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| ECONOMIA | 15 SALVADOR, TERÇA-FEIRA, 13/2/2007 [email protected] BALANÇO O Bradesco registrou lucro líquido de R$ 6,363 bilhões em 2006, o que representa um crescimento de 15,4% em relação ao ano anterior. O lucro por ação atingiu R$ 6,36 e o retorno sobre o patrimônio líquido médio (Roae) anualizado foi de 30%. ECONOMIA EDITORA-COORDENADORA Mariana Carneiro EDITOR DE ECONOMIA Geraldo Bastos SÉRGIO PEDREIRA | 30.3.2005 VAREJO Iguatemi envia carta a lojistas alertando-os para a proibição de abertura de filiais numa distância de até 2,5 km Shoppings de Salvador travam batalha por lojas EDUARDO MARTINS | 05.1.2007 O Salvador Shopping será inaugurado no próximo mês de abril e contará com um total de 263 lojas VITOR PAMPLONA E MARCELO SANTANA | A TARDE ON LINE E REDAÇÃO [email protected] [email protected] Preocupada com a concorrência do Salvador Shopping, cuja inau- guração está prevista para o final de abril, a direção do Shopping Iguatemi emitiu um comunicado interno alertando os lojistas para a proibição de abertura de filiais nu- ma distância de até 2,5 km. A prática, afirma a direção do Iguatemi, pode implicar na resci- são do contrato de locação, pois constitui infração da chamada “cláusula de raio” existente no con- trato, cujo objetivo é garantir ex- clusividade comercial na região. O Salvador Shopping está localizado dentro do limite estabelecido pela cláusula. Emitida em 24 de janeiro de 2007, a carta é assinada pela supe- rintendente do Iguatemi, Marta De Vitto Rabello, em nome do con- domínio Riguat – um dos contro- ladores do empreendimento. Em- bora não assuma a decisão de pro- cessar lojistas em caso de descum- primento da cláusula, Marta res- salta a existência de decisões judi- ciais favoráveis a shoppings em si- tuações parecidas. “A cláusula existe, é um dispo- sitivo amplamente conhecido no mercado e já embasou decisões ju- diciais a favor da Abrasce (Associa- ção Brasileira de Shopping Cen- ters). Se vamos ou não tomar algu- ma providência, não estou autori- zada a falar. Este assunto é alta- mente sigiloso”, declarou. TENSÃO – Pelo menos 16 lojas existentes no Iguatemi, entre gran- des redes e estabelecimentos de pequeno e médio portes, já confir- maram a intenção de abrir filiais ou se mudar para o Salvador Shop- ping. Entre elas está o Supermer- cado Bompreço, que vai fechar sua loja no Iguatemi. A multinacional Wal-Mart, proprietária da rede, alega que a mudança busca aten- der melhor a clientela, com melho- res instalações e novos serviços. Antes de ser adquirida pela Wal-Mart, a rede Bompreço per- tencia ao grupo JCPM, do empre- sário pernambucano João Carlos Paes Mendonça, proprietário de 95% do Salvador Shopping. Procu- rado para comentar a suposta pressão do Iguatemi sobre os lojis- tas, o superintendente do empre- endimento, Fernando Rocha, dis- se, por meio de sua assessoria, que não falaria sobre assunto. O mes- mo posicionamento foi tomado pelo grupo JCPM. No Iguatemi, a tensão envol- vendo a evasão de lojistas cerca o assunto de silêncio. Desde a ma- nhã de ontem, A TARDE tentou lo- calizar os dirigentes da associação de lojistas do shopping (Alscib) pa- ra saber se alguma providência a respeito seria tomada. Segundo a secretária da associação, a vi- ce-presidente Graça Valadares es- taria disponível às 14h. Em mais de 15 