas&qi"

Ine,p!ica7e!mente$ e!e sentiu-se emocionado$ porque e!a esta7a mara7i!&osa" (ais!inda do que qua!quer mu!&er que e!e %* 7ira$ e u!a! imaginou se seus sentidos esta7amrea!çados pe!o signi9icado da cerimnia$ a qua! esta7a prestes a começar"

E!es tin&am 9icado separados desde que e!e a dei,ara no .ote! #!a8a At&)n)e$ no

dia anterior$ apGs uma %ornada tensa e si!enciosa do aeroporto" u!a! passara a noiteso8in&o em seu prGprio apartamento$ uma 9rustração se,ua! comp!etamente no7a para e!ecorroendo-o" 1u$ 7irara de um !ado para o outro em sua 7asta cama$ enquanto os e7entosdo 7oo bi8arro para #aris o perturba7am" Rosa recusara-se a 9a8er se,o com e!e e$ então$mudara de ideia$ ine,p!ica7e!mente$ pouco antes que e!es aterrissassem 1uncacon&ecera uma mu!&er tão 7o!M7e! antes

O casamento &a7ia sido marcado sem a!arde" De7eria acontecer dentro de poucas&oras apGs a c&egada de!es + capita! 9rancesa porque u!a! não quisera que a imprensamundia! 9icasse sabendo do e7ento" Ine7ita7e!mente$ mais cedo ou mais tarde$ a not:ciase espa!&aria$ e então a m*quina de Re!açVes #Mb!icas do pa!*cio poderia entrar emação" (as a!gu)m de7eria ter 9a!ado$ como sempre acontecia" O que signi9icou que e!estin&am sido 9orçados a abrir camin&o entre os 9otGgra9os$ do !ado de 9ora da embai,ada$quando c&egaram$ mais cedo"

(as agora sua noi7a esta7a !*$ e quaisquer apreensVes que e!e pudesse ter tido9oram disso!7idas pe!o o!&ar recatado que e!a deu por tr*s do 7)u" Como representa7abem A 9a!sa timide8 era muito con7incente$ e e!e sabia que os o9iciais da embai,adaapro7ariam a apar;ncia discreta da noi7a"

Rosa disse e!e$ dando um passo + 9rente e erguendo-!&e a mão para seus!*bios"

5




Rosa podia sentir o ca!or da respiração de u!a! nos seus dedos$ e a promessatentadora do toque de!e apenas acrescentou a sua desorientação" (esmo descontando o9ato de que esta7a num !indo 7estido de noi7a$ no meio da embai,ada de Xa&rastan$ o&omem com quem concordara em se casar agora parecia um estran&o" .o%e$ a apar;nciaurbana e a reputação de p!a<bo< não passa7am de memGrias distantes" O terno

imacu!ado 9ora substitu:do por uma tMnica de seda branca$ e a cabeça esta7a cobertacom um turbante da mesma cor$ preso por uma 9ai,a traba!&ada com 9ios de ouro" E!eparecia 9orte e indom*7e!$ a brancura da tMnica en9ati8ando os contornos escu!pidos dorosto"

Rosa engo!iu em seco$ ner7osa"

O !ugar est* rep!eto de %orna!istas murmurou e!a"

u!a! deu de ombros" Casamentos são no7idades"

#articu!armente um casamento en7o!7endo um s&ei' que$ &* pouco tempo$

esta7a noi7o de outra pessoa$ e particu!armente se e!e est* se casando com uma mu!&er de uma 9am:!ia notGria"

Rosa o!&ou para seu no7o ane! de rubi e diamante$ que tin&a sido entregue no seu&ote!$ por um motoqueiro na noite anterior" Supun&a que &a7ia maneiras menosromWnticas de um &omem dar um ane! de noi7ado a uma mu!&er$ mas no momento nãopodia pensar em nen&uma" O!&ou-o e$ mais uma 7e8$ não pde e7itar 9icar impressionadape!a be!e8a de u!a!" 1ão imagino como min&a 9am:!ia 7ai reagir quando e!esdescobrirem o que eu 9i8"

E!es aceitarão porque não terão esco!&a" E 7oc; não precisar* mais temer a

in9!u;ncia de!es$ Rosa$ pois de agora em diante estar* sob a min&a proteção"

#roteção" Era uma pa!a7ra que signi9ica7a coisas di9erentes para pessoasdi9erentes$ mas possu:a uma ressonWncia espec:9ica para a!gu)m da Sic:!ia$ e Rosa deu-!&e um sorriso irnico"

0ma gaio!a trocada por outra$ 7oc; quer di8er questionou e!a$ o!&ando parao teto ornado do magn:9ico sa!ão da embai,ada" (esmo se esta gaio!a tem mais ourodo que aque!a de casa"

Noc; parece esquecer que este casamento não passa de um arran%o tempor*rio

disse e!e$ sua7emente" 0m que 9oi criado para satis9a8er nossos cr:ticos" 1ão ) ocompromisso de uma 7ida inteira"

As pa!a7ras de u!a! soaram em sua consci;ncia durante a curta cerimnia que seseguiu$ e Rosa pensou na mu!&er de quem e!e 9ora noi7o pre7iamente" E!a soubera sobreeste casamento e esta7a c&orando no tra7esseiro$ pensando sobre o &omem que 9ugira

E então$ ainda mais egoisticamente$ Rosa pensou sobre si mesma$ sabendo queesta7a !* sob 9a!sos prete,tos$ em mais de uma maneira" Estendeu a mão$ de modo queu!a! pudesse des!i8ar o ane! de diamante no seu dedo$ sabendo que e!e espera7agrandes coisas de!a na cama e imaginando como reagiria quando descobrisse a 7erdade"

O que u!a! diria ao perceber que a Mnica coisa que sabia sobre se,o era o orgasmoincr:7e! que e,perimentara no a7ião

5K




Noc; pode agora bei%ar a noi7a disse o ce!ebrante"

Rosa 9itou os o!&os de u!a! e prendeu a respiração enquanto espera7a$ mas or*pido roçar dos !*bios contra os seus 9e8 com que e!a se sentisse estran&amentere%eitada"

Seu desapontamento 9oi tão grande que e!a reuniu coragem para se erguer naponta dos p)s e sussurrar no ou7ido de!e@

Isso ma! 9oi um bei%o"

Concordo que 9oi o bei%o mais bre7e que eu %* dei numa mu!&er$ mas se eucomeçar a bei%*-!a posso não ser capa8 de parar" E!e uniu os dedos aos seus eapertou-os$ pondo os !*bios na ore!&a de Rosa$ de modo que ningu)m pudesse ou7ir" E ta!7e8$ 9osse inapropriado rasgar seu bonito 7estido e tom*-!a contra a parede$ que ) oque ten&o 7ontade de 9a8er"

u!a! A pa!a7ra tremeu nos !*bios de!a" Isso ) a!go que somente um

se!7agem 9a!aria"

(as ta!7e8 min&as pa!a7ras se!7agensU a e,citem$ min&a !inda" Os o!&ospretos bri!&aram com desa9io$ enquanto e!e obser7a7a o rubor no rosto de!a" Estoucerto

E apesar de menear a cabeça$ a 9im de parar aque!a !in&a de questionamentoerGtica$ a 7erdade era que Rosa esta7a e,citada" De uma maneira que pareciaimposs:7e!$ principa!mente quando tudo que u!a! esta7a 9a8endo era segurando suamão" E!a podia sentir os seios pressionando contra o corpete do 7estido$ como seesti7essem ansiosos para se !i7rar do con9inamento de renda" (as mesmo estando umpouco assustada pe!as sensaçVes não 9ami!iares$ encontrou os o!&os pretos com sMbitacoragem$ recon&ecendo que esta era a sua oportunidade de crescer" Casara-se comu!a! para ser !i7re e independente$ não para se aco7ardar num canto$ porque e!e 9a8iaseu corpo responder de um %eito que era per9eitamente norma!"

Sim con9irmou e!a" Suas pa!a7ras me e,citam" (uito$ se 7oc; quiser saber"

E!e pareceu 9icar tenso$ antes de assentir"

Então$ 7amos acabar !ogo com a prG,ima parte" u!a! des!i8ou o braço aoredor de sua cintura" Namos !* 9ora$ dar a imprensa e,atamente o que e!es querem"

Toda7ia$ apesar do a7iso de!e$ Rosa esta7a despreparada para a parede de9!as&es$ quando as portas da embai,ada 9oram abertas para a rua$ onde um pequenonMmero de 9otGgra9os se trans9ormara numa mu!tidão"

Rosa gritou a!gu)m$ enquanto 9!as&es eram disparados" O que sua 9am:!iaac&a de 7oc; se casar com um s&ei'

Rosa$ como 7oc; ac&a que a e, noi7a de u!a! est* se sentindo &o%e

Rosa pode sentir-se enri%ecendo$ mas u!a! pressionou os dedos em sua cintura"

Sorria instruiu e!e" in%a que est* se di7ertindo"(as e!a se sentia quase para!isada pe!a nature8a das perguntas$ e ta!7e8 u!a!

percebesse isso$ porque$ de repente$ 7irou-a para si$ os !*bios se entreabrindo"

5J




#arece que eu terei de bei%*-!a"

E isso ) um grande sacri9:cio perguntou e!a"

A resposta de!e 9oi bai,ar a boca sobre a sua"

#or um momento$ a Mnica coisa de que e!a te7e ci;ncia 9oi da imprensa

en!ouquecendo$ mas então o mundo e,terno desapareceu$ e tudo que Rosa sabia era dasensação daque!es !*bios de!iciosos e,p!orando os seus" Dese%o a percorreu" Como see!a esti7esse em c&amas" Rosa abriu as pa!mas contra o peito !argo$ de!eitando-se nasensação do torso poderoso$ at) que percebeu que e!e esta7a se a9astando e que o bei%oacabara de maneira abrupta"

Era imposs:7e! !er a e,pressão nos o!&os pretos"

Esta ) a primeira 7e8 que bei%o uma mu!&er em pMb!ico e não ac&o que ) umae,peri;ncia que precisa ser repetida" Ac&o me!&or eu !e7*-!a para meu apartamento assimque poss:7e!$ antes que causemos uma indec;ncia pMb!ica"

Rosa sentiu-se enrubescendo enquanto os guarda-costas de u!a! começa7am aabrir camin&o atra7)s da imprensa$ mas 9icou surpresa quando o pr:ncipe acenou umamão para dispensar o motorista$ que esta7a abrindo a porta do carro o9icia!"

1Gs iremos a p) disse e!e" 1ão ) !onge"

(as$ A!te8a"""

Eu disse que nGs iremos a p)" E com isso$ começou a condu8i-!a ao !ongo darua$ o &umor inesperadamente a!egre enquanto e!es anda7am pe!a !arga 7ia" u!a! o!&oupara os dedos entre!açados de ambos$ de sMbito$ cnscio de que nunca andara de mãos

dadas com uma mu!&er$ em pMb!ico" A pe!e de Rosa era cor de me!$ mas o contraste coma sua prGpria pe!e mais escura parecia criar uma associação erGtica" E sorria acrescentou$ sua7emente"

Aque!a era a e,peri;ncia mais bi8arra da 7ida de Rosa$ andando com 7estido denoi7a pe!as ruas e,c!usi7as do bairro do s)cu!o ^NI$ seu no7o marido ao seu !ado$ 7estidonuma tMnica branca" Yuarda-costas 9a!a7am em seus a!'ie-ta!'ies e da7am cobertura ae!es ao !ongo do camin&o$ e pessoas para7am o que esta7am 9a8endo para 7;-!os passar"

E!a 7iu carros diminuindo a 7e!ocidade e motoristas abrindo suas %ane!as para

capturarem a imagem do casa! em seus ce!u!ares$ e &a7ia mais membros da imprensaesperando do !ado de 9ora do edi9:cio de u!a!" E!a imaginou se &a7eria tanta curiosidadese u!a! não esti7esse usando a tMnica tradiciona!""" e isso apenas adicionou ao seusenso de irrea!idade" Como se e!e 9osse a!gum tipo de 9igura 9antasia$ em 7e8 de um&omem comum" (as e!e não era um &omem comum$ Rosa !embrou a si mesma$ e aque!ecasamento inteiro era coisa de 9antasia"

E!e segurou-!&e a mão com 9orça quando mais 9otos 9oram sacadas$ mas desta 7e8Rosa se sentiu menos intimidada" Ignorou as perguntas sobre o que sua 9am:!ia pensariae como seus irmãos reagiriam" At) mesmo conseguiu sorrir para um dos 9otGgra9os mais

persistentes" Esta7a o9egante de ner7oso e e,citação no momento em que e!esadentraram o 9o<er e pegaram o e!e7ador para a su:te de cobertura$ com u!a!obser7ando-a em si!;ncio o tempo inteiro$ como se não con9iasse em si mesmo para 9a!ar"

P3




E!a continuou di8endo a si mesma que não ia 9icar com medo do que esta7a prestes aacontecer" /uisera a7entura$ não quisera 6em$ certamente tin&a encontrado

Ainda em si!;ncio$ u!a! abriu a porta de seu apartamento e Rosa entrou no &a!!enorme" Esti7era preparada para !u,o e não 9icou desapontada" #inturas impressionistasadorna7am as paredes$ e nunca 7ira tantos mG7eis antigos$ e,ceto num museu" Sobre

pisos de madeira escura &a7ia tapetes que pareciam ter s)cu!os$ e e!a perguntou-sequantos pares de p)s tin&am pisado a!i" #ensou que um !ugar como aque!e nunca poderiaparecer um !ar""" ou mais especi9icamente seu !ar$ at) que !embrou que esta não era aintenção do !ugar"

Encontrou-se 9itando os o!&os escuros que a obser7a7am$ como um caçador si!enciosamente seguia o progresso de sua presa"

0m drinque o9ereceu u!a!"

Apenas *gua"

E!e condu8iu-a para a co8in&a moderna de aço e granito e ser7iu-!&e um copo de*gua ge!ada$ mas nada para si mesmo" E depois que Rosa bebeu a *gua e ps o corpo7a8io sobre o ba!cão$ descobriu que e!e continua7a obser7ando-a"

Eu quero 7oc; na min&a cama dec!arou e!e$ simp!esmente"

Rosa prendeu a respiração por um !ongo momento$ antes de e,a!ar o ar"

Então$ !e7e-me para !*"

#odia sentir a tensão crescente no corpo de u!a!$ enquanto e!e a condu8ia$atra7)s de um !abirinto de corredores$ para o quarto maior que e!a %* 7ira$ onde 7asos de

rosas 7erme!&as esta7am sobre todas as super9:cies dispon:7eis$ o per9ume de!aspreenc&endo o ar" Hane!as a!tas o9ereciam uma 7ista per9eita de #aris$ onde o rio Senaesta7a bri!&ando no so! da tarde" Atr*s$ era poss:7e! 7er a Torre Ei99e!"

Como 7oc; 7;$ murmurou e!e eu 9i8 todos os preparati7os para nossa !uade me!" At) mesmo arran%ei para que o so! bri!&asse"

Rosa o!&ou ao redor$ pensando que o !ugar era !indo$ mas um pouco irrea!""" comose uma sessão de 9otos para uma re7ista esti7esse prestes a acontecer" A 7asta cama dequatro co!unas contin&a muitos tra7esseiros e a!mo9adas$ e uma garra9a de c&ampan&e

ge!a7a num ba!de sobre uma mesa prG,ima" E agora não &a7ia nada para interromp;-!os"Sem comiss*rios de bordo curiosos ou cWmeras intrusi7as por perto" Agora$ e!a poderiaentregar-se ao que 7in&a ansiando e,perimentar por tanto tempo" Ia começar a 7i7er do %eito que outras pessoas 7i7iam e$ pe!a primeira 7e8 em sua 7ida$ iria 9a8er se,o"

Niu que u!a! a esta7a o!&ando$ e seu coração ace!erou"

Eu nunca 7i uma mu!&er mais !inda disse e!e$ sentindo um ine,p!ic*7e! nG nagarganta e surpreendendo-se com sua prGpria reação" Seria porque Rosa resistira a e!e#orque e!a o re%eitara no a7ião u!a! nunca esperara tanto tempo para 9a8er amor comuma mu!&er$ e adiar o pra8er esta7a !&e causando dor 9:sica"

Nen&a aqui"

P4




A e,pressão nos o!&os pretos era tão irresist:7e!$ e seu prGprio dese%o tão 9orte queRosa 9oi diretamente para os braços de!e"

Ac&o que ) &ora de eu despi-!a disse e!e$ tr;mu!o" 1ão ac&a

Sim respondeu e!a com timide8"

#rimeiro$ u!a! remo7eu a tiara de rubi e diamantes e co!ocou-a numa mesaprG,ima$ então desatou o 7)u com dedos &*beis e dei,ou-o cair no c&ão"

E!a 9ec&ou os o!&os quando e!e abai,ou a cabeça para bei%*-!a e &onestamentepensou que pudesse desmaiar$ pe!o pra8er daque!e bei%o" Esta7a ciente do c&eirode!icioso das rosas e das mãos que se mo7iam por seu corpo$ acariciando suas cur7as$como se e!e esti7esse determinado a e,p!orar cada cent:metro seu" Rosa ma! notou o8:per de seu 7estido sendo descido at) que sentiu o c:rcu!o de renda ao redor de seustorno8e!os e esta7a com nada a!)m da !ingerie" O ar 9rio tocou-!&e a pe!e quando e!ea9astou a boca para estud*-!a" Rosa se sentiu como se ti7esse sido 9eita para aqui!o"

Noc; )""" (as a 7o8 de u!a! 9a!&ou$ porque$ mais uma 7e8$ a 7isão de Rosa!&e tirou o 9!ego" Os seios sa:am para 9ora de um sutiã branco de corte bai,o$ e aca!cin&a do con%unto enterra7a de !e7e na cur7a sua7e dos quadris 9emininos" E!e nunca7ira uma mu!&er com cur7as tão incr:7eis e precisou de um momento para se recompor antes de 9a!ar" Noc; ) mara7i!&osa" A coisa mais !inda que eu %* 7i"

Rosa ergueu uma das mãos e tocou-!&e o rosto$ as pa!a7ras de u!a! preenc&endo-a com con9iança$ enquanto se !embra7a da mu!&er por quem e!e tin&a sido atra:do"""aque!a que dançara de 9orma tão pro7ocante no pGdio" E!a não 9ora t:mida" Então$começou a pu,ar o turbante branco de seda$ como se despir um &omem 9osse a!go que

9i8esse todos os dias da semana"

#or que 7oc; est* usando isto perguntou e!a$ enquanto remo7ia o turbante ea 9ai,a adornada com 9ios de ouro" Antes de &o%e$ eu sG tin&a 7isto 7oc; de terno"

u!a! tirou o turbante de sua mão e co!ocou-o em cima da tiara"

#orque gera!mente eu pre9iro me 7estir como os outros" Descobri que ) mais9*ci! !idar com pessoas quando e!as o consideram um igua!"