ligações que fez a partir deste horário até o fechamento da edi- ção, a reportagem foi informada de que Graça estava reunida com a di- reção do Iguatemi e não poderia atender. Entre comerciantes que rece- beram a carta, a abertura de lojas no concorrente é assunto velado. Pedindo para não serem identifi- cados, alguns deles reconheceram haver temor de retaliações, o que os fez procurar a direção do Igua- temi e propor um acordo para evi- tar a via judicial. Os termos do ajus- te, entretanto, não foram revela- dos. “Essa cláusula de raio é um ab- surdo. Proíbe que o lojista figure até mesmo como sócio de qual- quer outro negócio localizado no limite de 2,5 mil metros”, protestou uma comerciante. A TARDE procurou confirmar com outras redes de lojas presen- tes no Iguatemi se no contrato as- sinado por elas com o shopping também existe a proibição de abrir subsidiárias na área. Tanto a Wal-Mart, que possui uma loja na Avenida ACM, a poucas dezenas de metros do Iguatemi, quanto a Ren- ner, recém-inaugurada no shop- ping e com previsão de abrir filial no concorrente, recusaram-se a comentar o assunto. REJANE CARNEIRO | 11.5.2005 Fundado em 1975, o Iguatemi conta com 532 lojas e é o quinto maior shopping em faturamento no Brasil CDL desconhece documento Entidades de representação dos comerciantes alegaram desconhecer que lojistas do Shopping Iguatemi estejam sofrendo pressão para não abrir filiais no Salvador Shopping. A guerra comercial entre os empreendimentos foi denunciada pelo empresário João Carlos Paes Mendonça, na festa de apresentação de seu empreendimento, em janeiro. Mas o assunto voltou à tona este mês, depois que proprietários de lojas receberam uma carta do Iguatemi, alertando que uma cláusula em seus contratos de aluguel impede a abertura outros estabelecimentos num raio de 2,5 mil metros do shopping. Os presidentes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e da Associação Comercial da Bahia (ACB) informaram desconhecer a existência da carta. Lise Weckerle, presidente da ACB, disse não acreditar que a administração do Iguatemi seja capaz de ter enviado o documento. Depois de ser informada do conteúdo da carta, assinada pela superintendente do shopping, Marta Vitto Rabello, Lise prometeu procurar a administração do empreendimento para saber o que está ocorrendo. Lise também é proprietária de uma loja no Iguatemi, a Ótica Ernesto, e vai abrir outro estabelecimento do mesmo segmento, no Salvador Shopping. Para ela, se confirmada a história, fazer este tipo de pressão seria uma forma de tentar atrapalhar o crescimento da cidade e fere a idéia de livre mercado. O presidente da CDL, Wanderlei Rey, disse que não foi informado sobre a pressão do Iguatemi e que entidade atuará para achar uma solução através de um acordo, caso seja acionada por comerciantes. Acrescentou que caso o conflito não seja resolvido, não cabe à CDL entrar com ações judiciais, mas apenas prestar assessoria jurídica para os comerciantes caso eles queiram ingressar na Justiça contra o Shopping Iguatemi. (M.S.) * Embora comum em contratos de locação em shopping centers, a cláusula de raio contraria garantias constitucionais, segundo o especialista em direito comercial Antonio Augusto Aras. “A utilização desse tipo de cláusula restritiva é provavelmente uma tentativa de coagir os lojistas”, concluiu Aras. Cropped by pdfscissors.com