(as 7oc; não ) igua! aos outros

E!e riu" Z c!aro que não" Sou di9erente da maioria dos &omens""" pois como não seria

Eu nasci num pa!*cio e 9ui criado como um 9i!&o do deserto" #essoas sempre me 7eemcomo um p!a<bo<$ e eu posso representar o pape! com per9eição" (as no meu coração$sou um s&ei'" E!e a 9itou" E por uma 7e8$ eu quis parecer um"

#or qu;

.ou7e uma pausa$ enquanto u!a! considera7a a pergunta$ mas$ na 7erdade$ nãosabia o que o moti7ara a esco!&er o tra%e tradiciona! naque!a man&ã" ran8iu o cen&o$9orçando-se a !embrar que tudo aqui!o era para mostrar ao mundo" /ue o simbo!ismo dacerimnia não signi9icara nada"

P2




#ara a imprensa$ ) c!aro" E!e acariciou seu !*bio com o dedo" .a7er*be!as 9otogra9ias nos %ornais de aman&ã"

Rosa assentiu$ mas e,perimentou uma onda de desapontamento" Então$ e!eesti7era representando para as cWmeras o tempo inteiro" Esta era a ra8ão para o bei%o nosdegraus da embai,ada$ aque!e que parecera tão e!)trico"""

(as era com isso que tin&a concordado$ não era 0m casamento de con7eni;ncia$do qua! ambos poderiam sair"

As 9otos serão 9ant*sticas concordou e!a$ saindo de dentro do 7estidodescartado e o!&ando-o$ seu coração bombeando 9reneticamente" Teria de esquecer sobre seus sentimentos e ser a mu!&er que u!a! acredita7a que e!a 9osse" A mu!&er quenão teria ou7ido nada$ a!)m do dese%o que a inunda7a$ causando-!&e 7ontade de rasgar atMnica branca e sentir a pe!e de u!a! sob seus dedos" E ta!7e8$ e!e ti7esse !ido suamente$ porque tirou os sapatos antes de remo7er o tra%e do corpo num Mnico mo7imentor*pido$ e Rosa ar9ou ao perceber que e!e esta7a comp!etamente nu por bai,o"

u!a! sorriu ao ou7i-!a ar9ar""" embora esta não 9osse a primeira 7e8 que eracumprimentado com ta! reação quando uma mu!&er 7ia seu corpo nu pe!a primeira 7e8"E!e abai,ou a mão para tocar sua ereção$ enquanto a o!&a7a e sorria"

Na!eu a pena esperar

Rosa engo!iu em seco$ sentindo um misto de e,citação e medo$ porque nunca 7iraum &omem nu antes$ mas não podia demonstrar isso" Lembrou a si mesma que geraçVesde mu!&eres &a7iam começado sua noite de nMpcias num estado simi!ar de ignorWncia"Isso podia ser antiquado$ mas não era um crime"

Com certe8a respondeu e!a$ e aque!a era ob7iamente a coisa certa a di8er$porque e!e assentiu com satis9ação$ antes de ergu;-!a nos braços e carreg*-!a para acama"

Rosa sentiu o co!c&ão macio a9undar sob o peso dos dois e$ quando e!e abai,ou acabeça para bei%*-!a$ te7e ci;ncia dos dedos &*beis remo7endo a !ingerie$ at) que e!atamb)m esti7esse tota!mente nua" u!a! bei%ou-a com uma pai,ão que a dei,ou sem9!ego$ como se a compensasse pe!o tempo perdido" Sob a doce tortura da !:ngua de!e$Rosa gemeu de pra8er"

As mãos de!e brincaram com seus seios$ depois desceram para sua barriga$ e$subitamente$ suas prGprias mãos o esta7am e,p!orando$ e aqui!o parecia a coisa maisnatura! do mundo" Rosa de!eitou-se ao sentir os mMscu!os do corpo poderoso sob suaspa!mas" #ensou no que acontecera no a7ião e não sabia em que ritmo aqui!o de7eriaacontecer$ mas parecia estar acontecendo muito rapidamente" #or um momento$ u!a!a9astou-se para rasgar um pequeno en7e!ope de a!um:nio$ o qua! esta7a sobre o criado-mudo""" e ta!7e8 ti7esse 7isto sua con9usão$ por que$ enquanto se protegia$ deu um sorrisosatis9eito"

Eu !&e disse que tin&a tudo preparado para nossa !ua de me!"

E!e posicionou-se acima de!a$ e Rosa pde sentir a umidade entre suas co,as$ e a!e7e resist;ncia quando e!e começou a se inserir em seu interior" #or um momento$ u!a!

P>




parou$ e e!a re8ou para que e!e não desistisse$ então pressionou os !*bios contra o ombro!argo e mordiscou-!&e a pe!e a!i" O gesto pareceu !igar a!guma tomada dentro de u!a!$porque$ com um gemido bai,o$ e!e começou a se mo7er"

1ão era nada como e!a imaginara que seria" 1ão imaginara que o ato 9osse tão""":ntimo" /ue a união de seus corpos 9osse 9a8;-!a se sentir tão prG,ima a e!e" Esta7a

9!e,:7e! nos braços poderosos$ contente em dei,*-!o condu8ir e em aprender com e!e"Então$ quando u!a! ergueu-!&e as pernas$ Rosa en7o!7eu-as nas costas de!e" E quandomãos 9ortes 9oram para seu traseiro e a pu,aram para mais perto$ gemeu diante dapenetração mais pro9unda"

Sabia como era um orgasmo$ mas o que e,perimentou agora 9oi aumentado pe!asensação de u!a! em seu interior e pe!a boca de!iciosa e,p!orando a sua no bei%o maissensua! do mundo$ enquanto e!e entre!aça7a os dedos em seu cabe!o"

O c!:ma, 9oi como um 9ogo na 9!oresta$ com cada poro de seu corpo parecendo 7i7oe em ;,tase" Rosa arqueou-se e enterrou as un&as nas costas de!e$ enquanto incr:7eisespasmos de pra8er aba!a7am seu corpo inteiro" Le7ou um tempo antes que e!a abrisseos o!&os$ para encontrar os o!&os pretos obser7ando-a$ a cada in7estida que e!e 9a8ia" Eentão aque!es o!&os se tornaram se!7agens$ os mo7imentos aumentaram de ritmo$ antesque u!a! emitisse um grito gutura! e tombasse em cima de!a$ estremecendo"

#or um tempo$ Rosa e,perimentou uma de!iciosa onda de torpor" (antendo asmãos nos ombros de!e$ começou a acariciar sua pe!e quente" Dese%ou que pudessecapturar aque!e momento e guard*-!o numa garra9a$ sabendo que isso a sustentaria parao resto de sua 7ida"

Noc; era 7irgem disse e!e$ quebrando o si!;ncio" Sim" E!a re8ou para que a Mnica pa!a7ra bastasse$ porque não queria quebrar

a atmos9era de!eit*7e!$ mas os o!&os escuros esta7am duros$ questionando-a$ e Rosaacrescentou@ Eu !&e disse isso no a7ião"

u!a! saiu de cima do corpo macio e ba!ançou a cabeça" Lembrou-se da primeira7e8 que 9i8era se,o$ aos 4Q anos""" e depois disso$ a empregada do pa!*cio !&e dera umcigarro 9eito + mão" Lembrou como o tabaco tin&a queimado seus pu!mVes e e!e nuncamais 9umara$ mas agora dese%ou que pudesse ina!ar um pouco daque!a 9umaça doce esentir tontura"

Eu não acreditei disse e!e" Noc; certamente não agiu como uma inocente"

Cu!pe o *!coo!"

E o que mais eu cu!po$ Rosa Ou de7o di8er quemU E!e ergueu-!&e oquei,o$ e os re9!e,os 7erdes e dourados nos o!&os de!a pareceram muito 7:7idos" Niu aincerte8a ne!es tamb)m$ aque!a estran&a 7u!nerabi!idade que aparecia quando 7oc;menos espera7a$ e meneou a cabeça com incredu!idade" Noc; tem 2> anos e nuncatin&a 9eito se,o com um &omem$ antes

#ensei que nGs %* ti7)ssemos estabe!ecido isso"

Estou perguntando por qu;"

P5




E 7oc; sempre interroga sua parceira !ogo depois""" Rosa pensou na me!&or maneira de 9rasear aqui!o" Sabia que muitas pessoas c&ama7am o ato de 9a8er amorU$mas não &ou7era amor en7o!7ido no que acabara de acontecer"

Logo depois de 9a8er se,o com e!as

At) &o%e eu nunca tin&a tido uma 7irgem ou uma esposa" E não 9icarei satis9eitoat) que 7oc; responda a a!gumas de min&as perguntas"

Rosa se mo7imentou$ descon9orta7e!mente$ porque não queria pensar naqui!o" 1ãoqueria pensar em nada" Tudo que queria era agarrar-se ao de!icioso ca!or que aindapu!sa7a por seu corpo" /ueria agarrar-se + memGria do que acabara de acontecer$ at)que acontecesse de no7o$ mas podia 7er$ pe!a e,pressão dura nos o!&os pretos$ que u!a!não !&e permitiria escapar das perguntas" #or que e!e era tão persistente

Eu !e7a7a uma 7ida muito restrita na Sic:!ia e,p!icou Rosa" 1ão ) incomum!*$ mesmo nos dias de &o%e$ que uma mu!&er se%a en7o!ta numa bo!&a protetora$ at) que

se case" Eu era a Mnica garota e tin&a dois irmãos superprotetores$ embora e!es"""Rosa parou e u!a! ou7iu a sMbita amargura na 7o8 de!a"

E!es o qu;

Rosa comprimiu os !*bios$ pensando em in7entar uma &istGria sobre seu passado$mas por que mentir Se e!a o c&ocasse com a 7erdade$ ta!7e8 o casamento pudesse ser ainda mais curto do que e!es &a7iam pretendido" E,ceto que e!a$ de repente$ percebeuque não queria que 9osse curto" Sentia como se e!es ti7essem apenas começando sua %ornada %untos e queria mais disso" (esmo que não 9osse rea!$ queria mais daque!aintimidade"

E!es não são meus irmãos" Eu descobri que e!es são meus""" meios-irmãos"


Eu não entendo"

Como e!e poderia entender$ quando at) mesmo Rosa esta7a tendo di9icu!dade deentender

oi por isso que eu 9ugi da Sic:!ia murmurou e!a$ então suspirou" #orquedescobri a!go que aba!ou meu mundo inteiro"

Continue disse"

Rosa o o!&ou$ dese%ando$ mais do que qua!quer coisa$ que o que esta7a prestes a!&e contar não 9osse 7erdade" (as era" Nerdade$ &orr:7e! e irre7ers:7e!" E!a engo!iu emseco"

.a7ia uma enorme reunião 9ami!iar""" um casamento que nunca aconteceu""" emin&a mãe 9icou b;bada" (uito b;bada" Eu podia ou7i-!a gritando$ mesmo acima do somda mMsica$ mas não entendia o que esta7a sendo dito" E quando entendi e!a engo!iu ogosto amargo que se 9ormara em sua boca não pude acreditar"

Rosa !embrou-se do rosto contorcido e 7erme!&o de sua mãe" Lembrou-se damMsica bai,ando de 7o!ume$ enquanto as pa!a7ras de Carme!a ecoa7am ao redor da sa!a"#a!a7ras &orr:7eis que a ge!ara at) os ossos" Ainda a ge!a7am" Rosa tentou impedir que

PP




seus !*bios tremessem$ enquanto encara7a u!a!$ mas parecia que isso esta7a 9ora deseu contro!e" Respirou 9undo"

Eu descobri que meu pai não era meu pai"

Noc; %* me contou isso no a7ião"

Descobri que meu pai era$ na 7erdade$ meu tio 9ina!i8ou e!a$ de modo quenão &ou7esse ma!-entendido" (in&a mãe dormiu com meu tio"

E!a esta7a despreparada para a reação 7io!enta de!e" Niu a e,pressão de u!a!tornar-se 9uriosa" Sentiu que e!e esta7a prestes a se a9astar$ mesmo antes que e!e o9i8esse" u!a! saiu da cama$ andando para o outro !ado do 7asto quarto$ onde parou eestudou-a$ como se Rosa 9osse uma a!ien:gena que acabara de c&egar de outra 7ida eentrar no seu mundo"

#a%ítulo -

Tremendo pe!a sMbita partida de u!a! da cama e pe!a no7a 9rie8a no semb!antede!e$ Rosa encontrou-!&e o o!&ar acusador"

Sua mãe dormiu com seu tio demandou e!e$ em tom de incredu!idade"

Sim" E!a tentou não se enco!&er$ pensando que aqui!o soa7a ainda pior quando sa:a dos !*bios de outra pessoa" E u!a! c!aramente tamb)m pensa7a assim$ poiso rosto de!e se conge!ara numa m*scara sombria" (as isso ) &orr:7e! Ac&o que eununca ou7i a!guma coisa mais c&ocante"

Ac&a que eu não sei disso questionou e!a" Ac&a que eu não daria tudoque ten&o para que isso não 9osse assim

Isso não ) incesto questionou u!a!$ quase como se esti7esse 9a!andoso8in&o"

1ão 1ão E para o &orror de Rosa$ e!a começou a c&orar" Todas as !*grimasque esti7era b!oqueando desde que sua mãe con9essara a &orr:7e! 7erdade 7ieram agora"E!a não se permitira c&orar at) agora$ temendo que$ uma 7e8 que começasse$ nãoconseguiria parar" 1ecessitara de toda sua energia e 9orça para 9ugir da Sic:!ia e da teiade enganação que 9ora tecida em sua 7ida durante todos aque!es anos" (as agora que as!*grimas tin&am começado$ parecia imposs:7e! cont;-!as" E!as escorriam de suas 9acespara seus seios$ pingando das cur7as proeminentes para ca:rem sobre o !enço! de !in&o"

Eu""" não sei o que )$ mas não ) isso dec!arou e!a" (in&a mãe e meu tio não sãoparentes sangu:neos"

PQ




(as eram parentes por &onra

Sim$ eram E!a o 9itou com rai7a$ secando as !*grimas com um pun&o9ec&ado" 1ão ac&a que tem sido di9:ci! o bastante$ sem que 7oc;$ um comp!etoestran&o$ aponte a imora!idade disso

(as eu não sou um comp!eto estran&o$ Rosa" Sou seu marido

As pa!a7ras a 9i8eram parar de c&orar$ e Rosa meneou a cabeça"

(as somente como um s:mbo!o sussurrou e!a" Como uma medida quecon7)m a nGs dois" Noc; não ) um marido de 7erdade$ u!a! e um casamento decon7eni;ncia não !&e d* o direito de me %u!gar$ especia!mente quando o ocorrido 9oi a!goque esta7a tota!mente 9ora do meu contro!e"

#or um momento$ &ou7e si!;ncio" u!a! o!&ou para os !*bios comprimidos de Rosa$como se e!a esti7esse determinada a não c&orar no7amente" E e!e 7iu a!guma coisane!a que recon&eceu$ com uma onda de triste8a" A!go que enterrara tão pro9undamente

que tin&a quase se esquecido da e,ist;ncia$ mas que agora esta7a re9!etida noso!&os mo!&ados de Rosa" A sensação era de impot;ncia$ sim$ mas era rai7a$ tamb)m quenum Mnico momento sua 7ida podia mudar para sempre" #ara e!e$ acontecera quando suamãe esca!ara uma pedra para ir a%udar uma criança em apuros" #ara Rosa$ &a7iaacontecido quando a mãe de!a o!&ara para o irmão do marido com !u,Mria"

(a!dito passado$ pensou e!e com rai7a" E ma!ditas repercussVes in9initas dopassado"

E!e atra7essou o quarto e sentou-se na beira da cama$ 7endo-a o!&ar bre7ementepara suas co,as nuas antes de !e7antar a cabeça e encar*-!o" u!a! 7iu a caute!a quecobriu as 9eiçVes de Rosa quando e!e pegou-!&e uma das mãos 9rias na sua"

Noc; de7eria ter me contado tudo isso antes$ Rosa"

E 7oc; ainda teria se casado comigo

.ou7e uma pausa$ enquanto e!e imagina7a a reação da imprensa$ se ta! not:cia seespa!&asse" #odia !er a pergunta desesperada nos o!&os de!a e soube que seria muito9*ci! 9a!ar o que e!a queria ou7ir" (as não esta7a na &ora de as pessoas pararem dementir para Rosa Corretti

Eu não sei rep!icou u!a!" Aque!a não era a resposta que e!a queria$ mas$ estran&amente$ con9ortou-a" (uito

me!&or ou7ir a dura 7erdade do que pa!a7ras bonitas que não signi9ica7am nada" E esteera um re!acionamento &onesto$ não era Assim 7in&a sendo desde o começo" E!es nãotin&am 9ingido sentir coisas que não sentiam nem precisa7am di8er coisas que nãoqueriam di8er"

Noc; ac&a que ) 9*ci! contar uma coisa dessas para a!gu)m questionou e!a" /ue eu não estou consumida de 7ergon&a por ter de admitir isso para 7oc;$ agora

E!e ou7iu a cu!pa que distorcera a 7o8 de!a e$ mais uma 7e8$ sentiu uma onda derai7a"

P




Z c!aro que não ) 9*ci!" (as esta 7ergon&a não ) sua" Noc; não passa de uma7:tima de tudo isso$ Rosa"

E eu não quero ser uma 7:tima Estou c&eia de ser uma 7:tima dec!arou e!a$ba!ançando a cabeça" (as o que a!gu)m como 7oc; saberia sobre isso

E!e ou7iu o ressentimento na 7o8 de!a$ e u!a! norma!mente não teria respondidota! pergunta" 1ão 9a!a7a sobre seus sentimentos ou seu passado com as mu!&eres$porque não &a7ia necessidade" Yuarda7a segredos de todos$ at) de si mesmo" (as aadmissão de Rosa o 9i8era se sentir$ mais que isso$ despertara memGrias do!orosas$ quetin&am 9icado adormecidas dentro do seu coração por tanto tempo" O que 7oc; podiadi8er para uma mu!&er como Rosa Corretti$ que 9ora 9orçada a encarar uma situação tãointo!er*7e! 1ão seria apenas genti!e8a &umana abrir a porta de seu prGprio so9rimento

Eu sei mais do que 7oc; imagina disse e!e" E$ pe!o menos$ 7oc; tem atranqui!idade de saber que o segredo de sua 7ida e as consequ;ncias deste esta7am 9orade seu contro!e" #e!o menos$ 7oc; não 9oi respons*7e! pe!o que !&e aconteceu"

Rosa ou7iu a dor &orr:7e! que permea7a as pa!a7ras de!e$ e 7iu o rosto bonito seconge!ando numa m*scara sombria" Os o!&os pretos esta7am 9i,os ne!a como sedesa9iando-a a perguntar mais e e!a suspeita7a de que um o!&ar daque!e dissuadiriamuita gente" (as Rosa ousou$ porque o que tin&a a perder

O que aconteceu

u!a! ba!ançou a cabeça$ mas isso não 9e8 nada para conter as memGrias"Lembrou-se de uma &istGria que seu tutor de ing!;s costuma7a !&e contar" A &istGria deum &omem c&amado Or9eu$ que &a7ia sido a7isado para nunca o!&ar para tr*s" (as e!e

desobedecera e 9icara com o coração partido como resu!tado" u!a! nunca esquecera amora! daque!a &istGria@ que o!&ar para tr*s podia destruir 7oc;$ e seguir em 9rente era aMnica maneira de sobre7i7er"

1ão importa rep!icou e!e$ amargamente"

O&$ mas eu ac&o que importa insistiu Rosa" E ac&o que 7oc; quer mecontar"

E!e 7irou-se para e!a então$ o rosto mais so9rido que Rosa %* 7ira$ e e!a prendeu arespiração$ enquanto espera7a"

Eu causei a morte de min&a mãe disse com triste8a"

#or um momento$ e!a não 9a!ou" /ueria se !i7rar daque!a dec!aração$ como a!gu)mse !i7ra7a de poeira indese%ada$ mas o so9rimento que 7iu no semb!ante de u!a! a 9e8perguntar@

Como

u!a! 9icou surpreso" Esti7era esperando que e!a respondesse com um apa8iguanteZ c!aro que 7oc; não 9e8 issoU porque era isso que todo o mundo sempre di8ia$ mesmose seus o!&os acusadores carregassem uma mensagem inteiramente distinta"

Noc; quer saber como murmurou e!e" Então eu !&e contarei"

Rosa recostou-se contra os tra7esseiros e assentiu"

PK




Conte$ então"

.a7ia a!guma coisa tão inesperadamente ca!ma sobre e!a que u!a! 9e8 a!go quenunca 9i8era antes"

Desconsiderou o 9ato que e!a esta7a nua e que os seios de Rosa esta7ampraticamente sup!icando que descansasse a cabeça a!i" Em 7e8 disso$ abriu a boca edei,ou as pa!a7ras que &a7iam queimado em seu interior por tanto tempo sa:rem

Eu tin&a Q anos" E era uma criança muito !e7ada"

E!a assentiu"

A maioria dos meninos de Q anos ) !e7ada"

Eu não preciso que 7oc; tente me tranqui!i8ar$ Rosa

Eu esta7a meramente apontando um 9ato"

6em$ não aponte

E!a deu de ombros" A 9Mria na 7o8 de u!a! teria dissuadido muita gente$ mas Rosacrescera com &omens 9uriosos e sabia !idar com isso" #ermaneceu deitada imG7e! eobser7ou-o"

u!a! esco!&eu suas prG,imas pa!a7ras com cuidado@

Era um 7erão quente$ muito quente$ com a pior seca de nosso pa:s %*con&ecida" Tempestades de areia aconteciam no deserto &* semanas$ e nGs todosest*7amos con9inados ao pa!*cio" Est*7amos en!ouquecendo" #osso me !embrar dasensação 7i7idamente" Recordo-me dos constantes pingos de suor$ apesar dos

7enti!adores de teto" (eu irmão mais 7e!&o esta7a na Europa$ e eu sentia 9a!ta dacompan&ia de!e" (as min&a mãe disse que nGs sair:amos para um piquenique assim queo tempo me!&orasse$ e numa man&ã a tempestade parou$ como se nunca ti7esseocorrido" .a7ia uma estran&a ca!ma no ar" E$ apesar de min&a mãe ter rec!amado de umador de cabeça$ eu esta7a ansioso para sair"

E!e 9icou si!encioso por um momento" Como a memGria podia ser estran&a$ pensouu!a!" Como a!guma coisa que 7oc; b!oquea7a durante >3 anos podia subitamentereaparecer em sua cabeça com tanta c!are8a como se ti7esse sido ontem Aque!as eramcoisas que e!e !embra7a ou coisas que ou7ira das pessoas Ou ta!7e8 9osse uma

combinação de coisas que e!e unira apGs o e7ento" 1Gs est*7amos indo$ de carro$ para Sa,rasa&!$ uma 9amosa p!an:cie seca que

9oi um o*sis um dia e que ) cercada por intrincadas 9ormaçVes de roc&a"

Rosa assentiu" E!a queria di8er que parecia mara7i!&oso$ mas não poderia$ porquea 7o8 de!e esta7a carregada de me!anco!ia e sabia que u!a! nunca associaria ta! !ugar com be!e8a"

1Gs 9i8emos o piquenique$ mas eu esta7a ansioso para brincar$ e não &a7ianingu)m com quem brincar !*" A dor de cabeça de min&a mãe tin&a piorado$ e o motorista

e os guarda-costas esta7am com muito ca!or para se %untarem a mim" (in&a mãe medisse para 9icar por perto$ mas me !embro de ter me empo!gado com min&a brincadeira"Eu esca!ei para o topo de uma roc&a$ mas a secura do terreno 9e8 a pedra começar a se

PJ




es9are!ar" Eu""" gritei" E!e 9ec&ou os o!&os$ e seu coração disparou" E ou7i a 7o8 demin&a mãe c&amando meu nome e !ogo depois disso$ 7i o rosto de!a aparecer$ pois e!aesca!ara a roc&a para me ac&ar"

u!a! o!&ou para as prGprias mãos$ como se pudesse encontrar a!gum con9orto nospun&os cerrados" O si!;ncio pareceu se estender in9initamente$ at) que Rosa tocou-!&e o

ombro$ que esta7a tão r:gido que parecia ter sido enta!&ado de pedra" E depois

E!e !e7antou a cabeça$ e Rosa precisou se es9orçar para não se enco!&er diante dador que 7iu nos o!&os pretos"

O p) de min&a mãe escorregou" O guarda-costas gritou pois e!e esta7a bematr*s de!a$ mas era tarde demais" E!a caiu"

Rosa 9orçou-se a 9a8er a pergunta do!orosa$ pois o que mais poderia di8er nascircunstWncias

E e!a morreu

E!e meneou a cabeça"

1ão imediatamente" E!a 9oi !e7ada de &e!icGptero para o &ospita!$ mas não saiudo coma" (orreu duas noites depois$ com meu pai segurando a mão de!a" 0m pai quenunca o perdoara rea!mente$ e um irmão que 7o!tara da Europa para acus*-!o de pr amãe amada de!es em perigo" (ais tarde$ ambos os &omens &a7iam tentado compens*-!ope!as pa!a7ras duras pro9eridas no momento da dor pro9unda$ mas tin&a sido tardedemais" E nen&uma cu!pa ou acusação 9ora mais condenatGria do que aque!a que u!a!

dirigira a si mesmo"/uando e!e parou de 9a!ar$ Rosa o o!&ou$ perguntando-se o que poderia di8er para

um &omem torturado que acabara de desnudar sua a!ma" /ue pa!a7ras poderiamcon9ort*-!o #ensou sobre tudo que e!e perdera""" todo o carin&o e con&ecimento de quea pessoa que 7oc; mais ama7a no mundo estaria sempre presente em sua 7ida" E então$e!a e,perimentou uma pro9unda compreensão$ porque nunca ti7era uma mãe comoaque!a" Apro,imou-se de!e$ en7o!7endo o pescoço de u!a! em seus braços$ enquanto !&eo9erecia todo con9orto de seu coração"

Eu sinto muito sussurrou" De 7erdade"

u!a! tentou se a9astar$ mas o ca!or do corpo de!a era irresist:7e!" E!e !&e contaramais do que a!gum dia contara para a!gu)m" Sua m*scara de p!a<bo< tin&a ca:do$ e Rosa7is!umbrara o rosto 7erdadeiro por tr*s" E!e sentia-se muito 7u!ner*7e!" Sentia todas ascoisas que %urara nunca sentir$ no7amente"

Isso não importa murmurou e!e"

Z c!aro que importa" Rosa 7iu a triste8a nas 9eiçVes de!e e ousou e,p!orar umponto omitido naque!a &istGria" Depois que sua mãe morreu$ 7oc; nunca pensou que$ta!7e8$ as dores de cabeça de!a pudessem ter contribu:do 0ma autGpsia 9oi 9eita

1ão As perguntas de!a adiciona7am ainda mais dor +s suas memGriasamargas$ e$ a9astando-se$ u!a! 9orta!eceu-se contra o o!&ar de preocupação de Rosa" E!a

Q3




ac&a7a que e!e iria regu!armente desnudar seu coração e su%eitar-se +que!e tipo de dorE se este 9osse o caso$ então era seu de7er esc!arec;-!a"

6asta$ Rosa" 1Gs ti7emos esta con7ersa$ porque ta!7e8 9osse necess*ria$ masnão a teremos de no7o" Abrimos as portas de nossos segredos e os re7e!amos$ masagora 7amos 9ec&*-!as no7amente" Noc; entendeu

E!a ou7iu a 9ina!idade na 7o8 de!e"

Noc; ) quem manda"

Z assim que eu quero$ mas ta!7e8 não se%a o que 7oc; quer" #ois não 9oi por isso que embarcou neste casamento$ 9oi

Eu não ac&o que nen&um de nGs sabia rea!mente no que esta7a se en7o!7endo$quando embarcou neste casamento"

(oti7o pe!o qua! eu estou !&e dando a oportunidade de ir embora"

Ir embora Rosa piscou" Do que 7oc; est* 9a!ando N* embora" Agora" #or que não a8 tota! sentido" Noc; receber* seu

pagamento""" este apenas 7ir* antes do pre7isto" #orque ac&o que eu tirei me!&or pro7eitodeste casamento do que 7oc;" u!a! 9orçou-se a di8er as pa!a7ras querendo que e!a odetestasse$ porque se isso acontecesse e!a iria embora" E e!e não precisaria 9itar-!&e oso!&os e perceber que Rosa sabia de seu segredo e que 7ira a sua dor" #ense bem$Rosa""" todo o din&eiro que estou disposto a pagar por ter tirado sua 7irgindade" Noc;pode partir agora$ ser !i7re e independente$ como queria"

(as Rosa não se mo7eu$ porque sabia e,atamente o que e!e esta7a 9a8endo" u!a!

tin&a se arrependido de se con9idenciar com e!a e agora esta7a tentando mand*-!aembora" Esta7a !&e o9erecendo din&eiro e 9a8endo-a parecer uma prostituta""" a!go que e!anão to!eraria"

A!gumas &oras atr*s$ Rosa poderia ter 9icado tentada$ mas isso 9ora antes que e!ea !e7asse para cama" Antes que !&e mostrasse o que e!a era capa8 de sentir" Antes doque as pessoas c&ama7am de despertar se,ua!U" Era como se e!a ti7esse e,istido num!ugar sombreado antes que u!a! desse 7ida aos seus sentidos" E e!a não queria perder este sentimento"

Ir embora ) a M!tima coisa que eu quero dec!arou Rosa e ou7iu o !ongosuspiro que escapou dos !*bios de!e"

Então$ o que 7oc; quer

Rosa segurou a ponta do !enço! de !in&o e começou a amass*-!a entre os dedos$porque isso era mais 9*ci! do que encarar aque!es o!&os pretos intensos" Recon&eceu quenão esta7a pronta para seguir so8in&a" #e!o menos$ ainda não" 1ão quando o mundo 9orada Sic:!ia ainda parecia um !ugar tão grande e assustador" O moti7o do casamento bi8arrocom u!a! não era o 9ato de e!e poder !&e dar a!guma coisa que ningu)m mais podia 1ãoapenas o din&eiro que compraria sua independ;ncia$ mas uma educação se,ua! que tin&a

somente começado" E por que e!a permitiria que a!go estragasse a me!&or coisa que %*!&e acontecera

Q4




O!&ando para cima$ a9astou o cabe!o do rosto$ e o mo7imento causou um ba!ançonos seus seios" E!a o 7iu se me,er e bai,ou os o!&os para a ereção entre as co,as deu!a! e naque!e momento sentiu-se t:mida e poderosa$ ao mesmo tempo"

Eu quero que 7oc; me ensine tudo que sabe"

E!e a 9itou$ sabendo que de7eria se distanciar de Rosa$ mas como conseguiria$quando e!a era tão mara7i!&osa Como poderia 9orç*-!a a partir quando e!e a queria comdesespero #odia sentir o c&eiro de se,o ainda no ar$ e as batidas err*ticas de seuprGprio coração$ quando se inc!inou para 9rente e bei%ou-!&e o pescoço"

Noc; tem a!guma coisa espec:9ica em mente questionou u!a!$ sua7emente" A &istGria de Xa&rastan$ ta!7e8 Ou as no7as propostas sobre energia que 7ou redigir na prG,ima semana

Rosa inc!inou a cabeça"

Sobre pra8er sussurrou e!a$ atra7)s de !*bios secos" Ensine-me tudo que

7oc; sabe sobre pra8er" Eu serei sua esposa e um dia sairei de sua 7ida" (as enquantoisso"""

O qu;

E!a se contorceu"

#or 9a7or

u!a! a9astou-se para 7er o rubor no rosto bonito$ e a!guma coisa o 9e8 querer mostrar quem esta7a no contro!e" (ostrar-!&e que$ no 9ina!$ era e!e quem toma7a asdecisVes" E ta!7e8 a primeira !ição que Rosa precisasse era aprender como articu!ar os

prGprios dese%os$ em 7e8 de esperar que e!e os adi7in&asse" #orque somente assim e!apoderia ser independente um dia"

#or 9a7or o qu; demandou e!e$ sua7emente"

Rosa encontrou o bri!&o nos o!&os pretos e engo!iu em seco"

#or 9a7or$ 9aça aqui!o comigo no7amente"

#a%ítulo .

u!a! des!i8ou os dedos pe!a cortina sedosa de cabe!o escuro$ que esta7aespa!&ada sobre o tra7esseiro$ e sentiu o ine7it*7e! enri%ecer de seu corpo"

Eu sei que 7oc; est* acordada$ Rosa murmurou e!e" Então$ por que não

abre os o!&os e me bei%a

Q2




Rosa se me,eu quando a 7o8 do s&ei' penetrou seus pensamentos son&adores e$de modo obediente$ abriu os o!&os" E!e esta7a deitado ao seu !ado$ apoiado sobre umcoto7e!o$ de!iciosamente nu e g!oriosamente 7iri!$ estudando seu corpo como se 9osse ocorpo mais !indo que %* 7ira$ que era o que e!e !&e dissera nas primeiras &oras destaman&ã$ quando a pu,ara dese%osamente para seus braços" Todas as man&ãs$ e!a

acorda7a para uma reação apreciati7a simi!ar$ mas ainda não esta7a tota!menteacostumada com isso"

A9astou mec&as de cabe!o do rosto e boce%ou"

(as eu poderia estar dormindo"

E!e consu!tou seu re!Ggio de pu!so"

Z quase meio-dia"

E ) s*bado" Ou 7oc; est* di8endo que ) imposs:7e! que a!gu)m durma at)quase a &ora do a!moço

Eu sabia que 7oc; não esta7a dormindo porque esta7a me,endo este traseirode!icioso contra mim$ pe!a M!tima meia &ora" u!a! sorriu e a pegou pe!a cintura demodo que sua ereção 9osse pressionada contra a barriga de!a" Então$ 9iquei em dM7idase ia tomar um ban&o 9rio ou se tentaria con7enc;-!a a 9a8er a!go mais interessante doque dormir"

Rosa inc!inou-se para 9rente$ roçando a boca contra e!e e sentindo a instantWneaonda de !u,Mria en7o!7;-!a"

Noc; sempre pode me con7encer a 9a8er isso disse e!a$ soando quase t:mida$

enquanto e!e segura7a-!&e as n*degas e pu,a7a-a para mais perto" (as não era !oucurasentir-se t:mida quando$ nas poucas semanas desde o casamento de!es$ u!a! adesnudara de todas as maneiras poss:7eis

E!e !&e ensinara muitas coisas" (ostrara-!&e que se,o era a!go para ser apreciadoe saboreado$ não uma ação 9urti7a e 7ergon&osa" Em resumo$ u!a! a !ibertara de muitasde suas prGprias !imitaçVes emocionais$ e tudo que Rosa esta7a tentando 9a8er agora erae7itar tornar-se muito dependente de um &omem que nunca pretendera ser nada a!)m deum marido tempor*rio"

1a 7erdade$ 7oc; pode me con7encer a 9a8er praticamente qua!quer coisa

conc!uiu e!a e 7iu os o!&os de!e escurecerem"

Eu sei rep!icou e!e" E eu 9icaria contente com qua!quer coisa que 7oc;9i8esse comigo$ neste momento"

O&$ u!a!"

O&$ Rosa murmurou e!e de 7o!ta e abai,ou a cabeça para bei%*-!a" Os !*biosde Rosa esta7am com gosto do c&* de &orte!ã" Os braços de!gados o en7o!7eram e odese%o que e!e sentia aumentou" Seu coração disparando$ quando pressionou uma co,agrossa contra a sua7idade 9eminina" #ensou em como Rosa era per9eita em seus braços$

em como o ato de amor de!es 9ica7a cada 7e8 me!&or" E pensou em como a !ua de me!de!es o surpreendera de todas as maneiras"

Q>




1o começo$ e!es ma! &a7iam sa:do do apartamento""" com uma ocasiona! 7isita aum teatro ou a um restaurante para um inter7a!o dos dias e noites in9initos de e,p!oraçãose,ua!" #e!a primeira 7e8 na 7ida$ u!a! es7a8iara sua agenda e des!igara seu te!e9one"""porque nunca tira7a 9)rias" 1unca" Disse a si mesmo que seria uma e,peri;ncia Mti! 7er sesua compan&ia 9uncionaria bem sem e!e$ mas$ no 9undo$ sabia que este não era o

7erdadeiro moti7o" A 7erdade era que não queria sair do !ado de Rosa" 1ão podia ter obastante de!a" E quando e!es tin&am sa:do$ e!e se sentira como um turista em sua cidadeadotada" E!a o incenti7ara a 9a8er coisas que u!a! norma!mente não son&aria 9a8er$ comoesca!ar o m*,imo poss:7e! da Torre Ei99e! e com seus guarda-costas os seguindo" Equando e!e protestara em acompan&*-!a a outros passeios tur:sticos$ Rosa o con7encerado contr*rio$ apenas o bei%ando"

Noc; nunca est* com 9rio demais para 7er #aris do topo da Torre Ei99e!" E!arira contra seus !*bios" E mais tarde$ naque!a semana$ e!es &a7iam 9eito um passeio debarco pe!o Sena$ e e!a procurara o nome de todas as pontes em seu guia de 7iagem e os

recitara para e!e" E!es sentaram e tomaram ca9) no 9amoso Ca9) de !ore e 9i8eram duas7iagens de maneira simi!armente annima ao teatro" 1a 7erdade$ tin&am conseguidoe7itar serem 9otogra9ados durante toda a !ua de me!$ pe!o que u!a! se sentira triun9ante$especia!mente ao perceber que e!a não esta7a interessada em ser 9otogra9ada com e!e"

u!a! at) mesmo a !e7ara +s compras""" a!go que nunca 9i8era antes$ emborati7esse pagado muitas contas" (as com Rosa$ era di9erente" E!a não parecia preocupadacom o custo das coisas$ e e!e apreciara 7estir sua no7a esposa com roupas dignas deuma princesa" Assim como gosta7a de comprar""" e remo7er""" as peças sensuais de!ingerie que ma! contin&am as cur7as e,uberantes"

E!e ainda não podia entender seus sentimentos" #or que 9ica7a deitado ao !adode!a$ apenas a obser7ando""" como se a 7isão do peito de Rosa se mo7endo com arespiração 9osse o espet*cu!o mais 9ascinante do mundo 1o gera!$ e!e ausenta7a-se dacama muito cedo$ porque não gosta7a de mu!&eres por perto pe!a man&ã" Aprecia7a seuespaço e sua pri7acidade" Yosta7a de estar so8in&o""" do %eito que sempre esti7era"

(as não com Rosa" E ainda esta7a tentando entender por qu;"

Seria porque e!a se entrega7a a e!e tão comp!etamente #orque Rosa era sua enunca 9ora de mais ningu)m A!guma emoção possessi7a e poderosa o en7o!7ia toda 7e8que e!e a abraça7a" Ta!7e8$ 9osse o poder antigo dos 7otos matrimoniais que$independentemente da maneira autom*tica que tin&am 9eito$ ainda conseguiam transmitir o signi9icado pro9undo ao casa! en7o!7ido"

E!e abai,ou a cabeça entre as pernas de Rosa$ ou7indo-a o9egar em antecipação$antes que começasse a !amb;-!a" De!eitou-se no %eito que e!a se contorcia de pra8er$assim como se de!eitou no orgasmo que aba!ou o corpo 9eminino$ poucos minutos depois"#ermaneceu a!i por um tempo$ at) que Rosa se tornasse impaciente" (o7eu-se sobre e!ae penetrou-a" ec&ando os o!&os$ perdeu-se no ca!or escorregadio$ permitindo que o ritmourgente !e7asse ambos para um !ugar tão a!to que a descida !enta e para a Terra 9oi tãoincr:7e! que o dei,ou sem 9!ego" E e,austo"

Q5




E!e de7ia ter dormido$ porque quando abriu os o!&os 9oi para sentir o c&eiro de ca9)e para 7er Rosa sentada no peitori! da %ane!a$ num pen&oar de seda 7erme!&o$ com ag!oriosa cidade de #aris emo!durando-a como uma pintura impressionista"

Eu 9i8 ca9) disse e!a"

Estou sentindo o c&eiro" u!a! sentou-se$ quando e!a !e7antou-se e andoupara o criado-mudo$ a 9im de !&e ser7ir uma ,:cara" Noc; 9a8 o me!&or ca9) do mundo"

Isso ) 7erdade respondeu e!a$ o semb!ante s)rio" #orque eu sou sici!iana$e nGs 9a8emos o me!&or de tudo" (as quando ergueu o bu!e para ser7ir o prGprio ca9)$percebeu como suas pa!a7ras soa7am super9iciais" Costuma7a se de!eitar em suas ra:8essici!ianas$ com o orgu!&o que !&e 9ora incutido desde que podia !embrar" Ter nascido e sidocriada na i!&a do (editerrWneo sempre !&e dera a sensação de pertencer a a!gum !ugar"Sentira-se parte de sua 9am:!ia e parte da comunidade da i!&a" #or)m$ não mais" A traiçãode sua mãe parecia ter tido repercussVes ainda maiores do que Rosa pre7ira" 1ãoapenas seus re!acionamentos com sua 9am:!ia tin&am sido dramaticamente a!terados$como uma parede de si!;ncio parecia ter descido entre e!es desde a 9uga de Rosa de suaterra nata!"