Shoppings travam batalha por lojas

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Matéria sobre a disputa por lojistas entre os principais shoppings de Salvador

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Page 1: Shoppings travam batalha por lojas

| ECONOMIA |15SALVADOR, TERÇA-FEIRA, 13/2/2007

e c o n o m i a @ g r u p o a t a rd e . c o m . b r

BALANÇO O Bradesco registrou lucro líquido de R$6,363 bilhões em 2006, o que representa um crescimento de15,4% em relação ao ano anterior. O lucro por ação atingiuR$ 6,36 e o retorno sobre o patrimônio líquido médio (Roae)anualizado foi de 30%.

ECONOMIAEDITORA-COORDENADORA

Mariana CarneiroEDITOR DE ECONOMIA

Geraldo Bastos

SÉRGIO PEDREIRA | 30.3.2005

VAREJO ❚ Iguatemi envia carta a lojistas alertando-os para aproibição de abertura de filiais numa distância de até 2,5 km

Shoppings deSalvador travambatalha por lojas

EDUARDO MARTINS | 05.1.2007

O Salvador Shopping será inaugurado no próximo mês de abril e contará com um total de 263 lojas

VITOR PAMPLONA E MARCELOSANTANA | A TARDE ON LINE EREDAÇÃOv p a m p l o n a @ g r u p o a t a rd e . c o m . b r

m s a n t a n a @ g r u p o a t a rd e . c o m . b r

Preocupada com a concorrênciado Salvador Shopping, cuja inau-guração está prevista para o finalde abril, a direção do ShoppingIguatemi emitiu um comunicadointerno alertando os lojistas para aproibição de abertura de filiais nu-ma distância de até 2,5 km.

A prática, afirma a direção doIguatemi, pode implicar na resci-são do contrato de locação, poisconstitui infração da chamada“cláusula de raio” existente no con-trato, cujo objetivo é garantir ex-clusividade comercial na região. OSalvador Shopping está localizadodentro do limite estabelecido pelacláusula.

Emitida em 24 de janeiro de2007, a carta é assinada pela supe-rintendente do Iguatemi, MartaDe Vitto Rabello, em nome do con-domínio Riguat – um dos contro-ladores do empreendimento. Em-bora não assuma a decisão de pro-cessar lojistas em caso de descum-primento da cláusula, Marta res-salta a existência de decisões judi-ciais favoráveis a shoppings em si-tuações parecidas.

“A cláusula existe, é um dispo-sitivo amplamente conhecido nomercado e já embasou decisões ju-diciais a favor da Abrasce (Associa-ção Brasileira de Shopping Cen-ters). Se vamos ou não tomar algu-ma providência, não estou autori-zada a falar. Este assunto é alta-mente sigiloso”, declarou.

TENSÃO – Pelo menos 16 lojasexistentes no Iguatemi, entre gran-des redes e estabelecimentos depequeno e médio portes, já confir-maram a intenção de abrir filiaisou se mudar para o Salvador Shop-ping. Entre elas está o Supermer-cado Bompreço, que vai fechar sualoja no Iguatemi. A multinacionalWal-Mart, proprietária da rede,alega que a mudança busca aten-der melhor a clientela, com melho-res instalações e novos serviços.

Antes de ser adquirida pelaWal-Mart, a rede Bompreço per-tencia ao grupo JCPM, do empre-sário pernambucano João CarlosPaes Mendonça, proprietário de95% do Salvador Shopping. Procu-rado para comentar a supostapressão do Iguatemi sobre os lojis-tas, o superintendente do empre-

endimento, Fernando Rocha, dis-se, por meio de sua assessoria, quenão falaria sobre assunto. O mes-mo posicionamento foi tomadopelo grupo JCPM.

No Iguatemi, a tensão envol-vendo a evasão de lojistas cerca oassunto de silêncio. Desde a ma-nhã de ontem, A TARDE tentou lo-calizar os dirigentes da associaçãode lojistas do shopping (Alscib) pa-ra saber se alguma providência arespeito seria tomada. Segundo a

secretária da associação, a vi-ce-presidente Graça Valadares es-taria disponível às 14h. Em mais de15 ligações que fez a partir destehorário até o fechamento da edi-ção, a reportagem foi informada deque Graça estava reunida com a di-reção do Iguatemi e não poderiaa t e n d e r.

Entre comerciantes que rece-beram a carta, a abertura de lojasno concorrente é assunto velado.Pedindo para não serem identifi-cados, alguns deles reconheceramhaver temor de retaliações, o queos fez procurar a direção do Igua-temi e propor um acordo para evi-tar a via judicial. Os termos do ajus-te, entretanto, não foram revela-dos. “Essa cláusula de raio é um ab-surdo. Proíbe que o lojista figureaté mesmo como sócio de qual-quer outro negócio localizado nolimite de 2,5 mil metros”, protestouuma comerciante.

A TARDE procurou confirmarcom outras redes de lojas presen-tes no Iguatemi se no contrato as-sinado por elas com o shoppingtambém existe a proibição de abrirsubsidiárias na área. Tanto aWal-Mart, que possui uma loja naAvenida ACM, a poucas dezenas demetros do Iguatemi, quanto a Ren-ner, recém-inaugurada no shop-ping e com previsão de abrir filialno concorrente, recusaram-se acomentar o assunto.