Noc; te7e a!guma not:cia de sua 9am:!ia perguntou u!a!"

E!e ou7ira seus pensamentos$ ou sua triste8a transparecera no seu rosto E!a nãoqueria demonstrar que esta7a mac&ucada$ porque esta7a tentando arduamente não 9icar"(as o 9ato de que nen&um de seus irmãos entrara em contato mac&uca7a$ embora e!ati7esse en7iado um e-mai! para e!es com seu no7o nMmero de te!e9one e contado queesta7a casada e morando em #aris"

Ti7e not:cias de Lia respondeu Rosa" E!a ) a meia-irmã que eu nuncasoube que tin&a" Aque!a que insu!tei depois que min&a mãe %ogou a bomba" Eu escre7i epedi descu!pas pe!o %eito que a agredi$ e e!a 9oi tão doce" Disse que entendia" Tamb)mdisse que sempre quis uma irmã e que apenas não esperara encontrar uma de maneiratão dram*tica (as supon&o que nGs nunca nos con&eceremos agora"


1ão &* nada a impedindo de 7o!tar para a Sic:!ia""" se 7oc; quiser 9a!ar com e!espessoa!mente" Eu poderia !e7*-!a para !*$ se isso a%udar"

Rosa meneou a cabeça" E ter todos a sua 7o!ta$ querendo descobrir sobre seumarido g!amoroso E!a não era uma atri8 tão boa assim$ e não suportaria a pena de sua9am:!ia$ quando e!es descobrissem o moti7o pe!o qua! e!es &a7iam se casado"

Eu !&e disse""" não posso me imaginar querendo 7o!tar" 1ão &* !ugar para mim!*$ agora" A pessoa que eu costuma7a ser não e,iste mais"

#orque a no7a Rosa era agora uma princesa$ mesmo se este 9osse um pape!tempor*rio" 1ão usa7a uma coroa$ mas comparti!&a7a a cama de um &omem que era umpr:ncipe na 7ida rea!" 0m s&ei' do deserto""" um &omem que não parecia ter o bastantede!a""" e$ por mais que Rosa se de!eitasse na atenção de u!a!$ sabia que a situação

esta7a se tornando perigosa" Nin&a sentindo isso &* dias" Acontecia toda 7e8 que abria oso!&os e o encontra7a ao seu !ado e continua7a ao !ongo do dia" Agarra7a-se + !embrança

QP




do ato de amor de!es como um presente de!icioso" 1unca se sentira tão contente""" nemtão e,citada""" em toda sua 7ida$ e sabia que seria !oucura permitir que seus sentimentospor u!a! crescessem

(as como 7oc; se impedia de sentir a!guma coisa$ quando seu coração esta7adeterminado a 9a8er o oposto Rosa pegou sua ,:cara e tomou um go!e do ca9)" 1ão

podia 9icar muito unida ao seu marido$ porque um dia e!es teriam de se separar" E!a sabiadisso" Assinara um acordo pr)-nupcia!$ não assinara 0m que !&e o9erecia uma generosaquantia de din&eiro$ em troca de um acordo de rompimento tota!U" Apenas precisa7a seacostumar ao 9ato e manter distWncia emociona!"

Tentou con7encer-se de que isso esta7a bom para e!a$ quando u!a! anunciou quea !ua de me! acabara$ e e!e p!ane%a7a 7o!tar ao traba!&o na segunda-9eira seguinte" (asRosa quisera sup!icar que não 9osse$ e este sentimento a assustara mais do que seudi!ema rea! sobre como passar seus dias de maneira Mti!$ enquanto e!e esti7essetraba!&ando"

Eu não sei o que 7ou 9a8er em #aris o dia inteiro$ com 7oc; no escritGrio per:odointegra! disse e!a"

E!e sorriu"

aça mais do que 7oc; 9a8ia na Sic:!ia" Noc; era uma dondocaU !*$ não era

Rosa continuou sorrindo$ mesmo que aque!e não 9osse o %eito mais !ison%eiro dedescre7er sua 7ida anterior" Era 7erdade que e!a não ti7era uma carreira$ apesar de ter um dip!oma respeit*7e! em !:nguas da 0ni7ersidade de #a!ermo" (as tin&a sido di9:ci!encontrar um traba!&o que não 9osse 7etado por sua 9am:!ia contro!adora" E!a 9i8era

a!guns traba!&os de tradutora sempre que poss:7e!$ mas oportunidades eram escassas"Então$ acabara com um emprego administrati7o de meio per:odo na 9acu!dade ondeestudara$ tendo a sensação de que esta7a 7o!tando no tempo" Como se não ti7esseprogredido muito a!)m da estudante que &a7ia sido"

Eu não era uma dondocaU de9endeu-se Rosa" Eu tin&a um emprego demeio per:odo"

6em$ 7oc; não precisa de um emprego agora disse e!e$ com um toque deimpaci;ncia" Apenas aprecie seus dias e me dei,e pagar a conta"

Rosa tentou não se sentir o9endida por aque!as pa!a7ras$ assim como tentoumergu!&ar em sua no7a 7ida como uma esposa parisiense que 9ica7a em casa" E,p!oroumais a cidade e as muitas atraçVes que #aris tin&a a o9erecer" Andou para todos os!ugares""" sempre seguida pe!o guarda-costas""" e começou a gan&ar con9iança aocon&ecer a geogra9ia da cidade" #e!as man&ãs$ e!a ia a uma ga!eria de artes ou a umae,posição$ e de tarde ia assistir a um 9i!me$ me!&orando seu 9ranc;s um dia 9!uente"

(as tin&a a distinta sensação de que esta7a apenas passando tempo$ de queesta7a se tornando como muitas das outras e,i!adas ricas$ que preenc&iam suas &orascom cu!tura" Começou a esperar u!a! c&egar em casa$ com mais entusiasmo do que

de7eria" E!e não queria uma mu!&er ansiosa atirando-se nos seus braços toda 7e8 quec&ega7a do traba!&o$ queria /ueria uma mu!&er que passara um dia interessante$porque$ dessa 9orma$ e!a seria mais interessante"

QQ




Certa noite$ u!a! c&egou tarde do escritGrio e 9oi direto para o ban&o"

/uando entrou no quarto$ Rosa esta7a sentada diante da penteadeira$ de ca!cin&ae sutiã$ usando o secador de cabe!o"

Noc; não esqueceu que nGs 7amos sair para %antar esta noite perguntou e!e$momentaneamente distra:do pe!a 7isão dos seios de!a cobertos pe!a renda"

1ão$ ) c!aro que não" Rosa ps o secador sobre a penteadeira e obser7ou$pe!o espe!&o$ enquanto e!e es9rega7a uma toa!&a no corpo mo!&ado" 1Gsencontraremos a!gu)m de uma emissora de te!e7isão$ estou certa

Sim" 1a 7erdade$ o produtor e,ecuti7o de uma das compan&ias independentesmais bem-sucedidas$ que quer 9a8er um document*rio sobre Xa&rastan"

Rosa encontrou-!&e os o!&os no espe!&o"

Ta!7e8 isso se%a uma coisa boa""" 9a8er Xa&rastan con&ecido do pMb!ico" E!ainc!inou-se para 9rente e passou batom Eu nunca tin&a ou7ido 9a!ar de Xa&rastan at)con&ecer 7oc;"

#recisamos mostrar ao mundo que não somos uma ditadura opressi7a" O maior prob!ema era persuadir meu irmão a permitir que uma equipe estrangeira entrasse nopa:s$ a 9im de 9i!mar"

E e!e concordou

u!a! riu"

#or incr:7e! que parece$ sim""" uma 7e8 que e!e ) notoriamente irasc:7e! com

opiniVes estrangeiras" (as ac&o que e!e decidiu que Xa&rastan tem de ser 7isto comoabraçando o mundo moderno"

E 7oc;""" E!a &esitou$ porque desde aque!a primeira noite$ quando e!econ9essara a cu!pa que sentia sobre a morte da mãe$ quase nunca menciona7a o irmão"1a 7erdade$ a 9ranque8a daque!a noite nunca se repetira$ mesmo que e!a ti7esse tentado9a8;-!o se abrir$ em mais de uma ocasião" (as u!a! b!oqueara seus mo7imentos com a&abi!idade de um bom %ogador de ,adre8" Rosa tin&a a impressão de que e!e !&e permitira7er uma rara 9enda em sua armadura e não pretendia repetir aqui!o$ o que a 9rustra7a"#orque$ não era natura! querer rasgar aque!a armadura e 7er mais do &omem rea! por

bai,o Aque!e tipo de intimidade não parecia tão pro9unda""" ta!7e8 at) mais pro9unda"""quanto +que!a que e!es comparti!&a7am durante o se,o E!a respirou 9undo$ enquanto oobser7a7a 7estir uma camisa branca" Noc; 9a!a muito com seu irmão

E!e arqueou as sobrance!&as$ como se e!a ti7esse u!trapassado a!guma marca"

Ob7iamente$ nGs con7ersamos sobre a equipe de 9i!magem De que outramaneira eu saberia dos sentimentos de!e sobre o assunto

O tom sarc*stico era no7o$ mas Rosa não ia desistir$ porque esta era a primeiraoportunidade que tin&a em s)cu!os"

Eu não me re9iro a isso" Re9iro-me ao""" ao que aconteceu com sua mãe"E!a o 7iu enri%ecer$ antes que os o!&os escuros se tornassem 9rios e caute!osos"

Q




#erdão

Eu apenas pensei que"""

6em$ não pense interrompeu e!e"

#orque não &* mais nada a di8er sobre o assunto$ Rosa" Ac&ei que %* ti7)ssemos

decidido isso" As pa!a7ras de!e soa7am como uma porta de meta! sendo batida""" mas Rosa não

ia desistir" Con&ecia o perigo de trancar emoçVes do!orosas" Noc; as tranca7a$ at) queum dia e!as subiam + super9:cie numa &orr:7e! e,p!osão" 1ão era isso que sua prGpriamãe &a7ia 9eito

Eu apenas sinto que &* tanta coisa entre 7oc;s que não est* reso!7ida" /ueta!7e8"""

Ta!7e8 nada" Agora$ o tom de 7o8 era ge!ado" Eu !&e contei aque!as coisasporque""" u!a! sentiu uma onda de rai7a$ dirigida tanto a si mesmo quanto a e!a" O queo possu:ra para contar todas aque!as coisas #ara abrir seu coração como nunca abriraantes #orque 7oc; me deu um bre7e 7is!umbre de sua prGpria &istGria 9ami!iar$ e eudecidi que era %usto comparti!&ar um pouco" (as não !&e contei para que 7oc; decidisseme consertarU" E!e a o!&ou" Noc; tem coisas su9icientes para preocup*-!a$ Rosa""" ese sente a necessidade de a!gum tipo de programa redentor na sua 7ida$ então sugiro quetente traba!&ar seus prGprios b!oqueios emocionais$ primeiro"

O ataque de u!a! 7iera do nada$ assustando-a" Rosa estudou-!&e o rosto e pensouque a e,pressão de!e parecia crue! e quase irrecon&ec:7e!" E,ceto que isso não era bem7erdade$ era E!e a o!&ara assim quando e!a acordara em seu &ote!" /uando Rosa seencontrara so8in&a na cama de!e e o descobrira o!&ando-a$ como se não gostasse muitode!a"""

Rosa pensou em a!guma coisa para di8er" A!go que não en7o!7esse c&orar e e,igir saber por que e!e sentia a necessidade de estragar tudo$ com suas pa!a7ras cru)is" (asem 7e8 disso$ deu-!&e um o!&ar educado e super9icia!"

/ue tipo de document*rio

E!e assentiu$ como se apro7ando a mudança de assunto"

0m ino7ador$ sem um came!o + 7ista"Rosa deu o sorriso que sabia que era esperado de!a$ antes de ir para o c!oset"

Suas mãos esta7am tremendo quando e!a abriu a porta$ mas tentou di8er a si mesma quenão podia pr toda a cu!pa em u!a!"

#orque$ de certa 9orma$ e!e esta7a certo" E!a ainda se sentia amarga e mac&ucadape!o que descobrira sobre seus pais" Tin&a 9ugido de sua 9am:!ia$ mas parecia que sua9am:!ia 9icara 9e!i8 em dei,*-!a ir""" e Rosa esta7a surpresa pe!a dor que isso !&e causa7a"#ensara que ainda era a Rosa preciosa da 9am:!ia /ue e!es teriam 7indo buscar a!gumtipo de reconci!iação ou con9ort*-!a$ quando a rea!idade era que e!es &a7iam 9icado

9uriosos e &umi!&ados por sua partida

QK




E!a pegou um 7estido que batia nos torno8e!os$ o qua! u!a! esco!&erapessoa!mente para e!a" Era um 7estido 7erme!&o simp!es$ mas a be!e8a esta7a no tecido$que abraça7a suas cur7as" Sand*!ias de couro marrom a!t:ssimas e cabe!o so!tocomp!etaram o 7isua!$ embora$ impu!si7amente$ ten&a prendido uma 9!or de seda7erme!&a atr*s da ore!&a$ no M!timo minuto"

A reação de u!a! diante de sua aparição 9oi grati9icante$ e e!a te7e de repassar obatom depois que a bei%ara" Ainda tocada pe!a doçura daque!e bei%o$ Rosa decidiu que iaesquecer as pa!a7ras amargas que e!e dissera" #or que arruinar a noite + 9rente$especia!mente quando e!e esta7a tão""" !indo" As 9eiçVes escu!pidas esta7am acentuadaspe!o 9ato de que u!a! se barbeara$ e o cabe!o cor de )bano bri!&a7a no so! de 9im detarde$ quando e!es entraram no carro o9icia!"

Era norma! se sentir assim #erguntou-se Rosa" /uerer toc*-!o em todos osmomentos e des!i8ar os dedos por cada cent:metro daque!e corpo poderoso (as e!a nãocedeu ao seu dese%o""" apenas permaneceu sentada serenamente no banco de tr*s do

grande carro$ 9a8endo perguntas inte!igentes sobre o document*rio proposto$ de modoque$ no momento em que e!es c&egaram + so9isticada *rea (arais da cidade$ e!a sentia-se composta" Como se ti7esse nascido para entrar em restaurantes 9inos ao !ado de um&omem que c&ama7a a atenção de todas as pessoas no sa!ão"

O diretor e,ecuti7o da te7; c&ama7a- se Arnaud 6ertrand e se esti7esse comqua!quer outra pessoa que não 9osse u!a! Rosa poderia t;-!o ac&ado atraente" O quei,oescu!pido e a boca sensua! do &omem combina7am com a carreira de mode!o que 9oraum dia$ antes que percebesse que era me!&or contar com seu c)rebro do que com suabe!e8a" Ou assim e!e disse a Rosa durante uma con7ersa$ quando u!a! esta7a ocupado$

9a!ando com o gerente de !ocação sobre as praticidades de !e7ar uma equipe de 9i!magempara Xa&rastan"

Enquanto 7oc; murmurou e!e$ o!&ando para a 9!or bri!&ante que Rosa usa7ano cabe!o pode contar com ambos$ eu ac&o" Com inte!ig;ncia e be!e8a"

Eu não sou bonita rep!icou$ rapidamente"

Ac&a que não Arnaud estreitou os o!&os" Com este cabe!o !ustroso e pe!eper9eita$ 7oc; me !embra (onica 6e!!ucci" E ) a esposa de um dos &omens maisimportantes do mundo$ um &omem que poderia ter a mu!&er que esco!&esse" Ta! 9ato em

si 9a!a 7o!umes ao seu respeito"Rosa reprimiu um sorriso irnico" Se e!e soubesse por que u!a! acabara com uma

sici!iana cur7i!:nea demais$ com um passado comp!icado

E certamente não sou acad;mica murmurou e!a$ mudando de assunto eimaginando se e!e 9a8ia tantos e!ogios para todas as mu!&eres que con&ecia"

(as 7oc; ) po!ig!ota$ certo a!a 9ranc;s$ ing!;s""" e ita!iano$ ) c!aro"

Rosa deu de ombros"

(uitas pessoas 9a!am di7ersos idiomas"

(as muitas pessoas não são como 7oc;$ Rosa" Noc; tem um 9rescor natura!""" euma 7ibração$ tamb)m Arnaud !e7ou sua taça de 7in&o aos !*bios$ e$ por sobre o

QJ




ombro de!e$ Rosa pensou ter 7isto u!a! 9ran8indo o cen&o" Diga-me$ 7oc; estariainteressada em 9a8er um teste cinematogr*9ico

Rosa piscou"

Noc; quer di8er$ para te!e7isão

Z c!aro que para te!e7isão""" esta ) min&a *rea" Eu não atuo disse Rosa" E não di8em que a cWmera aumenta cinco qui!os

Ten&o a 9orma comp!etamente errada para a te!in&a""" a qua! eu preenc&eria

A&$ mas eu acredito em quebrar estereGtipos murmurou Arnaud" Soutreinado para recon&ecer aque!e je ne sais quoi que a cWmera adora e ac&o que 7oc; tem1ão espero que atue$ apenas que 9aça um teste bre7e" Noc; estaria interessada

Di8endo a si mesma que seria rude recusar a o9erta de!e$ Rosa aceitou o cartão eguardou-o dentro da bo!sa"

Ligue para mim disse e!e$ que se 7irou para 9a!ar com u!a!"O %antar esta7a de!icioso$ e os 7in&os continua7am c&egando$ e Rosa sentia-se

mara7i!&osamente rep!eta quando o carro de!es c&egou para !e7*-!os para casa" (asembora e!a 9i8esse coment*rios sobre como a noite tin&a sido boa$ u!a! respondia emmonoss:!abas" O corpo poderoso parecia tenso$ mas Rosa esta7a se sentindoe,pansi7a""" e rep!eta de dese%o""" então tri!&ou a ponta dos dedos sobre o braço de!e"/uando e!e não reagiu$ sentiu-se to!a e reco!&eu a mão" u!a! não 9a!ou mais umapa!a7ra$ at) que esti7essem de 7o!ta no apartamento$ as !u8es da Torre Ei99e! piscando naenorme sa!a de estar"

Noc; parece ter se dado muito bem com Arnaud comentou e!e"

Esta era a ideia$ certamente Rosa acendeu as !u8es$ di8endo a si mesmaque esta7a imaginando a e,pressão acusadora no rosto de!e" Eu esta7a !* como suaesposa$ para apoi*-!o e a me!&or maneira de 9a8er isso era sendo amig*7e!"

Os o!&os pretos se 9i,aram nos seus"

Ser amig*7e! en7o!7ia empinar seus seios no rosto do produtor e,ecuti7o

Rosa enri%eceu ao ou7ir o tom 9eio e incon9und:7e! na 7o8 de!e" Era um tom quecon&ecia muito bem de ter crescido numa 9am:!ia de &omens poderosos" .omens quepossu:am uma abundWncia de testosterona e um senso e,agerado da prGpria importWncia" Aqui!o era sentimento de posse$ e 9e8 sua pe!e ge!ar"

O que 7oc; est* 9a!ando ) um absurdo"

Noc; ac&a Então$ por que e!e !&e deu seu cartão Ac&a que eu não notei

O cartão esta7a %ogado no 9undo de sua bo!sa$ e Rosa &onestamente não ac&ouque o o!&aria uma segunda 7e8$ se u!a! não a ti7esse desa9iado$ mas aque!a atitudeirritou-a" Despertou rebe!ião em seu interior" E!a não 9ugira da Sic:!ia precisamente parae7itar esse tipo de atitude dominadora

E!e perguntou se eu esta7a interessada em 9a8er um teste cinematogr*9ico"

Noc;

3




Sim$ eu$ u!a!""" a o9erta ) tão bi8arra assim

E 7oc; !&e disse que não

E!a ou7iu a certe8a na 7o8 de!e e respirou 9undo quando suas emoçVescomeçaram a tra7ar uma guerra dram*tica" Sabia o que u!a! queria e sabia que podiaagradar 9a!ando o que queria ou7ir""" mas isso seria como !&e dar carta branca para quee!e a intimidasse sempre que quisesse" Rosa p!ane%ara ignorar a o9erta de Arnaud$ masagora começa7a a ter dM7idas" O!&ou para seu marido$ não gostando do u!a! que esta7a7endo nesta noite$ sabendo que e!e não tin&a o direito de ditar o que e!a de7eria ou não9a8er"

Eu não disse nada a e!e rep!icou Rosa" #e!o menos$ ainda não"

.ou7e uma pausa enquanto u!a! a encara7a"

(as 7oc; 7ai di8er que não est* interessada"

Aque!a era uma a9irmação$ não uma pergunta" Ou me!&or$ parecia muito umaordem

O sentimento de rebe!ião 7o!tou a in9!am*-!a"

Eu 7ou ou7ir o que e!e tem a di8er respondeu$ teimosa"

u!a! podia sentir uma onda de rai7a$ mas podia sentir mais a!guma coisa$ tamb)m A!go que esta7a crescendo como uma semente em seu interior" 0m sentimento do!orosoe into!er*7e!" 1ão 9ami!iar e$ ao mesmo tempo$ &orri7e!mente recon&ec:7e!" E!e en9iou asmãos nos bo!sos da ca!ça""" a!go que não 9a8ia desde que era um garoto e tin&a sidoen7iado para aque!e &orroroso co!)gio na Ing!aterra" (as não queria que Rosa 7isse a

tensão em seus pun&os cerrados" #orque isso re7e!aria o 9ato de que esta7a so9rendo""" ee!e não queria so9rer

u!a! deu de ombros"

Como quiser respondeu e!e$ 9riamente" Eu 7ou dormir"

Rosa obser7ou-o ir" #arecia tão distante Como se não quisesse comparti!&ar suacama naque!a noite"

E!a umedeceu os !*bios" Então$ ia se permitir ser intimidada Ir dormir num dosquartos 7a8ios$ como se ti7esse 9eito a!guma coisa errada$ quando tudo que 9i8era tin&asido considerar uma o9erta de traba!&o que recebera

1ão$ não ia

E!a 9oi para o ban&eiro$ a 9im de despir-se e !a7ar o rosto""" e depois que remo7eratodos os traços da noite$ ou7iu a!guma coisa atr*s de si e o!&ou no espe!&o"

1ão a!guma coisa"

A!gu)m"

u!a! esta7a parado atr*s de!a""" comp!etamente nu e e,citado" 1o rosto bonito$

&a7ia uma e,pressão que e!a nunca 7ira antes" Era rai7a ou dese%o #erguntou-se" Ouuma potente mistura dos dois Rosa 7iu o ca!or nos o!&os pretos$ e o instinto !&e di8ia que

4




ta!7e8 9osse me!&or dormir num dos outros quartos$ quando e!e encontra7a-se naque!etipo de &umor"

(as isso 9oi antes que a abraçasse" Antes que bai,asse os !*bios para seu ombroe traçasse uma !in&a a!i""" murmurando pa!a7ras indistintas enquanto a bei%a7a" (as erampa!a7ras carin&osas" #a!a7ras gr*9icas sobre o que queria 9a8er com e!a"

As mãos de!e eram muito &*beis para permitir que e!a escapasse$ dei,ando-a 9racade dese%o$ de modo que$ no momento em que u!a! a penetrou por tr*s$ Rosa esta7a tãoe,citada quanto e!e" E,citada o bastante para obser7ar o re9!e,o dos dois no espe!&o"E,citada pe!a 7isão de seu prGprio orgasmo""" e pe!a 7isão do orgasmo de!e"

Toda7ia$ apesar do bei%o !ongo que u!a! deu depois$ e!e a9astou-se antes do quee!a gostaria" Rosa queria que a acariciasse e a con9ortasse[ que dissesse para esquecer as coisas rudes que ou7ira de!e" (as não 9e8 isso" As Mnicas pa!a7ras de u!a! 9oram queprecisa7a traba!&ar um pouco antes de dormir"

E e!e não a seguiu para a cama"

#a%ítulo &/

Rosa acordou e sentiu o espaço 7a8io ao seu !ado e quando abriu os o!&os 9oi para7er u!a! 7estindo um pa!etG" E!e esta7a de ca!ça escura e camisa branca$ e e!a se me,euum pouco para 7;-!o me!&or$ mas notou que não recon&eceu seu mo7imento"

Rosa sentou-se na cama$ um arrepio percorrendo sua co!una ao se !embrar daspa!a7ras 8angadas da noite anterior$ que tin&am cu!minado naque!e se,o quaseanatmico no ban&eiro" 0m se,o que$ apesar de ter sido intenso e pra8eroso nomomento$ agora parecia curiosamente 7a8io" Como se permitira 9a8er aqui!o$ quandomomentos antes u!a! !&e 9i8era acusaçVes que nem mesmo eram 7erdadeiras

O que !e7anta7a a questão de como e!a ia !idar com a situação nesta man&ã"De7eria tocar no assunto do!oroso e arriscar uma daque!as terr:7eis discussVes que não!e7a7am a !ugar nen&um Ou de7eria esquecer o que tin&a sido dito na noite anterior ecomeçar o dia com uma atitude positi7a

6om dia disse e!a a!egremente"

E!e 7irou-se então$ e Rosa 7iu a e,pressão 9ec&ada nos o!&os pretos"

Eu não queria acord*-!a"

2




Subitamente$ e!a sentiu-se en7ergon&ada" u!a! esta7a 7estido num ternoimacu!ado$ enquanto$ sob o !enço!$ Rosa esta7a nua e 7u!ner*7e!" E!a pu,ou o pano maispara cima"

Eu não sabia que 7oc; ia traba!&ar tão cedo"

E!e deu de ombros"

.* coisas que eu preciso 9a8er"

O sorriso que Rosa esboçou 9oi 9orçado$ especia!mente quando e!e esta7a !&e9a!ando naque!e tom educado$ como se e!a 9osse a!gu)m que acabara de con&ecer numa9esta"

Certamente$ como c&e9e$ 7oc; não precisa começar a traba!&ar ao raiar do so! disse e!a$ o tom de 7o8 e,ageradamente a!egre"

1ão ) uma questão de precisar$ Rosa" (as eu ten&o di7ersos pro%etos emandamento que necessitam de min&a atenção" u!a! abotoou o pa!etG$ recon&ecendocomo as pa!a7ras de Rosa soa7am 9a!sas" E de repente percebeu que a !ua de me! &a7iaacabado[ acabara na noite anterior$ quando aque!es sentimentos sombrios o tin&am!e7ado para um !ugar que e!e não quisera ir" /uando a o!&ara e e,perimentara um ciMme!ouco pe!o %eito que Rosa 9!ertara com o 9ranc;s durante o %antar" Recordou-se das batidasdo!orosas do seu coração enquanto o!&a7a para um abismo que parecer descon9orta7e!mente 9ami!iar""" e u!a! precisara de toda sua energia para recobrar suac!are8a menta!"

Imaginou se Rosa estaria mais raciona!$ &o%e" Se e!a acordara e percebera que Arnaud 6ertrand a esti7era usando como um meio para tentar se apro,imar de!e" Estudouo corpo cur7i!:neo que esta7a de!ineado pe!o !enço! branco"

Então$ quais são seus p!anos para &o%e

#or um momento$ e!a &esitou$ porque sabia qua! seria a resposta mais aceit*7e!"#oderia 9ingir uma empo!gação sobre 7isitar uma ga!eria de artes ou recontar a sinopsede um 9i!me que pretendia 7er"

(as o comportamento de u!a! na noite anterior a assustara$ mostrando-!&e acrue!dade da qua! e!e era capa8$ se as coisas não 9ossem como e!e queria" #recisa7a seguardar contra suas prGprias emoçVes to!as""" aque!as que a 9a8iam pensar que u!a!

começara a gostar de!a" #orque isso não acontecera" Rosa não tin&a um !ugar especia!no coração de!e apenas porque a qu:mica se,ua! entre os dois era tão potente"

Era importante !embrar-se de outra coisa$ tamb)m""" a!go que e!a não ousaraadmitir at) agora" /ue se começasse a nutrir sentimentos por u!a!$ acabaria 9erida"Seriamente 9erida" No!taria a ser uma 7:tima$ o tipo de mu!&er para quem coisasaconteciam$ em 7e8 do tipo que 9a8ia acontecer" E u!a! não esta7a se descu!pando nestaman&ã$ di8endo que 9a!ara aque!as coisas impu!si7amente$ esta7a

Rosa !embrou-se do %eito que sua 9am:!ia a contro!ara durante todos aque!es anos e

enro!ou uma mec&a de cabe!o no dedo" Eu pensei em !igar para Arnaud"

>




Arnaud 6ertrand

E!e ) o Mnico Arnaud que con&eço" u!a! pde sentir a rai7a inundando- o$ masde a!guma maneira mante7e sua e,pressão neutra"

#ensei que 7oc; ti7esse decidido que essa não era uma boa ideia

Eu não me recordo de ter dito isso" Ta!7e8 não em tantas pa!a7ras" E!e tentou não o!&ar para os !indos seios que

não esta7am escondidos pe!o !enço!"

(as na !u8 9ria do dia ta!7e8 7oc; ten&a considerado como seria inadequado quea esposa de um s&ei' se e,ibisse na te!e7isão"

Eu não pretendia 9a8er nada que resu!tasse em m* reputação para seu nome$u!a!"

Sem po!e dance$ então

Isso ) in%usto"

Noc; ac&a Dese%a negar o passado$ ta!7e8

Rosa encontrou a acusação nos o!&os pretos e queria di8er para parar com aqui!o"#ara parar imediatamente$ antes que causasse danos irrepar*7eis no re!acionamentode!es" /ueria 7o!tar no tempo$ para a man&ã anterior$ quando as pa!a7ras de u!a! tin&amsido carin&osas$ não duras"

Noc; sabe por que eu dancei naque!a barra rep!icou e!a ca!mamente" Euesta7a b;bada e 9ugindo de uma situação imposs:7e!"

Então$ do que 7oc; est* 9ugindo desta 7e8$ Rosa

E!a podia sentir as batidas de seu coração$ enquanto agarra7a o !enço!"

1ão estou 9ugindo de coisa nen&uma" Estou apenas tentando descobrir queta!entos eu ten&o" /uero agarrar cada oportunidade que surgir no meu camin&o$ porqueestou ciente de que este casamento 7ai acabar" E quando nGs nos separarmos$ eu querosaber quem ) a 7erdadeira Rosa Corretti e do que e!a ) capa8" E!a o 9itou$ querendoque e!e entendesse" Re8ando para que e!e entendesse"

u!a! pegou um arqui7o de pap)is"

Então eu dese%o que 7oc; se%a 9e!i8"

Aque!as pa!a7ras soa7am como uma dispensa$ e Rosa enterrou as un&as naspa!mas quando e!e saiu do quarto sem ao menos !&e dar um bei%o de despedida"

De maneira desa9iante$ Rosa tomou um ban&o e se arrumou e$ embora sempre sesentisse mais magra de preto$ !embrou-se de ter !ido em a!gum !ugar que 7oc; nuncade7eria usar preto na 9rente da cWmera" Então$ e!a co!ocou um 7estido 7erde$ querea!ça7a os re9!e,os esmera!da em seus o!&os$ e depois de duas ,:caras de ca9) 9orte$!igou para Arnaud 6ertrand"

(adame recon&eceu e!e" /ue surpresa"

5




Rosa respirou 9undo$ imaginando se a o9erta de!e tin&a sido a!guma coisa semsigni9icado$ que 9a!ara sem pensar durante o %antar"

Noc; 9a!ou s)rio quando sugeriu o teste cinematogr*9ico

.ou7e uma pausa"

Z c!aro que eu 9a!ei s)rio" Noc; pode 7ir para um teste nesta tardeRosa pensou depois$ que se e!e ti7esse agendado o teste para a semana seguinte$

ta!7e8 nunca ti7esse ido"

Ta!7e8 por isso e!e ti7esse marcado para o mesmo dia" Tudo que Rosa sabia eraque$ mais tarde naque!e dia$ esta7a no estMdio de TN$ que 9ica7a situado na A7enue de !aYrande Arm)e" O pr)dio da7a 7ista para o Arco do Triun9o$ e Arnaud !&e dissera o panode 9undo icnico era 9requentemente contratado para emissoras estrangeiras"

Noc; não parece muito ner7osa obser7ou e!e$ os o!&os percorrendo seu7estido de seda 7erde"

Rosa deu um sorriso autom*tico" Meu marido no quer que eu esteja aqui, e!a te7e7ontade de di8er" Continuo pensando nele, em vez do motivo de estar aqui... e por issono estou nervosa" (as e!a 9orçou-se a reprimir a memGria do rosto de u!a! de suamente e dar um sorriso bri!&ante para o diretor"

Certamente$ ner7osismo na 9rente da cWmera ) uma coisa ruim"

C!aro que )" Arnaud sorriu de 7o!ta e condu8iu-a para dentro do estMdio$ ondeas !u8es produ8iam um ca!or tão 9orte quanto um so! tropica!" Noc; ) boa emimpro7iso

Rosa deu de ombros"

1ão ten&o ideia"

E!es a posicionaram na 9rente de uma te!a 7erde imensa e e,p!icaram que ore!atGrio meteoro!Ggico era uma das poucas coisas na te!e7isão que não requeria umte!eprompter" Disseram-!&e que #aris teria so! entre nu7ens durante o dia$ mas que&a7eria c&u7as iso!adas + noite" E então e!es pediram que dissesse isso em 9rente +scWmeras por >3 segundos$ sem um script"

E!a possu:a natura!idade para aqui!o" Ou pe!o menos$ 9oi o que e!es !&e 9a!aramdepois$ quando terminou o te,to" 1os M!timos segundos$ Rosa tin&a se 7irado para acWmera e dito@

]s 7e8es$ eu gostaria de estar de 7o!ta + Sic:!ia$ onde o so! sempre bri!&a"

E!a ou7ira risos no ponto e!etrnico$ e quando Arnaud &a7ia ido busc*-!a noestMdio$ esta7a sorrindo""" como se ti7esse acabado de 9a8er a!guma coisa muitointe!igente"

E!e !e7ou-a para tomar ca9) depois e disse que esti7era certo$ que rea!mentepossu:a aque!e je ne sais quoi que 9a8ia a cWmera ador*-!a" /ue isso era a!go raro na

te!e7isão" E!es não poderiam !&e o9erecer muito no momento$ mas ac&a7am que Rosaseria per9eita para um espaço no7oU di*rio$ !ogo depois do notici*rio da &ora do a!moço"

P




Rosa recebeu a not:cia com o entusiasmo que sabia que era esperado de!a$ masquando saiu do ca9) para 7o!tar + !imusine que a aguarda7a tudo que podia pensar eraem como contaria aqui!o para u!a!" E isso não era !oucura #orque esta era a c&ance deuma 7ida inteira""" e seu casamento não de7eria ser sobre !iberdade

E!a precisa7a começar a tomar o contro!e da situação" Esta7a !ega!mente

contratada para ser esposa de u!a! por mais de8 meses e não poderia passar essetempo sem 9a8er nada$ dese%ando que sentisse coisas por e!a que c!aramente não sentia"Se e!a não gostasse de a!guma coisa$ então precisa7a mud*-!a" E se não podia mudar u!a!$ precisa7a mudar a si mesma" 1ão de7eria mostrar ao seu marido que era poss:7e!7i7er em &armonia$ se ambos 9i8essem o es9orço

Rosa sentiu-se preenc&ida com um no7o senso de propGsito enquanto subia dee!e7ador para o apartamento$ e$ quando u!a! c&egou em casa$ esta7a esperando por e!eno terraço" Tin&a preparado o suco de romã 9a7orito de!e$ e e!e arqueou as sobrance!&asquando ergueu a %arra ge!ada"

/uer suco

Seria per9eito disse$ remo7endo o pa!etG e saindo no terraço" #ensara quec&egaria em casa para um c!ima pesado$ que Rosa estaria ma!-&umorada por ter desapro7ado a intenção de!a de !igar para 6ertrand" #arecia que esti7era errado$ poisnunca a 7ira mais re!a,ada"

Sentando-se numa das cadeiras$ u!a! obser7ou quando e!a se abai,ou para pr ge!o no copo$ seu o!&ar descansando na cur7a do traseiro per9eito e seu coraçãoace!erando quando !&e entregou o suco" O cabe!o de Rosa esta7a so!to$ como e!e

gosta7a$ e o 7estido 7erme!&o acentua7a a co!oração e,Gtica" 1ão apenas esta7a bonita$como tamb)m esta7a se comportando de uma maneira que !&e agrada7a$ sendo so!:cita"Isso signi9ica7a que e!a reconsiderara as dec!araçVes daque!a man&ã u!a! deu um go!edo suco e um suspiro de contentamento"

Eu de7o ap!audi-!a$ Rosa$ porque ) e,atamente assim que um &omem gosta deser recebido depois de um dia duro no traba!&o"

E!a esperou que pusesse o copo sobre a mesa$ antes de apro,imar-se e sentar-seno seu co!o"

E 7oc; te7e um bom dia

/uando 7oc; se senta no meu co!o$ sG me !embro de que o dia est* 9icandome!&or a cada minuto"

Rosa roçou os !*bios contra os de!e"

Nerdade

E!e não respondeu$ apenas ergueu uma mão para angu!ar a cabeça de!a$ de modoque pudesse bei%*-!a$ e Rosa 9oi imediatamente tomada pe!o dese%o 9ami!iar" Emo!durou orosto nas mãos$ sentindo a barba rec)m-crescida no ma,i!ar 9orte$ enquanto e!e

continua7a bei%ando-a" Então$ de sMbito$ u!a! terminou o bei%o$ a9astando-a um pouco$ demodo que pudesse 9itar-!&e os o!&os"

/ua! ) o prob!ema perguntou e!a"

Q




Noc; não quer 9a8er amor

Aqui

Rosa pensou na me!&or maneira de responder" At) agora$ u!a! tin&a sido odominante""" nada surpreendente$ considerando a 7asta e,peri;ncia de!e" (as e!a 9i8eraum curso intensi7o em se,o$ não 9i8era Certamente$ possu:a con&ecimento su9icientepara tomar a !iderança$ uma 7e8" Ta!7e8 9osse isso que e!e quisesse"

Z c!aro que aqui sussurrou e!a$ !e7ando uma das mãos at) o p;nis ri%o ecomeçando a massage*-!o atra7)s do tecido da ca!ça" Eu o quero agora" #osso!e7antar min&a saia e 7oc; des!i8a para dentro de mim" 1ingu)m precisa saber de nada"

As pa!a7ras e,p!:citas tanto o e,citaram quanto o c&ocaram$ e u!a! recon&eceuuma sMbita troca de poder entre e!es$ quando seu corpo respondeu instantaneamente aotoque de!a" #or um momento$ permitiu-se a 9antasia de aceitar aqui!o" De permitir que o7estido de Rosa escondesse o que esta7a acontecendo por bai,o" De abrir seu 8:per e

mergu!&ar no ca!or 9eminino" Capturando os pu!sos de!a para parar o mo7imento dosdedos de!gados$ e!e apro,imou o rosto do de Rosa"

Noc; não ac&a que podemos ser 7istos


Este terraço ) comp!etamente pri7ado"

Lugar nen&um ) comp!etamente pri7ado" .* !entes de !ongo a!cance e muitospr)dios ao redor$ os quais o9erecem pontos muito 7anta%osos" Os o!&os pretos a 9itaramcom ardor" A menos que 7oc; este%a e,citada pe!a ideia de que a!gu)m possa estar

nos assistindo Ta!7e8$ no 9undo$ 7oc; dese%a o tipo de notoriedade que 7em de ser aprimeira mu!&er 9otogra9ada 9a8endo se,o com o s&ei'

Rosa o encarou$ seu coração batendo do!orosamente no peito$ quando ou7iuaque!a acusação in%usta"

Z isso que 7oc; pensa sussurrou e!a" Z isso que 7oc; rea!mente pensa

Eu não sei o que pensar" Noc; ) uma cai,in&a de surpresas para mim$ Rosa"""surpresas que se tornam mais aparentes a cada dia" Eu não tin&a ideia$ por e,emp!o$ deque 7oc; era uma estre!a de te!e7isão 9rustrada"

6a!ançando a cabeça com indignação$ saiu do co!o de!e e 9oi andando para dentrodo apartamento$ mas !ogo percebeu que u!a! a seguira" #odia ou7i-!o apertando umbotão$ de modo que as persianas descessem si!enciosamente$ retirando todo o bri!&o ecor da sa!a" E!a 7irou-se$ 7endo a e,pressão no rosto de!e"

1ão 9aça isso disse Rosa$ o coração disparado"

1ão 9a8er o qu; questionou e!e" 1ão continuar o que 7oc; começou !*9ora$ apenas que sem a possibi!idade de ser 9otogra9ado por a!gum paparazzo? Eu penseique 9osse isso que 7oc; quisesse$ Rosa"

A perspecti7a de se,o$ quando esta7a 7isi7e!mente muito e,citado$ 9e8 o corpo deRosa tremer pe!o toque de!e$ mas o orgu!&o a 9e8 menear a cabeça com sMbita 9Mria"




1ão me trate como uma marionete sem c)rebro$ que não pode pensar por simesma"

As pa!a7ras de Rosa 9oram inesperadas$ e u!a! de!iberadamente in%etou um tomsedoso na 7o8@

(as eu estou agindo para seu bem

Com certe8a$ 7oc; pode 7er que não ) s*bio 9a8ermos se,o !* 9ora$ com o risco desermos 7istos pe!os paparazzi?