REJANE CARNEIRO | 11.5.2005

Fundado em 1975, o Iguatemi conta com 532 lojas e é o quinto maior shopping em faturamento no Brasil

CDL desconhece documentoEntidades de representação doscomerciantes alegaramdesconhecer que lojistas doShopping Iguatemi estejamsofrendo pressão para não abrirfiliais no Salvador Shopping. Aguerra comercial entre osempreendimentos foidenunciada pelo empresárioJoão Carlos Paes Mendonça, nafesta de apresentação de seuempreendimento, em janeiro.Mas o assunto voltou à tona estemês, depois que proprietários delojas receberam uma carta doIguatemi, alertando que umacláusula em seus contratos dealuguel impede a abertura outrosestabelecimentos num raio de2,5 mil metros do shopping.

Os presidentes da Câmara de

Dirigentes Lojistas (CDL) e daAssociação Comercial da Bahia(ACB) informaram desconhecer aexistência da carta. LiseWeckerle, presidente da ACB,disse não acreditar que aadministração do Iguatemi sejacapaz de ter enviado odocumento. Depois de serinformada do conteúdo da carta,assinada pela superintendentedo shopping, Marta VittoRabello, Lise prometeu procurara administração doempreendimento para saber oque está ocorrendo.

Lise também é proprietária deuma loja no Iguatemi, a ÓticaErnesto, e vai abrir outroestabelecimento do mesmosegmento, no Salvador Shopping.

Para ela, se confirmada ahistória, fazer este tipo depressão seria uma forma detentar atrapalhar o crescimentoda cidade e fere a idéia de livrem e rc a d o.

O presidente da CDL,Wanderlei Rey, disse que não foiinformado sobre a pressão doIguatemi e que entidade atuarápara achar uma solução atravésde um acordo, caso sejaacionada por comerciantes.Acrescentou que caso o conflitonão seja resolvido, não cabe àCDL entrar com ações judiciais,mas apenas prestar assessoriajurídica para os comerciantescaso eles queiram ingressar naJustiça contra o ShoppingIguatemi. (M.S.)

A RT I G O ❚

O PAC na BahiaPAULO SOUTO

Principal Estado nordestino, la-mentavelmente a Bahia não estádevidamente contemplada peloPrograma de Aceleração do Cresci-mento - PAC - com relação às prin-cipais obras de ferrovias, aeropor-tos, barragens, grandes adutoras,projetos de irrigação e até mesmonos projetos industriais onde o go-verno federal exerce grande in-fluência na sua localização, po-dendo haver apenas um certoavanço no setor rodoviário.

A relação das obras no setor detransporte mostra que entre as 17obras previstas oito são na Bahia,mas essa vantagem é apenas apa-rente. Na realidade a Bahia ficou defora da principal obra estruturantedo programa de transporte do Nor-deste: a Ferrovia Nova Transnor-destina. Quanto à duplicação daBR-101, para a qual a exclusão daBahia no projeto original foi alvode protestos de minha parte du-rante três anos, finalmente houveum aceno do governo federal.

Além de não contemplar a Ba-hia, a Nova Transnordestina, uminvestimento de R$ 4,5 bilhões,que se origina no Piauí e se desdo-bra em dois troncos, um para oPorto de Suape em Pernambuco eoutro para o Porto de Pecém noCeará, tenta se viabilizar com otransporte dos grãos produzidosno oeste da Bahia (60% dos grãosproduzidos no cerrado nordesti-no), desestimulando uma soluçãoferroviária do oeste para o litoral daBahia, sem nenhuma dúvida demuito maior lógica econômica.

Nem mesmo uma solução in-termediária que contemplasseuma ferrovia desde a região de Bar-reiras até Brumado, onde se en-troncaria com a já existente Ferro-via Centro Atlântica até a RegiãoMetropolitana de Salvador foi con-templada no PAC. Dessa forma ébem possível que a concretizaçãoda Transnordestina seja utilizadacomo fator restritivo a justa aspira-ção baiana de integração do seuterritório através de uma ferrovia.

Com relação à duplicação da

BR- 101, planejada inicalmentepara incluir os estados do RioGrande do Norte,Paraíba, Per-nambuco, Alagoas e Sergipe, agoradeve penetrar timidamente no ter-ritório baiano até o entroncamen-to da BR-324, ou seja, deixando defora 800 quilômetros desde Feirade Santana até a fronteira com oEspírito Santo. Mas não se tem no-tícia do prazo de início desta obra,já que para ela não há sequer umprojeto apresentado. Ironicamen-te o projeto de duplicação daBR-101 é retomado da fronteira daBahia com o Espírito Santo até oRio de Janeiro.

A mais importante obra na áreade transportes prevista para a Ba-hia é a qualificação da BR-116 des-de a fronteira com Minas Gerais atéo entroncamento da BR-324 nasproximidades de Feira de Santanae dessa última até Salvador. Entre-tanto, essa obra está prevista den-tro do modelo das PPPs e até agorao Governo Federal não concreti-zou nenhuma delas. Além disso, oprincipal objetivo nessa rodovia

seria a sua duplicação, que no pro-jeto original só estaria prevista pa-ra o sexto ano, o que não atende aosinteresses da Bahia.

RITMO LENTO – Todas as outrasobras previstas no setor de trans-porte ou são obras que já estão háalgum tempo em andamento emritmo muito lento ou mesmo ini-ciadas e interrompidas. Desseelenco fazem parte a já famosaponte sobre o Rio São Francisco naBR-116 na divisa BA-PE, da qualdepende a utilização integral doúltimo trecho da BR-116 que foipavimentado no país, num projetoque dura há mais de uma dezenade anos; a Travessia Ferroviária doRio Paraguaçu entre Cachoeira eSão Felix, demanda muito antiga,contratada em 2006 e logo inter-rompida por exigências de órgãosambientais; a pavimentação daBR-135 desde a fronteira PI-BA afronteira BA-MG, também já emexecução muito lenta há váriosanos; a conclusão da Via Portuáriaem Salvador, obra bem adiantada

com recursos do Governo da Ba-hia.

A dragagem e derrocagem doRio São Francisco, que faz parte doprojeto da Hidrovia do São Fran-cisco, também já tem contratado otrecho entre Ibotirama e Juazeirodesde 2006, e embora importante,dificilmente se constituirá em al-ternativa para o transporte degrãos do oeste baiano, pelo grandenúmero de transbordos previstos,numa solução intermodal quecontempla rodovia, ferrovia e hi-drovia. Obra efetivamente nova se-ria o importante ramal ferroviárioentre o município de Camaçari e oPorto de Aratu.

É também muito frustrante aprogramação referente aos aero-portos, que lamentavelmente con-firma a não utilização de critériostécnicos e econômicos para o esta-belecimento das prioridades.

Entre as 22 obras programadaspara todo o Brasil, com investi-mentos de R$ 3 bilhões, sendo ape-nas R$ 150 milhões para o Nordes-te, a única prevista para a Bahia é

um viaduto no sistema viário doacesso ao Aeroporto de Salvador,Com a previsão de alcançar o mo-vimento de 6 milhões de passagei-ros apenas em 2013, já ao final de2006 o aeroporto atingiu 5,5 mi-lhões, com crescimentos anuaissucessivos, o que demonstra a ne-cessidade imediata de ampliação,aí incluída a construção de novapista.

Também sem qualquer previ-são a construção de um novo Ae-roporto em Porto Seguro, que em2006 já atingiu 730 mil passageirospor ano , sendo o 24º aeroporto doPaís e o 12º em movimento inter-nacional suplantando diversas ca-p i t a i s.

Da mesma forma não há ne-nhuma previsão para um novo ae-roporto em Ilhéus, essencial tantoem relação às questões de segu-rança, como pela necessidade deexpansão do turismo e da indús-tria da região.

Paulo Souto é geólogo, professor universitárioe ex-governador da Bahia (2002-2006).

*Embora comum emcontratos de locação emshopping centers, a cláusulade raio contraria garantiasconstitucionais, segundo oespecialista em direitocomercial Antonio AugustoAras. “A utilização desse tipode cláusula restritiva éprovavelmente umatentativa de coagir oslojistas”, concluiu Aras.

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