Sim$ eu posso 7er isso rep!icou e!a$ com impaci;ncia" (as &* maneirasmais dip!om*ticas de me di8er isso do que me 9a8er parecer uma prostituta que est*procurando notoriedade"

.ou7e uma pausa$ enquanto considera7a as pa!a7ras de!a$ antes que assentisse"

Sinto muito murmurou u!a!"

#or um momento$ Rosa pensou que ti7esse imaginado aqui!o" u!a! rea!mentese desculpara?

Noc; sente questionou e!a caute!osamente"

Z c!aro que eu sinto" u!a! suspirou" Noc; acaba de me dar o que 9oipro7a7e!mente a me!&or recepção que eu %* ti7e no retorno ao !ar"

#or um momento$ Rosa esta7a muito aba!ada para responder" #orque u!a! usarauma e,pressão emoti7a que poderia signi9icar tanta coisa$ especia!mente para a!gu)mcomo e!e" Retorno ao !ar" Nindo de um &omem cu%a pa8 no !ar tin&a sido destru:da pe!a

morte da mãe""" este não era o maior e!ogio que e!e %* !&e 9i8era Tudo bem respondeu Rosa$ mas esta7a tremendo de emoção"

Eu posso ser um cretino ingrato$ +s 7e8es admitiu e!e$ dando um passo +9rente e tomando-a nos braços" Ac&o que uma parte min&a ainda esta7a preocupadade que 7oc; !e7asse a s)rio a sugestão rid:cu!a de 6ertrand"

Rosa enri%eceu quando entendeu a 7erdade" #ensa7a que e!a mudara de ideia"/ue optara pe!o pape! da esposa obediente$ o pape! que ob7iamente espera7a quecumprisse" Rosa mordeu o !*bio" Então$ o que ia !&e di8er #oderia !igar para Arnaud naman&ã seguinte e 9a!ar que tin&a mudado de ideia$ garantindo assim &armonia no seucasamento" (as a que custo #ara que u!a! a dei,asse quando o ano acabasse$independentemente do que e!a 9i8esse

Noc; ac&a que 9oi uma sugestão rid:cu!a perguntou Rosa$ caute!osamente"

E!e sorriu"

In9e!i8mente$ 9oi" Eu sei como estas pessoas são$ Rosa" E!e quer se certi9icar deque eu !&e d; permissão para 9i!mar em Xa&rastan" #or isso esco!&eu ba%u!*-!a" #essoas9requentemente tentam a!cançar &omens poderosos atra7)s de suas esposas" Toda7ia$ se6ertrand ti7esse mais discernimento$ teria percebido que o comportamento de!e me irritou

e que eu desgosto de &omens ba%u!ando 7oc; dessa maneira"

K




#or um momento$ Rosa esta7a muito u!tra%ada para 9a!ar$ mesmo que esti7esseacostumada com aque!e tipo de atitude""" tendo crescido com seus irmãos" u!a! 9a!a7acomo se e!a 9osse um ca7a!o de corrida ou um carro so9isticado que outro &omem esta7acobiçando" E!a o encarou$ tentando impedir o tremor em sua 7o8"

Ac&a que essa 9oi a Mnica ra8ão pe!a qua! e!e mostrou interesse em mim para se

apro,imar de 7oc; 1ão a Mnica ra8ão" /ua!quer &omem com sangue nas 7eias iria querer se

apro,imar de 7oc; de uma 9orma tota!mente distinta"

Rosa assentiu"

Então$ 7oc; não apro7aria se eu 9i8esse um teste cinematogr*9ico para aparecer na te7; 9rancesa

E!e deu um sorriso c:nico"

O que 7oc; ac&a

Eu ac&o que ) me!&or 7oc; saber que eu 9i8 e,atamente isso"

E!e estreitou os o!&os quando e!a saiu de seus braços"

Do que 7oc; est* 9a!ando

Z muito simp!es$ u!a!" Eu 9ui ao estMdio nesta tarde e 9i8 um teste" E!esdisseram que eu sou muito 9otog;nica e então me deram um espaço na te7;"

E!es !&e deram um espaço repetiu e!e$ incr)du!o" 1a te!e7isão naciona!"

1a prGpria" Z um pequeno espaço""" c!aro" (as$ pe!o menos$ signi9ica que issonão 7ai tumu!tuar as nossas 7idas" E!a o!&ou para o bri!&o 9urioso nos o!&os pretos" E na prG,ima semana$ eu começo a apresentar a pre7isão do tempo no notici*rio da &orado a!moço"

#a%ítulo &&

A !u8 9orte esquenta7a seu rosto$ mas Rosa não se importa7a" O e,cesso de bri!&ono estMdio causa7a muito ca!or em a!guns dos outros presentes$ mas não ne!a" Esta7aacostumada ao so! 9orte da Sic:!ia$ então a!gumas !u8es da te!e7isão não iriam 9a8;-!asuar" Esboçou um sorriso amp!o$ enquanto termina7a o te,to$ a7isando oste!espectadores para se !embrarem de !e7ar um guarda-c&u7a se 7oc; não quiser quesua be!a roupa parisiense 9ique mo!&adaU"

J




Como sempre$ seu coment*rio 9ina! 9e8 a equipe sorrir$ assim como 9aria a naçãosorrir" 1o mundo instantaneamente acess:7e! da te!e7isão$ Rosa se tornara uma estre!a$a!go que nunca imaginara que pudesse acontecer"

Sua popu!aridade tin&a sido obtida atra7)s da imprensa$ durante um 7erãotranqui!o$ sem muitas not:cias" Ana!istas de %ornais &a7iam questionado #or que RosaU$

pois e!a não era uma esco!&a Gb7ia para ser uma imagem de repGrter bonita" A rançatin&a um mode!o para be!e8a$ e Rosa não se encai,a7a neste" Suas roupas eram decores e,Gticas e e!a usa7a 9!ores no cabe!o" De7eria ter sido in7is:7e! num !ugar ondemagre8a reina7a e mu!&eres adora7am seguir a moda" (as as pessoas gosta7am de!a".omens gosta7am de!a$ porque Rosa era o s:mbo!o da 9antasia proibida$ e suas esposasa admira7am porque não a percebiam como uma ameaça" Lo%as de departamento darança tin&am aumentado a demanda por roupas co!oridas" 0ma re7ista 9amosa at)mesmo incenti7ara suas !eitoras a %ogarem seus !i7ros de dieta 9ora e !igarem sua RosainteriorU"

Então$ 7iera a descoberta de que$ antes de casar-se com um dos &omens maispoderosos do mundo$ Rosa &a7ia sido uma Corretti""" e o caos se insta!ara" Subitamente$e!a se tornara ainda mais procurada" Outra emissora con7idou-a para reportar a pre7isãodo tempo em seu prestigioso programa de ca9) da man&ã$ mas e!a recusou$ porquequem$ em seu %u:8o per9eito$ queria acordar +s >& #edidos para entre7istas começarama c&o7er$ mas e!a disse para Arnaud recusar todos" Sabia que sua 9am:!ia en!ouqueceriase %orna!istas começassem a espreitar sua &istGria" E sabia que mais e,posição dei,ariau!a! ainda mais 8angado do que e!e %* esta7a"""

#or que 7oc; est* 9a8endo isso$ Rosa perguntara numa man&ã$ antes que

sa:sse para o traba!&o de modo tempestuoso" #erseguindo uma carreira inMti! comorepGrter meteoro!Ggico Contando +s pessoas o que e!as %* podem !er no ce!u!ar

Aque!as tin&am sido as e,atas pa!a7ras de!e" #a!a7ras que &a7iam pretendido 9erir e atingido seu ob%eti7o" Rosa engo!ira a m*goa que sentira" Se pe!o menos e!e ti7esse !&edado a!gumas miga!&as de e!ogio$ e!a poderia ter recusado a o9erta do espaço te!e7isi7ono c&* de se,ta-9eira$ a!)m do espaço regu!ar na &ora do a!moço" Se u!a! ti7esse !&e ditoque seu sotaque 9ranc;s era per9eito""" como todo o mundo di8ia""" ou que e!a conseguia9a8er com que mu!&eres que se sentiam ma! com o corpo se sentissem me!&or consigomesmas$ ta!7e8 Rosa ti7esse adiado sua no7a carreira para at) depois que o casamento

acabasse"(as u!a! não a e!ogia7a" E!e 9a8ia com que se sentisse sem o direito de 9a8er

qua!quer coisa com sua 7ida se isso inter9erisse na de!e"

Rosa c&egou em casa tarde numa se,ta-9eira$ apGs uma reunião com Arnaud$ equando entrou no apartamento u!a! a esta7a esperando" Os o!&os pretos a percorrerame se 9i,aram na 9!or em seu cabe!o$ e e!a 7iu um sorriso quase impercept:7e! cur7ar os!*bios de!e" A 9!or 9resca tornou-se sua marca registradaU e era pro7idenciada pe!o estMdioantes de cada apresentação do bo!etim meteoro!Ggico$ mas Rosa esquecera que esta7ausando a 9!or$ que agora de7ia estar murc&a"

Noc; est* atrasada obser7ou e!e$ causticamente" E seu rosto est* cobertode maquiagem"

K3




E!a tocou uma 9ace e seus dedos se manc&aram da cor da base"

Eu quis sair de !* o mais rapidamente poss:7e!" Rosa sorriu" #ara c&egar em casa$ para 7oc;"

(uita consideração de sua parte$ mas 7oc; esqueceu que nGs :amos sair nestanoite

Sair E!a o 9itou em con9usão$ então bateu a mão na boca$ &orrori8ada"

Coquete! na embai,ada O&$ u!a!$ eu esqueci comp!etamente" (as não ) tardedemais$ ) 1Gs ainda podemos ir"

Z tarde demais$ porque o s&ei' nunca est* atrasado retrucou e!e" Issoseria uma 9a!&a dip!om*tica imperdo*7e!"

Sinto muito"

Com 9rustração crescente$ u!a! estudou-a$ querendo bei%*-!a e censur*-!a ao

mesmo tempo" Rosa pensa7a que aque!a situação era aceit*7e! para e!e /ue e!e a!gumdia to!eraria ser consignado ao segundo !ugar na 7ida de!a

Ob7iamente$ 7oc; est* tendo di9icu!dade de me encai,ar na sua agendaocupada$ Rosa"

Isso não ) %usto" (eu traba!&o não tem impacto nen&um na sua 7ida" #or que7oc; não me !embrou de man&ã

#orque não ) min&a obrigação !embrar 7oc; u!a! sentia 9a!ta dos dias emque Rosa esti7era em casa$ esperando" /uando e!e abria a porta e e!a corria para seus

braços" Lembrou-se do %eito como e!es costuma7am se sentar no terraço e 7er o pr doso!$ antes que as !u8es da cidade gan&assem 7ida mais uma 7e8" Ac&a que eu nãoten&o mais nada para 9a8er$ a!)m de agir como seu secret*rio socia!

1ão$ u!a! respondeu$ com um suspiro cansado" Eu não ac&o isso"

Rosa 9oi tomar ban&o e remo7er a maquiagem e quando retornou pensou que o&umor de!e esti7esse me!&or" (as ta!7e8 porque e!a esta7a usando um 7estido de 7erãoque batia abai,o dos %oe!&os$ pde 7er o bri!&o instinti7o nos o!&os pretos quando u!a!pu,ou-a para seus braços e bei%ou-a" 0m bei%o !e7ou a outro$ a outro""" e se,o sempre9a8ia u!a! se sentir me!&or" 1o gera!$ 9a8ia o mesmo com Rosa$ mas &o%e e!a sentiu-se

estran&amente 7a8ia$ quando se anin&ou a e!e depois do ato de amor"O tempo esta7a mara7i!&oso naque!e 9im de semana""" o c)u a8u! sem nu7ens e o

so! bri!&ando numa das cidades mais !indas do mundo" E!es passaram a man&ã dos*bado num dos mercados de pu!ga$ seguido por um passeio a p) em 7o!ta do #a!*cio deTui!eries$ depois do a!moço" A maior parte do domingo 9oi passada na cama"

Isso não ) 9ant*stico murmurou u!a!$ traçando c:rcu!os preguiçosos noestmago de!a" E 7oc; não se sente 9ant*stica""" toda macia e sensua!

0m tremor a percorreu" Sim$ se,o com u!a! era sempre 9ant*stico" Rosa sabia que

sentiria 9a!ta disso$ quando o ano acabasse" #odia se imaginar a!gum dia sendo :ntima deoutro &omem assim 1unca #odia imaginar a 7ida sem u!a! 0ma triste8a a en7o!7eu$ ee!a anin&ou-se mais ao corpo poderoso"

K4




Noc; a!guma 7e8 pensa no que 7ai acontecer quando nGs disso!7ermos estecasamento questionou e!a"

#ara qu; disse u!a!$ mas a pergunta de!a destru:ra o c!ima$ e e!e a9astou-se" Tin&a aprendido a nunca pro%etar""" embora$ +s 7e8es$ 7isse as asas do 9uturo batendoameaçadoramente em sua 7isão peri9)rica" 1Gs tomamos uma decisão e 7amos

cumpri-!a" O que &* para pensar sobre issoRosa obser7ou quando e!e saiu da cama e 9oi para a porta$ retornando minutos

depois com dois copos de 7in&o" E!a pegou o seu e deu um go!e$ mas seus pensamentoscontinuaram perturbando-a" Dissera a si mesma$ desde o começo$ que não acredita7a emamor" /ue não esta7a procurando amor""" mas não era pecu!iar como$ +s 7e8es$ o amor parecia procurar 7oc; Como o amor podia en7o!7er seu coração sem que 7oc; se desseconta$ mesmo quando o &omem em questão era teimoso$ mandão e autocr*tico" Ra8ãonão parecia ter e9eito sobre suas emoçVes 7o!*teis$ e Rosa sabia por qu;"

E!a se apai,onara por seu marido$ embora essa 9osse a M!tima coisa que qua!quer um dos dois quisesse"

(ais nen&uma menção ao 9uturo 9oi 9eita$ o que signi9icou que na segunda-9eira deman&ã a atmos9era entre e!es esta7a serena" O %antar perdido na embai,ada 9oiesquecido$ e o bei%o de despedida que e!es comparti!&aram antes de u!a! sair para oescritGrio 9oi demorado"

Eu gostaria que 7oc; não precisasse ir traba!&ar murmurou e!a"

Eu tamb)m gostaria"

E!a roçou o corpo no de!e"

E prometo que eu não c&egarei tarde$ no7amente"

u!a! deu um sorriso estran&o$ antes de bei%*-!a uma M!tima 7e8"

Namos esperar que não"

Rosa 9oi para o estMdio$ mas quando a equipe começou a prepar*-!a para osegmento e!a ac&ou que e!es pareciam estran&amente ca!ados e s)rios" E depois$quando e!a entrou no camarim$ para remo7er a maquiagem$ &ou7e uma batida + porta"

Era Arnaud 6ertrand$ e Rosa 9icou surpresa$ porque gera!mente não ia ao camarim"

Noc; tem um minuto perguntou e!e$ sem graça" Eu preciso !&e 9a!ar"

a!e" E!a sorriu pe!o espe!&o" Aqui$ ou 7oc; pre9ere ir tomar um ca9)

1ão$ aqui est* bom E!e pareceu descon9ort*7e!$ en9iando as mãos nos bo!sosda ca!ça" Rosa$ não &* uma maneira 9*ci! de di8er isso$ mas nGs estamos tirando seuespaço na te7;"

E!a 7irou-se"

Como assim

Os c&e9es decidiram que não est* mais 9uncionando"E!a o 9itou em con9usão"

K2




(as"""eu não entendo" Noc; disse que todos esta7am adorando a apresentação"a!ou que não recebia tantos e-mai!s de 9ãs desde que Ho&nn< Depp deu aque!aentre7ista"

E!e não encontrou seus o!&os"

Lamento$ mas isso est* 9ora de min&as mãos"

Rosa 9ran8iu o cen&o$ seu coração começando a disparar no peito"

A!guma coisa aconteceu$ não 9oi

Arnaud pareceu ainda mais descon9ort*7e!"

1ada aconteceu"

Noc; não mente bem$ Arnaud" Rosa estreitou os o!&os" Isso tem a!gumacoisa a 7er com meu marido

Eu não posso"""

O&$ eu ac&o que 7oc; pode" Conte-me disse e!a$ então sua7i8ou o tom de7o8@ #or 9a7or"

.ou7e um momento de si!;ncio antes que e!e desse um suspiro resignado"

Tudo bem$ eu 7ou !&e contar""" mas 9in%a que 7oc; não soube atra7)s de mim Etem tudo a 7er com seu marido" E!e ameaçou impedir o document*rio se nGs nãopararmos""" de monopo!i8ar min&a esposaU"

Rosa tremeu ao pensar que qua!quer &omem pudesse ser tão mac&ista a ponto deencarar uma equipe te!e7isi7a e 9a!ar uma coisa dessas"

E 7oc; est* disposto a ceder questionou Rosa$ com 9er7or" Ceder +c&antagem$ apenas porque quer 9a8er um ma!dito document*rio sobre o pa:s de!e

Arnaud meneou a cabeça"

1ão ) apenas por causa do document*rio Z por tudo" Seu marido ) um &omempoderoso$ Rosa" 1ão somente em #aris$ mas em todos os !ugares" E não se 9a8 inimigoscomo e!e"

A percepção do que u!a! tin&a 9eito$ subitamente a atingiu$ e Rosa se sentiu

nauseada" Seu coração esta7a batendo de modo tão 9ren)tico que Arnaud percebeu$ ema!arme"

Mon dieu! Noc; est* muito p*!ida Sente-se$ e eu 7ou buscar *gua"

(as e!a ba!ançou a cabeça"

Eu não quero nada disse Rosa" (as isso não era 7erdade" /ueria recobrar sua &onra e seu orgu!&o$ e sG &a7ia uma maneira de 9a8er isso"

E!a manuseou sua agenda de endereços$ antes de sair do estMdio$ ignorando a!imusine o9icia! de u!a!$ que esta7a esperando por e!a$ como sempre" Rapidamente$

desceu uma das ruas !aterais e sentiu uma onda de triun9o por escapar do guarda-costas$antes de acessar os mapas em seu ce!u!ar" Seus passos eram !igeiros$ at) que$ seguindo

K>




o camin&o indicado pe!o mapa$ c&egou ao pr)dio ornado onde 9ica7a a compan&ia deu!a!"

#ercebeu que aque!a era a primeira 7e8 que entrara no pr)dio e notou o o!&ar assustado da recepcionista ao 7;-!a"

Eu sou Rosa anunciou e!a$ automaticamente$ sabendo como de7eria estar 7erme!&a e desa!in&ada depois da !onga camin&ada"

Noc; ) a esposa do s&ei'" A e,pressão de c&oque da recepcionistaintensi9icou-se" E eu a 7i na te!e7isão"

Onde e!e est* perguntou Rosa" Onde est* o s&ei'

E!e est* numa reunião$ e eu terei de"""

Onde e!e est* repetiu Rosa$ que então a7istou a escadaria do !ado opostodo saguão" u!a! estaria no topo do pr)dio$ porque pessoas poderosas sempre esco!&iamo a!to$ de modo que pudessem o!&ar de cima para o resto do mundo" E!a subiu a escadade dois em dois degraus$ at) que não ti7esse mais para onde ir$ e passou por outrarecepcionista que tin&a c!aramente sido a7isada que um prob!ema esta7a a camin&o" Amu!&er en7iou um o!&ar apa7orado para um con%unto de portas dup!as$ e isso in9ormou aRosa tudo que e!a precisa7a saber"

E!a abriu as portas para 7er uma mesa enorme$ rep!eta de &omens de terno aoredor" Todos o!&aram para cima quando apareceu" (as somente um &omem domina7a asa!a com sua presença poderosa" 0m &omem de o!&os pretos e pe!e bron8eada$ com ocomportamento de um guerreiro do deserto$ apesar da e!egWncia do terno ita!iano" E!eesta7a se !e7antando$ enquanto todos os &omens o o!&a7am$ antes de tamb)m se!e7antarem

Rosa disse numa 7o8 que e!a nunca o ou7ira usar antes" /ue pra8er inesperado"

Eu quero 9a!ar com 7oc;"

Isso não pode esperar perguntou" #orque$ como pode 7er$ eu estou nomeio de uma reunião"

1ão$ isso não pode esperar respondeu e!a$ ou7indo o grupo ar9ar em c&oque

e recon&ecendo que aque!as pessoas passa7am suas 7idas apa8iguando u!a! e dandoe,atamente o que e!e queria" E como isso podia ser bom para e!e #ortanto$ ou 7oc;se !i7ra de!es agora ou teremos uma p!ateia enquanto eu 9i8er a!gumas perguntaspertinentes

Ca7a!&eiros$ parece que nGs acabamos aqui murmurou u!a!$ mas Rosa 7iu oincon9und:7e! bri!&o de rai7a nos o!&os de!e"

E!es 9icaram em si!;ncio$ enquanto todos os &omens sa:am$ e depois que a porta9oi 9ec&ada u!a! a o!&ou com mais rai7a ainda"

Então$ 7oc; 7ai me dar uma e,p!icação para esta in7asão

Noc; 7ai" retorquiu e!a"

Eu não estou no &umor para c&aradas$ Rosa"

K5




1ão est* 6em$ eu serei mais direta$ então" E!a agarrou o espa!dar dacadeira para se 9irmar$ ciente de que sua 7o8 soa7a *spera" u!a! gesticu!ou para a %arrade *gua sobre a mesa$ mas e!a ba!ançou a cabeça 7igorosamente$ como se e!e esti7esse!&e o9erecendo 7eneno" Noc; ps um 9im nas min&as apresentaçVes meteoro!Ggicas

.ou7e um momento de si!;ncio"

Eu quero a 7erdade$ u!a!

E!e deu de ombros"

Eu não traba!&o na te!e7isão disse e!e" 1ão est* no meu poder 9a8er umacoisa assim

(as certamente est* no seu poder ameaçar retirar a permissão para a 9i!magemem Xa&rastan$ não est* E certamente est* em seu poder contar com o apoio de seusin7estidores$ se necess*rio" oi isso que 7oc; 9e8$ u!a!

E!e a o!&ou por um !ongo momento$ então assentiu$ como se ti7esse acabado detomar uma decisão"

Sim$ 9oi""" e quer saber por qu; #orque não ac&o que ) um crime para ummarido querer 7er mais a sua esposa" 0ma esposa que sG ) min&a por um ano #or queeu quereria comparti!&*-!a com mi!&Ves de espectadores e com as pessoas que !eemaque!as re7istas &orr:7eis

Então$ 7oc; simp!esmente inter9eriu e assumiu o contro!e Decidiu que$ porquenão gosta7a$ podia mudar isso" #orque$ embora se%a somente por um ano$ 7oc; não quer uma esposa rea!mente$ quer$ u!a! O que 7oc; quer ) uma boneca" 0ma boneca com

quem pode brincar quando !&e der 7ontade" A!gu)m que 7oc; pode 7estir$ despir e pr para dormir" A!gu)m de quem pode se separar pe!a man&ã$ sabendo e,atamente ondesua boneca este7e o dia inteiro$ porque um de seus guarda-costas a seguiu"

1aque!e momento$ um inter9one tocou na mesa$ e u!a! apertou um botão paraatender"

Sim """

Rosa recon&eceu o tom 9ren)tico do guarda-costas que tin&a sido designado asegui-!a &o%e"

C&e9e$ eu perdi a princesa" 1ão se preocupe$ eu a ac&ei"

Niu acusou e!a quando e!e des9e8 a cone,ão" Noc; 9a!a de mim como seeu 9osse uma boneca""" ou um pacote que sumiu"

Como min&a esposa$ 7oc; precisa de segurança" 1ão pode negar isso$ Rosa

Eu não estou aqui para 9a!ar sobre min&a segurança de7o!7eu e!a" Estouaqui para 9a!ar do 9ato de que 7oc; ps um 9im na min&a carreira na te7; e nem mesmote7e a cortesia de me a7isar

A boca de!e se contraiu"

Esse espaço na te!e7isão ) tão importante assim para 7oc;

KP




Rosa meneou a cabeça$ quando !*grimas inundaram seus o!&os"

Noc; não entende murmurou e!a" Eu abandonei uma 7ida porque pessoasespera7am que eu me comportasse de determinada maneira" Eu era contro!ada e recebiaordens a cada minuto do dia" E 7oc; est* 9a8endo e,atamente a mesma coisa #rometeu-me !iberdade e independ;ncia e est* me dando o oposto"

Noc; ter* !iberdade e independ;ncia quando o casamento acabar dec!aroue!e$ as mãos 9ec&adas em pun&o"

E ser* tarde demais$ então disse e!a com a 7o8 tr;mu!a" u!a!$ 7oc; est*di9icu!tando as coisas para mim" 1ão quer uma esposa com uma carreira$ mas tamb)mnão quer uma que se apro,ime o bastante para am*-!o" #ode 7er que eu estou num becosem sa:da$ aqui

E!e a 9itou e 9orta!eceu-se contra as !*grimas que 7iu nos o!&os bri!&antes de Rosa"Lembrou-se da noite da !ua de me! de!es$ quando e!a so!uçara contra seu peito nu e !&e

contara sobre a traição da mãe$ e e!e e,perimentara empatia" (as a intensidade daque!asemoçVes o 9i8era se sentir 7u!ner*7e! e u!a! não %urara que nunca mais se permitiria essetipo de sentimento Respirou 9undo$ enquanto o!&a7a para o cabe!o embaraçado e rostorubro de!a"

#odemos discutir isso mais tarde$ Rosa /uando 7oc; esti7er mais ca!ma eta!7e8 depois que ti7er tido a c&ance de pentear seu cabe!o

Rosa quase engasgou com 9rustração at) perceber que era e,atamente disso queprecisa7a""" ou7i-!o 9a!ar a 7erdade em toda sua bruta!idade" Saia da 7ida de u!a!$ disse asi mesma" Saia agora$ enquanto ainda pode""" antes que e!e 7e%a o quanto a 9eriu" E!a

suspirou" Eu gostaria daque!a *gua agora$ se 7oc; não se importa"

E!e ser7iu-!&e um copo"

Eu posso pedir ge!o$ se 7oc; quiser"

1ão$ obrigada" Rosa deu um go!e na *gua" Diga-me$ u!a!$ 7oc; sempreconsegue o que quer

Aque!as pa!a7ras o 9i8eram pensar no que as pessoas costuma7am di8er sobre e!eem Xa&rastan" " que #ulal quer #ulal consegue. (as nem sempre" 1ão na Mnica 7e8 querea!mente importara$ quando seu coração tin&a se partido em mi!&Ves de pedacin&os""" e

e!e não ia permitir que isso acontecesse de no7o"

Noc; est* 9a!ando em c&aradas$ no7amente"

Estou Toda7ia$ 7oc; ) um &omem muito inte!igente" Ten&o certe8a de queentende do que eu estou 9a!ando" (as não precisa se preocupar" A discussão acabou eestou indo embora"

E con7ersaremos mais sobre isso$ nesta noite"

Z c!aro que sim A mentira saiu 9aci!mente dos !*bios de Rosa$ assim comosa:ra dos de!e" #orque u!a! não pretendia tocar mais naque!e assunto" E!a sabia disso" Adecisão &a7ia sido tomada" A decisão de!e e e!e apenas espera7a que aceitasse esta$como uma boa menina" Rosa podia imaginar a cena que se desenro!aria naque!a noite" O

KQ




bei%o ardente$ en9ati8ado por toda a tensão$ e então a sessão de se,o poderosa obastante para a9astar todas as dM7idas da cabeça de!a" 6em$ não mais" #orque RosaCorretti esta7a cansada de ser manipu!ada" Iria começar a assumir o contro!e de sua 7ida" Agora"

O!&ou para cima$ mas sentiu como se seu rosto 9osse partir ao meio com o es9orço

que 9oi necess*rio para sorrir" At) mais tarde"

#a%ítulo &'

u!a! de7eria ter se sentido me!&or depois que Rosa partiu$ dei,ando-o so8in&o emseu 7asto escritGrio" Disse a si mesmo que e!a precisa7a entender que e!es &a7iam 9eitoum acordo e que não esta7a disposto a reneg*-!o" 1ão assinara um contrato por umaesposa que não estaria !* quando precisasse" At) que !embrou que não precisa7a deningu)m$ porque precisar era perigoso" Torna7a 7oc; dependente e 9raco"

u!a! pu,ou uma pi!&a de pap)is na sua direção e começou a !;-!os mas a tardedemorou a passar" Sabia que poderia ter sa:do do escritGrio na &ora que quisesse$ masnão queria ir para casa" #or que ir para casa$ encontrar uma mu!&er que não o aprecia7a

" que #ulal queria #ulal conseguia.

As pa!a7ras se repetiam de 9orma irritante em sua cabeça$ a qua! começa7a apu!sar no momento em que e!e pegou o e!e7ador para o apartamento" /uando a porta seabriu$ perguntou-se qua! era a me!&or maneira de !idar com o que acontecera mais cedo"#oderia di8er a Rosa que não to!eraria uma repetição de uma cena tão &ist)rica$ mas issonão a tornaria teimosa 1ão pro7ocaria uma discussão que se estenderia ao !ongo da

noite$ quando &a7ia coisas muito me!&ores para 9a8er do que discutirE e!e %* 7encera$ não 7encera 1ão &a7eria mais coquet)is perdidos$ nem e!es

seriam mais perturbados por te!e9onemas de 6ertrand" Seus co!egas de traba!&o não !&ediriam mais que suas esposas tin&am 7isto uma 9oto da esposa de!e numa re7ista"

O apartamento esta7a estran&amente si!encioso$ e u!a! atra7essou a sa!a de estar para 7er se Rosa esta7a no terraço" (as as portas 9rancesas esta7am 9ec&adas$ e não&a7ia sina! de!a$ com um sorriso apo!og)tico nos !*bios$ enquanto anda7a para e!e numde seus 7estidos 7ibrantes"

Rosa A pa!a7ra ecoou nos 7astos cmodos$ como um grito num tMne!" Rosa c&amou mais uma 7e8$ mas não &ou7e resposta"

K




Disse a si mesmo que e!a de7ia ter ido dar uma 7o!ta" (as Rosa não 9a8ia isso$pois para onde iria As ga!erias esta7am 9ec&adas$ e e!a não precisa7a rea!i8ar as tare9asque as mu!&eres norma!mente rea!i8a7am tais como 9a8er supermercado$ co8in&ar ou!impar" Rosa era uma princesa e por isso precisa7a se comportar como uma princesa"

E!e esta7a prestes a te!e9onar quando passou pe!a sa!a de %antar e 7iu um en7e!ope

cor de creme sobre a mesa$ e seu coração parou de bater por um segundo" 1o momentoem que se apro,imou e o pegou$ notou que seus dedos não esta7am 9irmes"

Aque!a era a primeira 7e8 que Rosa !&e escre7era e$ %u!gando pe!o tom$ e!apretendia que 9osse a M!tima"

u!a!U$ di8ia" 1ão querido u!a!U ou qua!quer dos outros termos doces quesussurra7a quando e!e esta7a dentro de seu corpo""" mas apenas seu nome$ puro e sememoção$ e,atamente como as pa!a7ras que o seguiam@

$magino que %icar& contente ao descobrir que %ui embora, especialmente depois

daquela cena in%eliz no seu escrit'rio, hoje. (esculpe)me se envergonhei voc* na %rentede seus colegas, mas %ique tranquilo, isso no acontecer& novamente, porque estou partindo e acho que concordar& que + melhor assim.

ma vez que no honrarei o contrato do nosso casamento, voc* pode rasgar oacordo pr+)nupcial. -udo que estou levando + meu vestido e an+is de casamento, osquais voc* %alou que eram meus. u provavelmente os venderei para pagar algumaluguel, antes de procurar emprego. um dia, quem sabe, eu seja capaz de pagar voc*de volta.

"brigada por tudo que voc* me ensinou, que acabou sendo sobre muito mais do

que somente se/o.

spero que voc* encontre a %elicidade, e lhe desejo tudo de bom.

0ua sempre,

Rosa.

1ão u!a! sentiu uma dor di!acerante$ enquanto amassa7a o pape! na mão e %oga7a-o sobre a mesa$ antes de tirar seu ce!u!ar do bo!so"

Ligou para o nMmero de!a$ não surpreso quando caiu direto na cai,a posta!" E!e

dei,ou dois recados antes de dar outro grito de rai7a$ tentado a %ogar o ma!dito te!e9onecontra a parede" Lembrou-se de Rosa !&e contando que 9i8era e,atamente aqui!o quando9ugira da Sic:!ia$ querendo cortar toda comunicação com a 9am:!ia" E agora$ esta7a9ugindo de!e" E u!a! não podia cu!par ningu)m$ e,ceto a si mesmo" Con7encera-se deque era 9orte e destemido$ mas ti7era tanto medo de !idar com suas emoçVes queconstru:ra uma parede ao redor de!as" #ermitira que uma trag)dia no seu passadodestru:sse qua!quer possibi!idade de 9uturo e a9astara a mu!&er que ama7a"

0ma onda de dor o atingiu" 0ma dor muito intensa$ como uma mão se 9ec&ando aoredor de seu coração" Onde e!a esta7a

E!e !igou para o c&e9e de seus guarda-costas" Eu quero que 7oc; ac&e uma pessoa para mim

KK




/ua!quer pessoa$ c&e9e" /uem

.ou7e uma pausa$ enquanto u!a! con9ronta7a seu prGprio orgu!&o e abria mãodeste" /uem se importa7a se seus guarda-costas descobrissem que sua esposa oabandonara /uem se importa7a com qua!quer coisa$ e,ceto com tra8er Rosa de 7o!ta

(in&a esposa"

A princesa 9oi embora perguntou o guarda-costas$ em surpresa"

Sim$ a princesa 9oi embora e,c!amou u!a!" #orque seus &omens nãoesta7am 9a8endo o traba!&o direito" E!es a dei,aram escapar do estMdio sem ser 7ista$ eagora e!a conseguiu 9ugir de todo o mundo" E se 7oc; tem amor prGprio$ descubra ondee!a est* em at) dois dias"

E!es 9i8eram me!&or do que isso""" tin&am !oca!i8ado Rosa na tarde seguinte$ eu!a! 9icou atnito ao descobrir que 7oara de 7o!ta para Sic:!ia"

Sic:!ia

E!a !&e dissera que nunca 7o!taria para !* /ue nunca mais se en7o!7eria com a9am:!ia dis9unciona!"

Est* na casa da 9am:!ia

1ão$ c&e9e" So8in&a numa casa de praia$ ao !este da i!&a"

u!a! assentiu"

#repare o a7ião"

/uando o a7ião aterrissou$ di7ersas &oras depois$ ocorreu-!&e que ta!7e8 apoderosa 9am:!ia de Rosa pudesse tentar impedi-!o de entrar no pa:s$ mas esta7a errado"Tamb)m !&e ocorreu que ta!7e8 de7esse esperar at) a man&ã seguinte para 7;-!a$ porqueo so! %* esta7a bai,ando no c)u quando o carro que o aguarda7a saiu do aeroporto" (aspe!a primeira 7e8 na 7ida não pde suportar o pensamento de esperar"

ina!mente$ o carro parou e o motorista apontou para uma casa de praia so!it*ria$ adistWncia$ ma! 7is:7e! atra7)s das *r7ores e arbustos" ica7a !oca!i8ada em parte de umareser7a natura! e não era qua!quer carro que passaria pe!o camin&o estreito e certamentea !imusine não tin&a c&ance"

E!e !iberou o motorista$ assim como o carro que contin&a os guarda-costas$dispensando os protestos de!es com um mo7imento imp!ac*7e! da mão"

Eu não quero ningu)m mais aqui disse com 9erocidade" Agora 7ão"

(as$ c&e9e"""

Não

E!e esperou que os 7e:cu!os poderosos partissem$ para se certi9icar de que tin&am!&e obedecido" 1u7ens de poeira subiram no ar$ enquanto os dois carros se torna7ampequenos pontos pretos a distWncia" E subitamente u!a! sentiu uma esp)cie de

!ibertação" a8ia muito tempo$ percebeu$ que não ia a !ugar nen&um sem pe!o menos umde seus guarda-costas$ que 9a8iam parte de sua 7ida desde que podia !embrar"

KJ




#e!a primeira 7e8$ permitiu-se o!&ar propriamente para suas redonde8as$respirando 9undo e sentindo o c&eiro de !imão e de pin&o" #odia ou7ir o canto das cigarrasecoando nas montan&as" A 7egetação era surpreendentemente 7erde$ com 9!oressa!picadas aqui e a!i e$ + distWncia$ o a8u! do mar era 7is:7e!" O!&ou para seus p)s ea!gum instinto o 9e8 tirar seus sapatos e carreg*-!os"

A areia esta7a morna sob seus p)s$ e$ enquanto anda7a ao !ongo do camin&oestreito$ u!a! te7e aque!a sensação de !iberdade$ no7amente" Seria porque$ pe!a primeira7e8 na 7ida$ esta7a seguindo seu coração #orque$ neste momento$ não era maispr:ncipe e s&ei'$ mas um &omem comum indo 9a8er as pa8es com sua mu!&er

A casa de praia + 9rente era modesta$ com uma 7aranda !arga com 7ista para omar" A be!e8a esta7a em sua posição""" a 7ista inigua!*7e! e a so!idão""" e de repente$ u!a!perguntou-se o que ia 9a8er se Rosa não esti7esse !*" Como e!a reagiria se 7o!tasse maistarde e o encontrasse esperando-a E!a c&amaria a 9am:!ia Corretti$ a!egando que omarido esta7a seguindo-a contra a 7ontade de!a

E!e não se importa7a" Os Corretti que 7iessem" u!a! não ia a !ugar nen&um at)que 9itasse os o!&os de Rosa e !&e dissesse o que precisa7a ou7ir"

E!e mo7eu-se si!enciosamente$ pois no 9undo era uma criança do deserto queaprendera como se misturar com qua!quer paisagem que &abitasse" #ensou que a Sic:!iaera tão !inda quanto ou7ira 9a!ar e que gostaria de e,p!or*-!a um dia" E então$ e!e a 7iu eparou$ 9icando tota!mente imG7e!"

Sentada nos 9undos da 7aranda$ e!a esta7a sombreada por um pin&eiro$ mas usa7aum c&ap)u de so! como uma precaução e,tra" O c&ap)u parecia no7o e era de pa!&a$

en9eitado com 9!ores de seda cor-de-rosa$ que combina7am com o 7estido de 7erão" u!a!sentiu um nG se 9ormando em sua garganta enquanto a obser7a7a o!&ando intensamentepara o mar"

Rosa murmurou$ bai,in&o"

#or um momento$ Rosa não se mo7eu$ di8endo a si mesma que era uma daque!as9antasias de ado!escente$ quando o ob%eto de sua a9eição subitamente surgia na sua9rente$ por mais impro7*7e! que o cen*rio 9osse"

Rosa repetiu a 7o8"

Lentamente$ e!a 7irou a cabeça$ e sua respiração 9icou presa na garganta" #odiaou7ir as batidas ace!eradas de seu coração$ quando e!e ergueu ambas as mãos$ como seesti7esse se rendendo"

Eu não quis assust*-!a disse e!e"

6em$ 7oc; me assustou" E!e parecia um deus escu!pido$ que acabara de ser p!antado na paisagem sici!iana$ usando ca!ça de !in&o e uma camisa de seda c!ara""" asmangas enro!adas para re7e!ar braços 9ortes e bron8eados" Con9orme u!a! se apro,imoue!a notou que esta7a desca!ço" u!a! andando desca!ço em pMb!ico E!a o!&ou para apaisagem atr*s" E onde esta7am os guarda-costas de!e

J3




1ão importa7a" Tais perguntas eram irre!e7antes$ porque e!e não 9a8ia mais partede sua 7ida" Rosa 9ugira de!e e do comportamento contro!ador" 1ada tin&a mudado" E!a odei,ara e esta7a começando uma no7a 7ida" 1ão ia ser 9*ci!$ porque ainda o ama7a"

u!a! esta7a mais perto agora" Esta7a descendo os degraus da 7aranda$ e Rosasabia que tin&a de mand*-!o embora$ mas naque!e momento descobriu que sua

curiosidade era maior do que seu senso de autopreser7ação" O que 7oc; est* 9a8endo aqui questionou$ tentando in%etar a quantidade

certa de sarcasmo na 7o8" 1ão$ não me diga" Noc; 7eio tentar !e7ar sua bonequin&a de7o!ta para #aris" Z &ora de pentear o cabe!o de!a e co!oc*-!a em sua cai,a bri!&ante

u!a! estudou-a$ !endo a m*goa e a rai7a nas bonitas 9eiçVes$ enquanto pensa7aem todas as coisas que poderia di8er para persuadi-!a a 7o!tar para #aris com e!e" Coisasque e!a pro7a7e!mente não acreditaria""" e quem poderia cu!p*-!a E u!a! não sabia por onde começar$ porque isso tudo era muito no7o para e!e" ec&ou a mão$ enquanto todosseus sentimentos reprimidos demanda7am ser !ibertados$ mas o &*bito o 9e8 querer resistir" Ora$ por que não resistiria .a7ia uma ra8ão pe!a qua! e!e trancara todas suasemoçVes" Se 7oc; não se permitisse sentir coisas$ então não poderia se mac&ucar"

(as de sMbito$ aqui!o não esta7a mais 9uncionando" /ua!quer coisa que o ti7esseprotegido no passado esta7a 9racassando em proteg;-!o agora$ porque a dor emociona!era muito rea!" E!e atra7essou o terraço e sentou-se ao !ado de!a$ sentindo-a enri%ecer" ApGs um momento de si!;ncio$ admitiu@

Eu sinto a sua 9a!ta"

Rosa meneou a cabeça"

1ão$ 7oc; não sente" Apenas pensa que sente" Z porque eu 9ui embora e 9eriseu orgu!&o" Noc; 7ai superar isso"

1ão$ não 7ou negou e!e" 1ão ac&o que eu poderia superar isso$ nem quequisesse" E eu não quero" Apenas quero 7oc; de 7o!ta na min&a 7ida$ porque eu a amo$Rosa" As pa!a7ras soaram o9egantes$ e sua 7o8 esta7a tremendo de emoção quandoterminou a dec!aração" Eu a amo de um %eito que nunca pensei que pudesse amar a!gu)m$ e esta ) a 7erdade"

Rosa sentiu um nG se 9ormando em sua garganta e o gosto traidor do sa! em sua

boca$ mas não ia c&orar" E não ia ou7ir as pa!a7ras 7a8ias de u!a!$ tamb)m" E!e podia ter poder socia! e econmico$ que 7in&am de seu t:tu!o da rea!e8a""" mas Rosa tamb)m tin&apoder" Tin&a o poder de 7i7er sua 7ida como quisesse" Sem dor e sem um coraçãodespedaçado" E!a meneou a cabeça"

Z tarde demais$ u!a!"

1ão 1a escuridão crescente$ a pa!a7ra pareceu ecoar no ar parado daSic:!ia" 1ão me diga que nGs não temos uma segunda c&ance$ quando 9i8emos tudoerrado" E eu recon&eço que me comportei como um to!o" Noc; disse$ no meu escritGrio$que queria me amar$ mas que eu não !&e permitia se apro,imar o bastante" Estou

permitindo agora" E est* di8endo que seus sentimentos por mim mudaram$ Rosa /ue7inte e quatro &oras a!teraram a situação tão radica!mente

J4




E!a tentou não ser a9etada pe!a e,pressão de so9rimento no rosto de u!a!$ mas 9oia coisa mais di9:ci! que %* ti7era de 9a8er" #orque ) c!aro que não dei,ara de am*-!o" Amor não era a!go que 7oc; podia simp!esmente des!igar$ como um botão" E!a queria tom*-!onos braços e anin&*-!o" /ueria perder seu coração na doçura do bei%o de!e$ mas que bemisso !&e 9aria u!a! apenas queria 7encer em tudo$ e era por isso que a queria de 7o!ta"

Eu não sou o tipo de mu!&er que 7oc; precisa$ u!a! murmurou e!a" Noc;precisa de a!gu)m que possa dominar" 0ma mu!&er que 9aça e,atamente o que 7oc; quer que e!a 9aça$ e que não se importe com isso" Eu não posso 7i7er sendo contro!ada" 1ãomais"

O corpo de u!a! 9icou tenso"

Noc; pode ter seu espaço na te!e7isão de 7o!ta

1ão rustrada$ Rosa ba!ançou as mãos no ar" Noc; não entende Issonão tem nada a 7er com meu espaço na te7;"

(as não 9oi por isso que 7oc; partiu

E!a o o!&ou"

Isso 9oi a gota d*gua" (as o que rea!mente me !e7ou a partir 9oi a desigua!dadeno nosso re!acionamento" Eu não quero 7i7er com ningu)m que não me permita 9a8er a!guma coisa""" de modo que$ somente quando eu insistir muito$ e!e mudar* de ideia e medar* sua permissão" Eu sou adu!ta$ u!a!" 1ão preciso da permissão de ningu)m para9a8er o que quero" 1em da sua$ nem da min&a 9am:!ia" H* 7i7i esta e,peri;ncia por muitosanos e não a quero mais"

E!e 7iu a 9erocidade no semb!ante de Rosa" #or que 7oc; 7o!tou para a Sic:!ia

/uando me disse que nunca retornaria

.ou7e um momento de si!;ncio$ enquanto Rosa re9!etia sobre a pergunta"

#orque eu pensei numa coisa que 7oc; 9a!ou e percebi que esta7a certo" /ue eunão tin&a o direito de tentar consertar 7oc;$ quando min&a prGpria 7ida esta7a tão ma!reso!7ida disse" Eu precisa7a 9a!ar com meus irmãos e com min&a mãe"#rincipa!mente com min&a mãe" #recisa7a ou7ir o !ado de!a da &istGria$ saber o que a 9e8

trair meu pai com o irmão de!e$ e então perdoar" #orque ) a 7ida de!a$ não a min&a" E o que sua mãe disse

Eu irei encontr*-!a para o ca9) da man&ã$ aman&ã" Rosa quase 9a!ou$ Depoiseu !&e contoU$ at) que percebeu que e!e não estaria mais !* aman&ã" E!a o queria !ongeda!i" #recisa7a que e!e 9osse embora de !*"

u!a! 7iu a no7a tensão no rosto de!a e seu coração apertou"

Eu !amento o que 7oc; passou com sua 9am:!ia$ Rosa"

Sim$ eu sei murmurou e!a" E essa 9oi uma das primeiras coisas que euamei em 7oc;$ desa9iar todas as min&as e,pectati7as" /ue$ uma 7e8 superado o c&oquecom a &istGria de meus pais$ 7oc; me deu apoio" E eu 9ui muito grata por isso$ u!a!"

J2




#ensei que 7oc; 9osse me %u!gar$ mas não aconteceu" Então$ quando se abriu comigo nanoite do nosso casamento$ eu senti esperança sobre o 9uturo" Acreditei que duas pessoasque tin&am sido 9eridas pudessem encontrar con9orto e conso!o uma na outra" (as então$7oc; se 9ec&ou""" e$ apesar dos momentos de pai,ão e ami8ade que continuamos acomparti!&ar$ era como se 7oc; quisesse me manter emociona!mente distante"

E eu queria con9irmou e!e$ as pa!a7ras de Rosa !ibertando um enigma queu!a! nunca tin&a entendido$ at) agora" Ac&o que eu esta7a apa7orado de meapro,imar muito de a!gu)m #arecia um risco muito grande" Noc; entende isso$ Rosa

E!a assentiu ao ou7ir a incerte8a na 7o8 de!e$ e subitamente$ seu &omem de açoparecia sua7e e 7u!ner*7e!$ como7endo-a"

Z c!aro que eu entendo" Sua mãe 9oi tirada de 7oc; de um %eito que o dei,oudespedaçado" #ior ainda$ 9oi que 7oc; se cu!pou" Ainda se cu!pa"

Noc; sabe por que eu me cu!po" Sabe o que aconteceu aque!e dia"

(as 7oc; nem sequer tem certe8a dos 9atos$ u!a!" Recusou-se a 7er oresu!tado da autGpsia ou a 9a!ar com os m)dicos" E!a o 7iu se enco!&er$ mas sabia quetin&a de continuar" #orque$ embora u!a! não 9osse mais um garotin&o trancado numpesade!o de cu!pa e perda$ era um &omem que ainda so9ria como consequ;ncia daque!edia e continuaria so9rendo a menos que con9rontasse a 7erdade" Eu ac&o que 7oc;de7eria 7o!tar a Xa&rastan e descobrir a 7erdade" Noc; me contou que sua mãe esta7aso9rendo de dores de cabeça antes do piquenique" 6em$ ta!7e8 a queda ten&a sidoresu!tado disso" Ta!7e8 e!a ti7esse morrido$ de qua!quer maneira""" ou ta!7e8 não" Noc;precisa saber$ u!a!" 1ão pode continuar 7i7endo rep!eto de cu!pa$ como tamb)m não

pode 7i7er e7itando riscos$ apenas porque ) mais seguro assim"E!e engo!iu em seco$ !utando para !idar com os sentimentos no7os e muito

poderosos$ que começa7am a emergir" E imaginou se rea!mente era tarde demais"

Eu irei disse e!e" E en9rentarei qua!quer 7erdade que me espera !*""" masantes que eu 7*$ &* a!go que 7oc; precisa saber" 0ma coisa que eu nunca !&e conteiantes$ mas que de7eria ter contado" u!a! pausou$ 9itando-!&e os !*bios entreabertos" A primeira 7e8 que eu a 7i$ 7oc; 9a!ou a!guma coisa dentro do meu coração" Euencontrei seus o!&os do outro !ado da boate !otada$ não imaginando que esta7a prestes acon&ecer uma mu!&er que mudaria min&a 7ida"

u!a!"""

E ) por isso que eu estou !&e pedindo com toda sinceridade""" podemos$ por 9a7or$ tentar no7amente #orque eu a amo$ Rosa$ e quero ser um marido de 7erdade para7oc;""" em todos os sentidos da pa!a7ra"

E!a esta7a engo!indo 9reneticamente$ mas não adiantou$ porque as !*grimasacumu!adas em seus o!&os começaram a escorrer por suas 9aces" E 7iu$ pe!a e,pressãode u!a!$ que e!e esta7a prestes a interpretar erroneamente aque!as !*grimas" Então Rosaparou de !utar contra seus prGprios sentimentos" Cedeu ao que 7in&a dese%ando 9a8er o

tempo inteiro e se %ogou em seu pescoço$ pressionando os !*bios nos de!e"

J>




Sim sussurrou e!a contra a boca de!e" Sim em todas as !:nguas que eu9a!o""" e nas que 7oc; 9a!a tamb)m$ as quais preciso aprender" Sim$ porque eu tamb)m oamo""" apesar de ter tentado me con7encer de que esta7a !ouca por am*-!o" (as nãopude e7itar$ por mais que eu tentasse" E quero passar o resto de min&a 7ida amando-o$mas apenas se 7oc; me prometer nunca mais me trancar para 9ora de seu coração"

Eu prometo dec!arou u!a! com 7eem;ncia" Agora$ 7oc; pode me bei%ar direito antes que eu en!ouqueça

Os !*bios de Rosa esta7am pressionados na boca de u!a! antes que e!eterminasse a 9rase$ mas o bei%o 9oi muito di9erente" oi como uma dec!aração""" como see!es esti7essem se!ando uma mudança de 7ida" E ta!7e8 esti7essem" E!a sorriu aoentender o segredo me!&or guardado do mundo$ quando e!e se !e7antou e ergueu-a nosbraços$ antes de carreg*-!a para dentro da pequena casa de madeira"

Todo o mundo sempre não disse que o 7erdadeiro amor tin&a o poder detrans9ormar

Ep:!ogo

O pa!*cio A!-Dimas&qi bri!&a7a na !u8 do 9im da tarde$ erguendo-se na paisagemmagn:9ica$ como um caste!o de conto de 9adas" A distWncia$ Rosa espiou pe!a %ane!a docarro com uma e,citação crescente" .* muito tempo$ 7in&a dese%ando con&ecer o reinadodeserto de Xa&rastan$ e agora o momento 9ina!mente c&egara" #odia 7er as torres e obri!&o da *gua entre os %ardins de rosas e suspirou em antecipação"

u!a! apertou-!&e a mão"

1er7osa perguntou"

0m pouco" E!a 7irou-se para o!&*-!o" Ten&o medo de que seu irmão não

goste de mim O que &* para não gostar Os o!&os pretos eram sua7es quando a

estudaram Noc; ) a mu!&er que domou o s&ei' imp!ac*7e!" A be!e8a sici!iana que meupo7o est* ansioso para con&ecer" E!e !e7ou a mão de!a aos !*bios e bei%ou-a" E amu!&er que capturou meu coração comp!etamente"

6em$ quando 7oc; co!oca dessa maneira" Rosa roçou-!&e os !*bios com osdedos$ mas suas prG,imas pa!a7ras 9oram &esitantes@ E como 7oc; se sente sobre7o!tar$ u!a!

u!a! 9icou si!encioso por um momento$ enquanto considera7a a pergunta" Esta erasua segunda 7iagem a Xa&rastan em muitos meses" 1a primeira$ 9ora so8in&o e por necessidade$ não por pra8er" Tin&a ido ao &ospita! para onde sua mãe &a7ia sido !e7ada

J5




apGs a queda" Então$ 9orçara-se a !er todos os registros$ antes de 9a!ar com o m)dico-c&e9e$ que era muito ine,periente na )poca"

Ni7idamente$ u!a! se !embrara de ter 7oado de 7o!ta para #aris" Lembra7a-se dae,pressão esperançosa no rosto de Rosa e de como se tornara caute!osa quando e!e !&econtara que os e,ames tin&am sido inconc!usi7os" /ue e!e ainda não sabia se a morte de

sua mãe 9ora causada pe!a queda ou por a!guma condição pr)-e,istente" (as tudo bem$e!e !&e dissera" E esta7a tudo bem" O passado acontecera$ e não &a7ia nada quepudesse 9a8er para mud*-!o" Tudo que e!e possu:a era o presente""" o presente g!orioso$com sua esposa adorada$ que !&e ensinara tanto"

Eu sinto a!egria disse u!a!$ simp!esmente" E gratidão" #orque$encontrando 7oc;$ eu pude me encontrar e aprender a 7i7er de um %eito que nuncaimaginei ser poss:7e!" E estou ansioso pe!as ce!ebraçVes"

Eu tamb)m murmurou Rosa" Embora eu ten&a tido min&as reser7as sobrea !ista de con7idados"

6em$ não ten&a" Eu pro:bo isso" E não sei por que 7oc; est* rindo assim$Rosa""" porque eu pro:bo

E!e apertou a mão ao redor da sua" E!es esta7am em Xa&rastan porque o rei queriadar uma grande 9esta para o irmão e sua esposa sici!iana" A e, noi7a de u!a!$ A<es&a$estaria !*$ com o nobre toscano com quem e!a""" surpreendendo a todos""" casara-sedepois que u!a! a !ibertaraU do noi7ado de!es" E!e sorriu" Como a 7ida podia ser sempresurpreendente A 9am:!ia de Rosa tamb)m &a7ia sido con7idada$ e a maioria de!es ia".a7eria$ sem dM7ida$ atrito$ embora$ ta!7e8$ as redonde8as ma%estosas do pa!*cio A!-

Dimas&qi in%etassem um pouco de ca!ma na nature8a$ +s 7e8es$ um pouco e,uberantedemais do c!ã Corretti"

E se isso não acontecesse Se &ou7esse cenas baru!&entas e !*grimas erompimentos e reconci!iaçVes E da: /ue acontecesse o que ti7esse de acontecer" u!a!aprendera que &a7ia muitas coisas na 7ida que não podia contro!ar" Aprendera que correr um risco era$ +s 7e8es$ tão necess*rio quanto respirar" Tocou a coroa bri!&ante no cabe!oescuro de sua esposa e sorriu$ enquanto se inc!ina7a para bei%*-!a"

E aprendera que amor era a coisa mais necess*ria de todas"

JP




E0TRE1ISTA

S 2ASTIDRES DE OS CORRE**I DA SIC23IA!om S#aron $endri!%

3 um mun4o tão gran4e %ara se 5riar6 uma 4inastia si5iliana inteira7 1o58 5onversouso9re algumas %artes 5om as outras autorasMinha hist'ria 1que tem um shei2 incrivelmente se/3!4 se desenrola em 5aris e no sul da6ran7a, ento meus her'is no passam muito tempo na 0ic8lia. (e qualquer %orma, antesda minha hist'ria come7ar, Rosa 1minha hero8na4 briga com Lia 1a hero8na de L3nn Ra3e9arris4 e n's conversamos sobre o que e/atamente elas %alaram durante a discusso.

;ual a 4i<erença entre <azer %arte 4e uma 5ontinui4a4e e es5rever as %r=%rias>ist=rias: 'timo ter um enredo entregue de bandeja pra voc*!

;ual <oi o maior 4esa<io E 4o ?ue vo58 mais gostou" maior desa%io %oi %azer meu her'i respeitar uma mulher que come7ou agindo como umainconsequente.

Alguma 5oisa no >er=i e na >eroína a sur%reen4eu 4urante o %ro5esso 4e es5ritau me surpreendi com o quo sombrio #ulal se tornou depois que se casou com Rosa,

ainda que o casamento %osse tempor&rio.

Do ?ue vo58 mais gostou na 5riação 4a 4inastia si5iliana 4os #orretti;ostei da batalha de Rosa por sua independ*ncia e da coragem de #ulal para encarar seus dem<nios.

Se vo58 %u4esse 4ar um 5onsel>o @ >eroína no iní5io 4o livro6 ?ual seriale + problem&tico!

;ual era o maior segre4o 4o seu >er=i =cho que no posso contar o segredo de #ulal, porque pode estragar a leitura do livro.

?ue seu >er=i mais ama em sua >eroínale ama a ess*ncia dela e sua con%ian7a 1que cresce nos momentos de adversidade4.

?ue sua >eroína mais ama em seu >er=i0uspiros... >uanto tempo voc* tem? le + poderoso, bem)sucedido, supercon%iante eainda tem uma bela 1e merecida4 reputa7o com as mulheres. Mas Rosa consegue ver ohomem comple/o que e/iste al+m dessas camadas, e + por esse homem que ela seapai/ona.

JQ




;ual 4os #orretti vo58 gostaria 4e 5on>e5er6 e %or ?u8;ostaria de conhecer todos os parentes de Rosa, porque alguma coisa me diz que estaseria uma 'tima %esta!

Documents

Sharon Kendrick - [Os Coretti 5] - Sussurros de Tragédia (Paixão Sagas 16.1)